Pesquisa da Nasa diz que ‘motor espacial impossível’, que opera sem combustível, funciona

Salvador Nogueira

Um “motor espacial impossível” que está sendo investigado num laboratório da Nasa, o chamado EM Drive, passou por mais um importante teste: teve o mesmo desempenho no vácuo que havia demonstrado antes em experimentos feitos no ar.

Harold "Sonny" White, físico da Nasa, e um propulsor que dispensa combustível. Estão dizendo que funciona... (Crédito: Nasa)
Harold “Sonny” White, físico da Nasa, e um propulsor que dispensa combustível. Estão dizendo que funciona… (Crédito: Nasa)

Os resultados da equipe da Nasa acabam de ser publicados num periódico com revisão por pares, o “Journal of Propulsion and Power”, do importante AIAA (Instituto Americano para Aeronáutica e Astronáutica). É a primeira vez que o tema controverso ganha as páginas de uma revista científica com esse sistema de controle de qualidade.

De acordo com os resultados obtidos, o dispositivo gerou um impulso bastante modesto, mas, para algo que não usa propelente algum, trata-se de um resultado surpreendente e extremamente animador. No fim das contas, pode vir a ser a tecnologia que viabilizará viagens interestelares, algo que está totalmente fora do alcance dos métodos de propulsão tradicionais — pelo simples fato de que é impossível levar combustível suficiente para realizar a viagem.

Claro, fale para a imensa maioria dos físicos que algo vai se acelerar no vácuo sem uma massa propelente que seja capaz de gerar um jato de exaustão na direção oposta, e eles dirão que isso é impossível, pois contraria as leis da física. Um dos princípios mais elementares é a famosa conservação do momento.

Não, não é quando a gente tira uma foto para ter um momento guardado para sempre. Em física, momento é tão somente a quantidade de movimento, expressa pela multiplicação da massa pela velocidade de um objeto. Em tese, você pode transferir momento de um objeto a outro. Mas as coisas, em tese, não deveriam funcionar se você tenta acelerar sem “roubar” momento de algum outro lugar. Por tudo que sabemos das leis da natureza, não se pode criar mais momento do nada.

Por esse pequeno grande detalhe sempre houve — e continua a haver, sejamos francos — muita desconfiança por trás do conceito, desde que ele foi apresentado, no começo dos anos 2000.

Os próprios pesquisadores da Nasa (liderados por Harold “Sonny” White, chefe do laboratório Eagleworks, instalado no Centro Espacial Johnson, em Houston) mantêm uma postura agnóstica com relação à tecnologia controversa, noves fora os resultados positivos. Em seu artigo, eles listam exaustivamente todas as fontes experimentais de erro que poderiam explicar os resultados. Eles particularmente não acreditam que alguma delas esteja gerando um falso positivo, explicando detalhadamente o que fizeram para mitigar os problemas em seu experimento. Mas também admitem que não podem descartar completamente boa parte delas — e sempre pode ser algo em que eles sequer pensaram. De toda forma, um item dessa lista já pôde ser completamente descartado: o ar não tem participação no modesto impulso gerado.

Os testes foram feitos com a acoplagem do dispositivo a um pêndulo de torção, mantidos numa câmara a vácuo. O motor em si lembra basicamente uma secção transversal de um cone. Em seu interior, uma fonte de energia elétrica gera radiação eletromagnética em micro-ondas (o EM do nome), e é isso que, de algum modo, geraria a propulsão. No experimento, esse dispositivo foi alimentado com eletricidade, com diferentes níveis de potência: 40, 60 e 80 watts. A ideia básica do experimento era medir qualquer propulsão que alterasse o padrão de movimento do pêndulo.

 

O EM Drive (secção de um cone em cor de cobre) instalado no pêndulo de torção no Centro Espacial Johnson (Crédito: White et al.)
O EM Drive (secção de um cone em cor de cobre) instalado no pêndulo de torção no Centro Espacial Johnson (Crédito: White et al.)

Para se certificar de que estavam medindo mesmo o motor em funcionamento, testes foram feitos para gerar propulsão à frente, para trás e nula (usando, ainda, em outra configuração um peso morto equivalente ao dispositivo ligado ao pêndulo para efeito de controle).

“Os dados de impulso para frente, para trás e nulo sugerem que o sistema estava funcionando com uma taxa de empuxo por potência de 1,2 milinewton (mais ou menos 0,1 milinewton) por quilowatt”, escreveram White e seus colegas.

CERTO. SE FUNCIONA, COMO FUNCIONA?
Há duas formas de responder a essa pergunta, a curta e a longa.

A curta é: ninguém sabe.

A longa é: mesmo entre os entusiastas do EM Drive não há acordo. Um de seus primeiros proponentes, o britânico Roger Shawyer, sempre defendeu que não há mistério e que seu propulsor sem combustível não viola as leis da física.

O que ele diz é que é possível configurar a cavidade (a secção do cone) de forma que um bate-rebate das micro-ondas em seu interior trocasse momento com o fundo do dispositivo, gerando propulsão. A imensa maioria dos físicos — inclusive o pessoal da Nasa — diz que isso não faz o menor sentido.

Contudo, eles também mediram alguma propulsão, e acham que não é erro experimental: precisa ser explicado, portanto.

White, que é formado em engenharia mecânica com doutorado em física, também acredita que o dispositivo não viola as leis da física, mas por outro motivo: segundo ele, o EM Drive interage de uma forma exótica com a energia do próprio vácuo. Uau.

Pois é, foi-se o tempo em que o vácuo era um “nada” puro e absoluto. Hoje sabemos que mesmo o mais vazio dos vazios tem alguma coisa — ele tem energia, ou, mais precisamente, tem a probabilidade, por menor que seja, de não ser vácuo.

Uma das demonstrações mais chocantes da mecânica quântica é que essa probabilidade não é mero artefato teórico. Ela se realiza de fato na natureza, gerando no vácuo um mar de partículas virtuais. Elas são em tudo similares às partículas convencionais, que formam tudo que existe no Universo, com uma diferença essencial: elas aparecem e desaparecem numa fração de segundo e, por isso, não afetam o balanço total de energia do Universo. (Partículas que aparecessem no vácuo e não desaparecessem mais violariam outro princípio de conservação, o da energia.)

Usando interpretações menos comuns da mecânica quântica, White e seus colegas sugerem que o tal EM Drive estaria interagindo com esse mar de partículas virtuais e, de algum modo, é delas, em sua fugidia existência, que o dispositivo “roubaria” o momento para produzir sua propulsão, sem violação das leis físicas.

Faz algum sentido? Hm, ótima pergunta. Se eu soubesse a resposta, poderia me tornar o primeiro especialista reconhecido em EM Drives. Como esse cara ainda não existe, vamos ter de conviver com a dúvida, pelo menos por enquanto.

E O TAMANHO DA REVOLUÇÃO?
Bem, vamos supor que, independentemente de como funcione, o negócio pelo menos funcione de fato. Falamos lá em cima do impulso medido: 1,2 milinewton por quilowatt. Como comparamos isso com outras formas de propulsão mais conhecidas?

Não podemos colocar isso lado a lado com um foguete de combustão química, porque não tem nem comparação. O foguete ganha de lavada. Os ônibus espaciais americanos, por exemplo, tinham um pico de empuxo de 30,1 meganewtons. Saltamos dos mili (milésimos) para os mega (milhões).

Precisamos de um coice desses, como o do ônibus espacial, para vencer o campo gravitacional terrestre. Então você não pode imaginar decolar do chão com um EM Drive — ao menos não com esse desempenho medido. Seria como tentar soprar numa nave para ela subir.

Em compensação, em dez minutos de propulsão o ônibus espacial esgota seu combustível, atinge uma órbita e está à mercê da inércia, sem capacidade de acelerar mais. É nessa hora que o EM Drive, em tese, brilharia. Como ele não usa combustível, poderia acelerar indefinidamente — é o famoso “devagar e sempre”.

Uma tecnologia avançada e recente que mistura um pouco de cada coisa — usa combustível, mas é econômica, e tem empuxo fraco, porém duradouro — é a chamada propulsão iônica. Ela já foi usada com sucesso em algumas espaçonaves, como a sonda Dawn, que está neste momento explorando o planeta anão Ceres, no cinturão de asteroides.

White compara o desempenho do EM Drive medido no laboratório deles com o de um propulsor iônico de última geração. Enquanto cada quilowatt de eletricidade gera 1,2 milinewton de impulso com o EM Drive, um motor de íons geraria 60 milinewtons. Ou seja, uma tecnologia como a embarcada na Dawn é umas 50 vezes melhor que esse EM Drive aí.

E a Dawn, não custa lembrar, levou quatro anos para ir da Terra até o cinturão de asteroides, que fica aquém da órbita de Júpiter — logo ali na esquina, se estamos sonhando em voo interestelar.

Então, importante, pelo menos no momento, a gente não se prender muito a números incríveis que têm sido atirados por aí, como ir à Lua em quatro horas, a Marte em 70 dias e a Plutão em 18 meses. Calma lá.

De onde a galera tira esses números, então?

De uma extrapolação que White e sua equipe fizeram em outro momento, supondo que se pudesse chegar a um nível de propulsão de 0,4 newtons por quilowatt — um desempenho pouco mais de 300 vezes maior que o medido.

Com esse mesmo desempenho, ir até Proxima Centauri, a estrela mais próxima, a 4,25 anos-luz, levaria 122 anos. Se fosse possível melhorar o desempenho por um fator de dez, para 4 newtons por quilowatt, a viagem levaria 29,9 anos.

Legal, né? Mas é 4.000 vezes mais do que o desempenho medido, e esse desempenho ainda pode nem ser real!

Moral da história: ainda temos um longo caminho a percorrer.

A boa notícia é que, como nem sabemos como isso poderia funcionar, no momento em que descobrirmos, teremos capacidade de projetar essas coisas para funcionarem com mais eficiência. E aí talvez descubramos que é possível fazer esse salto de 4.000 vezes no desempenho.

Por ora, no entanto, a aposta mais segura para missões interestelares é a tecnologia de velas com propulsão a laser, desenvolvida pelo projeto Breakthrough Starshot. Pelo menos, ela não envolve nenhuma física maluca. E, de toda forma, é muito legal vermos diferentes alternativas aparecendo. Sinal de que, cedo ou tarde, vamos matar essa charada e descobrir como viajar entre as estrelas.

Quem sabe até mais depressa que a própria luz? Harold White também trabalha numa linha de pesquisa que tenta criar uma dobra espacial, encolhendo a distância entre dois pontos, à moda de “Star Trek”. Mas o progresso aí é ainda mais lento que o dos EM Drives. Ou seja, não prenda a respiração.

Acompanhe o Mensageiro Sideral no Facebook, no Twitter e no YouTube

Comentários

  1. Será que existe algo como uma frequência fundamental do vácuo quântico e o motor não entra em algum tipo de ressonância com ele?
    Realmente torço para que o inventor tenha mirado em algo e acertado em outra coisa.

  2. Salvador, no parágrafo 10, está escrito “[…] 1,2 milinewton (mais ou menos 0,1 milinewton) por quilowatt”

    Não seria 0,1 newton, dentro do parêntesis ?!

    E sobre o texto: vc acha que ainda viajaremos entre as entrelas até o ano 2100? Pq gostaria muito de poder ver isso acontecer hahaha

    1. Não. O que eu quis dizer é (com margem de erro de 0,1 milinewton, para mais ou para menos). Vou esclarecer.
      Acho que sondas viajarão até as estrelas até 2100. Humanos? Ainda não.

  3. Se você me explicar o que quer dizer “duo(2)-hexacimal(6+6)=12″ eu respondo.
    Salvador eu vou tentar, eu já postei la atrás minha dificuldade de expressar!
    vou tentar uma introdução:Analogia quântica.
    O que vemos de mais simplificado deste fenômeno esta a música, esta mesma matemática quântica da musica, esta presente na formação do nada para o tudo, sem esta razão(elemento quântico). esta ferramenta(fenômeno quântico) D’eus não criaria o universo, como ele esta. ele(o fenômeno quântico(duo(2)hexacimal)) esta presente no mais infinito longinco Quasar do espaço sideral ate a menor partícula do nada.(Vácuo). isto que falo esta o que os jônicos, como luis brogle tentaram introduzir sem exito. digamos que estou um pós eles (jônico-brogliano).
    dai posso te dar milhares , trilhões de analogias que comprovam o que estou tentando dizer.
    Estou falando da matemática quântica hexadecimal = duo(2)hexacimal, que quantizam o todo e o meio com precisão, dai mergulham(congruem) em conceitos matemáticos já existentes(analogia)aritmética , trigonometria, resolução quântica computacional etc.
    eu falo em um ajuste quântico que sincroniza com a realidade da matéria e não matéria.
    ja que por paradigmas o homem de 10(dez) dedos, se baseia em um sistema decimal. mas se os homens de (seis+seis) dedos(Gogs) tivessem predominado, iriamos usar uma matemática universal hexadecimal ou duo(2)hexacimal. Dai os greys de 3(aritméticos)dedos estarem mais avançados do que nós, acredito, humanos de 5 dedos.
    a tabela periódica levando em conta o hélio e ao 2-hidrogênio negativo tem 120 núcleos. dai existir esta razão não mensurada e compreendida na mesma(tabela periódica.
    aquele
    Um daqueles agroglifos queria dizer algo nesta linguagem.
    como em em análises de combinações moleculares, se usa o mesmo hexágono de duas direções possíveis, 3.+ 0.1x12x121=3x1x144=pi=3.144 rasões(PI-harmônico) ,razões dex(12 ou 1/12)x +-lim 1/12 como também +-lim 12/1, assim como luz plasma , arco-ires de 12(7)cores etc, etc.
    dai a rasão matemática quântica universal cósmica.

    1. Não entendi. Aposto que ninguém mais. Então vou barrar todos que tiverem teor similar a partir de agora, para poupar a todos. E ninguém pode dizer que eu não lhe dei uma chance justa. 😉

    2. que pena. alguém ou alguma coisa deve ter estragado irreversivelmente o cérebro do gilberto

  4. Prezado Salvador, fala um pouco sobre os experimentos de incêndio que a nassa realizou ontem!!

    Parabéns pelo seu blog, fico ansioso para ler o próximo !!

    1. Opa, falarei sim, Luiz! Mas não é nada tão espetaculoso assim. Basicamente desacoplam uma cápsula cargueira que ia ser descartada, tacam fogo em alguns materiais lá dentro e veem como o fogo se propaga. É uma medida para aprender mais sobre o comportamento de incêndios no espaço por razões de segurança.

  5. A explicação do funcionamento não me parece tão difícil.
    No século 19 (isso mesmo, 19), Maxwell previu que a radiaçao exercesse pressão e Nichols e Hull, entre 1901 e 1903, realizaram experimentos que comprovaram sua veracidade. Veja por exemplo aqui: https://pt.wikipedia.org/wiki/Press%C3%A3o_de_radia%C3%A7%C3%A3o
    O valor dessa pressão é muito pequeno mas existe.
    Pelo que vi do esquema do motor EM a radiação é emitida perpendicularmente ao eixo axial do cone e em todas as direções, não gerando impulso no eixo.
    Mas quando reflete no cone a radiação faz isso sempre no mesmo sentido, gerando o empuxo.

    1. Pois é. É o que alega o Shawyer, que o efeito é a soma de Maxwell e Einstein, 100% clássico e sem violar a lei da conservação. O problema é que praticamente todos os físicos dizem que isso está errado, porque ele está tratando a velocidade de fase da onda de luz como a própria velocidade do fóton, o que está errado.

  6. No universo há muitas maneiras de se deslocar apenas usando o tecido do espaço tempo, como um barco a vela navegando pelo oceano sem o vento para impulsionar. É o que ocorre por exemplo, com os fótons que se deslocam com a mesma velocidade, de bi de anos luz de distância até atingir a nossa retina. Não há nenhum mistério nisso

  7. Salvador, vi o seu comentário que para frear bastaria virar a nave no sentido oposto e ligar. Mas isso não implicaria em ser necessário fazer isso próximo à metade do percurso (para se voltar à velocididade inicial)? E nesse caso, o tempo gasto não seria muito maior que o sugerido, já que passaríamos metade do percurso desacelerando? Ou o cálculo proposto já inclui essa desaceleração?

    1. Isso, seria. Os 39 anos, pelo que entendi, levam em conta essa manobra. Se fosse para ir e passar lotado, seria mais depressa.

  8. Estranho não ter sido sequer cogitado diretamente o Efeito Casimir, já bem aceito pela ciência. Duas placas condutoras colocadas paralelamente no vácuo sofrem uma força no sentido de aproximar uma a outra. As duas placas selecionam as funções de ondas de partículas virtuais dentro das placas, fazendo com que a densidade das mesmas nessa região seja menor do que na região fora das placas. Essa diferença na densidade das funções de ondas faz com que surja a força sobre as placas de fora para dentro. Talvez as microondas dentro do EmDrive acabem de alguma forma alterando essa relação entre as densidades externa e interna na câmara do motor, gerando o tal impulso. Talvez algo próximo a forma como se entende o surgimento do empuxo em um corpo submerso em um fluído.

    1. não vejo muita relação entre isto e o conceito de embuxo. o empuxo só existe quando o fluido está imerso num campo gravitacional, e é sempre no sentido oposto. uma piscina colocada num ambiente sem gravidade não exerceria nenhum empuxo, ou no máximo um microempuxo no sentido contrário àquele que aponta para o centro de gravidade desta piscina espacial…

      o EmDrive parece gerar impulso em qualquer direção escolhida, bastando apontá-lo para onde quisermos, e não numa direção específica oposta a alguma suposta força universal (desconhecida) exercendo influência sobre as tais partículas virtuais

  9. Hume adoraria esse texto. É quase um nada baseado numa “semi-expeculação” científica onde o pensamento indutivo passeia soberano.

    1. Na verdade, é um relato tão fiel quanto possível de um artigo científico publicado numa revista com peer-review. 😉

  10. Bom dia, Salvador.
    Parabéns novamente pelos seus apontamentos na área.
    Mas pelo meu conhecimento, acho que houve uma lacuna na ponderação da reportagem, não houve combustível é um pouco discutível, pois houve um impulso elétrico e isto vale como combustível. Um carro movido a eletricidade, o combustível é a eletricidade.

    1. Sim, mas na Terra tudo bem você mover um motor com eletricidade, porque as rodas do carro tem com que reagir (o chão e o atrito) para andar. No espaço, não há com que reagir. Então você precisa de combustível (em geral queimado) e atirado para trás, a fim de propelir a nave à frente. E isso o EM Drive não tem.

  11. Acho que a explicação para o funcionamento desse motor não é complicada. Não precisa de nenhuma teoria mirabolante de partículas que aparecem e desaparecem e nem de espumas quânticas. O funcionamento está completamente de acordo com as atuais leis da física. Ele funciona convertendo energia elétrica em movimento, através de ondas eletromagnéticas. Devemos lembrar que ondas eletromagnéticas, como qualquer onda, transportam energia e momento, e também exercem pressão de radiação. Devemos lembrar também que os fótons dessas ondas não tem massa de repouso, mas tem massa (relativística). Então, quando o emissor gera a micro-onda, e ela é propelida numa direção a partir do cone do propulsor, para haver a conservação do momento, o emissor deve ser empurrado na direção oposta.

    1. Só para complementar! Não acho correto dizer que ele funciona sem combustível. Devemos lembrar que ele precisa de energia elétrica (que é o combustível).

      1. Energia elétrica não é combustível. Combustível passa por combustão. Eletricidade não passa por combustão.

    2. Veja, um foguete de fótons (isso que você está sugerindo) emitiria fótons para um lado e a nave viajaria para o outro lado. Esse efeito é real e não viola nada na física. Só que é muito pequeno. O que se observa no experimento é uma coisa que se move para a frente sem que nada se mova para trás. Os fótons não saem, eles ficam só rebatendo no interior da cavidade, e isso supostamente impulsionaria a nave à frente. Não sai nada para trás para empurra a nave para a frente. E aí os físicos engripam.

      1. O que o Salvador está tentando explicar é que não há momento resultante explicável. Considerando que a energia elétrica (não é combustível, gente, é energia apenas) gera as micro ondas e elas ficam rebatendo dentro da cavidade seria de se esperar que qualquer pressão exercida pelas ondas na parte de trás, será anulada pela pressão exercida na parte da frente. O máximo que se esperaria, e ainda assim só no início da operação, era algum tipo de vibração. Uma boa analogia para o ceticismo da comunidade acadêmica seria o seguinte:

        Pegue um skate e coloque sobre ele um ventilador. A frente do ventilador, preso ao skate, coloque uma vela, como a de barcos. Ligue o ventilador. É claro que isso não funciona. Afinal, a força exercida pela vela a frente se anula à força do próprio ventilador indo para trás. Daí o estranho da coisa.

        O próprio Roger Shawyer, inventor do EM-Drive, diz estar avançado nas pesquisas para a segunda versão de seu motor, que utilizaria supercondutores para maior eficiência. Segundo ele, poderemos estar usando carros voadores em 20 anos, caso ele consiga atingir a eficiência que prediz teoricamente.

        Isso poderia mudar o panorama da questão energética no mundo. Tomara que dê certo. Obrigado pela matéria, Salvador. Está difícil encontrar referências não internacionais sobre o assunto. É você iluminando as cabeças brasileiras novamente. Parabéns.

  12. As informações são animadoras. O meio ambiente – vácuo- é o canal a ser estudado. Poucas referências se tem na física e engenharia, a respeito. O deslocamento de micro matéria e corpos,neste ambiente é o desafio para os cientistas. Se identificarem, poderão propor acionamentos específicos, que funcionem, a contento. Há chances, em frente….

  13. “[…] Precisamos de um coice desses, como o do ônibus espacial, para vencer o campo gravitacional terrestre. […]”
    Nao. So precisamos diminuir ou anular a influencia do campo gravitacional terrestre sobre o corpo.

  14. Porque o “1 quilowatt que gera o 1,2 mN” não é considerado o combustível? Se fosse um “ventrilador” em um balao, a bateria seria o combustível, não? O título não tá meio “Aqui agora”?….

    1. Porque não é combustível. Combustível é o que sofre combustão. Carros elétricos também não usam combustível. Usam eletricidade.

  15. Bom dia Salvador,

    Excelente matéria, mais uma vez. Parabéns.
    Ah, para deixar registrado, achei legal a tua participação no Matéria de Capa da Cultura domingo passado.
    Abraços e boa semana.

  16. existem micro particulas tanto positivas quanto negativas em toda parte do espaço,um gerador eletromagnetico levemente enriquecido de atomos pos ou neg para converssão,com um pequeno dispositivo de aceleração usaria o que tem no espaço de sobra como impulso de deslocamento,como um imã que repele o seu oposto.

  17. Salvador, vou ser sincero em dizer que não entendi absolutamente nada desta bagaça.

    De qq forma há a necessidade de gera a microondas, certo ? Então algo está sendo inserido no sistema, certo ? Não matéria, mas energia . A troca de momento seria entre particulas de energia e os atomos do cone ?

    È como soprar a própria vela do barco ?

    1. É mais ou menos isso. Ele usa energia, sim (em tese, não viola a conservação da energia), mas viola a conservação do momento, porque nada sai do motor, para que ele possa ir para a frente. Nesse sentido, é como soprar a vela do próprio barco.

  18. Simples a propulsão ideal seria converter LUZ em Materia a luz tá disponivel entre os varios sistema estelares o probleminha é que nao dominamos essa tecnologia as plantas o fazem de maneira bem singela alguem citou a eletricidade que foi descoberta e ela já existia entre nos desde do inicio assim também essa conversão de Luz para materia como falei so olha as plantas todo santo dia convertendo luz E=mc² ou m=E/c²
    Think about my little fellow

  19. Belíssimo post Salvador, intrigante o tal EM Drive. Se imaginarmos que em 1900 energia elétrica nem existia quase, e em 70 anos depois os caras estavam pousando na Lua… Mas parece que atualmente a ciência dos novos motores espaciais anda na fase estagnada e existe uma necessidade de inovação, crise financeira mundial de fato também tem cortado orçamentos, mas de qualquer forma está na hora de novas idéias florescerem para que a exploração espacial siga com mais força.

  20. Salve Salvador!

    A NASA ou outro instituto de pesquisa já investigou o alegado motor de dobra do Sr. David Pares?
    AAM

    1. Nunca tinha ouvido falar. Dei um Google. Ninguém nunca testou o que ele está fazendo, porque muito provavelmente ele caiu em erros observacionais — exatamente o desafio que os caras da Nasa cuidadosamente (e com sucesso apenas parcial) tentam eliminar.

  21. Todos os comentários da comunidade de físicos é que esse motor não funciona. Se der o contrário, vai ser um tapa na cara de muita gente.

  22. Existe um conceito que trata de gravidade inversa, que ao invés de atrair repele, se esta maquina poderia estar anulando o campo gravitacional e mesmo conseguindo um “empurrão”?

  23. A fonte de energia elétrica seria uma micro usina nuclear como as que equiparam as Voyagers e melhoradas com o tempo de 1970 para os dias atuais? Espero e torço para novidades surpreendentes, mas apenas o tempo nos mostrará.

    1. Teria que ser realmente uma micro-usina nuclear. No caso das Voyager, é só uma fonte radioativa, que converte calor em eletricidade. Muito mais simples do que um reator nuclear de fissão.

  24. Será que é assim que os OVNIS voam? Rsrs.. brincadeiras a parte, a questão do combustível estaria resolvida mas.. e a energia contínua necessária para gerar as microondas, como seria gerada/armazenada?

  25. Olá Salvador! A caixa ressonante possui uma geometria dimensionada de acordo com o comprimento de onda da onda eletromagnética gerada por uma alimentação do tipo magnetron. A polarização (e a potência) da onda eletromagnética é determinada pelo vetor de poyting. Essa cavidade parece um guia de onda oco, portanto, a ondas eletromagnéticas parecem refletir indefinidamente no interior, formando o que se conhece por ondas estacionárias. Na verdade, a cavidade é uma antena transmitindo energia. Outra coisa que observei é que 1.2mN/kwatt é uma relação linear em determinadas condições físicas, no entanto, o sistema é não linear, logo, essa sensibilidade pode aumentar ou diminuir.

  26. Salvador,

    só me esclareça melhor sobre a fonte elétrica instalada neste dispositivo. Ela não seria, realmente, um “combustível” (entre aspas já que não envolve, claro, combustão)? Qual a inovação do EM Drive, se ele é dependente de uma bateria para gerar uma corrente elétrica que gera a tal “radiação eletromagnética”? No caso não estaríamos falando em “motor que opera sem combustível”, mas sim em uma eficiência energética absurda? Obrigado pelos esclarecimentos.

  27. “Claro, fale para a imensa maioria dos físicos que algo vai se acelerar no vácuo sem uma massa propelente que seja capaz de gerar um jato de exaustão na direção oposta, e eles dirão que isso é impossível, pois contraria as leis da física.” -> mas a primeira lei de newton nao diz que um objeto, no vacuo do espaço, continua se movendo pra sempre até que alguma força externa atue sobre ele?

    1. A chave é a palavra acelerar. Acelerar significa mudar de velocidade. A inércia mantém objetos em velocidade constante.

  28. Eu entendi como a nave aceleraria, bem lentamente, mas poderia em tese, com o tempo, atingir velocidades incríveis. Isso é uma rota, permitiria viagem interestelar, hipoteticamente, certo?
    Mas eu pergunto: depois de acelerada a nave, como seria freiada com esse “motorzinho”?

    1. Observação bem pertinente. Quando fazem esses cálculos de tempo de viagem para estrelas próximas, sempre desprezam o tempo de desaceleração. Da mesma forma que desprezam o fato de que devemos manter 1g tanto para avançar como para frear naves tripuladas em viagens tão longas, sob pena de transtornos fisiológicos nos operadores. E não me venham falar em Amortecedores de Inércia!

  29. Mas há quanto tempo eu não lia comentários tão pertinentes, interessados e interessantes! Há luz no fim do túnel do CERN! Congratulations rapaziada!!!

  30. entendo… mas outra coisa seria pensar na homogeneidade dessa espuma quântica que percebemos… seria ela algo que favorece esse pensamento , próximo aqui do nosso orbe? ou quando estivéssemos bem bem longe desapareceria? e nos deixaria a deriva no espaço… só quero dizer q quanticamente o nosso espaço ao redor seja diferente… prq nós e a espiritualidade estamos aqui em dimensões proximas…

      1. Penso que a dúvida do Antônio é pertinente. Temos conhecimento sobre as propriedades do que chamamos de vácuo em regiões conhecidas do universo (mais especificamente do sistema solar). Porém, mal sabemos explicar o que causa esse aparecimento e desaparecimento de partículas. E quando estivermos a muitos anos-luz daqui, como saberemos se esse vácuo em outros sistemas solares ou até galáxias tem as mesmas propriedades? Lembro que há pouquissimo tempo achávamos que não havia nada no que convencionamos chamar de vácuo, então é bem provável que haja diferentes propriedades no que hoje chamamos de vácuo, e que isso pode variar, levando em conta ligares tão distantes com condicionantes tão diferentes (outras estrelas, radiações, campos eletromagnéticos,buracos negros, antimatéria etc.) Tudo isso pode influenciar esse comportamento de particulas que não sabemos nem como nem porque aparecem e desaparecem. Enfim, acredito que só experimentando essa nova tecnologia (se realmente viável) é que conheceremos se ela realmente tem esse potencial.

        1. Não sou um crente. É uma boa aposta racional. Esta semana mesmo recebi um material de um estudo que mediu a força eletromagnética remotamente numa galáxia do outro lado do Universo. É a mesma daqui. A distribuição de matéria também é majoritariamente isotrópica. E a radiação cósmica de fundo também. Não há uma evidência sequer de que o Universo não seja isotrópico. Mas há diversas que apontam na direção da isotropia. Ou seja, eu meramente reconheço uma boa aposta quando vejo uma. 😉

  31. Descobriram como viajaremos entre as estrelas em um futuro proximo!!! Quando descobriram a eletricidade também não imaginavam o tamanho da revolução que essa descoberta iria causar em pouco tempo…

    1. E a alimentação. Mesmo resolvendo o problema da propulsão teriam que ser viagens não tripuladas. Fora todo o sistema elétrico/eletrônico e o oxigênio.

  32. A analogia do “coice” de 30 meganewtons que precisamos pra escapar a gravidade é errônea. Apesar da violência do número, só é necessário tudo isso por que o foguete pesa diversas toneladas, e não é só um “coice” mas uma “sequência” praticamente constante de força, então não se compara a um coice. A diferença de velocidade entre cada “coice” infinitesimal não é muito grande, por isso o foguete sobre devagarinho no começo e depois aumenta a velocidade. É necessário também que a propulsão vença a resistência do ar na atmosfera, o que aumenta bastante devido às dimensões do foguete.
    Então, em teoria, um foguete pra uma pessoa sem combustível que não perde massa em teoria não precisaria de muito mais newtons que o próprio peso pra conseguir chegar a outros planetas.

    1. Sim, é verdade. Mas para levantar um quilo você precisa de +10 N. Pra levantar 1 tonelada, uma nave para uma pessoa que não embarque combustível, vamos imaginar, você precisa de 10 kN. Vai ser bem difícil elevar essa tecnologia a esse ponto. Por isso que, para sair da Terra, combustão química ainda parece ser a melhor opção. E “coice” foi modo de dizer. É um coice de 10 minutos. rs

      1. Mas não precisa levar uma astronauta. Basta uma nave de dimensões mínimas, que leve instrumentos que certamente serão miniaturizados.

  33. VALE LEMBRA QUE O HOMEM FOI A LUA COM UM COMPUTADOR QUE TINHA 2KB DE RAM, E HOJE NOSSAS MEMORIAS RAM SÃO QUANTAS VEZES MAIS RÁPIDAS…

      1. A Lua, satélite natural da Terra… hum você não acredita que o homem foi até lá? Em qual das vezes? Na primeira das seis (ou sete)?

    1. 2 KB é indicativo de capacidade de armazenamento, não de velocidade. Não faz sentido o seu comentário.

    2. 2kB de RAM me parecem pouco até mesmo para os computadores da época, mas pode ser. Tem que pesquisar. Eu tenho um DGT-100 (clone TRS) de 1980 com 48kB de RAM 🙂 ainda funciona. Só o interpretador Basic come uns 12k.
      Já quantas vezes mais rápidas as RAM de hoje são, na época dos 286/386/486 era mais ou menos na casa de 100ns, hoje em dia estão na casa de +- 5ns (mais pra mais, pra menos tem que fazer um oc brabo com a voltagem. Pente de RAM frito no lanche rsrs).
      Salvador, você que manja do assunto, seria possível fazer os cálculos de uma viagem a Marte, ou da sonda de Plutão, com as máquinas de 1969? Acho que eles teriam que começar os cálculos com alguns anos de antecedência rs.

    1. Nesse caso, de uma fonte ligada a ele. Mas, claro, para uma espaçonave, seria preciso paineis solares ou, para voos para longe do Sol, um reator nuclear.

  34. Salvador, supondo o fracasso de tecnologias alternativas a tradicional que temos para propulsores ,ainda assim teremos chances praticáveis de viagens planetárias ou essas viagens ficarão indefinidamente nas pranchetas?É correto afirmar que enquanto dependermos de algum combustível que tenha que ser levado durante as viagens, essas viagens nunca vão ocorrer?

    1. Viagens interplanetárias podem ser feitas com combustão química, os bons e velhos foguetes. Os planos do Elon Musk para Marte estão 100% baseados em combustão química. A Nasa trabalha com combustão química para levar os astronautas, e propulsão elétrica/iônica para carga.

  35. Isso é tecnologia reversa, copiada de ovnis que se acidentaram e foram capturados pelo exército americano e levado para a Área 51.

    1. o nome disto que vc tentou descrever não é “tecnologia reversa”, é “engenharia reversa”…

  36. Só pra esclarecer !
    A primeira proposição desse tipo de propulsão não teria partido de conceitos teóricos de um cientista indiano ?

  37. Prezado Salvador,

    Sugiro uma correção na subtítulo que aparece no site do uol para esse artigo. Lá informa ao leitor que o motor não requer combustível (um propulsor elétrico também não precisa de combustível pois não há combustão). Isso leva o leigo a pensar que não é necessário energia para o mesmo funcionar. O correto é dizer que o mesmo não precisa de propelente.

    1. Sim, mas é fato que ele não precisa de combustível mesmo. Propelente seria o termo mais preciso, e é o que eu coloco no texto (até para dirimir essa dúvida, que apareceu bastante nos comentários), mas ninguém conhece. Não dá para pedir para o UOL trocar combustível por propelente. Como primeira aproximação, acho que está correto (tanto que usei no meu título também). Se o cara quiser entender, vai precisar ler. rs Abraço!

  38. Na realidade as leis da física não foram reescritas nem modificadas. Continua a valer o que aprendemos na Engenharia. Há uma fonte de energia eletromagnética que realiza um pulso, originando o momento e por conseguinte o movimento. Continuam valendo as leis da Termodinâmica, de Newton, etc. Somente a ausência de um “combustível” é que faz toda a diferença. Sinceramente é fantástico mas não me deixou ‘estupefato’, pois ainda há muito o que se fazer e não se sabe o quanto de energia seria necessário para uma viagem interestelar movido por este sistema, nem a sua rela viabilidade.
    Não quero ser presunçoso ao afirmar que não me espantei com a descoberta, mas é que sendo Engenheiro, sempre estou a pensar nas alternativas que existem neste mundo, ainda que loucas e impossíveis, por que a imaginação é fértil.

    1. Claro que viola as leis física, viola a lei de conservação de momento pelo fato de não haver uma massa de reação. Não basta haver energia, tem de haver massa para ser lançada e ganhar momento na direção oposta. Essa energia do vácuo é apenas uma suposição, então não da pra falar que este motor está conforme os parâmetros das leis da física atual.

    2. Talvez o colega não tenha compreendido então como o dispositivo realmente é. Ele viola a terceira lei de Newton, e consequentemente a conservação de momentum. A fonte que gera o pulso jamais conseguiria propelir um sistema fechado no vácuo pelo nosso entendimento atual da Física, sem que haja a expulsão de alguma coisa (o propelente). Em outras tecnologias sem propelente, como velas a laser, há transferência de momentum entre os fotons que atingem a vela e a nave. Nesta, o momentum é gerado dentro da nave e portanto não há como a nave como um todo ser propelida por ele.
      Eu diria que são necessários mais testes, já que os valores medidos são muito pequenos e pode existir algum erro experimental que não esteja sendo levado em conta – a nave pode estar expelindo íons, por exemplo. Mas é extremamente excitante a possibilidade de uma nova revolução na Física.

  39. Pode – se dizer que o motor funciona sem massa para gerar empuxo mas usa uma fonte de eletricidade de bastante energia para funcionar o que seguramente limita bastante sua utilização pelo que pude entender do artigo!

  40. Nenhum segredo e titulo errado de motor impossível: coisa conhecida há séculos sabida como propulsão ionica e só isso. Nao passa de um magnetron, ou seja, qualquer motor de micro-ondas funcionando no espaço, se deslocara. Não entendi o título.

    1. Não é propulsão iônica. Não há íons sendo acelerados e arremessados para fora da nave. Você não entendeu o título, nem o texto. 😛

  41. Bom Dia Salvador.
    Quando eu li sobre este motor a alguns meses , tentei imaginar como ele funcionaria.
    Imaginei a Espuma Quântica . Com partículas e antipartículas aparecendo ao acaso do vácuo . De alguma maneira o motor consegue agarrar estas partículas e antipartículas e joga-las para fora do motor. Promovendo ação e reação. Mas assim que estas partículas e antipartículas saem do motor elas voltam a colidir e a desaparecer . Fazendo assim a ação desaparecer , mas mantendo a reação .

Comments are closed.