Terráqueos, eis aí vosso planeta!
Já estamos acostumados às incríveis imagens da sonda Mars Reconnaissance Orbiter, com sua câmera de alta resolução, que revelam os mais incríveis detalhes da superfície marciana. Mas nada nos preparou para isto. Ela acaba de apontar sua poderosa lente para seu planeta natal. Eis aí a Terra e sua Lua.
A imagem acaba de ser divulgada pelo JPL da Nasa e exigiu uma pequena malandragem — combinar exposições diferentes para pegar detalhes tanto da Terra quanto da Lua, uma vez que nosso planeta, com suas nuvens brancas, é bem mais brilhante que nosso satélite natural. Fora isso, é como um astrônomo marciano poderia observar a nossa bela Terra, a mais de 200 milhões de km de distância. De lá, nosso planeta pode ser visto em fases!
E, se você prestar bastante atenção, pode notar os australianos dando tchauzinho para a câmera!
Aproveite a ocasião e a sexta-feira para fazer um tour guiado com o Mensageiro Sideral por eles, em 360 graus!
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Salvador, desculpe por te encher o saco, mas…
Tem um erro de concordância no título. “Terráqueos” está no plural, mas o pronome “teu” está no singular.
Você está correto. É “vosso”. Corrigirei! 🙂 (Mas o link preservará para sempre meu erro de concordância! rs)
Post muito legal! Parabéns
No momento dessa foto, nós aqui no litoral Sul do Brasil estávamos vendo um risquinho de lua minguante recém nascida no mar…
Achei estranha essa foto:
1. A fonte de luz de ambos os corpos está à esquerda de quem olha a foto, a ~90º.
2. A translação da Lua acompanha basicamente a linha do Equador da Terra.
3. A relação Terra-Lua na foto parece estar em desacordo com a posição que se esperaria, de um planeta com inclinação de ~15º e sua Lua.
Ihhh, falei bobagem…. a eclíptica é 23º e não 18º…. 😛
forgeta, forgeta.
Bem, você já se corrigiu, então suponho que esteja tudo certo agora com a realidade. 😉
Como visto na imagem, claramente plana hahahahahah
Hehehe
É CGI.
Segundo eles, não existem fotos reais do planeta. Só CGI da NASA.
AHAHAHAHAHHAHAHAHA
A distância da lua até a terra é de 30x o diâmetro dá terra, e na imagem cabem no máximo umas 5. Está fora de proporção
A Lua está no fundo, quase passando atrás da Terra. Escolheram esse momento pra fotografar pra registrar o lado da Lua visível da Terra.
Andre, veja aqui:
http://gizmodo.uol.com.br/terra-lua-de-marte/
Tem uma imagem bem legal da distância real, em escala.
😉
Perspectiva…. só isso…. perspectiva….
Oi Salvador. Uma dúvida.
Pela sombra que a própria Terra projeta em si mesma, podemos concluir que a foto foi tirada num ângulo que coloca ela – a Terra – e o Sol no mesmo nível.
Então por que a lua aparece desnivelada?
A órbita da Lua não é exatamente alinhada com o Sol. Se fosse, teríamos eclipses solares e lunares a cada duas semanas!
De fato, pelo que observamos e conhecemos o universo, a Terra é única em sua categoria.
Unica em sua estrutura, em seus princípios antrópicos e em sua abundancia de vida.
Não é atoa que Frank Borman (astronauta norte-americano que comandou a missão Apollo 8) comovido ao observar tamanha maravilha de nosso lar, não exitou em ler ao vivo, em rede mundial, as passagens da criação da Terra, narradas no livro do Gênesis.
🙂
Cri… cri… cri…
E você acredita no que está escrito no Genesis?
Sério mesmo?
Um dia contei um pedaço daquela história pra minha filha de 3 anos e ela, dando uma gargalhada, falou: “Pare papai! Conta uma história de verdade!”
Olha, vindo de uma pessoa que tem a fé cega que o universo surgiu por uma explosão do nada (ex-nihilo) que a vida surgiu SOZINHA em uma uma poça de lama, que seres INFERIORES a amebas viraram gente, tenho certeza absoluta que até mesmo EU riria da versão de Gênesis contada por ti. 🙂
Ó o Ad hominem aí, gente!
Pensando aqui: essa foto não seria uma boa prova de “calibração” daquele trabalho (se não me engano de um brasileiro) sobre análise espectral na busca de exobiologia?
Se fosse espectral, sem dúvida.
Fala-se em encontrar traços de vida em planetas através da assinatura espectral de suas atmosferas. O que conseguiríamos se tentássemos com a Terra? Alguém já respondeu esta pergunta? Talvez, com uma qualidade próxima a esta, seja possível detectar até nossa luz artificial. Valeu!
Sim, já cogitaram usar a Terra como modelo de exoplaneta, observando com sondas distantes. Num exemplo intrigante, usaram até a reflexão da luz da Terra sobre a Lua num eclipse lunar para extrair o espectro de transmissão da Terra! https://arxiv.org/pdf/1405.4780v1.pdf
Também é famoso o estudo feito com a sonda Galileo durante um sobrevoo da Terra, em que os pesquisadores buscam “sinais de vida” nela. (Mas num flyby era moleza!)
Valeu! Boa sacada a do eclipse lunar. Só li o abstract e passei o olho no resto. A mensagem sobre a dificuldade de dimensionar a água é bem interessante. Senti falta de alguma comparação com a precisão dessa medição com o que teríamos num caso de um (exoplaneta) candidato próximo e os meios existentes ou planejados de observá-lo. Poderiam usar os resultados para projetar os próximos observatórios dedicados a exoplanetas. Talvez isso fuja à especialidade dos pesquisadores.
Escrevendo isto me surgiu uma questão: quais são as sub-áreas mais destacáveis da Astronomia? Sou matemático, nós temos álgebra, geometria, análise, probabilidade, sistemas dinâmicos… Existe algo como “engenheiro astrônomo” (um cara que projeta telescópios e observatórios)? Seria um tema interessante para um post? Abraço!
Pietro, a astronomia tem diversas áreas “destacáveis”. A cosmologia estuda a origem e evolução do Universo; a astrofísica estuda os processos físicos envolvendo os planetas; a mecânica celeste se dedica aos movimentos dos astros; a ciência planetária (ou, como é menos comumente chamada, planetologia) foca em estudos de corpos subestelares (uma espécie de “geologia não terrestre”); a astrobiologia foca nos aspectos astronômicos relevantes à compreensão da evolução da vida; e por aí vai.
Não há “engenheiros astrônomos”, até onde eu sei. Quando se desenvolve um novo telescópio, os astrônomos se saem com as especificações, e cabe aos engenheiros descobrirem como construí-lo. Claro que há interação entre os grupos, e os astrônomos mais competentes manjam muito de instrumentação, mas não existe quem faça as três coisas sozinho — especificar, projetar e construir um telescópio de alta tecnologia. Abraço!
varios se AChm os exp. quero ve expl.na rua. bando d ffqro
Argumentun ad baculum. Não tem inteligência, apela pra ameaças físicas. Típico analfabeto com QI de ostra em coma.
QI de ostra em coma… kkkkkkkkkkkkkk. Essa foi MUITO boa.
seus coment. trazem pensamentos aos quais.escolas num pergunta.sendo eu um curio como devo voa
Como bom piccareta, desconfio que está foto é feita pelo famoso sistema Italiano chamado “Montaggio” popularmente conhecida por montagem, senão vejamos:
Tamanho desproporcional entre os astros e cadê as estrelas de fundo? Esqueceram de colocar?
Oh boy.
Olha pelo lado bom, pelo menos ele não acha que a Terra seja plana (acredito eu, pelo menos)…
Salvador, você exclamou igualzinho ao cara da série Quantum Leap kkkkkkkk
Rapaz, vou tentar explicar o porquê das estrelas não aparecerem.
Para capitar a luz das estrelas ao fundo a câmera teria que ajustar a sua lente para uma maior sensibilidade a luz. Sim, as estrelas estão lá no fundo. Só depende de ajuste para captar mais luminosidade do meio, registrado com isso o tênue brilho delas.
Acontece que uma maior sensibilidade à luz também implica numa maior sensibilidade daquilo que o observador deseja registrar na imagem, que no caso foi o conjunto Terra/Lua.
Um ajuste para captar mais luminosidade, aumentaria o brilho da Terra e da Lua de forma demasiada, ofuscando aquilo que o observador quer registrar que é a própria Terra e a Lua e não as estrelas no fundo.
Não se pode ter o melhor dos mundos, o uma bela imagem da Terra/Lua ou uma imagem das estrelas ao fundo.
Não se pode ter o melhor dos dois mundos*
E quem não é fã do Dr. Sam Beckett? 🙂
O escritor Arthur. C. Clarke já dava uma explicação parecia nos romances “Náufragos da Lua” e “SOS Lua” (A Fall of Moondust”, 1961). Usando apenas como meio de transmissão de imagens a televisão ordinária, descrevendo-a no século 21. Sistemas digitais, nem se imaginava então.
Se aparececem estrelas, aí sim seria uma montagem.
Funciona assim: Primeiro vc ajusta a sensibilidade ISO dá câmera para captar a luz das estrelas e bate a foto. Em seguida vc despreza as estrelas e se preocupa agora com a luz que será captada dá Terra e sua Lua – outro ajuste no ISSO – outra foto.
Agora com essas duas fotos fica fácil, usando um bom programa de edição de imagens, montar o quadro com a Terra, a Lua e as estrelas no fundo.
Viu? Agora sim temos uma montagem.
Tem até um vídeo do canal do Salvador, “Mensageiro Sideral”, que explica porque as estrelas não aparecem nas fotos.
Até postaria o link aqui, se não fosse bloqueado no meu computador, mas faz uma forcinha, você vai encontrar, e achar a explicação muito boa!
Ver Austrália aí forçou um pouco né Salva.rsrs.Pode ser nuvens alí no hemisfério sul, e será que a foto correta do planeta não era para estar invertida? Abraços…
É a Austrália, segundo a Nasa. E eles sabem a que hora tiraram a foto, o que permite uma identificação segura. 😉
Salvador,
Qual o nome da belíssima peça para piano no começo da parte I?
Rapaz, coloquei o crédito na descrição do vídeo, peraí…
As músicas na Parte I são: “Nocturnal Waltz” e “Proof Of Majestic 1” (Johannes Bornlöf)
Muitíssimo obrigado, meu caro!
Vou procurar a partitura (e continuar acompanhando o blog, claro!)
Abraço!
ualll! Salvador, que foto! Até emocionei 🙂
Para nós que observamos tantos planetas a distancia, é muito interessante ver a Terra observada de tão longe. Uma pequena joia azul.
E que câmera potente essa da Mars Reconnaissance, nunca imaginei que seria capaz de uma foto dessa da Terra a 200 milhões de quilômetros com essa resolução.
Ela é danada. Faz fotos na escala de menos de metro em Marte. 😉
Poe danada nisso… Vênus é só um pouquinho menor do que a Terra, e daqui nós o enxergamos tão pequeno, pouca coisa maior que um ponto, embora muito brilhante. Se estivéssemos numa espaçonave em órbita de Marte e olhássemos na direção da Terra, acho que veríamos algo parecido com o que vemos daqui quando olhamos para Vênus, estou certo?
Quer dizer: a diferença entre o pontinho brilhante que um astronauta veria, olhando a Terra a partir de Marte a olho nu, e essa belíssima imagem, tudo isso se deve à p. capacidade da sonda de dar zoom? Incrível.
Belíssimo!
Salvador, desculpe pois talvez essa materia não seja apropriada para a questão abaixo…
acabo de encontrar um video (Youtube), com mais de 600 mil visitas, da National Geographic, meio alarmista acerca das condições atuais e deficiencias do Hubble, inclusive de sua continua queda em órbita. Vc pode dar maiores informações a respeito? Grato!
O Hubble vai pifar em algum momento da próxima década. Mas ainda está longe. E eventualmente vai cair. Mas ainda está longe. rs
O Hubble de foi pensado para que fosse trazido de volta à Terra, né?
Só que isso foi planejado para ser feito a bordo de um ônibus espacial, nave essa há muito foi aposentada.
Se ainda sim o tio Sam quisesse, poderíamos trazê-lo de outra forma com as naves hoje disponíveis?
Não, em tese poderiam formular um plano para trazê-lo, mas nunca pensaram a sério nisso, porque o ônibus espacial não podia descer com o mesmo nível de carga com que subia, por questões de segurança. Sem o ônibus então, trazê-lo está fora de cogitação. Podemos acoplar um motor a ele e derrubá-lo de forma controlada, para não ferir ninguém. E só.
Essa imagem me faz viajar muito. Sensacional!! Valeu Salvador!
É maravilhosa! Espero que eu esteja vivo para ver uma imagem assim de um exoplaneta! 🙂
Esse é exatamente meu sonho, Salva. Se eu puder ver uma única imagem de um exoplaneta com essa qualidade, já seria uma realização. Mas com 33 anos, e os passos de tartaruga que a NASA é obrigada a dar (ainda podendo piorar com Trump), acho muito difícil. Me resta transmitir esse fascínio pra minha filha, de 2 anos, para que esse sonho possa continuar vivo depois que me for.
Ah, não perca a esperança. Uma foto dessas pode estar a uns 20 ou 30 anos de distância, ainda mais com Proxima Centauri dando sopa! 🙂
Oi Salvador✌
Infelizmente não sou assinante então não sei se minha dúvida seria esclarecida na matéria.
Essa foto está fora de escala né.
A distância entre si da Terra e da Lua na foto parece estar muito pequena.
Não, a foto está em escala. Eles pegaram a Lua quando estava passando atrás da Terra, quase alinhada, por isso a distância aparentemente pequena.