Astrônomos fotografam estrela dando à luz planeta em órbita similar à da Terra

Salvador Nogueira

É uma estrela jovem, com cerca de 10 milhões de anos, a 175 anos-luz daqui. Lá, neste exato momento, uma Terra está nascendo.

Astrônomos usaram a superrede de radiotelescópios Alma, instalada no deserto do Atacama, no Chile, para observar o disco de formação planetária em volta dessa estrela, chamada TW Hydrae, na constelação de Hidra.

Trata-se do disco mais próximo da Terra nesse estágio primordial e tem uma vantagem adicional: podemos observá-lo “de cima”, o que permite que os astrônomos percebam vários detalhes no disco.

O mais interessante deles, contudo, está na região central. Um anel escuro onde provavelmente um planeta como a Terra — ou talvez uma superterra — esteja se formando. O anel representa exatamente a mesma região que o nosso mundo ocupa no Sistema Solar, a faixa localizada a uma unidade astronômica da estrela-mãe.

O Alma já havia observado outro disco semelhante em torno da estrela HL Tauri. Mas, a 450 anos-luz de distância, era impossível discernir nela a região onde planetas como o nosso poderiam estar nascendo. Esta é, portanto, a primeira vez que testemunhamos de fato um mundo potencialmente rochoso em fase de construção.

Você há de notar também dois anéis mais escuros e largos. O primeiro deles está na região onde, aqui no Sistema Solar, temos Urano. O segundo, mais ou menos na faixa em que Plutão reside. Seriam eles outros planetas em formação? É possível, mas os cientistas ainda não conseguem cravar. Eles também aventam a possibilidade de que as manchas escuras representem “engarrafamentos” de gás e poeira gerados pelas regiões em que uma dada substância, por conta do calor, deixa de ser sólida para virar gás.

É possível que o primeiro desses anéis maiores seja a frente de transição do monóxido de carbono, e o segundo seja o da transição do nitrogênio molecular. (O mais interno, a uma unidade astronômica, talvez represente o da água, mas essa associação ainda é mais incerta, de acordo com os pesquisadores, que publicaram seu trabalho no “Astrophysical Journal Letters”.)

De toda forma, são observações como essa que nos dão a convicção de que finalmente os astrônomos têm agora os instrumentos para compreender em detalhes como se dá a formação de planetas — algo que durante séculos foi apenas alvo de hipóteses. Finalmente chegou a hora de saber.

Acompanhe o Mensageiro Sideral no Facebook, no Twitter e no YouTube

Comentários

  1. Muito boa a matéria! Confirma de forma excepcional a teoria científica sob a formação planetária. Parabéns Salva, pelos esclarecimentos ( pertinentes, por sinal ) sobre as diferenças entre estudo, pesquisa, teoria e “chutes”! Àqueles que preferem crer ao invés de pensar, que procurem o pajé da aldeia mais próxima ( parodiando você mesmo…kkkk ) ou então façam a dança da chuva para arrefecer suas angústias filosóficas.

  2. Salvador, uma imagem com este nível de resolução só pode ser obtida com radiotelescópios?
    Existe alguma impossibilidade física que não permite imagens de tal resolução com telescópios óticos ou a limitação é apenas técnica, por não sermos capazes ainda de construir um refletor de diâmetro suficiente para isto?

    1. Tem duas vantagens pros radiotelescópios aí. Primeiro que em rádio você consegue enxergar melhor através de gás e poeira. Segundo que é mais fácil combiná-los para fazer interferometria — exatamente o que faz o ALMA, com várias antenas pra produzir uma imagem só como se fosse uma antenona gigante. Mas em princípio dá pra fazer interferometria com ópticos também. o VLT faz isso. O duro é enxergar no óptico lá dentro.

      1. Interessante, não sabia mesmo que era possível fazer interferometria com telescópios ópticos!! Achava que este privilégio estava reservado apenas para os radiotelescópios! Aprendi mais uma… 🙂

  3. Em função das maledicências e desrespeito aos meus comentários seguros e lógicos, referentes a essas matérias especulativas, inclusive do próprio blogueiro que disse que fico cagando o dia todo em sua cabeça, que realmente me tiram o sono e fazem-me profundamente infeliz, levo ao conhecimento de V. Sas. que a partir de hoje jamais usarei o descritivo “chutômetro” – que mede o chute – pois não era a intensão medi-lo e sim apontá-lo. Assim sendo passarei denominá-lo simplesmente chute. Ficaram contentes?

    1. Começando pela sua falta de educação, pode ser que agrade alguns e desagrade a maioria. Nota-se que apontar falhas é algo que a Ciência permite, já que ela não é infalível – como o Papa – ou dogmática, como a maioria das religiões. O processo ou a metodologia que a Ciência adota, passa pelo crivo da observação e experimentação, ou seja, ela não é e nunca foi a “dona da verdade” e sim faz aproximações , cria hipóteses e teorias, que podem ser descartadas quando novas observações ou experimentações não explicam o que determinada teoria estipula. Mas a Ciência é a única maneira de se explicar como a natureza funciona ou o porque disto ser assim ou assado. No entanto, palpites maldosos ou execrações são típicas de ignorantes que diante de certas explanações justamente pela própria falta de conhecimento, optam por denegrir esta ou aquela disciplina dentro do quadro amplo da Ciência, talvez pelo simples fato de serem medíocres ou não terem a cognição suficiente para entender o que leem. Acredito que esta última situação aplica-se como um luva ao senhor. Tenha um péssimo dia.

      1. Pessoal, eu acho o seguinte: precisamos parar de responder. O cara vive de atenção. Gosta de pendurar a melancia no pescoço e desfilar por aí. Eu já parei de responder há tempos. Acho que devíamos todos manter o sangue frio e simplesmente parar de responder o cara. Deixemos ele falar sozinho.

      2. Perguntei alguma coisa para você ou para o blogueiro? Com ele já não quero papo há mais de mês, quanto a você nem sei quem é, mas pelo andar da carruagem deve ser outro dono da verdade. Quanto a falta de educação só existe quando algum anta resolve extrapolar e me encontra de mau humor.

        1. Não importa quem eu seja, mas que as pessoas saibam quem é você: um completo ignorante. Não sou dono da verdade, mesmo porque a verdade, palavra de origem latina (veritas) significa averiguar, que é justamente o que a Ciência pratica, fato que passa longe do seu horizonte estreito de compreensão. Se quer questionar, use embasamentos, trabalhos, verificações e não simples palpites sem qualquer fundamento, pelo simples fato de não querer aceitar o que a Ciência demonstra. Ela não foi feita para agradar esta ou aquela pessoa e sim para buscar a veracidade do que ocorre na natureza. O blogueiro tem como princípio divulgar o que a Ciência encontra em suas investigações e claro, argumentar o que considera correto ou incerto. Isto não tira o mérito das observações, mesmo porque é comum entre as diversas disciplinas interpretações, o que é salutar para o progresso do conhecimento. Não é o seu caso, que por idiossincrasias mal explicadas parece ter ojeriza a tudo que se relaciona a Ciência. Aconselho-o a ler o texto com a ajuda de um dicionário, já que me parece ter um vocabulário parco e dificuldade de expressar ideias. Tenha um péssimo dia.

          1. Veritas é verdade: “conhece a verdade e ela te libertará”. A ciência astronômica não de mostra porra nenhuma, somente conjectura. E o que ela encontra nas investigações? Procure saber antes de usar uma palavra ou termo, não a coloque somente por soar bem ao ouvido: idiossincrasia. Essa é demais para você.

          2. Oswaldo, não compreendo sua corrente. Ajude-me a entender, ó mestre, por que a astronomia é meramente especulativa?

          3. Porque não temos como comprovar ou demonstrar, ficamos sempre em especulações comparativas e, quem nos garante que temos eventos iguais?

          4. Provamos e demonstramos muito bem.

            Lógico que não podemos criar galáxias nem sistemas planetários em laboratório para testarmos nossas teorias, mas com milhões de exemplos à nossa disposição no céu nem precisamos disto, basta observá-los.

            Mas também podemos fazer simulações numéricas bastante precisas da evolução cósmica, não precisamos criar tais objetos “de verdade” para testá-los. Com a vantagem de podermos reduzir a minutos ou segundos uma dinâmica que normalmente dura milhões ou mesmo bilhões de anos.

            Então o que te leva a afirmar que não podemos provar ou demonstrar? Sua ignorância completa a respeito do assunto?

        2. Não é só uma colocação de palavras para soar bem aos ouvidos. Mesmo porque se levarmos em consideração os impropérios que escreve estes devem soar bem pior do que os que escrevo, demonstrando que quem ofende, possuiu fraqueza de espírito e falta de argumentação. Em outras palavras não passa de um néscio. Aliás, um mané qualquer, que não possui o menor conhecimento de astronomia e ataca o que não entende ou não quer entender. Independente de sua patética reação, própria de um troglodita, que mal consegue alinhavar frases coerentes, as provas de como se formam os sistemas planetários estão ai para todos verem quer goste ou não. E faça como o doutor disse, use calmantes ou se possível faça um tratamento psiquiátrico. Tenha uma péssima noite de sonhos.

      3. Oswaldo Gil… Vá a uma farmácia e compre “Seroquel XRO de 300 Mg” e tome 1 comprimido pela manha.

        Tenho 70 anos de idade, sou Médico, e a mais de 40 anos trato pacientes com distúrbios semelhantes aos seus, e sempre obtive neles, excelentes resultados terapêuticos com este remédio, que é o nome comercial da Quetiapina.

        Com esta medicação, será possível controlar os seus surtos de agressividade, destrutividade e rancor, bem como melhorará sua auto estima facilitando o convívio social e conseqüentemente melhorando sua qualidade de vida.

        Aos demais frequentadores do blog, insisto que não se surpreendam com isto, pois só estou cumprindo minha obrigação de Médico diante de um ser que sofre, pois vive em um mundo fantasioso irreal, possivelmente perseguido por graves alucinações que levam a deterioração do caráter, talvez conseqüência de maus tratos na infância, e que obviamente precisa urgente de ajuda.

        1. Sacanagem com o Oswaldo, Afrânio, o Seroquel ou a Quetiapina estão pela “hora da morte”, mais de 300 “dilmas” por ai e ainda exigem receita médica. Com CPF deve sair ainda mais caro. Quer outra alternativa… comece a treinar o portunhol.

    2. Fui eu que comecei a dizer o termo “chute” aqui. Mas parece que eu estava enganado. Chute não existe na ciência só existe o termo “hipótese”.

      1. Ary, vou te dar o benefício da resposta porque percebi que estava te tratando um idiota meramente por você usar os mesmos argumentos de um idiota velho conhecido aqui do blog. Mas percebo que fui injusto contigo e peço desculpas.

        Respondendo ao seu questionamento original, estamos falando de *observações*. O que se vê diretamente — o processo de formação de planetas –, portanto, é factual. O que não se vê tem de ser preenchido com modelos, que ajudem a explicar o que se vê. Mas note aí a diferença entre chute e hipótese. O que o modelo diz é hipotético, mas precisa se conformar ao que se observa, senão deve necessariamente ser jogado fora. Já um chute não precisa ter esse tipo de comprometimento. (E eu posso dar um chute, aqui, só para mostrar como funciona: por exemplo, eu digo que na região interna, até 1 UA, estão se formando dois planetas, um do tamanho da Terra e outro maior que ela. Isso é UM CHUTE. Não tem modelo ou hipótese científica que sugira isso, pelo menos não nesse estágio do jogo, porque a modelagem não é suficientemente precisa (nem as observações suficientemente detalhadas). Pode ser um chute acertado esse? Pode, claro. Mas quando eu dou um chute, não estou comprometido com formas de testar o que digo. Em resumo: a formulação de uma hipótese tem de vir acompanhada por uma sugestão de como se pode testá-la, ou pelo menos um caminho que leve a isso. Quando a ciência produz hipóteses inverificáveis, transcende sua própria utilidade. É como a ideia de Deus. Nunca poderá ser abordada pela ciência, porque não existe uma forma de testar a existência (ou inexistência) de Deus.

        Então, essa é a minha longa resposta à sua pergunta original. Você pode aproveitar isso para tentar entender por que, graças a essa diferença entre chute e hipótese, a ciência é o empreendimento mais bem-sucedido da história humana, que permitiu a ocupação do globo, produziu os vertiginosos aumentos de expectativa de vida da população e o incrível aumento em nosso bem-estar médio — incluindo o uso de equipamentos sofisticados de tecnologia que permitem que eu e você nos conheçamos e nos comuniquemos.

        Alternativamente, você pode continuar fingindo que, na ciência, tudo é chute, hipótese é só um termo bonito para disfarçar os chutes que a ciência dá, e fazer como um idiota que visita este blog rotineiramente só para desprezar a ciência, a quem ele, na real, deve a própria existência. (Duvido que muitos dos que falam essas merdas por aí teriam sobrevivido à infância sem vacinação e antibióticos.)

          1. oswaldinho, oswaldinho, não me decepcione, sei que é mais inteligente que isto.
            então, segundo seus critérios, biologia não é ciência, sociologia não é ciência, geografia não é ciência…
            Tsc tsc tsc, pensa antes de postar groselhas, ok?

          2. *** Ciências exatas ***

            Produzem conhecimento baseado em expressões quantitativas, testando as suas hipóteses de forma rigorosa com base em experimentos ou cálculos. Ciências exatas são aquelas que só admitem princípios, consequências e fatos rigorosamente demonstráveis.

            São exemplos de ciências exatas a Matemática, a Física, a ASTRONOMIA, a Engenharia, a Química e até mesmo certos ramos da Biologia ou da Economia.

        1. Na Astronomia não é chute, pois ela segue o método científico, você só pode estar confundindo com Astrologia que segue o método do chute conforme o lugar, a data e a hora de nascimento das pessoas ou das coisas (?!?!) (a data é a primeira aproximação), o que é um chute, mas direto no saco.

          1. oswaldo, não acredita em astronomia. putz, sinto lhe informar que isto não faz a mínima diferença… os fatos dela continuam válidos você acreditando ou não neles…

          2. “Se em astronomia não acredito”!!?!!?!?!! Mas então está fazendo o que aqui nesse blog??!!?? Mas é muito masoquismo, ou falta de algo para se ocupar, ou então é a falta do tal remédio citado mais acima! Sai prá lá, seu chupim (oportunista aproveitador do blog dos outros)!

          1. Já levei ao conhecimento de outros que o meu negócio e mulher não viado, nem adianta ficar na cola.

          2. ôpa!!!! sabia que uma hora ou outra ia se mostrar!!!
            quando acaba a capacidade de argumentar de forma inteligente, parte pra baixaria.
            a Dona Nadia sabe disso???

      1. no português que conheço temos as duas formas. Agora, erro de concordância é grotesco.

        1. Você está baixando demais o nível. Não vou mais aprovar comentário seu em que xinga outros leitores. E vou fazer o mesmo com quem te xingar. Chega.

          1. Concordo, eu sempre estou na defensiva, nunca me viu sair ofendendo alguém. E, aproveitando o ensejo, se procurar lá trás, mesmo com você foi defensiva, pois inicialmente e continuamente a única diferença com você é você achar que a astronomia é uma ciência e eu achar que é ciência especulativa.

      2. ué, mas foi exatamente o que perguntei!! por que disse que NÃO estava falando sobre isto? perguntei exatamente se você disse intensão no sentido de aumento de tensão elétrica, ou se sua intenção era usar outra palavra. você é muito confuso, oswaldo…

        esqueceu de tomar seus remédios hoje?

  4. Caro Salvador, boa noite!
    Desnecessário falar que sou apaixonado pelo Espaço e seus mistérios, e consequentemente por esse seu “espaço” também.
    Há muito tempo li o best seller “Alone”, ou em português, “Sós no Universo”, passada mais de uma década, o que de mais importante Vc consideraria, se é que sim, para contrapor com a hipótese sugerida no livro, de que estamos sós no Universo?
    Grande abraço

    1. Roberto, presumo que você esteja se referindo ao livro “Rare Earth”, que no Brasil foi traduzido como “Sós no Universo”. (Nunca tinha ouvido falar de um livro chamado “Alone” e uma busca na Amazon não me ajudou a localizar esse título no contexto da nossa conversa aqui.) Acho “Rare Earth” um livro bastante interessante, e o que ele diz é que vida deve ser extremamente comum no Universo, mas deve estar limitada a formas mais simples, unicelulares. Já formas de vida complexas, como nós, seriam bem mais raras, de forma que provavelmente, do ponto de vista prático, estaríamos sozinhos (o fenômeno não teria se repetido tão perto a ponto de contatarmos esses potenciais alienígenas).

      De forma geral, concordo com a premissa — vida simples é comum, vida complexa é mais rara –, mas discordo do apego que eles adotam às especificidades da Terra para justificar a ausência de outras formas de vida complexas nos nossos arredores cósmicos. Não está claro que seja preciso um planeta *exatamente* igual à Terra para vermos evolução biológica da escala vista na Terra. Eu gosto da metáfora que o David Grinspoon usa no seu livro “Lonely Planets” para abordar o tema da “Terra Rara”. Ele propõe a hipótese do “Meu Gato Raro”. Elenca todas as características e idiossincrasias do gato dele que fazem de seu bichinho de estimação completamente especial e singular no Universo. E aí, ao final, mostra como é fácil concluir que as chances de que um outro bicho reúna essas mesmas características são tão radicalmente baixas que não deve haver no Universo outra criatura igual à ele. Note que isso tudo é verdade mesmo. Mas se usássemos a hipótese do “Meu Gato Raro” para dizer que não existem muitos outros gatos no Universo, todos diferentes entre si, mas ainda assim tão especiais quanto, daríamos com os burros n’água.
      Abraço!

      1. Não nos esqueçamos dos cinco grandes eventos de extinção em massa que ocorreram na Terra.
        Em uma delas a vida por aqui chegou bem perto de desaparecer, com a extinção de 95% dos seres vivos.

        Supõe-se que em duas delas o fator causador seja cósmico – uma explosão de raios gama e um cometa. Isso porque estamos numa região calma da galáxia!

        O universo parece ser um local favorável para a vida simples, mas dificulta bastante para a vida complexa.

        1. Não sei. Parece que mesmo vida complexa, uma vez surgida, é difícil de matar, como demonstram esses episódios aí. Se fosse tão frágil, teríamos voltado ao estágio das bactérias na primeira pancada. A verdade é que a vida é dura na queda. Mesmo quando queremos de propósito extingui-la, como em processos de esterilização, nem sempre temos um resultado 100%. Você dá um banho de raios gama na Deinococcus radiodurans e ela não está nem aí… 😛

  5. Salve Salva….
    Como podemos ter a certeza de é um Planeta nascendo e não já formado?
    Qual o tempo então acredita-se que um planeta com essas características levaria para ser considerado um planetas formado?

    1. Xiiii…meu primeiro comentário não aparecia, ai fiz de novo e ele apareceu..duplicado!..rs

    2. Por causa do estado do disco ainda. Tem muito gás e poeira para o processo de formação estar concluído.

  6. Salvador,
    como funciona o “podemos observar de cima” exatamente?
    O sistema em formacao esta perpendicular ao nosso ou estamos realmente “acima”, em um plano paralelo? Todos os sistemas numa galaxia espiral estariam em planos paralelos, ou eh uma zona que cada um aponta pra um lado??

    1. A formação é perpendicular à nossa. O alinhamento das estrelas é aleatório. Cada uma prum canto.

  7. Salvador me desculpa a falta de conhecimento, mas com o nascimento de um planeta à partir de uma estrela, deve-se entender como que um pequeno fragmento desta estrela se soltou e irá se resfriar para assim se solidificar e se tornar um planeta, é isso ??
    Segundo a teoria do big bang que explica que o universo original era muito denso e quente e está em franca expansão a fim de se resfriar ??

    1. Não. A estrela e o planeta na verdade formam da mesma nuvem de gás. Mas a estrela, no centro, se forma primeiro e aí “orienta” a formação de planetas ao redor, por conta de sua gravidade.

  8. Sr. Salvador,

    Estamos a cerca de 40 dias do maior evento observacional a ser visto do Brasil em 2016, o Trânsito de Mercúrio pelo disco solar.

    Convidamos ao sr. e todos os participantes de sua página que se mobilizem para este raro evento celeste.

    Quem fizer parte de algum grupo de Astronomia cadastre seu evento através de formulário na página: http://transitomercurio2016.blogspot.com.br/

    Assim como fizemos no eclipse lunar de 2015 as informações serão repassadas para toda as mídias do país.

    Estendemos o convite para que as pessoas providenciem o registro e cronometragem desse Trânsito. Lembre-se que essa atividade requer cuidados porque precisará observar o disco solar.

    Aproveitamos para sugerir este assunto como suas próximas postagens.

    Atenciosamente,

    GaeA – Grupo de Apoio em Eventos Astronômicos.

  9. Boa tarde, Salvador. Muito bom ver essas imagens e perceber um pouco mais sobre como a ciência caminha. Isso me lembrou de uma dúvida que eu sempre tive quanto ao nosso próprio sistema, meio curiosidade mesmo que não sei se cabe no tópico atual. Se pegássemos todas as principais luas de Júpiter e Saturno, teríamos material suficiente para formar um objeto similar a Terra em termos de massa e composição?

      1. Obrigado por responder a uma pergunta ligeiramente fora de tópico. Andei pesquisando um pouco a respeito e de fato vi que a Terra ainda tem massa incrivelmente superior a maioria dos nossos vizinhos rochosos, mesmo considerando o acréscimo de planetas anões como Plutão, Ceres ou mesmo adicionando a massa de Marte na conta, ainda ficamos longe de chegar perto de fechar a conta. A exceção de Vênus, ainda ligeiramente menor, tomamos a maior parte dos detritos rochosos do sistema, entre que escaparam dos gigantes. Definitivamente não sou religioso mas é impressionante o número de variáveis necessárias para chegarmos a um planeta ao menos parecido.

        1. Rucci, na verdade não sabemos quantas variáveis são necessárias para ter as condições da Terra. Sabemos que planetas com o porte da Terra numa órbita similar à da Terra são bastante comuns. Esse pedaço é zero raro, o que dá uma perspectiva bem grande de que a situação da Terra não seja incomum no Universo. Agora, algumas coisas que *podem* ter sido importantes para a evolução e manutenção da vida (ou não; a verdade é que não sabemos) e seriam um pouco menos comuns podem ser elencadas: a presença de uma lua de grande porte; a presença de um Júpiter na posição onde está no Sistema Solar e a localização do Sistema Solar na galáxia, na chamada zona habitável galáctica; e por aí vai. Ainda não sabemos se essas coisas são importantes, e quão importantes são, muito menos quão frequentes elas são, de forma que pouco podemos dizer. Ainda assim, é óbvio que, mesmo levando em conta esses aspectos todos, devem existir vários planetas similares no Universo. Se você está baseando a justificativa da religiosidade numa possível singularidade da Terra, é uma aposta que você tende a perder.

          1. Salvador, obrigado novamente pela resposta.
            Definitivamente não estou a fazer isso. Apenas constatando que são muitos os fatores necessários para se ter um planeta como o nosso, no sentido que conhecemos (temperatura média, componentes, massa, localização onde a água se mantenha em estado líquido e ter massa o suficiente para retê-la quando ela ainda existe em abundância etc), considerando a própria vizinhança.
            Desculpe-me se posso ter sugerido o contrário, não é o caso. Entendo o receio pelo que vi nos comentários, mas definitivamente não sou desses.
            Acompanho o blog com afinco, apesar de somente comentar de vez em quando, como acompanho tudo relacionado a ciência que o meu tempo e possibilidades permitem. Acredito, como você, que ela é a melhor ferramenta para obter respostas razoáveis àquilo que podemos perceber a nossa volta, o que não me impede de perceber também que, ao menos até que descubramos outro local parecido, certamente temos um mundo que, se não foi feito pra nós, fomos feitos para ele.
            A questão das massas dos demais corpos rochosos do sistema só me surpreendeu por que, até recentemente quando decidi pesquisar o assunto, eu desconhecia mesmo em nível básico a proporção de massa da Terra em relação a eles. Para um leigo, como eu, é difícil não se surpreender.

  10. Primeiramente, o mensageiro sideral é sensacional, ao término da matéria, fico ansioso pela próxima .Parabéns pelo belo trabalho.
    Quanto o assunto em questão, as hipóteses da formação planetária coincidem com essas imagens?

      1. Noooosa!!! esses cientistas são danados mesmo.
        Fico aqui olhando para o céu, maravilhado pelo brilho das estrelas, filosofando na madruga, enquanto estes senhores(as) desbravam os mistérios do universo.

  11. Salve Sava….
    Noticia surpreendente essa !
    Uma dúvida como temos a certeza que é um planeta ainda nascendo e não um Planeta já formado?
    Qual o tempo médio para esse Planeta se formar por completo?

    1. Tem um monte de gás e poeira lá ainda, o processo de formação não terminou ainda!

  12. Esses dois “gaps” no disco, só pra ter uma noção de escala, deve ter qts kms de largura? Uns 200-300 milhões cada?

    1. Esqueci, o próprio artigo citado nesta postagem tem mais dados. Uma conta trigonométrica simples resolve esta dúvida.

  13. Imagem impressionante, não canso de olhar. Interessante tb que mesmo após bilhões de anos da formação do universo, sistemas solares como o nosso continuam nascendo, e no caso deste, bem perto de nós…

  14. É incrível pensar que talvez o mesmo tenha acontecido com outra civilização, 8 ou bilhões de anos atrás, observando o disco de formação planetária que daria origem ao Sistema Solar.

  15. Essa recém-nascida precisa urgentemente de um batismo fornecido por um clérigo autorizado pelo vaticano, caso contrário ela se arrisca a ser condenada à danação eterna.

  16. Pelo visto a definição dos telescópios está crescendo bastante nos últimos anos, captando eventos antes muito sutis. Existe um limite teórico para este detalhamento continuar se desenvolvendo?

    1. O limite é físico. E quando digo físico me refiro ao tamanho da estrutura e ao custo da coisa toda. Teoricamente poderíamos construir no lado oculto da Lua um conjunto rádio telescópio com mil quilômetros de diâmetro, onde poderíamos enxergar os continentes de um planeta similar ao nosso a milhares de anos luz daqui. Mas vai ver o custo de um empreendimento desse tamanho!

  17. Salva… Interessantíssimo!

    Mas o que me veio a cabeça… O surgimento de um novo planeta vai interferir nos planetas existentes? Vai haver um “realinhamento” no nosso sistema solar? Os caras tem como prever uma mudança como esta?

    1. No NOSSO acho muito difícil, 175 anos luz é longe demais para ele interferir assim…

      Mas no mesmo sistema planetário, certamente a formação de um planeta novo afeta outros que estejam se formando em órbitas próximas. Pode ser catastrófico, ou com o tempo eles podem entrar em equilíbrio, como parece ter acontecido em nosso próprio sistema solar.

  18. Ola Salvador.
    Sobre estrela em questão,o que podemos dizer sobre ela?
    É uma estrela tipo g igual ao sol,uma ana vermelha tipo o sol de Kripton ou uma gigante vermelha?

      1. Salvador, ela é do tipo K (na verdade K6) mas ainda em contração. Quando terminar a atual fase e iniciar a vida “adulta”, com reações nucleares no centro como forma de energia, será um pouco mais quente, ficando mais perto de se assemelhar ao Sol. Quanto? Bom, uma das incógnitas é sua idade. Existe em torno de TW Hya uma associação de estrelas jovens com a mesma idade. Isso foi descoberto por nosso grupo por volta de 1990. Como um dos grupos mais ativos na área temos nossa própria determinação de idade. O fato de existir a associação de TW Hya ajuda muito isso, mas mesmo assim há uma certa margem de indeterminação. Os mais recente resultado num congresso em Atlanta foi 10 milhões de anos com erro de 3 milhões de anos. Nossa determinação é de 12 milhões de anos. Se mais jovem, vai se parecer mais com o Sol. O interessante aí é que passamos ter uma ideia melhor de quanto tempo demora para se formar um sistema planetário. As diversas associações jovens na vizinhança solar vão mostrando sistemas planetários em estágios distintos de formação. Algo muito interessante que tivemos o privilégio de introduzir ao descobri-las. TW Hya tem essa vantagem de poder ser vista do polo.

          1. Estão. Essas associações são muito difusas na verdade, por isso foram tão difícies de serem descobertas e foi um enorme chute ao gol (para ficar na linguagem dos retardados) que descobrimos como encontrá-las. No caso da de TW Hya foi o fato dessa estrela ser já excepcional por outras razões que nos levou a procurar em torno dela. Hoje já são cerca de 30 membros. Mas mesmo sendo relativamente compacta (as outras são bem mais espalhadas no céu) a distância entre cada estrela ainda é bem grande, alguns anos-luz. Portanto cada nascimento é um caso a parte e a própria turbulência da nuvem original provoca orientações distintas.

      2. Legal.Então a vida nesse planeta caso exista será bem parecida com a da Terra.
        Assim quando eles desenvolverem uma espécie inteligente daqui a uns 4 bilhões de anos nossos descendentes que farão parte de uma grande federação intergalática,poderão ensina-los a construir pirâmides igual os tanagarianos fizeram com os egípcios.

  19. Ola Salvador.
    Sobre estrela em questão,o que podemos dizer sobre ela?
    É uma estrela tipo g igual ao sol,uma ana vermelha tipo o sol de Kripton ou uma gigante vermalha?

  20. Bom dia Salvador.Sobre a estrela em questão,o que sabemos sobre ela?
    Ela é do tipo g como sol é uma anã vermelha como o sol de cripton ou muma gigante vermelha?

  21. Salvador,
    Alguma ideia de quantos discos protoplanetários são estatisticamente possíveis de serem encontrados próximos da terra para confirmarmos as hipóteses de formação planetária?

    1. Muitos. Mas nenhum tão bom de ver quanto eles. Mas eu já vi um punhado de imagens de discos protoplanetários — as melhores até agora foram as duas do ALMA. O mais importante — e vi vários astrônomos discutindo isso ontem — é como essas imagens já estão validando os modelos de hidrodinâmica usados para simular esses discos, e como com essa confirmação deles será possível entender a formação dos sistemas colecionados pelo Kepler. A chave do mistério da formação planetária está realmente ao nosso alcance, o que é fascinante.

      Como é incrível também ver esses discos e notar que eles batem precisamente com os modelos. Observação casando com teoria. Ainda vem um retardado aqui e chama isso de chute.

      1. hahahahahaha…ainda bem q é só “um retardado”. Estatísticamente percebemos que esse blog não atrai retardados, o que é muito bom.

          1. Você devia ficar contente, pelo menos ele (o retardado) se interessa pelo que você escreve a ponto de se manifestar

          2. Não, não fico. Ficaria mais contente se ele continuasse visitando e fechasse a matraca. Ou você gosta que vão na sua casa e passem o dia inteiro falando merda no seu ouvido? Se o cara não acredita na ciência, beleza. Ele que procure o pajé dele e seja feliz. Mas não venha cagar ignorância aqui todo dia, porque paciência tem limite.

      2. Pois é, o nosso Simplicio de estimação, com seu habitual desdém para com o método científico, continua dando o ar da graça.

  22. Salvador, você disse que lá neste exato momento uma Terra está nascendo, mas ela está a 175 anos-luz. Essa fotografia que fizeram é em “tempo real”? Pela distância, quando fotografaram, a imagem obtida já não havia ocorrido há muito tempo? (Desculpe a ignorância)²

    1. Não muito tempo. 175 anos atrás. O que parece processos como esse é muito pouco tempo. Ou seja, de fato uma Terra ainda está nascendo lá, como estava 175 anos atrás. 😉

  23. Salvador,
    Conforme a criação das estrelas e consequentemente dos planetas, por que que esses objetos sempre aparecem girando? Em torno de si ou em torno de outro objeto? (Desculpe a ignorância)

    1. Porque eles nascem a partir de discos giratórios de gás e poeira, por sua vez resultado da interação gravitacional da massa da nebulosa difusa originária consigo mesma.

    2. Não há porque pedir desculpas por não saber algo, ninguém sabe tudo sobre tudo e um sábio em uma ciência pode não saber o básico de outra.

      Algo indesculpável é não querer saber, a ponto de não perguntar.

  24. Há espaço para mais nascimentos como esse? Uma espécie de Baby Boom Intergaláctico poderia tirar nossa intranquilidade dos níveis normalmente aceitáveis?

  25. Pelo menos, estamos enxergando de mais perto, somente mais ou menos 1,8 quatrilhões de quilômetros, o que nos permite, possivelmente, distinguirmos os gases, formação rochosa e quiças, água. Mas tudo isso é incerto. É possível que o parto seja até de um sistema solar completo. Quando um time precisa do resultado, vai chutar no gol, todos torcedores tem a convicção que a hipótese do tento vai acontecer. Será, ou por outro séculos continuarão ch…, digo hipóteses?

      1. Incertezas, convicções, hipóteses, mas algum dia teremos certeza de alguma coisa.

          1. A minha intensão, intencionalmente é com s, agora erro de concordância é grotesco

          2. ponto de vista, oswaldinho… não estou escrevendo nenhuma petição nem um texto acadêmico, então existe uma certa liberdade aqui em se expressar de forma coloquial, que pode ir contra regras mais confusas de concordância pelo fato de estarmos escrevendo mais espontaneamente, como se estivéssemos num bate papo.

            pra mim, grotesco mesmo é errar ortografia… pensar uma coisa, escrever outra, e pior ainda não querer admitir o erro, e insistir que teve a intensão (OPS! desculpa, quis dizer INTENÇÃO) de escrever da forma incorreta. isso é risível…

        1. Bom, você poderia então tentar discutir isto lá no blog do professor Pascoale, porque este aqui é sobre astronomia.Acho que vc tá meio perdido aqui, né?

      1. Isso se chama argumentum ad nauseam. E convenhamos, todos estão bem nauseados há tempos.

    1. Se vc vê um gol marcado e retrocede o filme quadro a quadro, vc entende melhor como aconteceu aquele gol.
      É o que os astrônomos fazem, eles tem um monte de quadros e montam o filme do começo do lance até o gol marcado. A dificuldade é conseguir os quadros, mas isso eles vão fazendo com dedicação, muito trabalho e insistência.

      Não é um “chute” é o resultado de anos e anos de trabalho.

Comments are closed.