Astronomia: Busca por planetas em Alfa Centauri

Telescópio passa por atualização para procurar planetas terrestres em Alfa Centauri.

ALÔ, VIZINHO
A busca por planetas em Alfa Centauri, o sistema estelar mais próximo do nosso, a 4,3 anos-luz daqui, está prestes a entrar numa nova e empolgante fase. Um instrumento instalado no VLT (Very Large Telescope), o mais avançado observatório óptico do mundo, no Chile, será modificado para tirar fotos de possíveis planetas que existam por lá.

A CONTA, POR FAVOR
As modificações necessárias no instrumento Visir, um imageador e espectrômetro de infravermelho, serão bancadas pelas Breahthrough Initiatives, um conjunto de ações financiadas pelo magnata russo Yuri Milner para buscar evidências de vida fora da Terra e desenvolver as tecnologias requeridas para missões interestelares ainda nesta geração.

O MUNDO DE PROXIMA
O ano passado já foi empolgante para os fãs de Alfa Centauri, quando cientistas descobriram um mundo de porte similar ao da Terra ao redor de Proxima Centauri. Conhecida também como Alfa Centauri C, ela é a menor das três estrelas do sistema. Agora, a ideia é usar o VLT para buscar mundos parecidos com o nosso nas duas irmãs maiores de Proxima, Alfa Centauri A e B.

SEM GIGANTES
Observações anteriores já descartaram a existência de planetas gigantes por lá, como Júpiter ou Netuno. Mas astros menores ainda podem existir. Será? A distância entre as duas estrelas é de cerca de 11 unidades astronômicas — mais ou menos a mesma que separa o Sol de Urano, o sétimo planeta da família solar. Talvez a proximidade tenha atrapalhado a formação de planetas. Talvez não.

NOVA TEMPORADA
A busca já dura décadas, e teve alguns quases. Em 2012, um grupo chegou a anunciar a descoberta de um planeta com o tamanho da Terra em uma órbita rápida em torno de B. No fim, rolou um “desculpe, foi engano”. Em 2015, o Hubble foi usado e ofereceu pistas de um possível planeta, de órbita mais longa. Mas o resultado foi inconclusivo. Com as modificações no VLT, finalmente teremos respostas. A expectativa é que o sistema esteja pronto para iniciar observações em 2019.

A coluna “Astronomia” é publicada às segundas-feiras, na Folha Ilustrada.

Acompanhe o Mensageiro Sideral no Facebook, no Twitter e no YouTube

Comentários

  1. Pessoal,

    se vocês quiserem saber como devemos retornar, perguntem a quem nos trouxe aqui, concordam?
    Eu acredito que o próprio universo irá nos responder, visto que até esta data não criamos nada, apenas copiamos precariamente.

  2. “Se houver um meio razoável de atravessar as distâncias interestelares, é improvável que não o descubramos nos próximos mil anos.”

    Salvador, considerando que a ausência de prova não é prova da ausência… (para vc essa frase deve ser familiar, a outros leitores sugiro que a leiam devagar, o conceito não é tão difícil de captar quanto pode parecer à primeira vista).

    Pergunto: supondo a hipótese de que NÃO EXISTA jeito de atravessar distâncias interestelares (hipótese que eu pessoalmente acho bem plausível). Será que nos próximos mil anos conseguiremos provar a inexistência dessa possibilidade a seres corpóreos? E não poderia vir daí uma possível prova de que alienígenas nunca visitaram a Terra?

    Veja bem, se alienígenas existem ou não, inteligentes ou não, pluricelulares ou não, autotróficos ou não, baseados em carbono ou não, dependentes da água ou não, tudo isso é outra conversa. A questão aqui é: existindo ou não, acho impossível terem vindo para cá, mas por enquanto isso é só um achismo visto que a absoluta impossibilidade da transposição de distâncias interestelares, embora pareça uma hipótese plausível, (ainda) não foi cabalmente provada.

    1. Aliás, permita-me elucubrar um pouco… Suponhamos que exista um jeito de percorrer distâncias interestelares. Há de custar um absurdo, tanto para desenvolver a tecnologia quanto depois, para executá-la. Alguém poderia argumentar: mas quem disse que alienígenas são capitalistas? Aí eu respondo: o dinheiro é, grosso modo, só uma autorização que temos de consumir recursos, ao fazê-lo transferimos essa autorização a outra pessoa, em troca de ela nos ter fornecido os recursos que desejamos ou de que necessitamos. Aliens podem, se existirem, ter “moeda de troca” muito diferente da nossa, mas para desenvolver um tremendo aparato que lhes permita viagem interestelar, certamente precisariam de MUITOS recursos, inclusive tempo de dedicação, etc, essa necessidade (de recursos, qualquer que seja a metodologia de troca) é inevitável e é o que eu chamo de “custo”, não confundir com dinheiro de humanos.

      O custo altíssimo não poderia ser bancado só pelos astronautas, mas teria que haver “pessoas” no solo interessadas na empreitada. E, a não ser que eles tenham uma longevidade milhares de vezes superior à nossa (milhares mesmo, essa palavra foi literal, não uma mera hipérbole), certamente o primeiro voo interestelar aconteceria muitas gerações depois dos primeiros investimentos na área.

      Aí o primeiro voo decola, acelera gradualmente (para que a força g não mate os astronautas nem desconjunte a nave) até uma velocidade de muitos milhares de km/s. Quando está meio “próximo” ao destino (a vários meses, talvez anos, do fim do trajeto), inicia a desaceleração, tão gradual quanto a aceleração pela mesma razão. O fato é que, durante o “voo de cruzeiro”, em velocidade altíssima, os astronautas têm uma percepção de tempo diferente, isso pode até viabilizar a viagem, mas exclusivamente do ponto de vista dos astronautas. Enquanto passam 50 anos no solo, podem passar, sei lá, uns 30, ou até menos conforme a velocidade, dentro da nave. Beleza, para “pessoas” absurdamente aventureiras (que nunca mais verão as respectivas famílias, é o “custo” da aventura que eles se dispõem a pagar!) a viagem pode ter sido viabilizada pela distorção temporal causada pela velocidade.

      Mas para os investidores e trabalhadores que tanto se dedicaram à missão e ficaram no planeta, a chegada ao destino leva muito mais tempo do que na percepção dos astronautas. E depois que os aventureiros, “bandeirantes alienígenas”, finalmente chegam ao destino e enviam uma mensagem contando as novidades aos compatriotas, leva anos e anos para a mensagem chegar, e será recebida por uma equipe que os astronautas sequer conhecem, pois várias gerações passaram desde sua partida. Pois acelerar a velocidade da radiação eletromagnética certamente não é possível.

      Conclusão: é meio difícil imaginar a REALIZAÇÃO de viagens interestelares. Tanto daqui pra lá quanto de lá pra cá.

      Perguntinha simples ao Salvador e aos comentaristas: concordam?

      1. José, acho que já provamos que estamos dispostos a gastar enormes recursos (leia-se “dinheiro”) em prol do conhecimento. E a quantidade de conhecimento gerada por uma expedição interestelar será enorme. Eu diria que só se houver um impedimento prático e fundamental à realização de viagens interestelares elas não serão realizadas.

      2. Muito boa sua elucubração, José. Vou elucubrar um pouco mais em alguns pontos. Fique livre pra continuar, discordar, aprofundar, debater:

        1. Talvez os recursos sejam baratos para uma civilização mais adiantada.

        Nós estamos pensando em uma viagem interestelar com a nossa cabeça de hoje. Imagine Santos Dumont pensando em ir à Lua. Virtualmente possível, mas só com uma tecnologia muito superior à disponível. Todavia, temos condições de mandar expedições até o planeta vizinho a um custo baixo (para a Humanidade). Então, talvez uma sociedade alienígena já evoluída o suficiente, que não fez da navegação espacial uma prioridade, possa já realizar essa viagem a um custo baixo, se assim o quiser.

        2. Tempo de viagem

        Para o astronauta, quanto mais perto da vel. da luz, mais rápido. Então a viagem poderia ser “curta”. Ele jamais veria seus familiares, fato. Mas e se não tiver nenhum? Um solteirão cujos pais já morreram? E será que familiares são importantes em uma civilização tão diferente? E será que sequer existem familiares?

        3. Buracos de minhoca

        E se de fato existem? E se eles têm tecnologia para encontrá-los?

    2. José, se viagens interestelares foram impraticáveis, isso ajuda a explicar a ausência de visitas alienígenas, mas não ajuda a explicar seu silêncio em transmissões interestelares…
      É uma questão complicada. Pelo que já sabemos hoje, tendo a não considerar viagens interestelares impraticáveis. Mas mil anos é tempo de sobra para refutar ou confirmar essa visão preliminar.

      1. Salvador, obrigado pelas duas respostas. Concordo contigo, e tenho uma impressão de que viagens interestelares NÃO tripuladas podem sim ser viabilizadas, com a condição de que as “pessoas” (humanas e/ou aliens) se disponham a investir recursos como tempo, dinheiro e esforços em um projeto a ser finalizado por gerações futuras. Enquanto acharem que não dá para começar um projeto se não for possível de ser concluído por uma equipe que tenha no mínimo alguns integrantes presentes do início ao fim, ou seja, se o projeto tiver prazo de menos de 1 século para ser concluído, enquanto a humanidade pensar assim será complicado.

        Quanto aos extraterrestres, tenho uma tendência de achar provável que, SE existir vida extraterrestre inteligente (cuja inexistência seria a mais simples explicação para o silêncio de transmissões de rádio), talvez seja possível que enviem sondas não tripuladas. Visitas extraterrestres tripuladas, se eu tivesse que apostar, apostaria que nunca vieram. Até porque… Se esses “caras” primeiro, existissem; segundo, fizessem todo aquele esforço de empreender uma viagem provavelmente SEM VOLTA, haveriam de fazer tudo isso para ficar escondidos, só alimentando teorias de conspiração?

        Muito mais plausíveis os balões do projeto High Dive e os bonecos do Mogul (ou seria o contrário? Agora deu branco). 🙂

        1. Foi mal, era o contrário mesmo. Balões do Mogul e bonecos do High Dive.

          Se alienígenas viessem mesmo para cá, o maior impacto que já causaram teria sido ajudar os USA a esconder alguns projetos ultrassecretos que, sem a ajuda “alienígena”, teriam dado bandeira em plena Guerra Fria.

  3. Se Proxima Centauri e Alfa Centauri são do mesmo grupo porque parece um vagalume desnutrido ao lado de um holofote de 50.000W ?

    1. Porque Proxima é muito pequena, e Alfa Centauri AB são duas, e do tamanho de um Sol cada uma.

  4. Salvador, Já estive procurando pelo app worldwise, acredito que a Próxima centauri, por ter a propriedade de cor vermelha(M), e também se localizar na linha próximo ao centro da galaxia , esteja um sistema solar que emite e recebe , ampliada de quantidade de radiação infro-vermelho, por isso no mais tardar , não exista possibilidade de vida.
    Tenho a teoria que só estrelas , que tem cor próxima da amarela (G2V)(F,G,F), possam ter condições de vida. devido a estabilidade do carbono. mudando de assunto, acredito que a quantidade de matéria escura(espaço intocado),já que a a circunferência de expansão do universo, esta sobre razão cubica^3, x o raio, dai atingindo o quântico estado base 2-6 base, tri-síncrono ressonante e por seguinte atingindo teu estado quântico, que esta se metabolizando em matéria neste momento mais a quantidade de espaço que esta se tornando em vácuo quântico tri-síncrono gravitacional gravitacional,, estão influenciando no aumento empuxo gravitacional, que esta acelerando a expansão do uni-verso.

    1. caro Salvador vc precisa colocar um tradutor pra gente entender o rapá !!!!Complicado ficar perguntando pro Google cada frase dele !!
      Mas …lendo suas respostas abaixo deu pra notar um certo pessimismo quanto as viagens interplanetarias que muitos sonham que a humanidade possa fazer algum dia.Sou leigo na vd.,mas leio muito e lendo a gente aprende.De fato teriamos que aprender muiiiiita coisa para ousar fazer uma viagem dessa com segurança.Gostei de sua explanação sobre religião e radicalismo seja religioso ,seja qual for…em tempo …sou evangelico mas não venho aqui para pregar ,nem o que leio aqui tira minhas convicções,tem mais …tive que assinar o uol por causa do mensageiro !!!! Mas fiz para agregar conhecimentos.Continue assim Salvador,porque esse é um dos poucos blogs que a gente tem prazer em ler.
      abraços.

      1. Perfeita sua posição, João! Quanto ao Gilberto, ele é incompreensível mesmo. Quando estou de bom humor, deixo passar. Se a mensagem dele é muito, muito longa, ou cheia de links, ou estou de mau humor, barro por aqui mesmo. De toda forma, você pode pular direto quando vir o nome dele, porque não vai fazer sentido algum sempre. 😛

        1. Até seria interessante conhecer pessoalmente o Gilberto Pessagno, para entendê-lo melhor. Deve ser boa pessoa, apesar do raciocínio meio destrambelhado que não conseguimos compreender. Talvez ele apareça no seu próximo lançamento de livro, Salvador!

      2. eu acho que o gilberto é um daqueles robots que postam mensagens sozinhos, do tipo daqueles softwares geradores de “lero-lero”…

  5. Mano Salva, farei uma provocação, bem ao estilo do William Waack.
    SE, .. hoje, … com a nossa atual tecnologia, levamos 65.000 anos em média, para chegarmos com um ser humano em Alfa Centauri, fato este, totalmente inviável e irrealizável como tu bem sabes, pergunto:
    Na tua previsão bem otimista, quantos anos, décadas, séculos, ou milênios, conseguiremos tal feito, com total segurança, tipo rotina normal?

    1. Transporte de gente? Não sei se em algum momento faremos isso, para ser honesto. Acho até que sim, mas não sem que haja uma grande revolução tecnológica. Como revoluções tecnológicas não são previsíveis, não saberia dizer exatamente quando. Mas, considerando que o conhecimento evolui em ritmo exponencial, ou faremos isso, digamos, nos próximos mil anos, ou não faremos e ponto final.

      1. Não creio que se possa dizer o conhecimento cresça eternamente em nível exponencial… pode haver um momento em que se conhece tanto que a curva comece a diminuir o ritmo do crescimento, e novos avanços se tornem cada vez mais raro. Ou pode ser que não. Não dá pra afirmar uma coisa nem outra, acho.

        1. Acho que o conhecimento não vai encontrar um muro, primeiro porque estamos sempre aprimorando nosso entendimento de coisas que já conhecemos, segundo porque estamos sempre conhecendo coisas novas. Com o Universo inteiro aí fora, acho difícil vermos um aplainar do conhecimento. A não ser — e esse eu acho que é o fator mais determinante, na verdade — que a população sofra uma redução radical E que não haja um aumento paralelo do percentual de cientistas na população. Com menos gente, menos cientistas. Com menos cientistas, menos pesquisa. Com menos pesquisa, menos conhecimento.

          1. Então, como eu disse, não se pode afirmar. Há outras possibilidades também: crescimento dos Estados em detrimento da iniciativa privada, crescimento do Socialismo, por exemplo… .são fatores que certamente serviriam como obstáculo ao crescimento científico.

          2. O ponto é: se houver um meio razoável de atravessar as distâncias interestelares, é improvável que não o descubramos nos próximos mil anos.
            (E não vejo o crescimento dos estados ou do socialismo necessariamente como barreiras fundamentais — embora ache improváveis as duas coisas, a despeito desse soluço momentâneo antiliberal que estamos vivendo. A União Soviética produzia muito mais ciência do que a Rússia atual, só para dar um exemplo rápido.)

          3. A URSS produzia ciência no âmbito bélico, e só. As TVs soviéticas dos anos 90 equivaliam às americanas dos anos 50. Os carros deles eram Lada. Tudo isso foi desenvolvimento científico barrado por um sistema que não recompensa o mérito. A exceção (ciência bélica) não é crédito do socialismo em si, nem do Estado inflado, mas sim da guerra fria. Tanto que aconteceu o mesmo do outro lado do oceano, num país com pouco Estado e muito capitalismo.

            Mas fala mais sobre “improvável não acharmos nos próximos mil anos”…. eu não faço a menor idéia do que possa levar às viagens interestelares…. creio que só mesmo aquilo que chamas “revolução científica”.

          4. Bem, no âmbito espacial, eles saíram bem à frente dos americanos. Mas podemos fazer o raciocínio inverso: os americanos não teria passado os russos se não fosse a Guerra Fria. Acho que, claro, a competição ajuda no desenvolvimento, e para isso o capitalismo é bom, mas exploração espacial, pelo menos até amadurecer, tradicionalmente consome muito dinheiro, e isso exige apoio estatal. Se o estado for fraco, omisso ou indeciso (circunstâncias muito comuns nas democracias liberais), fica mais difícil avançar. Não por acaso a China no momento tem um plano muito mais consistente de exploração espacial tripulada do que os EUA, que ficam mudando de ideia a cada nova administração. (Veja, não estou defendendo regimes ditatoriais ou socialistas; acho a democracia liberal, literalmente, a ÚNICA bolacha do pacote; só estou apontando que há aspectos em que ela é mais ineficiente, não menos desejável.)

            Por fim, vamos mesmo precisar de um breakthrough (não tanto uma revolução) para voo interestelar. Se vai acontecer? Não sei. Mas se o avanço da ciência frear, vai ser provavelmente por nossa própria proficiência. Então, de todo modo, num prazo razoável, ou ela descobrirá como fazer voo interestelar, ou descobrirá que é inviável. Acho mil anos um número bom, seguro.

      2. Senti pessimismo no teu argumento: (…” ou não faremos e ponto final”, … ).
        Mas gostei da tua acertiva; (… ou Faremos nos próximos mil anos,..).
        Considerando, a grande evolução tecnológica entre os anos de 1980 até 2017, me permita ser menos pessimista.
        Minha predição é que, por volta do ano de 2.217, já estaremos navegando muito próximos da velocidade da luz, e que, para chegarmos até a Próxima Centauri, nem haverá a necessidade de hibernação.
        Tudo leva a crer que, viajaremos numa nave totalmente inteligente, que nada mais será que um mega computador quântico, gerenciado por inteligência artificial, responsável pela navegação interestelar e, onde seremos meros passageiros de primeira classe tipo: tripulação, executivos, investidores, cientistas, exploradores ou exo-imigrantes.
        Gostou, Mano?
        Abs, …

      3. Acho que a possibilidade da velocidade de novos conhecimentos reduzir-se é real. Na verdade acho que a aquisição de novos conhecimentos deverá ficar cada vez mais cara com potencial para reduzir a velocidade. Mas sempre podemos desenvolver uma tecnologia revolucionária que volte a acelerar o processo novamente.
        Agora, relativo a quando as viagens entre as estrelas se tornarão corriqueiras, inclusive com o transporte de pessoas, acho 1000 anos otimista. Ai podemos evocar o Paradoxo de Fermi. É provável que existam civilizações por ai 1.000.000 de anos mais evoluída que a nossa. Mas, se existem, devem ser raras, pois não nos acharam e nós não as detectamos.

  6. Salvador, você concorda com a visão de Richard Dawkins que o Cristianismo é o único meio de combater o Islã radical? E que deveríamos estar considerando isso seriamente hoje em dia? Parece uma luta desigual mesmo, de um lado falar mal do cristianismo é fácil, de outro basta mencionar o assunto que já é tachado de intolerante, vai saber.
    Pelo menos eu vivo de boas com meus vizinhos crentes…

    1. Acho que o único meio de combater qualquer coisa radical é com a força da lei. Não vejo no que o Islã radical é diferente das Farc ou do IRA. São facções que querem impor suas condições ao resto das pessoas. Se um é movido por Alá e Maomé, o outro é movido a cocaína e o terceiro quer a independência do seu país, isso é detalhe. São grupos armados e violentos dispostos a ferir inocentes para tentar fazer avançar suas causas.

      Tentar atacar o Islã radical com o Cristianismo obrigará os cristãos a um Cristianismo radical, para se contraporem ao Islã radical. Aí, em vez de termos um grupo abominável, teremos dois. Well done.

      Na minha opinião, o problema do Islã radical é o radical, não o Islã. Portanto, não será contrapondo com outra religião que você vai resolver o problema. Só irá agravá-lo. Vide Mr. Trump.

      O melhor jeito de combater grupos radicais é com a defesa da liberdade. Esse é o valor que se contrapõe a eles e é o valor que nos diferencia deles. Às vezes essa defesa pode obrigar ao uso da força — e não sou contra ataques maciços contra as bases do Estado Islâmico, contanto que voltados a alvos militares. Mas nunca à intolerância e muito menos à imposição de uma religião (seja ela qual for), algo que todo mundo civilizado já admite que é uma má ideia, depois de várias más experiências históricas.

      (Numa nota final, os cristãos já tiveram a vez deles, mas foi nas Cruzadas. Desde então, é consenso que essa foi uma má ideia e só justifica a violência que vem do outro lado. Vamos ficar nesse joguinho até quando? Alguém tem de parar. Quer ser cristão? Dê a outra face. ;-))

      1. Excelente posicionamento, Mano Salva.
        Na minha singela visão, o ideal seria um mundo sem religião.
        Esses segmentos religiosos fanáticos, são apenas fatores de desestabilizações sociais e de descriminizações, onde prevalece, “a minha religião é melhor que a tua”.
        Com a ausência de religião, evitaríamos guerras, morticínios, escravizações, e até mesmo, o dito holocausto.

        1. Eu não digo que um mundo sem religião seja o ideal. Não sei nem se é possível. O que eu defendo é um mundo sem a imposição da religião.
          No fim de semana, conheci uma pessoa que é umbandista. É fascinante ouvir diferentes perspectivas sobre o sobrenatural, porque elas refletem a própria variedade do pensamento humano. Por que não podemos celebrar essas diferenças e achar interessante que o cristianismo é diferente do judaísmo, que é diferente do islamismo, que é diferente do umbandismo, que é diferente do budismo, que é diferente do espiritismo? Não é interessante ver em quantas coisas o ser humano pode acreditar? E nada impede que você prefira acreditar numa dessas em particular! Mas acho uma riqueza cultural incrível todas essas crenças — inclusive as do passado. As religiões politeístas eram interessantes também. As animistas. E por aí vai. Todas elas refletem um modo interessante de ver o mundo. Todas merecem existir e todas merecem respeito. Não precisamos de um mundo sem religião. Precisamos de um mundo sem radicais, oportunistas e cabeças de prego. 😛

      2. Olá Salvador. Curiosa sua “nota final” sobre as cruzadas. Não sabia que você era versado em história. A julgar pelo rigor científico de seus comentários sobre astronomia, suponho que a conclusão a que você chegou foi baseada em investigações muito bem fundamentadas dos fatos históricos relativos àquele processo. Se for possível, gostaria que você indicasse a bibliografia que deu suporte à sua tão judiciosa afirmação. Um abraço.

        1. Não, não fiz nenhum estudo profundo de história. Mas já passei pelo Ensino Médio. Sei como os europeus empreenderam as cruzadas para tomar a “Terra Santa” ocupada pelos islâmicos naquela época. Sei que foi uma carnificina de cristãos contra muçulmanos. E, embora seja compreensível do ponto de vista histórico, não é defensável de maneira alguma. Nenhuma carnificina é defensável se você considera que todos os seres humanos têm direito à vida, pouco importando sua crença nesse direito. Da mesma maneira, o terrorismo islâmico é compreensível do ponto de vista histórico — dois séculos de imperialismo europeu/norte-americano não viriam sem sequelas –, mas não é defensável de maneira alguma. Nenhuma carnificina é defensável se você considera que todos os seres humanos têm direito à vida, pouco importando sua crença nesse direito.

          Então eu é que pergunto: diga-me aí o que mais eu preciso saber para abalar minha certeza de que nenhuma guerra “santa” é justa, por definição.

          1. Vamos ficar, então, no nível do ‘Ensino Médio’, Salvador. As cruzadas não foram uma “carnificina de cristãos contra muçulmanos” como você de forma simplista afirma. A razão pela qual cristãos europeus foram ao oriente, foi, resumidamente, para ocupar Jerusalém (a Terra Santa) e impedir as hostilidades que os grupos cristãos que lá viviam desde a época de Cristo estavam sofrendo dos árabes muçulmanos os quais, em nome de Alá e do seu Profeta, pretendiam expulsá-los da região. Hostilidades, de resto, ao molde daquelas praticadas hoje pelos membros do Estado Islâmico. Houve carnificina? Sim. De ambos os lados, afinal era uma guerra pré-convenção de Genebra. O conceito que temos hoje de “barbárie” era estranho aos costumes de então. Devo notar, no entanto, que não se pode atualmente acusar os cristãos, como grupo, de crueldade remotamente parecida com a dos islamistas ‘radicais’, dos quais os cristãos são, agora, neste mesmo instante, vítimas – e, muito menos, na minha opinião, compensar crueldades atuais por supostas crueldades de antanho, como você parece fazer ao justificar o Isis e seus degoladores pelos “dois séculos de imperialismo europeu/norte-americano”. (A propósito, Salvador, uma das maneiras mais eficazes para se identificar um argumento de ‘ensino médio’ é ver como se enfia o “imperialismo norte americano” no debate. Em qualquer debate. De geopolítica à jardinagem. Dos dois séculos de imperialismo que você detectou, os americanos só chegaram prá valer durante a Segunda Guerra mundial quando combateram os nazistas e seus aliados no norte da África. De resto, sua participação recente no Afeganistão, Iraque, Líbia e adjacências, em termos de mortes de muçulmanos, não faz nem cócegas aos valentes do Estado Islâmico). Sim, Salvador, eu também sou contra qualquer guerra, “justa” ou “injusta”. Defendo a vida humana desde sua concepção até sua a morte natural.
            Quanto à pergunta final – que parece não ter muita conexão com meu primeiro comentário, nem, a rigor, com sua resposta a ele, vamos lá: Eu não saberia dizer, e na verdade nem me atreveria a tal mesmo que o soubesse, o que você ou qualquer pessoa precisa saber para abalar uma certeza sobre o que quer que seja. Eu leio seus comentários sobre astronomia e aprendo com eles sem qualquer temor de que me abalem as certezas. Li seu comentário sobre as cruzadas e entendi que não tem a mesma solidez teórica dos outros. Por isso me manifestei. E, sabendo como você preza o conhecimento, atrevo-me a indicar um livro sobre o tema. Chama-se Impérios do Mar, de Roger Crowley, historiador inglês especialista em história do Oriente, que narra, de forma absolutamente fascinante o confronto entre os reinos cristãos e o império otomano pelo controle do Mediterrâneo, no século XVI. Ecos das cruzadas estão ali. A editora, ora veja! chama-se Três Estrelas. Abraço.

          2. Veja, *CLARO* que eu não conheço as Cruzadas da mesma forma que conheço astronomia. Eu ia passar vergonha se tentasse transmitir qualquer outra coisa. Ainda assim, de novo, baseado em meus parcos conhecimentos de natureza básica, parece-me claro que “libertar” Jerusalém sempre foi uma desculpa expansionista, como muitas que vimos ao longo da história. Mas posso estar errado. De todo modo, a única coisa que eu disse — e que acho que é ponto pacífico — é que os muçulmanos devem ter visto as Cruzadas da mesma forma que vemos hoje o terrorismo islâmico — como uma carnificina injustificada. Mas, claro, se precisamos lembrar carnificinas cristãs, não precisamos nos ater só às Cruzadas. Temos também a Inquisição. E fora do âmbito católico, mas ainda cristão, temos a famigerada — e historicamente recente — Ku Klux Klan. Então, é uma ilusão achar que muçulmanos são mais violentos que cristãos. Seja qual for a sua religião no âmbito da tríade judaico-cristã, se você seguir seu livro religioso ao pé da letra, atrocidades não só estão perdoadas como são encorajadas. O Velho Testamento fala de matança justificada de infiéis, do mesmo modo que o Corão. A questão toda é o quanto você realmente trata esses textos antigos como mais do que talismãs para uma crença supersticiosa. Se levá-los a sério demais, acaba com a obrigação de matar os que não seguem sua religião, escravizar pessoas e cometer abusos semelhantes. Abraço!

          3. Salvador, você argumenta de forma brilhante quando se trata de astronomia. É admirável. Sério. Por isso é difícil, prá mim, entender o seu raciocínio atual. Então veja: realmente é ponto pacífico que os muçulmanos da Terra Santa se horrorizaram com a chegada dos cruzados que viram como a encarnação do mal absoluto – como QUALQUER povo invadido se horrorizou com os invasores – como os chineses viram os mongóis de Gengis Khan, os árabes viram as tropas de Alexandre, os Celtas viram as legiões Romanas, os Poloneses viram as tropas de Hitler, os mesmos Poloneses viram, depois, as tropas de Stálin, etc. etc.

            Mas essa não é a questão principal nem a falha que eu aponto na sua argumentação. Não é o seu desconhecimento histórico sobre as cruzadas, que você mesmo reconhece, e sim a sua ideia absurda de que existe uma espécie de relação de causa e efeito entre uma suposta violência bárbara cristã do passado e uma real violência bárbara islâmica, documentada, disponível no you tube, que ocorre hoje. E você reitera essa lógica torta trazendo à baila, também de forma simplista – e errada – a Inquisição e a KKK.

            Ora Salvador, não existe nenhuma justificativa quer seja moral, quer seja histórica, que “compense” barbáries separadas por séculos. Não é logicamente possível argumentar, como você faz, que o Estado Islâmico de hoje é o “troco” que os cristãos recebem por conta das Cruzadas de setecentos anos atrás. Cito você: “…os cristãos já tiveram a vez deles, mas foi nas Cruzadas. Desde então, é consenso que essa foi uma má ideia e só justifica a violência que vem do outro lado.” A verdade, Salvador, é que existiram vários séculos de batalhas entre cristãos e muçulmanos a permear esses acontecimentos, para um das quais, aliás, eu dei bibliografia no meu comentário anterior. O processo histórico, Salvador, não se traduz – pelo menos em debates sérios – em galhofas do tipo “Quer ser cristão? Dê a outra face.”

            Salvador, você até pode “torcer” para os muçulmanos bonzinhos contra os cristãos malvados, mas isso não é argumento fundamentado. Como não são fundamentados seus comentários “bíblicos” que procuram justificar a barbárie islâmica de hoje à conta de batalhas passadas. Quando você toma o texto do Velho Testamento ao pé da letra, sem ponderar, em termos de evolução social, os milênios que nos separam dele, você mimetiza o fiel testemunha de Jeová que vai te acordar no domingo de manhã e diz que a bíblia proíbe que você coma cheeseburger. A diferença, Salvador, é que ele realmente acredita nisso, enquanto você está usando argumento semelhante apenas para sofismar.

            O seu preconceito contra religiosos – sim Salvador, o nome disso é preconceito – faz com que você, por inversão psicológica, tome toda e qualquer discordância aos seus argumentos como um “ataque da Fé contra a Razão”, ainda que o discordante, como é o meu caso, não argumente com base em preceitos religiosos ou mandamentos bíblicos. Eu critiquei um argumento seu com base em fatos históricos, reais. E a realidade não permite a comparação entre o ISIS e a Inquisição ou a KKK porque são fenômenos de natureza absolutamente distinta. É como comparar a massa de um corpo com a velocidade de um outro corpo para determinar qual é o maior dos dois…

            Sabe porque estou criticando você, Salvador? (“Salvador”, veja só!) Por que você é muito melhor do que os seus comentários preconceituosos. Abraço.

          4. Não estou querendo traçar um elo causal direto entre a violência cristã do passado (e do presente, se considerarmos a KKK) e a violência islâmica do presente. Estou querendo apontar que o radicalismo religioso é ruim em qualquer circunstância, e que os cristãos ofendidos do presente parecem se esquecer de seu próprio passado. Parece ser ponto pacífico para qualquer pessoa civilizada que qualquer tipo de violência motivada pela religião é digna de repúdio. Você concorda com isso? Concorda que as Cruzadas são tão recrimináveis quanto o terrorismo islâmico moderno?

        2. Do mesmo modo que gosto de ler sobre Astronomia, gosto de ler sobre História, especialmente a Antiga e a Medieval. E vejo que o Salvador está correto na sua comparação ao citar as Cruzadas. Elas foram uma barbárie expansionista cristã, e não a única, pois o cristianismo se impôs pela força em muitos países europeus e nas Américas. Hoje, como você disse, não se pode acusar os cristãos de barbaridades, mas isso porque houve um relaxamento na própria doutrina, graças ao Iluminismo e à democracia. Protestantes e Católicos não mais se matam como no passado, enquanto que Sunitas e Xiitas continuam a se matar, tanto quanto matam cristãos, hindus etc.

          1. Radoico, O salvador é fera em astronomia. Você é menos do que medíocre em história. Não se meta em debates de gente grande.

          2. Ei, que é isso, rapá. Vamos todos ficar na paz. Sem ofender. E aqui todos os debates são abertos a todo mundo. Não fosse o caso, teria barrado o seu comentário, inflamatório e sem conteúdo.

      3. A questão é bem essa. Nossa raça, o homo dito sapiens tem apenas 200.000 anos e apenas 50.000 anos que começou a se diferenciar pela tecnologia. Mas a carga genética, a competição, a brutalidade é a mesma de nossos ancestrais. Somos capazes de ser tão brutais quanto aqueles da idade média ou dos primórdios da civilização. A coisa vai melhorar mas estes instintos selvagens só sumirão (ou não) com a evolução da espécie. E 200.000 anos é muito pouco. A revolução se dará pela cultura e alto conhecimento das massas. Vai levar tempo ainda.

        1. Já demos curto-circuito na evolução. 200 anos atrás uma mulher precisava ter 6 filhos para simplesmente se alcançar a taxa de substituição populacional. Hoje, consideramos uma tragédia quando qualquer um morre antes dos pais.

          Atualmente não abrimos mão de ninguém, e as crianças que não teriam chance no século XVIII por qualquer condição que seja, hoje vivem além do tempo necessário para serem elas os pais. Praticamente já não há mais influência da seleção natural, visto que não desistimos de ninguém (onde há estabilidade, comida e assistência médica para isso).

          Então, na minha leiga opinião, não conte com a evolução biológica para suprimir qualquer traço que nos ligue aos nossos antepassados – a única maneira de mudar isso é cultural. Leva um tempo, mas é bem mais rápida do que a evolução.

      4. 1º – Para que não sabe, até hoje os árabes usam a palavra “Rums” para se referir a “Canibais. Alguém chuta a origem dos nome???? Vem de “Romanos”!!!

        Alguma coisa eles, os “Franj” (Francos) aprontaram por lá, para merecerem esta alcunha, vocês não acham??? (Fonte: “As Cruzadas vistas pelos Árabes”, Amin Maalouf. um “grande” livro).

        2º – Apesar do meu “nome”, eu sou basicamente um agnóstico (parece que vc também o é, não Salva?). Mas só sou agnóstico até alguém tentar vir me enfiar a obrigação de seguir alguma religião. Na mesma hora eu viro um ateu radical, hahahaha

        O nome Xangô Menino é uma bela música do Caê, que as maravilhosas Gal & Bethânia gravaram no primeiro “Doces Bárbaros”.

        1. Sou agnóstico e sinto o mesmo impulso de dizer que sou ateu se abordado por alguma testemunha de Jeová. 😛

          1. Hehehe … Salvador, Veja bem! Pelo menos um de seus leitores/ouvintes é testemunha de Jeová. O lado positivo é que dificilmente eu vá lhe abordar visto que moro no RS 😉

          2. Nada contra, Felipe. Mas vocês têm um hábito, que já virou anedota, de bater à porta dos outros para convertê-los. Imagine como seria chato para pessoas desinteressadas se eu virasse “Testemunha de Carl Sagan” e saísse de porta em porta oferecendo para falar sobre “a palavra do Cosmos”… rs

          3. Salvador, você foi polido mas contraditório … “nada contra, mas” – quem nunca!. Mas não é meu objetivo convencer ninguém em seu blog sobre isso – nem gerar uma discussão sobre este assunto – pelo contrário, assim como você eu também fiz uma brincadeira sobre a situação. Sobre carl Sagan, é um dos meus autores preferidos. Nas poucas vezes que comentei em seu blog, em duas ou três vezes eu citei ele. Abraço

          4. Não fui contraditório. Soletrando: Nada contra alguém ser Testemunha de Jeová (ou pertencer a qualquer outra denominação religiosa), tudo contra ficar enchendo o saco dos outros — e isso inclui hipotéticos divulgadores de ciência que saiam impondo sua visão a quem não quer ouvir, como exemplifiquei. 😛
            E, sim, o Carl Sagan é *quase* uma unanimidade. 😉

          5. Soletrando: não vim discutir ou provar nada, foi só uma brincadeira – relax man! – pensei que a construção frasal irônica fosse óbvia. Sobre a argumentação “nada contra, mas”, não sou eu quem diz que é falha. Mas perceba que não fui contrário ao seu argumento e sim a construção dele. São coisas diferentes – droga! Já estou discutindo também!

          6. OK, temos ambas boa vontade, não queremos brigar e isso que importa! Obrigado por visitar e por participar da discussão! 🙂

  7. Impressiona a quantidade de estrelas que se observa em direção ao centro de nossa galaxia.

  8. Sacanagem essa Folha querer COBRAR por conteúdo na internet!! E a liberdade de informação, onde é que fica? Bem vindos ao capitalismo, amigos, Trump e Temer tiram sarro de você que não faz nada. E você começa a achar normal que algum boçal cobre por postada.

      1. Toin…. hehehe

        Inclusive, o New York Times passou a cobrar pelo acesso as matérias “completas” e o que aconteceu???

        1 – Muitas pessoas passaram a pagar, só para poderem ter acesso a um material de qualidade muito superior;

        2 – A qualidade das matérias e jornalistas contratados subiu “imediatamente”.

        Infelizmente, não vai ser você ser adepto destas “teorias (estúpidas) de conspiração”, do trump, temer, Dória(na), 7 famílias “donas do mundo”, etc e tal, que va fazer vc enter algo do “Mondo Real”.

        Sai da Matrix, tiononô, hauhauahu

    1. Até concordo com vc que esse modelo de negócios da Folha seja meio ultrapassado. Mas, Tio Nonô, fica o questionamento: como você fazia valer sua “liberdade de informação” na época em que só havia jornal impresso??? Lia o jornal do passageiro ao lado no ônibus?

        1. Alguém pagou pelo jornal que você lê emprestado, amigo. Duvido que você se dedique a fazer um trabalho desses, profissional, para valer, de graça!

    2. Ai ai… esse pessoal da esquerda acha que as coisas tem que ser dadas e que não precisam pagar por nada.

      Querem socializar o mensageiro sideral, querem socializar a Folha. Como se cobrar por um conteúdo fosse moralmente errado. Na vida tudo tem um valor. Quem trabalha de graça é relógio.

      Mas, pensando bem, o Salvador Nogueira até tem cara de capitalista malvadão 😛

      1. Veja, nada contra um mundo em que todo mundo trabalha por gosto, para dar o seu melhor e se aperfeiçoar, e necessidades materiais não existem mais. Seria lindo. Acredito que isso um dia vá ser possível e vivo, de minha parte, fazendo coisas de graça por aí — dando palestras, dando uma força na divulgação de projetos — simplesmente porque acredito que essas ações podem tornar o mundo melhor. Infelizmente, ações desse tipo não resolvem o meu problema pessoal de pagar as contas da minha família. É aí que a Folha entra. Do mesmo jeito que ela cobra do assinante, eu cobro dela. É como o mundo atual funciona, a despeito de quaisquer sonhos utópicos que possamos ter. E é o que me permite ter tempo para fazer coisas que são de graça, como o YouTube. (Confesso que, com a inflação dos últimos dois anos, cada vez menos tempo para coisas de graça.)

        1. Salvador, você estava falando do universo de Jornada nas Estrelas? kkkkkkkkk

          Em “Trekonomics”, Saadia examina a “pós-economia” do universo da Federação Unida de Planetas, onde o dinheiro é desnecessário porque tudo pode ser produzido em “replicadores”, máquinas que convertem energia em matéria e sintetizam desde alimentos até peças para naves espaciais. E de graça. A Terra do século 23 eliminou a escassez através da tecnologia.
          A “ausência de escassez” produz uma sociedade onde dinheiro, preços ou mercados são irrelevantes. E também não existe lucro. Num mundo assim, por que as pessoas dedicariam suas vidas a projetos, carreiras e invenções, sem a expectativa de retorno material?

          http://vida-estilo.estadao.com.br/blogs/o-estilete/trekonomics-a-economia-do-futuro-de-jornada-nas-estrelas/

          1. Victor, não pense que eu não enxergo os paralelos com Star Trek, mas estou me referindo a tendências que já enxergamos hoje. A Suíça tentou aprovar um programa de renda mínima para todos os seus cidadãos recentemente (a ideia foi derrotada por plebiscito). A Finlândia está adotando, em regime de projeto piloto, uma ideia similar. Em algum momento, as economias terão de ter essa rede de proteção social, porque a inteligência artificial e a robótica vão roubar a maior parte dos trabalhos hoje feitos por humanos. Elon Musk outro dia defendia essa mesma ideia — um programa de renda mínima para todos os cidadãos.

            Soa meio absurdo, mas a tecnologia não permitirá outro caminho. Vamos combinar que hoje mesmo a civilização já mantém toneladas de sub-empregos apenas como política social. Estamos deixando esse problema ficar no caminho do progresso. Os ônibus precisam de cobradores? (Na Europa não têm.) Os supermercados e farmácias precisam de caixas? (Em Los Angeles fui numa farmácia que não tinha caixa; fiquei surpreso! Você passa os produtos via código de barras, enfia o dinheiro ou o cartão na máquina e vai embora. Mais um emprego sumiu!) Carros começaram a andar sozinhos!

            Mesmo em trabalhos que exigem um pouco mais de fosfosol as coisas já estão se complicando. O Washington Post usou nas Olimpíadas do ano passado, pela primeira vez, um gerador automático de notícias: textos simples, básicos, para dar resultados esportivos. Mas é um começo. Inteligência artificial fazendo jornalismo de dados. Até ontem, só humanos faziam isso. E a tendência é que cada vez menos profissões sejam domínio exclusivo dos humanos.

            Resumo da ópera: a não ser que você seja excelente no que faz, e o que você faz seja realmente especial, cedo ou tarde vai aparecer um Asimo para tomar o seu lugar. Isso será o sinônimo de uma sociedade miserável e infeliz ou o início de uma sociedade próspera e mais humana?

            Eu imagino o futuro da seguinte maneira: o dinheiro vai continuar existindo. E a ambição também. Se você quiser ter Rolls-Royce e iate, vai ter de trabalhar muito ou inventar algo realmente genial e ganhar sua grana do modo tradicional — vendendo produtos e serviços e com isso ganhando mais e mais. Sempre haverá uma certa cultura do macho alfa do carro grande e do pinto pequeno. Faz parte das raízes da sociedade humana e não vai sumir.

            Agora, será que não podemos deixar o resto de nós, que não querem Rolls-Royces e iates, um pouquinho mais felizes? Suponhamos que as necessidades básicas — moradia, alimentação, saúde, educação, segurança e uma módica quantidade de lazer — sejam asseguradas de algum modo, financiadas pela alta produtividade e pelo baixo custo das máquinas, aquelas coisas maravilhosas que não pedem férias, não exigem limites na jornada de trabalho, não brigam com os colegas, não se demitem e não pedem licença por motivos de saúde. Será o direito de cada ser humano, por nascimento, não passar fome e não ter necessidades básicas desassistidas. Até uma cervejinha no fim de semana ele vai poder tomar. Por direito. Se ele quiser mais, terá de trabalhar. Mas o trabalho será um bônus.

            Há quem argumente que isso é uma distopia, que criaremos uma civilização de vagabundos encostados. Será? Como eu mencionei antes, faço tantas coisas sem ganhar nada material, apenas pelo gosto de fazê-las, de compartilhar as ideias e sentimentos que acho válidos, de tentar fazer do mundo algo melhor, mais bonito, mais encantador do que eu encontrei… e, claro, aprender com isso, eu mesmo me melhorar a cada partilha, porque toda troca é de mão dupla. Estou aqui escrevendo, mas também lendo o que vocês escrevem. Estou aprendendo. Sempre. E enxergando beleza na vida e no Universo. Isso não é motivação suficiente?

            Para muitos, tenho certeza, seria. O maior prazer de ser vagabundo é o da rebeldia, o de contestar as normas do sistema. Se você tira essa norma, muita gente acabará, em algum momento, decidindo que quer ser produtiva, quer fazer algo diferente… nem que seja um vídeo no YouTube, um poema, jogar bola, jogar videogame — todas atividades que, a rigor, já fazem parte de uma indústria que só tende a crescer: a indústria do ENTRETENIMENTO.

            Agora, claro, haverá aqueles que não vão mesmo querer fazer nada. Sempre, mesmo nas mais prósperas civilizações, haverá pessoas assim. OK. Elas devem sofrer e morrer? Vamos deixá-las na rua, mergulhadas numa poça de 51? Ou podemos abandonar essa mesquinhez e admitir que elas têm um direito inalienável, como seres humanos, a condições mínimas de vida, mesmo sem fazer nada pela sociedade? Ser humano não basta para ter direito à dignidade?

            E outra. Argumenta-se: todos têm de contribuir para a sociedade. E aí fingimos que o sujeito que está na repartição pública carimbando papéis que não servem para nada, o sujeito que está fazendo um serviço que um computador faria bem melhor e mais livre de erros, o sujeito que está recolhendo tíckets na entrada do cinema, e tantos outros, estão prestando um grande serviço à sociedade. Really? Não, eles estão sendo submetidos a trabalhos toscos por uma única razão: eles precisam do trabalho para sobreviver, e o sistema explora aqueles que precisam do trabalho para sobreviver pagando-os o mínimo possível — mas apenas enquanto as máquinas não se mostram ainda mais baratas. Mas o tempo está se esgotando. Em breve as máquinas serão de fato mais baratas, além de já serem mais eficientes. E aí lascou-se.

            Defender esses subempregos e tratá-los como “contribuição à sociedade” são quase aquela ideia soviética de que todo mundo tem de ter uma função. Não, vamos admitir que num mundo permeado pela inteligência artificial, muitas pessoas, talvez a maioria, não terão grande função, senão a de se aprimorarem e tentarem deixar o mundo mais bonito com algo que possam criar. E se por acaso elas não queiram fazer nada, que vivam suas vidas com um mínimo de conforto, pago em duras prestações por todas as gerações que a antecederam para dar à luz esse paraíso tecnológico que talvez, apenas talvez, possamos construir.

            Enquanto isso não acontece, eu sigo escrevendo para a Folha em troca de uma grana, e a Folha segue cobrando assinaturas pelo conteúdo qualificado que ela agrega. E vamo que vamo! 🙂

          2. Infelizmente, vivemos num mondo de bens escaços.

            Então pergunto, qual a conveniência de permitirmos que máquinas nos substituírem ao ponto da mão de obra humana se tornar totalmente obsoleta? Um futuro assim tende a ser distópico.

            Na prática, é impossível acabar com o problema da escassez. Então é impossível desagregar valor de bens e serviços. Por mais que a robótica e as máquinas diminuam os custos de produção e aumente a oferta de bens, do que adianta fabricá-los se ninguém puder pagar por eles?

            Acredito que há de se chegar em equilíbrio, pelas forças do próprio mercado, no sentido de que a demanda seja preservada.

            Uma sociedade cuja economia já substituiu em grande parte a mão obra braçal em via de regra já se tornou mais especializada, pois acaba gerando novos serviços, novas necessidades.

            A melhor forma é apostar no gênio e na inventividade humana, sempre. A tendência é que trabalhos intelectuais continuem a ser uma boa forma de ganhar dinheiro no futuro. Mas se o desemprego se tornar a regra nas sociedades futuras, creio teremos um sério problema.

            Será que as máquina, antes mesmo de se tornarem inteligentes e nos conquistarem conscientemente, poderão levar a nossa civilização ao colapso econômico? kkkkkkkkkkkkk

            No mais fico feliz que Salvador seja uma referência na atividade intelectual, no caso o jornalismo científico. Os leitores adoram o Mensageiro Sideral e até achamos que ele merece um aumento da Folha. 😛

            PS: Por mais que programas como o renda mínima possa parecer algo excelente, penso que a longo prazo pode ser algo problemático, pois, a meu ver, é o mesmo que imprimir dinheiro, terminando por gerar inflação, sem falar que a conta é paga pelo contribuinte.

          3. É interessante essa sua visão. Conte-me mais sobre esse aspecto em particular de eu merecer um aumento. Hehehe
            Zoeira. Entendo o lado distópico disso, mas não sei se é distópico. Ele é distópico se você considerar que trabalho voluntário não existe. Que ninguém trabalha por gosto. Eu sei que isso não é verdade. Se eu ganhasse na Mega Sena amanhã (algo impossível, uma vez que não jogo), eu não ia parar de fazer o que eu faço. Então eu só vejo realmente em risco os trabalhos que as pessoas não gostem de fazer. Esses vão acabar, e devem acabar.
            Sobre a questão da inflação, é difícil dizer. Acredito que não porque acho que a imensa maioria dos bens de consumo continuará exigindo esforço (e recompensas) extra, e as pessoas vão continuar querendo ter esses bens, de forma que a economia deve se manter largamente como está. A diferença é só o ponto de partida. Em vez de ser 0, será X, em que X dá para o cara sobreviver com o mínimo numa boa.

          4. Salvador,

            A visão é bem essa mesmo sobre o futuro das sociedades e dos trabalhos. E nem é tão futuro assim como demonstra esta iniciativa da Finlândia. Sacanagem mesmo é submeter pessoas uma vida inteira a trabalhos que não agregam nada à sociedade ou à vida delas. Trabalham apenas para sobreviver. Um tipo de escravidão moderna.

          5. Pois é, é a minha sensação também. Mas não vamos fingir que não há imensos desafios — culturais, sociais e econômicos — entre o que temos e o que podemos ter. Devagarinho vamos chegando lá. 😉

        2. Ah quer saber, vou ASSINAR só por causa do Salvador, porque com o resto eu tô bem descontente, acho que foi isso que o amigo do post quis expressar. Queremos mais Salvadores nos jornais!

          1. Acho que os jornais impressos ainda devem piorar um pouco antes de começarem a melhorar. Mas no fim encontraremos um modelo novo que funcione nessa era digital. A grande notícia nesse sentido veio no começo de 2017, com o Washington Post, que está EXPANDINDO sua redação, depois de encolhê-la um bocado em tempos recentes. O New York Times também está se consolidando — mas ainda longe de resolvido — como um modelo de negócios baseado em assinaturas. Os caminhos estão sendo trilhados. A travessia é difícil. Mas basta uma olhadinha para o lado (vocês viram o forrobodó do hoax do asteroide no fim de semana?) para compreender que, mesmo com todos os atuais problemas, os produtos derivados da mídia impressa tradicional ainda têm certos parâmetros de qualidade que a new media (ou “mostly fake news”, como queira) nem se sente obrigada a cumprir, uma vez que não surgiu nessa cultura de jornalismo responsável.

          2. A era da internet grátis, desde a informação até os aplicativos, tende a diminuir bastante. Qualquer produto ou serviço de qualidade será cobrado, de uma forma ou de outra.

      2. e ainda fala que alguém “tira sarro de quem não faz nada”
        eu me incluo entre esses “alguém”

      3. Nem relógio trabalha de graça, tem que dar corda ou botar pilha.
        Só se pegarem aquele moto perpétuo que o Salvador postou outro dia e botarem num relógio. Mas mesmo assim, tem que dar o tranco inicial rs.

    3. Crie seu próprio blog, amigo, dedique-se a ele 16h por dia, pesquise, estude, elabore textos de alto nível didático e profissional e não cobre nada por isso (mesmo tendo de pagar para manter o seu site aberto). Será maravilhoso!

  9. Comecei a ler o texto com empolgação e terminei meio sem graça, pois a minha ansiedade me deu a esperança de que não precisaríamos esperar o telescópio espacial James Webber, também previsto para 2019

  10. Com três estrelas orbitando umas às outras, é provável que a interferência de umas nas outras (radiação, gravidade, luminosidade, etc) seja grande, não? Isso interfere nas condições para surgimento, desenvolvimento e manutenção da vida???

  11. Salvador, o sistema Alpha Centauri está em que angulação em relação a nós? É possível ver trânsitos?

    1. Vai saber. Não seria de todo impossível, e o Hubble parece ter visto um em B. Mas como foi um só, não sabemos o período, e não dá para usar o Hubble fixamente apontado para ela para saber (não porque não seja tecnicamente possível, mas porque os astrônomos disputam a tapa cada minuto de observação do Hubble, o que torna inviável deixá-lo vários dias apontados na mesma direção).

      1. Entendo. Essa questão eu também compreendo pouco. Como funciona a gestão da utilização dos telescópios? Provavelmente deve ter um monte de acordos internacionais a respeito, não é? Mas achei interessante o Milner ter comprado tempo de observação também, não sabia que rolava isso.

        1. Em geral, há um grupo técnico que julga os projetos dos astrônomos e avalia o mérito. Mas, claro, há projetos que demandam menos tempo, e outros que demandam mais tempo. O estudo de exoplanetas consome MUITO tempo. Por isso normalmente é feito em telescópios menores e dedicados, como o de La Silla, que ficou praticamente só para isso, e os satélites como o Kepler.

  12. É interessante perceber que os maiores esforços no sentido de revolucionar a exploração espacial não tem partido dos governos e das suas agências espaciais mas sim da mão da iniciativa privada, Elon Musk, Yuri Milner, multimilionários cujas fortunas, no entanto, são maiores do que o PIB de muitos países.

    1. Felizmente, existem os mecenas… Nas artes e nas ciências, na saúde, na Educação… Muitos bilionários, especialmente os americanos e europeus, devolvem parte de suas fortunas à humanidade dessa forma. Os bilionários brasileiros e latino-americanos poderiam seguir esse exemplo, muitos poucos o fazem (Lehman, da Ambev, é um dos que fazem – ele patrocina por ex., uma fundação de estudos brasileiros na Universidade Columbia, em NY.).

        1. Valeu, Victor, muito agradecido! Digo o mesmo de você, que torna esse painel de comentários mais rico em informações. Grande abraço!

    1. Não necessariamente Victor. Uma estrela anã pode orbitar uma gigante como se fosse um planeta. Nesse caso a zona habitável é única, mas imensa

  13. Salvador, faltou explicar como o instrumento trabalhará para obter essas imagens

    Como imageador e espectrômetro funcionará? Suponho que ele trabalha na faixa do infravermelho aonde se consegue observar corpos mais frios de baixa luminosidade.
    Porque só Alpha Centauri? Não dá para apontar o imageador/espectrômeto para outras estrelas próximas?

    1. Ele terá um coronógrafo para barrar a luz da estrela e um módulo de calibragem. Mas parte importante da iniciativa é que o Milner também está pagando tempo de telescópio para fazer a observação, e é preciso bastante tempo para que se possa detectar uma superterra na zona habitável (um Terra ainda estaria além do alcance). Naturalmente, Alfa Centauri é o alvo mais promissor. Mas, uma vez instalado, o sistema poderá ser usado para outras estrelas próximas.

  14. Infelizmente nossa tecnologia ainda não permite nem o envio de sondas para examinar estes planetas 🙁

  15. Salvador, algum exoplaneta chegou de fato a ser avistado/fotografado ou todos foram apenas aferidos indiretamente por meio de variações de brilhos da estrela mãe ou fenômenos semelhantes?

  16. Salvador, e para analisar o espectro de luz da atmosfera do planeta de Proxima e de possíveis planetas em A e B, na busca por indícios de vida? Alguma possibilidade com esse Visir? Ou só com o James Webb?

    1. O problema aí é que Proxima b está muito pertinho de sua estrela — a zona habitável é muito próxima –, o que dificulta a observação. Mesmo para o James Webb não daria jogo, a não ser que o planeta transitasse à frente da estrela — algo que ele aparentemente não faz. Talvez com a próxima geração de telescópios e uma técnica esperta como a que captou o espectro de 51 Peg desse para fazer uma tentativa. Mas estudar Proxima b não é tão trivial, apesar da proximidade…

Comments are closed.