Taikonautas a caminho de seu laboratório!
Após mais um lançamento bem-sucedido do foguete Longa Marcha 2F, a espaçonave chinesa Shenzhou-11 está a caminho de um encontro com o laboratório orbital Tiangong-2.
A decolagem aconteceu conforme o planejado, às 21h30 (de Brasília) deste domingo (16), a partir do centro espacial de Jiuquan, no deserto de Gobi. Cerca de dez minutos depois, a cápsula estava em órbita. A bordo, dois astronautas: Jing Haipeng e Chen Dong.
O primeiro é um veterano em sua terceira missão espacial: ele esteve a bordo da Shenzhou-7, em 2008, e da Shenzhou-9, em 2012. O segundo fará sua viagem espacial inaugural. A China tem a capacidade de enviar seus astronautas à órbita terrestre desde 2003, quando se tornou o terceiro país do mundo a desenvolver essa tecnologia, atrás apenas da Rússia (1961) e dos EUA (1962).
A Shenzhou-11 levará dois dias até encontrar o laboratório Tiangong-2. Uma vez lá, Haipeng e Dong passarão um mês a bordo, realizando experimentos. No ano que vem, o módulo orbital deverá receber a visita de um cargueiro não-tripulado.
E o objetivo de longo prazo do programa é a criação de uma estação espacial multimodular chinesa. Ela deve ser começar a ser construída em órbita em 2018 e estar concluída no início da década de 2020.
EVENTOS ESPACIAIS
O lançamento chinês é o primeiro de uma série nos próximos dias. Para segunda-feira (17), a empresa americana Orbital deve lançar um cargueiro privado Cygnus, impulsionado por seu foguete Antares, com destino à Estação Espacial Internacional. Será o primeiro voo do Antares depois de uma reformulação ocasionada por um acidente com o lançador, dois anos atrás.
Na quarta-feira (19), uma Soyuz russa deve partir com três astronautas para promover a rotação de tripulação a bordo do complexo orbital internacional. E, no mesmo dia, pela manhã, europeus e russos tentarão promover seu primeiro pouso bem-sucedido, não tripulado, em Marte. E, claro, com transmissão ao vivo do Mensageiro Sideral, a partir das 11h.
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Ming ling ching ping pastel de flango.
Os chineses já conseguiram chegar ao espaço, construir uma estação espacial, e a única coisa que brasileiro pode fazer (ou só consegue fazer) é tirar sarro… “parabéns” ao povo estúpido varonil…
Ping pong.
Isso é uma afirmação científica real.
O foguete Antares tem alguma relação com o “Incidente” ocorrido no município de mesmo nome, na fronteira entre o Rio Grande do Sul e Argentina?
Certamente não. Antares é o nome de uma estrela muito antes desse “incidente” aí… 😛
Salvador, acho q o Tijolada quis dar uma trolladinha básica pra começar bem a semana: https://pt.wikipedia.org/wiki/Incidente_em_Antares
Eu sei! Eu me lembro da minissérie que fizeram na Globo, baseada no livro! 😉
Se já não leu o livro, leia… É muito bom!
Não li! Lerei!
O livro é excelente, li há muitos anos e qualquer dia relê-lo-ei.
Salva,
Apenas reverberando um pouco sobre o abandono de qualquer política de desenvolvimento espacial pelo Brasil. Há hoje uma falta de um “projeto de nação ” para o país. Aparentemente a ideia dominante é atrelar nosso futuro à de outra potência o que é uma lástima, visto sermos um país enorme e com grande população. Corremos o risco até de perder o pouco que conquistamos na área, uma vez que ciência e tecnologia foram relegados a 4° ou 5° prioridade ou a prioridade alguma e é sempre empreendimento de longo prazo que não cabe improvisação. Há uma conjunção bastante infeliz no momento e temo que decorrerão décadas até um novo consenso se estabelecer e traçar metas ambiciosas nessa área. Quando e se isto ocorrer , a primeira onda do desenvolvimento espacial terá passado ( os de lançadores caríssimos e descartáveis) e provavelmente novas tecnologias de custo bem mais reduzido se consolidado ,o que de certa forma poderá até facilitar a reentrada nessa área como ocorreu em relação á industria aeronáutica.
Acho que é por aí mesmo…
Salvador, voce indicou que os países que detêm a tecnologia para construir um foguete lançador de satélites são: Rússia, EUA, China, Índia, França, Israel, Reino Unido, Japão, Ucrânia, Irã e Coreia do Norte. Mas ainda esquecemos do último da fila!!!! A Coréia do Sul que depois de alguns fracassos conseguiu colocar um satélite em órbita. Lembrei deles porque tenho uma maquete do foguete lançador sul coreano, o KSLV-1 que teve um auxilio russo para acelerar o projeto…o Brasil podia ter feito isto! E olha que já podiamos ter tido um astronauta lá pela decada de 80, mas o governo não se interessou em participar do programa Intercosmos da União Soviética.
Opa, tem razão! Coreia do Sul foi antes de Irã e Coreia do Norte, por sinal.
Salvador, a esta altura do “campeonato”, quais as principais motivações da China em construir estação espacial ou ir à Lua?
Não seria mais fácil hackear os DB da NASA e Russia e pegar os resultados de quaisquer experimentos que quiserem?
Se a colonização de Marte pela iniciativa privada se concretizar, você acha que Agências Espaciais Estatais serão relevantes nos próximos séculos?
Rodrigo, você se esquece de que o principal motivo para fazer essas coisas não é meramente ir até lá, mas colher os frutos tecnológicos do caminho. A China está se tornando uma potência espacial, e com isso vem um bocado de inovação e tecnologia a alimentar diversas indústrias daquele país. Experimentos a bordo de estação ou na Lua são só a ponta científica do iceberg.
Sobre as agências espaciais/iniciativa privada, não as vejo se tornando irrelevantes. Os objetivos são diferentes. E hoje, convenhamos, ninguém na iniciativa privada desenvolve nada se não tiver suporte de uma agência espacial.
Verdade! É mais um sonho meu de ver pioneirismo estelar longe de políticas ideológicas haha.
Espero que a grana da SpaceX, proveniente de Organizações interessadas em lançamentos de satélites, seja suficiente pra dar autonomia à iniciativa privada e a futura colonização de Marte.
Pelo bem da nossa espécie…
A china e os chineses pelos critérios ocidentais não são uma democracia, mas veja salvador, eles tem um norte do que querem como nação, planejam este objetivo e vão atrás dele, enquanto nós aqui neste rincão, numa “democracia” caótica e sem rumo não conseguimos sequer desenvolver um programa espacial para colocar um satélite no espaço e temos PIB maior do que vários países que tem tal tecnologia.
Acho que nosso dirigentes são tão ruins, mas tão obtusos, que jamais conseguiremos desenvolver algo relevante nesta área espacial.
Você acha que estamos condenados ao atraso permanente nesta área e em outras, falando em termos objetivos?
Permanente é permanente demais. Acho que, no horizonte previsível, manteremos o passo do atraso.
Bom dia Salva !
Elon Musk alega que seus custos de lançamento são inferiores aos dos chineses.Procede isto ? E mais, os chineses, assistindo a recuperação (parcial) de lançadores, como a Space X faz já com certa regularidade, não se aventuram a “copiar” a tecnologia ? Eu até entendo o conservadorismo russo sobre isto ,mas dos chineses ?
Qual a sua opinião á respeito?
Abraço
Paulo, de fato, o Elon Musk bate o preço dos chineses. E ele está na fronteira absoluta da inovação em foguetes. Ninguém mais tem um foguete orbital que pode ser reutilizado no momento. Mas a tecnologia deve ser replicada. A Blue Origin já faz reuso com foguete suborbital e tem planos para um orbital. A ULA, joint da Boeing e da Lockheed, pretende recuperar o motor de seu futuro lançador, o Vulcan, para reuso.
Quanto aos chineses, seguem uma abordagem, por enquanto, mais conservadora. O mesmo o faz a Nasa, com seu SLS — o foguete é caríssimo e não é reutilizável. É comum nos programs espaciais nacionais usar o que funciona e é mais seguro. Precisamos de gente como o Musk para “empurrar o envelope”.
Salve Salva!
Tenho uma dúvida, por que não voltam a Lua???
Porque custa caro! Mas voltarão, em preparação para voos a Marte! Guentaí, na década de 2020 veremos humanos orbitando a Lua!
Olá, Salvador!
Os chineses são mesmo um povo admirável. Mas, será que estão mesmo fazendo tudo sozinhos? Veja as roupas dos astronautas e os módulos espaciais… iguaizinhos aos dos russos! Será que a Rússia não dá uma ajudinha aos chineses?
Sim, a Rússia deu consultoria aos chineses, e as naves chinesas são francamente baseadas na tecnologia russa. Mas, a essa altura, são melhores que as russas! E, claro, por mais consultoria que se dê, ainda assim a tecnologia é deles! (E quando digo sozinhos, refiro-me à construção de sua estação própria, as missões interplanetárias e a ambição de ir à Lua com astronautas em 2030.)
Salvador, qual a perspectiva do Brasil ter um foguete de lançamento com satélite com tecnologia desenvolvida no país? E mais, entre os paises em desenvolvimento como o nosso, quais possuem tecnologia própria e já fizeram lançamentos (me lembro da India)?
O Brasil já deveria ter, não investisse tão pouco e tão mal no seu programa espacial. O foguete está projetado desde 1980.
Os países que detêm essa tecnologia são: Rússia, EUA, China, Índia, França, Israel, Reino Unido, Japão, Ucrânia, Irã e Coreia do Norte.
Salvador, a estação espacial chinesa será construída a partir desse módulo tiangong – 2? O que houve com o tiangong – 1? Por fim essa nave shenzhou rivaliza com a soyuz russa ou só cabem 02 astronautas nela? abraço
Samuel, os laboratórios Tiangong-1 e 2 são precursores da estação, que será multimodular. O primeiro está inoperante, mas em órbita. Deve cair de volta na Terra, fora de controle, no ano que vem. O segundo foi lançado há poucas semanas e deve ser usado por alguns anos. E o primeiro módulo da estação (que não fará uso dos Tiangongs) deve ir ao espaço entre 2018 e 2020.
Quanto à Shenzhou, tem capacidade para três tripulantes, como a Soyuz russa.
Salvador, a China e sua agência espacial atualmente estão no mesmo nível do EUA e NASA?Existem projetos sendo executados com a cooperação de ambos os países e agências?
Ainda não estão no mesmo nível, mas estão chegando lá. E o que se sobressai é que estão fazendo tudo sozinhos.
Não há projetos de cooperação entre EUA e China. Há uma lei americana promulgada pelo Congresso que impede cooperação com os chineses.