Cientistas da Nasa sugerem criar escudo magnético para tornar Marte mais amigável à vida

Salvador Nogueira

Com a cabeça na segunda metade do século 21, um grupo de cientistas da Nasa acaba de apresentar uma ideia audaciosa: criar um escudo magnético para proteger — e então adensar — a atmosfera de Marte. Em princípio, isso poderia tornar o planeta vermelho mais quente e, quiçá, habitável — como um dia ele já foi e no futuro distante tende a voltar a ser.

Marte, no passado remoto, já teve um campo magnético. E então, entre 4,2 bilhões e 3,7 bilhões de anos atrás, ele foi desligado, provavelmente por conta do rápido resfriamento interno do planeta, que tem pouco mais da metade do diâmetro da Terra. Com isso, o vento solar passou a agir desimpedido sobre sua atmosfera, paulatinamente destruindo-a. Hoje, ela tem apenas um centésimo da densidade da nossa, o que resulta em um efeito estufa muito modesto. De acordo com os cientistas, essa provavelmente foi a principal razão para Marte ter se convertido de um mundo hospitaleiro, rico em oceanos, rios e lagos, num deserto seco e frio.

Acredita-se que, no momento, a atmosfera de Marte esteja em equilíbrio com o vento solar. Ela continua sendo erodida (a sonda Maven, da Nasa, já mediu a taxa de perda atmosférica atual em pelo menos um quilo por segundo), mas acredita-se que outros mecanismos, como a sublimação do gelo de dióxido de carbono das calotas polares, estejam reabastecendo a atmosfera e mantendo-a no mesmo patamar de densidade.

Agora, o que aconteceria se pudéssemos de algum modo restituir certa proteção magnética a Marte, rebatendo as partículas carregadas — prótons e elétrons de alta energia — para longe da atmosfera, do mesmo modo que a magnetosfera terrestre faz, protegendo nosso próprio invólucro de ar?

Outro dia, no espaço de comentários do blog, um leitor me perguntou se seria possível de alguma forma reativar o campo magnético de Marte. Eu respondi peremptoriamente que não. E por isso exatamente que eu não sou Jim Green, diretor de ciência planetária da Nasa. Mas, por sorte, Jim Green é Jim Green, e ele apresentou uma ideia fabulosa a respeito disso num evento interno da agência espacial americana, o Planetary Science Vision 2050 Workshop.

Brincadeiras à parte, o que eu respondi nos comentários naquela ocasião continua sendo tão verdade quanto antes — até onde entendemos a estrutura interna dos planetas, não haveria o que fazer para religar a magnetosfera própria de Marte. Mas o que Green e seus colegas propuseram é a segunda melhor coisa depois disso — dispor um escudo magnético artificial entre o planeta e o Sol.

A ideia seria colocar um satélite num lugar especial do espaço em que a gravidade do Sol e de Marte se contrabalançam perfeitamente, um ponto que os cientistas chamam afetuosamente de L1 (ou ponto lagrangiano 1, em homenagem a Joseph Lagrange, o matemático que calculou esses chamados pontos de libração pela primeira vez).

Lá, uma espaçonave poderia permanecer o tempo todo no caminho entre o Sol e Marte, a cerca de 1,1 milhão de km do planeta. E, com o equipamento apropriado (basicamente um ímã supercondutor caprichado), ela poderia gerar um campo magnético cuja cauda se estendesse até o planeta vermelho, efetivamente conferindo proteção contra as partículas do vento solar.

Concepção artística do campo magnético artificial que poderia proteger Marte (Crédito: Nasa)

AS CONSEQUÊNCIAS
Valeria a pena o esforço? Bem, para começo de conversa, nesse caso, a intensidade do campo magnético gerado é um parâmetro. Os pesquisadores liderados por Green realizaram simulações com diferentes forças, indo de 5 nanoteslas (medidos a uma distância de um raio terrestre do satélite) a 500 mil nanoteslas, subindo uma ordem de grandeza de cada vez. O primeiro caso (5 nT) não faz nem cosquinha em Marte. Mas cada subida na escala melhora o desempenho significativamente, conferindo crescente proteção ao planeta vermelho. A partir de 50.000 nT, já ficam bem bom. E o último caso (500.000 nT) praticamente zera a erosão atmosférica pelo vento solar. Para efeito de comparação, na apresentação, Green indica a intensidade do campo magnético da Terra a um raio terrestre do centro (ou seja, na superfície): 31.100 nT.

O passo seguinte então foi rodar modelos climáticos de Marte levando em conta a possível mudança de equilíbrio da atmosfera com o campo magnético artificial. Lembre-se: hoje o planeta vermelho perde atmosfera para o vento solar, e ganha atmosfera por outros processos internos. Se cortarmos pelo menos parte do vento solar, a atmosfera ganhará mais do que perde e acabará atingindo um novo estado de equilíbrio, mais densa.

Quão mais densa e com quais consequências? Para tentar responder a isso, uma simulação climática 3D de Marte foi rodada por cinco anos em diferentes níveis de pressão atmosférica à superfície: 10, 50, 100, 250 e 500 milibares. Hoje ela tem em média 6,5 mbar, aproximadamente. (Para efeito de comparação, a da Terra tem 1.013 mbar, ao nível do mar.)

E o que eles descobriram com isso foi… estranho. A temperatura subiu, mas não tanto quanto eles esperavam — apenas 5 graus Celsius, na média. Mas um efeito curioso de desequilíbrio e instabilidade surge em algum momento entre os 50 milibares e os 100 milibares que torna o equador mais quente (boa!), mas leva ao colapso da atmosfera na região das calotas polares, aumentando a quantidade de dióxido de carbono congelado nelas! Outro efeito identificado no modelo é o aumento de poeira na atmosfera — esperado, com o aumento da densidade.

“Ainda não é o que Mark Watney enfrentou”, destacou Green em sua apresentação, citando o filme “Perdido em Marte”, em que um astronauta fica sozinho no planeta vermelho depois de encarar uma tempestade de areia muito mais intensa do que seria possível na realidade.

Os resultados de forma geral sugerem, de acordo com diretor da Nasa, que ainda faltam elementos no modelo climático para que ele seja suficientemente realista. Exemplo: ele atualmente não inclui os potenciais efeitos de nuvens de água (algo que ainda não está presente, mas seria potencialmente importante num Marte com atmosfera mais densa, uma vez que há muito gelo de água sob o solo marciano).

Contudo, ter uma atmosfera mais densa já seria um ganho considerável para a habitabilidade marciana. Vale lembrar que mesmo nas condições atuais há lugares no equador marciano em que as temperaturas frequentemente sobem acima de 0 grau Celsius. Ali, o que impede a água de se manter estável em estado líquido é a baixa pressão atmosférica.

Além disso, o campo magnético artificial reduziria muito da radiação de alta energia que incidiria sobre Marte — uma boa notícia para quem pretende ir morar lá na segunda metade do século 21.

Legal. Mas um detalhe que ficou de fora até agora é: temos a tecnologia para criar esse satélite capaz de gerar uma magnetosfera artificial para o planeta vermelho?

“Nós precisamos no momento postular como gerar campos magnéticos como esse”, diz Green. “Atualmente nós podemos lançar e colocar no L1 um sistema que pode gerar 2.000 gauss [ou 0,2 tesla, o que pode parecer muito, mas isso é na fonte; a intensidade do campo magnético cai proporcionalmente ao cubo da distância]. Então, pode ser concebível que possamos chegar aos níveis maiores forças de campos necessárias para fornecer essa escudagem. Também deveremos ser capazes de modificar a direção do campo magnético para que ele sempre empurre o vento solar para longe, sem reconexão na região frontal da magnetosfera.”

Tem todo jeito de que, com algumas décadas de pesquisa e desenvolvimento, pode dar pé.

ISSO É TERRAFORMAÇÃO?
A ideia pode soar muito parecida com propostas de terraformação — ou seja, tentativas de transformar artificialmente o ambiente de Marte para torná-lo mais parecido com a Terra ou mais amigável a formas de vida terrestres.

Jim Green fez questão de enfatizar que esse não seria o caso, porque não há alteração direta no ambiente marciano e porque os efeitos seriam exatamente os mesmos esperados para daqui a 700 milhões de anos, quando o nível de luminosidade solar — que tem crescido paulatinamente desde o nascimento do Sistema Solar — for capaz de acelerar a sublimação do gelo nas calotas polares marcianas e adensar a atmosfera naturalmente. (Incidentalmente, o mesmo processo tornará a Terra um inferno similar a Vênus mais ou menos nessa mesma época.)

“Pode ser daqui a 700 milhões de anos, ou pode ser mais cedo”, defende o cientista da Nasa. “Como eu disse antes, o Sistema Solar é nosso. Vamos tomá-lo. E isso, claro, inclui Marte. E, para humanos explorarem Marte, precisaremos de um ambiente melhor.”

Depois dessa frase, um membro da plateia perguntou a Green se “vamos tomá-lo” não soava imperialista demais e se ele estava dizendo isso como membro da espécie humana ou como representante do governo dos Estados Unidos. “Como humano! Espécie humana! Com toda a diversidade que temos, pode apostar!”

E você, o que acha? Devemos moldar Marte aos nossos desejos? A ideia certamente cai bem com os planos mais arrojados de colonização marciana para as próximas décadas. E mostram como a engenhosidade humana pode ter efeitos poderosos e rápidos sobre planetas inteiros. Aqui na Terra, a lição está sendo aprendida a duras penas.

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Comentários

  1. Que bom que o homem continua pensando no futuro e usando sua capacidade mental e intelectual para resolver problemas futuros. Entristeço-me em ver ainda hoje que muitas mentes não aprenderam com o nosso antepassado quando que por pré conceitos atravancaram o desenvolvimento cientifico humano.
    Sugiro libertarem suas mentes e espíritos e deixem o homem seguir sem anteparos o curso do desenvolvimento da sua imaginação. E olha, aqui para nós, não diferente das teorias do universo, a mente humana não tem limites. E quer saber, é isso que pode nos exterminar hoje mas também é isto que nos mantem vivos até hoje e é esta a única chance de nos manter vivos no futuro. Portanto não limitem a imaginação humana e ao contrário disso, abram os caminhos para que ela possa decorrer livremente e a toda velocidade que pudermos imprimir a ela.

  2. Salvador,

    Com esse campo magnético seria possível a captura de protons pela tênue atmosfera de marte? Pois aqui na Terra as auroras são a interação do nosso campo magnético com estas partículas!

  3. Olá Salvador! Temos Marte, e vários outros para tomar. Vênus principalmente. Precisamos colonizar logo o sistema para conseguir ripar pra fora. Gostaria que um dos dois vizinhos fosse colonizado pelo menos até 2050, pelo menos a nível modular. É bom agilizarmos essa ideia, porque um dia o decaimento do nosso núcleo vai nos deixar na mão também. Prefiro a soluções de geração de magnetismo que permitam a curto prazo colonização mesmo que pontual e modular porém devemos buscar o encalço global de escala de colonização para qualquer dos candidatos à colonização. Acho que haverá várias nuances no encalço de uma e de outra alternativa. Começaremos com a colonização modular, como é o que tem sido retratado nos filmes, pois lembremos, ainda nem pisamos em Marte. Mas o ideal é deixar o terreno pronto pra morar é isso que a humanidade tem que buscar. Acredito que seja bem mais fácil, tornar esses mundos do que estabelecer estruturas modulares no fundo dos nossos oceanos, por exemplo. Talvez a busca por minérios dê uma incentivada na galera. Abraço!

  4. Muito boa essa Salvador, penso que seria mais frutífero trabalhar com um cinturão de satélites, pela maior proximidade que o L1 o campo exigido poderia ser menor.
    Embora um satélite movido a energia solar com bobinas supercondutoras em criogenia para gerar um “big” de um campo magnético seja um desafio tecnológico fabuloso. Não custa sonhar!
    Essa iniciativa aliada a algum fungo/arqueobacilo capaz de fotossintetizar e consumir óxido de ferro seria suficiente para… em digamos 5 milênios termos algo respirável, além de alguns lagos.

    1. andei lendo que o SOHO precisava de 2,5 m/s de delta-v por ano para se manter em uma órbita lissajous bem larga ao redor do L1. (Sondas com ajuste mais intensivo demandavam do triplo disso)
      Não seria mesmo mais prático (enquanto o EM drive ou similar não vem) colocar uma rede de satélites em órbita excêntrica (estilo Molniya). Possibilitaria desligamentos (leia-se manutencão) periódicos e mesmo substituições sem perda completa de serviço, se fosse em um esquema “todos-os-ovos-no-mesmo-cesto”.

      1. Mas isso porque a órbita dele é larga. Numa órbita curta, seria preciso bem menos combustível.

  5. Para quem gosta de viagens no tempo, ler os comentários é entrar na maquina do tempo de H. G. Wells. Podemos ler o que os detratores de Cristóvão Colombo provavelmente pensavam dele. Relaxa Salvador; aqueles que gritam que temos que pensar na terra primeiro, investir mais aqui, Deus não gosta, blá, blá, blá, são os mesmos tipos que sujarão o novo mundo assim que pisarem lá.

  6. … Salvador, ajuda!!!! Dado o problema da queda do efeito do campo magnético, sendo proporcional ao cubo da distância, uma alternativa ao L1 poderia ser considerada, mesmo que isso implicasse em uso de combustível para manter a localização do satélite? O custo x benefício não compensaria? Ou seja, um ponto mais próximo do planeta exigiria potência menor (talvez até os 0,2T… heheheh)… Ajuda, Salvador, eu só gostaria de me mudar o mais rápido possível. A vizinhança tá ruim pra burro.

    1. Rapaz, guente firme. Não será tão já a sua mudança. E não, não existe alternativa boa ao L1. Em tese você poderia usar combustível para manter o satélite em posição, mas seria um desperdício total e nem o maior tanque do mundo bastaria. Exigiria reabastecimento constante. Enfim, má ideia. Se o emdrive um dia funcionar, sem usar combustível, e tiver a potência necessária, talvez. Mas acho mais fácil melhorarmos os ímãs supercondutores do que usarmos um emdrive para isso…

      1. A energia seria fornecida por um pequeno reator nuclear espacial acoplado ao satélite….isso já é pesquisado . A Rússia possui vários satélites movidos a energia Nuclear ( pilhas, baterias de plutônio)

        1. Reator nuclear e RTG, que é uma pilha, são coisas diferentes. RTGs são comuns em satélites, sobretudo em sondas que vão para longe do Sol. Reator nuclear ninguém até hoje colocou no espaço, que eu saiba.

  7. Ha algum tempo tinha pensado pq a NASA não pesquisava a construção de uma nave que tivesse um escudo magnético para proteger os astronautas que fossem a Marte. Mas a ideia genial do Jim Green talvez seja mais factível: eles poderiam construir uma nave sentinela que viajasse atras na nave principal protegendo-a da radiação e das CMEs do Sol. Abç

  8. Salvador, não sei se já te perguntaram isso aqui, mas sobre o assunto de viagens particulares à Lua, você se tivesse R$, você iria?

  9. Salvador, conta pra gente, depois de tantos anos como Mensageiro, não bate um desânimo maior às vezes? Em relação ao início, acredita que o trabalho de formiguinha tem dado algum resultado nesse mar de ignorância?

    1. Cara, olha. Se eu disser que não bate um desânimo ocasional — bem ocasional –, é mentira. Bate sim. Acho que o que melhorou ao longo dos anos foi a audiência cativa, que produz discussões interessantes sempre, com ou sem UOL. Aliás, nesse post de hoje, achei que, mesmo com a chamada do UOL, a conversa foi bem civilizada, na maior parte dos comentários on-topic, e algumas colocações apropriadas foram postas. Os comentários serviram sua função de agregar valor ao post e permitir a interação entre nós todos.

      Mas, claro, o que cansa é ter de dizer as mesmas coisas, todos os dias, toda hora, como se estivesse falando com as paredes. Sei que não é assim de fato — esse é um sintoma do trabalho de formiguinha, todo dia é igual –, mas a impressão é avassaladora às vezes.

      Eu sinto várias coisas do trabalho do Mensageiro nos últimos anos. A primeira, parece que o resto da galera lá fora acordou para a astronomia. O que o UOL produz, por conta própria, de astronomia, não é brincadeira. E acho, sem falsa modéstia, que o sucesso deste blog nos últimos anos contribuiu para isso. Mais astronomia, aqui e em toda parte, é sempre coisa boa. Mas, claro, vem o lado ruim: a qualidade cai na razão inversa da quantidade. Tem muita besteira e clickbait circulando por aí que não havia antes. Então, de certa forma, é uma vitória e uma derrota. Mas prefiro olhar o copo meio cheio e imaginar que, no fim das contas, até pela curva de aprendizagem natural, a qualidade deve subir também no futuro.

      Enfim, uma pergunta difícil essa. Ainda mais às 23h06, depois de um dia inteiro bem intenso aqui no blog. rs

      Mas não desanimo, não. Tou preparando post novo agorinha! Vamos em frente! 🙂

      1. Salvador, nós sabemos que você não está em busca de confetes, mas esse seu posicionamento, reiterado tantas vezes, é realmente admirável.

        A vida, o alcance que você conseguiu dar a essa notícia foi surpreendente. Como lhe falei antes, eu não havia dado a ela a importância que eu dei após conhecê-la sob sua interpretação.

        Dar os parabéns pelo trabalho é chover no molhado. Mas…

        … parabéns pelo seu trabalho! 😀

          1. Quando eu tinha oito anos, pendurei certa vez em casa uma série de bilhetes com “precisa-se de 100 cruzeiros (ou cruzados, não lembro mais), em cheque”. Meus pais me perguntaram para que eu precisava do dinheiro, e porque tinha que ser um cheque. Na verdade eu queria o dinheiro para comprar um livro sobre o cometa Halley, que iria passar próximo à terra naquele ano (1986). Eu precisava enviar um cheque pelo correio para receber o livro. Claro que meu pais me deram o dito-cujo, e desde então eu tenho profunda paixão por astonomia. Hoje, quando vejo em primeira mão fotos de Plutão, Vesta, Ceres, notícias das sondas em Marte ou em Júpiter, eu sinto aquela mesma emoção de quando era pequeno. E é seu trabalho, Salvador, que nos proporciona tudo isso. Seu trabalho é excelente e de ótima qualidade, sempre. Muito obrigado.

          2. Linda lembrança, Bizuex. Tenho semelhantes recordações sobre a minha “infância astronômica”, e é algo que acalenta o coração. Fico feliz de poder remetê-lo a elas de vez em quando! 🙂

      2. Mas não tem como resolver o problema dos clickbaits? Acho eles um insulto ao conteúdo do blog!

          1. Mas não tem como resolver o problema dos clickbaits? Acho eles um insulto ao conteúdo do blog!

            Elmo – 13/03/2017 10:15 pm – Responder

            ==

            A que você se refere exatamente?

            Salvador Nogueira – 13/03/2017 11:24 pm – Responder

            ==

            Provavelmente às chamadas quando vão pra home do UÓ…

          2. ah, em uma das vezes foi sobre um site de pseudociência que anunciava “Einstein estava errado!!” e algum blábláblá sobre verdades que não queriam que soubéssemos

  10. Só acho que eles deveriam cuida do nosso planeta.
    Não cuida direito do planeta Terra que se preocupa com outro

    1. Há humanos suficientes para pensar em vários planetas ao mesmo tempo. E focado na Terra já temos você, olha só que maravilha! 😛

    2. De novo esse papinho de que deveríamos cuidar do nosso planeta, deveríamos resolver o problema da fome, deveríamos acabar com a miséria?

      1. Sempre… Esse povo não entende que JÁ ESTAMOS cuidando do nosso planeta, ajudando a resolver o problema da fome e ajudando a acabar a miséria por meio do conhecimento científico obtido pelos estudos da Astronomia, da Física, Química, Biologia, Matemática… e do desenvolvimento tecnológico que esse estudo trouxe consigo…

      2. Sempre recorro a uma reposta genial que vi no XKCD:
        “Então tá. Mas qual o cronograma para resolvermos <>? 10, 15 anos?”

  11. Muito interessante. Várias outras coisas poderiam ser implementadas para acelerar o processo como a alteração do albedo planetário para aumentar a temperatura e consequentemente a emissão de gases, bem como exportar formas de vida capazes de fazer a fotossíntese. Uma pena que tal cenário só será possível em muitos anos e certamente nós, que iniciamos esta jornada, não estaremos aqui para testemunhar os resultados.

    1. Prezado Aguinaldo Silva, já chega quando você começou quase estragou a novela Roque Santeiro quando substituiu o Dias Gomes. Ainda bem que ele voltou a tempo, expulsou você e acabou com a sua criancice.

  12. Acho muito interessante o homem focalizar o espaço sideral e tentar decifrar algo que explique o porquê das coisas. Os cientistas são pessoas inteligentíssimas e que merecem todo o nosso respeito, afinal são poucos que fazem parte desta elite do saber.
    No entanto, acho mais interessante e mais inteligente ainda, que eles olhassem mais aqui para o planetinha Terra, nossa casa, e propusessem ideias que ajudassem na preservação do mesmo, nossos rios e água, nossos mares, florestas, fauna e flora, e tirasse milhões e milhões de pessoas que vivem na miséria, etc.
    Assim, estariam, com certeza, fazendo um bem danado à humanidade e, por conseguinte, às forças cósmicas que reinam o todo o espaço sideral.

    1. Veja, há cientistas estudando a Terra. A Nasa mesmo gasta US$ 2 bilhões estudando o planeta Terra. Isso, a agência espacial. E outras agências como a NOAA (focada só em atmosfera e oceanos da Terra), a EPA (agência de proteção ambiental dos EUA) e a NSF (Fundação Nacional de Ciências dos EUA)? De onde você tirou que eles gastam mais com outros planetas do que com a Terra? Agora, você seria capaz de defender que gastássemos 100% dos recursos olhando para a Terra? Mantendo a humanidade com os olhos no chão? Sério?

    2. Se me permite o comentário, acredito que esse discurso, de que nós só podemos investigar e desenvolver tecnologia e ciência se voltada para o bem coletivo, é de grande ingenuidade. As pessoas que propagam esse pensamento moral frequentemente esquecem ou nunca pararam para refletir que:

      1) o conhecimento humano é difuso e cresce em todas as direções. Consequentemente não adianta querer que um especialista em astronomia queira desenvolver técnicas ou estudos econômicos, por exemplo. Há uma ideia bastante difundida de que os “cientistas” são uma classe de indivíduos conhecedores de todo o conhecimento científico, independentemente de sua especialização, o que é um absurdo;
      2) a utilização dos recursos escassos da sociedade é um problema político e envolve forças diversas. Não existiu, ao longo da história, um poder onisciente e onipotente capaz de determinar todas as escolhas de uma sociedade, por mais que as pessoas queiram pensar ao contrário;
      3) é uma utopia ingênua, arrogante e totalitária querer que as pessoas sejam sempre altruístas o suficiente para, em qualquer campo do conhecimento e da vida humana, privilegiar o coletivo em detrimento dos talentos individuais. Para quê um astrônomo iria se dedicar a estudar sociologia ou tentar tirar milhões de pessoas da miséria se ele não tem competência nem talento para isso? Não seria melhor que cada um focasse no que é bom? Economias modernas geralmente alocam seus talentos da melhor forma possível e isso é indicativo de desenvolvimento e produtividade. Por mais que seja moralmente correto querer ajudar o próximo e fazer o melhor para a sociedade, devemos afastar esse pensamento totalitário de que a vida se resume a fazer o melhor para o coletivo, esquecendo completamente do individual. Além de utópico, é um ideal irrealizável e inócuo.

    3. Ouvi um vez, em uma palestra muito boa de um professor da UFRJ, que a ciência não busca o “Porquê”, mas o “Como”: “Como Marte perdeu sua Atmosfera”, “Como a Lua foi formada”. O “Porquê” é um capricho humano.
      Acho que a ciência não deve ficar (e não pode) ficar relegada a uma “elite”. Todos são capazes de produzir ciência. Basta um pouquinho de orientação.

      “Precisamos de homens e mulheres que escolham a ciência como uma carreira e que precisamos melhor suporte para os cientistas que têm o talento e a determinação de se envolver em trabalhos de pesquisa mais frutíferos. Desafios nos objetivos da pesquisa devem estar disponíveis e deve ser dado apoio suficiente para projetos de pesquisa. Mais uma vez, o programa espacial, com suas maravilhosas oportunidades de se envolver em estudos de investigação verdadeiramente magníficas de luas e planetas, da física e da astronomia, da biologia e da medicina é um catalisador quase ideal que induz a reação entre a motivação para o trabalho científico, oportunidades para observar emocionantes fenômenos da natureza, e material de apoio necessário para realizar o esforço de investigação.”

      (Mandou bem com o link, Eu™)

    4. A vida na Terra irá acabar, por mais que a previsão disso acontecer seja tão longuínqua que faz com que muitos ignorem tal fato. E, por isso, a ciência de ponta se preocupa tanto em pesquisar os ambientes externos ao nosso…quem sabe não consigam uma solução para se evitar a extinção da nossa raça? A nossa estrela é implacável e, antes de morrer, vai levar muita coisa (ou quase tudo) com ela.

  13. O módulo do campo magnético é inversamente proporcional ao cubo da distância?
    De qual geometria estamos falando?

    1. Eu também de início achei que fosse ao quadrado, mas um leitor apontou — corretamente — que é ao cubo, porque, pelo que pude apurar, um campo dipolo (como o caso aqui) se propaga no volume todo, de forma que a intensidade cai com o cubo da distância.

    2. É isto mesmo, proporcional a 1/d³.

      Não confundir com a força magnética. Esta é proporcional ao campo magnético, à carga elétrica e à velocidade da partícula. Uma partícula elétrica completamente parada (em relação ao campo magnético, lógico) não sofreria nenhum efeito deste campo magnético…

    3. É coerente, a essa distância não importa o que usem, visto de Marte seria um minúsculo e distante dipólo!
      Acredito que utilizar um conjunto de satélites ou estações menores numa órbita mais próxima seria mais viável, como o GPS talvez…

  14. Não seria mais interessante investir em viagens mais longas?
    Ex. TRAPPIST 1 não seria interessante?

    1. Nao, se temos um planeta aqui ao lado que talvez ja tenha tido vida e agua é melhor progedir na tentativa de fazer com que tenha vida do que gastar mais e nunca conseguir la chegar equanto marte esta aqui ao lado

  15. Opa ! Legal
    Tendo a atmosfera mais densa e com temperatura mais amena bastaria um traje tipo de mergulho (ou algo assim) para viver ao invés de um traje espacial…certo?
    A terraformação de Marte é uma questão de sobrevivência para a humanidade…imagine uma população de trilhões de indivíduos…

  16. Legal, agora precisamos de uma ideia para reduzir o efeito estufa em Vênus e #partiucolonizar !

    hahahaha

  17. Salvador, não entendi muito bem os pontos de Lagrange. Quer dizer que lá o satélite fica estacionário? Por exemplo, se um astronauta fosse deixado lá, ele ficaria parado no espaço?

    Outra dúvida, se o astronauta tirar o pipi para fora e ejacular na direção do Sol isso geraria impulso suficiente para colocá-lo na direção da Terra?

    1. Ele ficaria orbitando o Sol no mesmo ritmo de Marte tal que ele estivesse sempre entre o Sol e Marte.

      Sobre o xixi, bem, ele ganharia sim propulsão no sentido oposto. Mas pequena, porque a massa do xixi é bem menor que a do astronauta, e a velocidade também não é expressiva. Ficaria em órbita, provavelmente um tantinho mais baixo.

      1. Salvador, esse ponto Lagrange deve ser extremamente próximo ao Sol, um satélite funcionaria ali durante mais que poucos anos?

        1. Ao contrário, como a gravidade do Sol é muito maior que a de Marte, ele tem de ser muito mais perto de Marte que do Sol para que as duas forças atrativas se equilibrem.

    2. ele precisaria ter um sério problema de ejaculação precoce para conseguir fazer isto…

      o mais provável é que ele perca o pênis muito antes por despressurização no vácuo espacial, mas acredito que neste caso o jato de sangue que ele vai expelir pode muito bem compensar a perda.

      mas se ele fizer isso na direção do sol, como você diz, o impulso o colocaria de encontro Marte, e não à Terra. 🙂

  18. Salve Salvador. Boa sacada dos caras ein? Se der certo vai ser ótimo.

    2 Tópicos de leigos que eu queria ouvir sua opinião/informação pra testar as ideias:

    1) Estou entendendo o principio explicado funciona perfeitamente na posição (SOL – SATELITE – MARTE) e o satélite vai ficar orbitando por marte e gerando o campo magnético, e dado isso imagino que, assim como a Lua, vai ter momentos que o satelite vai ficar do lado oposto (SOL – MARTE – SATELITE) ou estou enganado?
    É possível manter uma orbita estacionaria em relação a posição do Sol, se sim isso vai gastar energia para manter a posição?
    Se houverem períodos de falha a atmosfera volta a perder sua densidade certo?

    2) Dado que tudo deu certo lá pra 1a pergunta. A atmosfera será respirável para terráqueos? OS níveis de oxigênio serão aceitáveis? Ou vai precisar alguma intervenção para tal?

    Obrigado

    1. 1) Está enganado. O satélite orbita o Sol, mas no ponto L1, o que significa que ele sempre estará entre Marte e o Sol. O tempo todo. E não precisa gastar energia para isso, porque a gravidade mútua do Sol e de Marte fazem o serviço de manutenção de posição. É por isso que os pontos lagrangianos são tão bacanas.

      2) A atmosfera não será respirável, a não ser depois de muita inserção de formas de vida fotossintetizantes em Marte, para gerar oxigênio. Se não, será apenas uma atmosfera mais densa de CO2.

  19. Salvador, quando você acha que deve ser dado um eventual início nos processos de terraformação ou outros tipos de alteração climática em Marte?

    Questiono pois ainda estamos estudando o planeta tal como moldado pelo Sistema Solar, buscando também formas de vida existentes ou pregressas.

    Não haveria uma incompatibilidade entre os estudos atuais (através de sondas, rovers, etc) e a imposição de alteração climática? Há algum dilema ético no mundo científico sobre tal questão?

    Abs!

    1. Acho que depois de 2050, se não acharmos vida lá ou se acharmos vida que julgarmos encararia a terraformação como um benefício.
      E sim, terraformação é um tema eticamente complicado. Felizmente também é complicado em termos de engenharia, então temos tempo para pensar no assunto! 😛

      1. Eu quero saber a sua opinião de porque depois de possíveis 18 missões Apollos, há 40 anos atrás,porque o homem nunca mais voltou a lua? o que a NASA ESCONDE? Armstrong sabia….

        1. Não foram 18 missões Apollo. Já detalhei quantas foram em outro comentário na segunda-feira. Não vou me repetir. Mas o homem nunca mais voltou à Lua basicamente porque acharam que era melhor gastar o dinheiro em outras coisas, como reduzir a fome no mundo. O que você acha? Boa ideia ou má ideia? Hehehhe

          Noves fora a piada, o motivo real é este mesmo: missões lunares custavam uma fábula. Não havia motivação para investir tanta grana na Nasa depois da vitória dos EUA contra a URSS na corrida espacial.

  20. 500.000 nano teslas ou 5 gauss, para gerar um campo magnético de tamanho que protegesse marte ? Acho que estamos a pelo menos 1000 anos de ter tal tecnologia, isso sendo muito otimista.É muita ,mas muita energia. Será que os Americanos tem algo novo no processo de geração?

    1. Não é muita energia, não. No LHC há ímãs supercondutores com mais de 8 tesla.

      1. Ressonancia magnetica para exames médicos usam corriqueiramente imãs de 1,5 e 3 teslas, nos EUA já tem ressonâncias com 7 teslas em funcionamento

      2. são 500.000nT, porém simulados a 1raio terrestre de distância do satélite. Seria interessante que informassem a distância do ponto L1 de Marte (porque ai dá para fechar as contas de quantos Teslas é o campo magnético no satélite) e em seguida estimar a potência deste satélite (e suas dimensões, com a tecnologia atual). Alguém se habilita 😉 ?

    2. Gerar o campo magnético com supercondutores não é exatamente o problema. Porém, a cada interação com as partículas a serem desviadas será necessário uma certa quantidade de energia. e ai sim mora o problema. A quantidade de energia deve ser muito, muito grande. Mas reatores atômicos estão ai para isto mesmo.

  21. Acho que todas as pesquisas desenvolvidas para a exploração espacial acabam sendo usadas aqui em nosso benefício…..claro, porque esperar 700 milhões de anos se podemos fazer em 100 ou 200…..vejam o que o homem progrediu em termos de ciência nos últimos 100 anos….nosso limite é a nossa imaginação…..não vejo nenhum problema na exploração espacial, desde que não esquecam de cuidar da propria casa antes…..

  22. Olá Salvador, tudo bem? Desculpe-me se estiver sendo repetitivo, mas não dou conta de ler os 250 comentários até aqui para saber se já te perguntaram. Eu não vi no post informações a respeito de quanto tempo seria necessário para que a atmosfera fosse adensada. Quanto tempo seria necessário para uma condição perto da considerada ideal pelos cientistas neste estudo?

    1. Nem eles disseram. Supõe-se, no chutômetro, que alguns anos até o novo ponto de equilíbrio ser alcançado. Mas é difícil dizer até porque, a partir de 100 mbar, os modelos sugerem instabilidade…

  23. Sobre terraformar Marte ou não. Eu achei esse argumento muito interessante:

    “Muitos cientistas defendem que caso seja detectada uma forma de vida marciana, mesmo que bacteriana, o planeta seja colocado em quarentena. Muitos cientistas discordam. Elon Musk também.

    Durante uma coletiva ele declarou que não está preocupado com vida bacteriana em Marte, que sequer foi detectada. “O planeta que temos que proteger é a Terra”.
    O conceito é interessante, é bonito, mas sejamos realistas: Marte teve sua chance, hoje é um planeta morto, no máximo moribundo. Mesmo que existam formas de vida se agarrando à existência, alguns metros abaixo da superfície, estão adiando o inevitável.

    As bactérias não precisam mais de Marte, nós precisamos. E Marte precisa de nós. Somos a única espécie capaz de restaurar sua antiga glória. Terraformar o planeta levará séculos e custará uma fortuna, felizmente temos as duas coisas. E se alguém achar que um planeta deserto e sem vida é melhor do que uma segunda Terra, só podemos lamentar.”

    Fonte: http://meiobit.com/352534/elon-musk-nao-se-importa-com-primeira-diretriz-da-nasa-xenobiologia-ele-quer-marte-como-segunda-terra/

    1. O argumento é interessante, mas não é satisfatório, no meu entender.
      Vamos supor que não só Marte tenha tido um passado glorioso, mas esteja destinado a um futuro glorioso. Quem somos nós para ditar esse futuro? Só porque a vida não voltou a florescer em Marte ainda, temos o direito de criar uma biosfera com vida terrestre? Acho controverso.
      Se Marte não tiver vida, vá lá. Se tiver, aí já não sei. De todo modo, essa proposta de simplesmente acelerar o futuro, à moda de Jim Green, parece bem razoável, e não rompe com “o direito de Marte ser como é seu destino ser”. 😛

      1. Provavelmente, se existe vida (ou existiu) em Marte ela é vida originada na Terra ou vice versa (a vida da Terra se originou em Marte). Me parece mais provável que um contaminou o outro. Lembrando que por volta de 3,5 bilhões de anos ambos eram habitáveis. Lembrando também estudos que demonstram que é viável a transferência de vida via meteoros, fato mais do que comum no passado violento do Sistema Solar. No mais seria muito interessante descobrir algo em Marte. No mais duvido que a vida floresça naturalmente sozinha em Marte, mesmo com o aquecimento solar em um futuro distante. Nada irá além do nível bacteriano. Sem vulcanismo, sem placas tectônicas, sem campo magnético, com pouca água (comparando com a Terra), sem a Lua para manter o eixo na posição correta e com baixa gravidade creio que seja impossível desenvolver qualquer vida mais elaborada. No mais poderia apostar que a vida da Terra seria descendente ou parente direto da marciana. E se tiver vida no subsolo essa vida é a mais adaptada possível em 4,5 bilhões de anos para o planeta. Certamente continuará florescendo se “alguém” cutucar a superfície do planeta.

      2. Salvador, encrenquei com a frase “e se Marte estiver destinado a ter um futuro glorioso?”… Não dá para supor o futuro de nada, a não ser que conheçamos as probabilidades de todos os eventos.

        A única coisa certa quanto ao futuro é o que nos diz a 2a. Lei da Termodinâmica: a entropia sempre aumenta. Apenas seres inteligentes podem tentar moldar a natureza e aumentar a probabilidade de surgir um “futuro glorioso”, e a terraformação de Marte é um caminho a seguir para atingi-lo.

        Parabéns por mais esse post, extremamente didático, como so demais do Mensageiro Sideral.

  24. É claro e evidente que seria necessário mais de um satélite para fazer este trabalho. todos sabemos que equipamentos estão sujeitos a problemas, técnicos ou fortuitos. Imagine um início de colonização e, de repente, perde-se a proteção artificialmente criada. Plano B seria imprescindível

    1. Nossa, seu comentário acabou de salvar o futuro da humanidade, obrigado por existir, Paulo! Afinal o projeto já está quase em fase de implementação e ninguém tinha pensado nisso.

  25. Salvador, você seria contra liberação de drogas, maconha por exemplo?
    E acha que poderia ajudar alguma coisa contra a criminalidade?

    1. Sou a favor da liberação da maconha. Acho que a proibição não serve para inibir o consumo (duvido que alguém querendo consumir tenha alguma dificuldade em descobrir onde comprar) e alimenta o poder do crime organizado, reduz a arrecadação do governo e leva à superlotação das prisões com gente que estava meramente *vendendo* alguma coisa, em geral menos perigosa para a ordem pública que o álcool, por exemplo.

      Mas confesso que essa minha opinião é recente. Durante mais de década, eu fui contra a liberação. Mas a essa altura a falência completa da estratégia atual é gritante demais para ignorar.

      1. Mas convenhamos que a falência do sistema atual é proposital, uma vez que a maioria dos grandes caciques dos partidos é favorável à liberação e o descontrole atual é argumento favorável à causa…

          1. Veja como quiser, Erich, alguns veem mas não enchergam…
            Temos um Congresso Nacional que, teoricamente, abriga políticos da situação e da oposição, porém todos nadam nos mesmos esquemas de corrupção… Pode chamar de Teoria da Conspiração, eu tenho certeza que é um FATO que fazem todos parte do mesmo esquema, uns se fingindo de Zé outros de Mané…

  26. muitos comentários não sei se alguém já tocou nesse ponto, essa idéia também poderia ser aplicada pra defender a Terra de alguma eventual tempestade solar?
    O campo magnético gerado pelo satélite só seria ativado quando fosse previsto algum dano ao planeta

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