Grupo descobre supernova apenas 3h após luz da explosão chegar à Terra

Salvador Nogueira

Há cerca de 160 milhões de anos, uma supernova explodiu na galáxia conhecida pela sigla NGC 7610. Quando a luz desse evento colossal partiu de lá, os dinossauros ainda reinavam sobre a Terra. Mas, quando ela chegou aqui, em 2013, os reis do pedaço já eram uns tais Homo sapiens, e eles desenvolveram um sistema automatizado para que fossem avisados assim que algo assim acontecesse. Resultado: pela primeira vez um grupo de astrônomos conseguiu captar a assinatura de luz da cataclísmica detonação logo depois que aconteceu. A descoberta foi feita apenas três horas após a primeira luz da explosão chegar aqui. Com isso, na prática, eles puderam testemunhar como são os primeiros momentos de um evento desse tipo.

O resultado, importantíssimo para a compreensão detalhada de como e por quê explodem as supernovas, foi reportado pelo grupo de Ofer Yaron, do Instituto Weizmann, em Israel, em artigo publicado antecipadamente em forma digital pela revista “Nature Physics”.

Temos uma noção bastante boa do processo, mas ainda cheia de lacunas. Sabemos que supernovas como a SN 2013fs, classificadas como tipo II típicas, são o resultado do colapso do núcleo de estrelas com muito mais massa que o Sol, depois que esgotam seu combustível. Os momentos finais, que antecedem a explosão, ainda causam confusão aos astrofísicos.

Isso principalmente porque é muito difícil encontrar uma estrela que esteja realmente na bica — poucos anos — de se tornar uma supernova. Para que se tenha uma ideia da raridade, é improvável que exista hoje na Via Láctea, num conjunto superior a 100 bilhões de estrelas, uma única que esteja a um ano de se tornar uma supernova do tipo II. Assim, é um enorme desafio confrontar os modelos teóricos desses astros com observações.

Por outro lado, supernovas são eventos tão brilhantes que é possível observá-los mesmo quando eles ocorrem em galáxias distantes. O segredo contudo é flagrá-los tão cedo quanto possível. Eis aí a importância da nova descoberta, feita pela varredura iPTF (sigla para Fábrica de Transientes de Palomar), com um telescópio instalado na Califórnia.

Em 6 de outubro de 2013, o sistema detectou a supernova e, depois de três horas (seis a contar do momento em que a primeira luz da detonação chegou à Terra), uma série de observações de fotometria (brilho) e espectro (a assinatura de luz) já havia sido realizada. Monitoramentos posteriores foram feitos em raios X, pelo satélite Swift, da Nasa, e em rádio, com o VLA (Very Large Array), conjunto de antenas no Novo México.

A agilidade permitiu observar o ambiente circundante da estrela antes que a expansão da onda de choque da supernova apagasse quaisquer vestígios. “A primeira observação espectroscópica de uma supernova em sua infância é, portanto, uma realização notável, ao revelar que a estrela moribunda estava envolvida numa densa casca de gás”, escreveu em comentário para a “Nature Physics” Norbert Langer, astrônomo da Universidade de Bonn, na Alemanha, não envolvido com o estudo.

A ESTREBUCHADA FINAL

Os pesquisadores acreditam que o invólucro de gás observado foi fruto de um processo agressivo de perda de massa da estrela durante seu último ano antes da explosão. Eles estimam que ela ejetou algo em torno de um milésimo da massa do Sol só nessa estrebuchada final.

O resultado é consistente com observações de outras supernovas que sugeriam que tal fenômeno fosse possível, bem como com certos modelos do que acontece a essas estrelas supergigantes, que têm centenas de vezes o diâmetro do Sol, ao fim de suas vidas.

Ainda há muito que compreender, claro, mas a SN 2013fs oferece um ótimo conjunto de dados para que possamos testar nossas hipóteses. E, claro, seguimos na esperança de que outras supernovas espalhadas pelo Universo — detonadas muitos milhões de anos atrás — nos possam ser úteis no futuro, assim que sua luz chegar até nós.

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Comentários

  1. Salvador, apesar deste tipo de notícia ser extremamente clara, e os os cálculos precisos sobre a velocidade da luz, não deixa de ser intrigante o fato de você olhar agora para um acontecimento de 160 milhões de anos atrás. Assim não estou olhado um mural com paisagem mas estou enxergando um mural do tempo. Qual o senso de saber agora algo tão antigo? Em termos de universo, o que é realidade? Vemos apenas imagens do tempo. A probabilidade de nossas observações serem o que vemos nos dias de hoje é nenhuma. Como será este passado do universo hoje? E se estivéssemos num planeta neste universo do início dos tempos, o que veríamos? Que dilema.

    1. E isso vale também para a palma da sua mão. Olhe para ela. Você a está vendo como ela era uma fração de segundo atrás, porque a luz leva um certo tempo (curto, é verdade) para ir da sua mão ao seu olho. Então isso não se aplica só às estrelas. Se aplica a tudo. O presente é invisível. Tudo que vemos é passado. E, para tornar tudo pior, eventos simultâneos para um observador não o são para outro — cada um tem a sua própria ordenação de eventos no Universo, além de não poder jamais ver o presente. Boa sorte com isso! 🙂

  2. Nogueira se uma espaçonave parasse no espaço. ..velocidade zero…..ela conseguiria acelerar novamente e ganhar velocidade?

    1. Sim. Mas sempre lembrando que todo movimento é relativo. Velocidade zero com relação a quê?

    1. A pergunta é imprópria. A onda de choque se propaga pela matéria, que se propaga pelo vácuo. 😉

      1. no caso então a onda de choque carregaria material expulso pela estrela na explosão, é isso? A onda seria o próprio material expulso??

        1. A onda de choque se propaga dentro da estrela quando da explosão e expulsa o material externo. Esse material externo, por sua vez, vai se chocar com material expelido anteriormente no espaço, gerando uma nova onda de choque.

    1. Teve um perijuno em fevereiro com novas imagens. Mas como não vieram acompanhadas de informações adicionais, não vi motivo em publicar nada. Agora é mais a agonia de esperar os estudos com os dados dela. Ciência é lenta… rs (Veja que a estrela que faz notícia hoje foi detectada em 2013!)

    2. O complicado na Astronomia – assim como na Ciência em geral – é que não é fácil pesquisar. É necessário ter uma paciência de Jó, estudar milhares de dados aparentemente inúteis, diuturnamente, para, após muito tempo, se chegar à conclusão que não dá para tirar conclusões, que o método foi insuficiente, que confirmou algo já desconfiado ou que nos traz algo novo com muitas novas indagações…

      Teve um cara que disse (não me lembro seu nome), que é muito mais divertido ser astrônomo amador do que profissional 😀

      1. Depois dizem que é tudo chute.
        Que contraria a Lei tal e..a Lei dos Deuses…o que está escrito no versículo tal…Nibiru vai chocar com a Terra(já erraram as datas 7 vezes) e tem mais um choque com a Terra nesta semana(viu esta!!!). Planeta que vai chocar é 7 vezes maior que a Terra, pode bobagem maior!!! kkks
        Estamos quase para morrer Radoico, é bom ajoelhar no milho de pipoca e pedir perdão pelos pecados.
        Vai eclodir olhos para todo lado. rsrs.. Abraço

  3. Desculpe pelo comentário. É que a lei de Poe tem algo de irresistível. Ela diz que é impossível diferenciar um fanático de alguém fazendo uma paródia, pelo fato do fanático já ser, em si, uma galhofa.
    Essa página é muito boa, continue fazendo essas ótimas postagens, Salvador!

    PS: Seu nome é “Salvador”, não tenho culpa, mas dá uns belos trocadilhos religiosos, não tem como negar essa.

  4. “Para elevarmos o espírito, antes precisamos desprezar o mundo.

    Para aceitarmos a verdade, antes devemos renegar os mistérios da vida.

    A empatia deve se destinar unicamente aos desígnios da fé, e para o resto, a mais mordaz antipatia deve sempre caminhar ao lado do açoite da moralidade.”

    Não é fácil escrever sobre eventos longínquos e assaz fantasmagóricos, sabendo que o homo sapiens miserável, não vai além de 2 mil anos atrás, nem o emergente social da fé egoísta – que vê em seus apetites o próprio Deus – consegue rebobinar a história muito mais que isso.

    Porque não desistir então Salvador? Você não acha que no Brasil a ignorância já ganhou?

    1. Acho que a ignorância só vai vencer quando nós desistirmos. Mas, se você olhar para o contexto histórico, e pensar na proporção de analfabetos no início do século passado, eu diria que a ignorância está na verdade perdendo, e usando de suas últimas armas. O processo é lento. Não serei eu, nem a minha geração, a acabar com ela. Mas é inegável que ela está perdendo espaço. Eu diria que vivemos agora um momento especial de aprendizado — aquele em que todos os excluídos passam a fazer parte da rede de comunicação global e, ainda deslumbrados com ela, geram um pitada de caos a um mundo antes aristocrático, mas mais estável. Vamos superar. Sigo aqui, com meu trabalho de formiguinha. 😉

      1. Entendi, é como se os excluídos estivessem testando na própria sociedade suas hipóteses políticas, econômicas e culturais, e isso atraiu em muito a atenção da ignorância, que parece lograr êxito em muitos dos seus encontros com essas pessoas, mas que em breve, assim que a “nova massa” dominar essa aristocracia atual e ficar um pouco mais bem informada, vão conseguir convergir para o que é mais lógico, ou seja, para aquilo que tem de fato verdade e qualidade política, econômica, cultural e poderão entender melhor a ciência e apoiá-la.
        Mas é um processo bem longo mesmo, hein Salvador? Até todo mundo marginalizado entrar nessa onda, e ganhar um mínimo de erudição, imaginação e espaço na sociedade, lá se vão uns 50 a 100 anos? E se a economia e a política ainda estiverem capengando até lá, não duvido nada que demore mais uns 200 a 400 anos de digladiação cultural, se não houver outra grande guerra. É torcer para o planeta aguentar o tranco até lá. Estou muito pessimista?

        1. Acho que é mais do que 50 a 100 anos. Bem mais. Estamos perto de resolver o analfabetismo. O analfabetismo científico ainda leva mais tempo. Mas vamos aguentar o tranco. Estamos há mais de 70 anos sem guerra entre as superpotências. Sinal de que aprendemos alguma coisa já. 😉

      2. Eu também acredito que a ignorância esta diminuindo, o analfabetismo hoje é inaceitável em todos os níveis da sociedade e o acesso fácil à informação esta cada vez mais enraizado, e se é fácil, uma parcela cada vez maior de nossa sociedade irá acumular conhecimento, como num processo de osmose.

        Mas a ignorância se expõe de muitas maneiras, e talvez a pior dela é querer permanecer nela por teimosia, é se tornar ignorante por opção, mesmo tendo toda inteligencia e a capacidade de não ser.
        É o que vemos na postura de uns poucos (mas barulhentos) aqui no blog – e nem preciso citar nomes.

    2. Não entendi essa idade do homem – 2mil anos. Menos até do que diz a bíblia.Só de História temos bem mais. O homo sapiens tem 200 mil anos e os hominídeos, 4 milhões de anos.

      1. Eu entendi que ele considera o homo sapiens de dois mil anos para trás bem miserável em relação ao de hoje. Sinceramente, eu diria 500 para trás e na prática, menos de 100 anos. E ainda há bilhões vivendo na miséria. Estou esperançoso quanto ao futuro, quanto mais o nosso conhecimento (a Ciência) progride, menos gente viverá na miséria.

  5. Olá, Salvador. Acho que ainda na nossa geração veremos uma supernova ocorrendo na Via Láctea! Mais ou menos a cada 100 anos ocorre uma nas imediações.. quem sabe a Eta Carinae? Ia ser um baita espetáculo!

    1. É, a média é uma por século. Me assustei um pouco ao pensar que a estrela que explodiu era bem parecida com Betelgeuse, a famosa estrela vermelhinha da constelação de Órion. Imagine ela como supernova? Mas aí tem chão ainda… rs

      1. Boa tarde, Salvador!
        Quais efeitos poderíamos esperar na Terra se acontecesse algo parecido com uma estrela em Orion? Desculpe a ignorância, sou totalmente leigo
        Abraços

        1. Betelgeuse está a 640 anos-luz de distância, então, a não ser que seu eixo de rotação esteja precisamente alinhado com a Terra (muito improvável) e ela dispare uma rajada de raios gama na nossa direção, estaremos seguros. Mas será um espetáculo e tanto quando ela virar supernova. Porque como gigante vermelha ela já tem um brilho incrível, uma das estrelas mais brilhantes no céu noturno. Aposto que, quando detonar, veremos seu brilho até durante o dia! (Mas as estimativas mais precoces de uma explosão sugerem que vai levar pelo menos mil anos para isso, então não prenda sua respiração. rs)

          1. Salva, aproveitando sua resposta, sabe se existe alguma estimativa atual para Eta Carina?
            Uma vez li que ela é muito instável e esta na iminência de explodir, ou que já até explodiu, mas ainda sua luz não chegou aqui.

          2. É da ordem de dezenas de milhares de anos, e ela está a 7.500 anos-luz. Provavelmente ainda não explodiu. Mas como é difícil compreender esses astros — ainda mais no caso dela, que é dupla –, é difícil ter uma boa estimativa. Por isso já pode ter acontecido.

        2. A radiação da supernova poderia afetar os seres vivos de diversas formas. Dizem que há dois milhões de anos atrás a Terra foi atingida em cheio por uma supernova. O evento pode ter alterado o clima da Terra. Coincidência ou não, há dois milhões de anos atrás o clima da Terra de fato mudou, as florestas deram lugar às savanas na África. As pressões e as modificações do novo ambiente, impulsionaram a evolução dos primeiros hominídeos.

  6. Incrível terem descoberto isto!
    Bom, com os telescópios registrando tudo em uma certa região do espaço, 24 hrs/dia, podem fazer a varredura e detectarem a discrepância do fenômeno desta explosão.
    Daqui pra frente vão ser descobertos muitos outros, não acha?
    Mesmo assim… bom trabalho.

    1. Acho que teremos outros. E o sensacional será quando detectores de neutrinos de próxima geração conseguirem detectar supernovas — aí vão nos dar a direção um cadinho ANTES de a luz chegar, e vamos poder ver todo o processo! (Isso porque neutrinos e luz viajam praticamente à mesma velocidade, mas a luz sofre um atraso por passar pela camada de gás que envolve o astro, enquanto os neutrinos passam lotados.)

  7. Parabéns pela matéria
    Esse assunto é fascinante.
    É nesse momento que o universo cria o que nós somos.
    As peças do quebra cabeça que monta a química da vida
    Fiquei com uma dúvida:
    Eles dão alguma informação sobre a matéria que compõe a “densa casca de gás” em volta da estrela?
    Hidrogênio e Hélio, como seria de se esperar?
    Ou elementos mais pesados, como Carbono e Oxigênio?
    Abçs

    1. O espectro tem um monte de coisa, como seria de se esperar. Copio aqui a legenda que aparece com ele no paper:

      High-ionization oxygen emission lines (O VI λλ3811, 3834, O V λ5597, O IV λ3410) dominate during the first 6–10 h (the O V feature is aected by an instrumental artefact;
      see Methods), while N V λ4604 and He II λ4686 persist for 21 h and 2.1 d, respectively, along with the hydrogen Balmer series. All throughout these first
      several days the underlying continua are blue, and by day 5 the spectrum turns nearly featureless. The indicated epochs are all with respect to our adopted
      explosion time (Fig. 1). An overlay of the four early-time Keck spectra (6–10 h), after subtraction of a λ−3 curve, normalized to fit the continuum of each
      spectrum in the wavelength range 5,000–6,000 Å, is shown in the bottom panel, revealing the similarity of the emission features during this 4 h timespan.
      N V begins to emerge in the last epochs (9–10 h). All spectra have been calibrated to the PTF r-band photometry and corrected for redshift and Galactic
      extinction (E(B−V)MW =0.035 mag).

  8. O sol não é apenas uma luz, o sol é vida; precisamos de sua luz para a saúde do nosso corpo, precisamos de sua luz para gerar o alimento, precisamos de sua luz para a vegetação, precisamos de sua luz durante o dia pois jamais teremos condições de manter a luz elétrica 24 horas todos os dias.
    Quanto a outros planetas, não fazemos ideia; ninguém aqui conhece planeta algum a não ser o nosso próprio. E outra, não há necessidade dessa discussão, pois “QUANDO O SOL MORRER, MORREREMOS JUNTO!”

    1. E isso que o segundo sol não chegou ainda…. quando ele chegar vai trazer paz e transcendência, iluminação mesmo, pra preparar a vinda de Nibiru, nosso próximo lar.

    2. Primeiro tem de esperar Hercólubus em Peixes, Nêmesys no Aquário, 6 Duo Decimal, 1/12 -1/12 a vida intra terrena invadindo a superfície, todos com os olhos eclodindo em Marte.
      Depois disso, morreremos junto!.

  9. Fantástico, fantástico. A astronomia proporcionar aos leigos essas maravilhas do universo a que pertencemos.

  10. Bom dia, SN. Existe alguma possibilidade, em algum momento do futuro, de uma supernova ocorrer estando exatamente alinhada à Terra? Se sim, o planeta teria problemas, certo? Ou teria que haver uma distância mínima para que toda a radiação resultante nos alcançasse? Abraço.

    1. Se houvesse um alinhamento preciso e a uma distância razoável, poderíamos ter problemas. Mas, como você aponta, isso é vastamente improvável.

  11. NÃO PODEMOS DESCREVER COISAS INEFÁVEIS ALEM DO NOSSO ENTENDIMENTO,MAS PODEMOS IMAGINAR ,QUE COM NOSSA CIÊNCIA SOMOS CAPAZES DE REVELAR COMO FUNCIONA O UNIVERSO , MAS NUNCA !! COMO ELE FOI CRIADO .OBS TODO O SISTEMA DE INTELIGÊNCIA P/ FORMAÇÃO E ADAPTAÇÃO EM NOSSA VI LÁCTEA AINDA ESTA EM FORMAÇÃO…..Texto Expedito Marinho

  12. Desculpe, não entendi o lapso temporal de 3h para a detecção da explosão!
    Porque só foi detectado depois de 3h da primeira luz da explosão chegar aqui? Não seria imediato? E como se mediu esse tempo?

    1. Pelo que entendi, a explosão foi registrada apenas 3 horas após ter chegado aqui. Pense que você está numa esquina, olhando uma vitrine e ouve um barulho de batida de carros atrás de você; você se vira e vê o acidente, que ocorreu meros segundos antes.

      Se os astrônomos estivessem com os instrumentos olhando para a estrela três horas antes, eles teriam registrado a explosão, como não estavam, pegaram-na três horas depois. E sabem a diferença pelo que observaram.

      Três horas, em tempos astronômicos é um nada de nada de nadinha de tempo… 🙂

  13. Duas estrelas fofoqueiras conversando:

    Estrela 1: Menina, você ficou sabendo quem morreu?

    Estrela 2: Quem???

    Estreia 1: Betelgeuse!!!

    Estrela 2: Nãooooo! Aquela estrela que morava ali em Órion?

    Estrela 1: Ela mesma!!! Explosão fulminante!

    Estrela 2: E pensar que ela era tão nova. SUPERNOVA! Tô plasma!!!

    1. Imagine o que as fofoqueiras não diriam de uma estrela que virasse buraco negro? Será que iria pintar um falso moralismo?

      1. Hum… acho que seria mais ou menos assim:

        Estrela 1: Menina, você ficou sabendo quem virou um buraco negro?

        Estrela 2: Quem???

        Estreia 1: Betelgeuse!!!

        Estrela 2: Nossa, essa sempre teve fama de engolidora! Agora, ela faz jus ao nome!

  14. Salvador, existe alguma estrela candidata a supernova na nossa vizinhança cósmica?

    Será que a humanidade ainda nesse século poderá ver algo como Tycho Brahe que em 11 de novembro de 1572 avistou um forte clarão no céu oriundo de uma supernova, na constelação de Cassiopéia?

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