Astronomia: Na escuta de Proxima Centauri

Projeto de busca de inteligência extraterrestre conduz escuta sobre estrela mais próxima.

ALÔ, VIZINHO
Nunca antes na história deste planeta houve um esforço tão grande para a busca por inteligência extraterrestre, a famosa pesquisa SETI. A começar, é claro, pela vizinhança. No início do mês, o radiotelescópio Parkes, na Austrália, iniciou uma escuta na direção de Proxima Centauri, a estrela mais próxima do Sol.

PLANETA JÁ TEM
O alvo se tornou mais atraente com a descoberta de que essa pequena anã vermelha tem um mundo de porte similar ao da Terra localizado em sua zona habitável. Isso quer dizer que ele está no lugar certo, nem muito quente, nem muito frio, para permitir a presença de água em estado líquido — condição essencial para a vida.

GRANDE PLANO
A observação faz parte do projeto Breakthrough Listen, a maior iniciativa já realizada para a busca por sinais de rádio ou laser potencialmente emitidos por civilizações extraterrestres. Serão dez anos de observações, a um custo de US$ 100 milhões, bancados pelo empresário russo Yuri Milner.

PROGRESSOS
Desde o anúncio da iniciativa, no ano passado, o projeto tem feito avanços. As observações foram iniciadas em janeiro de 2016 com o radiotelescópio de Green Bank e um telescópio óptico no Observatório Lick, ambos nos EUA. Agora com Parkes, o céu do hemisfério Sul passa a ser vasculhado também.

MAIOR DO MUNDO
Em paralelo, a iniciativa assinou um acordo de cooperação com a China, que acaba de inaugurar o maior radiotelescópio de antena única no mundo, o Fast, com impressionante meio quilômetro de diâmetro. O gigante chinês iniciou suas operações em setembro.

SHOW DO MILHÃO
Os objetivos do Breakthrough Listen são ambiciosos — verificar individualmente 1 milhão de estrelas mais próximas do Sol, além de fazer um rastreio genérico do plano da Via Láctea e uma escuta das cem galáxias mais próximas. É um salto absurdo nos esforços já feitos até agora. Para efeito de comparação, o famoso projeto Phoenix, entre 1995 e 2004, escutou apenas 800 estrelas próximas. Agora a busca é para valer.

Radiotelescópio Parkes, da Austrália, se junta ao maior projeto de busca por inteligência extraterrestre da história (Crédito: CSIRO)
Radiotelescópio Parkes, da Austrália, se junta ao maior projeto de busca por inteligência extraterrestre da história (Crédito: CSIRO)

A coluna “Astronomia” é publicada às segundas-feiras, na Folha Ilustrada.

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Comentários

  1. Oh! Oh! Oh! Seu Moço
    Do disco voador
    Me leve com você
    Pra onde você for
    Oh! Oh! Oh! Seu Moço
    Mas não me deixe aqui
    Enquanto eu sei que tem
    Tanta estrela por aí

    Sem mais. Se encontrar vida inteligente lá fora..eu quero ir embora desse inferno chamado Planeta Terra.

    1. sair por aí e estragar outro planeta, não é? Já imaginou que o nosso planeja só possui UMA VARIÁVEL a gerar toda a desorganização caótica rumo à destruição completa e ela se chama SER HUMANO?

  2. Acredito na vida inteligente em diversos mundos e de diversas formas. Nós, terráqueos, precisamos de oxigênio, de água, proteínas, carboidratos, vitaminas, sais minerais para sobrevivermos… Mas pensar que em mundos diferentes os seres precisem desses mesmos alimentos para sobreviverem é, na minha opinião, um engano.
    Quando eu era estudante de medicina na UFBa., em Salvador, morei num casarão na Ladeira dos Aflitos, 27 (República Livre dos Aflitos) que dava os fundos para a Baia de Todos os Santos. Em diversas noites – em minhas meditações – vi e observei naves espaciais em diversas noites por vários minutos. No começo achava que seria estrela. Porém,observando mais atentamente, notei um brilho singular nessas “estrelas”… Então fixava o meu olhar nela e tentava enviar alguma msg telepática. Por diversas vezes vi essas “estrelas” que aparentava estar fixa em um determinado ponto e de repente, bruscamente, desenvolver uma velocidade espantosa, desaparecendo no firmamento.
    Muitos anos antes dessas observações, quando servi a Base Aérea de Salvador (acho que em 1957), observei essas naves – por diversas vezes – quando tirava guarda
    na guarita do bambuzal da entrada (o mesmo que existe até hoje). a citada guarita não existe mais (se não me engano, servia tb como prisão) ficava no final do bambuzal quem vai em direção à Base.
    Sou de opinião que não devemos avaliar a tecnologia desses mundos, dessas naves, fazendo um paralelo com as nossas tecnologias. A respeito disso podemos fazer algumas indagações: Teriam esses seres desenvolvidos uso do magnetismo da Terra e de outros mundos?… Teriam eles tecnologias desenvolvidas a partir do magnetismo do fluido universal?… Navegariam eles utilizando-se de correntes elétricas desconhecidas por nós?…

    1. As pessoas do século 18 e 19 eram obcecadas pelo magnetismos, pois a ciência começava a entender e explorar essa força de forma pratica, e o imaginário popular ia mais longe, atribuindo ao magnetismo um monte de fenômenos desde espirituais até aquilo q ninguém conseguia explicar.
      O campo magnético da Terra serve para muitas coisas, mas para o que os ET usariam? Magnetismos do fluido universal? Não existe. Correntes elétricas desconhecidas por nós? Não também.

    1. Para pegar carona eu não sei, mas para preparar a “calda de cometa” é fácil: Pega-se uma xícara de cauda de cometa, junta-se uma xícara de açúcar e meia de água, depois é só levar ao forno até ficar em ponto de fio.

  3. Curioso, Salvador, é que essa micro-sonda que tu citaste seria catapultada à Próxima por poderosíssimos feixes de super laser, da mesma forma que Júlio verne concebeu Viagem á Lua, guardadas as devidas proporções, claro.

    1. Pois é. E inclusive um péssimo jeito de fazer viagens tripuladas, por conta da aceleração brutal. 🙂

  4. Vida pode até ter mas não no nosso estágio evolutivo, senão os capiaus alienígenas já tinham tentado se comunicar com a gente, ou vai ver são vizinhos metidos que não se misturam com gentalhas galácticas. O que tu achas, mestre?

    1. Acho que seria muita sorte haver vida inteligente *nativa* próxima. Mas colonização galáctica seria um empreendimento relativamente rápido, mesmo a velocidades sub-luz, de modo que pode haver alguma civilização próxima mesmo que ela não tenha se originado próxima. E por que eles seriam tão discretos é uma grande dúvida. Mas acho que exageramos ao qualificar essa discrição. Eles podem não ser nada discretos, e nós é que não sabemos ver de que forma eles são indiscretos… 😛

  5. Quando o tema é vida extraterrestre , complexo e fascinante . recordo da afirmação de Jacques Monod : estamos sós na imensidão do universo.

  6. É mais do que óbvio que pode haver vida em outro planeta, porque estamos falando de um universo mutio grande, quiçá infinito, mas esse tipo de vida certamente é bem diferente do nosso em tamanho e forma. Acho legal os avanços por conhecermos mais o universo ao nosso redor, mas é óbvio que nunca receberemos a vista de nenhum ser alienígena simplesmente porque a estrela mais próxima está a 4,2 anos-luz de distância e nenhum ser seria capaz de viajar nem próximo dessa velocidade. Na verdade, tudo isso aponta para uma criação inteligente e planejada, não há como sequer cogitar, cognitvamente, a ideia do tudo que surge do nada, porque esse é um paradoxo impossível de ser materializado no plano material.

    1. Que sopa de letrinhas! O que tem a ver padrões diferentes de formas de vida com capacidade de voo interestelar (já estamos planejando enviar uma sonda a Proxima Centauri, por sinal, então acho que você está enganado sobre possibilidades de viajar até a estrela mais próxima), e o que tudo isso tem a ver com uma suposta criação inteligente e planejada, e, por fim, como cogitar uma criação sem que tudo surja do nada? Se já existia algo, não era preciso um criador. Se não existia, o criador teve de fazer tudo a partir do nada. Se você pressupõe um criador, precisa pressupor o tudo surgindo do nada…

      1. Existe prova que tudo teve um criador, mais não existe prova do contrario. Independente se tudo existiu do nada, houve um criador. A SOPA DE LETRINHAS ai encima ensina muito pra um cara como vc que so se baseia pelo que crê e não pelo que ja está escrito a 2000 anos muito antes da sua existencia. Para que haja ciência é preciso haver criação. Criação e ciência é a horigem de tudo.

        1. Eu tenho dúvida de aprovar comentários como esse. Trata-se obviamente de um troll fingindo ser um religioso ignorante. O que fazer nesses casos, pessoal?

          1. Eu penso que quem ainda defende este tipo de ideia, seja por convicção ou para causar confusão, nem deveria frequentar um ambiente como este. Ideias criacionistas e científicas são como água e óleo, não se misturam, são irreconciliáveis, já que quem defende as primeiras não tem mente aberta.

            Sobre o que fazer neste caso? Eu não aprovaria. Alguém que afirma “que há prova que tudo teve um criador” não é honesto.

          2. Deixe estar, Salvador.

            E obrigado por dar o benefício da dúvida àqueles que tem a sua fé e ainda apreciam a beleza da ciência 😉

          3. Salvador, Salvador… Até quando seu amor pela democracia não fará perceber que o direito de falar algo tem que estar ligado a responsabilidade pelas palavras e também pelos valores que elas trazem ao debate. Sabe qual a coisa mais importante para mim? Meus filhos. Tem algum sentido eu falar deles aqui alegando ser “importante”? O que é mais importante para você? O universo? Seu Deus? Seu carro? Seu trabalho? Tudo isso pode ser discutido, mas no momento apropriado e no lugar apropriado. Você quer o espaço que você batalha tanto para tornar interessante tomado pelo ódio e com o propósito deturpado? Você falou no post sobre o Trump que a informação deveria ser levado a todos os cantos para abrir os olhos das pessoas. As pessoas não querem acordar da Matrix Salva e não há nada que você possa fazer quanto a vontade delas. Mas ainda acho que dar voz a imbecis é um problema tão grande quanto tentar ensinar quem não quer ser ensinado.

          4. Tenho deparado com essas questões. É um jogo difícil esse. O problema é que, quando você abdica do idealismo, você já perdeu, não importa o que faça. Quero acreditar que podemos fazer uma diferença positiva no mundo, levar luz aos que estão nas sombras — mesmo que eles nem se deem conta disso. E como trazer alguém para a razão se você não concede a ela o direito de se expressar? Não é fácil. Estou tentando buscar o equilíbrio ideal, mas não posso me sentir tentado a só permitir comentários que *eu* considere relevantes e meritórios. Quem sou eu para decidir isso?

          5. Eu não acho necessariamente errado descer muitos degraus se eu puder, com isso, ajudar alguém a subir um ou dois — e não necessariamente será o comentarista a quem respondo, mas talvez algum dos muitos que, silenciosos, apenas leem os comentários. 😉

          6. Legal vc perguntar. Acompanho suas matérias há anos, desde os tempos da “Pensata”, e muitas vezes me perguntei o motivo de vc aprovar alguns comentários.
            Identifico 3 tipos de comentários que na maioria das vezes irritam: 1- trolls, 2- “haters” ou pessoas que só querem aparecer e 3- Criacionistas. E já que vc perguntou, na minha opinião trolls e haters deveriam ser bloqueados. Já quanto aos Criacionistas, é complicado, pq temos que admitir, mesmo não concordando, que o embate Ciência X Religião é não só antigo, mas se mantém atual, no Brasil e “mundo a fora”. Então se algum Criacionista quer expor sua opinião sem agredir e com um mínimo de bom senso, sou a favor de que vc aprove o comentário (embora eu ache que eles deveriam comentar em outro espaço).
            Vida longa e próspera ao blog. Abraços

          7. Realmente a tua “paciência democrática” mereceu os parabéns. Parece aqueles “fanáticos”, mas todos merecem respeito. Mesmo os fanáticos…E olha que eu também acredito em Deus… rs rs

          8. Salvador, “levar luz aos que estão nas sombras”?! Acontece que essas pessoas participam do seu blog justamente com o mesmo intuito, só que no sentido inverso, querem “levar a luz” até você! E o pior da história é que você, como cientista, está aberto a ouvir a opinião alheia, debater e colocar o seu ponto de vista, tudo de forma embasada e civilizada. Já esse pessoal, ancorado única e exclusivamente na sua fé cega, não está nem aí para as suas argumentações. Para eles, são detentores do “conhecimento”, e o que você fala é balela. Não acho que valha a pena gastar espaço com eles. Sinceramente, não acho que agregue valor ao debate. Por vezes até é divertido ler tamanhas asneiras, até dá para dar umas risadas, mas na maior parte das vezes irrita mesmo. Grande abraço!

          9. Osmar, uma correção: não sou cientista. Sou jornalista. O que mostra que pensamento cético e racional não precisa ser exclusividade de quem pratica ciência e justifica minha esperança de usá-los para lançar luz sobre os que optam por explicações supersticiosas e irracionais para os fatos do mundo. 😉
            Abraço!

          10. Sempre de voz. Se for inoportuno o comentário outros comentaristas podem colaborar e desmistificar o comentário ou ridiculariza-lo. Só não aceite aqueles que usam palavras baixas pois meus olhos não são pinico. O espaço está bastante democrático. Parabéns.

          11. Acredito que a maneira democrática que você administra seu Post é altamente elogiável.
            Nesse caso, não vejo problemas em tratar do assunto e os pontos de vista discordantes são positivos.
            O que deve ser moderado, são as situações criadas como em alguns Posts atrás, onde o teor das discussões fugiram do equilíbrio e bom senso comum. Onde vários participantes passaram do limite da educação.

          12. É, por enquanto a moderação está seguindo essa linha. Trolls e trolagens evidentes estão sendo barrados, o resto segue como está. Vamos ver se é o suficiente para civilizar o espaço sem censura.

          13. Grande Salvador… eu tenho dúvidas se isso aí é fingimento de troll. Acredite: tenho alunos que escrevem exatamente assim. E olhe que são “universitários”…

            (correndo o risco de, nesse ponto, despertar a ira de politicamente corretos e defensores da liberdade da escrita “como se fala” — eca!)

            E ainda mais interessante: os nomes “Jhon” e seu derivado Jhonatan, são relativamente comuns — já tive um aluno Jhon e dois Jhonatan, talvez até com mais Hs.

            No mais, como frequentador antigo e relativamente assíduo do blog, somente posso hipotecar a solidariedade, e compartilhar de sua angústia, uma vez que eu mesmo já sugeri alguma censura, e você, de forma convicta, me explicou e defendeu sua postura. Acredite: qualquer que seja sua posição com relação a nossos comentários, ela será apropriada. Afinal, é o seu blog, um espaço que você conquistou, e é seu direito “amplo, geral e irrestrito” (ôpa! confessei minha idade) adotar a postura que quiser em relação aos comentários.

            Abs.

          14. O que me fez pensar que é falso é o e-mail cadastrado com o comentário, que usava o termo “profição”.

          15. aprova tudo. Os comentários nada mais são do que ondas colapsadas no anteparo da moderação. Filtrar é desnecessário, deixa que a seleção natural faz o trabalho de manutenção da identidade.

    2. “porque a estrela mais próxima está a 4,2 anos-luz de distância e nenhum ser seria capaz de viajar nem próximo dessa velocidade”

      é, só que ano-luz é uma medida de distância, não de velocidade…

    3. “não há como sequer cogitar, cognitvamente, a ideia do tudo que surge do nada, porque esse é um paradoxo impossível de ser materializado no plano material.”

      hehehe, se estudar um pouquinho de mecânica quântica vai se surpreender com a quantidade de coisas que “surgem do nada” 😀

    4. Viajar pessoalmente até lá vai demorar um pouco ainda, mas mandar sondas nós quase podemos…e se eles forem somente alguns séculos mais avançados que nós, as deles poderiam até já estar perambulando por aqui.

    5. não existe planejamento na dita criação do tudo. Tanto é que existe a possibilidade do universo ter se reiniciado várias vezes até ter dado certo depois de um imenso número de tentativas, afinal, o tempo somente se inicia quando o universo consegue evoluir ou crescer como agora.

      mas é bem verdade que já temos capacidade tecnológica para começar a afirmar a inexistência de deus, isso porque suas evidências simplesmente não existem, tanto por experimentos que analisam as partículas como a própria história. Lembrem-se que a bíblia não narra exatamente fatos, o seu foco é a questão da fé cega e irrestrita, como em frases simplórias onde “deus explica tudo, então não questione”.

    1. Falo longamente sobre ele no meu livro “Extraterrestres”. Intrigante, mas inconclusivo, por jamais ter se repetido.

  7. Oi Salvador. Parabéns por mais um excelente texto! Essa notícia é fascinante e realmente faz a gente imaginar um monte de coisa. Mas, pessoalmente, não acho que vai ser assim que vamos encontrar vida alienígena inteligente. Eu sei que existe o entendimento científico hoje de que, matematicamente, as chances de vida lá fora são grandes já que existem bem mais “mundos habitáveis” do que pensávamos. Mas o modelo científico é uma coisa tão singular, tão dependente de outros fatores que às vezes nossas premissas pra definir os pilares que compõem a vida podem estar completamente equivocadas. Essa aqui é a vida como A GENTE conhece… e o universo é tão vasto. Podem existir formas de vidas baseadas em preceitos que a gente nem conhece. Ainda: o desenvolvimento tecnológico é algo que depende de muitos fatores (inclusive “extra-cientificos”) e nada garante que, mesmo que uma vida igual à nossa tenha se desenvolvido por aí, ela tenha passado pelos mesmos estágios de desenvolvimento, nos mesmos períodos históricos e desenvolvido as mesmas tecnologias (como o rádio por exemplo). Nossa história é repleta de “quases”… quem sabe onde estaríamos se a biblioteca de alexandria não tivesse pegado fogo.

  8. Olá, Salvador!

    Você já começou a preparar a retrospectiva 2016 do mundo da astronomia? Rsrsrs…

    Não deixe de comentar também o que podemos esperar do ano que vem nesse campo.

    Abraço,

    Marcelo.

    1. Ainda não. Vivo um dia de cada vez aqui e mesmo assim está difícil. Agora, Proxima Centauri, junto com as ondas gravitacionais, vai figurar no topo dessa lista aí. 😉

    1. beleza, agora me diga uma coisa: qual foi seu esforço para enviar uma mensagem para um alienígena?

      Você sabe que poderia enviar uma onda de rádio potente ou um pulso laser que passe pelo nosso Sol na direção de outras estrelas. Já fez isso? Ou usou outra técnica válida cientificamente?

      quem não fez nada também não existe para os aliens de outros mundos.

  9. Oi pessoal:
    Alguém aí faz idéia de quanto tempo levaria, do meu ponto de vista como viajante, para eu fazer uma viagem até Proxima Centauri na velocidade da Luz? E quantos quilômetros, ainda do ponto de vista do viajante, eu teria percorrido no final da viagem?

    1. Na velocidade da luz? Zero. É instantânea. O inconveniente é que você não pode viajar à velocidade da luz, porque teria massa infinita. 😉
      Agora, se você quiser ir arbitrariamente próximo da velocidade da luz, digamos, 0,99 c, aí sim você levará um certo tempo para chegar lá. Fiz as contas aqui e, se não estiver errado, para quem estiver a bordo, o tempo transcorrido será de 220 dias. Aqui na Terra, 4,3 anos. Quanto ao espaço percorrido, serão os mesmos 4,25 anos-luz, uma vez que não é ele que está se contraindo durante a viagem, e sim o espaço que a sua nave ocupa, quando em movimento relativístico.

      1. para quem não sabe como é a conta:
        https://pt.wikipedia.org/wiki/Dilata%C3%A7%C3%A3o_do_tempo

        interessante que no se no espaço não houvesse nada seria possível atingir 100% da velocidade da luz sem ter massa infinita. Então, tem alguma coisa aí no universo que afeta a matéria quando está em velocidade da luz. Não é uma pressuposição da teoria da relatividade que, na verdade, considerou haver um limite máximo para a velocidade possível de se atingir, ou seja, se estamos em movimento com dois carros em paralelo, sendo ambos na velocidade próxima a da luz, ainda assim será possível que o ocupante de cada veículo observe o outro carro em movimento. Tudo depende do referencial, para quem está parado, os dois carros nem são vistos porque passam muito rápido, mas seriam detectados por sensores de luz quando passarem na frente de uma fonte laser.

        outra fato curioso, na velocidade da luz o fóton passa a ter massa, então, o carro que esteja nessa altíssima velocidade começaria a colidir com “bolinhas” ou ondas de luz.

        1. Jose, na verdade, não depende do que há no vácuo para você atingir massa infinita à velocidade da luz. É o que dizem as equações de Einstein para a relatividade restrita. Você sofre aumento de massa, encurtamento de comprimento (na direção do movimento) e dilatação do tempo, conforme vai chegando mais perto da velocidade da luz. E a velocidade da luz é o muro, em que o tempo tende a zero, e a massa, a infinito. Se um dia quantizarem a relatividade, talvez nos livremos dessa infinitude teórica. Mas se a relatividade está 100% com a razão, não tem jeito de atingir a velocidade da luz com massa, e tanto faz o que há no seu arredor.

          1. sim, a relatividade partiu desse pressuposto básico de haver um limite, um muro para a velocidade máxima possível. Não está errada. Mas veja que para um mesmo problema a matemática permite várias possibilidades (equações) que cheguem a um mesmo lugar.

            mas de um certo ponto de vista, a Mecânica Newtoniana não está errada e a relatividade não seria necessária se o mundo real não estivesse escondendo particularidades onde muitas delas ainda sequer foram detectadas (exceto seus efeitos) diretamente. Foi por conta de algumas observações que somente a relatividade conseguia responder corretamente.

            se não tivéssemos a relatividade mas supondo existir as mesmas técnicas de observação, teríamos um grande problema crescente. Já é difícil conviver com matéria escura e energia escura, ainda mais quando ambas ficam estranhas, exigindo mais observações. Não temos uma equação que refute ou aprove a energia escura. Mas eliminando o atrito, a equação é mais simples e prática nas situações ideais.

          2. Pallando, fiz um paralelo quando temos uma situação ideal com a Mecânica Newtoniana, não estava me referindo a uma equação sobre energia ou matéria escura em específico, na verdade há alguma coisa por aí que dizem tirar a matéria escura de cena, ainda não analisei a questão.

            sobre massa do foton eu me referia a massa relativística (por isso mencionei “na velocidade da luz”) .
            http://www.fisica.net/quantica/curso/fotons.php

        2. Exatamente como o Salvador disse.
          E a luz, ao que tudo indica, não possui massa nenhuma.

          Interessante que ela possui momento linear, então quando reflete sobre uma superfície há transferência de momento. Mas isso não se deve, até onde se sabe, à massa do fóton.

          1. Quando se fala de massa do fóton, normalmente estamos falando da energia associada à partícula. (E=mc^2, lembram?)

  10. Falando em Yuri Milner e Centauri, como está o projeto do mesmo com o Stephen Hawking, com respeito à construção da StarShot? E novamente parabéns pelo conteúdo e inteligência nas colocações.

    1. Está em andamento, mas não teve ainda nenhum relato de progresso além do anúncio original. Veja que agora começamos a ter notícias do Listen, que foi anunciado em julho de 2015. E valeu pelos elogios!

  11. Prezado Salvador

    Considerando o alto custo, qual a razão para efetuarmos a busca de novas formas de vida no presente momento? Existe uma chance real de termos sucesso?

    1. A busca por vida tem grande chance de ter sucesso; a de vida inteligente, quase nada. Justamente pela baixa probabilidade de sucesso é que recursos públicos não costumam ser investidos nessa busca em particular, financiada por recursos privados, como o aporte do Yuri Milner. E quem somos nós para dizer a ele o que fazer com o dinheiro DELE?

  12. Segundo Albert Einstein, NADA no Universo pode ser mais rapido que a luz. De que adianta achar planetas habitaveis, se estes distam 100, 150 ou mais anos luz, o que em termos de Universo, sao distancias irrisorias? Nao ha meio de transporte, nao ha tecnologia para a mudanca, nao ha possibilidade de perpetuacao da raca humana, a menos que esse planeta estivesse dentro do Sistema Solar e olhe la. Que resolvam, aos poucos, os problemas do aquecimento global, da contencao populacional, da producao de alimentos, da poluicao, da cura de doencas, da pobreza/distribuicao de renda e das guerras com esse dinheiro (fora o que ja nao se gastou). Vai sair mais barato e com prognosticos muito mais esperancosos pra perpetuacao da raca humana!!!

    1. Outro leitor acaba de me fazer uma pergunta que responde a isso. Se você viajar a 99% da velocidade da luz, o que para quem fica na Terra seria uma viagem de quatro anos, para você seria de 200 dias. Se você viajar a 99,99% da velocidade da luz, pode cruzar milhares de anos-luz no tempo de vida humano. Tudo é uma questão de aprender a acelerar a essas velocidades relativísticas.

      E outra: achamos um planeta habitável a 4,2 anos-luz, não 100 ou 150. Tem planeta habitável a dar com pau lá fora. 😉

      Agora, numa coisa eu concordo: o foco principal deveria ser cuidar da Terra. E é. Se você olhar o Orçamento americano, apenas 0,5% vai para a Nasa, e desse 0,5% uma parte vai para o estudo da Terra. Todos os outros 99,5% do Orçamento americano são investidos na Terra mesmo. 😉

      1. Também concordo que tem que se resolver uma série de problemas na terra, mas como falaste acima (ou abaixo), cada dinheiro com sua rubrica…

    2. viajar a velocidade da luz é um esforço desnecessário. Uma nave rápida é útil apenas no seu próprio sistema solar. O espaço não é uma coisa vazia, é um tipo de tecido e a melhor técnica para viajar entre exoplanetas é por meio de ponte espacial, fazendo uma fenda que vai permitir uma viajem instantânea ao mesmo custo de energia para se atingir 99% da velocidade da luz.

      as pesquisas científicas são importantes, o nosso planeta mesmo não será eterno e temos muita sorte de estarmos em uma época de baixa quantidade de colisão com asteroides maiores do que 10 KM de diâmetro. Vindo um desses em nossa direção o que mais vai ser necessário é uma nave capaz de alcançá-lo e detoná-lo muito antes de chegar na Terra. E para dar conta do recado, precisa saber quando e de onde está vindo, como fazer isso apenas rezando?

      o povo reclama demais, mas nunca vi criticarem as coisas absurdas como as drogas e a constante corrupção ativa e passiva tão marcantes na cultura desse país ridículo.

    3. Do que adianta resolver todos os problemas da Terra, transformá-la num paraíso e de repente cair um cometa e extinguir toda a vida?

      É melhor habitar 2 planetas para garantir.

  13. Pena que peixes,bactérias,algas,protozoários (alfa centaurenses)não emitam sinais de rádio,porque vida inteligente do nosso ladinho seria muuuita sorte.
    Abraço Salva.

  14. A busca por ondas de rádio e laser me parece restringir muito a chance de sucesso. Qual outro indício poderia ser procurado para se confirmar a existência de algum tipo de vida?! Qual tecnologia temos para isso?!
    Outra dúvida fora desse tema seria sobre o planeta 9! Como pode ser possível localizar planetas a anos – luz de distância e não um relativamente próximo a nós?! Usando a técnica em q o planeta bloqueia a luz da estrela não poderia ser usado uma técnica onde o planeta bloqueia a luz da as estrelas?! Um planeta daquele tamanho deve bloquear muitas.

    1. Bruno, a grande questão é que os exoplanetas você sabe onde procurar. Você sabe que basta olhar para uma estrela e eles devem estar lá, pertinho dela. O planeta 9 pode estar numa vasta região do céu. Certamente ele oculta estrelas de vez em quando. Mas quais? Se você não sabe onde olhar, como achá-lo? O método mais eficaz para achar objetos no Sistema Solar é completamente diferente do usado para achar exoplanetas. Em vez de olhar fixamente para uma estrela, você tem que tirar fotos de vastas regiões do céu separadas por minutos, horas e dias e então procurar em meio a todos os astros registrados algum que tenha se movido de uma foto para outra. Assim que Plutão foi descoberto, assim que Éris e os outros planetas anões foram descobertos e é assim que o planeta 9 vai ser descoberto, se estiver mesmo lá. Mas isso leva tempo.

      A propósito, descobrir exoplanetas também leva tempo. Você precisa esperar ele passar à frente da estrela três vezes seguidas antes de declarar sua descoberta. Não por acaso conhecemos muito mais exoplanetas com órbitas mais rápidas do que com órbitas mais longas — há um viés de observação forte nisso.

  15. Antes de buscar vida inteligente fora da terra seria melhor procurar por vida inteligente aqui no nosso planeta.

  16. Com as distâncias gigantescas do universo.
    – Qual a potência necessária para uma emissão artificial de rádio ser “ouvida” após centenas de anos luz?
    – E a nossa resposta, temos a potência e o tempo para devolver a nossa resposta e, então, voltar alguma mensagem “deles”?

    ou, ouviremos a seguinte mensagem…

    ” – Caros terráqueos, estamos aqui em 123456B na Constelação Centauri terminando uma pequena discussão se faremos efetivamente contato com vocês ou não. Por conta disso estamos começando uma breve guerra nuclear para decidir quem tem razão. Se vencermos a guerra vocês terão noticias nossas, se não vencermos …. “

    1. – Não muita potência. Nossas transmissões de radar para estudo de asteroides ou nossas transmissões para nossas sondas espaciais no Sistema Solar já poderiam vazar a distâncias de pelo menos algumas centenas de anos-luz. Uma das lógicas por trás da SETI é que comunicação interestelar é relativamente barata, em termos energéticos.
      – Manter uma “conversa” interestelar é bem mais complicado, porque o delay seria enorme. Mais prático seria enviar um sinal já com um pacotão de informações, para manter os destinatários felizes assim que captarem o sinal. Algo como a gente transmitir a Wikipedia para as estrelas vizinhas. 😛

      1. o problema é a antena que vai ouvir, ou tem de ser muito sensível, ou enorme. E tem muita coisa que transmite rádio no universo, são muitas fontes naturais que ajudam a atrapalhar bastante. Quando usamos técnicas conhecidas o sinal pode ser analisado e compreendido, uma sonda da Terra estacionada em um exoplaneta poderia enviar seu sinal e iríamos captar e compreender. O grande problema é a filtragem e o fato da sonda ter de enviar pacotes bem pequenos de dados, ou a sonda que passou por plutão mandaria tudo em 4k real time.

        1. O segredo aí é buscar fontes com banda estreita — é um sinal claro de artificialidade. E quanto à transmissão da New Horizons, sem problema com o 4 K. O problema é o “real time”. A relação sinal-ruído é ruim, então a transmissão é lenta. Com laser em vez de rádio, especula-se que se possa fazer melhor. Já fizeram testes de transmissão de dados por laser da Lua (sonda LADEE) e funcionou bem. Talvez seja essa a tecnologia usada para transmitir o primeiro pouso humano em Marte “ao vivo” (ou seja, com delay apenas pelo tempo de viagem do sinal entre Marte e Terra).

  17. Salvador, porque vincular a existência de vida com a água, mesmo em outros planetas? A nossa ciência tem esse parâmetro para estudar o local? Estou muito equivocada?

    1. Porque água é o melhor solvente conhecido para reações químicas complexas e também o mais abundante. Não sabemos se pode haver vida usando outro composto como solvente. Além disso, outros solventes são bem mais raros. Por tudo isso, água é uma aposta bem razoável.

  18. Bom dia Salva !

    Para além das tentativas de encontro de inteligências extraterrestres, ou de vida extraterrestre ,mesmo que primitiva , penso nas consequências para a cultura humana desse encontro. Somos tão auto centrados e todas as estruturas que criamos expressam isto ,da religião à ciência que ,creio haveria ,utilizando um termo bem religioso, choro e ranger de dentes. Temos uma enorme dificuldade ,por exemplo em reconhecer características “humanas” em “extraterrestres” nativos como golfinhos e primatas superiores como nós. Quando a ciência os identifica, cria uma celeuma enorme. É de se esperar uma reação muito mais emocional quando e se toparmos com mais “alguém” lá fora ,nos abismos estelares.Qual a sua expectativa quanto a esta reação ?

    1. Acho que vai sofrer mais quem aceita menos. Mas a essa altura a ideia de vida alienígena já está bastante disseminada. A essa altura, são mais vocais aqueles que acham que já encontramos inteligência extraterrestre e os governos escondem do que aqueles que acham que não exista. Mesmo as religiões têm se “preparado” para isso. Vaticano organiza reuniões de astrobiologia!

      1. Perfeito na resposta Salvador, grandes Religiões sabem separar ciência de religião e estão mais preparadas para estas situações.

  19. Bom dia Salvador, excelente matéria, parabéns!

    Um dúvida, esse planeta está na zona habitável, mas é bem próximo a sua estrela, ele recebe uma carga de radiação enorme correto ? Mesmo com essa radiação, pode ser possível alguma coisa ter vida lá ?

    Abraços

    1. Eduardo, vai depender da força do campo magnético do planeta e de que tipo de vida estamos falando. No fundo de um oceano, não tem radiação que chegue. O maior perigo é não ter campo magnético. Sem ele, a atmosfera é varrida. Sem ela, nada de oceano. Sem oceano, nada de berço para a vida protegido da radiação. Ainda sabemos muito pouco sobre esses planetas de porte similar ao da Terra para dizer algo concreto, para um lado ou para o outro. Mas seria uma enorme sorte encontrar outra civilização logo na estrela vizinha mais próxima… pouquíssimo provável.

      1. Aproveitando o gancho, a falta de um campo magnético em Marte ou o seu tamanho diminuto não seria um impeditivo para a terrificação desse planeta (tal como, se não me engano, foi até cogitada pelo Musk para ocorrer em um longuíssimo prazo)?

        1. Não seriam um impedimento para a terraformação, mas seria um desafio para manter o planeta terraformado por milhões de anos…

  20. E mais dinheiro sendo jogado fora como tentativa de localização dos, até então, não existentes ET´s.
    Quem são os idiotas que financiam este engodo?

    1. Caro colega engododeiro,

      cada um paga seus 10% naquilo que ver valor, gata.

      Vejo mais futuro gastar pra levantar a bunda da cadeira e sair em busca de evidências na vizinhança do que dar dinheiro para que um serumanhinho igual a tantos outros leia e interprete seu sci-fi favorito dentro de uma ex-padaria como resposta para todas as questões que não encontramos nos comentários do Facebook e Youtube (e geom).

      Salva,
      vc é contra ou a favor desses canais e sites que exploram ciência como entretenimento de quinta? Acha que isso incentiva as pessoas irem atrás de respostas por si mesmas ou cria uma legião de sem-noção-tudo-é-culpa-da-conspiração que esperam uma lua do tamanho de Jupiter escorrendo sangue a cada nova superlua? Tipo… você sabia, digo, sabe do que falo?

      1. Rapaz, eu acho péssimo isso. Fico profundamente irritado quando, após um vídeo meu, o YouTube recomenda um vídeo desses de conspiraciotários/mentirosos/ignorantes. É terrível. E não se restringe à ciência. A notícia falsa virou um grande negócio. Mas a água está começando a bater na bunda. Depois que viu-se que coisas como essas podem ajudar a eleger gente como o Trump, Googles e Facebooks da vida já se mobilizam para “marcar” notícias falsas, o que já seria de grande valia. Espero que isso também chegue ao YouTube (que é do Google). É óbvio que eles não podem fiscalizar todo o conteúdo publicado no YouTube, mas, se houvesse um meio de usar os próprios usuários para “marcar” vídeos que mereçam checagem de uma equipe interna dedicada e então classificá-los como notícias falsas, poderíamos ter progresso no isso. Por ora, o frustrante é ter de conviver com isso e vendo a desinformação se espalhar cem vezes mais depressa que a informação… 😛

        1. Salvador,
          Se no youtube houvesse uma forma de “marcar” as falsas notícias, seria uma coisa boa mas ao mesmo tempo ruim.
          Boa porque iria desmascarar os mentirosos.
          Ruim porque permitiria uma censura coletiva por parte da maioria, sobre uma minoria.

          Bastava uma maioria simplesmente “não gostar” dos argumentos apresentados (mesmo que sejam verdadeiros), que realizariam uma “negativação” em massa no canal (ou o vídeo) desabilitando-o.

          Acho que a melhor forma seria uma “marcação” com uma averiguação posterior.
          Aí sim os mentirosos seriam expostos e bloqueados e não haveria nenhuma forma de censura.
          😉

          1. Não, a negativação só serviria como alerta para a equipe do YouTube verificar o vídeo. Não seria automático. Na minha ideia, pelo menos. 😉

      2. João Tysson, se quiser doar o seu dinheiro para uma causa falida, (assim como os que dão 10% a outras causas igualmente falidas) fique a vontade.
        O problema é quando os crentes a esta causa nos fazem OBRIGATORIAMENTE doar uma quantia exorbitante em dinheiro, apenas para financiar pessoas que não trarão benefício algum.
        O que é mais importante, encontrar vida fora da Terra ou encontrar a cura da Aids, Cancer, e outras doenças do gênero?
        Se todo este financiamento que hoje é jogado fora, fossem direcionados para pesquisas que realmente nos interessa, com certeza não teríamos tantos problemas em nosso planeta como temos hoje.
        😉

          1. Mas uma coisa não tem nada a haver com outra.

            No asteroide, a situação sairia totalmente fora do controle dos homens, incapacitando-os de realizar qualquer coisa (mesmo que quisessem).
            Quanto as doenças, o homem tem total liberdade e condição para pesquisar a fundo, buscando de alguma forma, a cura para muitas delas.
            Deus não fará aquilo que cabe a humanidade fazer.

            Como diz o velho ditado: Deus ressuscita o morto, mas quem remove a pedra do sepulcro, são os próprios homens.

            P.S: Não sei se tu sabes, mas Lucas (apostolo de Jesus) era MÉDICO.

        1. Morelli, com todo respeito, discordo frontalmente da sugestão de direcionar todas as pesquisas para a cura de Aids, câncer e afins. Não são coisas excludentes. Até porque uma humanidade com menos doenças terá uma população maior, e portanto maior demanda por alimentos, e assim é necessária também a pesquisa direcionada para a produção sustentável de alimentos, e por aí vai.

          (antes que alguém surte, não estou sugerindo controlar a população por doenças ou fome)

          Ainda que essa linha de raciocínio seja toda válida, ainda assim a humanidade não pode prescindir da pesquisa astronômica: precisamos conhecer o universo, até mesmo para a sobrevivência da raça humana no longo termo.

          Afinal, pode haver um “grandão” com o nosso nome escrito, como sempre afirma o Salvador. E aí de nada adiantará uma superpopulação saudável e bem alimentada esperando o impacto que inviabilizará a vida no planeta. E aí faremos o quê? Rezaremos para algum dos vários deuses de cada religião existente na Terra? E se minha crença não for a “correta”, haverá a extinção seletiva?

          Enfim, a sobrevivência como espécie passa, no curto prazo, em manter o planeta viável, e no longo prazo em buscar novos lares, sem a crença cômoda e passiva de que algo virá salvar.

          1. MC, o mundo é muito vasto, e nem um terço dele foi habitado. Portanto mesmo que não houvessem doenças, a humanidade (em sua longevidade atual) não conseguiria preenche-lo por completo.

            Quanto a pesquisa sobre o conhecimento do universo, eu nunca disse que ela não deveríamos nos importar com questões que podem INFLUENCIAR no curso da humanidade (como por exemplo a localização de asteroides), mas sim não perdermos tempo com questões que em NADA INFLUENCIAM na história humana (como a existência de vida fora da Terra)
            Se os recursos e empenho gastos com estas pesquisas falidas, fossem direcionados ao mapeamento do universo, cura de doenças, melhorias tecnológicas e até mesmo extinção da fome, provavelmente a nossa história seria bem diferente.

  21. Sem falar da vida inteligente, mas haveria a possibilidade de já terem descoberto algum tipo de vida no espaço, digamos Marte, no entanto estão segurando essa notícia por algum motivo ? Ou até, haveria algum motivo para essa notícia não ser divulgada ?

    1. Não, não há motivo para isso. As agências espaciais estão francamente em busca de vida fora da Terra. Encontrá-la só justificaria sua existência e maiores investimentos. Seria como eu ter uma barraca de hot dog e esconder de todo mundo que ela vende hot dogs.

  22. Bom dia Salvador!

    Não quero ser um comentarista desagradável e pedante, mas onde entramos nestas pesquisas ou apenas vivemos como caronistas. Quando será que teremos um governo adulto e maduro para criar, apoiar e estimular pesquisas. Receio até saber a resposta.

    1. Bem, você pessoalmente pode participar dessas pesquisas como cientista-cidadão baixando o software SETI@Home, da Universidade da Califórnia em Berkeley, que usaria seu computador em momentos ociosos para processar os dados colhidos pelo Breakthrough Listen.

      Quanto a apoios governamentais para SETI, não os espere — aqui ou lá. Muito raro dinheiro público ser investido nessa área, dada a mínima chance de sucesso.

  23. Esse é o tipo de post que faz a gente viajar na imaginação.
    Salvador, como é esse acordo de cooperação com a China para o FAST? Astrônomos de outras nações poderão usá-lo? Eu pensei que a China iria manter o uso restrito e, se detectassem algum sinal, dificilmente divulgariam. Pelo menos não de início, para que pudessem estudá-lo melhor. Se conseguissem decodificar algo, isso poderia revolucionar nossa tecnologia atual, dependendo do conhecimento contido nas informações, algo que todo país gostaria de usar para fins militares, tecnológicos, comerciais, entre outros.
    Se o Breakthrough Listen detectar algo, depois de quanto tempo a notícia viria a público?
    Parabéns novamente por mais uma participação sua no Matéria de Capa.

    1. Ricardo, o Listen e a China compartilharão alvos e coordenarão observações, inclusive com protocolos de seguimento rápido de um sinal.

      Eu diria que a chance de manter segredo sobre uma detecção positiva é zero, seja em qual lugar do mundo for, porque, para ser tratado como positivo, o sinal teria de ser captado por mais de um radiotelescópio e se repetir mais de uma vez. Parte do acordo com os chineses é justamente: se a gente achar rápido, avisamos vocês para tentarem confirmar, e vice-versa.

      Basta ver como se propagam rapidamente os “quases” e “alarmes falsos” da SETI para notar que é dificílimo guardar segredo — até porque ninguém até hoje fez SETI adotando um protocolo de segredo. O que os pesquisadores envolvidos nessa busca improvável mais querem é dizer ao mundo: não te disse? 😛

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