Matéria escura mandava menos nas galáxias no passado do Universo, sugere pesquisa

Salvador Nogueira

A matéria escura já não é mais como antigamente. Ou, melhor dizendo, é hoje muito mais poderosa e influente do que um dia já foi. Observações de galáxias distantes, que refletem como o Universo era cerca de 10 bilhões de anos atrás, mostram que a influência da matéria escura sobre sua rotação era bastante limitada.

Quem mandava no giro galáctico, naquela época, era mesmo a matéria convencional — que compõe todos os objetos visíveis no Universo, das estrelas ao seu cachorro.

O estudo, que tem como primeiro autor Reinhard Genzel, do Instituto Max Planck para Física Extraterrestre, na Alemanha, conta com uma amostra limitada — apenas seis galáxias afastadas –, mas apresenta um quadro notavelmente consistente da evolução da influência da matéria escura sobre as galáxias. Se confirmado por futuras observações, o padrão pode ajudar a compreender em detalhes como o Universo evoluiu desde o Big Bang, há cerca de 13,8 bilhões de anos, até hoje.

Além disso, o esforço pode dar pistas importantes sobre a real natureza dessa fugidia substância, que só pode ser observada por conta de seus efeitos gravitacionais, mas ninguém sabe de que é feita.

Não por acaso, a pesquisa ganhou as páginas da edição desta semana do prestigioso periódico científico “Nature”.

EM ALTA ROTAÇÃO
As primeiras evidências consistentes da existência da matéria escura foram justamente baseadas na rotação de galáxias. A astrofísica americana Vera Rubin notou, nos anos 1970, que as estrelas localizadas nas periferias galácticas giravam mais depressa do que deveriam, de acordo com a teoria da gravidade. O que se esperava delas era algo de acordo com as leis keplerianas de movimento — quanto mais afastadas do centro da galáxia, mais devagar elas avançariam em suas órbitas (do mesmo modo que Júpiter avança em torno do Sol mais devagar que a Terra, por estar mais longe dele).

Para explicar a alta rotação na periferia, só imaginando a existência de uma concentração maior de matéria na galáxia do que a que éramos capazes de ver, se estendendo num halo que ia além de suas estrelas mais externas. Foi essa matéria “invisível” que os astrônomos batizaram, por falta de um termo melhor, de matéria escura.

A novidade do estudo, feito com instrumentos instalados no VLT (Very Large Telescope), do ESO (Observatório Europeu do Sul), no Chile, foi observar o padrão de rotação de galáxias bem distantes — um desafio técnico nada trivial. Foram investigadas seis galáxias de porte similar ao da nossa Via Láctea, mas cuja luz viajou por 7 bilhões a 11 bilhões de anos antes de chegar até nós, viajando pelo espaço a 300 mil km/s, nos permitindo, portanto, um vislumbre de como elas eram quando o Universo era jovem.

Eis que lá as estrelas nas periferias galácticas giram mais devagar, como se esperaria de uma galáxia dominada pela matéria que conseguimos ver e um baixo teor de matéria escura.

Reforçando a observação, os pesquisadores notaram uma tendência clara: quanto mais próxima a galáxia observada, maior é a discrepância entre uma rotação ditada totalmente pela matéria convencional e a rotação observada — como se a concentração de matéria escura estivesse aumentando nas galáxias com o passar do tempo, até desembocar na situação de dominação que vemos no Universo próximo.

AINDA ESTÁ LÁ
O resultado está longe de servir como evidência de que a matéria escura pode ser simplesmente um engano. Muito pelo contrário, ele consiste em mais uma confirmação de que, sim, habemus matéria escura no Universo e pode até mesmo ajudar a descartar completamente teorias alternativas que tentam explicar as discrepâncias reformulando a lei da gravidade, em vez de tratá-las como sinais de que há matéria de natureza desconhecida no caixa dois cósmico.

O que o estudo faz de mais importante é indicar como a distribuição da matéria escura pode ter evoluído do Big Bang até os dias atuais. A julgar por essas medições, ela deve ter começado mais difusa num grande halo em torno das galáxias e só mais tarde foi se acumulando nas regiões mais internas.

Com efeito, como a matéria escura parece não interagir com partículas convencionais, exceto pela gravidade que exerce, ela teria muito menos mecanismos à sua disposição para se agregar (nuvens de gás, ao colidir umas com as outras, tendem a reduzir sua velocidade pela interação entre suas partículas, enquanto nuvens de matéria escura passariam umas pelas outras como se nada houvesse).

Essa é a principal aposta dos pesquisadores para explicar o “atraso” no domínio da matéria escura sobre a convencional. Mas ainda é cedo para tirar conclusões definitivas.

“Descartar a possibilidade de que as galáxias de Genzel e seus colegas sejam atípicas vai exigir uma amostra maior do que a estudada pelos autores”, destaca Mark Swinbank, da Universidade de Durham, no Reino Unido, em comentário publicado na mesma “Nature”. “Apesar disso, ao medir a contribuição e a distribuição espacial da matéria escura, das estrelas e do gás em galáxias formadoras de estrelas distantes, o trabalho dos autores é um passo importante para identificar os processos físicos dominantes responsáveis pela formação das galáxias. Em particular, seus resultasos lançam luz sobre como as galáxias formadoras de estrelas irregulares, amontoadas vistas no Universo distante são transformadas nas distintas galáxias espirais, como a Via Láctea, que vemos hoje.”

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Comentários

  1. O universo está sendo visto de uma maneira invertida. Veja a correção deste erro no blog: http://www.olhandoouniverso.blogspot.com
    A via láctea está próximo ao centro do universo. Veja: The known Universe by AMNH Portanto o que é visto distante é mais novo que que a via láctea. Esta tem cerca de 12 bilhões de existência (quase 13 bilhões). Realmente o que é novo está na periferia. Sendo assim, “a matéria escura mandava menos nas galáxias no passado do Universo”, sugere que seriam as galáxias da periferia do universo e portanto as galáxias mais recentes. Se elas sofriam menos matéria escura que as mais centrais (antigas). O buraco negro de uma galáxia tem mais atração nas estrelas próximas e menos nas mais afastadas. Isto está explicado exatamente neste blog.

  2. Se a pergunta for meio boba me perdoe não é a minha intenção, sou apenas um curioso no assunto: O Espaço aumenta? Pois a ciência diz que o Universo está se expandindo, mas não poderia ser relativo, pois poderia existir um deslocamento sem porem o Espaço se expandir. Se o Espaço está aumentando realmente qual é o meio usado para se fazer esta medição ou afirmação?

    1. É a única coisa que insiste em não ser relativa: a velocidade da luz no vácuo.
      Como ela é sempre constante, o que acontece quando o espaço estica enquanto ela o atravessa é que seu comprimento de onda é esticado também. Então luz que foi emitida lá dos cafundós do Universo como vísivel chega a nós como infravermelha, porque seu comprimento de onda se esticou ao passar pelo espaço em expansão. A relatividade geral fornece os instrumentos matemáticos para calcular essa distorção, e distingui-la do avermelhamento que aconteceria se o objeto estivesse simplesmente se afastando de nós (efeito Doppler), em vez de o espaço estar se expandindo.

  3. Me parece que o universo não é nada disso que se pensa ser. Estes mistérios indecifráveis como energia escura, matéria escura, boson de higgs, matéria e antimatéria, inflação cósmica, raios cósmicos, a gravidade, O próprio big bang é totalmente inviável, etc. Eu acho que se continuarmos batendo na mesma tecla ficaremos cada vez pior. Que tal ler:www.olhandoouniverso.blogspot.com

    1. Mais da metade das coisas que você citou não são misteriosas. Só a energia escura, a matéria escura e inflação cósmica merecem o rótulo de “mistérios”. O resto todo já foi bem explicado. Pegue o bóson de Higgs. Sua existência foi PREVISTA pela teoria antes que ele fosse descoberto! Quer algo mais bem compreendido que isso, algo que somos capazes de afirmar que existe antes mesmo de vermos e, quando procuramos, lá está ele? O mesmo vale para antimatéria — foi prevista antes de ser descoberta! A gravidade, por sua vez, já foi bem explicada pela relatividade geral (testada com precisão tão grande que se houvesse um erro na décima casa decimal nosso GPS não funcionaria). O Big Bang, por sua vez, têm evidências concretas, que vêm não só da relatividade geral, mas de observações como a radiação cósmica de fundo.

        1. Não, não está. Veja: a descoberta da partícula é definitiva. Existe. Confiança de 5-sigma. Diga onde foi dito “aparente descoberta” com confiança de 5-sigma.
          O que os pesquisadores estão fazendo agora é juntar mais estatísticas para confirmar não a existência, mas o comportamento da partícula. Ver se ela se porta realmente como a teoria sugere. E existem algumas evidências — ainda não conclusiva — de que talvez existam dois bósons de Higgs. Ainda é cedo para afirmar algo nesse sentido. O que se pode dizer com certeza é que o bóson de Higgs foi descoberto. Se ele vem em um ou dois sabores e a que modelo teórico específico ele se encaixa, não sabemos ainda. Precisamos de mais dados.

          Aqui, a sua referência, que estava a apenas um Google de distância: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=boson-higgs-aparente-descoberta&id=010130170124

  4. Post excelente do Salvador e deste grupo que quer falar de Ciência.
    Falado, conversado, discutido, teorizado, explicado, duvidado, compreendido, não compreendido, esclarecido, controverso, enigmático,… busca por respostas.
    Aprender Ciência!
    Um grupo incrível que apresenta suas idéias, pensamentos e entendimento do que acha sobre o Universo.
    Mais uma vez, parabéns ao nosso grupo e todos que se manifestam.

    1. Este site veio provar tudo o que eu falo no blog: “www.olhandoouniverso.blogspot.com
      Neste blog eu digo como o universo começou. De fora para dentro (sem o big bang) e não de dentro para fora (com o big bang). Assim e de acordo com esta pesquisa realizada este artigo veio comprovar tudo. Com esta nova teoria, é explicada a matéria escura e a energia escura, simultaneamente. Prova de que as galáxias nascem na periferia e caminham para o centro. Que não existiu a inflação cósmica, que a relatividade de einstein tinha erros, etc,etc,etc.

  5. Qualquer hora coloca o Einstein numa fita detalhada aí Salva, tipo: constante cosmológica, paradoxo EPR, efeito fantasmagórico à distância, e por aí vai. fica a dica

    1. Samuel, acho que você vai gostar do meu próximo livro. Sente o sumário. 😉

      EINSTEIN
      As descobertas do maior gênio de todos os tempos, de um jeito que você não precisa ser ele para entender

      Introdução: Bem-vindo à mente de Einstein
      1. A existência dos átomos
      2. A realidade do mundo quântico
      3. O espaço e o tempo
      4. A equação mais famosa da ciência
      5. A gravidade
      6. Revoluções tecnológicas
      7. A origem do Universo
      8. O “erro”
      9. Buracos negros
      10. Lentes de aumento cósmicas
      11. Ondas gravitacionais
      12. Mais rápido que a luz
      13. Viagens no tempo
      14. Um novo estado da matéria
      15. Teletransporte quântico
      16. A teoria final

        1. Ele foi um grande fã até descobrir que a física quântica zoava com tudo que ele considerava razoável no Universo — causalidade, realismo local etc. Aí virou o bicho e ficou tentando refutar e criticar a danada. Mas mesmo nesse esforço ele provou um bocado de coisas! No caso do teleporte quântico, foi ele quem descobriu o mecanismo, junto com o Podolsky e o Rosen. Mas o tom do artigo era: “vejam só isso, uma porra dessas não pode ser verdade”. Só que era. 🙂

          1. coincidência!! acabo de ouvir exatamente sobre este assunto agora a pouco, no final de minha aula de mecânica estatística! 😀

            a ideia geral é que einstein, como a maioria dos físicos, sempre tentavam entender probabilidades como simples consequência de falta de informações completas para prever eventos com exatidão. por isso torcia o nariz para as probabilidades na mecânica quântica considerando-as apenas sinal de que a teoria estava incompleta, e que estas probabilidades só confirmavam que desconhecíamos informações relevantes para torná-la totalmente determinística.

            hoje em dia é consenso que as incertezas quânticas são parte do fenômeno, quase como uma propriedade das partículas como a massa, carga… e não sinal de falta de informação sobre os sistemas. ou seja, por mais que conheçamos sobre os estados iniciais de sistemas quânticos, a incerteza sempre vai existir, e é parte do fenômeno.

      1. Mas que isso hein Salva? Parece um robô, nunca tem fim. Vai ser sempre assim, um livro atrás do outro? hehe
        Se sim, muito bom.

        1. Não, espero que não, sinceramente. Preciso parar para pensar um pouco. Esse negócio de fantástica fábrica de livros está cobrando muito de mim. O duro é que há demanda, a editora pede, o tema é legal, eu vou dizer não? Mas torço para abrir um hiato a partir de agora. Queria refletir um pouco mais antes de partir para o próximo. E, de repente, escrever um pouco de ficção. Não sei. Vamos ver o que o futuro reserva.

          1. Hehehe, queria saber o segredo de como consegue, Salvador?

            Pouco mais de 5 anos atrás eu postava quase que diariamente um conto novo de ficção científica lá no Recanto das Letras. Hoje, se crio 1 por mês é uma vitória! :-S

            Bom, muita coisa mudou, né? O trabalho ficou mais pesado, comecei novamente a cursar faculdade à noite… é, quase que falta tempo mesmo para dormir, quanto mais para escrever, né?

            Mas se tiver algum segredo escondido para tentar ganhar tempo extra, agradeceria! 😀 Tenho muitas ideias novas na cabeça, e não vejo a hora de colocá-las no papel (OPS!! ou melhor, no HD do computador, né? hehehehe)

          2. Rapaz, queria ter um segredo. Não tenho. E não pense que faço tudo que faço suavemente; não faço. É beeeem cansativo. Agora, uma vantagem que tenho é que esse já é meu trabalho, então em tese eu sou obrigado a reservar tempo para escrever todos os dias. 😛

      2. Legal!!! Avisa assim que for lançado!!!
        Estou precisando de inspiração para escrever contos novos, hehehehe!!! 😀

  6. “Instituto Max Planck para Física Extraterrestre”

    Física Extraterrestre, que termo esquisito…

  7. Isso joga um balde de água fria na ideia de que a matéria escura possa ser consequência de alguma “quinta força fundamental do universo”, né?

    Porque algo que interage gravitacionalmente, embora não possamos ver, se agrupar ao longe do tempo em torno das galáxias é plausível. Mas uma quinta força fundamental, que não existia no princípio do universo, de repente “aparecer” hoje em dia é completo absurdo! 🙂

  8. Salva, bom dia.

    Como esse estudo sugere que “hoje” os efeitos que a matéria escura exerce sobre o universo conhecido são maiores do que “ontem”, sob a ótica da entropia podemos deduzir que seu surgimento(?) e/ou concentração(?) são acontecimentos favoráveis, não é?

    Penso que, como a matéria escura interage apenas gravitacionalmente com a matéria “standard”, esta deve interagir também com as ondas gravitacionais e, talvez, ela própria também gere ondas gravitacionais… Talvez seja possível estudar essa relação com o LIGO advanced?

    1. Improvável, porque matéria escura não se reúne em corpos densos. E aí não produz efeitos radicais como ondas gravitacionais do tipo que o Advanced LIGO pode detectar.

      1. É interessante estudar algo que “produz” gravidade, mas seu efeito não recai sobre si mesmo (pelo menos até onde conseguimos entender)…

        1. Certamente a matéria escura é influenciada pela gravidade. Mas a gravidade não funcionaria do mesmo jeito que funciona para um objeto de matéria convencional.
          Senão vejamos: cai um meteorito na Terra. A massa da Terra aumenta, porque agora é Terra+meteorito. Mas por que o meteorito parou na Terra? Porque forças eletromagnéticas repulsivas no meteorito contra o solo impediram que ele entrasse na Terra. Agora pegue um neutrino caindo na Terra. Ele tem massa, portanto sofre os efeitos da gravidade. Mas o que acontece quando ele chega ao chão? Ele passa direto. Atravessa a matéria como se não fosse nada. Por quê? Porque ele não sente a força eletromagnética. A única coisa que poderia fazê-lo parar é uma colisão direta com uma partícula de matéria. Mas essas colisões são raras, porque a matéria é imensamente mais espaço vazio do que partículas. Por isso é tão difícil detectar os neutrinos, e a imensa maioria deles atravessa direto a Terra inteira e sai do outro lado. Eles certamente são acelerados pela gravidade quando estão chegando, e são freados pela gravidade quando estão saindo, mas não podem ser reunidos para formar matéria. No limite, se o neutrino viesse muito devagar (e sabemos que eles costumam viajar muito depressa, justamente pela massa ridiculamente baixa), ele ficaria oscilando para cima e para baixo, atravessando a Terra, conforme caísse de um lado e caísse de outro, num eterno vai-vem. Mas você nunca poderia reuni-los num pacotinho pequeno com a gravidade (exceto num buraco negro, onde a velocidade de escape excede a maior velocidade possível). O mesmo se dá com a matéria escura. Você não consegue reuni-la, porque ela viaja depressa e, mesmo sentindo a força da gravidade, isso não suficiente para fazê-la parar num lugar. Isso talvez explique porque grande parte da matéria escura se concentra num halo em torno da galáxia — são partículas em tese caindo para lá e para cá, em torno do centro galáctico. Ou, pelo menos, essa é a imagem mental que eu faço desse negócio.

          1. Eu entendo o que você quer me explicar, e eu realmente quero concordar com tudo isso…

            Os modelos devem estar certos, aliás, têm que estar…

          2. Sério que você acha que uma partícula só pode existir se tiver uma “utilidade”? E para quem seria essa utilidade? Supernovas emitem grandes quantidades de neutrinos. Para elas, eles são “úteis”. rs

  9. Bom dia caros leitos. Gosta e tenho muito interesse por astrofísica, pois quanto mais eu estudo tenho a certeza da existência do Deus Criador o qual idealizou tudo o que vemos e já descobrimos e ainda aquilo que não sabemos mais um dia tenho essa convicção que me será revelado pelo próprio Criador quando eu me encontrar com Ele face a face. Pois sua vontade já nos foi revelada pela sua Santa palavra nas sagradas escrituras. Obrigado

    1. só não tenho certeza se você será capaz de compreender esta “revelação”..

        1. kkkk o mais comum não é “de revesgueio”?
          É um passo antes de de revesgueio! 😀

  10. Abriu-se a caixa de Pandora dos chutômetros. Para você Salvador: A religião sem a ciência é manca. A ciência sem religião é cega. A.E. pai da relatividade.

    1. Você desconhece o contexto da frase. Einstein se referia ao sentimento, que ele considerava religioso, de que o Universo faz sentido e pode ser compreendido racionalmente. Isso é um ato de fé — não há por que deduzirmos que tem de ser assim –, e sem ele não há ciência. Foi o que ele quis dizer. Nada a ver com deuses barbudos que destroem cidades e fazem milagres.

      1. Então é mais fácil acreditar que de um elemento unicelular, o simples passar do tempo, fará chegar-se a um multicelular, inteligente e visceralmente iniciado de aquáticos, terrestres e avícolas. Tenha dó Salvador, acredito-o mais multidirecional.

        1. A questão é que já vimos esse acontecer. Bactérias se reúnem em grupos para facilitar a sobrevivência. É meio caminho andado para a multicelularidade. E o caminho inverso também acontece, quando uma mutação destrói os mecanismos que levaram à multicelularidade. Quando você tem um câncer, ela é uma célula sua que encheu o saco de ser parte de um organismo multicelular e resolveu se multiplicar descontroladamente, sem atender às demandas específicas que ela tinha antes.

    2. Albert Einstein foi pai de 3 filhos. A teoria especial da relatividade foi um dos seus grandes feitos. E os comentarios dele nesse sentido que voce escreveu eram quase sempre ironicos.

      Religiao sem ciencia é inquisicao, escravidao, assassinato.
      Ciencia sem religiao é o futuro, onde ninguem precisa temer velhos barbudos e barrigudos porque vestiu roupas de cores diferentes, onde ninguem é apedrejado ou decapitado por ser homosexual, onde os recursos investidos em templos faraonicos sao usados na exploracao espacial… Ah o futuro

      1. Chegar-se o tempo que seremos proibidos de sorrir, pois estaremos atentando e menosprezando os desdentados.

    3. Ninguém, a não ser ele mesmo – Einstein -, é capaz de dizer o que se passava em sua mente quando verbalizou tal frase. Talvez ele quisesse dizer exatamente o que disse. Nada impede que um cientista seja religioso… é insatisfatório, eu sei! Mas é da natureza humana.
      A religião cumpriu seu papel na agregação da sociedade no inicio dos tempos. Talvez ainda o faça até hoje, infelizmente.
      Sonho com o dia em que nos desvencilhemos desse mal necessário, tal qual olhamos para o degrau que ficou abaixo de nós na escalada da evolução.
      Sei que esse dia chegará. Evoluir é preciso!

      1. Ele é capaz. É só ler o contexto da frase!

        “Though religion may be that which determines the goal, it has, nevertheless, learned from science, in the broadest sense, what means will contribute to the attainment of the goals it has set up. But science can only be created by those who are thoroughly imbued with the aspiration toward truth and understanding. This source of feeling, however, springs from the sphere of religion. To this there also belongs the faith in the possibility that the regulations valid for the world of existence are rational, that is, comprehensible to reason. I cannot conceive of a genuine scientist without that profound faith. The situation may be expressed by an image: science without religion is lame, religion without science is blind.”

        1. “Embora a religião possa ser aquilo que determina a meta, ela tem, no entanto, aprendido com a ciência, no sentido mais amplo, quais meios contribuirão para a realização dos objetivos que ela estabeleceu. Mas a ciência só pode ser criada por aqueles que estão completamente imbuídos da aspiração à verdade e à compreensão. Essa fonte de sentimentos, no entanto, brota da esfera da religião. A isso também pertence a fé na possibilidade de que os regulamentos válidos para o mundo da existência sejam racionais, isto é, compreensíveis à razão. Não posso conceber um cientista genuíno sem essa fé profunda. A situação pode ser expressa por uma imagem: a ciência sem religião é coxo, a religião sem ciência é cega “. Para aqueles, que assim como eu, não sabem ler em Ingles.
          Nada impede que um cientista seja religioso… é insatisfatório, eu sei! Mas é da natureza humana.

          1. Nada impede que um cientista seja religioso. Mas Einstein não está defendendo a religiosidade entre cientistas, exceto nesse sentido mais claro do sentimento religioso de buscar a verdade e acreditar, por fé, que o Universo é compreensível pela razão. Só isso. Não está dizendo que as pessoas precisam acreditar em Deus ou nada que vagamente remonte à religião judaico-cristã.

        2. Einstein se dizia Panteísta…
          Uma de suas frases mais famosas é: Meu querido Deus não joga dados com o mundo.
          Não sou eu quem está colocando verbalização na boca do AE. São afirmações dele mesmo captadas por pessoas que viveram ao seu lado, seus íntimos.
          Sou ateu por essência, mas me parece que o grande cientista que modificou o mundo com sua imaginação, não.
          Isso faz dele menos do que ele é.. (interrogação)
          Não importa sua crença, sua religião, sua fé… Todos somos capazes de arrancar de dentro de nossas entranhas as mais belas e sábias teorias.
          Quantos cientistas do passado e do presente não creram ou crêem em um Deus pessoal.. (interrogação)
          São eles menos propensos a terem grandes idéias que aqueles que se dizem ateus.. (interrogação)
          Não importa sua crença, sua religião, sua fé… Todos somos iguais perante a infinitude do Espaço e da eternidade do Tempo.
          Namastê

          1. Aqui a “religiosidade” de Einstein, descrita por ele mesmo:

            The fairest thing we can experience is the mysterious. It is the fundamental
            emotion which stands at the cradle of true art and true science. He who
            knows it not and can no longer wonder, no longer feel amazement, is as good
            as dead, a snuffed-out candle. It was the experience of mystery—even if
            mixed with fear— that engendered religion. A knowledge of the existence of
            something we cannot penetrate, of the manifestations of the profoundest
            reason and the most radiant beauty, which are only accessible to our reason in
            their most elementary forms— it is this knowledge and this emotion that
            constitute the truly religious attitude; in this sense, and in this alone, I am a
            deeply religious man. I cannot conceive of a God who rewards and punishes
            his creatures, or has a will of the type of which we are conscious in ourselves.
            An individual who should survive his physical death is also beyond my
            comprehension, nor do I wish it otherwise; such notions are for the fears or
            absurd egoism of feeble souls. Enough for me the mystery of the eternity of
            life, and the inkling of the marvellous structure of reality, together with the
            single-hearted endeavour to comprehend a portion, be it never so tiny, of the
            reason that manifests itself in nature.

    4. “Eu nunca disse a maior parte das citações que atribuem a mim na internet…”
      (Albert Einstein)

  11. Salvador, a astrofísica diz que o final do universo é a desintegração total da matéria, inclusive dos átomos (não sei se particulas também,mas aí em quê?). Nesse raciocínio,imagine se sobrar um universo só de matéria escura!! Vai sobrar gravidade dela? pra quem? Mas o interessante é que ate agora ninguém associou o Big Bang à materia escura. Cadê “os 3 primeiros minutos” de Weinberg?

    1. Na verdade, a matéria escura tem de ter sido criada no Big Bang, junto com todo o resto. É isso que o leva à densidade crítica medida hoje na radiação cósmica de fundo. Sem a matéria escura, ia faltar coisa.

  12. Vai saber se o universo não é intercruzado por várias ondas gravitacionais que podem gerar os efeitos nas periferias galáticas em explicação alternativa à matéria escura. Não vou aqui ficar tergiversando, falando pô uma onda passa pela galáxia, como uma onda do mar passa por um objeto em giro na superfície, levanta as bordas e o rebote do bamboleio é um kick na velocidade das bordas…kkk. Mas como sobre a matéria escura ainda… tamo no escuro… Não custa chutar o balde…

  13. Eu pensei que existissem outras evidências da Matéria Escura além do efeito gravitacional, como no caso do estudo da radiação cósmica de fundo em micro-ondas que estimou a proporção aproximada de 5% de matéria normal, 25% máteria escura e 70% de energia escura. Como essa estimativa foi calculada? Obrigado

    1. Todas as evidências são, no fundo, gravitacionais. Mesmo no estudo da radiação cósmica de fundo, a conta é: quanto a gravidade distorceu a radiação até chegar aqui? Então quanta matéria deve ter lá fora? E quanta eu estou vendo?

      Mas são múltiplas as evidências gravitacionais: a taxa de rotação das galáxias, a distribuição de matéria em lentes gravitacionais, o efeito na radiação cósmica de fundo, a distribuição interna dos aglomerados galácticos, e por aí vai…

      E outra: a da rotação das galáxias é bem conclusiva, no sentido de que ela te dá duas opções: ou tem matéria faltando, ou a sua compreensão da gravidade está errada. Como a nossa compreensão da gravidade (a relatividade geral) já foi testada à exaustão, os cientistas apostam que tem matéria faltando.

  14. Carteiro espacial, outro dia eu lavava a minha roupa e vi que a espuma formava uma espiral no balde, como uma galáxia. O sabão e a tensão da água agregam as bolhas como a gravidade agrega a matéria, mas a espiral é contida pelas laterais do balde e desenhada pela revolução da água, mas o espaço sideral não tem laterais como o balde tem, logo sobra a matéria escura para agregar a turma.

    Você que todo dia anda por aí montado no seu raio de luz, me responda: será que essa matéria escura não é apenas uma sombra quadridimensional da matéria galática projetada no tecido do espaço? E aí por ser gerar uma sombra em outras dimensões ela não retornaria a essa realidade causando efeitos de interação gravitacional? É como se eu estivesse numa balança e a minha sombra, por gerar efeitos em outras dimensões, estivesse aumentando a minha tara.

    1. Vai saber. Mas para confirmar isso teríamos de formular a ideia de maneira matemática e então mostrar que ela bate exatamente com as observações. Por ora, ninguém fez.

      1. Chama o Apolinário para fazer esses cálculos… Fora de brincadeira, ele e outros matemáticos podem tentar se debruçar sobre o problema.

        É assim que a Ciência avança: um efeito estranho é detectado, alguém mede e junta a turma para calcular com matemática avançada o que leva a esses resultados, conseguindo explicar o fenômeno!

    2. Uma das explicações (puramente especulativas ainda!) para a interação gravital ser tão mais fraca em comparação com as outras forças fundamentais é que o campo gravitacional se propagaria em mais de 3 dimensões. Sobraria apenas uma “sombra” de sua verdadeira força em nosso espaço tridimensional, e por isto a gravidade seria tão fraca como observamos…

      1. Se esta ideia tiver fundamento, ondas gravitacionais seriam então a única forma de nos comunicarmos com possíveis universos paralelos… Mas aí já entramos na ficção científica, hehehe!

    3. Eu já propus, aqui, algo parecido com sua observação das bolhas de sabão no tanque. É realmente interessante a similaridade de sua observação com o modelo apresentado no vídeo postado pelo Salvador. Alias, achei incrível a imagem das galáxias girando e contorcendo a matéria em suas voltas. Fantástico!
      Olhando a animação gráfica mais lenta – sugiro que você olhe novamente – fica claro, para mim, que assim como a água é a responsável por movimentar as bolhas de sabão dentro do tanque, deve haver também algo que seja responsável pela movimentação das estrelas em volta do núcleo galático.
      Alguns cientistas sugerem a matéria escura. (algo que ainda requer comprovação)
      Eu sugiro que o responsável por essa dança cilíndrica seja, o já tão conhecido espaço. Ou seja, o espaço em volta do centro da galáxia está se comportando como a água em volta do ralo do tanque.
      Não é a espuma que gira e sim a água. A espuma apenas segue a água pois está contida nela.
      Não é a estrela que gira e sim o espaço, a estrela segue o espaço pois está contida nele.

      1. a espuma e a água são matérias, então o que temos aqui é matéria empurrando matéria.
        agora, imaginar que o espaço (o que seria? vácuo? campo gravitacional?) possa arrastar matéria já é um gigantesco salto de imaginação…

        1. não, a expansão é resultado da gigantesca energia que “empurrou” toda a matéria inicialmente no big bang. quanto à atual aceleração desta expansão, ainda não se sabe o que a causa. pode ser alguma interação desconhecida entre matéria cujos efeitos só começam a ser sentidos quando elas estão separadas a grandes distâncias. mas pensar num espaço-tempo que continua se expandido por inércia (wtf?!?!?!?!) e arrastando a matéria com ele não faz muito sentido…

          1. SONDA DA NASA CONFIRMA TEORIA DE EINSTEIN SOBRE ESPAÇO TEMPO
            http://www.estadao.com.br/noticias/geral,sonda-da-nasa-confirma-teoria-de-einstein-sobre-o-espaco-tempo,715221
            SE UM PLANETA TÃO PEQUENO COMO A TERRA É CAPAZ DE ARRASTAR O ESPAÇO À SUA VOLTA, IMAGINA UM BURACO NEGRO SUPER MASSIVO..
            Para mim o que não faz nenhum sentido é continuar procurando por uma Energia Divina (energia escura) que tem o dom de adquirir força (F) sabe-se lá de onde.
            Há de se pensar que o Universo em expansão está dilatando seu próprio espaço, portanto dilatando também o tempo, pois ambos estão atrelados. Ou seja: A cada minuto o tempo se dilata se tornando mais lento e, consequentemente, com o passar dos bilênios, ele – o tempo – se aproxima de zero.
            O TEMPO UNIVERSAL HOJE SE PASSA MUITO MAIS DEVAGAR QUE HÁ BILHÕES DE ANOS ATRÁS. (ISSO TAMBÉM DEVE SER LEVADO EM CONSIDERAÇÃO NAS FÓRMULAS QUE PROCURAM IDENTIFICAR A IDADE DO UNIVERSO) NÃO SEI SE O É.
            Compreendo o paralelo entre tempo gradativamente mais lento e espaço gradativamente maior como sendo a chave para se entender o mecanismo cósmico. Fico intrigado com a idéia de que, se pudéssemos adentrar a um buraco negro seria exatamente isso que encontraríamos. Uma massa extremamente densa e extremamente grande deve estar fazendo a mesma coisa com o espaço e o tempo à sua volta. Pelo menos é assim que compreendo as afirmações de Einstein referentes a esse sentido.Como pode ver no link postado acima, as observações empíricas não deixam dúvidas de que corpos físicos girando sobre o próprio eixo arrastam o espaço à sua volta, e consequentemente distorcem também o próprio tempo.
            Em escalas extremamente maiores que as do planeta Terra, esses efeitos também se tornam muito mais evidentes.

          2. marcos, vc está confundindo CAUSAS com EFEITOS. um corpo massivo realmente pode parecer estar arrastando o espaço-tempo à sua volta, e consequentemente a matéria nas proximidades. mas este é só o EFEITO final, não a CAUSA do aparentemente “arrasto” da matéria. a causa fundamental está no velho princípio de que nada se propaga mais rápido que a luz, nem mesmo a informação gravitacional. quanto mais distante do corpo, mais “atrasada” vai parecer esta atração, dando a impressão de que o espaço está sendo arrastado.

            vc pode fazer uma analogia entre força magnética e força elétrica: apesar de parecer existir uma força de interação magnética entre corpos carregados eletricamente, ela não passa do efeito causado pelo movimento de cargas elétricas somado a esta limitação de casualidade (ou seja, de que a força elétrica também não pode se propagar mais rápido que a luz)…

  15. A existência da matéria escura é conhecida desde 1933 proposto por Fritz Zwicky. Desde então muitos estudo foram realizados. Apesar dos instrumentos existentes e do conhecimento hoje, a sua natureza é desconhecida. As pesquisas dizem que 23% do Universo é formada de matéria escura, 73% de energia escura e o restante 4% de matéria mormal ou matéria bariônica com evoluções dede o Big Bang. Essa matéria escura e energia escura que representam 96%, não interagem com as matérias já existentes e sim sobre a força gravitacional das galáxias, estrelas e outros objetos. Acredita se que ela é formada em parte por neutrinos e serve para criar estabilidade do Universo. Sem as quais as Galáxias estariam em completo desequilíbrio e sem harmonia. De qualquer forma além de várias teorias existentes sobre a matéria escura, o que nós entendemos é que essa matéria atravessa o nosso corpo a todo instante sem que percebamos durante a nossa existência e até mesmo nas rochas e outros objetos.

  16. Sempre pensei que estas matéria e energia escuras são hoje aquele mesmo tipo de coisa que o éter luminífero do século 19 foi para explicar a propagação das ondas eletromagnéticas. Será que os termos da equação da relatividade geral de Einstein são apenas os primeiros termos de uma equação mais geral a ser descoberta?

    1. Então, eu acho que não. Mas, claro, o julgamento ainda está em aberto.
      Contudo, há muitas observações que parecem se encaixar melhor à hipótese da matéria escura do que alternativas que modifiquem a lei da gravidade.
      E, quanto à energia escura, Einstein era tão fodástico que já fez as equações com e sem energia escura, sem nem saber que um dia falaríamos disso. rs
      Embora o éter luminífero não existisse, várias outras coisas não observadas, mas previstas pela ciência, acabaram se mostrando verdadeiras: os neutrinos e o bóson de Higgs são ótimos exemplos.

      1. O próprio Einstein já devia pensar que as equações de campo eram incompletas, não é? A adição da constante cosmológica demonstra isto. E se a constante não for “constante” mas tiver outra forma? Olhando as equações a impressão que se dá é que falta alguma coisa nelas, mais termos talvez. Numa postagem anterior do blog você não escreveu sobre um físico que propôs uma teoria alternativa a Relatividade?

        1. Sim, ela explicaria a matéria escura sem matéria escura, mas ainda tem um monte de problemas para superar e exige basicamente que não tenhamos entendido a gravidade, para ela operar a uma intensidade diferente a distâncias muito grandes.

          A constante cosmológica, contudo, corresponde à energia escura, e não à matéria escura. E Einstein a introduziu forçosamente nas equações, não porque achasse que faltava alguma coisa, mas a despeito de achar que não faltava nada. Contudo, ele tinha um preconceito ideológico de que o Universo devia ser estático e eterno. E aí introduziu a constante para que a relatividade pudesse descrever um Universo assim, uma vez que, sem ela, o Universo necessariamente teria de estar em expansão ou contração. Quando Hubble mostrou que tava rolando expansão mesmo, Einstein bateu a mão na testa e repudiou veementemente a constante cosmológica.

          Mas ela fez um retorno triunfal em 1998, quando surgiram as primeiras evidências de que a expansão do Universo não estava freando, mas sim acelerando — requerindo novamente a constante cosmológica para explicar essa força que contrabalança a gravidade e acelera a expansão.

          Tudo isso e muito mais, no meu próximo livro, que estou a 2 capítulos de terminar. 🙂

  17. The black matter death of the universe?
    🙂
    Isso é que é ciencia! Passos de formiginha que abrem portas para outras portas… E etc… 🙂
    Um dia quero visitar o max planck

    1. Eles chamam de dark matter. E não é que ela vá acabar com o Universo ou coisa assim. A quantidade dela é constante — talvez até vá se reduzindo, se for feita de partículas que podem se aniquilar com o choque. Mas a distribuição é tudo. 🙂

      1. Tem razao, nao sei porque eu escrevi black…
        E claro que nao vai acabar com o universo heheh apenas soava legal numa frase 😛
        Mas levando pro lado do se aniquilar com o choque, isso soa como anti-materia.
        A impressao que da quando demonstram a aceleracao das estrelas da periferia é que a dark matter parece aumentar em concentracao, e nao diminuir. Ou é tudo em decorrencia da expansao, talvez?
        Nao é minha especialidade… Mas é interessante pensar nas possibilidades. Vou voltar pra medicina, que de uma hora pra outra parece mais acolhedora que asteofisica… 😛

        1. Mas é aumentar a concentração! Quanto mais aumenta, mais rápido avançam as estrelas da periferia…

      2. Salvador, a partir da evolução dos efeitos da matéria escura sobre as galáxias com o tempo, provavelmente será possível calcular como serão as galáxias daqui a 10 bilhões de anos, por exemplo… Se essa concentração aumenta, terá influência não só na distribuição das estrelas, mas até na sua formação e “história de vida”.

        Estamos testemunhando o surgimento de mais um campo de estudos na Astrofísica! Realmente fascinante!

        1. Isso se a matéria escura não entrar num estado de equilíbrio em determinado momento, e aí a coisa se estabiliza… de toda forma, alguém vai ter de investigar isso. E ajudará saber o que é afinal a tal matéria escura… rs

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