Universo está se expandindo mais rápido do que o esperado, sugere Hubble
Um novo estudo realizado com ajuda do Telescópio Espacial Hubble constatou que o Universo está acelerando sua expansão mais rápido que o previsto.
O trabalho tem a liderança do prestigiado astrofísico Adam Riess, ganhador do Prêmio Nobel em Física, e foi aceito para publicação no “Astrophysical Journal”. Ele parece sugerir que nosso modelo mais consistente até hoje para explicar a evolução cósmica desde o Big Bang, há 13,8 bilhões de anos, ainda não é o fim da história.
Entra em cena a sinistra energia escura, que ninguém sabe no momento o que é. E o duro em lidar com o desconhecido é que ele é, bem, desconhecido. A única pista que temos dessa misteriosa força da natureza é a de que ela parece agir na contramão da gravidade, levando à aceleração da expansão do Universo.
Funciona assim: em 1931, quando Hubble (Edwin, o astrônomo, não o telescópio espacial que recebeu seu nome décadas depois) descobriu que todas as galáxias pareciam estar se afastando umas das outras (e, quanto mais distantes estavam, mais rápido se afastavam), ficou evidente que o Universo estava em expansão. Contudo, imaginava-se que a gravidade — a atração mútua entre todas as coisas do Universo — fosse aos poucos freando essa expansão. Qual não foi a surpresa dos cientistas em 1998, quando eles constataram que a expansão, em vez de frear, estava se acelerando?
A descoberta foi feita por Saul Perlmutter, Brian Schmidt e Adam Riess, que ganharam o Nobel justamente por isso — era a primeira evidência da existência da tal energia escura, uma força que estava impedindo que a gravidade freasse a expansão cósmica.
A constatação foi feita por meio de observações de supernovas do tipo Ia. Essas explosões violentíssimas não acontecem conforme aquela imagem clássica de supernova — uma estrela de alta massa que esgota seu combustível e explode. Na verdade, elas são formadas por estrelas binárias, uma delas uma anã branca — um cadáver estelar remanescente de uma estrela modesta, como o Sol.
Acontece que nesses sistemas a anã branca vai roubando matéria de sua vizinha e com isso crescendo, até atingir um ponto em que ela cruza um limite de massa e, aí sim, explode violentamente. Como a detonação é ditada justamente pela travessia desse limite, os astronomos julgam que todas as detonações de supernovas Ia espalhadas pelo Universo são mais ou menos iguais. Ou seja, têm o mesmo brilho absoluto. Comparando isso com o brilho com que são observadas da Terra, temos uma boa estimativa de sua distância.
E aí que a coisa esquentou, porque as distâncias determinadas não batiam com as esperadas num Universo que estava freando sua expansão. Muito pelo contrário, sugeriam que, nos primeiros bilhões de anos após o Big Bang, de fato houve frenagem, mas depois disso, há uns 7,5 bilhões de anos, a tendência se inverte e a expansão começa a acelerar. Uia.
Passou a ser então prioridade entre os físicos e astrônomos determinar que diacho era essa tal energia escura. Modelos da expansão cósmica foram criados com diversas interpretações físicas da força misteriosa e confrontados com as observações, sugerindo que a energia escura a essa altura respondesse por cerca de 70% do conteúdo total do Universo. E tudo parecia caminhar bem. Até este novo estudo liderado por Riess.
Reunindo dados sobre 2.400 estrelas cefeidas em 19 galáxias (um tipo estelar de brilho variável que tem relação conhecida entre brilho e período de pulsação) e 300 supernovas do tipo Ia, observadas pela Câmera de Campo Largo 3 do Telescópio Espacial Hubble, os pesquisadores constataram que a expansão cósmica está se acelerando entre 5% e 9% mais rápido do que antes se pensava.
Isso mostra discrepância com o modelo cosmológico mais popular (que os cientistas chamam de LambdaCDM, que basicamente resume “Universo com matéria escura fria e uma constante cosmológica como energia escura”, caso você realmente esteja curioso). Como explicá-la? Troquei rapidamente uma figurinha com o líder do estudo e ele está cauteloso.
“Se [os resultados] se mantiverem, energia escura mais forte pode ser um jeito de explicar os dados”, disse Riess ao Mensageiro Sideral. “Mas um jeito mais provável, da forma como eu vejo, seria haver radiação escura extra, como outro neutrino.”
Ou seja, ou a energia escura é mais forte do que pensávamos, ou tem alguma partícula lá fora que não emite radiação eletromagnética (como um neutrino), não sabemos o que é e pode explicar as diferenças.
De toda forma, os 95% do Universo que não emitem luz, como energia escura, matéria escura e radiação escura, acabam de ficar um pouco mais misteriosos e interessantes.
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Na foto tem três estrelas com um brilho muito forte ou são um aglomerado?
Essas estrelas maiorzonas estão na nossa Via Láctea, bem à frente da galáxia afastada.
Salva, o quanto esse estudo reforça a teoria do Big Rip? O fim do universo depende do equilíbrio de forças, e pelo que parece a energia escura deve ganhar a briga e rasgar tudo no final.
Triste fim para nosso Universo 🙁
Não sei quais são as consequências. Porque na verdade é a soma de coisas que não pode ultrapassar um valor crítico — energia escura + matéria escura + matéria normal. Teria de ver se houve só redistribuição ou se realmente a quantidade cruzou um valor crítico. Eu acho a essa altura que o valor medido é tão perto de 1 que não pode ser coincidência. Eu ficaria muito surpreso se o número acabasse pendendo para o big rip ou para o big crunch. Mas, sinceramente, não sei se tem implicações.
Triste fim, se houver, há bilhões de anos, não se preocupe só quem viver verá. Tudo o que foi dito está mais para Big Kick.
Curiosidade, coisas da vida…a designação “Salvador” a um excelente divulgador da ciência!
Nem vou dizer que isso é chute, já que os cientistas “ainda” não sabem de nada.
Nem eu vou dizer que seu e-mail é ariosvaldo, o que parece sugerir que uma identidade só não basta para alguns ou que o mundo é cheio de maravilhosas coincidências… rs
Ariosvaldo Gil de Souza?
Hmmmmmmmmm….
Ressuscitou a alma negra do gordão.
também nem vou dizer que não ligo a mínima para sua opinião…
Se o universo é composto de + ou – 25% de matéria escura, por que não há buracos negros de matéria escura? Por que não vemos estrelas ganhando massa de matéria escura? Afinal, apenas corpos que contém massa podem gerar gravidade.
Penso que se existisse matéria escura (mesmo ela interagindo com a matéria comum apenas através da gravidade) seus efeitos deveriam ir muito além das lentes gravitacionais ou da coesão das galáxias.
Vamos supor que exista um buraco negro de matéria escura. Como você ia saber? 😛
Mas você está numa boa trilha. A detecção das ondas gravitacionais parece sugerir que há buracos negros de porte inesperado, e isso poderia responder pelo menos por parte da matéria escura.
Realmente não seria possível saber qual a composição do buraco negro, mas penso que a ocorrência desse fenômeno deveria ser maior por haver muito mais matéria escura no universo.
Batista, li um artigo na Scientific American certa vez, falando sobre a teoria de formação dos super buracos negros (como o que existe no centro da Via Láctea).
Eles teriam sido formados por estrelas super-massivas com núcleo de matéria escura e, segundo os cálculos dos astrofísicos, isso teria permitido essas estrelas aglutinarem uma quantidade gigantesca de matéria convencional, o que explicaria a existência desses buracos negros super massivos – da ordem de milhões de vezes mais massivos do que o nosso Sol. para efeito de comparação, os buracos negros detectados pelas ondas gravitacionais pelo pessoal do laboratório LIGO não chegavam a 100x a massa do Sol!!!
Bruno, é exatamente isso que quero dizer:
Estrelas com núcleo de matéria escura, super buracos negros em regiões pouco propícias para o seu surgimento a partir de matéria comum.
Se a matéria escura é tao abundante, então esses fenômenos tem que ser recorrentes. Como o Salvador disse, eu também espero que o estudo sobre ondas gravitacionais nos dê mais mais respostas.
O blog do Salvador é uma das raras maravilhas da internet. Informativo na medida certa, leitura prazerosa, enfim, de fazer Sagan orgulhoso.
Só acho uma ironia tremenda o mesmo canal que veicula coisa tão boa, ao mesmo tempo veicular lixo da pior espécie, vide Sakamoto e cia ltda….
Desnecessário citar um ou outro como contra-exemplo. E o maior valor do UOL (e da Folha) é dar voz a todas as opiniões — inclusive aquelas com as quais você não concorda. Se todo mundo pensar igual, como vamos descobrir quando estamos errados? 😉
“Nunca estamos errados” – Millennials
“A única vez que errei foi quando pensei que estava errado” – Prof. Girafales.
Olá Salvador!
Não sei se conseguirei ler alguma resposta tua a este meu comentário, mas gostaria de observar uma coisa que nunca li a respeito.
O redshift ocorre devido ao afastamento, isso é indiscutível e se relaciona com o efeito Doppler, válido inclusive para para estudar o bamboleio de estrelas e seus planetas e nos radares, onde a dilatação do espaço é irrelevante devido as pequenas distâncias.
A questão que me vem a cabeça é que em se tratando de galáxias a distâncias absurdamente grandes a luz emitida ficou percorrendo essa distância enorme em um espaço em expansão o que deve fazer com a os raios emitidos sejam distorcidos e dilatados aumentando mais ainda o redshift por conta da dilatação do espaço durante o seu percurso até a Terra.
Nessas análises de expansão isso é levado em consideração? E como poderia ser determinado esse desvio devido a dilatação do espaço nesse tempo? Nunca lí nada a esse respeito.
Abraços,
Paschoal Bronzo
Paschoal, você está absolutamente certo. Os cientistas conseguem separar redshift por movimento (como o bamboleio das estrelas) e redshift por expansão do espaço-tempo (como a recessão das galáxias megadistantes), usando para isso a teoria da relatividade, que é quem justamente descreve o redshift por expansão do espaço-tempo. (Já o do bamboleio é efeito Doppler, coisa bem mais simples de calcular.)
Na realidade, segundo alguns cosmologistas, essa expansão do universo é apenas uma ilusão criada pelos movimentos relativos de nosso planeta em relação ao universo, e pelo aumento da massa total do universo, que faria com que a luz emitida pelos respectivos átomos estivessem na região infravermelha do espectro. É extremamente difícil tirarmos qualquer conclusão sobre o que acontece com objetos celestes distantes, ficando limitados a uma insignificante região do espaço, mesmo levando em conta as sondas espaciais mais distantes até agora enviadas
Não, não tem um cosmólogo respeitado que diga que a expansão é uma ilusão gerada pelo movimento do nosso planeta. Se tiver, não estou sabendo e adoraria um link para um paper a respeito disso. Mas não consigo imaginar como explicar a radiação cósmica de fundo em termos de movimentos da Terra. 😛
sim, tersiog, tem toda a razão!!
tudo que vemos de deve ao fato de estamor observando as coisas do centro do universo, e foi Satã quem colocou uma radiação cósmica de fundo para enganar nossos cientistas e fazê-los questionar a obra de nosso criador…
Eu penso que quando comesou o começo do mundo que ele foi se espandindo é igual um carro correndo por uma estrada com muito pó quando ele para de pois de um tempo a poeira acaba mas como o universo não parou ate agora de se espandir a materia escura também não acaba tudo o que sobe ou desse faz rastros.
Eu Acredito que ,O velocidade de expansão do universo tem haver com o diâmetro do núcleo das galaxias, no caso a media entre eles; dai aumentando a velocidade, da maça que penetra e transpassa o núcleo e consequentemente expandido.
maça=massa; >>>>no caso ;esta matéria recebe uma aceleração estando massa escura ou não, luz etc..!!
Energia escura, ninguém conhece. Matéria escura é completamente desconhecida. Sabemos alguma coisa do que está mais distante que a nossa Lua, e assim mesmo…, como pode uns pensadores criarem uma hipótese, teoria, ou qualquer coisa do gênero, referente ao Universo? Quando falo que cada qual procura aprimorar a arte de chutar, vem a galera estremecida e enfurecida bradando: NÃO É CHUTE, é teorizado ou hipotetizado. Esse chute foi um tremendo dum voleio. Mas, o interessante é que lendo, vejo muitos crédulos.
Cara, se fosse chute não chamaria “escura”. O nome denota o desconhecimento. Os astrônomos viram os efeitos, mas não sabem a causa. Daí a denominação. Chute seria se eles dissessem que a energia escura é tal ou qual coisa. Eles não dizem. Só apontam o efeito observável que ela causa — a aceleração da expansão cósmica. Agora cabe aos teóricos descobrirem que diacho é isso. Tá vendo como você é idiota e insiste nesse papo de “chute”, quando os cientistas estão fazendo uma força danada para NÃO chutar?
Não sabia que escura=desconhecida. Por outro lado, o chute não é a energia e matéria escura, que são desconhecidos – só faltava chutarem também sem bola, mas sim a hipotética aceleração cósmica e seus desdobramentos
Não, a aceleração cósmica não é chute. É uma observação. Sorry.
oswaldo, e é sua excelente formação como astrofísico que te permite afirmar estas coisas todas?
seus estudos brilhantes nesta área te levaram à conclusão de que os caros instrumentos de medida de inúmeros observatórios espalhados pelo mundo e também em órbita esão todos descalibrados e medindo valores errados?
(14) 3234-5031
Hehehe, será verdade? Ou mais um chute de um leitor que não te aguenta mais? 😛
É um chute, esse telefone era da década de 90
Acho que vocês me pagaram este é meu número mesmo, por favor não me liguem.. por favor!!!
Nem vou tentar… vai que cai na IURD… :p
Eu sou ministro da eucaristia, em uma igreja católica da cidade de Bauru-SP. Não sou da IURD
Anotem aí as referências do homem do “chute”. rs
Nada, vai cair no Juqueri.
ministro da eucaristia, em uma igreja católica da cidade de Bauru-SP?
bom, também não estamos nem um pouco interessados nisto…
vá plantar batatas
Em Marte? 🙂
Não percam tempo, ele ou eles aprenderam de uma semana para cá: ou que é chute ou desespero…
tão infantil… perderam a fé… até o Papa quer cada vez mais a aproximação da Igreja com a Ciência.
Já temos 17 religiosos do Vaticano, trabalhando no CERN. Mas, temos os fundamentalistas, crentes que não aceitam. rsrsrs
Só para femme.
Segundo o google, esse tel é de um Osvaldo Gil de Souza…
O bocó voltou. Ficou muito carente, coitado. Não lhe deram a devida atenção.
Osvaldo, os “chutes” dos cientistas são baseados em extensos cálculos matemáticos baseados em mais cálculos matemáticos que são oriundos de observações do cosmos via telescópios e radio telescópios, tudo isso embasado nos últimos 5.000 anos de evolução da humanidade, desde o advento da escrita. Logo, não tem chute! Os Celtas não fizeram um chute quando construíram Stonehange e nem os outros povos que dominaram a astronomia num passado remoto.
Interessante, e hoje li também sobre Elon Musk falando sobre uma possível matrix, e se isso tudo for um jogo ? Primeiro a incerteza ( a terra é redonda), depois o impossível( não existe nada além mar), depois o descobrimento e novas terras e depois de mais novas terras, novos animais ,plantas,etc e junto com isto tudo novos problemas. Agora novamente incertezas, que parecem impossíveis… Mas pelo menos temos a sensação que estamos passando de fase.A próxima fase será que existem outros universos ? surgiram da mesma forma ? tem o mesmo comportamento ?
F#$$DEU!!!
Salva dando 3 na mesma semana? Ainda bem! Fazia teeeempo…
Hehehe, estou tentando voltar ao ritmo mais aguerrido de outrora. Ainda tenho uma edição especial da Super para fechar por esses dias, mas depois espero voltar à força total aqui!
Salvador, minha barriga também tem se expandindo mais rápido do que o previsto. Depois que li o artigo acho que posso usar como desculpa a energia escura… kkkkkk 😛
Putz, aqui a expansão está forte também, e o pior é que a causa é conhecida. 😛
Idem.
Pergunta de leigo, que adora uma boa leitura sobre ciência e astronomia. Todas as medidas feitas são baseadas em ondas eletromagnéticas, luz e rádio. Parte-se da premissa q o espaço-tempo é variável e ondas eletromagnéticas, a luz, é uma constante. Mas, e se nas longas distâncias astronômicas a gravidade curvasse o espaço-tempo e a própria luz, distorcendo as medidas e uma expansão constante ou desacelerando parecesse acelerar em função da curvatura gerada pela gravidade? o pouco q estudei de gravidade nos meus rasos 3 anos de engenharia me fascinavam tremendamente.
Pois é Edu… É assim que vejo a coisa. Dá maneira exata que vc descreveu.
Tudo que nós conhecemos no Universo -macro- está caindo em direção a alguma coisa. A Lua cai em direção à Terra. A Terra cai em direção ao Sol. O Sol cai em direção ao centro da Via Láctea… e vai por aí a fora.
Por que as galáxias – e outros corpos – estariam sendo empurrados e não”atraídos”?
Einstein nos deu a chave, mas nós estamos tentando abrir a porta errada. Penso.
O duro é alguma coisa cair em todas as direções, como o Universo. 😛
gordura cai.
Essa é a parte mais difícil Salvador: Acreditar em algo com o qual nossa mente não está acostumada.
O termo cair talvez não seja o mais apropriado, também não gosto dele, mas nosso vocabulário é muito limitado.
O interessante é que vc compreendeu perfeitamente a idéia.
Tudo está caindo em várias direções porque o espaço se expande próximo ao núcleo da distorção.
Não podemos ver como um buraco, mas – como vc mesmo me disse uma vez – devemos tentar imaginar o “Buraco Negro” em 3 dimensões.
Quando conseguimos sucesso nesse exercício de imaginação, fica mais fácil compreender os caminhos dos grades corpos pelo espaço.
Uma animação gráfica resolveria o problema.
Mas vc tem razão. Eu demorei muito para aceitar a idéia. E mesmo assim ainda não estou convicto. Ela é simplesmente o que minha lógica tem mais facilidade em aceitar.
Quanto a estar certa ou errada… Bem! Aí é uma outra história.
Prezado Salvador,
Dúvida de um cara que não entende nada do assunto é tentar saber o que existe do lado de fora da expansão, isto é, o “volume possível da bexiga até ela explodir ou implodir”. Astrônomos têm que trabalhar, quando observam os astros, com corpos que já podem não estar mais lá, condicionados a extremas distâncias, e quase se deseja que a velocidade da mensagem fosse maior. Metafóricamente, é claro, estudar o comportamento em vida de coisas já não mais. Um grande cemitério…
Obrigado pela atenção
Paulo
Paulo, e essa é uma das grandes vantagens para os astrônomos! Se eles vissem tudo em tempo real, jamais poderiam ter evidências observacionais de como era o Universo no passado! 🙂
Mas o que estamos vendo não é passado?
Depende da distância. Passado recente é igual a presente para todos os efeitos práticos.
Certo, mas onde estaríamos vendo então o passado, nas grandes distâncias? E, se afirmativo, como saberíamos se no presente é diferente dessa visão nossa atual?
Estamos vendo o presente aqui pertinho, e o passado nas grandes distâncias. Comparando o que vemos no presente com o que vemos no passado, sabemos qual é a diferença entre eles. Juro que não estou entendendo a sua dúvida… rs
Entende sim. Só que falou bobagem
Olá Salvador e pessoal do Blog, me desculpem se eu tiver falando bobagem mas sou leigo no assunto, se foi constatado que o universo esta acelerando entre 5% e 9% mais rapidamente e utilizaram como parâmetro supernovas que estão à milhares ou milhões de anos do ponto de observação, ou seja foi constatado que a milhões de anos atrás a aceleração já era entre 5% e 9% maior do que se imaginava? neste momento a velocidade já pode estar reduzindo por causa da gravidade e ainda não podemos observá-la por causa da sua dimensão?
Gabriel, é possível medir a velocidade de expansão nas mais diversas épocas (dependendo da distância que se observa), e aí a teoria precisa se encaixar a esses dados. Não há nenhuma teoria que sugira a possibilidade de a expansão já estar freando, depois de ter iniciado sua tendência de aceleração bilhões de anos atrás. Além do mais, isso seria evidenciado pela presença de galáxias além do nosso grupo local com menos redshift do que o esperado, indicando a redução da expansão.
Bom dia Salva! O espaço que está se expandindo é somente entre os aglomerados de galáxias? É isso? Será que esse alongamento todo, um dia não vai perder a força por si só? Abs!
Sim, entre os aglomerados. E se vai perder a força, só saberemos se entendermos o que é a energia escura e como funciona! Abs!
Disso tudo, só entendi que se não nos apressarmos, jamais chegaremos às estrelas.
Nessa velocidade de expansão do universo poderá ser tarde demais.
Na verdade, isso não tem impacto nenhum para voo interestelar, porque a expansão só se dá em grandes distâncias. A nossa Via Láctea não está se expandindo internamente — as estrelas continuam à mesma distância, mais ou menos (exceto pelo movimento orbital delas em torno do centro da galáxia, que as colocam individualmente mais perto ou mais longe de nós com o passar do tempo).
Justamente por isso é que dá a impressão que a expansão pode ser uma espécie de ilusão de ótica causada pelos efeitos relativísticos decorrentes das grandes distâncias.
De acordo com a teoria dos unifótons, as estruturas materiais se atraem, mas há também matéria que as envolvem e as repelem (energia escura?). Mas as estruturas materiais tendem mais a fundirem que a separarem e quando fundem a matéria repulsiva entre elas passa a ser das novas estruturas; como prevalece as junções às separações, as estruturas materiais remanescentes reduzem em número e crescem em massa e cresce também a matéria repulsiva entre elas e assim cresce cada vez mais a velocidade de afastamento das mesmas.
A sua resposta sobre dogmas deveria ser pregação em tooooodas as igrejas. Axe!
É gente o Universo é cheio de seus mistérios, e isso é apenas mais um a ser descoberto, até hoje não entendemos questões fundamentais como o Tempo como a Gravidade, está aceleração, matéria escura, energia escura é tudo de bom para nos levar a novas descobertas.
Abraço a todos !!!!!!!
Mestre Salvador, tentando compreender a matéria escura cheguei á conclusão que o universo, pela pequena quantidade de massa que contêm e pela velocidade que desenvolve, deveria atuar como se fosse um aspersor de jardim, jogando matéria (água) para todos os lados, porém o universo se comporta mais como se fosse uma toalha molhada que é girada violentamente. porém a água (matéria) permanece retida em suas tramas, de uma forma simplista, essa “toalha” seria a matéria escura, é apenas uma forma de comparação, mas será que falei bobagem?
Rapaz, juro que não consegui seguir sua analogia… 🙂
A singularidade, por conseguinte, é a qualidade que distingue algo de outras coisas do mesmo género. Neste sentido a materia escura é esta coisa extraordinária fora do comum que nos intriga, mas onde tudo converge. A expansão do universo nunca diminuiu, nem sequer existiu este tal big bang, pois nada teve um começo e nem terá um fim. Mesmo a ciência não citando o nome de Deus neste meio, mas em breve não terá outra resposta a não ser que consiga provar a inexistência de Deus. Não precisa ser Phd nesta causa pois tudo tem um toque celestial.
A ciência não pode evocar Deus como resposta, porque não é uma hipótese verificável. Como você testa a existência de Deus? Não testa. Se não testa, não é ciência. Simples assim. Não existe antagonismo entre a ideia de Deus e a ciência. Mas a ideia de Deus depende de fé, e a ciência não se calca pela fé. Só isso.
Salvador, você esta correto quando diz que a ciência não evoca Deus. Biblicamente, você acertou mesmo, pois Deus só é revelado a nós hoje através de Jesus. Ele é a manifestação real e “científica” de Deus na Terra. A ciência humana não alcança isso. Creio que a grande maioria das respostas sobre esse assunto intrigante que você trouxe, só será revelado pelo próprio criador.
Mas a minha pergunta é a seguinte. A Terra tem um misterioso “campo de defesa invisível” a 11 mil km que barra boa parte de raios solares e raios cósmicos. Já se sabe algo mais sobre isso? você ja trouxe algum artigo a respeito? o que você acha?
Parabéns pelo blog, gosto muito mesmo!!!
Alan, já escrevi sobre isso: http://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2014/11/27/um-muro-invisivel-contra-radiacao/
Acho que é um fenômeno natural interessante, mas não peculiar.
Sobre suas interpretações religiosas, acho mais complicado opinar. Religião e ciência não se misturam, na minha opinião, e o blog é de ciência.
Podem procurar a energia escura o quanto quiserem que não vão encontrar . A energia escura é uma tentativa de explicar a mecânica universal dentro do atual sistema de crenças. Quando digo sistema de crenças estou me referindo à que se acredita estar acontecendo com o Cosmos nesse momento.
Me parece que não querem abortar a – confortável – teoria do Big Bang, pois não se encontra uma explicação mais plausível.
Também me parece claro que o que está afastando as galáxias não é uma – incontravel – energia escura, e sim a expansão do próprio espaço/tempo.
O espaço parece estar se dilatando mais rápido que as atuais forças da gravidade, isso causa a falsa impressão de que algo misterioso está empurrando as galáxias rumo ao… infinito?
Não acredito no big bang como força iniciadora do tempo e do espaço. Acredito que estes se formaram no momento em que foi criado um buraco negro que com o passar das eras sugou toda a matéria que estava à sua volta. Iniciando assim um outro universo.
Resumindo: O que parece ser uma expansão, na verdade não passa de um mergulho em direção à singularidade que nos aguarda compassiva. Parece uma expansão, porque o espaço – e o tempo – fica maior quanto mais próximo estiver da tal singularidade.
Que o espaço/tempo se dilata próximo à grandes corpos físicos, já foi provado há muito tempo.
Só nos resta esperar o dia em que pudermos medir a curvatura do espaço em grandes distâncias – distâncias astronômicas – para comprovar tal pensamento.
O que acha Salvador?
Muita viagem?
Marcos, você descreve uma das possíveis explicações dadas à energia escura — é a energia do próprio vácuo. Quanto mais o Universo se expande, mais vácuo ele tem, e mais energia escura. Mas isso em nada afeta a teoria do Big Bang. Aliás, apenas a reforça — porque é ela que sugere que é próprio espaço-tempo que está se expandindo. 😉
Difícil entender de onde está surgindo essa energia escura que está aumentando quanto mais o Universo se expande. De onde viria esse acréscimo? De um universo paralelo, ou talvez de outra dimensão. Prefiro crer no mais simples: espaço sendo esticado por um corpo extremamente pesado.
Vlw Salvador
Faz algum sentido dizer vivermos dentro de um buraco negro e que o big bang seria um buraco negro assim por dizer.
Se o próprio horizonte de eventos é uma realidade bidimensional aonde a informação daquilo que “cai” dentro do buraco negro é preservada, a física quântica sugere que a nossa realidade poderia ser um projeção holográfica em três dimensões dentro de uma realidade bidimensional. (seria essa realidade bidimensional o horizonte de eventos primordial do buraco negro que “originou” o big bang????
Salvador, sensacional…. acredito que quanto mais avançarmos com as ondas gravitacionais, mais iremos conseguir compreender nesse campo da energia e matéria escura, certo?
Sim, as ondas gravitacionais podem ter um papel importante nisso!
Salvador,
não existe chance do “velocimetro” estar desregulado? Explico: Tudo, se entendi direito, parte da premissa que a explosão das supernovas Ia possui sempre um brilho absoluto semelhante, certo? Mas, existe a possibilidade dessa teoria estar equivocada – caso em que aquilo todas medições feitas tendo as supernovas como padrão poderia não ser acurado?
Sim, existe. Mas note que eles usam as cefeidas em conjunto com as supernovas, justamente para aumentar a confiabilidade. Nunca é bom depender de uma evidência só. 😉
Tá ficando tudo escuro… eu heim.
O universo é uma constante, penso que ele não se originou no big bang, apenas a gravidade através da matéria, tinha vencido a matéria escura, e se agrupou… em determinado momento a matéria escura vence a força da matéria e começa a empurra la expandindo o universo, e é o que estamos assistindo, a matéria escura acelerando o universo. Esse processo deve ser infinito, e constante, isso me faz pensar que a gravidade dos corpos celestes não destorce o espaço tempo, eles apenas se repelem, matéria e matéria escura, como se fossem polos destintos, e a luz é distorcida próximo a gravidade por viajar pela matéria escura como se utiliza-se uma via expressa, agente a terra ou qualquer outro corpo de matéria nunca pode tocar a matéria escura… mas encontra partida a energia escura viaja através da matéria, mas talvez seja distorcida se a matéria for distorcida.
“destorce”???? “agente”?????
putz, doeu ler isto!! :-S
corretor ortográfico? digite VTNC para ver se não é máquina.
ah é, tem também “destintos”. é pior do que eu “emajinava”
Não entendo como caras que estudam tanto não conhecem a língua portuguesa. Sofrível.
Salve Salva…
Qual a diferença entre Matéria escura e energia escura?
Matéria escura é alguma coisa que não interage com a matéria convencional, exceto pela gravidade. Energia escura é uma força que está acelerando a expansão do Universo, na contramão da gravidade.
Ok. Energia escura entendi bem, mas sobre a matéria escura o que vc quer dizer com não interage com a matéria convencional? De um exemplo bem simplista daqueles que só vc sabe dar aos leigos…rs
Hmm, difícil de explicar. Sabemos que as partículas interagem por meio de forças. Por exemplo, prótons e elétrons interagem por meio da força eletromagnética, prótons e nêutrons ficam grudadinhos graças à força nuclear forte, e assim por diante. Como elas interagem, podemos detectá-las. O neutrino é a mais sinistra das partículas “bariônicas”, porque ele não interage nem pela força eletromagnética, nem pela nuclear forte — só pela força nuclear fraca e pela gravidade. Resultado, um monte de neutrinos atravessam seu corpo o tempo todo e você não tem nem como saber, porque eles não interagem com as outras partículas que formam o seu corpo. É muito difícil detectá-los. A matéria escura seria feita de algo que não interage por nenhuma outra força, que não seja a gravidade. Por isso é tão difícil detectá-la diretamente, embora seus efeitos gravitacionais sejam sensíveis. Ou seja, ela está lá fora, mas não quer papo com ninguém que não fale a língua da gravidade. 😛
Oppaaa.. Ta vendo não foi dificil não!!!..rs
Valeu pela explicação,agora deu pra entender…
🙂
Não adianta perguntar porque nem mesmo quem inventou esse conceito sabe a resposta….é um dos maiores chutes da Física…………desespero mesmo……
Engraçado você mencionar desespero. Por que desespero? A ciência não precisa defender uma visão particular de mundo, ela não tem compromisso com pré-concepções. Desesperados ficam só aqueles que se apoiam em dogmas. Para a ciência, tanto faz se é energia escura, amarela, ou verde com bolinhas roxas. As premissas que a sustentam não dependem dos resultados. Agora, quem precisa defender que o ser humano é o ápice de uma criação divina num Universo tão comprovadamente vasto é quem deve se desesperar diante dos fatos…
uau! excelente resposta!
Sr. Salvador, me desculpe mas fiquei confuso com a sua resposta. Entendo que e a ciencia que esta sempre em busca dos resultados que comprovem as teorias (que sao incontaveis e o que serviu ontem nao conta hoje, e o que e absoluto hoje nao o sera amanha), e nao os dogmas estabelecidos. Tudo o que o Sr. esta afirmando ser verdade hoje, podera ser bem diferente 10 anos no futuro e o Sr. sabem bem disso, nao e verdade?
Diferente não. Pode ser mais bem explicado. Podemos descobrir que nossas medições foram imprecisas, ou que nossa explicação carece de mais detalhes. Mas não é que vão revogar o conhecimento estabelecido. Quando Einstein aprimorou a teoria da gravidade, isso não quer dizer que Newton estava errado. Apenas que a teoria podia ser mais detalhada e abarcar mais fenômenos. Uma das vantagens da ciência é justamente esta — ela constrói sobre bases sólidas. Você pode trocar o último tijolo do muro, mas não precisa destruir e reconstruir o muro a cada nova descoberta.
Salvador, você tem sua opinião. Não sou físico, professor, aliás nem tenho curso superior, mas acho que você deveria fazer seus comentários sem ferir a fé de ninguém. Cada um crê no que achar melhor pra si. Você ou eu não temos o direito de ferir a fé ninguém. Abraço.
Mário, não firo a fé de ninguém e se em algum momento pareceu que o fiz, peço desculpas antecipadamente. Tudo que digo é que a fé é um péssimo recurso para fazer crítica da ciência, assim como a ciência é um péssimo recurso para fazer crítica de assuntos que só podem ser abordados pela fé. A existência ou não de Deus, por exemplo, não é passível de experimentação ou observação, logo está fora do campo da ciência. Qualquer um que use a ciência para dizer que Deus não existe está sendo desonesto. Da mesma forma, qualquer um que use a fé para criticar ou “refutar” observações científicas está incorrendo em sério erro.
O segredo é saber que a ciência e fé não disputam espaço, e saber abraçar a causa correta no contexto correto. Não tem problema em você acreditar que o texto bíblico foi divinamente inspirado. Mas tem problema se você usar uma leitura literal desse texto bíblico para refutar coisas como a evolução darwiniana, a idade antiga do cosmos ou o caráter medíocre da Terra no Universo. Sempre que alguém tentar fazer isso — e alguns tentam fazer isso corriqueiramente aqui nos comentários –, eu me levantarei contra. Mas isso, no meu entender, não é desrespeitar a fé de ninguém. É preservar a honestidade intelectual. Abraço!
você deve ser artilheiro, né??? porque tudo pra você é um chute…
David, acho que JR está mais para Caneludo. Becão de várzea. Aliás, Salvador para de dar atenção, ele não tem conhecimento, aprendeu a falar que é chute e achou lindo. rsrs
Tudo é chute, bem infantil.
desespero em tentar evitar aceitar a existência de um DEUS criador e de achar, em vão, que uma concepção absurda como essa – provavelmente fruto de alguma alucinação – seja capaz de representar a verdade…..
A ciência não pode aceitar (ou refutar) a existência de Deus, porque não se trata de uma hipótese verificável. É uma questão de fé. Veja, não é que a ciência trabalhe contra ou a favor da hipótese de Deus. É que ela não trabalha com fé, só com evidências. Se ela começar a colocar Deus nas coisas, termina com hipóteses que não pode testar. E aí não é ciência. Não leve a mal, mas você claramente não entendeu como funcionam as coisas. Você tem a ilusão de que a ciência pode ameaçar a sua fé. Não pode, a não ser que a sua fé em Deus seja fundamentalista e necessariamente inclua fatos que a ciência já demonstrou falsos (a ideia de que o mundo tem 6.000 anos, por exemplo, é falsa; se para acreditar em Deus você precisa acreditar nisso também, aí sim você está lascado). De resto, a ciência só pode aumentar a fé de alguém, ao revelar detalhes do Universo e, com isso (segundo essa leitura de fé), oferecer mais lampejos sobre as intenções divinas.
Show de bola Salva! Dentre os projetos em andamento há algum telescópio ou novo equipamento de algum laboratório que será destinado a busca pelo trio energia, matéria e radiação escura? E quanto ao LHC, está em fase de upgrade para novos experimentos?
Abraço!
O LHC sofreu um acidente recente, mas estava produzindo resultados intrigantes. Há diversos projetos voltados para matéria e energia escuras. De energia escura, lembro-me do DES (Dark Energy Survey), que tem participação brasileira. De matéria escura, tem o interessante Alpha-1, instrumento instalado na ISS, fora os experimentos do LHC.
DONINHA MALDITA!
Finalmente o LHC atingiu seu objetivo. Acelerou a doninha até a velocidade da luz. Pelo menos a parte que pegou fogo.
O pior deve ter sido o cheiro de churrasco com pelo queimado…
Salvador, que resultados intrigantes? Detectaram a Matéria Escura? Será.
Não sei o contexto. Que resultados intrigantes?
Salva… você respondeu para o Felipe carvalho ás 3:21 da tarde “O LHC sofreu um acidente recente, mas estava produzindo resultados intrigantes. Há diversos projetos voltados para matéria e energia escuras. De energia escura, lembro-me do DES (Dark Energy Survey), que tem participação brasileira. De matéria escura, tem o interessante Alpha-1, instrumento instalado na ISS, fora os experimentos do LHC”, e agora o Raf quer saber “que resultados intrigantes? Detectaram a Matéria Escura? Será.”
Boa. Respondi! 🙂
Em sua 1ª Linha da resposta ao Filipe Carvalho:
– “O LHC sofreu um acidente recente, mas estava produzindo resultados intrigantes”.
Perguntei: Quais resultados intrigantes foi produzido? Fiquei curioso em saber se foi a Matéria Escura?
Alguns sinais de que possa existir uma nova partícula além das do Modelo Padrão. Mas o resultado é preliminar. Tudo isso é feito por estatística, e você precisa juntar um número suficiente de colisões para descartar uma coincidência no que foi observado. Portanto, a conferir ainda.
Afrânio, agradeço a sua colocação junto ao Salvador. Foi esta a minha questão.
Quando refiz a pergunta para o Salvador, ele também respondeu. Grato.