Os violentos suspiros de uma estrela binária à beira da morte como supernova

Combinando o poder de quatro dos mais poderosos telescópios do mundo, um grupo internacional de astrônomos com participação brasileira conseguiu enxergar o que está acontecendo no interior de uma nebulosa onde mora um par de estrelas altamente instáveis que podem detonar como uma supernova a qualquer momento. E vale dizer que você não gostaria estar lá para ver de perto.

O astro é conhecido como Eta Carinae, e é uma das estrelas mais fascinantes do céu noturno no hemisfério Sul. Localizada a cerca de 7.500 anos-luz da Terra, ela passou a chamar a atenção dos astrônomos em meados do século 19, quando subitamente se tornou a segunda estrela mais brilhante a olho nu, entre os dias 11 e 14 de março de 1843, antes de voltar a seu baixo brilho usual.

Desde aproximadamente 1940, ela tem aumentado constantemente seu brilho. Observações telescópicas mostram que uma nebulosa que lembra vagamente um homenzinho com dois braços abertos — e por isso ganhou o nome de Nebulosa do Homúnculo — se formou ao redor da estrela binária, ocultando-a de vista.

Tanto que, durante muito tempo, a maioria dos astrônomos achava que se tratava de uma única estrela, gigantesca, com até 200 vezes a massa do Sol. Foi o astrônomo brasileiro Augusto Damineli, da USP, o primeiro a apontar que devia ser uma estrela binária, que sofre um “apagão” periódico quando uma delas passa à frente da outra do ponto de vista de observadores aqui na Terra — fato que foi confirmado em 1996.

Agora, os pesquisadores estão literalmente se aprofundando nos estudos dessa estranha binária, em que pelo menos um dos membros está prestes, astronomicamente falando, a detonar como uma supernova. Considerando o tempo que a luz leva para chegar de lá até aqui — 7.500 anos –, pode até já ter acontecido.

Ao combinar os quatro telescópios de 8 metros do VLT, o Very Large Telescope, do ESO, eles conseguiram obter imagens com resolução superior à do Hubble do interior da nebulosa, revelando o choque violento dos ventos de radiação e partículas gerados pelas duas monstrengas internas. As observações de cada um deles foram combinadas para gerar uma só imagem, por interferometria, numa configuração do conjunto conhecida como VLTI.

O grupo de astrônomos liderado por Gerd Weigelt, do Instituto Max Planck para Astrofísica, na Alemanha, teve a participação de três brasileiros: Augusto Damineli, da USP, José Groh, da Universidade de Dublin, na Irlanda, e Mairan Teodoro, do Centro Goddard de Voo Espacial da Nasa, nos EUA. O trabalho da equipe internacional acaba de ser publicado no “Astronomy & Astrophysics”.

Confira a seguir um papo rápido que o Mensageiro Sideral travou com o sempre inspirado e simpático Augusto Damineli.

Augusto Damineli, da USP, o craque brasileiro especialista em Eta Carinae.
Augusto Damineli, da USP, o craque brasileiro especialista em Eta Carinae.

Mensageiro Sideral – Parece que estamos, literalmente, fechando o cerco em torno de Eta Carinae para desvendar o que rola no interior da nebulosa do Homúnculo. Agora, já podemos ver o choque dos ventos das duas estrelas. Essa é a primeira evidência adicional de que se trata de um astro duplo, depois da previsão dos eclipses feita por você?

Augusto Damineli – A principal prova da binaridade foi a confirmação de que o ciclo é perfeitamente periodico. Isto foi feito no apagão de janeiro de 1998. A partir disso, já foram publicados quase 300 papers, todos em base da duplicidade. As observações atuais fotografam diretamente o choque dos ventos.

Mensageiro Sideral – Imagino que vocês já tivessem feito algumas modelagens do que estaria acontecendo lá dentro, ou tivessem pelo menos alguma expectativa do que ver, antes de pedir tempo no VLTI. Os resultados bateram com as expectativas?

Damineli – A partir do fato de que as 2 estrelas do sistema são muito luminosas, em 1996, fiz uma previsão de deveria haver uma colossal colisão entre seus ventos, gerando um plasma de milhões de graus e que o sistema deveria ser uma forte fonte de raios X. Isso foi confirmado pelo telescópio espacial Chandra e levou alguns astrônomos jovens a se aventurarem numa empreitada de simular em computador essa colisão de ventos. Os programas computacionais da época eram adaptados dos que simulavam ondas de choque de explosões nucleares e não reproduziam bem o que se observava. Os cálculos passaram então a ser feitos em duas dimensões e mais recentemente em três dimensões. Esses últimos indicavam que o vento da estrela maior deveria dominar o da menor e criar em volta dela uma concha oca, que estaria aberta para o nosso lado durante cinco anos e ao passar pelo periastro, a estrela menor passaria atrás da maior. Alguns astrônomos preferiam admitir que a orientação da órbita fosse ao contrário: a menor para nosso lado no periastro. As medidas do VLTI provaram que a concha de ventos está orientada no espaço exatamente como previsto pelo time com quem trabalho.

Mensageiro Sideral – O VLTI é um instrumento muito particular e, desconfio, único no mundo. Quatro telescópios de oito metros ligados por interferometria é um bocado. Eles eram o único caminho para fazer essa observação no momento?

Damineli – A interferometria com o VLTI é uma máquina fantástica. Já haviámos tentado fazer a mesma coisa com o telescópio espacial Hubble, mas ficou claro que precisariamos de um instrumento capaz de produzir imagens 10 vezes mais nítidas (50 mil vezes mais detalhadas do que enxergamos a olho nu). Além disso, o VLTI permite fazer imagens Doppler, ou seja fatiar a imagem em faixas de velocidades e ver quais partes do gás da colisão está vindo em nossa direção e quais estão indo para trás e para os lados. Isso foi crucial para interpretar comparar as observações com os cálculos computacionais.

Mensageiro Sideral – O que falta para definitivamente entendermos todos os mistérios que cercam Eta Carinae? Quais são os próximos passos?

Damineli – A ciência funciona assim: cada resposta gera várias perguntas novas. Ou seja, o progresso gera muito mais desconhecido do que conhecido. Há pouco mais de 500 anos atrás, havia uma pergunta: o que encontrariamos se fossemos navegando cada vez mais para Oeste no Oceano Atlântico? Quando encontraram a América, obtiveram a resposta. Aí surgiram inúmeras perguntas: qual o tamanho da América, que animais, vegetais, minerais e povos existem nela?

Hoje mesmo, meu time resolveu parar para fazer um levantamento de quais as perguntas que queremos responder até o próximo periastro (fevereiro de 2020). Depois de 1,5 horas de Skype entre 13 pessoas, não conseguimos esgotar a lista. A pergunta principal foi: como poderemos ver diretamente a estrela secundária? Qual a sua natureza (massa, luminosidade, temperatura, taxa de ejeção de massa)?

Mensageiro Sideral – Numa nota pessoal, é curioso um astrônomo ganhar uma identificação tão forte com uma estrela como você com Eta Carinae. Como você encara isso, essa sensação de que essa é a *sua* estrela?

Damineli – Felizmente não entrei nessa de tê-la como “minha”, senão teria ficado enlouquecido com a quantidade de “amantes” que ela tem. Vi mais de um astrônomo querer ser o “dono” dessa estrela e acabar amargurado. Essa é uma maldição que acompanha eta Carinae.

É claro que na ciência existe competição para conseguir superar o que outras pessoas fazem. Mas, como numa seleção de futebol, se você não passa a bola, o time não faz gol. Um time congrega muitas especialidades que os participantes individuais não dominam totalmente. Sempre que alguém nos deixa de boca aberta com sua técnica, o convidamos para trabalhar junto e o ajudamos a divulgar seu trabalho. Temos trazido jovens brilhantes para esta área e fica cada vez mais difícil ficar na crista da onda. O José Groh e o Mairan, meus ex-alunos de doutorado, conhecem mais do que eu a complexidade deste sistema. Mas ainda não pendurei a chuteira para virar só treinador.

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Comentários

  1. Salvador, supondo que os GRB viessem na direção da Terra, daqui quanto tempo eles chegariam aqui mais ou menos?

  2. Salva, boa noite. Estou nesse instante observando da zona sul de São Paulo um ponto muito luminoso no céu na direção sudoeste… Além de ser muito tarde para ser vênus, me parece bem mais luminoso do que vênus costuma ser… Me parece fora da eclíptica também…

    1. Era Vênus sim. Até aproveitei sua oportuna aparição para gravar um vídeo-demonstração explicando por que estrelas não aparecem em cenas espaciais.

      1. Nossa! Vênus estava visível até 22h? Primeira vez que vejo ele até tão tarde… Me pareceu que ele se pôs um pouco mais ao sul do que o Sol, mas posso estar enganado… E acho que estava tão brilhante exatamente por ter se posto muito após o Sol, com um céu mais escuro que o normal… Acertei?

    1. Quando a luz chegar aqui, vai sim. Muito fácil. Tipo, estrela mais brilhante no céu (fora o Sol), com folga.

      1. Seria possível inferir uma referência quanto ao brilho visível a olho nu? Tipo uma lua cheia? Tipo um quarto crescente? Menos? Mais?

  3. Para os que tiverem dúvida, como eu, do que significa GRB, eu descobri no google: Grêmio Recreativo Barueri…

    Se essa resposta não for satisfatória, pedirei aos que a citaram que não nos deixe na mão…

  4. Achei interessante a matéria, mas so fascinado é pelo planeta Júpiter. Meu amigo Salvador na sua opinião a sonda juno está sendo uma grande decepção ou as informações estão sendo todas só para o pessoal da nasa (usa) estou sempre com você. Grande abraço

    1. Elivando, a missão da Juno está passando por dificuldades — como, aliás, acontece com toda missão –, mas os resultados científicos são espetaculares até o momento. Talvez sua frustração venha do fato de que ela não está estudando exatamente o que você quer saber em Júpiter. Seu objetivo é decifrar a estrutura interna e a formação desse planeta. 😉 Abração!

  5. “Êta , êta, êta, êta
    É a lua, é o sol
    É a luz de Tieta, êta, êta”

    me fez lembrar do “sucesso” dos anos 90.

  6. Salvador, uma pergunta:

    Quando falamos de sistemas binários, como é o caso de Eta Carianae, qual a distância média – em unidades astronômicas – entre as estrelas?

    1. Há sistemas com todo tipo de distância, de dezenas de milhares de unidades astronômicas até uma distância do tipo Terra-Sol, ou menor. No caso de Eta Carinae, a distância média entre as duas é de 15 UA (ou 15 vezes a distância Terra-Sol).

        1. Bem mais perto, algumas centenas de anos-luz. A não ser que ela emita disparos de raios gama bem na nossa direção, aí essa distância já poderia nos prejudicar. Mas a chance de ela acertar o alvo desse jeito é quase zero. 😉

  7. Interessante lembrar que o “homúnculo” de eta carina é observável através de um telescópio amador..Eu mesmo ja vi várias vezes por um tele de 180mm e 300mm. Muito interessante ver aqueles dois lóbulos com os próprios olhos….

  8. Falando sério Salvador, você conseguiu ver as duas estrelas e o tal choque dos ventos que formam a concha de plasma? Só vi um borrão amarelo envolto por manchas avermelhadas, mais nada.

    1. As duas estrelas ainda não foram visualizadas. O choque dos ventos eu vejo, mas claro que não sei interpretar. Naturalmente houve simulações para gerar qual borrão seria esperado, o que ajudaria a compreender o resultado.

  9. Uma dúvida tenho, mestre: não existe nenhum sinal, algum fenômeno que ocorra momentos antes que seja um “aviso” 100% exato da explosão iminente? Medo dessa desgraça de raios gama acertar a gente em cheio.. rsrs

  10. Na verdade Eta Carinae já pode ter explodido quando a civilização ocidental dava seus primeiros passos com os gregos, e o flash de supernova ainda vai demorar outro tanto pra chegar até aqui, coisas do Universo.

  11. Existe algo muito errado com as informações de governo e pesquisadores:

    O relógio do mundo não bate para todas as pessoas. Posso garantir que
    eles estão aqui, é tão maravilhoso a ponto de transformar minhas esperanças!

    um abraço!

  12. O Dr. Augusto Damineli Neto sempre foi um pesquisador que perseguiu seu alvo com tenacidade e eficiência. Parabéns a ele pelos resultados obtidos.

  13. Salvador, vai precisar de muitos harmônicos síncronos ressonantes; a razão de (2)duo-hexacimal, para Harmonizar tudo isto em um Unisonos (super Nova). como o cara estava dizendo la na reportagem da Lua,que não entendia o porque da razão de 6 graus(intervalo de 4-Quarta-aumentada(sus) ou 5-quinta diminuta(Tritono=TT ), de inclinação da lua, mas o total não esta 12= hexadecimal?, rsrsr (hexacimal + hexacimal)= Lim 1/12 ao + infinito de x como lim 12/1 ao +infinito de (x), estando x +-[1/12] x infinito de x, aperfeiçoamento da teoria de Luis Brogle pelos pós-.Jônicos. srssrs assim também se fez o BIG-BAM (Haja Lusssssssssssssssssss(6666666666666666666666663210-1/12-arYtYmetica-pitagórica), o Universo de Quasares, Buracos negros e galaxias e átomos e matéria Clara(elétrons-fótons e a escura(sub-prótons e sub-eléfons(bósons)=BH12.

    1. Affee… até eu concorda agora Salva, esses comentários do Pessagno deviam ficar de molho por uns tempos..

    2. To fazendo igual ao salvador falou, o pouco esta muito, alguém vai entender o que escrevi outros não. Como tenho dito antes, estou no veto,r físico-química e não químico-física;(plasma), para explicar a teoria da pós-relatividade e =dualidade,(2- hexacimal(hexagonal)) da matéria=((frequência-Senoidal)=Duo-plasmo-aritmética).Daria muitas e muitas e muitas, linhas, e ninguém iria entender as (fono-picto-logo-grifos) no final, e daria no mesmo pra uns e outros não.

  14. Salvador, me permita um comentário “extra”.
    Há alguns minutos, comentei sobre “juizeco” e na minha opinião, “senadorzeco”, é phod….!

    Há mais de 19 anos, eu li uma matéria na “Folha de SP” (impressa), sobre o nosso Augusto, anunciando sobre Eta Carinae, ser um sistema binário. Ainda resta uma esperança para o futuro da Ciência e da Educação neste nosso Bras(z)il.

      1. Falando nisso, Brazil é escrito assim lá fora porque desde o tempo anterior à descoberta já se escrevia com z… Foram uns idiotas brazileiros que inventaram de trocar o z pelo s, em 1946, preferiram ser brasileiros, talvez para afirmar a nossa “identidade nacional”.

        1. Prezado,

          Somos “brasileiros” porque denotam a profissão de “trabalhadores de pau brasil” e não “brasiliense” como se esperaria de um adjetivo pátrio. Se você despir-se do seu “deslumbramento provinciano pela Europa”, veria que isso é muito bom. Denota qualidade de um povo trabalhador, como os marinheiros, os roceiros, os pedreiros.

  15. O problema reside em interpretar essa “arte” de computador.
    A grosso modo, tá mais para um choque entre dois asteroides.

  16. Salvador, excelente matéria e com a entrevista junto do Dr.Damineli então, ficou melhor ainda.
    Esclarecimentos do que sabem até o momento, a nível altíssimo.
    Vejam o último parágrafo da entrevista.
    Aí está a essência do caráter do Dr.Damineli. E que muitos de nós precisamos nos espelhar.
    Um conhecimento fantástico sobre o assunto e humilde para dizer que onde está, onde trabalha, se você não passa a bola, o time não faz gol…..e que… 2(dois) ex-alunos “dele”, jovens brilhantes, foram convidados a trabalhar juntos e que conhecem mais do que ele da complexidade do sistema.
    Parabéns.

  17. Se estrela maior explodisse, menor conseguiria resistir a explosão?
    Qual a distancia média entre as estrelas?
    Ambas as estrelas são tão furiosas ou só a maior?
    Estrela menor pode crescer a partir da massa ejetada da estrela maior?

    Fechando bem a semana heim Salvador, o homem não pára sô!

  18. Reveladora e muito producente a entrevista com o Augusto Damineli. Não deixou subir a conquista, minimiza que é o cara nesse assunto e ainda tá em pé pronto pra mais um fight, depois de todos esses rounds. Parabéns Augusto Damineli, o Brasil precisa de gente como você. Quanto a Matéria o vídeo ficou dez, agora uma dúvida, é possível confirmar se toda a nebulosa foi originada apenas pelo sistema binário ou há possibilidade das outras estrelas também terem influído? Pergunto isso pois parece que a imagem do “Homúnculo” na nebulosa é justamente a fissura do gás. valeu.

  19. Já que esse não é um assunto pacífico aqui no blog, e sempre levanta dúvidas e cada um acredita no que quer mesmo já que não se tem como saber a Verdade, vamos fazer uma enquete:

    PERGUNTA: VOCÊ ACREDITA QUE O HOMEM PISOU NA LUA EM 1969?

    a) SIM

    b) NÃO

    1. Altemar, não quero ser grosseiro, mas a quem interessa sua burrice exceto talvez a seus familiares.

    2. Quando o cara escreve verdade com V maíusculo, já dá para saber o que ele quer aqui… quer espalhar a palavra “divina”… Errou de blog, e não volte mais.

    3. Amiguinho, nesse caso não estamos no mundo do “acredita” ou “não acredita”. É fato, não é uma questão que não pode ser provada e cada um acha o que quiser. As provas que eles chegaram lá abundam. O problema está na sua cabecinha, que não quer aceitar.
      Aliás, até os soviéticos, na época, colocaram o rabo no meio das pernas aceitando o fato, eles que tinham tecnologia e conhecimento para vir a público para implodir, com provas, se os norte-americanos não tivessem chegado a Lua tantas vezes, eles que eram arqui-inimigos dos norte-americanos e tinham real interesse de mostrarem a farsa, caso tivesse existido.

    1. Há, mas é pequeno. Se explodir, o GRB seria forte. Mas, provavelmente, não na nossa direção. 😉

        1. Planetas são “redondos” (acredito que o que queira dizer seja esférico) por definição, a redondice é condição para ser planeta, e; estrelas como Vega não são “redondas”… Enfim, a esfericidade nos corpos celestes é alcançada quando existe equilíbrio estático, quando forças de coesão e rompimento ou resistência se equilibram. No caso de Vega, sua velocidade de rotação é tão alta que é achatada nos pólos a ponto de ficar oval.

          1. É verdade que rotação alta pode achatar estrelas (como achata planetas também — veja Júpiter).

          1. É isso. O calor de formação os torna maleáveis, e a gravidade os comprime de modo a se tornarem esféricos. Por isso apenas objetos de pequeno porte não se tornam esféricos. Sua gravidade e o calor das colisões que os formaram são insuficientes para isso.

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