Rede de astrônomos descobre duas primeiras chuvas de meteoros ‘brasileiras’

Salvador Nogueira

Após cerca de três anos de trabalho e a análise de mais de 86 mil registros no céu, um grupo de astrônomos amadores descobriu duas novas chuvas de meteoros anuais — as primeiras descobertas do gênero por pesquisadores brasileiros até hoje.

Os nomes, como de costume, são inspirados pelo radiante, o local da abóbada celeste de onde parecem partir os meteoros. Os Épsilon Gruídeos, emanam de uma das estrelas da constelação do Grou, e têm seu auge ao redor do dia 11 de junho.

Já os Caelídeos de agosto remetem à constelação do Cinzel, e entram na época de máxima atividade aproximadamente no dia 5 daquele mês. Ambas as constelações estão localizadas no hemisfério Sul celeste.

A descoberta foi feita pela Bramon, acrônimo para Brazilian Meteor Observation Network, ou Rede Brasileira de Observação de Meteoros. Os dois radiantes foram comunicados no último dia 9 à União Astronômica Internacional, que validou os resultados na segunda-feira (20) e os publicou na internet.

Agora, com as informações disponíveis publicamente, outros pesquisadores espalhados pelo mundo podem monitorar as chuvas, confirmá-las e tentar descobrir mais sobre elas.

“Conseguimos atingir com sucesso o primeiro objetivo da rede”, diz Carlos Augusto Di Pietro, um dos coordenadores da rede, que conta no momento com 82 estações, distribuídas em 19 estados. Elas são mantidas de forma voluntária pelos participantes, e novas estações continuam a ser adicionadas ao grupo.

A ideia, com isso, é ter uma boa cobertura do céu brasileiro e assim poder identificar novas chuvas — sobretudo porque o lado austral da abóbada celeste ainda é largamente inexplorado.

MATEMÁTICA COMPLICADA
A facilidade de observar uma chuva de meteoros não pode ser confundida com a enorme dificuldade que é descobrir uma.

Isso porque a descoberta requer, a partir da observação de números expressivos das famosas “estrelas cadentes”, identificar aquelas que tinham órbitas similares entre si, antes de adentrar a atmosfera da Terra e queimar.

A Bramon, assim como outras redes espalhadas pelo mundo, faz isso tentando registrar os mesmos meteoros de diferentes pontos de vista — daí a importância de ter um grande número de estações espalhadas pelo país.

Uma vez que o mesmo meteoro seja identificado em duas ou mais câmeras, é possível fazer uma triangulação para tentar determinar exatamente de onde ele veio no Sistema Solar.

A matemática envolvida não é trivial, e depois de tudo isso ainda é preciso ver se algumas órbitas se apresentam em agrupamentos, indicando que se trata mesmo de uma chuva, e não de um evento isolado.

Esse trabalho foi iniciado por Carlos di Pietro, em São Paulo, e Marcelo Zurita, em João Pessoa (PB). Mais adiante, Lauriston Trindade, em Maranguape (CE), passou a trabalhar nos dados, a fim de demonstrar matematicamente as correlações.

“Foram centenas de cálculos”, diz Trindade. “Partimos inicialmente de um banco de dados com mais de 86 mil registros, mas nossa matéria-prima são órbitas. Reunimos 4.205 órbitas trabalháveis. Revisei todas em busca dos agrupamentos. Eu testava, definia um potencial radiante e o Carlos Di Pietro conferia meus cálculos.”

DE ONDE VÊM?
Desse processo, sobraram dois grupos inequivocamente aparentados: um com sete órbitas e outro com dez órbitas. Eram objetos que vinham da mesma direção aproximada, na mesma época, só que em anos diferentes.

Sinal de que deviam ser detritos deixados no espaço por algum outro corpo. Toda vez que a Terra atravessa a região, em sua órbita anual ao redor do Sol, novos meteoros queimam na atmosfera.

A pergunta é: que objeto maior deixou esses pequenos fragmentos que queimam anualmente nas chuvas nacionais? Essa é a descoberta que o pessoal da Bramon quer fazer a seguir.

“A partir de agora iremos elaborar um plano de busca por esses objetos”, diz Di Pietro. O esforço aí exigirá buscas telescópicas, que serão feitas pelo Sonear (sigla inglesa para Observatório Austral para Pesquisa de Asteroides Proximos à Terra).

Parceiro da Bramon, o Sonear é também mantido com recursos particulares e está instalado em Oliveira (MG). Capitaneado pelos astrônomos amadores Cristóvão Jacques, João Ribeiro de Barros e Eduardo Pimentel, ele se tornou nos últimos anos o mais produtivo observatório caçador de asteroides no hemisfério Sul.

Buscas preliminares parecem associar uma das chuvas a um cometa que teve seu último periélio (aproximação máxima do Sol) em 1941. Mas será preciso investigar mais para confirmar a ligação.

De toda forma, a partir de agora, o Brasil já figura oficialmente na lista dos países descobridores de chuvas de meteoro.

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Comentários

  1. Uma correção acima sobre a “Matéria de Capa”, o programa é todos os Sábados às 20:30hs. Também tem alguns erros de concordância e digitação pois o teclado do meu celular é muito miúdo. Sempre faço comentário tomando café na padaria com muito zumbido ao lado. Abraço Salvador. Obrigado!

  2. Aproveito esta matéria para dizer ao público em geral que a “Matéria de Capa” está em novo horário, às 20:30 todas a sexta, e é desnecessário dizer que é na Tv Culura. A maior parte do conteúdo se trata da astronomia comandada por Algo Quiroga com a consultoria do Salvador Nogueira. Ótimo programa, parabéns Salvador pelo conteúdo esclarecedor na tv. Só para lembrar que nos últimos programas mostram exatamento aquelas matérias que o Salvador publicou aqui na folha, até mesmo o título inicial da fala parece ser escrito por ele, lógico que na tv são mostradas bem mais tarde.

    1. Ótima dica Mario. Já assisti e recomendo!

      Salvador, vc deveria divulgar mais esse programa 😀

      1. Não é sempre que eu participo. Mas nesse fim de semana dei entrevista pra eles! 🙂

  3. Salvador, acredito que um dia você leu, ou escutou falar, na palavra pseudo-código, e gostou da ideia, e do som, dai você levantou esta bandeira, cara, to de dando um conselho, estes paradigmas, não evoluem nada a ciência, em vez de você ficar me moderando, você poderia voltar atras e rever teus conceitos, como te disse , não da para testar todo universo cosmos em um microscópio. tu ta desprezando a ciência das hipóteses,etc etc.. não faz sentido cara, você não sabe reconhecer , e reconfigurar, o teu presente, futuro. dai digo da mesma vertente que vem tua posição, também dizem que nunca foram a lua , que o sol esta o centro do universo, que D’eus não existe, que não existe vida em marte,que a lua(vejam se um cavalo num carrossel gira em torno do teu próprio eixo)tem rotação etc.etc., acredito que a sonoridade daquela palavra te possui.o único brog que curto esta o teu, não faz sentido eu parar de postar. te considero um bom profissional, mas todos estamos passivos a erros paradigmas, você não acha que esta um erro desconsiderar as hipóteses, como método científico? não consigo entender porque você pega tão pesado comigo!! vou só ficar logando pra ler, não posso falar nada, que já foge a regra para você!!fazer o que.

    1. Gilberto, eu barro seus comentários de vez em quando porque eles não fazem sentido. Quando fazem minimamente sentido e não são brutalmente longos — como foi o caso deste — eu deixo passar.

      Achei interessante a metáfora do cavalo no carrossel. Ela faz parecer que a Lua não tem rotação. Mas lembre-se: todo movimento é relativo. Do ponto de vista de quem está em repouso na Terra, a Terra também não tem rotação — quem gira é o Universo. Seria como se você se colocasse no centro do carrossel e olhasse na direção do cavalo (a Lua). Você não veria o cavalo girar em torno do seu próprio eixo — como não vemos a Lua girar em torno do seu próprio eixo –, mas também não veria o próprio carrossel girar! Veria apenas o mundo lá fora girando na direção contrária, enquanto você permanece imóvel!

      Ao “julgar” a rotação do cavalo em torno de seu próprio eixo, você escolheu um referencial — o próprio carrossel. Mas, se você escolher um referencial fora do carrossel, verá que o cavalo gira sim em torno de seu próprio eixo. Por isso você, do lado de fora, pode ver os dois lados do cavalo, um quando ele passa por trás do carrossel e outro quando ele passa pela frente.

      Aí você rebate que, a despeito de poder ver os dois lados do cavalo, como se ele girasse, isso é um disparate! O eixo do cavalo é fixo! Ele está grudado lá! Ele não gira! E aí eu te pergunto: onde ele está grudado? Ele está grudado no carrossel. Por isso ele não gira com relação ao carrossel. Mas ele gira com relação a quem está fora. De lá, você também vê os dois lados do eixo conforme ele gira. Se você, olhando de fora, apagar mentalmente o carrossel e observar só o cavalo e seu eixo, verá que ele gira em torno de si mesmo, conforme gira em torno do centro do carrossel (que agora está invisível).

      Como o movimento é relativo, podemos aceitar como verdadeiras as duas afirmações: tanto a de que a Lua não tem rotação (se adotarmos um referencial geocêntrico) como a de que a Lua tem rotação síncrona com sua translação (se adotarmos um referencial heliocêntrico, que é o referencial consistente com as leis da gravidade, que são as que regem justamente os movimentos dos corpos celestes).

      Você pode portanto afirmar que a Lua não tem rotação, contanto que na mesma frase afirme que a Terra também não tem rotação! O que não pode — e é o que você parece fazer — é dizer que a Lua não tem rotação, mas a Terra sim. Aí você está comparando movimentos medidos por diferentes referenciais, o que inevitavelmente levará a contradições. A Terra tem rotação com relação ao Sol, e nesse referencial a Lua também tem rotação (e por isso há dias e noites na Lua).

      1. Salvador, por esta substantivacao de forma mais tecnica , eu concordo com o q voce disse, exceto ao que voce disse achar que eu afirmo, mas depois voltamos ao x inicial, a materia feita por outro blogueiro da uol sobre o ponto de vista de um professor da usp sobre o assunto da lua, e o x final, desse assunto, que para mim esta a possibilidade de observar a cratera believ aqui da terra, q voce ja sabe o porque assim quero fazer, acredito q antes preciso abordar outro assunto, que esta a diferenca entre nossas, oticas ,no que se diz respeito a estas ciencias , ou esta para voce talvez, vc consegue analizar e me responder porque , esta de, para voce nao fazer sentido, e. De para voce estarem tao longos?porque eu vejo pessoas postando quase paginas inteiras, e para mim , existe a hipotese de, o que eu digo fazer sentido.

        1. Eu acho que você faz de sacanagem. Eu mal consigo entender o que você escreve. E a minha sensação, por exemplo, ao ler esse seu comentário é que você não disse rigorosamente nada.

          1. Não esta sacanagem não cara, isso de troll esta o que te induziram a pensar, antes de argumentar , vou postar um link que achei no google, quando estava querendo , achar um referencial, para argumentar,sobre , acreditar que nosso diferencia de ótica, existe em relação ao lado da(antropologia) de onde vem minha linha de pesquisa, acredito que se nos dois estivéssemos de escolher linhas de doutorado, você optaria por astronomia, e eu por antropologia, para chegarmos ao mesmo denominador comum. eu entendo ate tua dificuldade de aceitar, o que venha da antropologia por causa dos” mitos”, mas você já poderia ir mudando a tua ótica sobre a matéria, já que estão evoluindo variadas ciências diferentes da astronomia para estudar o cosmos, tava fazendo um levantamento delas no wiki, dai uma sugestão que você poderia fazer uma matéria sobre esta evolução, a classificação das ciências e das novas ciências que estão surgindo e prometem , dar conta do recado ou pretendem, a quebra de paradigmas, e descobrindo e desvendando mistérios do cosmos.
            como por exemplo, este papo de dualidade,duo-(hexa), base 6, como preferir, vem de um apanhado de logicas, e estudos de ciências envolvendo matemática, física e eletricidade,computação, eletrônica etc. dai quando começo a comparar (psíco- técnico)com o abranger da antropologia, vem, vindo a tona a se congruir, cada dia se incidência e evidenciando, que estes conceitos, ja existem,na antropologia ,dai estando elas ai, ao mero acaso das ciência, adormecidas, esperando um GP da vida , apenas para juntar este quebra cabeça de mitos, filtrando, ou tentando filtrar, paradigmas dos mitos e da mitologia etc..a historia verossímil, da verdadeira, etc..realmente, complicado afirmar algo concreto, quando se tem a antropologia como base. porque quando afirmo, no geral se desconhecem as bases(desmistificação da antropologia),ou elas não estão levadas em conta por também compreenderem mitos. eu te compreendo. estou te afirmando, que naquele ponto, que já passei anteriormente, em peixes, parece haver algo…….que converge com a antropologia..esta matéria mesmo esta mais uma incidência do que falo, pois estamos entrando em oposição em peixes. dai como tinha de dito , ano passado sobre o mês de setembro veio a mula, quando te falo do mês de abril, vem” novas” chuvas de meteoros, já deveriam estar catalogadas a seculos,dai não vou nem prolongar mais em qual hipótese ela incide em se encaixar.

            veja a matéria que vi hoje: http://livrodomundo.com.br/antropologia-hexadimensional/

          2. Então, estes dias eu estava tentando inserir ao canal de pesquisa do Pete WDHCo , que ao meu ver esta vindo da linha da astronomia, já que apresenta detalhes técnicos etc.. que congrui com a mesma, geo posição do sistema Nêmesys, estando eu como vindo da linha da “leiga” antropologia, estando eu um leigo pesquisador, vindo da hipótese de uma linha antropológica cujo a base não convem descrever, pois se estenderia em linhas.. , estou afirmando que ele esta retratando de forma têcnica quase tudo que eu , havia “entendido”, sem mesmo saber que ele existia. dai tentei descrever um fato ocorrido para você, sobre um breackout, que por sua vez pela minha linha de pesquisa, e novamente abro um novo vídeo,dele e esta tudo la , ele falando de um astro ao sudoeste do sol, diferente do que a maioria diz , que ele estaria a noroeste do sol , dai mencionei que não lembrava certo o dia , entre janeiro e fevereiro, que avistei um astro incomum apos o breack out, descrevi as características etc.. dai vi uma matéria no youtube hoje, enformando a data de 27 de janeiro, onde ocorreu um pico de energia vindo da “”direção” do sol. que falava na data de 27 de janeiro de 2017,do canal Nibiru in the sky, agora vou ver a data que estão minhas fotos, já que minha câmera não conseguiu fotografar nada alem um céu escuro. obs: eu acredito que a classificação do sistema NêmesYs e o sistema planetário Hercolubus, como Nibiru ,para mim esta mito, já que segundo minas pesquisas planeta Nibíru esta (A)Eres……etc.

  4. Imagino como deve ser a matemática complicada para se descobrir uma nova chuva de meteoros. Os observadores devem reunir os dados de cada rastro observado nos pontos de observação, as coordenadas geográficas do local, as coordenadas astronômicas do rastro, altitude, tempo e data da observação só pra determinar se eles são do mesmo objeto. Tendo isto em mãos, certamente uma outra complicação fica por conta de calcular o trajeto dele e extrapolar para o espaço longe da Terra onde nem a gravidade e nem o atrito com a atmosfera interferiram no trajeto, determinando de onde o objeto veio. Para descobrir uma nova chuva, é preciso que vários objetos tenham vindo de uma região bem próxima no espaço indicando que algum cometa ou algum outro corpo que deixe detritos para trás tenha passado nesta região e originando a chuva observada aqui.

    1. Muito bom. É nessas horas que admiro a Folha por sempre dar um espaço à ciência maior e mais qualificado que seus concorrentes diretos. 🙂

    2. Li e comentei elogiando a Folha por mais esse Blog! Vou acompanhá-lo como acompanho o mensageiro Sideral! 🙂

  5. A Rebrome descobriu. E agora o que ganhamos com isso? Vai influenciar no clima da Terra? Vai ajudar ao planeta não esquentar? Vai ajudar o tempo de vida aumentar(quando quiser jogar uma praga em alguem diga: tomara que viva até os 100 anos)? Vai melhorar as plantações? Vai aumentar as descobertas que melhoram nossa vida? Ou tudo isso é uma brincadeira , um passatempo?

    1. Você, quando vem aqui comentar, você vai influenciar no clima da Terra? Vai ajudar ao planeta não esquentar? Vai ajudar o tempo de vida aumentar? Vai melhorar as plantações? Vai aumentar as descobertas que melhoram nossa vida? Ou vem só por brincadeira, falta do que fazer com o seu tempo? Entre o passatempo deles e o seu, prefiro o que valoriza novos conhecimentos e não um que despreza novos conhecimentos — como você faz rotineiramente aqui. 😉

      1. Se sua coluna fosse uma uma luta de judô, essa resposta seria um “ippon”. Vc finalizou o Oswaldo.

      1. O Mano Salva, mesmo não concordando, responde cavalheirescamente sem esculachar.
        Vamos respeitar o contraditório sem perder a ternura.

  6. A principal diferença entre astrônomo profissional e astrônomo amador (ou autodidata como muitos poderiam ser classificados!) é que o profissional é pago para ser curioso e o amador paga por ser curioso (tira do próprio bolso a verba para comprar telescópios e equipamentos!). Outra diferença é o mundo onde vivem, a Astronomia profissional gira ao redor de verbas, de viagens ao exterior e a parasitagem de projetos (temos projetos com dúzias de astrônomos trabalhando juntos, isto para engordarem seus currículos e obterem mais verbas). No Brasil, a profissão de astrônomo não é reconhecida. Mas a fama dos astrônomos amadores é! Na minha cidade, que tem o maior observatório do estado, o nome dele homenageia um astrônomo amador…entretanto, o “astrônomo profissional” esqueceu de mandar colocar o nome oficial (com o nome do amador) na parede e na placa da inauguração do evento. Ainda existe uma falta de valorização do astrônomo autodidata no Brasil…que tem verdadeiros cientistas em seu meio!

  7. Feliz aniversário, Salvador! Sobre a chuva de meteoros, excelente texto e dispensa comentários. O Universo é tão imenso que precisamos das tropas de amadores na retaguarda, ainda que os instrumentos sejam precários.

  8. Mais uma vez o esquerdismo psicodélico é expurgado pelos astrônomos amadores em nossas caras. Eles, ao invés de produzirem, de fazerem força laboral para gerar valor, ficam só no ócio, observando o céu como obtusos descerebrados, atrás de um evento celeste sem significância econômica nenhuma.
    Chuvas de meteoros são boas para o cinema, sem dúvida adoro ver um filme de ficção espacial, mas aí ficar numa latrina dia e noite observando o céu em busca de uma dessas de verdade, aí já é doença, é demência e, ao mesmo tempo, sem-vergonhice. Que fiquem só na ficção os tais meteoros, pois esse tipo de hobby é contraproducente e nada traz de bom ao cidadão comum a não ser o costume pelo devaneio.
    Tirem dos astrônomos caviar os seus telescópios e deem a eles uma enxada!!!

    É óbvio que esse texto foi uma tremenda brincadeira. Nada nele é verdadeiro.
    Parabéns Salvador, pelo post. Continue esse ótimo escritor.

    1. Rapaz, escreva isso em uma rede social sem os dois últimos parágrafos e depois volte aqui para nos contar quantas pessoas concordaram com o texto! kkkkkkkk

    2. Correu um risco enorme de ser xingado! Eu li só o começo e já ia xingar……ai vi a resposta do Salvador…..

    3. Por favor, brincando ou não, não alimente os trolls! Sem o “ocioso” Tycho Brahe, Kepler não teria informações fundamentais para determinar as leis matemáticas das órbitas planetárias!

  9. Parabéns a esses bravos Astrônomos que, de fato, só são “amadores” no sentido de não serem pagos por suas pesquisas. Imaginem se eles pudessem se dedicar profissionalmente à atividade!

    O Brasil tem Físicos, Astrofísicos, Astrônomos, Climatologistas, Meteorologistas, Biólogos, Pesquisadores em Ciências Médicas, Geneticistas etc. e etc. dedicados e muito produtivos. Se não dependessem de políticos que preferem se preocupar em indicar fiscais e em garantir apenas seus próprios interesses, seríamos melhores ainda nessas áreas… Mas esses missionários são a garantia de que há esperanças para o país!

    1. Nao se pode culpar exclusivamente politicos. Politicos sao cidadaos (em sua grande maioria) brasileiros. E brasileiro é quase que como por natureza, corrupto.

      1. Concordo… Veja a comparação: um amigo meu vive na Austrália e, quando vai à praia (bastante lotada), coloca sobre a toalha, na areia, seu celular, carteira, óculos escuros, todos os seus pertences, para ir nadar. Quando volta, meia hora depois (ou mais), está tudo lá, ninguém mexe.

        Nem ele, nem ninguém, pode fazer o mesmo aqui no Brasil… 🙁

        1. Estive em Orlando e a experiência é a mesma. Quando está num parque, deixe tudo na cadeira. Pode se divertir a vontade e quando voltar estará tudo lá. É deste tipo de experiência que concluímos que faltam muitos e muitos anos para chegarmos a uma sociedade realmente melhor.

  10. Boa tarde Salvador
    De uns tempos pra cá tem se falado muito em missões no espaço profundo . Missões a lua, marte etc…
    A que distancia a partir da superfície da terra pode se considerar o espaço de “espaço profundo” . Alguns satélites ficam a 36 mil km da terra. A lua a 400 mil km. Existe uma distancia a partir da superfície da terra pra se chamar de espaço profundo ?
    um abraço

    1. Que eu saiba, não há uma definição estrita. No meu ntender, passou da órbita geoestacionária, é espaço profundo. Mas você tem razão, o termo é usado de forma genérica.

  11. Salvador, fazia tempo que eu não ouvia Jean-Luc Ponty e hoje enfileirei uns cds no Spotify. Pois não é que exatamente quando eu abri aqui o Mensageiro Sideral começou a tocar Cosmic Messenger rsrs essa música é mesmo viajante rs

    1. Pois é, mas o crédito que eu peguei no EpidemicSound é outro… ih, será que tem gente lá “roubartilhando” música? 😛

      1. rs roubartilhando é boa. Mas foi uma coincidência impressionante mesmo, fui ouvindo o Spotify e quando comecei a ler o texto entrou batera e baixo, daí me dei conta de qual música estava ouvindo. Casou a música com o nome do blog. Por falar em streaming de música (só pra entrar um pouco no assunto do blog 🙂 ), fico imaginando que tipo de compressão de dados a Nasa e outros usam nas transmissões, tipo as fotos de Plutão. É alguma coisa própria ou um “reles” jpeg? Ou é sem compressão, vem na raça mesmo rs

        1. No caso da New Horizons, isso foi uma operação de guerra. A sonda estava programada para produzir versões de jpeg zoado de imagens selecionadas, formando um “conjunto master” para ser transmitido rapidamente e garantir que o sucesso da missão não fosse ameaçado por uma pifada no meio do download. Uma segunda etapa seria baixar todo o conteúdo em jpeg zoado, mas o pessoal decidiu pular e ir direto pros finalmente — um loooongo download de mais de ano para pegar todos os dados sem compressão. Deu tudo certo e agora eles têm todo o material em solo já. Tudo pronto pro próximo sobrevoo em 2019! 🙂

  12. Veja a situação da “Passaporte da Astronomia” no link abaixo. A dificuldade que é arrecadar valores para comprar um telescópio de nível amador para um curso de astronomia no Brasil.

    http://meiobit.com/362725/brasil-odeia-ciencia-mais-um-capitulo-passaporte-da-astronomia-grupo-astronomos-fumec-minas-gerais-fazem-vaquinha-para-comprar-telescopio-miseros-seis-mil-reais/

    A campanha tinha recebido R$ 0,00 até a divulgação da matéria. Já tem + de R$ 1700,00. Sinal que ainda temos esperança…

    1. Infelizmente, o dinheiro para educação e pesquisa está parte na Suíça e parte no bolso da rapaziada. Se conseguiram tirar na força bilhões(!!!) dos “mal-feitores”, imagine o que ainda está entocado. Só ver os milhões que os advogados estão embolsando. Isso sim é transferência de renda rs.

    2. OLá Daniel, li a sua mensagem e fui contribuir, mesmo que com pouco, para esse pessoal que lutando se coloca à frente das instituições oficiais em prol da ciência.

  13. Bom dia

    Salvador

    Feliz aniversario,atrasado 🙂 .Muitas Felicidades,sucesso e saúde para você.

    Que grande conquista da BRAMON em?Venho acompanhado o crescimento deles desde o inicio,logo assim que utilizaram a primeira câmera samsung scb 2000 (CCTV de alta sensibilidade que também uso para registro de DSO) registrando os primeiros meteoros.Lembro ainda quando conseguiram estimar o local da queda do meteorito de porangaba encontrando-o logo em seguida,algo fascinante, que só pensávamos que poderia ser feito por agencias espaciais.Que eles continuem sempre nos dando bastante orgulho,assim como você nos dá como mensageiro sideral.Abrçs.

  14. Veja que estas descobertas mostram o amadurecimento da astronomia brasileira. E o mais curioso é que elas acontecem sem apoio oficial e ofuscam significativamente os resultados de centros de pesquisa com este tipo de apoio. Registre-se aqui também, a importância da divulgação feita pelo Mensageiro Sideral, que nos informa sobre estas iniciativas e nos permite acompanhar este amadurecimento e ficar mais otimista em relação ao futuro de nossas ciências. Parabéns aos envolvidos. E que sirva de incentivo a outros cientistas não só em astronomia mas em outras áreas.

  15. Excelente notícia!!

    Salvador, coloque na agenda para nos avisar quanto estiver perto de iniciarem essas chuvas de meteoros!

    1. Avisarei. Mas tenha em mente que são chuvas fracas. Não espere uma leonídeas… rs

  16. Parabéns a toda equipe BRAMON. Em especial Carlso Di Prieto e Marcelo Zurita.

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