Astronomia: Trump cancela missão de pouso em Europa, a lua-oceano de Júpiter

Em proposta de orçamento da Nasa, Trump corta estudos da Terra e cancela pouso em Europa.

TRUMPSPACE
A Casa Branca divulgou no fim da semana passada sua proposta de orçamento para a Nasa em 2018. E, diante das promessas de cortes violentos de gastos feitas por Donald Trump, até que foi suave: uma redução de apenas 0,8% com relação ao nível de 2017. No total, o topetudo quer dar à Nasa US$ 19,1 bilhões.

DE OUTRO PLANETA
Aí tem aquele pessoal que diz (em voz de mimimi): nossa, para que gastar tanto dinheiro no espaço com tantos problemas aqui na Terra? Então, breaking news! A Terra também é um planeta, e seus problemas podem ser estudados do espaço. Ou melhor, poderiam. Trump acha má ideia gastar dinheiro em nosso próprio planeta.

TERRA O ESCAMBAU
O presidente americano passou a faca no setor de geociências, com um corte de US$ 102 milhões. Três satélites de observação da Terra que estavam sendo planejados foram cancelados, assim como a despesa com instrumentos que já estão no espaço, a bordo do satélite DSCOVR, focado em estudos da mudança climática (aquela conspiração chinesa, manja?).

LUA, MARTE E ISS
Nos planos de exploração espacial, tudo nos eixos. A Nasa seguirá desenvolvendo seu foguetão SLS e a cápsula Orion, para viagens tripuladas à Lua e, futuramente, a Marte. Trump também pretende seguir financiando o plano de transporte comercial à Estação Espacial Internacional. O único corte foi aquela ideia meio maluca de capturar um asteroide e colocá-lo em órbita lunar para ser visitado.

EUROPA SIM, MAS SEM POUSO
O setor de missões interplanetárias se saiu bem, e o orçamento prevê recursos para o desenvolvimento de uma missão orbitadora destinada a Europa, a lua-oceano de Júpiter, assim como o próximo jipe marciano, com lançamento marcado para 2020. Trump só não designou grana para o desenvolvimento de um módulo de pouso europano, algo que só estava andando até agora por pressões do Congresso — que, aliás, ainda terá o poder de restituir esse e outros projetos, conforme discutir e emendar a proposta orçamentária do presidente.

A coluna “Astronomia” é publicada às segundas-feiras, na Folha Ilustrada.

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Comentários

  1. Desde que esse senhor foi eleito presidente, fico me perguntando se de fato há vida inteligente na terra…

  2. SACO…
    chegar lá perto, orbitar a lua, e não poder pousar é quase como cantar parabéns, chegar perto do bolo, cortar uma fatia dele e não poder comer… 🙁

    1. Fiquei procurando a identidade dos criminosos na matéria, e não achei. Como você pode querer longe do seu país pessoas que você nem sabe quem são?

      1. Você fala em “criminosos”, mas a matéria fala claramente que as autoridades acreditam em “terrorismo”. Lembro que num desses atentados na França – aquele do atropelamento da multidão – a manchete da Folha foi: “CAMINHÃO mata xx pessoas na França”. Quem matou foi o caminhão e não o refugiado islâmico que o dirigia, talvez?

        Enfim, não quero convencer você a pensar como eu, primeiro porque não sou dono da verdade e segundo porque você tem inteligência e cultura suficientes pra formar suas próprias opiniões. Mas acho que o uso de expedientes como novilíngua e alusão a spin doctors só tiram a qualidade do debate.

        1. Sim, eles acreditam em terrorismo. Mas terrorismo é crime. E por ora tudo que sabemos é que houve um crime. Se foi um crime de terrorismo ou não, as investigações dirão.

          1. Confirmaram que foi terrorismo. O autor? Um tal Khalid Masood. E hoje na Bélgica um “norte-africano” jogou um carro em uma multidão.

            Ok, você pode discordar da política de barrar imigrantes. Os terroristas são uma minoria dentre os refugiados e imigrantes. Mas parece-me exagero chamar essa política de populismo ou xenofobia.

          2. Não. Mas vais concordar comigo que ele dificilmente tenha feito isso sozinho. Quem o aliciou? Talvez o aliciamento tenha acontecido via internet, é possível. Mas onde estão as pessoas que deram apoio logístico?

            E em nenhum momento eu disse que o problema é a religião. Não é. Conheço ateus violentos e cristãos, muçulmanos e judeus pacíficos. E vice-versa também. O problema são os terroristas infiltrados e disfarçados entre grupos de imigrantes bem-intencionados.

          3. Sim, mas note que eles não se disfarçam e infiltram somente entre os imigrantes, mas entre os cidadãos da população dos países ocidentais. E como não se pode expulsar esses, não faz sentido expulsar aqueles, mas sim vigiar a todos. Para isso serve inteligência. Se o Trump tivesse tirado grana do Exército pra dar pra NSA, ia achar que fazia sentido.

          4. “Sim, mas note que eles não se disfarçam e infiltram somente entre os imigrantes, mas entre os cidadãos da população dos países ocidentais.”.

            Concordo. Aí é uma questão de opinião pessoal. Eu prefiro ‘resolver metade do problema’ a não resolver nada. Você prefere dar tratamento isonômico a todos e tentar resolver por outros meios, eu discordo mas entendo. Basicamente eu estou pensando de forma mais objetiva e você de forma mais subjetiva.

            São duas estratégias com justificativas plausíveis. Não vejo como chamar uma delas de xenófoba e populista – assim como discordo de quem chamar seu ponto de vista de ingênuo ou entreguista. Seria a mesma coisa.

          5. Eu acho que os fins não justificam os meios. E todo mundo é inocente até prova em contrário.
            Ademais, não vejo como barrar os imigrantes vá resolver meio problema. Só vai transferir o problema inteiro para quem já está lá dentro.
            Entendo, contudo, que a questão não é trivial, e não será resolvida nem pela força, nem rapidamente. Veja quantos séculos a Europa teve de brigar antes de decidir que era melhor viver em paz…

          6. pois é, enfim o terrorista era inglês, nascido e criado naquela terrinha…

            que argumentos você usaria para colocar restrições a “estrangeiros” que nasceram e sempre viveram em seu país? se basearia em suas ideologias? bom, aí seria necessário que o estado tivesse algum tipo de controle sobre nossos pensamentos, né? bem vindos a “1984” (um pouco atrasado, sem dúvida!!) e sua “polícia do pensamento”…

          7. David, se tivessem barrado a imigração dos pais desse Khalid, o atentado não teria acontecido.

          8. Sim, então agora você quer punir alguém pelos futuros possíveis pecados dos filhos??
            Por essa lógica, no caso dos EUA, teriam de ir embora praticamente todos e deixar a chave para os índios. Afinal, qual etnia de colonizadores/imigrantes nos EUA não teve algum de seus membros cometendo um crime bárbaro?

          9. Salvador: todo mundo é inocente até prova em contrário. Correto.

            Mas ninguém quer prender imigrantes. Quer-se apenas deixar de aceitar a entrada deles.

            O que tu queres basicamente é negar a um povo o direito soberano de decidir quem pode entrar nele ou não! E ainda chamas de xenófobo ao dono da casa que quer exercer o discricionário direito de dizer quem entra na casa dele e quem não entra!!!

            Na tua casa não é assim? Se o cara não for comprovadamente criminoso ele é presumidamente inocente, logo, ele tem direito de entrar na tua casa? E se tu negares, pensando em proteger tua esposa e filhos, tu és xenófobo racista facista homofóbico topetudo e feio?

          10. Se eu decido quem entra na minha casa com base na religião, sim, isso é discriminação. Se eu decido com base em caráter — e avaliação de caráter exige evidências –, não. Simples assim.

            A sorte é que os EUA são um país democrático e respeitador de suas próprias leis. Por isso o topetudo idiota não consegue implementar nem suas mais rudimentares ideias toscas. Viu que a substituição ao Obamacare caiu hoje? 🙂

          11. Tem muitos brasileiros que saíram do Brasil para lutar com o Estado Islâmico… O EI está dando aos loucos desajustados uma desculpa para eles darem vazão à sua loucura. Todos os casos de “lobos solitários”, inclusive esse britânico, são de pessoas com histórico de violência e crime.

          12. é, quanto a isso pensamos bem diferente. eu faço questão de manter o meu direito de negar entrada na minha casa a quem eu quiser, pela razão que eu quiser.

            Você, por ser são-paulino, já está correndo risco. 😛

          13. Acho até que você tem esse direito. Mas será que você teria esse mesmo direito se morasse num hotel, tivesse sido escolhido para ser o gerente por apenas quatro anos, e uma grande parcela dos moradores não concordasse com seus critérios? Haveria uma necessidade de buscar um consenso ou, na sua opinião, poderia haver uma ditadura da maioria nesses casos, mesmo que ela fosse exígua? A maioria teria o direito, por exemplo, de expulsar a minoria dos moradores, se assim desejasse? A questão é mais complicada do que eu ou você fazemos em nossas casas.

      2. Acredito que, infelizmente, haja uma alusão entre o “esses caras” do texto da mensagem e cidadãos de países com população majoritariamente muçulmana afetados por ordens executivas de Trump, que já fez várias declarações xenófobas e tem vários xenófobos em seu governo.

        1. Claro que há essa alusão, Garibaldo. E concordo com o teu “infelizmente”. Se tem 100 imigrantes tentando entrar no seu país e você sabe que um deles é terrorista mas não sabe qual, talvez a melhor solução seja barrar os 100, mesmo que isso prejudique os outros 99. Infelizmente.

          Lembre-se que entrar no país dos outros não é um direito, e sim um privilégio. Na sua casa só entra quem você permite, ninguém tem ‘direito adquirido’ quanto a isso.

          1. Cara, olha só a boboquice (para usar um eufemismo) que você escreveu:

            “Se tem 100 imigrantes tentando entrar no seu país e você sabe que um deles é terrorista mas não sabe qual, talvez a melhor solução seja barrar os 100, mesmo que isso prejudique os outros 99. ”

            É tão absurdo quanto dizer: “Se tem 100 judeus tentando entrar no seu país e você sabe que um deles é um grande agiota mas não sabe qual, talvez a melhor solução seja barrar os 100, mesmo que isso prejudique os outros 99.”

            ou “Se tem 100 italianos tentando entrar no seu país e você sabe que um deles é um mafioso mas não sabe qual, talvez a melhor solução seja barrar os 100, mesmo que isso prejudique os outros 99.”

            ou, ainda, “Se tem 100 brasileiros tentando entrar no seu país e você sabe que um deles é um traficante de drogas mas não sabe qual, talvez a melhor solução seja barrar os 100, mesmo que isso prejudique os outros 99.”

            Lembrando que o Trump quando assinou as ordens executivas disse, todo pimpão, algo como: “Aprendemos com o 11/9. Isso não acontecerá novamente”. E qualquer pessoa minimamente informada sobre esses atentados sabe que a grande maioria dos terroristas era saudita, cidadania não afetada pelas ordens.

            Poxa, bobagens repletas de estigmas e preconceitos que saem da boca de pessoas como o Trump, de gente seu governo e depois aceitas e repetidas a exaustão por muitos é um sinal claro de como nosso mundo está doente.

            Como vamos viver em um mundo melhor dizendo:”Ahh.. eles estão no meu quintal por estarem sendo perseguidos? isso é problema deles. Esse povo esquisito é terrorista, isso sim! Folgados que querem nossos empregos e benefícios sociais. Eles que morram longe de mim”; ou depois de ver alguma notícia sensacionalista “Nossas leis/pais/políticos (sempre o outro) não prestam! Saudades da época em que a ROTA resolvia tudo!” para depois continuarmos votando como sempre votamos. Continuando a viver isolados em condomínios e carros com ar-condicionado para não ver os indesejados que estão lá fora…

            Ou vendo o outro que está do outro lado presumindo que seja um idiota que não merece mais do que desprezo. Algo tão comum e generalizado nas nossas cidades…

          2. Garibaldo, você claramente não é capaz de debater em nível elevado. Pra você é “Trump ruim, Esquerda bom”, como as “duas pernas ruim, quatro pernas bom” de Orwell.

            Enfim, nem tente compreender, continue lendo sua Carta Capital que você continua entre os “bons”.

            abraço.

          3. Ahhnn??? Nem gosto da Carta Capital…

            E por que eu não sou capaz de “debater em nível elevado”? O que você respondeu então é uma mostra de “debate elevado”?

            😉

            E no final das contas nem dá pra dizer que o Trump seja alguém de direita ou alinhado aos princípios do GOP. E isso quem afirma não sou eu, mas muitos dos próprios republicanos. Ele não é mais do que um oportunista populista.

        2. Ele até pode ter sido um lobo solitário, o que é improvável por razões logísticas. Caso contrário, alguém deu suporte a ele, alguém o aliciou para o EI, que já reivindicou o ataque; difícil acreditar que toda a cadeia que o liga ao EI não tenha nenhum imigrante, nenhum refugiado, nenhum filho de imigrante.

          Aliás, difícil até mesmo supor que o Khalid Masood não seja descendente de imigrantes, não?

          1. Bom, eu me chamo “David”, e pelo que sei não tenho, pelo menos nas 4 ou 5 últimas gerações anteriores, nenhum traço de descendência judia… Acho que o nome não é um indicador muito confiável para quem quer buscar este tipo de informação…

          2. Claro, David…. o sr. Khalid Masood que cometeu um atentado reivindicado pelo Exército Islâmico em nome de Alá era provavelmente chinês. Não podemos inferir nenhuma ligação dele com os países de origem muçulmana.

            É impressionante a má-fé e o mau-caratismo dessa laia esquerdista…. distorcem tudo o que podem.

          3. O tal Khalid Masood era um destes caras que não eram islâmicos de nascença mas trocaram de nome ao se revoltarem com a sociedade ao passarem um tempo na cadeia. Ele se chamava Adrian Russell Elms e era nascido na Inglaterra mesmo, em Kent, e se converteu ao islamismo já adulto. Tinha um histórico de trocar de identidade para cometer pequenos crimes, uma ficha criminal extensa e passagens por prisões. Era casado e tinha três filhos. O Estado Islâmico vai reivindicar mesmo qualquer crime cometido por qualquer um que se apresente como islâmico para demonstrar ao mundo que ele pode ter influência em qualquer lugar e que todos devem teme-lo, típica tática terrorista de terror não localizado ou que usa exércitos regulares. Todos os países se veem obrigados a ficar em alerta e muita gente da população acaba tendo medo, excluindo e até hostilizando islâmicos, fazendo alguns deles acabarem por se integrar as fileiras do Estado mesmo não diretamente, devido a facilidade de comunicação proporcionada pela Internet. O sujeito em questão só era um bandidinho que como vários outros era revoltado e resolveu contestar a sociedade adotado um nome islâmico.

          4. qualquer maluco pode sair por aí metralhando multidões, explodindo tudo e berrar anrtes de se matar “alá é grande” para jogar a culpa no islamismo. são oportunistas…

    2. A matéria é sobre o corte de verba pra nasa, acho que você está no lugar errado cara. A notícia sobre o atentado é em outro lugar.

    3. Como o tema aqui é ciência, e as vezes ficção cientifica, este é um típico exemplo que a touca cerebral de Arthut Clarke resolveria fácil !

  3. É, Salvador… Era o caso do conselheiro nerd do presidente aconselhar direito… O corte de quase dez por cento no Serviço Geológico é um tremendo tiro no pé, porque a agência não vive só de pesquisar o aquecimento global – também impulsiona a prospecção mineral nos EUA e no mundo inteiro. Para um presidente que se elegeu prometendo mais empregos e desenvolvimento, cortar a pesquisa de base que resulta na mineração não faz o menor sentido. A não ser, é claro, que essa turma que tomou o poder por lá tenha como prioridade combater a ciência e a pesquisa, que é o que certas atitudes sugerem. E o pior é que o LANDSAT 9 foi poupado do corte dessa vez, mas as garantias de continuar o projeto são quase nenhuma. Tomara que não cortem no futuro, seria uma grande perda, porque as imagens LANDSAT são usadas à exaustão em mineração, agricultura e obras de engenharia. Inclusive geoprocessamento foi uma das poucas áreas que expandiram e geraram emprego nos Estados Unidos durante os anos mais duros da crise norte-americana. É uma pena que o grosso da população mundial não possa entender que esses cortes promovidos pelo governo Trump cortam pela raiz empregos e geração de riquezas.

  4. Naqueles rincões mais distantes dos EEUU, no meio do nada, regiões desérticas, passam de quando em quando os alistadores do exército, convocando e dando um emprego para os jovens que, não fora isso, não teriam o que fazer. É melhor, mesmo que momentaneamente, suprir as pessoas de seus básicos para a sobrevivência que investir, tendo outras prioridades, no que vai acontecer daqui 50 ou 100 anos: com certeza a maioria já foi.

  5. Notícia ruim, mas poderia ser pior, o Trump é um cético total do aquecimento global, mas até que a tesoura do corte não foi tão contundente em relação ao orçamento da NASA, para desespero dos que acham um desperdício investir em ciência, astronomia e afins.

    É claro que os EUA jamais serão uma nulidade como o Brasil, em qualquer campo que se imagine, nada parecido por lá como o que faz o atual governo que além de não investir absolutamente nada em ciência, ainda congela o orçamento da União por vinte anos.

    Como vamos aprender a andar com as próprias pernas desse jeito?

    1. Daniel, Mensageiro Sideral vai transmitir ao vivo! https://www.youtube.com/watch?v=262vQvcFMNU
      Originalmente estava marcado para hoje, mas adiaram para amanhã, e depois para depois de amanhã, por conta de uma greve em Kourou. Estou em contato com o pessoal lá, vamos torcer para ser na quinta-feira mesmo. Abraços!

      1. Moro no Amapá, e já estou me programando para assistir o lançamento do JW em outubro de 2018, se manterem o schedule.

  6. Mais uma vez venho bater na tecla da mudança climática, pois parece que a idéia do Trump de cortar satélites que estudariam a Terra é péssima… Após ler esta reportagem hoje no site do UOL, vi a confirmação da ONU sobre o território desconhecido em que o clima está:

    https://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/ag-estado/2017/03/21/onu-confirma-calor-recorde-e-diz-que-clima-entrou-em-territorio-desconhecido.htm

    Ao que parece, na visão do Trump é melhor deixar de estudar o clima para que não seja solidamente comprovado que as emissões estão ferrando o planeta, coisa que provavelmente impedirá que a América se torne grande novamente

  7. Os defensores do Trump não sabem o que ele é. O populismo de direita dele corta verbas onde há ciência sendo feita, mas não é nada espetacular, e não mexe, e até investe mais, onde há o espetáculo para “fazer a América ser grande novamente”. Mas se os espetáculos espaciais sozinhos não fizerem o efeito desejado, ai será a hora de apelar para a “pirotecnia” bélica, tudo para “entreter” o povo e deixar ele fazer o que bem entender sem muita gente para prestar atenção no que ele faz “debaixo dos panos”. Quem gosta de governos “espetaculares”, o do “cheetos” será um “prato cheio”. Quem sabe até role uma “explosãozinha” nuclear para animar a moçada que anda meio desanimada.

      1. Esperamos o que? O governo “espetacular” para enganar bobo ou a explosão nuclear para “animar” a moçada?

  8. “…para que gastar tanto dinheiro no espaço com tantos problemas aqui na Terra? Então, breaking news! A Terra também é um planeta, e seus problemas podem ser estudados do espaço…”
    Mais ou menos, né Salvador! Esta afirmação, ressalvadas as diferenças, lembra-me a justificativa dada pelos americanos para as bombas de Hiroshima e Nagasaki, de que mais americanos e japoneses morreriam se fosse tentada uma invasão do Japão. Na época, a hipótese de não invadir e terminar a guerra por decreto (pois o Japão não oferecia mais qualquer ameaça) nem foi cogitada, afinal muitos interesses econômicos e geopolíticos estavam em jogo.
    Voltando ao assunto em pauta, ganha-se com os investimentos no espaço? Talvez. O custo é justificável? Muito discutível.
    As maiores descobertas e invenções que definiram o mundo moderno não dependeram de investimentos bilionários em missões espaciais ou em Colisores de Hadrons. A nossa base científica e tecnológica de hoje foi toda feita muito antes do 1o. satélite artificial, iniciado no Renascimento, tendo seu auge no final do século XIX e início do XX. Apenas como exemplo, cito Michael Faraday, que descobriu como transformar energia mecânica em elétrica e com isso mudou definitivamente o rumo da civilização. E isso apenas pesquisando em seu laboratório a um custo desprezível se comparado com o que acontece hoje em dia.
    A exploração espacial e os investimentos em pesquisas por “dobras espaciais”, “worhholes” e outras fontes inesgotáveis de produções holywoodianas talvez, algum dia, tragam algum resultado realmente útil, como fizeram Newton, Marconi e muitos outros heróis da pesquisa e descoberta científica. Mas a diferença para estes é que, se não chegarem a nada além de teorias intangíveis, deixarão uma bela conta a ser paga pela sociedade.

    Sérgio

    1. Bem, não vou discutir bomba atômica e Segunda Guerra para não desvirtuar o assunto.
      Mas sobre os benefícios de investimentos no espaço, faço questão. Estudos mostram que cada dólar investido na agência retorna em incrementos de 7 a 14 dólares na economia americana, na forma de novas tecnologias, serviços, spinoffs e produtos. Você não consegue chamar nem um Uber hoje sem os satélites GPS. É um exemplo muito claro de investimento espacial retornando de forma muito massiva na economia. E está alimentando muito desempregado por aí. Então podemos dizer, sem medo de errar, que o GPS ajuda a reduzir a fome no mundo. Um exemplo só. Para cada iniciativa espacial há vários desses — desde tintas desenvolvidas para evitar problemas com ferrugem em foguetes que viram depois produtos para a indústria automotiva até tecnologias desenvolvidas para preservar a saúde dos astronautas que depois vão parar nos hospitais. Enfim, é uma luta inglória tentar dizer que o investimento no espaço não vale a pena.
      O que podemos discutir — e esse é o propósito da coluna de hoje — que prioridades devemos ter no espaço. Um programa balanceado é um que joga fora dois instrumentos num satélite já lançado, em órbita e operando porque não quer pagar US$ 100 mil por mês para processar os dados? Se os dados não fossem referentes à mudança climática, será que a atitude teria sido outra? Um programa balanceado investe mais em missões interplanetárias que em missões na Terra, que, além dos benefícios em spinoffs já citados, traz recursos importantes para monitoramento de fronteiras e da cobertura vegetal, fluxos de umidade no sistema oceanos-atmosfera, meteorologia, estudos atmosféricos, medição de gases-estufa, dados de relevância para a agricultura, acompanhamento do gelo na Antártida e no Ártico, e por aí vai?
      Acho, como disse no texto, que no geral Trump foi generoso, cortou pouco. E acho que o Congresso vai restituir o corte do módulo de pouso em Europa. Já os lances de geociências, acho mais difícil, porque republicanos em geral (maioria no Congresso atualmente) não curtem muito esse negócio de monitorar o ambiente, mudança climática e tudo mais. Mas não impossível. De toda forma, o orçamento foi gentil com a Nasa e em especial gentil com o setor interplanetário. Para você ter uma ideia, para 2017, Obama pediu US$ 1,5 bilhão para a turma da ciência planetária. Trump para 2018, está pedindo US$ 1,9 bilhão.

      1. Pesquisas que indicam custo/benefício de investimentos existem em todas as atividades e para todos os gostos. Podem traduzir realidades ou grandes mentiras, tudo depende de quem faz a pesquisa e quem a patrocina. A compra de Passadena deve estar repleta de avaliações positivas que nortearam a decisão.
        Se os investimentos serão justificados, só o tempo dirá. O fato que não muda é que hoje o que se faz demanda muito dinheiro e o retorno (ainda) é bastante questionável. Comparar Uber (ou qualquer outro app) com as descobertas e invenções que efetivamente tiraram a humanidade da época do atraso é menosprezar a capacidade criativa de que fomos dotados. E o GPS (talvez a única parte destes apps de localização que possa ser definido como evolução tecnológica) foi possível já após o 1o. satélite, no final da década de 50. Pouco depois, lançamos as sondas que foram mais distantes e pisamos na Lua. Sem Uber, apps para pedir pizzas e outras “grandes invenções” do gênero.
        Posso parecer muito saudosista, mas apenas acho que estamos num momento de fraca atividade criativa, em que pesquisas demandam muitos bilhões e, se não patrocinadas, não se justificam por si só. Espero algum dia ainda ver mais resultados do que promessas.

        Sérgio

      2. Salvador, esqueci de dizer que, pra sua sorte, minha capacidade de atormentá-lo é limitada à 1 vez por semana, pois tenho contato com a sua coluna na versão impressa. E como está na Ilustrada, que leio por último, só de noite pra me manifestar… 🙂

    2. Para haver grandes pesquisas e desenvolvimentos nos dias atuais é obrigatório ter grandes despesas. Se antes a pesquisa e o desenvolvimento eram baratos, quase sempre envolviam uma pessoa só, para descobrir coisas em cosmologia ou em exobiologia é necessário pagar caro, pois tudo está fora do nosso alcance e isto envolve o uso de tecnologias mais avançadas e mais cérebros trabalhando nos problemas. Isto gera um efeito colateral principalmente onde a inovação tecnológica é valorizada, cada problema gera tecnologias secundárias que depois podem serem usadas para fazer mais ciência e tecnologia que vão gerar mais desenvolvimentos e mais ideias que poderão ser aplicadas nos problemas humanos. Quem quer limitar este processo todo vai correr o risco de regredir, pois novas ideias não surgem e se desenvolvem limitando os gastos em ciência e tecnologia. O pessoal que quer resolver os problemas da Terra usando velhas fórmulas não vai sair do lugar e até piorar estes problemas.

      1. Os argumentos que levaram muita gente a repetir esta pergunta são tão difundidos e até se parecem com um vício, que alguns velhos amigos meus com boa formação educacional são contra as pesquisas espaciais por este motivo e repetiram a mesma pergunta para mim, sendo que quando os conheci eles não pensavam assim. Em 10, 15, 20 anos alguma coisa aconteceu de muito errado neste país e até eu suspeito o que seja, basta ligar a TV e enumerar os programas religiosos e também procurar as inúmeras igrejas que foram fundadas neste período. Quem dizia que não seguiria tais igrejas onde a prática de lavagem cerebral é a doutrina corrente, acaba por força das circunstâncias da vida se rendendo a tais igrejas, as verdadeiras “armas de destruição em massa” que há uns anos atrás tanto se falavam.
        Esta mudança toda me lembra daquele filme “Invasion of the Body Snatchers “, todas as versões dele, em que os corpos dos humanos eram tomadas por uma força biológica alienígena. Quem sabe não é por este motivo que há tanta gente sistematicamente duvida dos feitos e descobertas científicas e divulga cada vez mais as suas sandices como se fossem verdades absolutas. Os alienígenas lenta e sutilmente teriam um planeta povoado com gente tão burra que não seria capaz nem de entender ou de se defender de alguma agressão quando eles viessem para cá, pois eles seriam os deuses para esta gente ignorante.

    3. EUA malvado….. conta a ser paga pela sociedade….

      Já deu pra entender, é só mais um retardado socialistóide.

      Ok, você tem razão, não tem porque investir em pesquisa espacial. Agora vá fazer seu mav lá no blog do Sacamoto e deixe a gente em paz.

    4. Eu já cansei de repetir aqui no blog, que esta questão dos investimentos em pesquisas espaciais ainda ser tão questionada, deriva essencialmente da falta de conhecimento e educação em nosso país. Sem entrar no mérito de quanto estes investimentos podem trazer de retorno em novas tecnologias. O básico para quem elabora um orçamento do governo federal ou de qualquer outra organização é fazer uma lista das prioridades sempre analisando o custo-benefício de cada gasto relacionado a cada uma das áreas do governo. Então você começa a alocar recursos em cada uma das áreas prioritárias até chegar nas áreas menos prioritárias. Para dar um exemplo: antes de você cortar os poucos recursos alocados na área de pesquisas espaciais que darão algum retorno para a sociedade você corta primeiro gastos em propagandas, você corta gastos destinados a eventos festivos, corta alguns gastos desnecessários com bebidas, cafezinhos, jantares, hospedagens em hotéis cinco estrelas para autoridades, corta carros e motoristas particulares para outras autoridades, acaba com super salários, e vai procurando gastos supérfluos para cortar. Depois começa a sacrificar quem sabe alguns patrocínios culturais e para eventos esportivos, sacrifica investimentos em museus públicos e alguns equipamentos culturais e assim por diante a medida que você avança na lista de prioridades. Como não tem mais onde cortar você começa a sacrificar investimentos em defesa militar que no cado dos EUA é bem significativo. Se continuar cortando um momento você vai chegar nos gastos que são “sagrados” dentro do orçamento que são os investimentos em saúde, educação, pesquisas científicas e segurança pública. Esses últimos são as prioridades do orçamento público e consequentemente são últimos que devem ser cortados. Mas na cabeça de alguns “gênios” você deve cortar gastos em exploração espacial e continuar gastando em reformas no palácio do jaburu ou contratando motorista para mulher de autoridade ficar passeando às nossas custas. Isso que acabei de explanar é o que estudamos no primeiro ano do curso de economia e se chama “alocação de recursos escassos”. Onde o futuro economista aprende que todos os recursos que têm valor econômico são escassos e devem ser alocados com o melhor “custo de oportunidade” possível. Não custa nada as pessoas procurarem adquirir um mínimo de conhecimento antes querer sair por aí palpitando sobre o orçamento do governo e sobre como a sociedade deveria alocar os poucos recursos que têm a disposição.

      1. Para muitos que comentam aqui, qual é o melhor custo de oportunidade? O das pesquisas espaciais ou o do dízimo contribuído para as igrejas? Não é só falta de educação e de conhecimento não, pois questões como esta vem sendo feitas em outros países também por gente que até tem formação educacional, mas é doutrinada por igrejas cada vez mais numerosas e que estão de olho no orçamento do governo para financiar tanto a campanha para fazer ignorantes deles quando suas ações de “pilantropia” pelo mundo afora. O sujeito pode até ser formado, mas tem que acreditar nos contos da carochinha deles e duvidar da ciência que os faz pensar.

  9. Agora presidente pra ser bom tem que ser politicamente incorreto. Para mim bastava ser honesto e competente. Se é politicamente correto ou incorreto não faz nenhuma diferença. É por essas e outras que somos um país tão pobre.

  10. A todos os leitores desse blog, faço uma correção no meu comentário abaixo onde está escrito “o homem é por natureza racional”, porque isso me parece tão óbvio do ponto do ponto de vista do cotidiano, mas em relação ao feitos da humanidade é tão imensurável, quando se fala das missões enviadas ao espaço. Mas o texto é mais adequado quando se lê: “o homem é por naturera gregário” por se envolver em tecnologia com sustentabilidade.

  11. Recentemente, assisti Europa Report. Filme legal, apesar das limitações. E, essa notícia diminuiu a minha empolgação. Tenho certeza que tem vários monstrinhos nadando naquele oceano.

    1. Assisti também…ai fico pensando…era melhor mandar as maquinas primeiro pra realmente evitar contaminação e botar vidas em risco.

    1. Fala! Missão tripulada a Júpiter tá longe mesmo. Essa era não tripulada, mas de pouso. 😉
      Sobre essa história aí, achei muito cascata demais da conta. rs
      Abração!

    2. “Um dos pulsos brilhou com a intensidade de 100 milhões de sóis.”

      e os caras falam que isso é sinal alien? são loucos? sinais tão fortes provém de estrelas de neutros e semelhantes. Nunca uma civilização vai consumir tantos recursos para se exibir para o universo.

      vejam o nosso caso, antes se imaginava que um computador com a mesma capacidade de uma calculadora de mão dos tempos atuais seria do tamanho de um continente. Mas hoje um celular avançado de 2017 já humilha computadores de aproximadamente 10 anos atrás, as lâmpadas incandescentes estão desaparecendo e já se fala em led. Uma civilização avançada caminha para a economia de recurso e não o esbanjamento.

      1. Concordo com você. Os requerimentos energéticos são estupidamente altos. Acho engraçado como os autores falam em “energia equivalente à que o Sol enviaria a um planeta com duas vezes o raio da Terra”. Pomba, sabe quanta energia recairia de uma estrela sobre um planeta desse tamanho? E como transformá-lo num coletor gigante? Agora, vamos supor que, por outros meios, ou coletores espaciais, eles consigam recolher o diacho da energia. Tudo para impulsionar um veleiro gigante. Cool. Mas por que diabos usar esse energia num pulso de rádio? Fótons de rádio são pouco energéticos, portanto transfeririam menos momento para o veleiro que fótons de energia mais alta, como visível, ultravioleta etc. Você junta toda a energia e aí usa um pulso ineficiente? Não cheguei a ver as contas, para ver se esse seria o método mais eficiente de impulsionar uma vela, mas o Breakthrough Starshot, nosso modesto esforço de veleiros interestelares, quer lasers de 1 mícron de comprimento de onda, que já é infravermelho, e não rádio. E a escolha foi largamente pautada pela capacidade de atravessar a atmosfera dos feixes. Uma civilização megapower certamente teria os lasers no espaço, sem esse constraint adicional. Isso sem falar que ele supõe naves super-enormes transportando gente. Agora imagina a força G numa espaçonave que acelera a velocidades próximas à da luz em pouco tempo. Pizza de ET. Enfim, nada nos FRBs me convence de que são isso aí. O Avi Loeb é um cara cheio de ideias legais, e o respeito pelo arrojo. Mas nessa acho que ele forçou a amizade. 😛

        1. eu posso até engolir a ideia, mas não serviria para enviar seres vivos porque quanto mais rápido a nave for, mas difícil para frear (ou mais demorado). Essa ideia de acelerar aos poucos é boa para sondas. Os fótons devem transferir momento para o objeto e no espaço é tudo solto mesmo e realmente iria precisar de uma baita quantidade de energia se quisesse movimentar uma nave a velocidades próximas à da luz, na verdade, uma fração.

          ah, mas quem assistiu ao filme “Passengers – Passageiros” viu uma nave futurística levando colonos, ela usa alguns conceitos já pensados e viaja a uma velocidade bem elevada, seu problema são as colisões com objetos no meio do caminho (não vou avançar aqui para não gerar spoilers indesejados). É um filme interessante e traça os perigos de se viajar no espaço por mais seguro que possa parecer a tecnologia.

          mesmo sem estar viajando tão rápido como nessas hipóteses aventadas, nossos foguetes podem alcançar uma velocidade apreciável e as colisões são perigosas e uma espaçonave do tipo vela aumenta as chances de colisão. Não raramente os objetos no espaço também possuem movimento enquanto traçam sua órbita. E quanto maior a velocidade, maior a energia do impacto e maior a capacidade de dano que um pedaço de rocha provocaria na fuselagem.

          enfim, está longe de se bater o martelo nisso.

        2. Talvez uma civilização tão mais avançada tenha desenvolvido algum tipo de “lente” que potencialize a energia de seus pulsos. Para a nossa tecnologia, precisaria de x mil vezes mais energia do que eles teriam efetivamente usado.

          1. A gente sabe a energia total do pulso dos FRBs. Não tem jeito. É um caminhão de energia. 😛

  12. O nosso conhecimento científico está alicerçado no mais profundo respeito à aqueles que dedicaram na busca do saber da existência do Universo desde antigamente, e o governo é o principal aliado para tal economicamente dito insumo da subsistência. Não podemos curvar diante de uma decisão de um líder que têm recursos de caráter, cuja finalidade é aumentar a defesa militar. Pesa muito para comunidade científica, pois o ser humano é por natureza racional. É preciso criar caos para estabelecer uma nova ordem.

    1. Devo concluir que você achou engraçado isso. Porque justo não me parece. (E será que é verdade?)

      1. Com certeza achei engraçado. Nem li a matéria. Não conheço as leis deles pra saber se é justo ou não…. mas se ela não tem visto, é obviamente justo.

        Deve ser verdade…. o yahoo aumenta (muito) mas não inventa.

        1. É claro que ela tem visto. Se não tivesse visto, não deixavam nem embarcar. Nunca embarquei num avião para os EUA sem que checassem meu visto. Mas o governo americano se diz no direito de barrar você lá mesmo com visto (e isso não é coisa do Trump, já valia antes; agora só deve ter aumentado o número de rejeições injustificadas).

  13. Essa é uma péssima notícia: a redução de verbas para o estudo do clima terrestre. Lamentável, mas ele está apenas cumprindo promessas de campanha, todo mundo sabia que ele faria isso. E pior, a Folha noticiou que há preocupação com a maior dificuldade em se obter dados sobre o aquecimento global armazenados nos departamentos do governo americano…

    Salvador, não acho tão maluca a ideia de trazer um asteroide para a órbita lunar para permitir que seja visitado… Claro, a Rosetta provou que é possível analisar um objeto por meio de sondas e robôs e, se quiserem, podem até trazer amostras, mas poderia ser o início de um processo de mineração muito caro, mas possivelmente bom para obter materiais raros.

    O Congresso poderá restaurar o projeto de pouso em europa, mas duvido que faça algo contra o corte nas pesquisas do clima na Terra, ali, quem manda são os republicanos e os interesses petroleiros…

    1. Já respondi em outro comentário. A ideia de trazer um asteroide até nós, per se, não é maluca. O maluco é achar que isso é um passo intermediário na jornada para Marte. Não é. E há alternativas de maior ganho científico, como usar a mesma tecnologia para trazer uma amostra de Fobos, ou até de Marte mesmo. A Osiris-Rex está indo buscar amostras do asteroide Bennu por uma fração do custo da missão ARM, agora cancelada.

      1. Valeu, Salvador! Acho que tem razão, usar um asteroide em volta da Lua como preparação para Marte é mesmo estranho, há muitas outras formas de fazer isso. 🙂

        1. Ainda mais se é para dar um migué no presidente que disse: viajem até um asteroide, que é uma viagem de duração intermediária, se comparada com a viagem completa até Marte. E você dá um truque desses pros astronautas não passarem da Lua. rs

    2. Radoico, falando em corte nas pesquisas do clima, não é só o lobby das indústrias do combustível fóssil que polui a atmosfera. Você esqueceu de mencionar o agronegócio. Se não sabe do que estou falando, assista ao documentário Cowspiracy na Netflix. Falou.

      1. Tava na cara. Um idiota como este Berbatov só podia ser conspiracionista, esquerdista e contra o capital.

      1. “Safados”. é assim que ‘pensa’ essa geração mimimi: “eu quero que me dêem tudo de graça, quem cobrar é safado, capitalista, coxinha e nojento”.

        Querem que você trabalhe de graça pra eles, que não trabalham. Se você quiser cobrar, é “safado”. Daí vêm as bolsas-esmola todas, as cotas pra quem não consegue entrar na faculdade, etc…

        Enquanto esses coitadinhos forem maioria, LuIas, Maduros, Kirchneres e DiImas podem continuar se elegendo.

        1. O seu erro é achar que Trumps não se elegem pelo mesmíssimo mecanismo. Não foi ele quem falou que o Obamacare era uma tragédia e que no mandato dele todo mundo teria plano de saúde com baixo custo e boa qualidade? Se isso não é uma promessa milagreira populista típica — que obviamente agora ele vai descumprir –, então não sei o que é.

          1. Ã?

            O Trump não se elegeu por populismo, pelo contrário, se elegeu com um discurso pra lá de impopular – e que foi manipulado pela mídia pra parecer mais impopular ainda.

          2. Não o discurso foi bem populista. Só que populista nos EUA é um discurso voltado para o cara recém-desempregado, branco, de classe média. O que muda é o público-alvo, não a estratégia. “Lock’er up!”, “Drain the swamp!” e “Build the wall!” me soam mantras bem populistas… E quer algo mais que “Make America Great Again”? O cara é um showman do populismo. Não por acaso foi elogiado por ninguém menos que Nicolas Maduro uns dias atrás.

          3. “Só que populista nos EUA é ……”

            Pra chamar o Trump de populista vc teve que mudar o conceito de populista. No meu conceito, o candidato populista é aquele que oferece soluções ‘milagrosas’ nas quais o povão é capaz de acreditar, mas impraticáveis ou insustentáveis (como distribuir dinheiro a rodo, dar faculdade pra quem não tem mesmo que isso tenha que tirar quem está lá por direito, distribuir caminhonetes a preços populares, acabar com as ‘oligarquias’, etc.).

            O elogio do Maduro é explicável facilmente…. ao contrário do bobo-alegre do Obama, o Trump tem culhão pra invadir aquela porcaria e tirar o bigodón de lá, e o Maduro sabe disso. Por isso a puxação de saco.

          4. É isso mesmo. A sua definição de populista é a minha. Quando o cara promete que vai recuperar os empregos simplesmente barrando imigração e criando protecionismo alfandegário, ele está vendendo uma solução fácil e que não funciona. Porque esses empregos não voltam mais? Foram tirados pela mecanização, e não pela globalização. Se a Apple tirar uma fábrica da China e colocar nos EUA, o que vai acontecer é que ela vai mecanizar mais, porque nos EUA o custo do robô é mais barato, comparado ao custo do empregado, que na China. Então é falso, é tosco e só vai prejudicar a economia americana. Ainda assim ele vende como solução milagrosa.

            Igualmente milagrosa foi a promessa dele de substituir o Obamacare por outro sistema que fosse dar saúde barata e de qualidade para mais gente. Agora que o plano de fato foi apresentado, vemos o populismo: o Trumpcare vai deixar milhões sem cobertura de saúde, encarece o sistema para quem mais precisa e retira subsídios do governo. É o exato oposto do prometido.

            E por aí vai. Só não enxerga quem não quer ver. O que me supreende é que você é um sujeito inteligente, sabe exatamente definir populismo e não enxerga o populismo do Trump. Como pode? Existe detector de populismo seletivo? Populismo só existe na variedade esquerdista? Não tem populista de direita? (Tem, e você sabe, e são terríveis também… rs)

          5. Claro que tem populismo na direita. Fernando Collor é um exemplo próximo a nós.

            Veja essa questão do Obamacare x Trumpcare. Não conheço nenhum dos dois o suficiente a ponto de poder dizer qual o melhor. Mas pela crítica que você faz, fica claro que o programa do Trump é impopular mas – aos olhos dele – necessário. Não consigo ver isso como populismo. Ele vai CORTAR subsídios!

            Aliás, eu não vi o Trump prometer substituir o Obamacare por outro mais barato e melhor pra mais gente – isso seria, sim, um pouco de populismo. Eu vi o Trump condenar o Obamacare por onerar o erário.

            Quanto ao aos empregos, não vi o Trump prometer recuperá-los APENAS barrando mexicanos e protegendo alfândega. Vi sim ele prometer a recuperação dos empregos como parte de um projeto maior de recuperação dos EUA como país – a marketeira frase Make America Great Again.

            Seu ponto de que quem tirou empregos foi a mecanização e não a globalização é interessante, mas carece de provas. Prove, como diria o EuTM, rs.

          6. Peço perdão, mas acredito que o Trump é um nacionalista.

            Não me entendam mal, nacionalismo é ruim, mas populismo é uma outra coisa.

          7. Trump é nacionalista e populista. As coisas se misturam bem em muitos casos. Vide Getúlio Vargas, “pai dos pobres”, autor de “o petróleo é nosso”. 😛

        2. Não sei se esse cara com nome de “membro inferior” está falando sério ou se é mais alguém brincando. Pela insistência dele, se for uma brincadeira, é uma brincadeira que passou dos limites de tão sem noção, virou uma mala sem alça. “Canelinha”, desista dessas opiniões, elas não têm sentido nenhum. Leia o que o Salva diz que você ganha mais.

          1. Primeiro passo para ser um burro: trate qualquer opinião contrária à sua como ‘brincadeira’. Segundo passo para ser um burro: não tente refutar a opinião contrária, apenas ataque quem a proferiu. Terceiro passo para ser um burro: siga sem questionar a opinião de alguém que você admira.

            Parabéns Cleyton: você completou os três passos. Agora confessa que votou no PT e chama o impeachment de gópi, que você ganha um bônus de burrice. Um par de orelhas, talvez. Se é que você ainda não tem.

          2. Ô tio, pega leve! rs. Use o seu tempo de aposentado para algo mais produtivo. Seus comentários estão muito bizarros. Não tenho nem como te responder.

      2. (complementando, com a devida vênia)
        … e se queres apenas notícias, bastaria ler a manchete e ficar do lado de fora, pois aqui encontramos estudos, análises, debates, dúvidas, respostas, pitacos e até picuinhas!
        Sugestão, Salvador, se também ma permite; que tal uma tabuleta aos incautos: “aqui não entre quem não souber geometria”?
        abraços!

  14. Como assim “o Trump acha má idéia gastar dinheiro no próprio planeta”??? O que ele vai economizar em pesquisa ele vai gastar em Marte por acaso? Ou vai ser por aqui, no próprio planeta??? A eleição passou mas a campanha continua, heinhô!

    1. Ele vai gastar em ciência planetária. Pela primeira vez, o departamento de ciência planetária tem mais dinheiro que o departamento de geociências da Nasa. 😉

      1. Mas isso é opção de Estado…. em qual ciência investir. Eu, como fã de Astronomia, preferia ver o máximo indo pra essa ciência…. mas há outras áreas igualmente importantes, não dá pra criticar um presidente por isso – criticável seria se direcionasse o dinheiro pro bolso dele, pras empresas que pagaram a campanha, etc..

        1. Que é o que Trump está fazendo com os cortes de impostos que vão beneficiar mais os ricos, como ele. rs

          1. Ah sim…. o cara bilionário se candidatou a presidente dos EUA, pagou a própria campanha do bolso, só pra chegar lá e diminuir os próprios impostos.

            Acho que você é que é o populista aqui ;)…. daqui a pouco vai se candidatar a chefe deste blog, quer apostar quanto?

          2. Não, não estou dizendo que ele fez isso por essa razão. Estou dizendo que a proposta de redução de impostos dele faz exatamente isso — corta muito mais de quem está no pé da pirâmide do que de quem está no topo. E não é coisa só dele isso, não. É típico. Aqui é a mesma coisa: ninguém quer taxar as grandes fortunas. Mas trazer de volta a CPMF, que incide proporcionalmente mais em quem não consegue juntar dinheiro, aí todo mundo quer…

      2. Bom, quem quis trazer a CPMF de volta foi a Dilma. E o PT ainda dizia que não afetaria o assalariado, afinal, seria só 0,38% do salário…

        Taxar as grandes fortunas é um tanto complicado…. grandes milionários não têm fortunas (aliás, conceitue-se “fortuna”) na poupança; grandes milionários têm seus patrimônios aplicados, investidos, no mercado gerando renda, empregos e tributos. Taxar esses patrimônios teria uma repercussão negativa no mercado que não sabemos ainda avaliar.

        1. Mas tem que tributar. Se estiver no mercado financeiro, tem de tributar. Se estiver como capital produtivo, não. Não é muito mistério. Ninguém está pedindo pra tributar grana nas empresas. É só a grana que fica parada no banco. Pode nem resolver nada. Mas é a coisa certa a fazer. Só o pobre paga imposto porque cobrar do rico é complicado? Brincadeira, né?

          E sim, quem queria ressuscitar é a CPMF foi o PT — o mesmo que quis derrubar, anos atrás, e depois quis estender, tempos depois. Não existe coerência nisso. Quem está no governo SEMPRE vai querer aumentar tributação. O atual governo está discutindo onde vai ser, PIS/Cofins, CIDE, volta da CPMF… a definir. Mas vem mais imposto por aí.

          A canalhice é aumentar a tributação sobre quem é mais oprimido. E isso aí é o que o Trump está propondo lá nos EUA. É corte de imposto? É. Mas é corte de imposto sobre quem paga mais. Quem paga menos continua igual. Ou seja, na proporção, é transferir a conta dos ricos para os pobres. E me desculpe, nessa questão não tem esquerda/direita. Cobrar mais dos pobres do que dos ricos é tão absurdamente errado que não vejo nem como alguém poderia defender o contrário.

          1. Eu só discordo da parte do tributar a grana no mercado financeiro, diferenciando do capital produtivo. Não tem diferença. O mercado financeiro é um meio utilizado pelo produtivo para captar mais. O mercado financeiro é só um elo (ou mais) da cadeia, mas quem está captando na ponta está produzindo. Se não for assim, é pirâmide.

            E esses capitais já são taxados e muito…. IOF, IRPF, IRPJ, dentre outros. Investiu mais, paga mais, porque o imposto é porcentagem.

            Aumentar o tributo sobre o CAPITAL só porque seu proprietário tem uma quantidade maior de capital que o outro é dizer que não quer esse capital. É repudiar o capital de quem tem mais. É assim que se constrói uma Venezuela. Não faz sentido.

          2. Sim, acho justo não querer que alguém tenha quantidades indecentes de capital. Não é questão de não poder ser rico. Mas você não precisa mesmo acumular o dinheiro suficiente para várias vidas suntuosas. E a forma de regular isso é fazer com que não seja tão vantajoso ter quantidades indecentes de capital. Não tem nada a ver com a Venezuela isso. Queremos ser mais como a França, que chegou a impor 75% de tributação a quem ganha mais de 1 milhão de euros por ano (não sei se ainda está em vigor). Até o modelo americano seria bem-vindo aqui. Lá nos EUA heranças são mordidas em 30%. Isso leva muitos ricaços a criarem fundações, em que seu dinheiro passa a fazer bem à sociedade, só para não deixar para o governo. É ganha-ganha para a sociedade. E olhe: estamos falando do Tio Sam, hein? Não é exatamente o modelo ideal de bem-estar social no mundo.

          3. É que ele quer que continuem passando a “Perna” no pobre para ele se agarrar no “Braço” do rico, ou na “Teta” do Estado. Brasileiro típico.

          4. O modelo da França foi o que fez ricaços como Depardieu abandonarem o país. Não vejo indecência em ter muito dinheiro – até porque esse dinheiro volta pra sociedade como investimentos e o ricão só vê mesmo concretamente os juros, dividendos, etc. Supertributar isso (e 75% é supertributação) é mandar esse dinheiro embora, é fazer com que seja mais vantajoso o cara se contentar com uma vida mediana do que investir, criar, dar empregos, gerar renda, etc.. É o Estado se metendo na vida do cidadão para cercear liberdades. É o começo de um autoritarismo estatal que termina como terminaram tantos outros que a História conta – de esquerda, de direita e de centro.

          5. Não, é o estado regulando tão somente. Ele não proíbe ninguém de ser rico. Só indecentemente rico. Se você ganhou muito dinheiro, foi graças à sociedade. Ninguém ganha muito dinheiro sozinho trancado numa caverna. Nada mais justo então que ele devolva um pouco — e só um pouco — de tudo que a sociedade propiciou a ele, ainda que ele tenha méritos pelo esforço próprio, inventividade etc. Vejo aquelas listas de mais ricos do mundo da Forbes e me pergunto qual é o sentido de ser dono de US$ 50 bilhões.

            Mas isso é porque dinheiro pessoalmente não me faz feliz. Talvez faça a algumas pessoas. Talvez aquela caricatura do Tio Patinhas nadando na sua caixa-forte não seja apenas uma caricatura. Ainda assim, ser rico obrigatoriamente tem de ser mais caro do que ser pobre. Para mim é natural e justo que assim o seja. Não faz sentido ser proporcionalmente mais caro ser pobre do que ser rico.

    1. Isso, estudar o clima terrestre é falta de juízo… Parabéns por tão brilhante conclusão!! E, depois, não reclame se os preços dos alimentos aumentarem!

      1. Acho que não está se atentando ao assunto focado. Por outro lado, ele não pode acabar com o emprego dos cientistas: iriam ser aproveitado onde?

        1. Pois é, mesmo porque coisas bobas como aumento da qualidade e disponibilidade de alimentos, dobrar a expectativa de vida, diminuir a mortalidade infantil de 60% para menos de 1%, cura definitiva para algumas e tratamentos eficientes para outras doenças, tudo isso e tantas outras coisas benéficas aconteceram por mágica, e não através de pesquisas científicas.

  15. Já que as viagens tripuladas pra lua não foram canceladas, poderiam enviar Trump com passagem só de ida, né?!

  16. Os petelhos do petelhismo internacional estão em todos os lugares. Em vez de escrever sobre astronomia o denominado salvador prefere cuspir seu veneno político utilizando a verborragia dos psicóticos maníacos-obsessivos-depressivos. Continua obcecado porque o eleitor norte-americano elegeu um presidente que não é negro, nem gay, não fuma maconha e não é casado com um travesti. Vai te tratar!

    1. Veja tudo que você falou, tudo que eu falei e me diga, honestamente, quem precisa de tratamento. 😉

      1. No outro post eu falei em barrar comentários sem sentido sobre religião, mas não é só sobre religião. Este comentário se enquadraria perfeitamente no “sem sentido” sobre qualquer assunto, neste caso política.

        1. O problema aí é que o post é sobre política. Política científica, mas política.

      2. Parabenizo você Salvador, resposta natural de um intelectual. Agradecemos pela oportunidade de observarmos uma resposta culta e educada.
        Abraços,
        André Luis.

    2. Eita, pela gramática dele já sei que lê revista Veja.
      Ou é algum vermelhinho imitando um extrema direita.
      Das suas umas, não pode ser sério rs rs rs.

  17. Puxa Salva, quando li o título já imaginava uma catástrofe, achei que a missão Europa tinha sido totalmente cancelada… Acho que você pôs uma pitada de sensacionalismo nessa…

    Apesar de que, já que vamos mandar um orbitador para lá, por quê não incluir um “landerzinho” junto? Isso não teria um impacto muito significativo no custo total da missão…

    De resto, tudo dentro do esperado para alguém que desdenha dos estudos sobre aquecimento global. Para que bancar algo em que você não acredita, não é mesmo? Quem é mais esclarecido à luz da ciência sabe que é um erro crasso, mas a lógica por trás desta atitude é bastante compreensível…

    1. Acho que é o contrário. Veja: a mudança climática é um fato. O que pode se questionar é a origem antropogênica. Ninguém nega que as médias de temperatura estejam subindo, porque aí é negar a tecnologia dos termômetros. E, se você acredita que não é de origem antropogênica, aí que você precisa de dados para sustentar essa hipótese e fornecer respostas alternativas. Com os dados que temos hoje, o efeito parece claramente antropogênico. Se ele quer desprovar isso, precisa de mais dados, não de menos. Agora, se na verdade a intenção dele é ocultar a raiz antropogênica da mudança climática e dizer que há “incertezas”, aí menos dados vêm bem a calhar.

      No que concordo com você é que o orçamento foi generoso com a Nasa. Embora Trump proponha um corte acima de 10% no gasto discricionário (aumentando proporcionalmente em investimento militar, com economia zero, portanto), a Nasa perdeu só 0,8%. Foi bom.

      1. Sim Salva, é basicamente isso…

        Diminuir a produção de dados científicos para retardar o municiamento de quem defende a raiz antropogênica do aquecimento, e dessa forma, fazer com que os incansáveis debates nunca cheguem a uma vitória incontestável dos “eco-friendly guys”…

        Creio que seja impossível a geração de dados, cientificamente sérios e corretos, que suportem outra versão que não a antropogênica. Entre ficar gerando dados “maquiados” e simplesmente cruzar os braços não gerar nada, é muito mais fácil cruzar os braços…

        Essa á basicamente a visão do Trump e seus colegas elefantes… Reitero, é deplorável, mas compreensível…

      2. Meu problema pessoal com a idéia de que as mudanças climáticas são uma consequência da atividade humana está na amplamente propagada e difundida noção de que isso teria a ver apenas com a emissão de gases na atmosfera.

        Por exemplo, já li que a área de todas as cidades do mundo seria equivalente a uma única cidade do tamanho da Índia, imagine então a quantidade de terras alteradas pela agropecuária? Qual o impacto disso no processo atmosférico? Pesa tão menos assim do que a emissão de gases? Já secamos o mar de Aral, aumentamos o nível de metais nos oceanos, isso não influencia em nada? Como o aumento de temperatura altera a quantidade de nuvens na atmosfera?

        Ou seja, precisamos de mais, muito mais pesquisa na área climática, modelagens atmosféricas, monitoramento de correntes, etc.

        1. Bruno, você está confuso. Se você desmata uma área para plantio, você também está emitindo gases-estufa na atmosfera. Isso conta! Por isso o Brasil é cobrado internacionalmente por conter o desmatamento! Isso também é ação antropogênica sobre o clima! Os combustíveis fósseis são os grandes vilões? São. Mas não são os únicos. E ação antropogênica é tudo isso aí que você está citando. Os caras modelam quanto CO2 a mais vai parar na atmosfera no desmatamento (principalmente pelas queimadas, que são o maior instrumento de desmate).

  18. Até que o “topetudo” não cortou muita coisa.
    O problema é onde ele vai colocar o dinheiro que tirou da NASA.Provavelmente no Marine Corps….

    1. A ideia é essa. Cortar 10% em despesas discricionárias para aumentar 10% em Defesa.

      1. Se eu morasse nos EUA, acharia mais importante investir NESTE MOMENTO em defesa do que em exploração espacial. Os EUA estão cheios de muçulmanos, graças as campanhas migratórias, e a Europa mais ainda.

        1. Mesmo quando você já gasta meio trilhão por ano em Defesa e é de longe quem mais investe nisso no mundo? Não tá bom já? Precisa aumentar? rs

          1. Infelizmente, os fatos recentes (atentados na França, Bélgica, Orlando) nos levam a concluir que não está bom e que precisa, sim aumentar. Infelizmente, frise-se.

          2. É mesmo? E como você imagina que mais gasto militar, mais munição, mais ogiva, mais tanque, fosse impedir esses ataques? Você sugere um posto do exército americano em cada boate gay dos EUA? rs

          3. Gasto militar não é só mais munição e tanque. Gasto militar é também inteligência, material humano, fatores que podem evitar (e muitas vezes de fato evitam) esse tipo de atentados.

            “Você sugere um posto do exército americano em cada boate gay dos EUA?”.

            Pelo menos ia aumentar o faturamento dessas boates.

          4. Inteligência não é só Forças Armadas. É FBI, por exemplo, que é civil. É CIA. É a famigerada NSA. O que ele vai aumentar é gasto MILITAR. É sim munição, soldado, ogiva… aquelas coisas que há décadas costumam fazer “America Great Again” às custas dos coitados que apanham deles. rs

          5. Esses “coitados” a quem tu te referes são a Al Qaeda, o Saddan Hussein, o Taliban e agora o ISIS? Realmente, coitados… vítimas inocentes do cruel capitalismo selvagem e imperialista do Tio Sam.

          6. Os coitados são os caras que vivem sob esses tiranos. Alguns deles, como o Saddam, que os americanos mesmo colocaram lá, depois de derrubar outros tiranos similarmente horríveis. Veja que tem uma galera do ISIS que recebeu treinamento da CIA para atacar o Assad na Síria. Agora querem bater nos fulanos que treinaram. Great job! 🙂

          7. Isso de fato é lamentável… foi um grande erro nos anos 80 e 90 esse de armar uns para derrubar outros.

            O problema é que o povo que mora nesses lugares realmente apoia esses caras – com exceção de minorias étnicas perseguidas.São povos teocráticos, com índices absurdos de analfabetismo, que não conhecem e não respeitam um governo democraticamente eleito, isso pra eles não existe, quem governa é quem tem poder e pronto, só assim eles respeitam. Em todo oriente médio só existe UM país onde mulher tem direitos iguais aos dos homens – e você sabe qual é esse país.

            A coisa toda é bem mais complexa do que a história da mídia de que Israel e EUA são malvadões que só querem o petróleo dos povos simples que vivem nas arábias e que são atacados cruelmente por essas potências militares.

          8. Exato, a galera lá é toda tosca. Moral da história: não se meta no país dos outros. Infelizmente, quem quer aumentar o gasto militar não parece ter aprendido essa.

          9. Quem não entendeu a situação é quem começou essa coisa toda, que agora os outros não conseguem botar um fim. Agora que o mal está feito, aumente-se o poder militar, a menos que o presidente quer que o país dele vire refém dos inimigos.

          10. Veja: o poder militar já é o maior do mundo. Ele não é refém de ninguém. Por que ele precisa aumentar se já é o maior e mais poderoso do mundo?

          11. Não se sabe ao certo se é maior ou menor que o da Rússia. Ou mais ou menos operacional. Certo é que os dois estão anos-luz na frente de qualquer outro.

            Veja: eles só não são reféns justamente porque têm o maior (ou 2o maior) poderio militar. São atacados mas reagem. Já a França, por ser refém da esquerda boazinha, é eternamente alvo do terrorismo, mesmo com o 5o maior poder militar do mundo. Por quê? Porque quando são atacados eles preferem levantar bandeiras brancas do que reagir (sim, eu sei que tem alguns militares franceses em missões no oriente médio, mas os resultados mostram que a ação é insuficiente).

            Ademais, vou parafrasear o teu argumento (com o qual eu sempre concordei): assim como pesquisa espacial gera desenvolvimento em todas as áreas do conhecimento humano, pesquisa bélica também. 😉

        2. Estava lendo até aqui… Pensei que o preconceito era só político. Mas é religioso também. Felizmente tento controlar meus impulsos e entender a cegueira que obnubla a razão, mas às vezes é difícil permanecer inerte às opiniões aquém da mediocridade ética. Por outro lado, parabéns Salvador, por se portar, acima de tudo, com o respeito à liberdade de expressão e ao bom senso, ainda que manifestações preconceituosas pululem por aí. Abraço.

          1. É esse o resultado do coitadismo mimimi que assola o mundo….. se você não concorda com eles, é preconceituoso. Se você aponta FATOS POLÍTICOS (países islâmicos do oriente médio são teocráticos e não respeitam a igualdade de gêneros), é intolerante religioso.

            Essa é a novilíngua esquerdista, isca que muita gente acaba mordendo. Inexplicavelmente, algumas pessoas acima da linha de burrice – como é o caso deste Edgar – mordem-nas também. Ou plantan-nas….

          2. Eu não aprovo teocracias, como as do Oriente Médio. Mas também não aprovo autocracias como a da China, da Rússia, de Cuba e da Venezuela. Isso quer dizer que necessariamente preciso achar bonito o capitalismo sem limites? Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Você pode defender a democracia sem ser de direita, e você pode querer ditadura (“intervenção militar, anyone?”) sem ser de esquerda.

            A verdadeira burrice, na minha opinião, é se deixar cegar em toda e qualquer discussão pelo prisma esquerda/direita.

          3. Distorceste completamente o tema, Salva.

            Eu também não aprovo nem teo nem autocracias. Nem o capitalismo ou liberalismo sem limites. Nem por isso vou chamar de preconceito o que não é, só pra dar uma de coitado.

            Isso não tem nada a ver com o maniqueísmo direita-esquerda – apesar de ser discurso corrente da esquerda atual.

          4. Eu acho que o mundo seria um lugar bem melhor se parássemos de usar esses estereótipos do século 20 no 21. Esquerda/direita não faz mais sentido. Netinho de Paula é comunista? O governo Lula, com suas bolsas-empresário e banqueiro, foi um governo de esquerda? A esquerda morreu com a União Soviética. Só esqueceram de avisar o PSOL. 😛

          5. Pessoalmente, eu concordo em 110% com você com relação ao fato de essa dicotomia ter acabado com a queda da cortina de ferro. Mas falta avisar a militância do referido PSOL, do PCdoB e do PT…

            Por outro lado, dá pra ter um pouco de esperanças… acho que há partidos ditos de esquerda que souberam compreender a mudança dos tempos, como por exemplo PSB e PV.

  19. Se pensar que realmente os robôs vão conseguir fazer um trabalho melhor em breve, e até simular melhor o ambiente para humanos, então…que deixem pra enviar as pessoas quando estiver tudo certo e preparado.

    Diferente da época da colonização, não precisam morrer pessoas.

    Talvez por isto não se deve ter tanta pressa pra enviar seres humanos, deixemos as maquinas trabalharem.

    Seria bom alguma informação sobre investimento em ÎA , robótica, e tecnologia em geral, só pra se ter um embasamento sobre esta teoria(primeiro as maquinas) melhor.

    1. Vitor, foi esse pensamento que enterrou as viagens tripuladas à Lua… A presença humana, o olho do especialista no local, ainda é importante para avaliar a situação, penso eu.

      1. Basta ver o impacto na saúde dos astronautas e qual o custo disso. Hoje eles tem um seguro de saúde vitalício e são submetidos a analises periódicas, mas muitos apresentam problemas de saúde e algumas mudanças, ou seja, são o parte do próprio experimento…além de acreditar na evolução das maquinas e da nossa tecnologia, inclusive irão fazer coisas maiores que humanos. Não vejo nada de ruim nas interrupções de viagens tripuladas. Cada coisa no seu tempo.

        1. Acho que você devia perguntar aos astronautas isso. Pergunte se eles estão dispostos a assumir riscos de saúde para impulsionar o conhecimento e o avanço do ser humano no Sistema Solar. Se estiver bom para eles, está bom para mim. 😉

          1. Acho que eles vão dizer sim, sempre, até hoje em dia, se disserem q vão mandar uma nave pra Marte agora, provavelmente só de Ida, muitas pessoas vão topar na hora. Por isso acho que é mais complicado e talvez até mais caro que mandar robôs, além do fato de achar que eles vão fazer algumas coisas bem melhor e até preparar tudo pra ir tranquilo pra lá. Não tenho ideia das indenizações e garantias que um astronauta tem, mas valeu pela polêmica !

  20. Salvador, independentemente do que pensa Trump, nos Estados Unidos há um belo sistema de freios e contrapesos: não há espaço para usurpadores do poder. Vide suspensão, pela Justiça, da política de imigração do presidente. Lá as instituições são fortes. Logo, o que esperar da exploração espacial e das pesquisas em órbita? O Congresso exercerá seu papel democrático e equilibrará a balança.

    1. A política espacial nos EUA é pouco partidária e muito paroquial. Os congressistas historicamente defendem os interesses de seus estados de origem, mas não costumam fazer oposição à Nasa pelo partido que está no poder. Então, de uma forma geral, o esquema não encoraja muita inovação (dificulta a entrada de novos players), mas ideias não morrem com facilidade. Prevejo que o Congresso deva restaurar o lander para Europa, mas não a missão tripulada do asteroide. Veremos.

  21. Eu pensei que ia ser um desastre, que ele iria cortar tudo. Parece que há inteligência na presidência dos EUA ou é impressão?

    1. Eu não esperava um desastre, exceto pelo setor de geociências — o que foi confirmado. Mas esperava uma visão mais crítica da Nasa, talvez ameaçando SLS+Orion (que, no entanto, são programas apoiados fortemente pelo Congresso e difíceis de derrubar). Quanto a inteligência? Não vejo inteligência em cortar US$ 1,2 milhão (ou seja, meros US$ 100 mil por mês) para meramente processar dados que estão sendo colhidos neste momento com um satélite que já está no espaço. É negacionismo puro, porque a economia, no caso do DSCOVR, é ridícula. No caso dos outros satélites, vá lá, pode até ser — não estão lançados, pelo menos. Mas cancelar uma missão em andamento e já no espaço é o oposto de inteligência, na minha opinião.

  22. Não há possibilidade de fazer parcerias com a iniciativa privada ou, então, parcerias com agências espaciais de outros países… Tipo : Transferência de tecnologia, você financia e eu entro com o ‘know how’ ?

    1. Para o Brasil? Até há, e têm sido feitas… como exemplo temos o satélite geoestacionário nacional, que foi feito na Europa, em tese com transferência de tecnologia para a indústria nacional. Mas no setor de lançadores é bem mais complicado, por conta de acordos de não proliferação. Nessa área, temos de aprender a andar com as próprias pernas.

    1. Já tinha visto, mas, sinceramente, achei a hipótese absurda demais. Se alinha com esferas de Dyson no quesito improvável, com a diferença de que os sinais não seriam inequívocos. Não faz muito sentido usar radiação em rádio, que é uma das menos energéticas, para empurrar uma espaçonave. Só se os ETs superfaturaram a obra com a Odebrecht. rs

      1. HUA HUA HUA HUA!

        Os ETs contrataram um consórcio formado por Andromebrecht, HOAS, Queiroz Plutão, Betelgevix….

  23. Como assim ideia maluca? Eu acho a ideia de capturar asteroides algo visionário, em todos os sentidos, sem falar em tantas outras coisas que podemos descobrir, trazendo-os para perto de nós, poderemos até mineirá-los.

    Acho tudo uma pena. E é uma pena que não vamos pousar em Europa. O mensageiro espacial sempre nos dá boas notícias, essa foi a primeira que não gostei, pelo menos a que me recordo.

    1. Maluca porque a ideia era que a missão seria precursora de uma viagem a Marte. Obama falou: vamos a um asteroide até 2025. Só que a Nasa tinha uma espaçonave para ir à Lua só, a Orion. Então resolveram “roubar”. A gente traz o asteroide até a Lua numa missão não-tripulada, e aí os astronautas visitam o asteroide! Truco!

      Agora, onde isso nos coloca mais perto de Marte? (Eles até argumentam que o desenvolvimento da espaçonave não-tripulada com motor iônico ajudaria em futuro transporte de carga até Marte, mas então, se o objetivo é desenvolvê-la, por que não mandá-la logo para Marte e trazer uma amostra de Fobos, por exemplo? Cientificamente seria muito mais interessante e nos colocaria ainda mais perto de Marte…)

      1. Muito obrigado. Tive dúvidas quanto a grafia correta na hora de escrever. Mas na dúvida fiz o que vai deveria, confesso que chutei qualquer coisa (até pensei em jogar no Google mas hoje tô numa baita ressaca rsrs) Que bom que você teve esse cuidado. Mais uma vez, obrigado por me ensinar.

  24. Tira um projeto, põe outro, normal em qualquer gestão, prioridades.

    No mais, o orçamento diminuiu uma parte ínfima mas o choro dos derrotados aumentam mais rápido que a temperatura do planeta por conta do aquecimento global.

    Eu gosto muito desse blog quando fala de ciência, de política eu prefiro outros.

    1. Sim, achei normais e previsíveis as mudanças. Meio idiotas em alguns casos, mas o Congresso ajusta isso. Pelo menos no caso de Europa, tenho fé que ajusta.

      Sobre você gostar mais de outros blogs sobre política, tudo bem, normal. Agora quero ver você ir a esses outros blogs e dizer que não gosta do que eles falam de astronomia. 😛

  25. Até que os cortes foram simbólicos se olharmos o valor globalmente. Já, a pobre Terra , há muito tempo vem sendo abandonada pelo EUA, desde Barack Obama. Vamos lembrar que os EUA, praticamente foram os últimos a assinar o acordo climático de Paris. Isso é só uma continuidade da postura do País. Parece que o ato é mais para demonstrar uma austeridade do que valor efetivo de corte de despesas Vamos lembrar que o próprio Trump anunciou um aumento de gastos de US$ 54 bilhões na verba militar para 2017 que foi para US$ 583 bilhões A NASA continuará suas pesquisas em espaço profundo, e sistemas de propulsão que permitam melhorar a velocidade atual de vôo que ainda é quase uma carroça comparada as ambições humanas para o espaço. É claro que este também é quase o primeiro objetivo bélico já que velocidades incríveis dos mísseis balísticos dariam excelente vantagem competitiva.

    1. Espero que tenha sido ironia. Caso contrário, festejar quando um outro país diminui gastos em ciência e aumente gastos militares não me parece muito inteligente.

  26. Aprecio realmente muito a coluna, mas quando vejo 19 bilhões de dólares destinados a título de orçamento espacial e do outro lado milhões pessoas passando fome e sem teto, muitas morrendo por falta de cuidados básicos, penso que algo está errado e que antes de olharmos para cima deveríamos olhar para nosso semelhante…

    1. O que você não entende é que esses US$ 19 bilhões ajudam a alimentar as pessoas. Imagens de satélites são usadas rotineiramente hoje para melhorar o desempenho de plantações. Se hoje tem mais comida no mundo, é por causa de pesquisas como as que a Nasa conduz. Ademais, vamos combinar que a fome não está nos EUA. Agora você acha que os EUA têm de pagar pela fome causada pelos ditadores corruptos africanos ou investir na qualidade de vida de seu próprio povo?

    2. Antes de lamentar os bilhões gastos em ciência, que tal começar antes pelos bilhões gastos em aparato militar?

  27. O topetudo quer sim destruir o planeta, o aumento dos gastos militares foram substanciais, atingindo severamente a área social. O controle da emissão de gases na atmosfera, es sim vai para o espaço.

  28. Se em alguma próxima geração a Terra tiver sua existência ameaçada, certamente a preferência será deles pois são os únicos e maiores investidores. .. eis a vantagem desse investimento.

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