Astronomia: A ciência de ‘Star Trek: Sem Fronteiras’

Salvador Nogueira

Confira alguns dos elementos de ciência de verdade no novo filme de ‘Jornada nas Estrelas’.

ESPECULAÇÕES DO FUTURO
“Star Trek: Sem Fronteiras” acaba de chegar aos cinemas brasileiros. E, como toda boa ficção científica, ela tem ao menos um pezinho na realidade. Veja quatro elementos baseados em ciência de verdade que figuram no novo filme.

DOBRA ESPACIAL
É verdade que ninguém tem ideia de como cruzar distâncias interestelares viajando mais depressa que a luz. Mas os cientistas pelo menos sabem como seria possível driblar esse limite — comprimindo o espaço adiante da nave e esticando-o atrás dela. É a tal dobra espacial, que no novo filme ganha uma representação mais calcada em ciência. O efeito é inspirado pelas lentes gravitacionais, que nada mais são que resultados da curvatura natural do espaço produzida por objetos com alta massa.

NA BORDA DO NADA
Um dos principais cenários do filme é a estação Yorktown, um porto espacial na fronteira do espaço conhecido. A instalação não orbita um planeta ou uma estrela. Está apenas lá, no vazio. Pode isso, Arnaldo? Sim! A Yorktown está meramente em uma órbita própria ao redor do centro da Via Láctea. Todas as sondas que já enviamos para fora do Sistema Solar, como as Voyagers, fizeram exatamente isso — se desgarraram do Sol e assumiram uma órbita galáctica.

MEGALÓPOLE ESPACIAL
A Yorktown é imensa, como uma cidade no espaço — uma megaestrutura espacial. Essas construções são há décadas cogitadas como possíveis obras de civilizações avançadas. Elas estão bem além do que podemos realizar hoje, mas não seriam uma impossibilidade para uma sociedade do futuro como a fictícia Federação Unida de Planetas.

ESTALEIROS DO FUTURO
O filme também mostra a construção de uma nova Enterprise, e ela se dá no espaço. Pode parecer absurdo preferir construir algo no vácuo em vez de em solo, mas é exatamente assim que os programas espaciais fazem. A Estação Espacial Internacional foi montada aos pedaços, no espaço, entre 1998 e 2011.

A coluna “Astronomia” é publicada às segundas-feiras, na Folha Ilustrada.

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Comentários

  1. Salvador, não fui ver o filme e não pretendo… A crítica publicada na Folha mete o pau no filme, de novo o que importa é a ação tresloucada, não a história. Desse jeito, Star Trek acabou para mim, prefiro curtir as séries para a televisão, com menos ação e mais conteúdo.

    1. Bem, respeito sua opinião. Vamos torcer para a nova série, em janeiro, ser mais do seu agrado. 😉

  2. Talvez a melhor ciência da ST é ” a procura de novos mundos, novas civilizações…” Isso é Ciência. O resto é ficção.

    Acho que as ideias básicas do ST bebem nas obras do Isaac Azimov. A dobra espacial sendo um adaptação do hiperespaço.

    1. Isaac Asimov era mais pessimista no que diz respeito à evolução moral e ética da humanidade. De qualquer forma, ST está, como Isaac Newton, “sobre os ombros de gigantes”, entre eles o grande Asimov, mas trouxe outras visões importantes, que inspiraram o desenvolvimento de novas tecnologias: o telefone celular e os tablets. 🙂

  3. Ainda não assisti o filme. Mas vai uns comentários sobre discussão. O melhor lugar para se colocar um estação espacial numa civilização galática é exatamente longe de qualquer estrela (isso não pode oferecer a menor dificuldade de orientação para uma civilização neste nível tecnológico!); O meio interestelar não é muito mais frio que o interplanetário. Uma estrela não fornece luz ou energia apreciável para as necessidades de uma estação mas envia raios cósmicos, raios UV e outras partículas nocivas. O meio interplanetário é muitíssimo mais cheio de destroços que o interestelar, essencialmente vazio. Mas pior – uma nave teria que descer ao poço de potencial da estrela, gastando energia para diminuir a velocidade, para chega à estação e gastar energia outra vez para escapar da atração gravitacional dela. Um gasto totalmente evitável com uma estação longe de estrela. Até se especula que uma civilização muito adiantada seria interestelar, evitando sempre que possível descer para perto de uma estrela (isso é uma das respostas ao paradoxo de Fermi). Finalmente, outro assunto. Uma nave espacial só é iluminada por razões cinematográficas (ou de ufologia). Qual a utilidade de se colocar luzes apontando para nave além de poderem ser filmadas? Assim grande parte da camuflagem das naves klingons é “dispositivo” natural em toda nave espacial de civilização não pateta. Só disco voador (e avião comercial) brilha durante a noite.

    1. Assisti. Achei muita ação para pouca história. As imagens são bem legais. O maior absurdo é na nebulosa. Uma nebulosa não seria nem percebida a pequena distância, quanto mais dentro dela. A densidade de pedras nem numa nuvem protoplanetaria seria possível. É nem seria opaca a todos sinais. Mas sem isso ficaria sem história. De qualquer forma, boa diversão.
      Achei os efeitos 3D meio fracos.

      1. É bem por aí, Beto. A leitura de nebulosas no cinema é a mesma que se faz de cinturões de asteroides. Mas, fazendo o papel de advogado do diabo (ou do cineasta), a navegação numa nebulosa pode não depender só de visibilidade, assim como um avião com boa visibilidade, mas sem radar, é um perigo! 😛

  4. Só uma correção, a dobra espacial não é “ciência de verdade”, mas – pelo menos por enquanto – é especulação científica. Não há – repetindo, pelo menos por enquanto – nenhuma prova de que possa realmente existir.

    1. É ciência de verdade na medida em que o Miguel Alcubierre escrever um paper descrevendo o efeito de dobra e publicando num journal com peer review de física é ciência de verdade. Não é tecnologia de verdade. 😉

  5. Salvador.

    Bom artigo mas, “com toda a vênia”, acho q a ficção científica de Star Trek tem tanto valor qto a de Perdidos no Espaço, aquela mesma série com robô e Dr. Smith, de equipamentos com mostradores analógicos e alienígenas de plástico. Com a vantagem desta ser divertida.
    Os que acham ser apenas uma questão de tempo para o homem atingir o nível de tecnologia considerado nestes filmes sempre lembram que há 100 anos atrás o homem não voava e hj temos sondas ultrapassando Plutão.
    Contraponho dizendo que existem criaturas na Terra que já voam há milhões de anos, e as mais rápidas ultrapassam 300 km/h. E os corpos celestes viajam mais rápidos que qq veículo feito pelo homem – a Terra orbita o Sol a mais de 100.000 km/h e em torno do centro da Via Láctea há estrelas q viajam a mais de 1 milhão de km/h. E Plutão não fica em nenhuma “fronteira do espaço”, mas aqui msm, ao lado, se compararmos com as distâncias espaciais. Ou seja, o q o homem fez até o momento não vai levá-lo mto além de onde já foi.
    E qto aos buracos de minhoca, dobras espaciais e outras teorias científicas? Tds boas, como teorias, mas sempre esquecem q o homem é uma evolução de milhões de anos em um planeta específico e não sobrevive em ambientes mto diferentes do nosso. Aí, o q fazer com a aceleração a q o corpo humano seria submetido para alcançar velocidades de dobra? E como criar gravidade artificial dentro das naves? E como se comunicar em tempo real com quem se encontra a trocentos anos-luz de distância (ah, o sinal de comunicação também usa dobra espacial…). E, msm se existisse tecnologia para se fazer td isso, o princípio da conservação da energia (a menos q venha a ser “abolido”), vai exigir q quantidades inimagináveis de energia fossem necessárias para realizar tais feitos.

    Bom, o tempo dirá se o meu ceticismo está correto ou não. Termino dizendo que até um dos melhores escritores de ficção científica – Arthur C. Clarke – errou ao prever q em 2001 já teríamos bases operando na Lua. E isto atualmente é factível, desde q tenha quem pague e aceite os riscos. Algo q a Nasa já abandonou há algum tempo. Fora isso, só “indo onde nenhum homem jamais esteve”!

    Abs.
    Sérgio

    1. Sérgio, você está exagerando forte em colocar Star Trek e Perdidos no Espaço no mesmo saco.
      Note que dobra espacial não gera problemas de aceleração, porque a nave em si não acelera muito, é o espaço que se comprime e se estica. (Teoricamente, funciona. Se um dia saberemos fazer, não sei. Mas só o fato de um seriado dos anos 60 propor um método que, em tese, funcionaria, mas só veria essa demonstração teórica nos anos 90, fala algo sobre o nível de seriedade da série. Que, por sinal, não foi um acidente. Havia uma consultoria científica para a série.)
      Sobre gravidade artificial, é ainda mais simples. Veja o “2001”. Já sabemos como fazer. É só questão de gastarmos o dinheiro com isso, algo que só será feito se não houver meio de contra-atacar os efeitos da microgravidade sobre o corpo por outros meios mais simples.

      1. Salvador.

        A solução adotada em 2001 é a da força centrífuga pela rotação de parte da nave (no caso da Discovery). Funciona, mas haja energia para manter esta rotação em uma viagem de alguns anos-luz…
        Tanto tem se mostrado inviável que mesmo a Estação Espacial Internacional (que está logo aí em cima e poderia ser reabastecida qdo necessário) não há adota, e esta solução nem está sendo cogitada para as viagens (ainda esboços) planejadas para Marte. O problema então, como vc diz, seria o de resolver os efeitos da microgravidade no corpo humano, talvez algo automático se tivermos milhares de gerações sobrevivendo desta forma, para a evolução refazer o seu papel. Isto se Darwin não estiver errado…

        Qto à Perdidos no Espaço, conforme entrevista dada pelo Dr. Smith (Jonathan Harris), a idéia era poupar despesas, daí a mediocridade do q foi apresentada tecnicamente. Tanto q começou de forma mais séria (1os. epsódios), depois avacalhou. Mas acabou cumprindo o seu papel, que foi o de prover diversão. O que quis dizer é q, no meu entendimento, as necessidades tecnólógicas estão tão distantes para atingirmos o q se mostra em Star Trek q o conceito de melhor ou pior tratamento científico simplesmente desaparece.

        Abs.
        Sérgio

        1. Não precisa de muita energia. Uma vez que você coloque pra girar, ela não para mais — inércia! 🙂

          1. Não penso bem assim.
            Se for toda a nave que gira, o deslocamento interno de equipamentos e seus ocupantes, além de qq descarte de material pra fora, vão interferir no movimento. P. ex, se alguém dentro da nave começa a se movimentar no msm sentido em que a nave gira, esta irá reduzir a velocidade de rotação, para que a soma das massas girantes vezes as respectivas velocidades se mantenham, é o princípio da conservação da quantidade de movimento. Além de que, a própria presença de micrometeoritos e msm a luz solar vão interferir se o movimento for apenas baseado na inércia, é o q acontece com os asteróides e cometas.
            Se for como no caso da Discovery do filme 2001, onde apenas uma parte da nave gira, é preciso de energia pois além do movimento interno vai haver atritos no sistema.
            Comparar com planetas que giram só pela inércia não serve de referência, é como comparar o Sol com uma lareira…

            Abs.
            Sérgio.

          2. Naves são colocadas em rotação rotineiramente. A única diferença é que essa seria uma centrífuga grande. Mas se a rotação for perpendicular ao movimento de viagem, não tem grande problema.

  6. Por que a ISS não pode ser utilizada para uma viagem até Marte? Ela é relativamente espaçosa, tem painéis solares e ainda pode ainda receber novos habitats, de maneira a armazenar água e alimentos e talvez uma nave reboque.

    1. Tenta empurrar 400 toneladas até Marte e depois frear para ela entrar em órbita lá. rs

  7. Salvador, você deve curtir ficção científica. Se curte também vídeo game então vai curtir a trilogia mass effect. É muito bom!

    1. Rapaz, estão tentando me converter aos games, mas não consigo. Sou do tempo em que video-game tinha dois botões. É o meu limite de coordenação motora. rs

      1. Olá Salvador, esse também é o meu caso. Tive todos os videogames com dois botões e alavanca. Quando lançaram os modelos com vários botões perdi o interesse.

  8. “O filme também mostra a construção de uma nova Enterprise, e ela se dá no espaço.” – Esta, na verdade, foi uma das principais críticas do filme de 2009, quando a Enterprise (a que foi destruída) foi construída no solo. Neste filme, fizeram uma boa correção em alguns conceitos de JJ, trazendo a franquia para o “lado” mais clássico daquilo que foi visto nos seriado, sem, contudo, ter abrido mão de uma boa aventura. Gostaria que Justin Lin voltasse para um quarto filme, mas que provavelmente terá JJ novamente na cadeira de diretor, para o desfecho da missão dos cinco anos.

    1. É isso aí. O roteiro chega a ironizar isso, quando o Scotty menciona que uma outra nave, a Franklin, foi construída no espaço. 😉

  9. Não assisti ainda, mais o trailer me lembrou bastante MASS EFFECT. Que por sua vez é muito inspirado em Star Trek.

  10. Prezado Salvador
    Seu trabalho é ótimo, parabéns. Sempre que vejo a notícia leio.
    Gostaria de ser incluido na sua lista de remessa dos artigos.
    Fineza incluir meu e-mail na sua newslleter.
    Abraços calorosos do meio da floresta em chamas.
    Valdison
    Manaus – AM

    1. Valdison, não tenho uma newsletter, mas não seria uma má ideia. Por ora, acho que você pode assinar o feed do blog. (Não pergunte como, contudo. Sou péssimo com essas coisas… rs)
      Abraço!

  11. Salvador, você que é um entendido em Star Trek pode me dizer o que significa aquela contagem de tempo deles? São anos decorridos de algum ponto histórico fictício? Seria por exemplo o primeiro contato extraterrestre ou algo parecido? Porque nossa contagem se baseia em antes e depois de Cristo. Agora a da Star Trek eu sempre tive curiosidade de saber porque mudaram a contagem, deve ter ocorrido algo (ficção claro) que marcou o início dessa nova contagem. O que seria?

    1. Não, não tem nenhum sentido prático. Na verdade, o Gene Roddenberry criou o conceito de “data estelar” para não ter de dizer exatamente em que época a série se passava, no início. Ele queria que ficasse claro que era bem no futuro, mas não num futuro tão distante que não pudéssemos nos relacionar com os personagens. Eventualmente se afixou o período da série original como meados do século 23, e todas as outras datas (estelares ou não) foram ordenadas a partir disso. Em Enterprise, série que se passa cem anos antes do capitão Kirk, ainda se usava apenas o calendário terrestre, mas nunca foi abordado na ficção o momento exato em que as datas estelares foram adotadas, ou por quê. Sabemos que foi entre 2155 e 2265.

      Curiosamente, nos filmes de reboot do JJ Abrams, passaram a usar a data estelar como o ano em que se passa a história. Por exemplo, a data estelar 2233.5 seria algo como meados do ano de 2233. 😉

      1. Com os filmes de Abrams é possível saber o dia exato em que se passa a data estelar, pois a data estelar é apenas anos e dias terrestres. Por exemplo, o diário inicial de Kirk no filme Star Trek Beyond se passa em 2263.2, portanto seria o segundo dia de 2263, vale dizer 2 de janeiro de 2263, salvo melhor juízo

  12. a reviravolta do filme é que foi corrida, deixou na imaginação de quem assistiu a forma como ocorreu a mutação do vilão e o quanto isso afetaria a sua mente. A estação espacial em um ambiente sem estrela próxima é burrice total além de que pode haver muitos objetos colisionais. Também fizeram besteira com a nuvem de gás, embora eu concorde que uma nave não deva tentar atravessar uma, o que tem em uma nuvem de gás é gás frio que vai se juntando por gravidade, bem lentamente. Seria uma grande lama fria, uma nave passando por lá perturbaria o sistema de gás e ainda correria o risco de cair em uma bola de gás que estivesse formando uma protoestrela.

    o filme até começou bem, depois vieram as correrias para resolver tudo em um pacote só. Eu acho que a exploração espacial e suas dificuldades vêm sendo deixadas de lado na franquia, tentam imitar Star Wars com batalhas espaciais. Embora possa ser empolgante, são poucos os roteiros de batalhas espaciais que chegam a ficar bons.

    1. Cuidado Spoilers!

      Esse vilão me lembrou muito outro vilão da série Enterprise, que depois do ataque dos Xindi à Terra, se rebela contra a Frota Estrelar e sua iniciativa de acolher as mais diversas raças num esforço de se criar a Federação, em suma, é um purista.

      Esse episódio (na verdade um arco) é um dos últimos da quarta temporada da série Enterprise. O legal é que ele se passa boa parte em Marte e o ator que dá vida a este vilão é mesmo ator que deu vida ao protagonista do clássico filme Robocop.

      O vilão do filme ST sem Fronteiras também é um purista. Para ele foi um erro nos misturarmos com outras espécies.

      Aliás, o vilão deste filme é contemporâneo do Cap. Archer da série Enterprise, ele remonta o mesmo em que a série Enterprise é retratada, inclusive, lutou contra os Xindi.

      Não me surpreenderia se a inspiração direta deste filme possa ter vindo daí da série Enterprise.

      O estranho é ele ter se tornado meio alien e ainda se dizer purista.

      1. não fui assíduo com todas as séries, uma que me chamou a atenção em alguns episódios foi a Nova Geração, principalmente quando abordavam o personagem Data. Mas houve muita pisada de bola na NG, sendo até do tipo para o público infantil com linguagem tentando ser avançada.

        a série que tinha tudo para detonar foi JE-Enterprise, mas fizeram um capitão Archer com sede de vingança mesmo com apelos.

          1. Concordo! Voyager é a mais fantasiosa, foge muitas vezes da ciência, mas a trama é boa. Aguardo ver a série Enterprise, que não consegui ver toda, apenas parte dela.

  13. Achei muito legal o conceito de nave espacial no filme, ou seja uma nave para viajar no espaço e não para vencer a gravidade de um planeta e depois viajar. Esta aí a justificativa de se construir uma nave no espaço.

  14. Caro Salvador, acompanho Jornada há algumas décadas e sou grande fã. Aprecio muito também seu trabalho com a divulgação científica. Vi que você lançou o Guia da saga de JE. Uma pergunta: Ele vai estar disponível em epub? Amo ler, mas moro em um apartamento minúsculo, então estou substituindo o papel pelo digital na medida do possível, pois não possuo mais espaço em casa pra tanto livro. Grande abraço.

    1. Renato, acho que eventualmente a editora vai lançar. Mas acredite em mim quando digo que este livro você vai querer impresso. Ou melhor, não tome minha palavra como fato. Quando passar por uma livraria, dê uma folheada nele. É o que basta. 😉
      Abraço!

    2. Renato,
      Eu ajo como você, mas este livro tem tantas referencias e ricas ilustrações paralelas ao texto, que seria impossível a mesma quantidade e qualidade de informações serem transmitida em versão digital.
      Vá por mim… Você adorará a versão impressa!

    3. Renato, “desapegue-se” de alguma tranqueira (menos da máquina de café) e compre o livro “físico”. Ele vale, e não será o mesmo em versão e-*.

      Agora, de repente o Salvador anima-se a criar um site com todo aquele conteúdo… até porque a minha leitura tem sido bem na forma de hipertexto. Não substituiria o livro, mas deixaria alguns menos órfãos!

      1. mc, não sei se você sabe, mas 17 anos atrás eu comecei um site chamado Trek Brasilis, com o qual ainda me envolvo e para o qual produzi, junto com outros amigos, imensas quantidades de conteúdo sobre Star Trek. Dê uma passada lá: http://www.trekbrasilis.org. Se clicar no Conteúdo Clássico, vai ver que tem um bocado de coisa lá. 😉

  15. Salvador;

    Particulamente, achei o roteiro do primeiro filme melhor, mas a fotográfia desse segunda não teve nem comparação! A Yorktown mostrando nosso completo dominio sobre a gravidade é simplesmente de fazer com que percamos o folego, com construções sobre outras construções, muito parecido com as últimas cenas do Interestelar. Aproveitando isso, pergunto: Salvador, temos algum tipo de pesquisa realizada hoje para conseguirmos “controlar a gravidade”, ou todas as pesquisas passam por entender a singularidade e por fim encontrarmos a teoria de relatividade quantica? No mesmo sentindo, se pudemos ter acesso aos dados da singularidade, teriamos realmente como “controlar a gravidade”?

    Nossa, não consigo expressar o quanto esse tema me deixa animado e interessado e ao mesmo tempo desanimado por saber que provavelmente não viverei o suficiente para ver a descoberta da relatividade quantica e ainda menos para ver suas aplicações práticas.

    hahaha… Seu blog é sensacional Salvador! Parabéns de verdade!

    1. Não há nenhum indício de que possamos controlar a gravidade. Claro, quem pode fazer dobra espacial também pode controlar a gravidade localmente. Mas como não sabemos fazer uma coisa, não sabemos fazer a outra também. rs

  16. As histórias de ficção científicas como as de Star Trek, estão repletas de tecnologias e teorias que com o tempo vão se tornando realidade.
    Alguns exemplos são os atuais tablets e livros eletrônicos que foram nos apresentados nas antigas séries de Star Trek.

    O holodeck já tem o seu nascimento anunciado para os próximos anos.

    Viajar a velocidades acima da luz e teletransporte será uma questão de tempo.

    Podem crer.

    1. Adelson, eu vou um pouquinho além: acho que muitas das “previsões” da ficção científica não são propriamente previsões, e sim ideias “malucas” na época que acabaram inspirando algumas pessoas a torná-las reais. 🙂

  17. Eu continuo com “2001, Uma Odisséia no Espaço”, o filme mais cerebral de todos os tempos.

    Esses filmes comerciais que dão mais destaques aos efeitos especiais, são ótimos para impressionarem/ iludirem jovens aborrecentes, tipo o “EU”, que também pode ser “ELA” cholona., …. em … 4, 3, 2, 1, ZERO, …..

    1. Acho que não tem nem comparação. “2001” é quase “não-ficção” científica, de tão calcado na realidade que é. Não tenho dúvida de que “2001” é um filme superior, e acho que o Eu vai concordar com isso também.

      Agora, sinceramente, acho um preconceito besta esse com filmes comerciais. Eu vou ao cinema para me divertir, então não tenho nada contra a iniciativa de fazer filmes que possam divertir o maior número de pessoas possível. E gosto de muitos desses filmes-pipoca que saem por aí. Como diz o Muricy Ramalho, quer espetáculo, vá ao teatro. rs

      1. Salva…
        Tudo bem! É só diversão Ok! Mas quem se mete a fazer filmes dentro do universo da “STAR TREK” deveria respeitar os apaixonados pela série, ou no mínimo respeitar as diretrizes e os desejos do criador (Pg. 48 – 50 do livro JORNADA NAS ESTRELAS o guia da saga)

      2. Porra, mano Salva!
        Sem essa de preconceito. Eu também leio livros e assisto muitos filmes de ficção.
        Quem é ligado no tema espaço sideral, isso se torna inevitável.
        Sobre teatro, também sou um aficionado, claro que, desde que tenha qualidade.

    2. Tu gosta de mexer com quem tá quieto, né Nicole Cholona?

      Olha aí, sem querer descobri seu nome do MClass!! AHAHAHHA

      “Nicole Cholona, aguenta tudo sem derramar uma lágrima… já que guarda todas pra despejar no blog do Salvador”

      AHAHHA

      CHOLA MAIS, traveca.

  18. Achei o filme bom demais! Muito divertido para um sábado à noite. Lógico que é um filme de ficção cientifica e podemos ficar caçando até encontrarmos “erros científicos” embora a ciência ainda não esteja “pronta” ou “acabada”. Numa época de tantas descobertas astronômicas fica tudo muito mais legal ainda! As homenagens ao Sr Spock foram maravilhosas, emocionantes. A sutileza sobre a vida pessoal do Sr Sulu, embora não me agrade, foi muito bem “arquitetada”. Só não entendi o fato de não terem feito nenhuma homenagem ao Sr. Checov, creio que caberia bem. Quem sabe no próximo filme. Não vejo a hora da estréia do próximo… Vida longa, paz e prosperidade a todos!

    1. Luis, eles fizeram. Ao fim do filme, aparece: “In loving memory of Leonard Nimoy” e, em seguida, “For Anton”.

      1. Nossa… Não percebi o “For Anton”! Agora vou ter que assistir novamente o filme! ah ah ah. Obrigado pela resposta.

    2. Ele morreu após o filme ter sido finalizado e em vias de lançamento, ao contrário do Nimoy. Provavelmente farão alguma coisa no próximo.

        1. Sim, eu vi (estava lá, lembra? hehe).. o que eu quis dizer é uma homenagem “inmovie” ao personagem, do jeito que fizeram com o Nimoy (o spock morreu, bla bla bla), com as fotinhos do elenco original, etc, etc… Não só um “in memoriam” nos créditos finais (que o Nimoy TAMBÉM teve).

          1. Acho que nem cabia, a não ser que eles matassem o Chekov. Acho que não deveriam matá-lo. Sugiro apenas que, no próximo filme, Kirk mencione no diário a falta que o sr. Chekov está fazendo, depois que foi transferido para a Reliant. E pronto. Deixem o personagem viver por aí, enquanto essa linhagem de filmes durar. 😉

          2. acho que não vale a pena porque seria importante terem conseguido “trocar” de ator, o Chekov faz parte do elenco principal, apesar de não ser tão usado. Ao menos já tinham um substituto para Spock sendo que a versão velha era um spoiler vivo dos inimigos do passado, uma boa ideia frente ao monte de besteira que fizeram nos filmes anteriores.

            para mim, esses filmes tem tantos furos que acabam ficando chatos e deveriam prevenir melhor a questão do puramente ficcional com o que haveria de alta tecnologia. Eu até estava aceitando Sem Fronteiras no início e engoli a passagem da nave pela nebulosa como um wtf de um sapo ao invés de elefantes, como no Star Wars onde a velocidade da luz é ultrassônica e todos os planetas estão no mesmo sistema solar (velocidade da luz mais rápida que a luz mas na mesma batida do som, sacaram a merda? Imagina o wtf quando vi aquilo).

            o vilão de Sem Fronteiras até que parecia o fodástico que iria lhe dizer na cara: engula esse sapo, cale a boca e assista até o final dos créditos. Mas o grande erro de Star Trek sempre ressurge: humanizaram tudo.

  19. Vi o filme sábado último em IMAX 3D aqui em Curitiba. Só posso dizer que foi de cair o queixo. A história do vilão é mais ou menos a padrão para filmes de ficção. O que mais me entusiasmou foi a interação entre a tripulação, com seus diálogos aprimorados, sentimentos expostos e claro, os pitacos de humor. Karl Urban parecia ter incorporado Deforrest Kelley no filme. Aliás a interação dele como MacCoy e Zachary Quinto como Spock, trouxeram alguns dos melhores momentos do filme. A homenagem a série clássica e a Leonard Nimoy foi espetacular e emocionante. Enfim, filme imperdível.

  20. Se ela não esta orbitando uma estrela como é que ela é iluminada (inclusive fazendo sombra…)
    E a energia para aquece-la do frio sideral seria muito maior. E também seria muito útil (orbitar uma estrela) para ajudar a localiza-la na imensidão do espaço interestelar. O nome Yorktown vem do nome original que Gene R. daria a enterprise (felizmente mudou de idéia), não há nenhum spoiler do filme nisso…
    Também achei a conclusão do roteiro péssima (me doeu a inteligencia), ficou tudo sem sentido.
    Mais tarde comento com spoilers…. :-))

  21. Se ela não esta orbitando uma estrela como é que ela é iluminada (inclusive fazendo sombra…)
    E a energia para aquece-la do frio sideral seria muito maior. E também seria muito útil (orbitar uma estrela) para ajudar a localiza-la na imensidão do espaço interestelar. O nome Yorktown vem do nome original que Gene R. daria a enterprise (felizmente mudou de idéia), não há nenhum spoiler do filme nisso…
    Também achei a conclusão do roteiro péssima (me doeu a inteligencia), ficou tudo sem sentido.
    Mais tarde comento com spoilers…. 🙂

    1. Também acho. E não é impossível que ela esteja orbitando uma estrela — a luminosidade parece sugerir isso. Só não é mencionado, e o que se diz é que ela não foi colocada em nenhum sistema estelar da Federação para não mostrar favoritismo a nenhum de seus membros. Mas isso não descartaria uma estrela sem planetas habitados.

  22. Salvador,

    Sobre a nova Enterprise-A que é construída no final do filme, aparentemente, ela é virtualmente igual a sua antecessora. Ou você percebeu alguma alteração?

    Poxa, era mote para se mudar algumas coisas, aproximar mais o desenho da nave original ou então, até mesmo da nave que vemos nos filmes originais da franquia (meu design favorito).

    Mas a Enterprise tá linda nesse filme, muito por conta do closes de câmera.

    1. É um pouco diferente sim. As naceles estão mais distantes entre si (reproduzindo mais fielmente o design da série original), a borda do disco é inclinada, de novo remontando à original, e a seção de engenharia também sofreu alterações.

    2. E o núcleo de dobra com está? 😀
      Não ficaria surpreso se daqui a algumas décadas (ou séculos, se a humanidade aguentar…) os engenheiros e cientistas copiarem alguma coisa da Enterprise.
      Lembram do comunicador da série original? Igual aos celulares dos anos 90/2000.
      Claro que a imaginação dos roteiristas tinha limite, num dos seriados a Enterprise consegue viajar no tempo, e a maneira que acharam pra mostrar isso foi num dos indicadores do painel de controle, indo para trás ao invés de pra frente (marcava o tempo acho). O problema é que o indicador era feito com engrenagens numéricas “analógicas” 🙂

  23. Assisti ao filme com grande expectativa. Fui na pré-estreia aqui em BH na semana retrasada. Mas com grandes expectativas vem grandes responsabilidades… digo, decepções.

    Eu achei a historia muito pouco ambiciosa, a história em si é muito episódica, um filme é algo maior, principalmente quando envolve a destruição da Enterprise. (que está linda neste filme!)

    O roteiro, porém é confuso. O vilão é mal desenvolvido, bem como, as suas motivações. Algumas coisas ficam no ar… ele se tornou o cara mau, como se deu isso, como ele conseguiu aquele enxame de naves e um exército? Tudo muito conveniente.

    Aliás, a forma como a tripulação da Enterprise conseguiu, num passe de “tecno baboseira” combater o enxame de naves me pareceu como uma solução de roteiro mal acabada.

    Olha, mas o filme tem coisas boas, salva no filme a interação entre os personagens, o visual tanto da Enterprise como da estação Yorktown, salva o carisma dos personagens sempre muito presentes e o humor é bem vindo.

    Mas para mim o que vale num filme é o roteiro. Talvez tivesse menos cenas de ação e mais cenas para desenvolver melhor a história, com menos conveniências e mais coerência e desenvolver melhor o vilão, o ponto mais fraco do filme no meu sentir, teríamos uma grande filme.

    Trata-se de um filme mediano, o triste é saber de todo o seu potencial e que o filme poderia ter se tornado algo bem melhor do que foi.

    1. Tem que prestar muito a atenção para entender como o vilão do filme chegou ao ponto onde chegou e daí interpretar o que aconteceu. Desenvolvendo melhor isto, o filme poderia ser esticado em uns 10 a 15 minutos ou mais. Ia caber no orçamento?

  24. Olá Salvador. A tal “dobra espacial” seria o tal “buraco de minhoca” que foi citado no filme?

    1. Não, buraco de minhoca é outro tipo de distorção do espaço-tempo, que liga duas partes distantes dele. A dobra espacial produz uma distorção menor e somente numa bolha ao redor da nave.

  25. Star Trek. Tudo de bom… Adoro a idéia da série.
    Ainda não assisti o filme, mas estar estacionado na fronteira do Universo conhecido é, no mínimo, estranho.
    Uma vez na borda, e você terá mais um tantão de Universo para explorar, a menos que a fronteira seja não do Universo conhecido, mas sim do Universo em sí.

    Aproveitando… Gostaria de fazer uma pergunta: Você aceita a idéia do Universo Plano ou prefere a teoria do Universo esférico?

    1. Na borda do espaço conhecido, ou seja, explorado. Na história, além dela há uma nebulosa que dificulta a navegação e que a Enterprise é forçada a entrar. 😉

          1. É mais uma bolha. Vemos a batata chips porque uma das dimensões teve de ser “ignorada”. Mas aquilo ali nas três dimensões geraria uma bola de curvatura.

          2. Acho que ele se refere àquela teoria do universo “membrana”, seriam vários universos paralelos, tipo uma torta folheada (mil folhas em alguns estados), e o big-bang poderia ser o ponto de colisão entre as membranas. Pouca viagem hein? 🙂

          3. Não é questão do que eu prefira. Os dados sugerem que é plano.

            Juro que eu queria entender como isso é possível?
            Então o Universo seria Bolha apenas no espaço em que o observamos? Sim! Porque vemos estrelas e galáxias em todas as direções não é mesmo?
            Para o Universo ser plano, (levando em conta toda aquela baboseira de energia zero) não poderíamos ver galáxias se distanciando em todas as direções como constatamos que está acontecendo agora.
            Ou minha imaginação anda muito “lerda” e não consigo enxergar o óbvio.
            A não ser que em determinadas direções para onde eu olhar, eu esteja na verdade olhando para galáxias que existem em outros Universos.
            Mas isso não explica o distanciamento dos astros, a não ser que as Galáxias estejam sempre pulando de uma Brhamam para outra… Eternamente.

          4. É um engano comum esse. Ele é plano em todas as direções. Quando os cientistas dizem que o Universo é plano, querem dizer que duas linhas paralelas não se encontram e não se afastam, não importa para que direção você as dispare. É só isso. Não quer dizer que todo o conteúdo do Universo esteja distribuído num plano bidimensional, o que obviamente é errado. 😉

    2. acho que o correto seria “na fronteira do espaço explorado”. entendo que as dobras espaciais tenham permitido que a federação conseguisse explorar toda a galáxia, mas acho que nem elas são suficientes ainda para levar uma nave a uma galáxia vizinha, por exemplo. as distâncias seriam incomensuravelmente maiores!!! :-O

      1. Sim, e a Federação não explorou nem mesmo toda a Via Láctea na ficção de Star Trek. É que é meio estranho chamar de espaço “conhecido” só porque é visível, embora não saibamos praticamente nada a respeito dos sistemas planetários ali contidos. Não é na fronteira do espaço “observável”. 😉

  26. Mas taí, achei este filme o mais infantil e surreal de toda a série: acelerações e desacelerações impossíveis, som no vácuo, fontes inesgotáveis de energia… E Yorktown tirada de Encontro com Rama… Ou Esch. Achei fantasioso demais.

    1. Pedro, não vejo isso, não. Star Trek sempre teve acelerações e desacelerações impossíveis (e para isso as naves são todas equipadas com “amortecedores de inércia”, mas não me pergunte como funcionam! hehehe), som no espaço é uma liberdade artística clássica de Star Trek (e neste filme, para efeito dramático, em alguns momentos se faz a transição entre o barulho dentro da nave e o silêncio do vácuo) e não acho que uma sequência crucial do filme estivesse representando sons no espaço — era uma transmissão de rádio que estava sendo *ouvida* na ponte de comando e, de novo, para efeito dramático, os produtores permitiram que a audiência a ouvisse também nas tomadas espaciais. Por fim, nenhum autor de ficção científica tem o monopólio sobre grandes estações espaciais auto-suficientes. 😉

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