Astronomia: O gargalo de Gaia

Não temos chance de encontrar alienígenas porque eles estão todos extintos, dizem cientistas.

ONDE ESTÃO ELES?
Uma dupla de astrobiólogos na Austrália acaba de propor uma hipótese para explicar por que ainda não encontramos nenhum sinal de vida extraterrestre lá fora. Provavelmente, eles estão todos extintos. A ideia básica é que só estamos nós por aqui agora porque a Terra teve a sorte de ver surgir o tipo de vida certo na hora certa.

COMEÇO PROMISSOR
A proposta tenta resolver um aparente paradoxo: sabemos que, no passado remoto do Sistema Solar, uns 4 bilhões de anos atrás, pelo menos três planetas eram potencialmente amigáveis à vida: Vênus, Terra e Marte. No fim, restou apenas um, o nosso. Por quê?

GAIA AO RESGATE
Segundo Aditya Chopra e Charley Lineweaver, da Universidade Nacional Australiana, isso ocorreu porque na Terra a vida teria tomado as rédeas do planeta bem cedo, regulando o ambiente para favorecer sua contínua existência. Essa é a famosa (e controversa) hipótese Gaia, formulada por James Lovelock e Lynn Margulis.

VIZINHOS SEM SORTE
Em Vênus e Marte, o desfecho teria sido outro. Mesmo que formas de vida tenham surgido por lá durante seu passado habitável, a evolução não produziu os organismos necessários para promover essa auto-regulação. Sem a ajuda de Gaia, alegria de venusiano e marciano dura pouco.

CONTRA O RELÓGIO
Lineweaver e Chopra acreditam que essa história toda revela um aspecto mais profundo sobre a vida no Universo: a noção de que, na maioria dos mundos que nascem habitáveis, a biosfera não se torna capaz de fazer a regulação do ambiente a tempo de reverter a inexorável marcha rumo à inabitabilidade.

SÓS NO UNIVERSO?
Caso estejam certos, o surgimento da vida seria uma ocorrência comum, mas seu destino mais frequente seria a extinção rápida. Com isso, mundos que permanecem habitáveis por bilhões de anos, tempo exigido para o surgimento de espécies inteligentes, seriam raríssimos. Será?

BÔNUS: O artigo científico de Chopra e Lineweaver, que se apresenta como uma nova possível explicação para o famoso paradoxo de Fermi (se ETs são comuns, onde eles estão que não conseguimos achá-los?), saiu na edição de janeiro do periódico “Astrobiology”, e você pode ler o resumo, em inglês, aqui.

A coluna “Astronomia” é publicada às segundas-feiras, na Folha Ilustrada.

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Comentários

  1. Se todos tivessem extintos nós também não existiríamos, mas pensando em teorias de espaço tempo, talvez para uma civilização alienígena que exista noutro canto da galáxia, ou em qualquer ponto do universo, no presente deles talvez a humanidade já não exista.

  2. Centenas de bilhões de sóis em centenas de bilhões de galáxias… Mesmo raro, ainda há uma probabilidade fabulosa de existência de vida inteligente. Um número inalcançável para o discernimento humano.

  3. Me divirto com a falta de luzes dos energúmenos e me ilustro com verborragia dos sabidões. Na média, fico pensando nas minhas próprias caraminholas: impressão minha ou as mulheres não estão participando deste profícuo debate? Serão elas extraterrestres? Seremos nós próprios extraterrestres, e estamos procurando no além o que está bem debaixo do nosso nariz? Mas heim?

  4. Dizer que os alienígenas estão todos extintos é um exagero. A vida em outros planetas deve ser tão persistente quanto é aqui, durando milhões de anos.
    Basta haver condições básicas (ex. campo magnético, temperatura adequada e água liquída) para a vida surgir de forma minimamente parecida com a nossa e com o tempo suficiente haverá uma forma de vida inteligente. Lembremos também que novas estrelas se formam a todo instante.
    A explicação mais simples é que os alienígenas estão lá (aos milhares) mas não os encontramos porque:
    1- A tecnologia evolui de forma muito rápida: o período de tempo que são dectectáveis (por nós) é muito curto. Para detectá-los devemos estar observando o lugar certo, na hora certa com a tecnologia certa e o sinal que recebemos (que pode ter sido originado a milhares de anos) devem ser compatíveis com a nossos equipamentos atuais. É como tentar acionar o obturador de uma máquina para capturar o piscar de um flash acionado por outra pessoa.
    2- Sim… muitos deles estão extintos: mas não porque o vida demora para surgir e se tornar inteligente. É porque as civilizações inteligentes duram muito pouco, simplesmente não encontram o ponto de equilibrio e acabam se auto-destruindo ou criando as condições para tal em muito pouco tempo, duram como piscar de um raio.

  5. Assistam
    https://m.youtube.com/watch?feature=youtu.be&v=4JxukHvGVzE

    “Data limite”… Incrivel que eu me peguei pesquisando sobre o assunto este final de semana e hoje me deparei com esta materia.. Sou um grande instusiasta sobre tal assunto, apesar do meu pobre conhecimento. Acredito que sim! Existam… Muitos comentarios desta matéria são muito parecidas com este documentário .. Assistam quando tiverem um tempinho.. Um grande abraço

  6. Salvador, você viu o documentário na Netflix, IMAX: Hubble, onde logo no início, até os 8 minutos aparecem ao fundo, 11 OVNIs. Postei por aqui, mas deve ter se perdido entre os mais de 900 comentários.

    Abraços,

    Celio

    1. Celio, já vi esse documentário (tenho aqui em casa em Blu-ray 3D), mas não vi óvni nenhum. Abraço!

    2. O mais divertido é que só os leigos vendo documentários e vídeos no Youtube que conseguem enxergar OVNIs. Os milhões de astrônomos (amadores ou profissionais) que apontam seus telescópios diariamente para os céus nunca viram nenhum!

  7. Antigamente eu era assíduo leitor desse Blog, porém agora nunca mais, salvo quando liberam acesso, talvez pela queda de audiência no site?????.
    Gostaria que o acesso não fosse restrito apenas para assinantes.

    1. Paulo, também me irrita o paywall da Folha, mas eles julgam importante para poder manter a qualidade do conteúdo (ou seja, ter grana para me pagar)…

  8. Estava viajando a trabalho e ao chegar em casa cliquei no Mensageiro Sideral e me assustei com os quase mil comentários a respeito desse assunto. ESTÁ BOMBANDO…..parabéns Carl Sagan brasileiro!

  9. Li e reli todos os comentários a respeito do assunto. Vários consistentes e bem formulados, outros nem tantos! Parabéns pela sua posição de imparcialidade quanto ao texto, trazendo a nós de vez em quando somente a informação.
    Creio que os cientistas acima mencionados estão errados e espero que em breve tenhamos boas notícias a respeito . Abraços!

  10. Parabéns, Salvador. Não apenas pelo conhecimento e equilíbrio demonstrados, mas também pela sutileza com que refuta comentários vazios e desconexos (para não falarmos dos atentados ao léxico…)

  11. Salvador,
    Você fica “mais feliz” com a quantidade, ou “mais triste” com nível da maioria dos comentários?

    1. A quantidade me deixa duplamente feliz. Feliz pelo sucesso de audiência e feliz de saber que ainda há muito trabalho a ser feito!
      Claro, às vezes frustra também, porque dá a sensação de que é uma missão impossível. Por outro lado, aposto e ganho que aqui, apesar dos ocasionais comentários desconexos, também há muitos comentários inspirados e conscientes! Tenho um baita orgulho da comunidade de visitantes regulares do blog, e eles são capazes de me animar mesmo diante do maior tsunami de asneiras! 🙂

      1. O fato é que você está atingindo uma grande gama de pessoas e fazendo-as pensar… Você educa sem impor, traz a informação fundamental para as pessoas se interessarem em aprender. Mesmo os trolls, sem desejarem, acabam por absorver algo de bom.

  12. Salvador;

    Estava lendo essa matéria da Exame e acabei lembrando de você. Gostaria de saber sua opinião sobre esse matemático que propõe uma maneira de criar e manipular a gravidade. Até onde entendo, se for verdade, estamos falando numa grande revolução a vir no nosso mundo, caso ele esteja correto. Obs.: Nessa matéria tem o link para o paper da teoria.

    http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/matematico-propoe-maneira-de-criar-e-manipular-a-gravidade

    1. Eu dei uma olhada, por conta de outro leitor. Acho interessante, mas fico me perguntando se os efeitos descritos não são circunscritos a fótons. O Mario Novello, por exemplo, já propôs a criar análogos de buracos negros para fótons, mas não com os efeitos gravitacionais sobre a matéria. Promissora a pesquisa, espero que alguém faça o experimento que ele sugere.

      1. Prezado Salvador.

        Não sei se assistiu a um filme antigo, acho que se chama: “Os primeiros homens na Lua”, ou algo parecido, em que um cientista criava uma espécie de tinta que aplicava em painéis e, quando abertos, apresentavam a propriedade de produzir uma “gravidade negativa”, o que permitia que uma nave equipada com tais painéis pudesse voar até a Lua, graças ao efeito da força repulsiva criada.
        Cheguei até a pensar que talvez tal idéia não fosse de todo absurda, e que tal material, se realmente existir, ou está enterrado dentro de algum astro (inclusive a Terra) ou está nos confins do Universo, uma vez que tudo que observamos tem “gravidade positiva”.
        Mas entendo tratar-se de uma impossibilidade física alterar as propriedade gravitacionais de uma determinada matéria, a menos que sejam aplicados um montante de energia capaz de trazer esta matéria do infinito até aqui. Se não for assim, estaremos criando energia e validando a possibilidade da existência do moto contínuo. Por exemplo, fazendo uma determinada massa subir e descer e gastando-se menos energia do que a necessária para realizar este movimento.

        Sérgio.

        1. Nunca vi esse filme, Sérgio. Mas não duvido de nada. Contanto que bem embasado e sustentado por experimentos, que limite haverá para nossa manipulação do Universo, uma vez que conheçamos intimamente as leis da física?

          1. Eu também acredito que tudo é possível, mas este aspecto imposto pela impossibilidade de criação da energia é que me parece ser um limitante quanto à manipulação da gravidade.
            Stephen Hawkings, por exemplo, para sustentar o Big Bang, explica que a energia necessária para a explosão inicial não precisou ser criada, já havia no universo primordial, na forma de energia potencial. O que faltou explicar é quem “puxou o gatilho” que detonou a explosão e espalhou as partículas.

            Sérgio

        2. Ah, o termo “gravidade positiva” emprestei de uma fala do Sr. Spock (o original, L. Nimoy) que, em uma de suas intermináveis polêmicas com o dr. McCoy, para exemplificar o que é a lógica, diz: “Se eu largar este objeto em um planeta de “gravidade positiva”, é lógico supor-se que irá cair…”.

          Sérgio.

          1. Se não me engano, veio de “The Alternative Factor”, episódio da primeira temporada em que a gravidade na região em que a Enterprise está dá uma piscada — uma premissa fascinante que, no entanto, acaba se desdobrando num episódio menos que memorável. (Na minha opinião, o pior da série — pior até que “Spock’s Brain”!)
            🙂

  13. Salvador, boa tarde. Este não é o fórum adequado ( ou se preferir a matéria em questão não está relacionado com o meu envio/comentário, mas segue indicação de um livro (pdf) com discussão cientifico/filosóficas sobre vida e evolução. Abraços.

    O que e a vida – Erwin Schrodinger

    1. Domingos, já li esse livro, numa versão que comprei na Amazon que vem com um outro escrito do Schrödinger, ainda mais arrojado (e doido), combinando mecânica quântica e religião (mostrando que a física parece caminhar muito mais na direção das crenças orientais do que na dos do ocidente). Interessante.

    2. Eu também li o livro e, de maneira nenhuma, o autor sequer insinua que a “física parece caminhar na direção das crenças orientais”. A cultura mística oriental é mencionada apenas de maneira marginal e os filósofos mais citados no texto são Descartes, Kant, Demócrito, Espinosa e Leibniz. Isso sem falar nos seus contemporâneos Planck, Bohr e Heisenberg.

      1. Apolinário, refiro-me ao seguinte trecho (na minha versão do livro, página 134 de 184), tradução minha, vertido do inglês:

        “Submeto que ambos os paradoxos serão resolvidos (eu não finjo resolvê-los aqui e agora) ao assimilar em nossa construção ocidental da ciência a doutrina oriental de identidade. A mente é por sua própria natureza um singulare tantum. Eu diria: o número total de mentes é apenas um. Eu me aventuro a chamá-la de indestrutível já que tem uma cronologia peculiar, qual seja, que a mente é sempre agora. Não há realmente antes ou depois para a mente. Há apenas um agora que inclui memórias e expectativas. Mas admito que nossa linguagem não é adequada para expressar isso e também admito, caso alguém queira declará-lo, que eu estou agora falando de religião, não de ciência — uma religião, contudo, que não se opõe à ciência, mas é apoiada pelo que a pesquisa científica desinteressada trouxe à tona.”

        Se isso não sugere o que eu disse — que “a física parece caminhar na direção das crenças orientais” –, por favor, ilumine-nos. Admito que o texto de Schrödinger não é dos mais fáceis, mas achei essa passagem razoavelmente clara.

        1. Salvador, lembrei imediatamente de O Tao da Física, que li há muitos anos. O que ficou da leitura foi justamente a argumentação pela convergência entre Física e o misticismo (emprego aqui o termo usado pelo autor no subtítulo da obra) oriental. Essa obra ainda é levada a sério, se é que o foi em algum momento?

  14. O problema é a velocidade da luz, que é a maxima velocidade atingida, e a escala do universo.
    Tem vida, mas nunca poderemos chegar nela.

  15. Li o resumo em inglês e achei uma matéria precipitadamente infeliz de quem anceia por um espacinho no meio científico..

    1. Eu li o paper inteiro, enviado pelo próprio autor, e conversei com ele. Estou em vantagem para fazer essa avaliação, eu suponho.

      1. A humanidade tem 100 anos de tecnologia, 50 de corrida espacial e já querem fazer estatísticas de que civilizações já existiram e não existem mais… bom teoria é teoria!

        Jajá será derrubada, 200 bilhões de estrelas na galaxia… é falta de humildade dizer que estamos privilegiados nesse tempo, deve haver vida de todo tipo, prefiro acreditar então que somos insignificantes igual qualquer inseto diante das civilizações que existem. Mais teorias são feitas aos montes a todo momento, e essa, na minha opinião, é uma teoria infeliz!

        Eu acredito que seja apenas muito…muito difícil pára nós encontra-las e identifica-las, mais estão lá!

        1. Não é uma teoria. Teoria é uma hipótese completa cheia de predições confirmadas por observações. Uma hipótese, e estamos ainda no plano da hipótese, é uma afirmação simples que pode ser testada por via experimental ou observacional.

  16. Se mantemos uma relação vida-planeta na terra, seremos capaz de fazer o mesmo em outros planetas. A duvida é, quem é o cérebro, o planeta e/ou a vida?

  17. Bem fraquinha a tese da dupla de astrobiólogos. Uma hipótese que nasceu e vai morrer hipótese.

    1. Estamos aguardando ansiosamente para ler sua refutação publicada no mesmo periódico (Astrobiology).

          1. Eu, vc mais parece um baba ovo de trabalhos e publicações científicas e não sabe pensar por ai só, até nos comentários sobre ciências tem tietes. Sua tietagem é rasa. De fato, o que é de cú é rola para quem gosta, como vc, e por isso está sempre a se intrometer nos comentários alheios sem acrescentar nada de positivo. Deves ser um tresloucado, doente.

          2. Eu, vc mais parece um baba ovo de trabalhos e publicações cientificas e não sabe pensar por si só, tu tens a falta de humildade própria dos ignorantes. Sua tietagem aos autores de trabalhos científicos é rasa e mal educada. De fato, o que é de cú ( intromissão ) é rola para quem gosta, como vc, e por isso está sempre a se intrometer em comentários alheios sem acrescentar nada de positivo . Deves ser um tresloucado, doente.

          3. E o teu paper publicado, cadê? Não vale o papel higiênico que vc usa pra limpar as merdas que vc chama de opiniões, tem que ser publicado em um periódico como o dos cientistas citados na matéria!

            Cadê?? Hein?

    2. Salvador, esse cara aí do andar de baixo, o ‘Eu’, vem a troco de nada com palavras ofensivas e quando eu respondo no mesmo nível você não publica, por quê ?!

  18. Ou o resumo é equivocado, e/ou estes”cientistas” o são, “cientistas” porque falam “ingreis”. Pleno de porquês ?, “ses”, pretéritos, não partem de nada e vão a nada. Lyn Margullis não merece ser citada.

      1. Já disse que esse cara é o maior otário aqui do site, se acha o pica das galáxias mas é patético…

        lamentável existir pessoas assim que ao invés de contribuir só opinam no intuito de desmerecer alguém com menos conhecimento.

        1. E sim, todos sabemos que VOCÉ É UM IDIOTA!

          AUhHUAhuAHUAHUhuAuhA
          UHAuhAHUAHUhuAhuAUHUHAhuA
          AuhAHUHUAhuAUH
          AuhAHUUHAa

          Trouxa

        2. Acabei de perder o posto de maior otário pra você, babacão de merda. Você é tão buAcabei de perder o posto de maior otário pra você, babacão de merda. E você é tão otário, mas TÃO OTÁRIO, que nem viu que o carlos estava respondendo pro ASTRO, não pra mim. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

          Depois eu que sou o idiota… IMBECIL!

          Ah sim:

          CHOLA MAIS!

          1. Uuuuuiiiii, a boneca ficou mordidinha, é??? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
            Chora não, campeão. Volta lá pra sua vidinha patética e deixa o mimimi de lado.

  19. Que piada pronta esses “cientistas”. Usam a ignorância como argumento para justificar suas “pesquisas”. Esses ainda vivem na Idade Média e certamente creem que a Terra é “quadrada”.

    1. Que piada pronta esses “comentaristas”. Usam a ignorância como argumento para justificar suas “besteiras”. Publique um paper refutando o paper dos cientistas, e aí você pode falar. Caso contrário, continue aí sentadão no sofá “falando” merda pra ninguém “ouvir”.

          1. kkkkkkkk, o pessoal aqui do blog já tá começando a perceber o quão babaca vc é.
            Tu é muito otário mesmo! kkkkkkkkkkkkk

  20. Quantas formas diferentes e inimagináveis de vida podem existir no Universo??? O que esse bando de cientistas prepotentes fazem é limitadamente buscar vida humana no espaço, a raça humana é tão novata no Universo, tão frágil e insignificante que não deve fazer idéia do que está procurando, no máximo buscar indícios de matéria que conhecemos do planeta Terra em outros lugares. Limitadissimos e prepotentes e fazendo papel de idiotas, não completamos nem 4000 anos de existência nessa joça e já nos achamos únicos no Universo. Porque devemos acreditar numa afirmação tão chutada como essa??? É uma teoria atrás da outra…

    1. Cara, mas não vale imaginar que podem existir formas de vida diferentes. Temos de *saber*. Quem fala de vida extraterrestre tem que se limitar ao sabidamente possível, senão vira um oba-oba sem fim.

      1. Você nem reparou no “Não contemplamos nem 4000 anos”???
        Que espécie será que o comentarista é?

      2. Prezado Salvador, no tocante a “imaginar”, Carl Sagan disse isso:”Imagination will often carry us to worlds that never were. But without it we go nowhere”(Imaginacao frequentemente nos leva a mundos que nunca existiram, mas sem ela nao vamos a lugar algum). E quanto a provas, isso:”Absence of evidence is not evidence of absence”.(Ausencia de evidencia nao e evidencia de ausencia). Creio que ambas ja serviriam para questionar o artigo. Contudo, elaborarei no que e sabido sobre a propria evolucao humana e sua tecnologia, relacionando a uma suposta existencia de vida extraterrestre inteligente. A especie Homo Sapiens e datada de 200 mil anos atras, sendo que o moderno (inteligente) de 50 mil. Durante este periodo, desenvolvemos tecnologias arquitetonicas, belicas, agricolas, navegacao, ciencias, etc…Ou seja, ja eramos “inteligentes”. Contudo, ha pouco mais de 500 anos, a ‘inteligencia” humana desconhecia as Americas e apenas “imaginava” a possibilidade de sua existencia, ou simplesmente a negava. Ainda hoje, desconhecemos varias tribos nativas neste planeta, o que nao significa que nao existam. Quanto ao radio (telecomunicacao), tecnologia empregada pelo SETI e outros grandes projetos de busca de inteligencia extraterrestre, existe ha pouco mais de um seculo. Assim sendo, se ha meros 200 anos uma civilizacao ET tivesse usado essa tecnologia para se comunicar conosco, nao teriamos respondido, embora existiamos e nos consideravamos “inteligentes”. Dai, seriamos considerados extintos? A reciproca e verdadeira, talvez existam, mas nao empreguem tenologias compativeis com as nossas, tanto por serem mais ou menos evoluidos do que os humanos. O grande debate que temos na academia e este: somos realmente tao evoluidos tecnologicamente para que possamos afirmar com conviccao algo assim? Sabemos ainda tao pouco sobre nosso planeta, formas novas de vida sao descobertas aqui a todo tempo e, nos mesmos ainda desconhecemos nosso cerebro, ao ponto de afirmar algo sobre inteligencia ET. Para complementar, nossas tecnologias de busca se baseiam em som e luz, o que tornaria ate para um simples humano surdo e cego impossivel de responder. Quanto a Teoria de Gaia, que aprecio com moderacao, pois e valida somente para a realidade do planeta Terra, deixo aqui um exemplo e uma pergunta. O primeiro e o deserto do Sahara. Ha estudos que demonstram que em periodos de cerca de 40 mil anos ele se renova e volta a ser floresta, tal como a Amazonia, e depois deserto novamente. Assim, Gaia faz a “renovacao da biomassa” e a vida volta a surgir. Logo, dizer que a vida ali esta extinta seria um absurdo. Isto, em nosso proprio planeta, o que dizer de outros que sequer conhecemos a miude? Seria prepotencia e arrogancia. Por fim, a pergunta: Quantas vezes alguem querendo algo tocou a campainha de sua casa e voce nao atendeu? E voce, tampouco, estava extinto!

      3. Prezado Salvador, no tocante a “imaginar”, Carl Sagan disse isso:”Imagination will often carry us to worlds that never were. But without it we go nowhere”(Imaginacao frequentemente nos leva a mundos que nunca existiram, mas sem ela nao vamos a lugar algum). E quanto a provas, isso:”Absence of evidence is not evidence of absence”.(Ausencia de evidencia nao e evidencia de ausencia). Creio que ambas ja serviriam para questionar o artigo. Contudo, elaborarei no que e sabido sobre a propria evolucao humana e sua tecnologia, relacionando a uma suposta existencia de vida extraterrestre inteligente. A especie Homo Sapiens e datada de 200 mil anos atras, sendo que o moderno (inteligente) de 50 mil. Durante este periodo, desenvolvemos tecnologias arquitetonicas, belicas, agricolas, navegacao, ciencias, etc…Ou seja, ja eramos “inteligentes”. Contudo, ha pouco mais de 500 anos, a ‘inteligencia” humana desconhecia as Americas e apenas “imaginava” a possibilidade de sua existencia, ou simplesmente a negava. Ainda hoje, desconhecemos varias tribos nativas neste planeta, o que nao significa que nao existam. Quanto ao radio (telecomunicacao), tecnologia empregada pelo SETI e outros grandes projetos de busca de inteligencia extraterrestre, existe ha pouco mais de um seculo. Assim sendo, se ha meros 200 anos uma civilizacao ET tivesse usado essa tecnologia para se comunicar conosco, nao teriamos respondido, embora existiamos e nos consideravamos “inteligentes”. Dai, seriamos considerados extintos? A reciproca e verdadeira, talvez existam, mas nao empreguem tenologias compativeis com as nossas, tanto por serem mais ou menos evoluidos do que os humanos. O grande debate que temos na academia e este: somos realmente tao evoluidos tecnologicamente para que possamos afirmar com conviccao algo assim? Sabemos ainda tao pouco sobre nosso planeta, formas novas de vida sao descobertas aqui a todo tempo e, nos mesmos ainda desconhecemos nosso cerebro, ao ponto de afirmar algo sobre inteligencia ET. Para complementar, nossas tecnologias de busca se baseiam em som e luz, o que tornaria ate para um simples humano surdo e cego impossivel de responder. Quanto a Teoria de Gaia, que aprecio com moderacao, pois e valida somente para a realidade do planeta Terra, deixo aqui um exemplo e uma pergunta. O primeiro e o deserto do Sahara. Ha estudos que demonstram que em periodos de cerca de 40 mil anos ele se renova e volta a ser floresta, tal como a Amazonia, e depois deserto novamente. Assim, Gaia faz a “renovacao da biomassa” e a vida volta a surgir. Logo, dizer que a vida ali esta extinta seria um absurdo. Isto, em nosso proprio planeta, o que dizer de outros que sequer conhecemos a miude? Seria prepotencia e arrogancia. Por fim, a pergunta: Quantas vezes alguem querendo algo tocou a campainha de sua casa e voce nao atendeu, talvez por ter-lhe faltado interesse, estar dormindo ou a campainha quebrada? E voce, tampouco, estava extinto! Frase celebre de Napoleon Bonaparte: “Do sublime ao ridiculo, basta um passo”. Creio que esses cientistas o fizeram, ao contrario da maioria de nos outros pesquisadores, pois a ciencia existe para abrir as portas do conhecimento, ao inves de fecha-las e nos limitar a ignorancia e a extincao do saber que finda nossa propria evolucao.

        1. Davi, a imaginação é importante, mas a ciência circunscreve a imaginação da seguinte maneira: você pode imaginar a hipótese que quiser, contanto que exista meio experimental e observacional de testá-la. Então, tudo bem pensar que vida baseada em silício pode existir. Mas sem meios de testar a hipótese (visitar um mundo que possa ter essa vida e verificar se tem mesmo) a coisa empaca. Tenho certeza de que Sagan concordava comigo. Imaginação sem as rédeas da ciência é como o dragão na garagem dele.

          1. Prezado Salvador, talvez voce nao tenha entendido o que quis dizer, em meu comentario. O que Sagan teria dito a voce e que “se nossas limitacoes tecnologicas nao nos permitem comprovar algo, nao significa que algo nao exista”. Dai, creio que Sagan concordaria comigo, baseado na propria frase que escreveu: :”Absence of evidence is not evidence of absence”.(Ausencia de evidencia nao e evidencia de ausencia). Quanto ao descrito por voce “que exista meio experimental e observacional de testa-la”, gostaria de saber se os humanos sao capazes de acelerar a velocidade da luz ao quadrado, experimentalmente, para comprovar, na pratica, a teoria que Einstein propos matematicamente. Creio que sua resposta seja, obviamente, que nao, caso contrario ja teriam sido capazes de “navegar” pelo Universo usando a suposicao da relacao “espaco x tempo”. Stephen Hawkings tambem trata sobre esse assunto, embora nao tenha sido capaz de “testa-lo” na pratica. Percebo, claramente, que sua “visao cientifica” e baseada no empirismo. O problema dessa condicao e que, nem sempre, a tecnologia humana disponivel e suficiente para comprovar algo que ja conhecemos teoricamente e os empiristas acabam por limitar o conhecimento a uma variavel chamada “tempo”. Ou seja, se nao veem nao acreditam, mas nao creem que amanha possam enxergar. Gostaria de pedi-lo que prove a teoria da antimateria na pratica. Entretanto, tais experimentos constituem um risco desastroso que os humanos nao estao dispostos a correr, neste momento. Outro ponto a ser notado e que tais buscas sao feitas baseadas em um conceito do que os humanos consideram ser ideal para a existencia de vida (materia organica) C, N, O, H. Contudo, desconsideram seres que sao anaerobios, redutores de enxofre, termofilos e, ate mesmo, as particulas virais que possuem tais compostos e, ainda assim, hoje nao possuem classificacao como ser vivo ou nao, devido ao fato de nao apresentarem metabolismo proprio, embora tenham material genetico para a distincao de especie. Ou seja, em sua “busca” por vida ET, os humanos sequer tem a definicao de vida terraquea consolidada. Fica dificil concordar com alguem que nao conheca sua propria “casa” e afirme que na do vizinho nao exista alguem. Li seu artigo de hoje e percebi uma certa mudanca em sua opiniao, no tocante a falta de tecnologia humana para a afirmacao proposta pelo sr. Lineweaver. Tambem me chamou a atencao essa frase transcrita por voce de sua conversa com ele: Charley Lineweaver – Você diz “está claro que não procuramos o suficiente ainda”. Eu não acho que isso esteja de modo algum claro, uma vez que não há razão para acreditar que uma civilização tecnológica capaz de construir espaçonaves permaneceria em torno de sua estrela de origem. Em outras palavras, uma vez que você tem uma civilização tecnológica, ela irá se espalhar e colonizar. Pelo menos essa é uma premissa comum que muitos consideram plausível.
            Baseado nessas palavras, os humanos ainda nao sao uma civilizacao tecnologica suficientemente capaz de afirmar que nao exista vida ET. Pois, ainda permanecem em seu planeta de origem, ao redor de sua estrela de origem, sem se espalhar ou colonizar sequer a Lua, seu proprio satelite natural. Como escrevi antes, e muita prepotencia a afirmativa desse senhor, alem de se contradizer e demonstrar a fragilidade da tecnologia humana. Reafirmo, o fato de nao sermos capazes de encontra-los nao significa que nao existam. Foi sempre assim, na breve historia da especie humana, e assim sera. Ate que o tempo prove o contrario.

          2. Davi, não é preciso viajar à velocidade da luz (e muito menos ao quadrado dela, uma impossibilidade física) para testar e verificar a teoria da relatividade. Agora, se fosse preciso, aí ela nem mereceria ser chamada de teoria. Uma teoria precisa, por definição, ser capaz de fazer predições verificáveis. A relatividade fez diversas, como a curvatura dos raios de luz pela gravidade, a precessão do periélio de Mercúrio e a perda de energia pela emissão de ondas gravitacionais em estrelas de nêutrons binárias. Podemos também citar as lentes gravitacionais, e as discrepâncias de dilatação do tempo como elementos preditivos já confirmados por teoria. E, sim, até mesmo o limite de velocidade máxima do universo foi testado, ao acelerarmos prótons e elétrons em colisores de partículas a 99,9999% da velocidade da luz. Então, não pense você que formular uma teoria inverificável é ciência, porque não é.

            Tendo dito isso, concordo com você que ausência de evidência não é evidência de ausência — pelo menos não se não procuramos bem o suficiente. Contudo, depois de um determinado ponto, sim, ausência de evidência começa a se converter em evidência de ausência. Minha diferença básica de opinião com o Lineweaver é que ele acha que já procuramos o suficiente para informar a formulação de uma hipótese, e eu não. Mas, contanto que a hipótese dele seja testável (e é), acho ótimo que ele a formule.

            Abraço!

  21. Alguns ainda não perceberam que Salvador muitas vezes apenas relata os fatos e teorias, não ofuscando com a sua opinião,afinal a Ciência como qualquer linha de pensamento humano, permite a divergência enquanto um uma teoria não é totalmente esclarecida.

  22. Por que ainda não encontramos nenhum ser extraterrestre lá fora? Nós encontrarmos extraterrestres? Como? Não sabemos ao certo nem quantos planetas tem o nosso sistema solar! Os extraterrestres já nos encontraram. Já estão aqui.Há milhares de anos aparecem naves pelos céus. Os livros sagrados os descrevem. O carro de Iaweh em Ezequiel. As vimanas dos vedas. Os governos dos países mais poderosos do mundo liberaram seus arquivos. E nós, astrofísicos do planeta Terra, usando sofisticadas equações matemáticas para provar ao mundo a alta probabilidade dos extraterrestres estarem extintos. Pra que então, procuram tanto saber se existem amebas em Marte! Será?

    1. Menina, quanta besteira. Tente de novo, agora com evidências sólidas, não loucurinhas da cabeça.

  23. Visão míope destes cientistas. Existe vida fora dos cosmos.sao seres hipnóticos e de extrema inteligência. Naves que cruzam bilhões de anos luz e com. Poderio. …..

  24. Prefiro ficar com a opinião de Carl Sagan: “Se não existe vida fora da Terra, então o universo é um grande desperdício de espaço.”

    1. Talvez o universo não tenha sido criado para que a vida existisse. Se a nossa origem é mesmo o Big Bang, então não há objetivo nenhum. Nós somos apenas um detalhe e não o motivo de tudo.

  25. É ótimo ver que uma página de divulgação científica atinge o top 5 da UOL, em evidência de que há muito mercado para esse tipo de conteúdo. Mas é ao mesmo tempo decepcionante imaginar que uma parte relevante desse público apareceu por aqui imaginando se tratar de uma página de ufologia. Continue na batalha pela ciência, Salvador! Estamos ao seu lado.

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