Os 5 segredos da Nasa para levar uma nave a Júpiter
A festa é grande pela chegada bem-sucedida da sonda Juno a Júpiter, após cinco anos de viagem. Os olhos do mundo agora se voltam para os resultados científicos que a espaçonave trará, desvendando os segredos de Júpiter e, por consequência, da formação do Sistema Solar. Mas peraí. Não nos esqueçamos do desafio que é meramente chegar até lá. Como se faz para mandar alguma coisa — qualquer coisa — até Júpiter? Conheça agora os cinco segredos da Nasa para o sucesso dessa incrível jornada.
1. VIAJAR SEM GASTAR COMBUSTÍVEL
Para ir de São Paulo a Brasília de carro, você não consegue chegar sem parar para abastecer pelo menos uma vez. Como pode uma espaçonave que, tirando os painéis solares, não é muito maior que um automóvel conseguir fazer um percurso de 2,8 bilhões de km para chegar até Júpiter sem ter um único posto de gasolina pelo caminho?
A resposta é mais simples do que você imagina. Quer ver? Vamos lá. Quanto combustível um paraquedista precisa para saltar de um avião a 5 km de altitude e chegar ao chão? Zero, né? Afinal de contas, ele está caindo — a gravidade faz todo o serviço por ele. É exatamente isso o que fazem praticamente todas as missões espaciais: elas são lançadas e depois simplesmente “caem” até seus destinos. Orbitar, parafraseando Woody e Buzz Lightyear, é cair com estilo!
Como funciona? Imagine uma bola de canhão. Ela é disparada na diagonal, para cima, sobe e depois cai, atraída pela gravidade da Terra, descrevendo uma parábola em seu percurso. Legal. Se você disparar com mais força, descobrirá que o trajeto da bola será uma versão ampliada do anterior — ela subirá mais e cairá mais longe. Em suma, sua curva ficou mais aberta. Agora imagine disparar com tanta força que a curva da bola acompanhe exatamente a curvatura da Terra. A bola estará sempre caindo, mas, como a Terra não é plana, ela nunca mais voltará ao chão. Pronto, temos uma bola de canhão em órbita.
Se você usar um foguete para lançar uma sonda até Júpiter, como a Nasa fez com a Juno, a primeira etapa consiste em acelerá-la além da velocidade em que ela ficaria em órbita da Terra. Usando somente a propulsão do lançador Atlas V (um senhor foguete, com muito mais combustível que o nosso modesto Fiat Uno), a sonda foi libertada da gravidade terrestre. Mas ainda assim ela seguia em “queda”, agora atraída pela gravidade do Sol.
2. USAR UM ESTILINGUE GRAVITACIONAL
A Juno partiu em 5 de agosto de 2011, depois de um grande empurrão de seu foguete, e passou a “subir” na direção da região mais externa do Sistema Solar. E assim ela cruzou a órbita de Marte, o quarto planeta, a caminho de Júpiter. Mas a gravidade é implacável. A nossa bola de canhão espacial está sendo puxada de volta pelo Sol. Sacomé, (quase) tudo que sobe tem de descer. E a Juno subiu, subiu, subiu e depois voltou a descer. Cruzou a órbita de Marte novamente e acabou de volta às imediações da Terra, em 9 de outubro de 2013. Eita. Voltou? Deu chabu?
Nada disso. Lembre-se: todos os movimentos da Nasa são friamente calculados, graças ao bom e velho Newton. Usando as equações gravitacionais, os cientistas podem calcular com precisão quanto a sonda ia subir e quanto ia cair. Eles planejaram essa passagem pelas imediações da Terra. Para quê? Para usá-la como um estilingue gravitacional!
A coisa se desenrola assim: conforme a nossa sonda Juno/bola de canhão se aproxima da Terra, a gravidade do nosso planeta a atrai — ou seja, ela acelera ainda mais. Mas sua trajetória foi calculada de forma que ela passasse de raspão, sem cair de volta aqui. Um erro na conta, e game over para a Nasa. Em compensação, acertando essa e fazendo a sonda só passar de raspão, ela sai do encontro com mais velocidade e uma chance de ir mais longe em sua segunda tentativa de chegar ao Sistema Solar exterior.
Um leitor mais atento pode — e deve — pensar: “Ué, mas a aceleração da nave quando ela está se aproximando da Terra não acaba anulada pela freada posterior, depois que a sonda passa e a gravidade terrestre passa a jogar contra, puxando-a no sentido contrário?”
Bem, isso é mesmo verdade — com relação à Terra. A mesma aceleração da Juno vindo é a desaceleração da Juno indo. Mas lembre-se: nisso tudo, o nosso planeta também está em movimento, com relação ao Sol. Então, embora a nave não ganhe velocidade com relação à Terra, ela consegue aumentá-la com relação ao Sol. E sabemos que, desde o lançamento, sua trajetória sempre esteve regida pela gravidade solar. Ganhar velocidade com relação ao Sol foi a manobra que deu a ela a chance de vencer a parada.
3. TER A CAPACIDADE (MÍNIMA) DE ESTERÇAR
Durante essas idas e vindas pelo Sistema Solar, a Juno revela sua principal diferença com relação a uma simples bola de canhão. Embora a direção geral da sua trajetória seja ditada pela gravidade, ou seja, ela está quase o tempo todo em queda livre, a nave tem propulsores com que pode realizar pequenas alterações de curso.
Elas são pequenas mesmo. Mas, se você estiver suficientemente longe do seu alvo final, um pequeno empurrão dos propulsores pode fazer uma grande diferença em onde você estará dali a alguns anos.
A Juno fez várias manobras de ajuste de curso com seus propulsores ao longo da jornada de cinco anos até Júpiter, a maioria delas concentrada entre agosto e setembro de 2012, com o objetivo de chegar no lugar certo na hora certa.
E outra coisa importante nisso tudo é: como saber que a sua sonda está onde seus cálculos dizem que ela deveria estar? Entra outra diferença entre a bala de canhão e as sondas da Nasa — elas são equipadas com câmeras especialmente projetadas para determinar onde a nave está.
Chamadas de “star trackers”, elas basicamente identificam a posição das estrelas e dos planetas do ponto de vista da nave e, com isso, os cientistas podem dizer em que região do espaço ela trafega. Chega a ser poético que viajemos pelo espaço como os grandes navegantes do passado, que usavam a posição dos astros no céu para determinar sua própria localização em meio aos oceanos.
Além desse mecanismo “antigo” para determinar a posição da sonda, há outra técnica, mais útil para determinar se a velocidade da sonda é a esperada. Ela envolve a análise das transmissões de rádio enviadas pela espaçonave na direção da Terra. Ao medir a variação de frequência nelas, é possível dizer com que ritmo a sonda se afasta ou se aproxima de nós. Essa variação de frequência, por sua vez, é causada por um fenômeno físico bem conhecido do cotidiano, o efeito Doppler. Você com certeza já o ouviu por aí.
Manja como o tom da sirene da ambulância muda conforme ela se aproxima ou se afasta de nós, aquele “Uuuuuuóóóóó…”. Na verdade, o som que ela faz é sempre o mesmo, mas as ondas sonoras são distorcidas pelo movimento da ambulância, ora se comprimindo, ora se expandindo. Pela variação das ondas sonoras, você pode dizer se ela está indo ou vindo. E o mesmo acontece com as ondas eletromagnéticas (de rádio) transmitidas pela sonda. Ao medirem essa variação, os cientistas podem dizer a que velocidade ela está transitando. Ademais, a própria localização da transmissão no céu ajuda a determinar se a espaçonave está na direção prevista, com relação às antenas em solo.
4. PUXAR O FREIO NA HORA AGÁ
Eis que chegamos ao 4 de julho de 2016 — o dia do “vai ou racha”. A exemplo do que aconteceu em 2013, a sonda Juno ia passar de raspão por um planeta — não mais a Terra, mas Júpiter desta vez. Se fosse apenas uma bola de canhão, ela seria estilingada pelo gigante gasoso e sairia de lá ainda mais depressa, numa trajetória que a levaria para fora do Sistema Solar.
Isso significaria atingir a velocidade de escape do Sol (ou seja, se libertar de sua prisão gravitacional) e se perder para sempre nas profundezas do espaço. Nada de missão a Júpiter.
Para evitar esse fim melancólico, o truque final foi, ao chegar a Júpiter, puxar o freio com tudo. O combustível a bordo da Juno foi economizado ao máximo ao longo de toda a viagem (restrito às pequenas manobras de ajuste que mencionamos) justamente para este momento: de uma vez só, a espaçonave dispararia seu motor por 35 minutos seguidos, com o jato do foguete apontado para a direção oposta de seu movimento — em outras palavras, freando.
O objetivo era reduzir a velocidade e ser capturado pela gravidade do planeta gigante. Em vez de cair novamente em direção ao Sol, ela ajustaria sua trajetória e aceleração para passar a cair na direção de Júpiter. E foi essa a manobra crucial que foi realizada com sucesso na virada da segunda-feira para a terça.
5. PEGAR LEVE COM O COMPUTADOR
A essa altura, você já sacou que, se as coisas saíssem errado, não haveria como salvar a missão. Ela estaria perdida. Um erro de cálculo para cá, e a espaçonave mergulharia em Júpiter. Um erro para lá, e ela seria estilingada para fora do Sistema Solar. E mesmo que as contas estivessem certas, o pior de tudo ainda podia acontecer: no meio da manobra, o computador de bordo podia sofrer uma pane e os motores serem desligados inadvertidamente.
A confiança no piloto automático tinha de ser total. Afinal de contas, 48 minutos-luz separam Júpiter da Terra, de modo que não dá para enviar um comando de improviso para a sonda sem que ele chegue lá com quase uma hora de atraso. A Juno estava, para todos os efeitos, sozinha.
E o mais dramático: as proximidades de Júpiter estão cheias de radiação, com elétrons furiosos zanzando quase à velocidade da luz. Você sabe o que um elétron desses, desavisado, colidindo com um circuito eletrônico, pode fazer? Não foi por acaso que os componentes mais sensíveis da eletrônica da sonda foram instalados num invólucro de titânio — a ideia era minimizar o risco de o cérebro da Juno fritar justo durante a manobra crítica. (Eventualmente a exposição prolongada à radiação vai fazer essa fritura, e é por essa razão que a Nasa estima que a missão não deva ir além de 2018.)
OK, computador pifar, não bom. Entendemos. E aí veio o quinto segredo da Nasa para o sucesso — um que frustrou muita gente.
Quando você está trabalhando no seu computador e precisa se assegurar de que ele não trave ou lhe presenteie com aquela adorável tela azul da morte, é de bom tom não abrir oitocentos aplicativos e janelas ao mesmo tempo, certo? Quanto menos programas ele estiver rodando, melhor. Menos chance de crash. A mesma coisa vale no espaço.
Por isso, a equipe científica da Juno decidiu desligar todos os instrumentos — inclusive as câmeras — cinco dias antes da aproximação final de Júpiter. Assim a concentração dos engenheiros — e do computador de bordo — nas atividades ligadas à manobra de inserção orbital seria total, minimizando risco de falha.
Resultado: apesar de a Juno ter passado a meros 4.000 km da superfície visível de Júpiter, não temos nenhum cartão postal desse evento — ainda. A boa notícia é que a sonda desempenhou de forma admirável e se colocou na órbita planejada, que a trará de volta às proximidades de Júpiter em 53 dias — lembre-se, ela é agora uma bola de canhão subindo com relação ao planeta gigante, mas que eventualmente cairá de volta, agora totalmente dominada pela gravidade joviana. E o plano dos cientistas é registrar todo o mergulho, o que certamente deve consistir na mais espetacular sequência de imagens já feitas do maior planeta do Sistema Solar.
Guente aí mais um cadinho que vai valer a pena.
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Salvador.
Acompanho regularmente seus artigos.
Parabéns pela matéria. Muito esclarecedora..
Muito obrigado
Boa tarde Salvador, estou sempre lendo o que escreve e, como todos (até os pregadores, profetas e economistas de plantão), gosto muito.
uma dúvida, essa missão tem a capacidade de ser tão magnífica quanto a New Horizons? Não do ponto de vista das fotos, que acho que não serão tão melhores assim, mas da forma de mudar o que conhecemos de Júpiter?
Grande abraço
Bem, ela pode fazer um detalhamento muito melhor de Júpiter do que a New Horizons de Plutão. Mas veja que são duas coisas diferentes. Nós já sabemos um bocado sobre Júpiter de antemão, e não sabíamos quase nada sobre Plutão antes da New Horizons. Então, digamos, a vantagem da NH era injusta. Com território 100% inexplorado, ela tinha muito mais o que descobrir.
Muitissimo esclarecedor e com uma linguagem fácil e popular.
Mais uma vez, parabéns e obrigado pelo texto, Salvador.
Abs.
Xafariz
Salvador. Uma duvida. Este combustível poupado para a etapa de frenagem ou aproximação, é o combustível normal para lançamento que requer queima ou alguma gás apenas contido em alta pressão e liberado para esta fase final.
Exige combustão. É hidrazina como combustível e tetróxido de nitrogênio como oxidante.
´Perfeito. Muito obrigado. Genial sua materia.
Belo texto!
Senhores,os pregadores são na grande maioria ignorantes,achando que Deus crou o universo
em seis dias literais,a Biblia não diz isso,quando ela fala em dias,não são dias de 24hs,afinal Deus não depende do Sol para marcar tempo,um dia para Deus podem ser mil anos e mil anos um dia,ta lá na Bíblia.Quando vejo o Homem fazendo essas conquistas extraordinárias,só podemos enaltecer o Criador que proveu o Homem dessa imensa sabedoria,Deus não é contra a ciência,ao contrario do que pensam esses reles “pregadores” Deus é o Pai da ciência,o principio da sabedoria,todos os seus trabalhos são perfeitos e é por isso que o Homem,como criatura de Deus herdou uma fração dessa imensurável sabedoria.
Ou não. Vai saber.
Tava demorando para um crentelho acéfalo (pleonasmo) vir aqui encher o saco. Errou de página, ô carola. Volta pra tua igrejinha, volta.
Calma, menos. Ele já está aqui, afinal de contas. Vamos ensinar, não espantar. E ele claramente gostou do texto. Só deu um jeito de incluir Deus na conversa, que não foi chamado, verdade, mas fora isso, tudo certo. 😉
comentário excelente, parabéns !
Nonato, tenha certeza que irá descobrir muita coisa acompanhando este Post do Salvador.
Não há conflitos de Religião, não se discute a Fé. É Ciência. Abs.
Mais um excelente texto!! Simples e abrangente com riqueza de detalhes. Parabéns, mais uma vez, Salvador !!!
Simplesmente fantástico este texto!
Lembro-me da Apolo 11 subindo numa manhã de inverno de 1969. Eu a via através de um televisão Telefunken quando minha prima me disse: Preste atenção que isso será história!
Agora esta fantástica viagem da Juno!. Sem contar a Viking, a Voyager e outras mais.
Aguardarei as novidades.
Abraços!
Ola .. sou um apreciador amador do univerdo e fiquei muito curioso de como foi possivel esta empreitada.. obrigado pela exelente explicacao ..
Salvador, realmente fiquei encantado com o seu texto, muito esclarecedor. Descomplicou “tudim”. Muito interessante!
Salvador, muito obrigado pela aula gratuita e extremamente esclarecedora.
Parabéns.
Parabéns pelo texto Salvador e por sua dedicação e paciência na divulgação da ciência de maneira simples, objetiva e com bom humor. Seu trabalho certamente inspira muitos jovens, futuros astrônomos, engenheiros, biólogos…
Tomara! 🙂
Muito bom seu texto, sempre tive curiosidade de entender como tudo isso funciona, agora com esse presente acho que acrescentei, de entendimento, sobre astronímia, ao menos um milésimo a mais.
Parabens ! Voce conseguiu parecer fácil uma tarefa tão incrivelmente complexa.
Excelente.
Salvador Nogueira, excelente texto. De uma didática e simplicidade exemplares, mas ainda assim cheio de conhecimento e saber. Parabéns. Precisamos de textos assim, que estimulem nossos jovens a buscar sempre descobrir mais. Apesar de tantas coisas ruins, ainda me surpreendo com o que o ser humano consegue fazer quando utiliza o conhecimento para o bem.
boa tarde cara vc manja muito de astronomia e astrofisica fiquei impresionado com sua materia muito inteligente e bem no popular,PARABENS.!!
Parabéns pelo excelente texto! Não é fácil explicar pessoas leigas um assunto tão complexo. Voce fez isto de forma brilhante. Parece até fácil….O risco é o pessoal de uma fábica de fogos de artifício ler e tentar copiar o feito….kkkk
Parabéns pelo texto claro e elucidativo, pela explicação apreciada por qualquer leigo curioso sobre as maravilhas do universo.
Muito obrigada.
Muito, muito bom, mesmo, o seu artigo. Com muita simplicidade, porém, esclarecedor. Sem arrogância, ao mesmo tempo, muito científico. Parabéns!
Olha, parabéns pelo texto. O assunto, embora me desperte curiosidade, é meio chato e cheio de termos técnicos. Então sempre me ative mais às imagens que aos textos. Já o seu texto entrou na minha órbita Como a Juno. Na medida.
Professor Salvador,
Parabéns, uma aula perfeita, fácil de assimilar e entender toda essa tecnologia da NASA
Olha, mais claro que isso … nem desenhando. Excepcional!
Muito boa a explicação de como a NASA chegou em Jupiter muito bom mesmo
Excelente artigo, muito didático e esclarecedor, obrigado Nogueira!
Isso é lindo hoje com toda a tecnologia existente, imagino como faziam nos anos 70 com as missões soviéticas e com as pioneers, onde os computadores eram bem limitados.
Daqueles textos que se lê com os olhos marejados, parabéns pela aula. E parabéns também para a NASA, turma boa de cálculo. Ansioso pelas imagens.
Ótimo texto, bem explicado, muito bom
Sonho com um dia nosso país ter um programa espacial minimamente decente…
Eu também!
Esquece. Todas as verbas seriam desviadas. O mximo que veríamos seria uma bombinha destas festas juninas. Mas nos diriam que gastaram uns 5 bilhões. (de dolares)
Até um Leigo no assunto igualmente eu, ficou fácil, ótimo esclarecedor texto!
Muito bom. Só precisa melhorar a tradução de expressões. Por exemplo:
Eventually = por fim / no final / nofinal da historia toda; Não é eventualmente
Not good = Não é bom / não seria nada bom; Não “não bom”
Não traduzi nada. Gosto de falar “não bom”, é uma expressão coloquial, embora tenha discutido mais cedo com o Eu sobre a possibilidade de alguém encrencar com o uso. Bem, aconteceu agora. 😉
Sobre o eventually, estou ciente de que em inglês quer dizer “no fim das contas”, mas quis dizer eventualmente no seu sentido em português — pode ou não pifar até o fim da missão, em 2018.
Abraço!
Salvador, excelente exemplo de comparação com a bola de canhão. Mais fácil que isso pra entender, só desenhando.. rsrsrs… também fiquei ligado no dia 04 assistindo e torcendo pra que a missão fosse um sucesso. abraços..
Parabens, parabens! Continue nos instruindo e que Deus o abençoe por isso
Ótimo Texto, bem explicado
Excelente aula Salvador
Linguagem simples educativa que qualquer leigo entende .PARABÉNS
Obrigado Salvador . Parabéns pelo seu texto simples de entender para principalmente para leigos. Uma pergunta, em quantos tempo a nave vai começar a “cair” em direção a Júpiter de novo?
Começa a cair de volta em mais uns 26 dias. 😉
Muito BOM! Ciência de forma simples. Informação de qualidade para leigos entusiastas. Parabéns!
Salvador, na sua opinião, Júpiter tem um interior sólido? o que você acha dessa teoria.
Sou um grande Fã, abraços.
Acho que deve ter sim. É o que se espera. Mas temos de testar. 😉
Perfeito! Você é extremamente didático em suas explicações. Sempre leio o “Mensageiro Sideral” e o considero um dos melhores blogs de astronomia. Parabéns!
Valeu!
Salvador, sempre nos salvando com seus textos maravilhosos sobre o espaço sideral. Faz o complexo tornar-se simples. Essa coisa de subir para depois cair faz todo o sentido para colocar objetos em órbita de astros. Sugiro um conjunto de textos sobre o espaço-tempo, buracos negros e quetais, na linha do faz o quora.
Sugestão anotada!
Salvador, ótimo texto muito bem explicado. Ótimo trabalho, meus parabéns!
Salvador, boa tarde.
Parabéns, sensacional….
Parabens pela explicação Salvador, e como funciona os nossos satélites enviados ao redor da Terra, seguindo sua explicação da bola de canhão, todos tem data para cair ou escapar da Terra ou a órbita sera ad eternum? Desculpa se a minha pergunta foi primária, mas sou leigo, então sabecumoé né? Obrigado
Sócrates, é uma ótima pergunta. Em princípio, a julgar pela explicação, eles orbitariam para sempre. Mas (e sempre tem um “mas”) temos de levar em conta efeitos não-gravitacionais. Mesmo a uma altitude muito grande, algumas moléculas da atmosfera da Terra ainda chegam e provocam atrito. Isso freia o satélite e faz ele decair. Por isso que a estação espacial, a 400 km de altitude, precisa ser rotineiramente empurrada para cima, para compensar o arrasto atmosférico. Mas satélites colocados em órbitas mais altas (como a dos satélites de telecomunicações, que costumam ficar a 36.000 km de altitude) ficarão lá essencialmente para sempre (o que traz outra questão — a do lixo espacial se acumulando lá em cima). Abraço!
Boa tarde Professor Salvador, muito boa explicação , gostei muito.
aproveitando o assunto agora abordado satélites. O filme Gravidade fala de um efeito cascata no espaço de um satélite destruído que destrói tudo e nao permitiria o homem de lançar mais satélites no espaço, isso procede?
Pode acontecer, se a gente ficar muito engraçadinho e resolver explodir satélites no espaço. Colisões acidentais, nesse momento, são bem raras, mas acontecem. Se isso se tornar mais frequente, com o aumento do lixo espacial, pode muito bem desencadear uma sequência de destruição nos deixando rodeados por um imenso invólucro de lixo. O filme é bem realista nesse ponto. (Não é realista nas manobras de troca de órbita, nem na sobrevivência da Sandra Bullock a tudo aquilo, mas no lixo espacial ele foi na mosca.)
Muito bom !!!! Gostaria de saber qual a velocidade média que a Juno voou !!!
Se não me engano, na passagem por Júpiter, ela passou dos 200 mil km/h.
Salvador, fantástico artigo, um de seus melhores até agora! Tenho uma dúvida, li que a sonda irá adentrar a densa camada de nuvens de Jupiter, não há o risco da sonda “colidir” com as camadas mais interiores de gás que, segundo a teoria, tem a densidade de um metal?
Quando ela adentrar as nuvens, será para o fim — ela “morrerá” nessa manobra, muito antes de chegar ao “oceano de hidrogênio”, por sinal.
Salvador, impressionante a sua habilidade em trazer temas complexos ao conhecimento do grande público! Parabéns!
Uma questão: imagino que hoje tenhamos supercomputadores para calcular as rotas de viagem, medir as forças gravitacionais necessárias e prever dados da missão, não é mesmo? Portanto, nas missões mais antigas (vide Pioneer, Voyager e até mesmo as missões Apolo), em que não contávamos com supercomputadores, como os engenheiros faziam para elaborar o “itinerário” de viagem? No fórceps mesmo (cérebro humano)? 😛
Bem, em grande parte, computadores foram desenvolvidos para fazer cálculos como esse. Cálculos de interação gravitacional são extremamente complexos e em muitos casos não permitem sequer uma solução exata. Antigamente, faziam no braço, com precisão menor. Hoje, com computadores potentes, fica bem mais fácil atingir grande precisão. Ainda assim, as manobras contam com uma margem de erro (no caso da Juno, de cerca de uma dezena de km).
Salvador parabéns!
A NASA manda muito bem nos cálculos.
Em media qual foi a velocidade que a nave viajou nesse tempo no espaço?
Mais pq Júpiter ?
Júpiter é um planeta extremamente interessante, que guarda alguns segredos sobre a formação do Sistema Solar — e por consequência da Terra.
Muito didático. Parabéns.
ótimo texto, bem explicado. vou usá-lo para meus alunos que amam astronomia. abraços e dessa vez parece não ter nenhum pregador por aqui até agora.. ufa!
Pois é. Hoje tá supercivilizado! Que bom! 🙂
Falou cedo demais, chegou um otário ali em cima.
Vamos ai, por algum momento, esquecer as horas, os cálculos, dificuldades e etc, para por Juno em órbita e vamos imaginar a capacidade e comprometimento de todos que participam dessa missão, isso é no mínimo maravilhoso. Saber que o ser humano pode ser útil, inteligente e prestativo quando quer anima à muitos, o que entristece é que ainda tem alguns por ai mostrando toda sua “burrice” ceifando vidas ao invés de preservá-las, seja através de atentados ou qualquer meio destrutivo. Parabéns pela matéria e fica aqui minha admiração pelos que contribuem pela exploração desse maravilhoso UNIVERSO.
Issaí!
Nunca havia feito algum comentário em matérias publicadas…mas faço agora pois achei extremamente esclarecedor seu texto. Muito obrigado.
Valeu, Marcos!
Aulas imperdíveis sobre astronomia e astrofísica!!
Salvador, continue nos salvando do muito que não entendemos e passamos a entender e aprender com seus textos.
PARABÉNS e OBRIGADO
Tamos aí! 🙂