Astronomia: Os segredos do Universo em 3D
Maior mapa 3D de galáxias já feito revela como a energia escura está diluindo o Universo.
EXPANSÃO ACELERADA
Um ambicioso mapeamento 3D de 1,2 milhão de galáxias mostrou que o Universo está se comportando exatamente como os cientistas esperavam, com uma poderosa força acelerando sua expansão. O trabalho representa um sucesso incrível para o principal modelo que explica a origem e a evolução do cosmos desde o Big Bang, 13,8 bilhões de anos atrás.
95% DESCONHECIDO
O acerto é ainda mais surpreendente quando levamos em conta que os principais ingredientes dessa receita são de natureza desconhecida: nós os chamamos apenas de energia escura e matéria escura. Juntos, eles respondem por 95% do conteúdo total do Universo. Os 5% que restam são tudo que de fato conhecemos bem — os componentes básicos usados na construção de estrelas, planetas e pessoas.
VIAGEM NO TEMPO
Foram dez anos para que a colaboração SDSS-III (Sloan Digital Sky Survey-III) produzisse seu mapa intergaláctico, o maior já feito. O trabalho se concentrou em galáxias cuja luz viajou pelo espaço por 2 bilhões a 7 bilhões de anos até chegar a nós. Ou seja, ele retrata não só a distribuição das galáxias no espaço, mas como essa organização mudou com o passar do tempo.
A HORA AGÁ
A ideia foi pegar “no flagra” o momento em que a energia escura passou a mandar no Universo, uns 5 bilhões de anos atrás. Essa misteriosa entidade parece agir na contra-mão da gravidade, acelerando a expansão cósmica iniciada no Big Bang. Enquanto a gravidade tenta esmagar tudo de volta (e a matéria escura a ajuda nisso), a energia escura joga no time oposto, espalhando tudo mais e mais.
FUTURO DO COSMOS
Com o mapeamento em mãos, os cientistas puderam constatar que isso de fato está acontecendo — a energia escura está ganhando o jogo. Mas, apesar desse avanço, ainda nos falta uma compreensão mais refinada do que é essa misteriosa força para que possamos prever o destino final do cosmos. Por ora, as evidências apontam para um futuro em que o Universo seguirá se expandindo e se diluindo para sempre.
A coluna “Astronomia” é publicada às segundas-feiras, na Folha Ilustrada.
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Salvador, vou insistir numa premissa, pois não me convenci de que a viagem da luz pelo espaço nos permite observar eventos únicos. Acredito que ao longo da viagem da luz, por exemplo, ao constatarmos uma galáxia há 10 bilhões de anos, essa mesma galáxia, ao longo de sua trajetória pelo espaço e pelo tempo, nos faz chegar sua luz quando estava há 5, 3, 1 bilhão ou menos ainda. Ou seja, ao mesmo tempo que observamos a luz de um astro nos primórdios do universo, também contemplaríamos sua visão em tempos menos remotos. Com isso teríamos um paradoxo da visão de múltiplos e quase infinitos astros, porém seriam na maioria visão do mesmo astro em períodos distintos do tempo. Uma espécie de ilusão de ótica e da espetacular viagem da luz por espaços infinitos… Gostaria de ser estudioso nesse assunto para organizar de maneira física essa ideia.
Vamos supor que cada dia equivale a um bilhão de anos. Então amanhã você estará contemplando a mesma galáxia 11 bilhões de anos atrás. Depois de amanhã 12 bilhões de anos atrás.
Agora vamos inverter. Ontem você teria olhado para a galáxia como ela estava há 9 bilhões de anos. Antes de ontem 8 e assim por diante.
Você verá a luz apenas uma vez, não importa em que época esteja.
Obrigado, é um raciocínio bastante lógico e de faz sentido. Nesse mesmo raciocínio poderia propor outras indagações, mas me dou no momento por satisfeito.
A Humanidade não aprendeu ainda nem a conviver sem egoísmo, sem ódio, não aprendeu ainda a ajudar o próximo e quer dizer que sabe alguma coisa do universo.
Pessoal aqui não sabe nem ler e escrever e acha que já sabe fazer um funk.
Pelo amor de deus, não sabem nem fazer comentários em publicações, não sabe respeitar a opinião dos outros, um escreve não sei o que o outro já vem dizer que ele é burro, aprende a ser uma pessoa que respeita e depois vem falar de universo.
Não necessariamente nesta ordem….
Li praticamente todos comentários… Meu modesto ponto de vista:
Parece que existe uma ordem muito específica, parece que tudo no universo é exato, tudo é muito certinho, tudo e muito complicado e mesmo assim funciona Muito bem de forma organizada e tudo está coligado de uma forma ou outra.
Em resumo…, parece que quanto mais aprendemos, mais descobrimos que não sabemos de nada, estamos apenas nas sombras do conhecimento!!
Galáxias próximas que se aproximam pela gravidade versus galáxias distantes que ainda se distanciam mais. Isso nos faz filosofar: cada mundo se unindo em seu mundo, se distanciando de outros mundos. Salvardor! Seus artigos são excelentes. Tava na hora das TVS brasileiras dedicarem mais espaço a astronomia.
Olá Salvador. Comento pouco por aqui, mas acompanho sempre sua coluna. O modo como conduz a didática de seus videos, a narrativa, junto com seu conhecimento me faz imaginar que já poderia assumir de forma perfeita a tarefa de incutir nos brasileiros o interesse e a importância da ciência espacial, produzindo documentários mais longos e abrangentes, até mesmo a nível de um “Cosmos”.
É certo que temos alguns canais de informação e pessoas com interesse no tema, mas ainda estamos extremamente longe da dedicação que se vê em outros países, talvez esse seja um dos motivos do nosso atraso nesta corrida espacial e do desapego do governo brasileiro, pois também não existe apoio ou pressão da população neste sentido.
Provavelmente já deve ter intuído algo assim, então, pense em algo grandioso, certamente terá público.
Aragon, a ideia está no ar há algum tempo. Trabalho para realizá-la. 😉
Salvador
Parabéns pela precisão e objetividade de seus comentários, assim como pela sua paciência, ao tentar explicar de forma simples o que é complexo.
Talvez fosse interessante elucidar o fenômeno do desvio para o vermelho utilizando o som como modelo.
Seria uma boa, Evandro, qualquer hora abordarei mais a questão do desvio para o vermelho. Abraço!
Caro Salvador. É a primeira vez que escrevo aqui. Fico impressionado pela sua paciência em responder a todos os comentários, sempre com muita elegância. Em relação a sua observação de que a teoria do Multiverso está normalmente ligada a Teoria das Cordas não me parece exatamente correta visto que até na mecânica quântica clássica ele aparece. Ela deriva exatamente dessa visão probabilística da realidade. Estou errado? Obrigado.
Alvaro, veja, o multiverso hoje é um saco de gatos. Quando falo do multiverso das cordas, é o que pressupõe incontáveis universos existindo em sucessão ou em paralelo, o que colocaria os parâmetros do nosso apenas num mar de possíveis configurações de universo. Já a ideia dos múltiplos universos da mecânica quântica pressupõe que a natureza probabilística da realidade implica que todas as probabilidades ocorrem simultaneamente, em universos paralelos. Agora, considero ambas interessantes, mas metafísicas. Não há como testar a existência de outros universos, sejam eles criados pelas probabilidades da mecânica quântica ou pelo “landscape” da teoria das cordas. 😉
A “energia escura” não seria o equivalente a uma “anti-gravidade” ?
Pergunto isso, pois a realidade observável é dualística (ação / reação, frio / quente, claro / escuro, positivo / negativo, matéria / anti-matéria, atração / repulsão, etc). Se a matéria deforma o espaço-tempo produzindo um efeito atrator, a ausência de matéria poderia deformar o espaço-tempo produzindo um efeito de repulsão nos corpos materiais como que fazendo-os “escorregar” num “espaço convexo”?
Provavelmente não. Ela age como uma esticadora de espaço, não como uma repulsora de corpos. Na prática, dá na mesma. Mas a natureza é diferente.
Entendo. De qualquer modo a materia/energia escura ao esticar o espaço-tempo está de alguma maneira deformando a geometria espaço temporal, num efeito similar ao da matéria visivel. A complexidade reside no fato desse esticamenrto estar se dando num “outro espaço” dimensional que ao meu ver é inconcebível para a razão humana.
Olá a todos! Algumas dúvidas:
Podemos então considerar/interpretar que o Universo está, ao invés de “diluindo”, em contínua criação?
Esticar espaço não seria “criar” espaço?
Poderíamos considerar que matéria está sendo criada continuamente, ou apenas esticada continuamente?
Espaço está sendo criado continuamente, matéria não. Se matéria fosse criada na mesma proporção que espaço, a energia escura nunca se tornaria dominante…
Opa, obrigado Salvador!
Abraço a todos!
Salvador, depois que a teoria da matéria escura foi elaborada, comecei a pensar na Física do século XIX em relação ao éter lumífero. Foi uma teoria mal sucedida para explicar a propagação da luz num meio material que não conseguíamos perceber. Essa teoria foi abandonada por causa do experimento de Michelson-Morley, em 1887, que mostrou a inexistência do éter. Hoje, parece que estão resgatando essa ideia novamente por causa do campo gravitacional. Será que só mudaram os campos, de eletromagnético para gravitacional? Quem sabe o experimento do LIGO, que consiste no mesmo experimento de Michelson possa dar uma resposta a partir das ondas gravitacionais? Acho que o pessoal do LIGO vai ganhar um Nobel logo.
Boa noite, Salvador… Sempre leio suas postagens no UOL. O motivo, hoje, de tentar falar com você, no entanto, não se refere à sua postagem de hoje, mas, o fato de achar que derivei a Teoria Quântica da Teoria da Relatividade modificada. E, nesse caso, teríamos, como intuiu Enstein, que a verdadeira teoria de princípio seria a relatividade (enquanto que a teoria quântica, como está hoje, seria uma teoria fenomenológica). Como sei que está sempre a pesquisar sobre novos pontos de vista, resolvi te escrever, para, se quiser, te explicar melhor o conteúdo do meu ponto de vista…
Manoel, fique à vontade para tecer mais comentários por aqui, mas já lhe antecipo que a maioria dos cientistas é pessimista em tratar a relatividade como a teoria de princípio, porque ela é clássica e produz infinitos. Quando um resultado dá infinito (como, por exemplo, na densidade de uma singularidade no buraco negro), normalmente é sintoma de que a teoria se quebrou. Aliás, a mecânica quântica nasceu de um esforço para eliminar “infinitudes” na investigação do espectro de corpo negro. 😉
Salvador, boa noite.
Com o conhecimento atual, é possível saber em que localicade ocorreu o “big bang”, marco inicial?
Aqui. Exatamente aqui. E aí. E em todo lugar. Um dos erros é tentar apontar o lugar do espaço em que o Big Bang aconteceu. O que aconteceu na verdade é que o ESPAÇO inflou. Ou seja, todos os pontos do que hoje é o Universo observável eram um só, de modo que, não importa onde você esteja no Universo, o Big Bang aconteceu ali. 😉
Meu essa foi uma das melhores explicações que já ouvi para entender isso… ou seja, não foi uma “explosão”, foi muito mais uma bexiga enchendo aonde tudo que conhecemos é a “borracha da bexiga” (matéria) e o restante é o nada…. e por isso não existe um ponto físico de inicio, pois tudo que é matéria é o início… fascinante! … vamos mudar o nome da teoria… não será mais Big Bang… será Big Inflation…rsrs
Como eu disse em outro comentário, “Big Bang” foi um apelido jocoso que um dos detratores da teoria deu a ela. Como quase todos os apelidos jocosos, esse pegou. Mas nunca foi de fato uma grande explosão. 😉
Salvador, boa noite.
Com o conhec
Existem mais de 120 BILHÕES de galáxias no Universo. E vc me apresenta este mapinha com 1,2 milhões. Preguiça de desenhar o resto? Ou está escondendo o jogo?
Estou escondendo o jogo. As demais galáxias estão aqui debaixo da minha mesa. Mas não espalha. Hehehe
Na boa, você entende que 120 bilhões é uma estimativa, e 1,2 milhão é uma amostra, não? Ninguém contou as 120 bilhões uma por uma, como os cientistas fizeram agora com esse 1,2 milhão.
Salvador, espero que vc se divirta com essas perguntas, pois se não for esse o caso, seu trabalho deve ser a maior tortura do universo….
Eu gosto. Me ajudam a pensar, a encontrar novos ângulos, a realçar o que eu ainda não sei (que é muuuuita coisa) e a descobrir meios melhores de fazer o meu trabalho. 😉
Isso pq vc é uma pessoa “evoluída”! No seu lugar eu já mandaria as favas. Somente suas respostas já valeriam uma visita ao blog. Parabéns!
Exato, é uma estimativa dos ‘cientistas’ mais antenados. Se Eu te contar a quantidade exata você e todo mundo aqui não vai acreditar mesmo. E, nem ter condições de contar, comprovar e argumentar contra. Belo trabalho, seu e dos artistas que fizeram esta pequena maravilha-amostra. Grande abraço, brother.
Wolff, até agora eu não entendi qual é a sua. Pelo comentário inicial, pareceu que você quis desacreditar o estudo por ter uma fração muito pequena das galáxias do Universo. Como se a gente precisasse de mais que um punhado de grãos de areia para entender o que é uma praia, o que evidentemente não é o caso. 😉
Pois é… grão de areia só existem em praia…beira de rio, fundo de caverna, na sua comida, roupa e outros lugares não existem.
Eu não disse que podemos entender a praia com grãos de areia sem saber de onde vieram os grãos de areia. Mas sabendo de onde eles vieram — e essa é A CHAVE do estudo, determinar onde estão as galáxias NO ESPAÇO e NO TEMPO –, você não precisa ter TODOS os grãos (ou TODAS as galáxias). Obrigado por me ajudar a refinar a metáfora! 🙂
Boa noite. Ainda estamos vivendo na época da terra plana, nossas concepções são muito primitivas, o que são 5000 anos de observações em um universo de 13 bilhões de anos. Para conceito religioso, matéria escura poderia ser chamada de fluido universal, de onde toda a matéria é formada, desde a Luz até o grafeno.
A “energia escura” seria o equivalente a uma “anti-gravidade” ?
Pergunto isso, pois a realidade observável é dualística (ação / reação, frio / quente, claro / escuro, positivo / negativo, matéria / anti-matéria, atração / repulsão, etc). Se a matéria deforma o espaço-tempo produzindo um efeito atrator, a ausência de matéria poderia deformar o espaço-tempo produzindo um efeito de repulsão nos corpos materiais como que fazendo-os “escorregar” num “espaço convexo”?
Ela faz o papel de, mas não é equivalente a. Ela não tem o poder repulsivo. Ela só está fazendo o espaço se expandir, sem repelir nada.
NUNCA houve Big Bang… É Big Bounce. Atualize-se, antes que seja tarde…
Wolff, sabemos que houve Big Bang. Se houve Big Bounce antes, para gerar um Big Bang, não sabemos. Com Big Bang, quero dizer: momento em que o Universo entrou num processo violento de expansão e esfriamento. http://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2015/04/07/5-provas-de-que-o-big-bang-ocorreu/
Por favor, substitua ‘sabemos’ por ‘nós cientistas, entendemos até o momento’. Antes do Big Bounce houve um Big Move. Então a trilogia divina: Big Move, Big Bounce e aí, sim o Big Bang. Expansão (atual) e após Contração.
Não poderia dizer isso porque eu não sou cientista. Mas acho seguro dizer que o que os cientistas sabem vale também para não cientistas.
Sobre o resto, agora entendi qual é a sua ambição — é colocar Deus no meio da história. Tava demorando…
Cientistas não sabem, procuram respostas. Até hoje não provaram o BB. Somentes estudos e especulações. Não, não entendeu qual a minha ‘ambição’. Vc é um ‘Teofóbico’ e ‘jornalista’ (qq um pode se autodenominar jornalista nesta paragem) q c limita a traduzir textos alheios e se apoiar em muletas científicas. Deve ganhar bem, como todos vendedores de ilusões midiomáticos.
Está desatualizado: http://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2015/04/07/5-provas-de-que-o-big-bang-ocorreu/
Wolff,
Você é mais um dos prepotentes que aparecem por aqui, achando que sabem mais do que as centenas de cientistas que estudam o assunto a décadas. Certamente o que se divulga hoje nem sempre é a realidade mas é o aceito pela comunidade científica ou parte dela. Então, seja mais humilde e não tente ser mais do que nós simples mortais.
Observe estes filmes que fazem com cameras superlentas de uma bala atingindo algo e vc certamente entenderá o quis dizer. Releia o que escrevi. A natureza funciona assim, mas as mentes preguiçosas não acompanham.
Paulo. Vc é só mais um preguiçoso que se limita a mastigar o que outros já comeram. Só acredita em quem tem diploma e fala/escreve bonitinho. Incapaz de raciocinar com as leis que regem a natureza. Limite-se a dar conselhos a sua prole, se tiver.
Já você, é um show de raciocínio atrás do outro! 😛
Wolff,
Certamente dou mais crédito a pessoas que dedicam a vida a estudar estes assuntos a um palpiteiro como você.
Palpiteiro é vc que entrou de gaiato aqui na discussão entre mim e o autor sem ser convidado. Bom, existem teorias religiosas, científicas, filosóficas, esotéricas e as inter-disciplinares a respeito. Para ter uma boa base é necessário conhecer pelo menos superficiamente a grande maioria delas (6000 aproximadament) e formar uma opinião própria (se a inteligência e perspicácia permitirem). Pelo visto vc dv conhecer superficialmente somnt a mais badalada e festejada pela mídia dominant (a Big-Bang-Bullshit). Portanto, mais um crentelho da BBB. Siga seus pastores-científicos. Me ignore, por amor a sua inteligência. Eu sigo a MINHA crença. A sua já sei onde vai dar.
Wolff,
É uma questão de coerência. Certamente não vou estudar 6000 teorias esotéricas, religiosas etc. Simplesmente porque a maioria delas começa dizendo que terei que acreditar, ter fé, em alguma coisa. Prefiro as ciências tradicionais que só admitem como verdadeiro aquilo que pode ser testado e provado. É assim que o conhecimento tem evoluído. Mas para você quem tem este tipo de coerência é preguiçoso mental e outras ofensas. Usa a expressão pastor científico que de certa forma é o que você tenta fazer, ou seja, doutrinar as pessoas em relação às suas crenças.
Meus caros, essa “energia escura” que vocês tanto especulam é tão somente a Energia do Supremo Criador de todo o universo, seu Espírito Santo.
Uau. A função do Espírito Santo, na sua opinião, é diluir o Universo. Que religião estranha…
Ahahahah… cada uma… Como dizia Hitchens: Eu nunca canso de debater com religiosos, pois eu nunca sei o que eles vão argumentar….
Dogmas religiosos não admitem questionamentos já a ciência exige provas e comprovações.
Quem adotou dogmas para guiar sua vida é uma pessoa que abriu mão de questionar o mundo ao seu redor, paciência….
O mais absurdo de todos os argumentos e fantasioso é o: uma explosão cósmica deu origem à formas complexas de vida.
E quem já usou esse argumento? Ninguém sugeriu isso, nunca.
O mais absurdo de todos os argumentos e fantasioso é o: um ser mágico, invisível e superpoderoso, que ninguém nunca viu nem comeu só ouviu falar, criou gente
da bostado barro depois de umpeidosopro.KKK
Chola mais
Volta a rezar, por favor. Procure outro site.
Aqui vc não vai ser feliz.
Tava demorando pra um crentelho chegar… Agora que esse cara já escreveu o que queria, vaza!!!!
Somos uma partícula microscópica dentro de um corpo trilhões de vezes maior … somente um corpo em desenvolvimento cresce a tamanha velocidade … e o mais duro disso tudo é que, não queremos aceitar que somos infinitamente minúsculos e desprezíveis para o “unicorpo” ou seja para o universo.
Aí alguns vão perguntar mas e os “buracos negros” o que são? São somente passagens de um órgão para outro órgão deste mesmo corpo.
“Corpo” é uma metáfora bem simplória do que é o universo.
Claudio, interessantíssima sua teoria. Já havia pensado em algo parecido, aliás na cosmogonia hindu tem… Me passa alguma fonte, caso vc tenha sobre o assunto. aloisl@bol.com.br
Buracos Negros são passagens de orgãos para outros órgãos?
Que criativo!
Salvador, boa tarde! Li os comentários sobre o vídeo publicado no portal uol, (mapeamento das galaxias em 3d) e gostaria de trocar algumas ideias sobre expansão do universo e gravidade. Veja no site informado o esboço de uma teoria sobre a gravidade. Obrigado!
Arnoldo, fique vontade para comentar aqui o que quiser!
Ok Salvador, quanto à expansão do universo que é medida pelo desvio para o vermelho da luz emitida pelas estrelas, em todas as direções este desvio é o mesmo ou existem variações? Porque se forem os mesmos desvios em todas as direções, significa que nossa Terra está no centro desta expansão, e isto não é estranho, não lembra um pouco quando consideravam a Terra o centro do sistema solar pois os planetas aparentemente orbitavam ao redor dela?
Arnoldo, a expansão é sentida em todas as direções por igual nas grandes escalas, mas isso não quer dizer que a Terra esteja no centro (embora possa parecer assim). O efeito é a consequência natural da expansão. Em qualquer lugar que você estiver no Universo observável, você verá a mesma coisa que na Terra.
Ok, Salvador, sendo como colocou, não existe a possibilidade de que este desvio para o vermelho seja um tipo de alongamento das ondas de luz, uma vez que elas viajam bilhões ou mesmo infinitos km pelo espaço e desta forma teríamos o desvio por igual em todas as direções. Coloco desta forma pois aceitar a expansão como tendo diversos centros, ou diversas origens não tem lógica. Uma vez que o universo é infinito, teríamos como saber como se comportaria a luz viajando durante milhões, bilhões de anos luz através do universo?
Salvador! Grato por nos esclarecer ideias e assuntos tão complexos. Porém algumas dúvidas:
1. Existe a possibilidade de o Big Bang não ter sido uma explosão e ter sido sim um átimo (aleph de Borges) um nascedouro de matéria e sob a influência da energia escuro ter acelerado a repulsão desta matéria criando empuxo de espalhamento inercial resultando hoje no Universo Visível que observamos?
2. Como entender a interpolação entre a força repulsiva da Energia Escura x Força Gravitacional de atração para inferir que a anatomia do Universo seja plana como uma folha no espaço?
1. O Big Bang não foi uma explosão mesmo. Foi uma súbita inflação do espaço-tempo. Big Bang é apelido — por sinal dado por um dos detratores da teoria, Fred Hoyle.
2. A energia escura provavelmente não é uma força repulsiva, o que ela faz é levar o espaço a se expandir.
Salvador, essa expansão do (nosso) universo não poderia ser causada pela atração gravitacional de universos que poderiam estar em nossa periferia? Como uma bexiga que se infla em ambientes de baixa pressão. Ps: Não sou entusiasta do Multiverso
Rodolfo, não. Senão veríamos as galáxias acelerando a expansão numa direção e o mesmo efeito não apareceria na direção oposta.
Sim, o que vemos é uma expansão em todas as direções. Mas, e se esses “universos” estivessem nos circundando em todas as extremidades ? Como se o nosso universo fosse um grão de areia no meio de um pote cheio. Nesse caso a expansão seria uniforme em todas as direções.
Nunca exatamente uniforme.
Na falta de uma explicação cientifica melhor, vai aqui uma explicação leiga, mas de inspiração espiritual e mística: O NOSSO UNIVERSO É APENAS UM ÓVULO CÓSMICO FECUNDADO E EM FASE DE CRESCIMENTO, POR ISSO SE EXPANDE POR IGUAL EM TODAS AS DIREÇÕES ATÉ QUE ESTEJA MADURO O SUFICIENTE PARA PRODUZIR “SEMENTES” DE ONDE BROTARÁ NOVOS UNIVERSOS. E NÓS, SERES HUMANOS, FAZEMOS PARTE DO DNA CONTIDO NESSAS “SEMENTES” QUE POR SUA VEZ CRIARÁ CÓPIAS IDÊNTICAS DE NÓS MESMOS NESSES NOVOS E IDÊNTICOS UNIVERSOS PARALELOS.
Particularmente, cada vez que a ciência se mexe buscando conhecimento, criam teorias que acabam deixando mais fácil acreditar que exista um Deus, criador de tudo, do que acreditar que tenha acontecido toda esta sucessão de eventos que tornaram possível a nossa existência aqui….
Hummm.. Não.
Hum……… Sim
Humm… prove.
E se todas as combinações de acontecimentos são inevitáveis (como prevê a teoria quântica)? A chance de estarmos aqui hoje não só não seria baixa, como seria de exatamente 100%. Fica mais fácil “acreditar”?
Não se esqueça que Deus pode coexistir com a sucessão dos eventos descritos, para os quais temos fortes evidências.
o Universo NÃO precisa de um deus, tudo isso é invenção barata do tempo das cavernas e serve como desculpa preguiçosa para pessoas que exploram o medo, a dúvida, a culpa e demais emoções humanas com o intuito de humilhar e tirar a dignidade do próximo.
As partículas do nosso sistema provém de um processo caótico microscopicamente e de efeito aparentemente estruturado macroscopicamente. Isto se deve ao fato de que aquilo que não consegue ser estável decai, a energia se transforma e partículas são capazes de montar estruturas tais que sua combinação microscópica pode fazer parte de um conjunto de branas onde estas moldam um tipo de dimensão e, por cada conjunto nós temos desde elementos que podemos ver e tocar como aqueles que somente em laboratório seriam detectados (e com muita dificuldade).
O maior problema desses falsos deuses é a mania do homem de achar que sabe tudo, daí inventa até o pau pra toda obra: uma porcaria de deus que nada fez e nada faz.
E lembre-se que nossa constituição atual é laica e quando havia uma religião oficial ninguém poderia professar outra fé. Mas como tem gente querendo ver a idade das trevas religiosas de volta, como há.
Deus pode coexistir sim, mas certamente não é dessa forma que está escrito nas religiões que insistem em arrebanhar novos seguidores… acho que por aqui não terá sucesso… melhor irem tentar em outros sites…
hmmm não…
Uma “crente” q já está propenso a acreditar em algo, geralmente seleciona os eventos ou informações que confirmam as suas crenças e descarta aqueles que conflitam com elas.
Não é raro ver religiosos negarem a Ciência com todo o fervor, mas utilizar no momento oportuno do seu charlatanismo, para vender um produto ou tirar alguma vantagem, usarem a famosa frase “cientificamente comprovado!”.
hummm, não!
Uma mente crente (decidida a acreditar e não a seguir evidências) tende a selecionar somente aqueles fatos ou informações que confirmem suas crenças, e descartar aqueles que conflitam com elas.
Então, cada vez que a ciência “cria” uma nova teoria, ela não está confirmando deus, o criador de tudo… Mas os crentes acham que sim.
a luz carrega as lembranças de toda criação “como os neôronios”
a matéria escura é a sombra de alguma coisa
a força é a mão de deus
esta alguma coisa é “Deus”
use sua inteligência para o bem
você é uma criatura de Deus
não esquece!Salvador
Pode deixar, usarei meus neôronios. Agora, retribua e, como diz o Eu, abra seus óleos! 🙂
sim , valeu ))
Agora tchau crentelho, já escreveu o que queria, vaza!!!
vazar se eu quiser,,ok?!, e vai cuidar de seu button , sr. benjamim ,, e use óleo.
Pelas teorias até hoje apresentadas (incluindo esta), fica mais fácil acreditar que exista um Deus criador de tudo, pois está mais difícil acreditar que tenham acontencido todas as combinações de acontecimentos para que pudéssemos estar aqui hoje.
Hummm… Still não.
E se todas as combinações de acontecimentos são inevitáveis (como prevê a teoria quântica)? A chance de estarmos aqui hoje não só não seria baixa, como seria de exatamente 100%. FIca mais fácil “acreditar”?
SIM! Estou plenamente convencido que essa força é oriunda do Monstro do Espaguete Voador. Está provado, e quanto mais teorias inventarem, mais provado fica. Salve MEV! Viva MEV! Vida longa aos seguidores do MEV!
Ramén!
em algum lugar do planeta terra dentro de 3 dias passara raspando ha terra um meteoro e se chocaras com outro planeta que os fizicos nao acharam ainda e se chama Teves e traras comsigo vida microbiotica e assim sera o suçessor da terra daqui uns 1000 anos ok?.
Vish, já vi que foi pro UOL mesmo…
Que p*rra é essa? 😀 😀 😀
Teves, o Carlito? Hum… çinçeramente acho que não.
Se em 3 dias nada disso acontecer, você volta aqui, escreve que errou e muda de religião?
Combinado. Estamos esperando 5ª Feira dia 21/07.
Faltam 2 dias agora!
Etevaldo, já estamos no dia 23/07. E não aconteceu nada do que falou.
Por favor, com toda humildade que tua religião prega, volte a postar sua resposta aqui.
E a partir desta constatação, que foi tudo mentira que te falaram, abra os olhos.
Estão te enganando e provavelmente tirando seu dinheiro com dízimo.
Abs.
Etevaldo, tô precisando desse chá aí que vc tomou…. gostei… deve ser calmante….
Caro Salvador….., embora eu seja leigo nesses assuntos, sempre acompanho com interesse as suas reportagens e também outros documentários a respeito no canal NatGeo na televisão.
Após a descoberta de outras galáxias além da nossa por Hubble na década de 30, a cada certo tempo mais galáxias são descobertas. Não tenho certeza, mas parece que hoje as estimativas de galáxias no universo chega a 200 bilhões.
Isso é verdade ou interpretei algum documentário de forma errada?
Abçs
É isso mesmo. Quanto mais longe conseguimos enxergar, mais galáxias descobrimos!
Desculpe Salvador, faz lembrar a Enterprise em dobra espacial
Sim! No filme novo, usaram efeitos de lentes gravitacionais para criar o efeito de dobra! 🙂
A energia de DEUS está no tempo infinito e fim, no espaço não ha dimensão de tempo e espaço ,tudo é um tempo só, tudo interligado entre a menor partícula e a maior galaxia.
Nossa, não.
Discípulo de Deepak Chopra?
Não sabe do que está falando. Volta a ajoelhar.
Mais concentração.
Porque Deus se preocuparia com nossa tamanha insignificância?
Ciencia e religião nao se misturam sem que a reação quimica nao tenham muitos residuos.
Isso que você toma, onde vende?
Me preocupa que com a expansão do Universo, já considerando as distancias monumentais, cada vez ficará mais improvável nossa raça chegar, digamos, a Alpha Centauri, ou nosso planeta por estar razoavelmente nas proximidades acompanha a expansão na mesma distancia que Alpha.
Grato
J Salustiano
Não, a expansão não afeta o interior da galáxia, nem mesmo as distâncias das galáxias mais próximas. Só nas maiores escalas isso se faz sentir.
Salvador, essa informação está errada. De acordo com a teoria tudo está se afastando, mas só é perceptível a nós em escalas maiores. Entretanto, no final será tudo um limbo de partículas elementares, até mesmo átomos e moléculas sofrerem esse efeito, literalmente tudo irá se afastar e esfriar.
Lucas, não enxergo o contexto do diálogo. O modelo cosmológico padrão sugere que o Universo está em expansão desde o Big Bang. No início, foi uma expansão desacelerada, e de uns 5 bilhões de anos para cá, se tornou uma expansão acelerada, por conta dos efeitos da energia escura, que não se percebem a pequenas distâncias, apenas a distâncias enormes. De fato, em zilhões de anos o Universo se tornará um limbo de partículas elementares, mas não é só por causa da energia escura ou da expansão cósmica, e sim por causa da entropia. 😉
Demais ! Muito Legal !
Ao que parece o Universo é uma única massa e da nossa pequenice que vemos suas partes.
Oi Salvador, quero perguntar algo que para mim não faz sentido… já li que o espaço está se expandindo no caso da energia escura e que de fato a expansão somente ocorre em nível intergaláctico, cada galáxia se afastando das outras. Assim, as galáxias se afastam umas da outras e até já foi publicado que já foram verificadadas velocidades acima da velocidade da luz nessa expansão!!!
Mas se a energia escura afasta as galáxias, é predominante e inclusive pode superar a velocidade da luz como é que estamos em rota de colisão com Andrômeda??? Me parece um contrasenso deste fenômeno. Ao meu ver nenhuma galáxia poderia colidir com outra se a expansão provocada pela energia escura fosse predominante e uniforme no universo!!!
Alias se fosse uniforme e acima da velocidade da luz não poderíamos nem ver o brilho da outras galáxias porque estaríamos nos afastando mais rapidamente que a luz.
Me parece muito, muito incoerente. Pode me ajudar a tentar entender essa aparente incoerência??? Obrigado!!
Javier, a expansão se faz sentir apenas nas maiores escalas — é só nelas que a energia escura predomina sobre a gravidade. Na escala do Grupo Local de Galáxias (da qual Via Láctea e Andrômeda fazem parte), manda mais a gravidade. Até mesmo na escala dos superaglomerados de galáxias, a gravidade manda mais. Mas quando imaginamos distâncias ainda maiores, de bilhões de anos-luz, a energia escura sobrepuja a gravidade e provoca a expansão.
Ok Salvador, obrigado pela explicação, vou refletir a respeito. E parabéns pelo modo como voce se dedica a responder a todos os comentários!!!!
Valeu! 🙂
Javier,
Lembrei de uma resposta a esta questão, dada pelo Bruno Frederico em post anterior que transcrevo abaixo.
“Elza, imagine que o espaço estivesse se expandindo 1 metro por quilômetro a cada segundo.
Então, a cada quilômetro, a velocidade de expansão do espaço seria 1 m/s.
Mas e se considerarmos um espaço maior, digamos mil quilômetros? a cada segundo o espaço se expandiria mil metros, ou seja 1 quilômetro, o que daria uma expansão na velocidade relativa de 1 km/s.
Agora vamos exagerar, considerando um espaço de 300 milhões de quilômetros (quase duas vezes a distância da Terra para o Sol). Fazendo as contas, a expansão do universo teria nessa escala a velocidade de 300 mil km/s, que é a velocidade da luz. Ou seja, para distâncias maiores do que essa, o espaço estaria se expandindo numa velocidade maior do que a luz. Nosso “universo observável” ficaria limitado a esses 300 milhões de quilômetros de distância.
Então veja: a velocidade de expansão do universo é relativa, dependendo apenas da distância de você do ponto que está medindo. Se estiver muito perto a gente não percebe a expansão. Se estiver muito longe a luz nunca chega até nós.
No universo real, essa taxa de expansão é imperceptível para qualquer coisa dentro da nossa galáxia. Somente quando as distâncias começam a atingir uma escala “cósmica” é que conseguimos perceber essa expansão (pesquise por “redshift cosmológico”).
Finalmente, respondendo a sua ultima pergunta (ufa!): a expansão do universo ocorre numa velocidade bem acima da luz se você considerar uma distância suficientemente grande para isso.
Bruno Frederico – 25/02/2016 7:55 pm – Responder”
O cometário do Bruno é muito didático e explica o maior desvio para o vermelho, quanto maior a distância. Mas, como observamos este processo em todas as direções, necessariamente cada ponto do universo está se expandindo como se fosse o ponto central do Big Bang. E, como partimos todos do mesmo ponto primordial, faz sentido. Todos os pontos do universo são sim, do ponto de vista do observador, o ponto central do Big Bang. Seria diferente se observássemos as galáxias se afastando a velocidades constantes, independente da distância. Neste caso teríamos um ponto central e o universo seria como uma bexiga de ar se expandindo. Bastaria fazer uma análise trigonométrica e seria possível achar o ponto exato do Big Bang.
Salvador,boa tarde.Antes de mais nada parabéns pelo trabalho.Você acha mais convincente o Big Crash ou a teoria que o universo vai se expandir tanto que logo a matéria vai ficar tão dispersa que não será possível a formação de galáxias ,estrelas e outros corpos enfim e no final restará um universo ”morto”.Essa última teoria esqueci do nome ,acho que é Big Rip se não me engano.
Big Rip é ainda pior que isso, é quando o espaço-tempo se “esgarça” de tanto que se expande. Essa morte térmica do Universo que você descreve parece o desfecho mais provável, no momento.
Só acho que falta simetria a esta teoria do Big Rip. Tem um livro muito bom (” 25 Grandes Gênios da Humanidade”) que mostra como esta falta de simetria ou de harmonia, incomodava a alguns gênios de nossa história. Acho mesmo que os eventos do universos (nosso ou outros) devem obedecer a uma regra cíclica. O que morre aqui é compensado por algo que surge em outro local.
Eu já li esse livro! Muito bom! Hehehe
Puxa Saco!!! rss…
Pois é ,uma idéia um tanto quanto desoladora não é mesmo?Isso seria uma pena,tanta coisa bela se perder num eterno sono escuro.
Se espaço e vácuo são a mesma coisa, então vácuo é o tecido que está se esticando.
Para o tecido estar se esticando é preciso uma causa.
O vácuo está preenchido de matéria escura e energia escura que o faz expandir. E isso é apenas uma hipótese, pois não se foi provada nem uma nem outra.
Eu não acho uma proposta interessante; faltam elementos que a apóiem.
Precisamos buscar outra alternativa, não podemos ficarmos presos em algo que não podemos provar.
Marcos, o problema é que o seu raciocínio é determinístico. O Universo é potencial. O vácuo é o vazio, mas num Universo probabilístico, até o vazio tem uma probabilidade não-nula de ser alguma coisa. Ou seja, nada nunca é puramente o nada.
Concordo como você.
Porque vazio não existe.
O nada não existe.
Quanto a sermos uma probalidade, também estou de total concluico com você.
O Universo é uma probalidade numa infinitude de probabilidades. Não é interessante. Poderíamos não existir, mas existimos. O Universo poderia não ser da maneira que é, mas no entanto É…
A inteligência é ainda mais improvável, no entanto olha ela aí dentro de sua cabeça.
Quantas improbidades foram necessárias para que estivessemos aqui hoje.
Salvador, você tá parecendo o Osho falando. Parabéns. Rsrs
Como é difícil entender essas coisas, me ajuda Salvador.
Toda a matéria do universo, ou pelo os elementos mais leves foram criados no big bang e estão se afastando do ponto de origem desde então, isso significa dizer o material que nos criou viajou 4,5 bilhões de anos para formar o sistema solar aqui nessas redondezas do universo.
Isso não significa que o a luz emitida entre o ano zero e o ano 10 bilhões (imaginando um universo com 14,5 bilhões de anos) já passou por aqui?
A luz de uma estrela com um bilhão de anos, a partir do big bang, já não passou por aqui nove bilhões de anos atrás?
Calma, Reginaldo.
O Universo nasceu — pelo menos na instância que observamos hoje — há 13,8 bilhões de anos. Ali foram criados os elementos mais leves conforme a expansão levou ao resfriamento paulatino do cosmos, processo que continua até hoje. Esses elementos coalesceram em estrelas e galáxias, que eventualmente deram origem a outras gerações de estrelas e galáxias, cada vez com maior presença de elementos pesados, nascidos das próprias estrelas de primeira geração. Isso deu origem às galáxias todas, das quais a Via Láctea é uma delas.
Pensar que a Via Láctea “viajou” de lá para cá é o jeito errado de entender a coisa toda. O espaço que se expandiu. Ela não está muito longe de onde sempre esteve, com a diferença de que o espaço inflou e isso fez com que o material que ela contém se afastasse de todo o resto. Como um balão inflando.
Justamente porque o balão inflou, a radiação luminosa que foi liberada após o Big Bang — e isso levou algum tempo, cerca de 380 mil anos — quando o Universo se tornou menos denso, partiu de todas as partes do Universo observável. Por isso a vemos vindo de todas as direções, e demos a ela o nome de radiação cósmica de fundo. Ela vai continuar a nos atingir pelos próximos bilhões de anos. A diferença é que a cada momento enxergamos radiação que foi “libertada” mais longe de nós. Com isso, ela teve de atravessar uma distância maior, sofreu mais com a contínua expansão do espaço, e tem um comprimento de onda maior.
Agora, sobre luz de galáxias e estrelas, lembre-se de que elas não emitem luz apenas num instante. Se a luz que a galáxia emitiu há 10 bilhões de anos já passou por nós, a que ela emitiu há 9.999.999.999 anos e 364 dias está chegando agorinha! E por aí vai. 😛
Me leva a interessar essa materia escura e energia escura tenho pouca informacao sobre esse assunto
Salva, não sei como explicar direito, mas essa imagem não seria ao contrário?
Isto é, se quanto mais longe vemos mais antigo é, então vemos o universo menor e não maior. A imagem deveria ter o formato de um funil e não de uma corneta.
O próprio texto diz que a distancia representa o tempo, então a imagem leva a deduzir que o universo era maior no passado.
Mas se ela é uma projeção de onde as galáxias estão AGORA então passa a fazer sentido. Mas acho q não é o caso.
Acho que o gráfico não representa o tamanho do Universo, mas sim o cone de luz.
Eu entendi que o retangulo cinza a esquerda é a imagem 2d do SDSS-III. Em seguida projetaram para a direita o 3d.
Isso. É isso aí. Essa imagem é do SDSS-III.
Eu acho que as conclusões a respeito da expansão acelerada do Universo acontecem em função de nosso ponto de vista pouco privilegiado. Acho mesmo que acontecem distorções nestas observações que não podemos corrigir, pois são causadas por fenômenos e interações que ainda não conhecemos. Falta uma dimensão nestas análises.
Esse distanciamento pode ser apenas aparente, pois baseia-se em poucos anos de observação, numa região limitada do universo visível, e na observação do que já ocorreu há bilhões de anos (passado remoto). Nada impede que tudo possa ser apenas uma ilusão, dado que nossa visão, mesmo ampliada por instrumentos, está sujeita a erros de interpretação
Ou não.
Caro, ninguém é impassível de errar, porém um erro tão tosco quanto este que o Sr. apontou, duvido muito…
Acredito que o que já conhecemos a respeito da gravidade, nos possa fazer pensar que já ultrapassamos a faze da ilusão e que adentramos a faze da constatação.
A expansão acelerada do Universo é uma constatação, não uma ilusão. Só nos resta saber é como isso se processa. Dado que nos é concebido de sermos seres pensantes que decifram os mistérios do Universo.
No meu modo de ver. O modelo que me agrada é o de “Estamos dentro de um Buraco Negro” que em Eras passadas engoliu trilhões de galáxias e assim se formou. Assim sendo: O Universo está ocupando um espaço que está em expansão, por esse motivo nos é apresentado o fato de que as galáxias estão se distanciando umas das outras – exceto grupos locais – assim como toda matéria esteja também se expandindo.
Dentro dessa proposta não se faz necessário que concebamos a idéia de energia escura ou massa escura, como alternativa para explicar a expansão.
Nisto o Térsio está certo, descobrimos apenas “ontem” sobre todas estas coisas citadas na postagem do Salvador e falta muito mais a descobrir para termos uma visão um pouco mais precisa do Universo todo. Dizer que o Universo está apenas expandindo pode ser uma ilusão causada pela nossa ignorância sobre fenômenos cosmológicos de longo prazo, pois afinal de contas a nossa espécie está há muito pouco tempo observando o Universo com a tecnologia atual e estudando a história da ciência sempre houve uma quebra de paradigma que alterou a visão da espécie humana cada vez que a tecnologia avançava um pouco. Penso que estamos perto de dar mais um passo, pois no ritmo que as descobertas estão sendo feitas nos dias atuais podemos estar perto de alguma coisa assim.
ou seja, a energia escura, que ninguém sabe o que é, está diluindo sabe-se lá como, para que o Universo continue se expandindo sabe-se lá para onde….
e depois ainda querem ser levados à sério….kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Certo. Então vamos lá. Gravidade. O que é? O que é REALMENTE? Você precisa saber o que é para saber como funciona?
Esse Apolinário JR parece mulher de malandro. Não cansa de levar bordoada! Toma porrada de tudo quanto é lado mas tá aqui, firme e forte, lendo E comentando.
Tsc tsc.
De acordo com a Teoria Geral da Relatividade de Einstein, a gravidade seria uma deformação do espaço-tempo produzida pela presença da matéria. Tal deformação provoca um efeito de “escorregamento” ou “queda” entre os corpos materiais.
Exato. E a própria teoria da relatividade geral, em sua versão modificada por Einstein em 1916 para a cosmologia, já tinha um termo lambda, a constante cosmológica, para denotar a energia do vácuo, que age exatamente como a energia escura. 😉
E pensando assim não descobrimos nada, permanecendo na ignorância. Mas não é da ignorância que os fanáticos, céticos, charlatões e pilantras tiram sua sobrevivência?
Touchê!
Como gosta de criticar e apontar defeitos, vamos lá!
Mostre tua personalidade e explique para nós como vê todo este cenário?
Pode ser com suas próprias palavras, não precisa falar difícil.
Exponha para todos nós como enxerga a coisa toda, sem ser cínico.
Quem critica deve saber como é o certo?
Estou aguardando ansioso suas colocações?
Caraaaaca, seu JR, o seu “universo” é totalmente hermético!
Você se daria bem na época de Galileu.
Esperando a sua teoria de tudo zzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
paywall bugado
Salva, bom dia.
Se eu interpretei certo, essa “virada no jogo” pode ser vista na figura quando notamos que a densidade de matéria aumenta conforme enxergamos mais longe e, por consequência, mais no passado. Fiz uma edição na imagem para exemplificar:
http://imgur.com/o9XUSKw
Essas linhas que eu fiz mostram claramente que na linha vermelha tínhamos mais concentração de matéria (galáxias) do que na linha azul (mais recente). É isso né…
Bruno, não ousaria cravar que você está certo, mas certamente é o que parece. 😉
Salvador, essa expansão pode ser observada no “micro” espaço do sistema solar, ou seria como querer ver efeito de maré numa piscina?
Não, e por uma boa razão. A principal (e mais consistente) hipótese para explicar a energia escura é de que ela seja uma propriedade do próprio vácuo. Então, ela, é claro, existe no Sistema Solar. Mas há pouco espaço no Sistema Solar, se comparado às grandes escalas do Universo. Na escala do Sistema Solar, a gravidade vence facilmente qualquer propriedade repulsiva que o vácuo possa ter. Mas quando pensamos na distância entre aglomerados de galáxias, escala de milhões ou bilhões de anos-luz, a quantidade somada de energia do vácuo facilmente bate a gravidade. Por isso faz sentido um Universo mais compacto no passado (em que a energia escura não se fazia sentir) e um Universo em expansão acelerada no presente, já dominada pela energia escura.
Agora Estamos dando propriedades ao Vácuo!
O Tempo/espaço se dilatando é o que basta.
Einstein deu propriedades ao vácuo (e a capacidade de se dilatar é apenas uma delas; a energia escura, na forma da constante cosmológica, foi obra dele também).
Então não precisamos do tempo/ espaço – pensamento também de Einstein – precisamos apenas do vácuo.
E o que seria o espaço, se não o vácuo? 😛
Estão em manutenção?
Uma dúvida e bom dia a todos.
Sou praticamente leigo no assunto astrologia, não tenho a menor capacidade para discordar da difundida teoria do Big Bang; porém, não entendi a relação do universo estar se espalhando perante a disposição gráfica apresentada, pois o gráfico temporal da SDSS-III (Min: 1:25) mostrou o universo mais espalhado há uns 7 bilhões de anos atrás e ele mais próximo há uns 2 bilhões de anos atrás.
Já ouvi dizer que a luz propagada pelo universo pode vagar por galáxias e incidir em elementos não componentes de matéria escura até chegar na Terra, ser examinada por equipamentos espaciais (espectroscopia com o uso de analise de ondas específicas ou algo semelhante) e revelar eventos datados há mais de bilhão de anos, uma fotografia realmente ultra antiga perdida pelo espaço.
Pouco tenho ideia do método utilizado para tal, foi só uma observação acima sem entendimento acadêmico…rsrs
Creio no evento do Big Bang, pois caso contrário estaríamos sofrendo muita interferência gravitacional dos corpos mais massivos do cosmo, caso a gravidade estivesse ganhando.
Bom, deixando os comentários de leigo… agradeço uma resposta se a disposição gráfica do SDSS-III tem que ser examinada sob um olhar específico ou seria “after Big Bang, observando o nítido espalhamento dos cosmos com o passar do tempo”.
André, no vídeo, o gráfico é só um vídeo genérico do ESO mostrando como eles medem posições de galáxias pelo redshift e as distribuem em 3D. O princípio se aplica ao SDSS-III, mas aquele gráfico não corresponde à pesquisa deles, claro. O lance ali é que galáxias mais distantes são menos brilhantes, então você vê menos delas. Por isso o Universo parece mais diluído no passado. Mas é exatamente o contrário o que ocorre.
Que bela comparação entre agregar (gravidade) e separar (energia escura). Pergunto: com a separação dos corpos celestes (estrelas, inclusive), o universo tende a ficar mais frio?
Outra pergunta: o calor que temos na Terra vem somente do Sol? As demais estrelas também não contribuem? Abraço e parabéns pela coluna. Vida longa a ela.
Jaime, o Universo tende sim a ficar mais frio. Sobre o calor que temos na Terra, a maior parte vem do Sol, e um tantinho vem do interior da Terra. A contribuição das estrelas é desprezível. Abraço!
Quando se mapeia um determinado pedaço do Universo enxergamos a luz que viajou no espaço por x bilhões de anos, é passado.
Daí detectamos quantidades enormes de Galáxias, encontradas em uma determinada região do espaço.
Se a pergunta procede:
– Qual a chance de que alguma delas é a Via Láctea atual?
– Se Sim. Como é feito o estudo para chegar a esta conclusão?
– Se Não. Existe uma maneira de encontrarmos nossa Galáxia com este mapeamento?
– Praticamente nenhuma, Raf, porque isso exigiria que a Via Láctea viajasse numa velocidade absurdamente superior à da luz, para que ela chegasse onde está e ainda assim sua luz de bilhões de anos no passado só agora estivesse aqui. A alternativa seria o Universo ser fechado e enxergarmos a luz da Via Láctea que deu a volta no Universo e chegou a nós pelo outro lado, depois de bilhões de anos de viagem. Mas isso é incompatível com as medidas que temos da radiação cósmica de fundo, que sugere um Universo plano e aberto.
– Nossa galáxia nunca estará num mapeamento feito a partir dela. Você pode localizá-la no centro de qualquer mapa que represente regiões opostas do céu, mas é só isso que podemos fazer.
Salvador, bom dia.
Você acha que esse telescópio que está sendo feito na África do Sul, MeerKAT, ajuda no entendimento da energia e da matéria escura?
http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/afp/2016/07/17/telescopio-na-africa-mostra-mais-galaxias-do-que-se-conhecia-em-recanto-do-universo.htm
Por que se ele consegue mapear mais galáxias, de repente se pode entender melhor a interação entre elas…
Giordano, sem dúvida esse e outros telescópios ajudarão. O James Webb, da Nasa, terá o objetivo de enxergar as primeiras galáxias e supernovas do Universo! A conferir! 🙂
Para sempre é muito tempo, principalmente quando está perto do fim!
É tão melancólico esse final do nosso Universo…
Eu estou em paz com ele. Dado tempo suficiente (muitas vezes maior que a “vida” total do Universo), uma flutuação quântica pode gerar um Big Bang, e começa tudo de novo. 😉
Olá Salvador.
Uma flutuação quântica gerando o Big Bang?
Então o que seria essa flutuação quântica?
Marcos, a mecânica quântica diz que tudo é probabilístico. Para o dia a dia, isso é pouco relevante. O fato de haver uma probabilidade de todas as partículas do seu corpo se desfazerem simultaneamente numa explosão de raios gama é irrelevante, porque essa probabilidade é tão pequena que nunca vai acontecer. (Em todo caso, torce aí, porque *pode* acontecer.) Sabemos que o nada, o vácuo, também é impregnado dessas possibilidades — partículas aparecem e desaparecem com frequência e isso já foi demonstrado experimentalmente inclusive (o nada tem uma chance, ínfima que seja, de não ser nada, o que se torna relevante se você tiver bastante nada).
Agora, imagine você que você disponha da eternidade e de um vácuo quântico, ou seja, impregnado de probabilidades de deixar de ser vácuo para ser outra coisa. A probabilidade pode ser mínima, mas, com a eternidade à disposição, uma hora vai acontecer. E, se você pensar bem, temos de comemorar o fato de Big Bangs serem vastamente improváveis. Senão, poderia acontecer um por cima do outro, por assim dizer, e nos destruir agora mesmo.
A possibilidade de um Big Bang acontecer – dentro de seu pensamento – agora, destruindo nosso Universo, existe! E por menor que possa ser essa probabilidade, se temos a eternidade ela acontecerá, só resta saber quando.
Por isso não creio no big bang.
Deveríamos ver vários acontecendo em 14 ou 15 bilhões de anos. Mas só temos o nosso Big Bang.
Esse pensamento é difícil aceitar. O de ser uma flutuação quântica responsável por minha vida e inteligência.
É muito vago. Fala-se de coisas que sequer podemos provar que existem.
Sim, ela acontecerá, mas com toda probabilidade muito tempo depois que este Universo já se tenha diluído completamente. É um jeito maravilhoso de ter uma cosmologia cíclica.
Agora, que pelo menos um Big Bang aconteceu — o último –, não resta dúvida. Não há explicação alternativa para a radiação cósmica de fundo e a expansão do Universo, dois fatos observáveis.
Sobre observarmos vários Big Bangs em 15 bilhões de anos, não é verdade. Vi uma estimativa uma vez que era de um evento em muito, mas muito, mas MUITO mais tempo que isso.
A mecânica quântica não “diz que tudo é probabilístico”. Isso é uma interpretação vulgar. Ela utiliza a probabilidade para interpretar fenômenos subatômicos, mas não prova que poderia ser de outra forma. Além disso já existe uma teoria, desenvolvida pelo físico David Bohm, que explica perfeitamente o comportamento das partículas em escala atômica com bastante rigor e sem a necessidade de subterfúgios estatísticos, provenientes de uma época em que ainda se tinha uma visão primária da teoria.
A teoria das variáveis ocultas de Bohm não para em pé e já foi descartada. Nada impede que alguém desenvolva outra teoria de variáveis ocultas que funcione, mas não é a de Bohm. Por ora, o estado da arte é que o Universo é probabilístico, não determinístico.
Aliás, se o Universo for completamente determinístico, temos de jogar fora o catolicismo, que se baseia no livre-arbítrio. Se tudo for determinístico, não existe livre-arbítrio.
Não foi descartada não! A teoria é sólida. Conheço um livro, lançado em 2009 pela prestigiosa editora Springer-Verlag, que expõe a teoria – chamada mecânica bohminiana – de forma admirável e com muito rigor.
Além disso, o livre-arbítrio não é incompatível com a existência de DEUS: “A liberdade humana é uma força para o crescimento e amadurecimento na verdade e bondade; ela alcança sua perfeição quando está ordenada para Deus, nossa bem-aventurança”
Sobre Bohm, ó qui, ó: https://arxiv.org/abs/1005.5173
O paper é de 2011, dois anos depois do livro que você cita. O próprio Bohm admitia que sua teoria era forçada e só tinha por objetivo demonstrar que teorias de variáveis ocultas eram possíveis. Mas esse paper aí parece descartar essa hipótese. Quer dizer, você até pode ter variáveis ocultas, mas elas jamais tornarão os fenômenos probabilísticos mais previsíveis.
Sobre o livre-arbítrio ser incompatível com Deus, não disse que era. Claro que não é. Deus não é incompatível com nada, porque você sempre pode adaptar sua definição de Deus para contornar os fatos naturais. Por isso justamente ele é uma hipótese não testável.
O que eu disse é que o catolicismo teria de ser jogado fora se o Universo fosse determinístico, e não probabilístico. Porque aí o livre-arbítrio não existiria, e o catolicismo se baseia no livre-arbítrio, e não num destino pré-determinado. Deus nem entrou na conversa aí. 😉
Esse artigo já foi questionado por outro físico, GianCarlo Ghirardi, em 2013…
Link, por favor? Fiquei curioso…
Apolinário, se você não entendeu 2 linhas sobre o lívre-arbítrio, como você pode julgar que entendeu um livro completo sobre mecânica bohminiana?
A sua melancolia é certamente uma sensação pessoal. O Universo é uma construção racional. Só DEUS pode criar algo do nada. Algumas pessoas preferem usar eufemismos tais como “flutuação quântica” para fugir do inevitável, para não ter que aceitar a ação Divina sobre todas as coisas.
Eita, que saudade!
Então, ninguém precisa aceitar (ou recusar) a ação divina sobre nada.
Mas, se Deus fez o Universo, ele o fez de modo que permitisse flutuações quânticas. Isso não é uma invenção. É um fato. Acontece. Partículas são criadas do nada — e voltam ao nada também. Para a frustração de Einstein, Deus joga dados. Então, não misture as coisas. Eu falar em flutuação quântica não é uma tentativa de dispensar Deus. Estou apenas falando do mundo tal qual ele é, revelado pela ciência — e o fato de ele ser assim pode ou não ter sido por obra divina, algo que nunca poderemos saber porque a hipótese de Deus não é testável cientificamente.
Está absolutamente clara a existência de DEUS. E ela é testável cientificamente! Por exemplo, a validade das Leis da Física. Como é possível que leis matemáticas, um produto puramente racional, possam governar o movimento dos objetos e dos corpos celestes? Isso é uma inequívoca demonstração de racionalidade, não pode ser produto do acaso.
Concordo que é intrigante o fato de o Universo ser inteligível. Mas o próprio fato de não ser PERFEITAMENTE inteligível (Deus joga dados, lembra?), de não ser determinístico, joga por terra qualquer argumento em favor de uma força racional por trás de sua criação. O Universo poderia ganhar suas propriedades aleatoriamente. Algumas vezes é inteligível, outras não, mas criaturas inteligentes que descobrem a inteligibilidade do Universo só poderiam aparecer num Universo inteligível. De novo, tudo fica muito fácil de entender sem a necessidade de evocar Deus quando você tem a eternidade à disposição. O que faz perguntar: seria Deus meramente uma definição rebuscada de eternidade? Qualquer coisa eterna e mutável pode ser inteligível sem nenhuma ação racional…
A Eternidade implicaria no infinito. Se existe a Eternidade a probabilidade de existir um outro Salvador em algum ponto do Multi-Universo seria de 100%. Como nós não estamos conscientes em dois corpos diferentes ao mesmo tempo, a existência não deve ter todo o tempo disponível para ela. Deve sim se fechar em ciclos que levam sempre a um recomeço.
Por isso que a teoria quântica clássica – a interpretação de Copenhague – é falha. Ela introduz o acaso porque não conseguia explicar os fenômenos quânticos de outra forma. Por isso Einstein nunca a aceitou completamente, ele sabia que o Universo é absolutamente inteligível.
O ponto é que Einstein estava errado nisso. Veja o paper que eu te indiquei. 😉
Qual a progressão lógica entre o universo ser ou não inteligível e ele ter sido ou não criado por um Deus?
Estando nós no mesmo universo e sendo regido pelas mesmas leis, somos compatíveis ao ponto de reconhecermos padrões. Mas como sair disso para progredir ao ponto de se declarar que Deus é evidenciado por esses padrões? Por que não seríamos capazes de, nessa situação, reconhecer padrões na ausência de uma divindade?
Salvador, essa expansão ocorre dentro da galáxia, ou seja, a terra estaria se afastando do Sol também? Vi que alguns cientistas sérios já estão considerando o multi-universo como sendo uma explicação plausível para a matéria e energia escura, qual sua opinião ?
Não, a expansão não acontece em pequenas porções do espaço, porque quanto menos espaço você tem menor o efeito somado da energia escura.
Multiverso é uma explicação desesperada, de último caso, e costuma estar ligada à teoria das cordas. Não sou particularmente entusiasta.
Parece que teremos duas frentes pelos próximos anos , os telescopios espaciais nos diversos comprimentos de onda olhando cada vez mais a fundo e o Colisor de Hadrons verificando que existe muito mais escondido na matéria do que imagina nossa vã filosofia… E quem sabe deve estar por aí os mistérios da matéria e energia escura, próximos anos serão espetaculares para a ciência.
Bom dia Salvador, os cientistas fizeram os cálculos de distância das 1,2 milhões de galáxias independentemente? Os cálculos foram realizados utilizando o método da parlaxe?
Gabriel, para grandes distâncias não dá para usar paralaxe. Você precisa usar o redshift, o desvio para o vermelho causado pela expansão cósmica na luz das galáxias.