Cientistas da Nasa sugerem criar escudo magnético para tornar Marte mais amigável à vida
Com a cabeça na segunda metade do século 21, um grupo de cientistas da Nasa acaba de apresentar uma ideia audaciosa: criar um escudo magnético para proteger — e então adensar — a atmosfera de Marte. Em princípio, isso poderia tornar o planeta vermelho mais quente e, quiçá, habitável — como um dia ele já foi e no futuro distante tende a voltar a ser.
Marte, no passado remoto, já teve um campo magnético. E então, entre 4,2 bilhões e 3,7 bilhões de anos atrás, ele foi desligado, provavelmente por conta do rápido resfriamento interno do planeta, que tem pouco mais da metade do diâmetro da Terra. Com isso, o vento solar passou a agir desimpedido sobre sua atmosfera, paulatinamente destruindo-a. Hoje, ela tem apenas um centésimo da densidade da nossa, o que resulta em um efeito estufa muito modesto. De acordo com os cientistas, essa provavelmente foi a principal razão para Marte ter se convertido de um mundo hospitaleiro, rico em oceanos, rios e lagos, num deserto seco e frio.
Acredita-se que, no momento, a atmosfera de Marte esteja em equilíbrio com o vento solar. Ela continua sendo erodida (a sonda Maven, da Nasa, já mediu a taxa de perda atmosférica atual em pelo menos um quilo por segundo), mas acredita-se que outros mecanismos, como a sublimação do gelo de dióxido de carbono das calotas polares, estejam reabastecendo a atmosfera e mantendo-a no mesmo patamar de densidade.
Agora, o que aconteceria se pudéssemos de algum modo restituir certa proteção magnética a Marte, rebatendo as partículas carregadas — prótons e elétrons de alta energia — para longe da atmosfera, do mesmo modo que a magnetosfera terrestre faz, protegendo nosso próprio invólucro de ar?
Outro dia, no espaço de comentários do blog, um leitor me perguntou se seria possível de alguma forma reativar o campo magnético de Marte. Eu respondi peremptoriamente que não. E por isso exatamente que eu não sou Jim Green, diretor de ciência planetária da Nasa. Mas, por sorte, Jim Green é Jim Green, e ele apresentou uma ideia fabulosa a respeito disso num evento interno da agência espacial americana, o Planetary Science Vision 2050 Workshop.
Brincadeiras à parte, o que eu respondi nos comentários naquela ocasião continua sendo tão verdade quanto antes — até onde entendemos a estrutura interna dos planetas, não haveria o que fazer para religar a magnetosfera própria de Marte. Mas o que Green e seus colegas propuseram é a segunda melhor coisa depois disso — dispor um escudo magnético artificial entre o planeta e o Sol.
A ideia seria colocar um satélite num lugar especial do espaço em que a gravidade do Sol e de Marte se contrabalançam perfeitamente, um ponto que os cientistas chamam afetuosamente de L1 (ou ponto lagrangiano 1, em homenagem a Joseph Lagrange, o matemático que calculou esses chamados pontos de libração pela primeira vez).
Lá, uma espaçonave poderia permanecer o tempo todo no caminho entre o Sol e Marte, a cerca de 1,1 milhão de km do planeta. E, com o equipamento apropriado (basicamente um ímã supercondutor caprichado), ela poderia gerar um campo magnético cuja cauda se estendesse até o planeta vermelho, efetivamente conferindo proteção contra as partículas do vento solar.
AS CONSEQUÊNCIAS
Valeria a pena o esforço? Bem, para começo de conversa, nesse caso, a intensidade do campo magnético gerado é um parâmetro. Os pesquisadores liderados por Green realizaram simulações com diferentes forças, indo de 5 nanoteslas (medidos a uma distância de um raio terrestre do satélite) a 500 mil nanoteslas, subindo uma ordem de grandeza de cada vez. O primeiro caso (5 nT) não faz nem cosquinha em Marte. Mas cada subida na escala melhora o desempenho significativamente, conferindo crescente proteção ao planeta vermelho. A partir de 50.000 nT, já ficam bem bom. E o último caso (500.000 nT) praticamente zera a erosão atmosférica pelo vento solar. Para efeito de comparação, na apresentação, Green indica a intensidade do campo magnético da Terra a um raio terrestre do centro (ou seja, na superfície): 31.100 nT.
O passo seguinte então foi rodar modelos climáticos de Marte levando em conta a possível mudança de equilíbrio da atmosfera com o campo magnético artificial. Lembre-se: hoje o planeta vermelho perde atmosfera para o vento solar, e ganha atmosfera por outros processos internos. Se cortarmos pelo menos parte do vento solar, a atmosfera ganhará mais do que perde e acabará atingindo um novo estado de equilíbrio, mais densa.
Quão mais densa e com quais consequências? Para tentar responder a isso, uma simulação climática 3D de Marte foi rodada por cinco anos em diferentes níveis de pressão atmosférica à superfície: 10, 50, 100, 250 e 500 milibares. Hoje ela tem em média 6,5 mbar, aproximadamente. (Para efeito de comparação, a da Terra tem 1.013 mbar, ao nível do mar.)
E o que eles descobriram com isso foi… estranho. A temperatura subiu, mas não tanto quanto eles esperavam — apenas 5 graus Celsius, na média. Mas um efeito curioso de desequilíbrio e instabilidade surge em algum momento entre os 50 milibares e os 100 milibares que torna o equador mais quente (boa!), mas leva ao colapso da atmosfera na região das calotas polares, aumentando a quantidade de dióxido de carbono congelado nelas! Outro efeito identificado no modelo é o aumento de poeira na atmosfera — esperado, com o aumento da densidade.
“Ainda não é o que Mark Watney enfrentou”, destacou Green em sua apresentação, citando o filme “Perdido em Marte”, em que um astronauta fica sozinho no planeta vermelho depois de encarar uma tempestade de areia muito mais intensa do que seria possível na realidade.
Os resultados de forma geral sugerem, de acordo com diretor da Nasa, que ainda faltam elementos no modelo climático para que ele seja suficientemente realista. Exemplo: ele atualmente não inclui os potenciais efeitos de nuvens de água (algo que ainda não está presente, mas seria potencialmente importante num Marte com atmosfera mais densa, uma vez que há muito gelo de água sob o solo marciano).
Contudo, ter uma atmosfera mais densa já seria um ganho considerável para a habitabilidade marciana. Vale lembrar que mesmo nas condições atuais há lugares no equador marciano em que as temperaturas frequentemente sobem acima de 0 grau Celsius. Ali, o que impede a água de se manter estável em estado líquido é a baixa pressão atmosférica.
Além disso, o campo magnético artificial reduziria muito da radiação de alta energia que incidiria sobre Marte — uma boa notícia para quem pretende ir morar lá na segunda metade do século 21.
Legal. Mas um detalhe que ficou de fora até agora é: temos a tecnologia para criar esse satélite capaz de gerar uma magnetosfera artificial para o planeta vermelho?
“Nós precisamos no momento postular como gerar campos magnéticos como esse”, diz Green. “Atualmente nós podemos lançar e colocar no L1 um sistema que pode gerar 2.000 gauss [ou 0,2 tesla, o que pode parecer muito, mas isso é na fonte; a intensidade do campo magnético cai proporcionalmente ao cubo da distância]. Então, pode ser concebível que possamos chegar aos níveis maiores forças de campos necessárias para fornecer essa escudagem. Também deveremos ser capazes de modificar a direção do campo magnético para que ele sempre empurre o vento solar para longe, sem reconexão na região frontal da magnetosfera.”
Tem todo jeito de que, com algumas décadas de pesquisa e desenvolvimento, pode dar pé.
ISSO É TERRAFORMAÇÃO?
A ideia pode soar muito parecida com propostas de terraformação — ou seja, tentativas de transformar artificialmente o ambiente de Marte para torná-lo mais parecido com a Terra ou mais amigável a formas de vida terrestres.
Jim Green fez questão de enfatizar que esse não seria o caso, porque não há alteração direta no ambiente marciano e porque os efeitos seriam exatamente os mesmos esperados para daqui a 700 milhões de anos, quando o nível de luminosidade solar — que tem crescido paulatinamente desde o nascimento do Sistema Solar — for capaz de acelerar a sublimação do gelo nas calotas polares marcianas e adensar a atmosfera naturalmente. (Incidentalmente, o mesmo processo tornará a Terra um inferno similar a Vênus mais ou menos nessa mesma época.)
“Pode ser daqui a 700 milhões de anos, ou pode ser mais cedo”, defende o cientista da Nasa. “Como eu disse antes, o Sistema Solar é nosso. Vamos tomá-lo. E isso, claro, inclui Marte. E, para humanos explorarem Marte, precisaremos de um ambiente melhor.”
Depois dessa frase, um membro da plateia perguntou a Green se “vamos tomá-lo” não soava imperialista demais e se ele estava dizendo isso como membro da espécie humana ou como representante do governo dos Estados Unidos. “Como humano! Espécie humana! Com toda a diversidade que temos, pode apostar!”
E você, o que acha? Devemos moldar Marte aos nossos desejos? A ideia certamente cai bem com os planos mais arrojados de colonização marciana para as próximas décadas. E mostram como a engenhosidade humana pode ter efeitos poderosos e rápidos sobre planetas inteiros. Aqui na Terra, a lição está sendo aprendida a duras penas.
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O começo da matéria ta todo bugado. Não da pra ler.
Aqui aparece normal. Alguém mais tem esse problema?
Salvador, a enorme diversidade de vida na Terra se deu possivelmente ao fato de um equilíbrio de todo o sistema solar incluindo a proteção dos gigantes gasosos, a distância para o sol, etc.
Será que ao fazermos esse escudo e alterando a atmosfera de Marte não poderíamos desequilibrar o nosso sistema solar?
Não vejo como. O Sistema Solar não é esse relojinho preciso com todas as peças em seu lugar que você faz parecer. Se um dia roubarem Netuno, a Terra não sentirá a menor falta. Na verdade, temos visto lá fora sistemas exoplanetários supercompactos, esses sim com equilíbrios mais delicados.
Salvador trocando em miúdos; seria o efeito que lua tem sobre nosso planeta? exemplo influenciar as mares, etc.
A Lua pode nos dar um bônus em nosso campo magnético ao agitar, pelo efeito de maré, o interior do nosso planeta. Mas ela mesma não tem campo magnético e não nos protege da radiação solar.
Acredito que a colonização em Marte será um passo intermediário até termos tecnologia para chegar a distantes planetas (n x ano-luz) que sejam similares ou compatíveis com a Terra. É certo que a Terra tem prazo de validade por conta da explosão solar, daqui há 500M de anos ou mais. E nesse evento Marte certamente irá junto. Então a humanidade já deverá estar espalhada por outros mundos.
Como Jim Green aponta, Marte deve naturalmente se tornar habitável quando a Terra não for…
Não é uma questão de “se queremos fazer isso” e, sim de, quando faremos. A superpopulação é um problema futuro inquestionável. Temos de ter outros lugares para os seres humanos ou vamos entrar em colapso habitacional.
Em primeiro lugar temos que pensar quais seriam os verdadeiros motivos para se transformar marte habitável; Temos um planeta maravilhoso que esta sendo destruído pela ganância humana, e assim serão todos. Ainda mais Marte com um subsolo rico em materiais energéticos. Temos muito que fazer na Terra para que ela permaneça como está, como protege la? senhores cientistas parem de pensar como homens capitalistas, sua função na Terra é o auxílio da preservação e do equilibrio da raça humana;
Esse negócio de nosso planeta estar sendo destruído… estamos destruindo ecossistemas e prejudicando nosso próprio modo de vida. Mas se continuarmos nessa trajetória, quem pagará a conta somos nós. O planeta sempre se recupera. Veja o que ocorreu após a queda do asteroide que matou os dinossauros… na real, tanto em Marte quanto na Terra, nossa única grande preocupação é o nosso próprio rabo — a sustentabilidade de nosso modo de vida.
Salvador,
de onde viria a energia para gerar esse mega campo magnético?
Suponho que de paineis solares.
Se esse escudo magnético for viável o próximo passo seria criar uma atmosfera mais aprazível.
Sempre pensei em redirecionar asteroides do cinturão de asteroides que existe entre Marte e Júpiter para fazê-los chocar com o planeta vermelho, assim enormes quantidades água poderiam poderiam ser adicionadas à atmosfera de Marte.
Então teve um cara que perguntou isso, algo na linha, “já que vocês já estão aloprando mesmo, por que não lançar a massa de um cometa na simulação para ver o que acontece?”. Mas isso não foi feito. Hehehe
Dono desse blog me responda com sinseridade pq vc toda semana fica tirano onda com os cristões??????
CADE AS PROVA DO QUE VC FALA???
A Biblia foi escrita a milhões de anos e já tem até pra baicha na internet. E suas historias????? RESPONDA!
Isso tudo so serviu pra fortalecer mais a fé. Mas uma prova que somos os unicos filhos DELE nosso Senhor Jesus Cristo. Agente tem escudo e eles nao tem. ou seja adoracão de falsos deuses da nisso.
Eu não tiro onda com os cristãos. Só aponto que a ciência trabalha com evidências, e não com fé, e por isso tem os resultados inegáveis que temos hoje. Quando você fica doente, acha mais eficaz ir ao médico ou à igreja? Se prefere ir ao médico, você — como eu — acredita no poder da ciência. Se prefere ir à igreja, ótimo! Menos gente nos hospitais, o que nos dá a esperança de um tratamento melhor para quem prefere a ciência.
Quanto a referências, sempre as coloco nos textos. No link no começo do texto, você cai no vídeo com a palestra do Jim Green.
Salvador Nogueira, aproveita e dá uma referência de um bom curso de Português para o Ivanilsson também. Tenho certeza que, ao responder, você pensou nesta hipótese, mas o seu nível de educação não permitiu que o fizesse, mas que ele precisa, isso sim ele precisa. Tenho certeza que se ele frequentasse instituições de ensino com a mesma frequência que frequenta Igrejas e fizesse investimentos financeiros em educação na mesma proporção que faz aos Pastores/Padres ele não teria postado o que postou aqui.
Senhor Ivanilsson, seria bom se o senhor compreendesse que o Salvador apenas REPORTA fatos científicos, e jamais atacou a fé das pessoas. Pelo contrário, ele respeita, mesmo sendo atacado de forma nada cristã por alguns fundamentalistas. Enfim, o senhor quer que ele se cale diante de uma única versão de fatos: a sua. Isso é errado e imagino ser contra os ensinamentos da Bíblia.
Bom, isto posto, se o senhor discorda, apenas me amaldiçoe em suas rezas e deseje meu mal na sua intimidade com Ele. Não aqui neste espaço, por favor.
Mas se o senhor tem a isenção de pensar um pouquinho fora da caixinha, apenas por um momento pense que, em um futuro relativamente próximo, a sobrevivência da humanidade (sim, seus filhos, netos, os netos deles…) estará comprometida. É um problema numérico, matemático. Nós nos alimentamos, e consumimos água. Se não nos expandirmos, teremos que brigar por espaço aqui mesmo, e aí vence o mais forte. Ou nos agarrar em uma intervenção divina, que depende exclusivamente da fé que o senhor tem. Se este continuar sendo o argumento (vai haver intervenção divina), então realmente não temos como continuar. E vamos agradecer por a ciência não pensar assim.
Mas se o senhor cogita que esse texto é figurado, como quase tudo ali, e que não haverá de fato uma intervenção mágica, e que as coisas podem sair do controle numa guerra por recursos naturais, e que o verdadeiro milagre é uma espécie terrestre conseguir se expandir além do seu próprio planeta — em nome da humanidade de todos nós, então ficamos todos em paz e na expectativa: o verdadeiro milagre será mesmo conseguirmos esses feitos. E talvez o senhor escute palmas no ceu: seria o seu Deus aplaudindo o fato de que, finalmente, entendemos a mensagem.
Mas que “Fulanilsson”!
Mesmo que fosse possivel essa solução extrema de recriar um campo magnético em Marte, qual seria o custo disso num lugar tão distante? E ainda assim restaria um planeta com ambiente extremamente, muito extremamente agressivo para os padrões terrestres humanos. E ainda assim quantos terrestres poderiam ter o privilégio de viver lá? O espaço é fascinante, e enche nossas cabeças com idéias startrekianas. Mas, meu caro Sr. Mensageiro, gostaria que Vc escrevesse, de um modo isento, se há real necessidade de viver fora da boa e velha Terra onde, eu acredito, que Deus nos colocou, e não que estejamos aqui por acidente evolutivo.
Bem, o custo, imagino, estaria dentro da faixa do que já gastamos com missões espaciais. Sobre as suas crenças, não foi Deus quem teria comandado “crescei e multiplicai-vos”? Onde você espera colocar todo mundo no futuro? Na Terra não há de caber. Então ou você apoia métodos contraceptivos e controle populacional ou você apoia a colonização de Marte. Depois me conta sua preferência. 😛
Claro que esse papo de “se há real necessidade de viver fora da boa e velha Terra onde, eu acredito, que Deus nos colocou” é desprezível. Mas a hipótese de superpopulacao na terra está atualmente em baixa, com a tendencia à estabilizacao devido ao auto-controle populacional (provavelmente derivado de métodos diretos e indiretos facultativos) e nao com diretrizes e leis que limitem o crescimento.
Um vídeo bem interessante de um pessoal muito bom aqui da Alemanha, em ingles, sobre o tema:
https://www.youtube.com/watch?v=QsBT5EQt348
Olá Salvador, bom dia! Em Genesis 1: 28 Deus disse: “tenham filhos, tornem-se muitos; encham e dominem a terra”. Sobre encher a terra e comparação é semelhante a encher um balde, até próximo a boca mas sem transbordar água. Portanto, Deus projetou a terra para um número finito de humanos, cuidando adequadamente dela. Este é o propósito Dele para a terra. (Salmo 115: 16)
Este é o problema. Cada um interpreta os textos como quer. Quem falou em balde, senão você? Quem disse que esse Salmo diz isso que você quer? Está parecendo profecia de Nostradamus: você encaixa os textos em qualquer fato.
No dia em que aceitarem que os textos ali são estórias — sim, estórias — com algum eventual fundo de verdade, compreender-se-á que há muito mais sentido em uma explicação mitológica para os fatos que os antigos não conseguiam explicar, aliada à extrema necessidade de se manter o animal homem (sim, com seus instintos primevos) enquadrado em uma sociedade minimamente equilibrada e, principalmente, controlável. Então, ter-se-á compreendido a Bíblia.
Assim, meu caro, temos que procurar alternativas, e não vale dizer que a alternativa é aguardar o Salvador (o outro!) vir resgatar e fazer justiça e fazer os ímpios arderem no fogo do inferno.
Vejo esse escudo não como importância para a atmosfera de Marte visando daqui a 700 milhões de anos ela ficar mais densa.
Imagino esse escudo importante agora, para os futuros astronautas que queiram se estabelecer no planeta, sendo protegido por radiações cósmicas e ventos solares.
Pois o fato de Marte ser frio, seco e cheio de gás carbônico não vai mudar mesmo tão cedo.
Salva, esse escudo ajudaria os astronautas a andar por muito mais tempo, com mais segurança na superfície marciana? Ou o próprio traje já seria suficiente para isso?
Sim, o escudo ajudaria muito nisso. Essa, desconfio, é uma das grandes motivações do estudo!
Esse foi rapido Salva! Parabéns!
Um dia mais tarde do que deveria…
🙂 nunca é tarde demais…
Estou tendo problemas pra ler o artigo, consigo so com uns tricks contra esse paywall. Apesar de ser cadastrado e colocar Nome/Senha o paywall volta. Algo novo? Mais alguem com esse problema.
Chrome/IE. Testei em ambos
No idea.
Muito bom Salvador ! E dependendo das tempestades solares, seria bom ter alguma tecnologia para dá uma reforçada no nosso campo magnético, até por que nunca se sabe…ai é melhor está preparado.
Além disto Marte pode ser o primeiro teste, quem sabe outros planetas por ai não possamos dar esta mãozinha pra ficar mais fácil a nossa chegada ?
Sim, sem dúvida!
parece-me razoavel, afinal é uma questão de sobrevivencia, com certeza no futuro o homem sera capaz do incapaz, se com mil anos ja fez o que fez imagine 1,50, 100, 200, 500 milhoes de anos!! na verdade a evolução é uma bola de neve em alta velocidade.
Esses “cientistas idiotas” deveriam se preocupar melhor com o Planeta Terra ao invés de querer ser MELHOR QUE OS DEUSES. Mas na verdade querem mesmo é o dinheiro público para suas festas e diversões.
Que deuses? 😛
Quem mais poderia ser alem dos magnanimos papai noel e coelhinho da pascoa?
Quem nao quer ser maior que papai noel???
As cientistas se derretem, dinheiro jorra nas festas do LHC regadas a ovo de pascoa.
Muito legal, Salvador. Ouvi dizer que outro processo para se implementar um campo magnético em Marte seria criar uma lua (talvez trazendo um asteroide gigante para sua órbita), que seja proporcionalmente grande para o planeta, tal qual temos aqui. O efeito de maré reascenderia o núcleo de Marte e geraria o campo. Isso também é possível?
PS: seu post está na home do UOL 😀
Bem mais difícil trazer uma lua grande para Marte do que lançar um satélite! E talvez não funcionasse. Ainda não temos entendimento suficiente do processo que lega à perda do campo magnético para saber se é reversível de algum modo. Desconfio que não é.
Muito interessante!!!
Tenho, uma pergunta: Um tipo de escudo como esse, claro que com bem menos capacidade, não seria interessante para proteger tripulantes de uma espaçonave?
Pensei nisso também. Mas a resposta é: não sei. O escudo em si é postulado; o trabalho consisitiu em simular resultados em Marte…
Bom dia!
Além de ser legal pra caramba, quais seriam as outras vantagens de gastar tantos recursos em marte ?
Ter um backup da humanidade em outro planeta para impedir nossa extinção por asteroide, supervírus ou guerra? 😛
Saludos. Me ha entusiasmado observar su artículo. Me ha afinado una enseñanza muy interesante, aún, en determinados
temas difiero un poco de su crédito. He observado
que tiene más divulgaciones, juro tomarme un lapso para descifrarlas.
Ten por fijo que acecharé todas tus divulgaciones.
Te congratulo por tu página web. Un amistoso saludo.
Muchas gracias, Alex!
Como é bem provável que nos próximos séculos ainda não sejam possíveis as viagens interestelares, a melhor alternativa será mesmo a conquista do sistema solar, incluindo ai nossa Lua, Marte e luas de Júpiter e Saturno. E nestes casos a tecnologia já começa a se aproximar de um nível que permite a viabilidade. Neste futuro seremos capazes de modelar os planetas, incluindo ai a nossa Terra, permitindo entre outras coisas, reverter o efeito estufa e a degradação ambiental. Se foi a tecnologia que nos jogou na situação crítica atual, só a tecnologia nos tirará dela. Apesar de muitos não darem valor à pesquisa científica.
Muito interessante, Salvador.
O cenário ficou até realizável, ou palpável, como queira, abordado desta forma, com um plano até certo ponto factível (claro, tendo vários backups e contingenciamentos, tais como fazemos hoje numa estação elevatória de esgoto — e desculpe a comparação escatológica!). Afinal, não seria legal para os futuros marcianos algo como “por favor, dirijam-se aos abrigos pelos próximos 30 anos porque a energia será cortada para manutenção em L1” 😀
E ficou ótimo: vc havia se questionado se valeria a abordagem. Pelo menos para mim, a coisa passou de uma ficção distante para algo realmente possível para meu tetraneto.
Agora, aguardar qual cepa de pombos virá arrulhar nesse post tão legal!
Abs!
hehehe… foram os columbiformes cristões.
Ainda pior que os Columbiformes nibirusensis 🙁
🙂
Influência dos Mamonas Assassinas? Lembre-se da “bazuca anal com mira a laser e tiro fatal”.
Heheh, já estão a toda!
Que idéia brilhante…. Estão apenas imitando o que, um dia, fizeram com a Terra. “Colocaram” a Lua em um determinado ponto do Universo para que a Terra pudesse ter seu campo magnético protetor. Estão simplesmente fazendo a mesma coisa…. Por que não divulgam logo que descobriram a origem da vida no Planeta Terra? Que saco esse tolhimento de informação….
O que isso tem a ver com origem da vida??
Isso nao seria mais ou menos o q a lua faz com a terra? Dai vem as questoes que se le muito nas teorias conspiratorias, de que a lua é oca por dentro, é um satelite artificial, ou seja.. ela é o q estao sugerindo fazer tbm em marte…rsss Coincidencia.
A Lua não é artificial, não é oca, e seu papel no campo magnético terrestre (se é que há algum, é controverso) em nada se assemelha com essa proposta. A Lua em si nem tem campo magnético.
lua oca, satelite artificial?
Alguém já escreveu essa idiotice?
nah denn… Internet é que nem papel, aceita qualquer m…
São vários pontos destacados, mais acho que o principal e cuidarmos do nosso planeta hoje para não aceleramos o dela para não termos uma “Marte-Terra”.
Outro ponto que não sei se a Nasa esta pensando mais acredito que esteja, esse equipamento vai ficar 1,1 milhão de km do planeta, onde possivelmente ficará em rota de colisão. imaginemos que um dia tudo isso funcione e um asteroide tipo o Bennu colidisse com esse escudo, quanto tempo teriam para escapar do planeta e um qual seria o plano B?
Bastaria ter dois satélites. O Bennu não bateria nos dois! 😛
Qual tamanho do equipamento para gerar 50.000 nT?
Não tenho ideia.
Essa reportagem me fez ter inveja em quem acredita em vida após a morte!
Ver planos como esse serem botados em prática deve ser algo espetacular.
Um abraço Nogueira,
e parabéns pelo excelente trabalho em nos manter informado.
Valeu!
Salvador,
Antes de mais nada, quero expressar minha admiração e dar meus parabéns por suas matérias sempre muito bem explicadas, de forma simples e fácil assimilação.
Nós sempre cultivamos essa ânsia de desbravamento e busca do desconhecido. Nossos antepassados a pouco mais de quinhentos anos aventuraram-se nos oceanos em busca do novo mundo. Hoje, temos a mesma vontade mas em escala interplanetária, porém, paradoxalmente, o mesmo homem que pretende preservar e criar em Marte é o mesmo que não se atenta às questões ambientais para preservação da Terra.
Um grande abraço e continue a brindar-nos com suas matérias sempre muito interessantes!
Valeu!
Mais uma vez uma excelente postagem!
Eu gostaria de viver para ver, a engenhosidade do ser humano realmente é surpreendente e a julgar o quanto evoluímos (em conhecimento, não necessariamente como espécie) nos últimos 2 mil anos, certamente daqui a mais 2 mil anos haverá colonias em outros planetas do sistema solar, quicá em outros sistemas vizinhos! Só espero que não tenham todo esse trabalho apenas para transformar marte em um deposito de lixo terráqueo.
Sinto que nasci na época errada! O que me resta é ficar aqui, imaginando que louco seria passar férias em marte!
Bom dia a todos! Green tem toda a razão. O Sistema Solar é nosso, então vamos terraformar e colonizar. Existe outra forma de vida inteligente no Sistema Solar, além de nós? Então, por que ficar de braços cruzados?
A ideia desse cara é, simplesmente, genial.
Abraços!
Mas faltou dizer quanto tempo levaria pra haver um efeito significativo. Quanto?
Bem, no bloqueio de radiação, o ganho seria imediato.
Todos os planetas do sistema solar são nossos. Exceto Europa.
Boa, sir Arthur! Hehehe
Mas haveriam efeitos secundários sobre a Terra ou sobre os outros planetas???? uma dúvida para esclarecimentos!!!!!!!!! hoje existe o equilíbrio para a vida, no nosso sistema solar, que somos nós, um desarranjo em qualquer um deles, poderia afetar, num processo semelhante a queda das pedras do dominó a todos eles e chegaria até nós com uma força devastadora, Green ou Azul, não importa quem seja o responsável, na teoria tudo é bonito, na prática surgem os problemas e esses problemas nem sempre são calculados com precaução, principalmente se houver a ânsia de ser o segundo Einstein do mundo.
Não haveria efeito na Terra.
Sensacional !! Se funcionar , essa técnica poderá salvar nosso planeta de uma possível deterioração irreversível da camada de ozônio, ou até mesmo uma possível perda do nosso campo magnético.
Melhor matéria do Salvador dos últimos tempos!
Uau!
é interessante se ver o quanto estamos à busca de um lugar que tenha, no mínimo, algumas das características de um planeta perfeito para a vida, onde surgimos e vivemos, e estamos tornando inabitável para a raça humana.
Então a pergunta é : queremos transformar marte para que fique habitável e depois o tornaremos um esgoto também ?
Essa história de ‘salve o planeta’ não é verdade, o planeta sobreviverá bilhões de anos após nossa extinção, com inúmeras formas de vida.
A frase deveria ser : “salve a raça humana”
Isso é tão Kerbal…
Em vez de gastarem os milhões de dólares no nosso planeta terra, recuperando suas matas e rios, gastam milhões em coisas impossíveis ao homem.
Pergunta Idiota, no trecho: “… uma espaçonave poderia permanecer o tempo todo no caminho entre o Sol e Marte, a cerca de 1,1 milhão de km do planeta.” É possivel um objeto manter orbita fixa tão distante assim do planeta? a Nasa já fez isso alguma vez?”
Sim. A Nasa faz isso corriqueiramente. O satélite DSCOVR está exatamente no L1 Terra-Sol, todo pimpão. Hehehhe
Muito obrigado pela resposta, vou estudar mais sobre Pontos de Lagrange, não conhecia isso.
Bom dia Salvador, como sempre, ótima matéria. Me tira uma dúvida: É sabido que em uns 4,5 bilhões de anos nosso Sol se expandirá, tornando impossível a vida na Terra bem antes desse período. Você cita no texto 700 milhões de anos. É bem menos tempo; estão corretos estes números? Não que eu me importe, pois “acho” que não estarei mais aqui, mas gostaria de sua confirmação.
Forte abraço.
Antonio. Em 5 bilhões de anos o Sol vai inchar como uma gigante vemelha e vai engolir Mercúrio, Vênus e possivelmente a Terra. Mas antes disso, em “apenas” mais 1 bilhão de anos, seu aumento suave de brilho atingirá um ponto em que levará a Terra a um superaquecimento, como o de Vênus. São duas coisas diferentes, igualmente letais. 😛
Grato, Carl Sagan brasileiro!
🙂
Ao inves desses “cientistas” ficarem gastando tempo e dólares, em meras suposições, poderiam salvar o unico planeta de fato habitável, o planeta terra.
Sim, salvar criando um sistema de loteria em que quem não for sorteado seria exterminado.
Ou castrando quem não conseguir QI acima de 100, juntamente com os descendentes e parentes próximos.
Ou ainda escolhendo apenas alguns eleitos, como os torcedores do Ibis.
Você pode fazer sua parte, fazendo uma greve de fome familiar eterna. Seria uma atitude em favor da sustentabilidade do planeta. Se muitos dos 7.2 bi de habitantes fizerem, teremos um planeta sustentável com pouquíssimo esforço, salvo o efeito estufa dos gases do crematório.
Uma piada, não estão conseguindo nem viajar para Marte, pura ficção científica, na própria terra existe muitos mistérios mal descobertos que vão mudando as teorias com o passar dos anos, colocar um escudo magnético em Marte me faz rir.
Como dizem, passar o carro na frente dos bois.
Na verdade, mandar um satélite para as imediações de Marte já foi feito muitas vezes e é mais fácil do que mandar gente a Marte…
Primeiro, devemos acabar com a fome no mundo!! Prioridades!!
Quantos você já alimentou hoje?
O Edir Macedo já está fazendo a parte dele ao tirar dinheiro da África e levando-o para a Europa em seu jatinho. A fome na Europa precisa ser resolvida prioritariamente.
Eu já comecei. Tomei um café da manhã reforçado e estou saindo para almoçar. Um a menos com fome no mundo 🙂
🙂
Certo. Vamos ao mundo das suposições (como se não fosse tudo, ainda, suposição), Resolvido o problema do campo magnético, temos um planeta de gravidade 1/3 do nosso. Isso me parece um problema mais complicado de ser resolvido, uma vez que nossa estrutura está toda configurada para a gravidade daqui?
Não sabemos se a fisiologia humana se adapta bem ou não nessa gravidade reduzida. A volta a Lua, com um sexto da gravidade terrestre, poderia ajudar a testar isso antes de irmos a Marte.
Bom Salvador, o José Aníbal do PSDB já passou aqui na padaria para tomar café alguns anos atrás e a conversa comigo era outra. Mais uma matéria de interesse para comunidade científica nos desponta ao afirmar a criação de campo magnético como escudo para proteger Marte e reestabelecer atmosfera que porventura no passado teria existido. Isso me dá a sensação de que estamos antecipando a idéia muito comentada e algumas vezes questionada sobre a “Esfera de Dyson” proposto por Freeman Dyson nas décadas anteriores sobre a megaestrutura alienígena para captação de energia no contorno de uma estrela. Certamente a humanidade precisará colonizar outros planetas distantes do sol daqui a milhões de anos devido ao aquecimento e depois de mais de um bilhão transformando em nebulosa branca subsequente aos ciclos de expasão e contração até sua morte no qual um cunhado de matéria pesaria muitas toneladas. De acordo com o físico teórico Michio Kaku, uma civilização extraterrestre que acompanhou a tecnologia de acordo com o curso da transformação do habitat do planeta, poderiam ter colonizado outros planetas. Ao meu ver a idéia do campo magnético do Marte poderia ser um dos princioais elementos para criação da atmosfera marciana.
Salva, bom dia.
Acho que antes de termos capacidade para por em prática um plano dessa ordem de grandeza em Marte, já teremos conseguido colocar imensas velas solares no nosso L1 para defletir uma parte da luz solar, e com isso, retardar nosso aquecimento…
Porque é realmente muito mais facil colocar “velas” solares em L1 do que substituir as usinas eletricas e automoveis a combustiveis fosseis por paineis coletores de energia solar…
Tudo bem, mas acho que uma coisa não infere diretamente na outra. A forma como a redução de emissões de CO2 influenciaria os nossos modelos climáticos não necessariamente eliminaria a ideia de reduzir a quantidade de luz solar que chega à terra…
Além disso, se você fizer esta mesma afirmação para o Trump, acho que a resposta dele não seria exatamente a que você gostaria de ouvir, mesmo que ele provavelmente estivesse errado…
#vaicomcalma
Abraço.
O campo magnético é um campo de dipolo, e portanto decai com o cubo da distância.
Você está certo. Corrigi. Valeu!
Salvador, seria basicamente como o Escudo gerado em Endor para a Estrela da Morte mas ao contrário?
O escudo seria diferente, né? 😛
Quanto mais consegue o homem penetrar nesses mistérios, tanto maior admiração lhe devem causar o poder e a sabedoria do Criador. Entretanto, seja por orgulho, seja por fraqueza, sua própria inteligência o faz joguete da ilusão.
Ele amontoa sistemas sobre sistemas e cada dia que passa lhe mostra quantos erros
tomou por verdades e quantas verdades rejeitou como erros. São outras tantas decepções para o seu orgulho.
Criador. Boring.
seria mais fácil mudar a atmosfera de marte , o gás carbônico absorve a radiação infravermelha necessária para o aquecimento do núcleo e ativação do campo magnético protetor
Não faz sentido isso.
Daqui a pouco vem os trocentos comentários falando que é algo distante, que é inútil, que não vai dar certo.
Justamente em conferências como estas que se trocam ideias, conceitos, estudos para que no futuro saibamos quais informações usarmos e quais não usarmos.
Mais um post interessantíssimo Salva, parabéns!
E que o comentário do Green foi imperialista foi. “O Sistema Solar é nosso”… Hmmm, ainda não sabemos com certeza isso. Não fechamos nem o inventário do Sistema Solar (Se existe um Planeta a mais, se existem luas a mais em outros planetas, o que há depois da nuvem de Oort)… Calma ae Tio Green. Calma que o Brasil é nosso. Esse sim é nosso.