Astronomia: Um Sistema Solar, muitos mundos
Cientistas precisarão de milhares de anos para catalogar todos os mundos ao redor do Sol.
FELIZ SISTEMA SOLAR NOVO
Apenas duas décadas atrás, parecia que o Sistema Solar havia sido completamente desvendado, salvo por pequenos objetos genéricos. Ledo engano. Hoje, temos a convicção de que ainda levará milhares de anos até que possamos catalogar todos os mundos em órbita do Sol.
EXAGERO?
Foi exatamente isso o que me disse David Gerdes, pesquisador da Universidade de Michigan, nos EUA, logo após anunciar a descoberta de mais um planeta anão nos confins do Sistema Solar. O astro é conhecido pelo código 2014 UZ224, e seus descobridores o chamam informalmente de DD: sigla inglesa para “anão distante”. Com o tempo, ele deve ganhar um nome mitológico apropriado.
PÁLIDO PONTO
Completando uma órbita a cada 1.136 anos, ele é membro do cinturão de Kuiper, do qual o mais famoso dos planetas anões, Plutão, também faz parte. A essa distância, ele não parece mais que um ponto brilhante. Seu diâmetro é grosseiramente estimado entre 400 e 1.200 km.
TIRO NO ESCURO
A descoberta foi feita com imagens da DECam, câmera do projeto Dark Energy Survey. A sondagem tinha como finalidade investigar a misteriosa energia escura, uma força que está acelerando a expansão do Universo. Mas não tardou para que os cientistas percebessem que as mesmas imagens também se prestariam a descobertas de objetos no nosso Sistema Solar.
E NÃO É SÓ ISSO!
Já foram encontrados, com ela, uns 50 astros além de Netuno. E vem muito mais por aí. Diz David Gerdes: “Estou certo de que o 2014 UZ224 não será o último planeta anão a ser descoberto pela DECam”. O astrônomo espera até que as imagens possam ajudar a localizar o hipotético planeta 9, um mundo distante e maior que a Terra, previsto teoricamente no início de 2016.
NO LIMITE
“Mas mesmo um instrumento tão poderoso quanto a DECam não poderá encontrar tudo”, destaca Gerdes. “Ainda haverá mais planetas anões para descobrir daqui a centenas, talvez milhares de anos.” É o Sistema Solar nos convidando, hoje e sempre, a calçar as sandálias da humildade.
A coluna “Astronomia” é publicada às segundas-feiras, na Folha Ilustrada.
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Muitoo bom o artigo, acabei de deixar o site como favorito para sempre estar seguindo!!! Obrigado !!!
VALEU!
Isso é uma afirmação cientifica irreal (não temos certeza de nada)
São apenas pequenas bolas de gelo sem vida, muito distantes da zona habitável e não servem nem pra garimpo devido o custo/benefício.
A única importância é mapear a sua localização para que os futuros navegadores levem isso em conta em suas cartas/mapas estelares.
Não diria que são sem vida. Muitas delas podem ter oceanos subsuperficiais. Agora, sem dúvida podemos dizer que, no limite, têm vida que estará para sempre fechada em seu próprio mundinho particular…
Isso é só o início do começo … não descobrimos nem 1/1000 do que acontece aqui em nosso quintal. A vida rola ém outras frequências, densidades, etc.. O universo real é infinitamente surpreendente e indecifrável.
O que eu não entendo é como um objeto pequeno que está a mais de 13 bilhões de kms de distancia, ainda assim esteja capturado pela gravidade, e orbita um Sol, que em comparação a outras, pode ser considerado uma estrela pequena. Como o Sol pode ter “poder” em algo tão distante assim???
Simples. Basta não ter nada mais perto com gravidade suficiente para competir. 😉
A atração gravitacional não tem limite de distância, apesar de ser inversamente proporcional ao seu quadrado. Há objetos em órbita do Sol a um ano-luz de distância dele, nos confins da Nuvem de Oort… Como mostrou bem o Salvador, é só não haver outro objeto atraindo-o, ele permanecerá em órbita para todo o (quase)sempre… 🙂
Já que falaram em Plutão…, houve alguma nova publicação de fotos ou de análises sobre o que foi descoberto?(após Agosto2016)
Ceres, está finalizado a explicação sobre os pontos brancos: são depósitos de sais? algum específico?
E a Juno, nada ainda fora o que já postou? parece que já passou raspando, mais 3 vezes desde então?
Sobre Plutão, tem papers pingando aqui e ali, mas o grosso já foi. Agora não vai ter nenhuma publicação-monstra, conjunta. Agora é cada time com seus dados, e as coisas virão aos poucos.
Ceres, sim, eram depósitos de sais. Ainda trabalham para modelar o interior da superfície e entender a geologia do planeta anão. E têm a vantagem de que a Dawn ainda está por lá, colhendo mais dados numa missão estendida.
Juno, vai fazer novo periélio agora no dia 19 (só fez dois antes desse, um na inserção orbital e o outro do meu último post). Mas não está tão “nominal” quanto a gente gostaria. Mais sobre isso em breve. 😉
DEPOSITO DE SAIS DE CALCARIO,= ESCLERAS VIVAS OU MORTAS. SUPOSTAMENTE OS DEPÓSITOS AQUI DA TERRA ESTÃO ESCLERAS GIGANTES, SRRSR
Olhos eclodindo em Marte neste momento, de ódio, por não ter lembrado deles!
E as lesmas gigantes, alinhadas apogeu-perigeo com hecólubus em peixes, nibiru na esquina.rsrs
abs
1. Seria teoricamente possível que um mundo a essa distância tivesse atividade vulcânica capaz de manter água em estado líquido?
2. Seria teoricamente possível que tal mundo tivesse atividade vulcânica suficiente para manter essa água em estado líquido por tempo suficiente para o surgimento de vida extremófila?
3. Seria teoricamente possível que seres extremófilos habitassem um mundo a essa distância?
4. Seria eventualmente possível, teoricamente, que seres extremófilos evoluíssem até desenvolver inteligência?
1. Vulcânica, não. Mas geotérmica, sim.
2. Por que não? Evidências de um possível oceano sob Plutão parecem sugerir que sim.
3. De novo, por que não?
4. Aí tenho bons motivos de por que não. 😛
Quais os motivos?
Quão improvável você cravaria, usando um chute consciente? 5% de chance? 1% de chance? 0,01%?
0,000001% de chance.
Vai faltar fotossíntese. Aí vai faltar oxigênio livre. Aí vai faltar metabolismo complexo. Aí vai faltar pluricelularidade. Aí vai faltar inteligência. Simples assim.
Salvador , digamos que se alguma civilização distante, ou não, quisesse se comunicar,(ai questão do paradigma, talvez não tenham sistema auditivo) , dai não evoluíram a comunicação via frequência AM-FM, e optam por produzir hologramas, usando tecnologia ,assimilando recursos naturais das estrelas,(no caso explosoes solares etc.) como os antigos egípcios faziam para obter luz e energia noturna,(alinhamento de plismas com estrelas)etc…. Eu imagino que uma possível tentativa de comunicação, de civilizações extra-solares ou não, se “Pareidoliaria” parecido com isto ai! Principalmente neste período de alinhamento, salpica , sol terra,–oposição– lua vermelha– Urano– Hecolubus- Nêmesys-Peixes.etc..
link>> https://drive.google.com/drive/folders/0B5cxGBQGeFpcVTBEa2Rpa3ExaFk?usp=sharing
Pareidolia ou não , impressionante!!
Alguém aí com saudade? rs
Uma coisa que ele falou faz sentido…. talvez outras civilizações tenham sentidos diferentes dos nossos. Se habitam uma atmosfera mais rarefeita (ou muito mais densa) talvez não tenham desenvolvido a audição.
Concordo! A vida vai se adaptar às condições de seu ambiente.
Que foi que eu disse!!! quem procura sempre encontra. rsrs
Muita! Kkkk
Bertinho, a busca de sinais inteligentes acontece em padrões nas onda eletromagnéticas, não em imagens ou sons. Ninguém são (ou sério) está a procurar filmes ou músicas alienígenas. Paro por aqui.
O resto de seu comentário voltou ao padrão doidão de sempre. Ou à falta de padrão. Ou ambos.
Bertinho…”Salpica” sol terra, via frequência AM-FM Transamérica/Antena1 com luz noturna alinhada de plismas com estrelas para possível comunicação com a Terra .
É demais, ahahahahahah.
O que somos nós nessa imensidão do universo?
Hummm… seres humanos?
Vc voltou tão bonzinho! Nem parece o mesmo. Muito tempo de férias. rsrs
Só tô me aquecendo, Raf. E outra, todo meu “potencial” é desbloqueado quando a notícia vai pro UOL. Aí sim, me divirto… 😀
He! He! Perfeito!
Salva, não faz muito tempo que li que um grupo de pesquisadores fizeram uma varredura na “borda” do sistema solar e disseram que não deveriam existir muitos planetas-anões além dos conhecidos (claro que esperavam a descoberta de mais alguns menos luminosos).
Agora aparece uma outra pesquisa falando que existem muitos mais!
Interessante como tudo muda quando se consegue enxergar um pouco mais 😉
Agora uma dúvida: do que se trata esses outros 50 astros? Candidatos a planeta-anão?
Grato.
Esses são KBOs clássicos — cometões guardados lá nos confins do sistema, no cinturão de Kuiper.
E é verdade que ninguém esperava encontrar muitos “Plutões” lá fora até recentemente. Agora, a perspectiva mudou. Pelo menos uma centeninha é capaz de ter…
Por que todos os planetas (até Netuno) têm nomes ligados à mitologia e Plutão (Pluto) homenageia o cachorro do Mickey?
Hahaha. Bem, é um nome mitológico, claro. Mas outra razão para a escolha é que sua descoberta era uma obsessão de Percival Lowell. PL. Plutão. 😉
Plutão é o nome do deus romano que comanda o mundo dos mortos. É o mesmo deus Hades, dos gregos. Assim como Júpiter (romano) é Zeus (grego), Mercúrio (romano) é Hermes (grego) etc etc.
Mesmo que demore menos, qual seria a vantagem de sabermos?
Poderiamos mandar alguns políticos para lá??
Nossa que chatão vc, vai pra coluna de política, aqui é astronomia..
Conhecimento nunca é demais e no seu caso, mostra-se muito necessário. Quem sabe se aprendesse algo de útil não seria mais criativo ao tentar ser engraçado?
Isso. Manda os políticos pra lá. Daqui a pouco ouviremos falar no desfalque na PetroPluto.
Para complementar o final do seu excelente texto, Salvador, e com sua permissão , acrescento este pequeno texto de Albert Einstein : ” Vejo a natureza como uma estrutura magnifica que podemos compreender apenas imperfeitamente, e que deveria inspirar em qualquer pessoa com capacidade de reflexão um sentimentos de humildade”.
Salvador, você provoca e depois vai reclamar. Quando cita o hipotético planeta 9,….rsrs
Já, Já… a turma Nibiruta, virá em peso! Aguenta dar explicações! kkks
Bem, eu não posso fazer nada. Não vou deixar de lado o planeta 9, que virou uma controvérsia legítima e empolgante na astronomia, só porque tem gente que curte Nibiru, que nunca foi uma controvérsia legítima na astronomia… rs
Vai eclodir olhos por lá, na linha apogeu-perigeu com hercólubus em peixes, já…já…rsrs
Bingo!!!
Salvador, uma pergunta sobre os milhares de objetos também presentes entre Marte e Júpiter, o nosso famoso cinturão de asteroides: As sondas que vão a Júpiter ou além levam em consideração na travessia além de Marte as órbitas desses asteroides? Ou vão atravessando essa região “na raça” considerando que a quantidade desses pequenos mundos é rarefeita o suficiente e portanto é pequena a possibilidade de oferecer perigo a uma colisão com uma pequena nave?
Paulo, claro que as rotas são planejadas para não encontrar nenhum dos asteroides conhecidos — embora isso seja muitíssimo provável sem cuidado algum. Ainda assim, há um risco mínimo, uma vez que há muitos asteroides desconhecidos.
Salvador, se eu estivesse coordenando o projeto, mandaria a nave simplesmente, roletar. Afinal, mesmo que eu quisesse planejar um encontro desses as chances de sucesso, sem medições e correções constantes, seriam desprezíveis. Além disso, basta uma pedrinha do tamanho de uma bola de gude para acabar com uma nave. E obviamente, é impossível localizá-las, e elas são a imensa maioria.
É por aí. Imagino só que os caras tenham um certo cuidado com os maiores, como Ceres e Vesta, porque sua influência gravitacional pudesse alterar o rumo da sonda. Mas, fora isso, as chances de colisão são mínimas.
Mesmo estando tão longe, ainda assim é possível que a luz do sol chegue até o planetinha e o ilumine a ponto de fazê-lo detectável em luz visivel? Como seria a luz do sol em sua superfície? Algo como a da lua cheia aqui na Terra? E o tamanho do sol visto de lá?
O Sol apareceria como uma estrela bem brilhante. Não fiz as contas, mas acho que com mais brilho que a Lua cheia, até. E sem dúvida a luz chegaria lá em quantidade suficiente para iluminar de forma tênue a superfície.
Podemos calcular:
O corpo está hoje a 90 UA’s do Sol.
Usemos a fórmula para cálculo de área da esfera: Área = 4.pi.r², ou seja: 4 pi vezes raio ao quadrado.
O UZ224 está hoje, a 90 UA’s do Sol.
A terra está a 1 UA do sol.
A relação seria de :
4.pi.1.1 / 4.pi.90.90 = 1/8100
A grosso modo, o sol lá é 8100 vezes mais fraco que aqui.
O brilho da Lua cheia, é de 0,25lux, enquanto o do sol do meio-dia é de 100.000 lux.
100.000/8100 = 12,34lux.
O sol brilha lá, a 12,34 lux, o que significa dizer que é 50 (12,34lux/0,25lux) vezes mais forte que o brilho da Lua cheia aqui na Terra.
Esses cálculos estão com alto grau de imprecisão, por conta das diferenças de atenuação de nossa atmosfera, e da dele(?), da diferença de energia entre os diversos comprimentos de onda, etc…
Mas dá pra imaginar que ele seja iluminado por 50 Luas.
Mas, em algo dessa ordem de grandeza, nem precisamos nos preocupar com isso
Quem sabe faz ao vivo! Ô loco, meu, brincadeira! 🙂
Muito bom este cálculo. Demais. Parabéns
Gostei muito de seu raciocínio e de seus cálculos. Parabéns e muito grato por isso!
Há um site no portal da NASA que simula como seria o brilho na superfície de Plutão conforme a hora do dia (lá). Eu fiz uma vez e o brilho que incide sobre Plutão ao “meio dia” de lá é equivalente ao final da tarde (17:30) aqui na latitude de SP, mas não lembro se era em uma estação do ano específica ou se era na data que eu fiz a simulação. Ou seja, até daria pra enxergar razoavelmente as coisas por lá. Mas esse sol não esquenta nada… lá é quase zero absoluto.
Aqui está o site: http://solarsystem.nasa.gov/planets/pluto/plutotime . Às 19h16 teremos hoje aqui na terra o mesmo brilho do que Plutão tem no momento de maior incidência solar.
Mas isso em Plutão. Esse planeta anão aí é mais longe um cadinho. 😉
Incrível que esse site sabe até que estamos em horário de verão.
Não é tão complicado, pois o site provavelmente se baseia no relógio do PC que o está acessando.
Inclusive isso é um dos “argumentos” que os Terraplanostras usam pra dizer que a ISS é mentira e os sites que mostram a posição dela são falsos. Como os sites usam uma instrução que pega o horário do PC para calcular a posição da ISS no mapinha online, basta mudar a data e hora do PC para que o mapa mostre a ISS em uma posição diferente NO MAPA… claro que se você adulterar o horário, esperar a estação passar sobre sua cidade, e olhar para o céu, NÃO VAI VER NADA. MAS se estiver no horário correto, e fizer isso, vai conseguir ver ela passando..
Mas como são imbecis burros acéfalos ignorantes e analfabetos, pra eles é suficiente pra mostrar que é “tudo uma farsa” e que a “NASA mente”.
Sim, entendi seu blablablá. Mas eu apenas quis dizer que o site percebe que estamos no horário de verão, achei isso interessante. E não, não é por causa do horário do meu PC. Basta simular que estou em outra cidade, onde não tem HV, que ele calcula também.
Você está vendo terraplanílsons onde eles sequer estão. Freud explica.
Tijolada, você viu na resposta do Eu(TM) algo que ele não quis te acusar. Ele apenas explicou a correção e disse que os tais defensores da Terra Plana usam isso para distorcer os fatos em favor deles, algo que eu não sabia que faziam.
E o Eu se alongar desse jeito numa resposta indica que ele resdpeitou seu comentário e procurou ajudar, não achincalhar.
Dezenas de milhares! É um risco este ai cair em nossas cabeças, mas não se preocupe isso só acontecerá em dezenas de milhares ou centenas de milhares de anos. Os termos mais usados na astronomia: E se, será, talvez e famigerado dezenas de milhares.
Lá no primário, minha professora, a tia Luísa, me ensinou que usamos diversos sistemas de medidas de espaço ou de tempo de acordo com o que se quer medir ou quantificar. Como o universo é muito grande (sabia?) são necessários o uso de medidas de espaço e tempo de maior escala. Sua professora não ensinou isso pra você, não? Tia Luísa ensinou também que hipóteses (será? Talvez?) são a parte mais importante na produção do conhecimento científico. São perguntas (hipóteses) que os cientistas fazem aos seus objetos de investigação (mas não são quaisquer perguntas por que uma hipótese é sempre baseada num conhecimento prévio, provisório). Um dia alguém levantou a seguinte hipótese: será possível enviar e receber informações para qualquer lugar do mundo de forma bem rápida? Aí surgiu o telefone, a televisão, o fax, a internet…Você andou faltando na aula, né?
Até onde sei, não existe o menor risco disso acontecer, aparentemente a órbita desses planetas anões não têm nada a ver com a órbita da Terra e nem com a de nossos “vizinhos”.
Exato.
Salva,
Gostei da estratégia! … Publicar as afirmações “infelizes”, e dar um tempo para que seus seguidores façam o trabalho sujo!!! rss
Sim, um dia o Sol vai cair sobre nossas cabeças, mas falta muito. Nibiru chega antes, mesmo que os céticos insistem em não querer.
É só falar com o Bertinho, nibiru tá na esquina, hercolubus em peixes, nemesys alinhado apogeu- perigeu.
Vcs dois vão se dar bem, muito bem! Cuidado somente com os olhos?