Cassini faz as melhores imagens já obtidas da região polar Norte de Saturno

Salvador Nogueira

Na madrugada desta terça-feira (2), a espaçonave Cassini realiza seu segundo mergulho no estreito vão entre os anéis de Saturno e o próprio planeta, e os cientistas certamente devem estar ansiosos pelas novas observações. Na primeira passagem, no último dia 26, a sonda produziu as imagens mais espetaculares do misterioso polo Norte saturnino.

A equipe da Nasa certamente está bem ocupada com o ritmo frenético do “Grand Finale”, a derradeira etapa da missão, que termina em 15 de setembro, após 22 sobrevoos próximos de Saturno. Tanto que, depois de divulgar um trio de imagens “cruas” do primeiro deles, sem processamento algum, passaram dias sem colocar nada de novo no ar.

Imagens não processadas e transmitidas pela Cassini após seu primeiro mergulho sob os anéis de Saturno (Crédito: Nasa)

O Mensageiro Sideral começou a ficar angustiado com isso e decidiu fazer justiça — ou melhor, processamento de imagens — com as próprias mãos. E a essa altura, no começo do texto, você já teve um gostinho do resultado.

COMO A CASSINI TIRA FOTOS
Uma das críticas que alguns desavisados fizeram na semana passada sobre as imagens divulgadas pela Nasa é que elas não eram coloridas.  O que eles não sabiam é que toda câmera digital, inclusive aquela do seu celular, só faz imagens em preto e branco. É isso mesmo. Só preto e branco. O truque que não deixa você perceber isso é que ela tira três fotos em preto e branco simultâneas: uma coleta as partículas de luz que têm comprimentos de onda próximos aos da cor vermelha, a segunda, das que se aproximam do verde, e a terceira, que estão próximas do azul.

E aí, num passe de mágica, ela combina as três imagens PB em uma única imagem colorida, aproximadamente nos mesmos tons que enxergamos, a partir das cores básicas vermelho, verde e azul (padrão conhecido pela sigla RGB, red-green-blue).

A Cassini funciona do mesmo jeito. Sua câmera de bordo, chamada ISS (Imaging Science Subsystem), tem duas configurações, de ângulo amplo e de ângulo estreito, e gera basicamente imagens PB a partir de uma série de filtros sensíveis a diferentes comprimentos de onda. Só que, enquanto a câmera do seu celular está satisfeita com três filtros, vermelho, verde e azul, os cientistas da Nasa queriam um pouco mais. Exatamente 26 a mais. São, ao todo, 29 filtros, com os mais variados objetivos científicos: alguns permitem enxergar através da névoa quase impenetrável da lua Titã, outros permitem enxergar ultravioleta (que nossos olhos não veem), outros infravermelho (idem), e a configuração mais simples é a “sem filtro nenhum”, ou seja, aí vai rolar um imagem PB mesmo, produzida por todas as partículas de luz que entrarem na câmera.

Certo, para brincar de processar as imagens “cruas” da sonda (que a Nasa publica integralmente assim que são recebidas da espaçonave aqui, para o desgosto dos teóricos da conspiração), eu precisava descobrir quais eram os filtros correspondentes aos clássicos RGB das nossas câmeras. Eu queria saber da Cassini que fotos eu poderia obter com o meu celular se estivesse viajando com ela. Após alguma pesquisa, descobri que eles figuram nas informações das imagens brutas com os códigos BL1 (para azul), GRN (verde) e RED (vermelho).

Em seguida, corri atrás de aprender como integrar as três imagens numa só, colorida, com um editor de imagens. Achei sem demora este excelente tutorial escrito por Emily Lakdawalla, da Planetary Society. E aí, uau.

Imagem do polo Norte de Saturno feita pela Cassini no dia 26 de abril, às 3h08 (UT). (Crédito: JPL-Caltech/Nasa/Salvador Nogueira)

O POLO NORTE DE SATURNO
É um espetáculo tão fascinante quanto bizarro — o planeta dos anéis tem bem sobre seu eixo de rotação uma corrente de ventos e nuvens que forma um imenso hexágono. Descoberto pela missão Voyager, em 1981,  esse padrão nunca havia sido observado antes em planeta algum. Desde então, o fenômeno chegou a ser reproduzido em laboratório com experimentos de fluidos, o que ajuda a entender como pode ser verdade uma coisa dessas.

O hexágono de Saturno, contudo, é dinâmico, e o que a Cassini nos ofereceu ao longo dos últimos anos foi uma oportunidade de monitorá-lo de forma quase contínua nos últimos anos. Até 2009, tudo que a sonda podia fazer era colocar aqueles filtros obscuros para trabalhar e obter imagens de infravermelho do polo Norte, uma vez que era inverno por lá e o hexágono estava escondido o tempo todo do Sol — como nos polos da Terra, que passam por seis meses de escuridão e seis meses de luminosidade. Só que lá em Saturno o ano (o período de translação do planeta) dura 29 anos terrestres. Uma longa espera.

A Cassini aguardou, resistiu, prosperou e foi premiada. Desde 2009, vem monitorando o hexágono e já notou um efeito interessante: entre 2012 e 2016, ele foi gradualmente mudando de cor, saindo de um tom mais azulado, para um mais pálido, quase no mesmo tom bege que domina a maior parte do planeta. Os cientistas especulam que a transformação possa ter a ver com reações fotoquímicas. Conforme a luz do Sol começou a bater por lá, a composição da atmosfera sofreu alterações que levaram à mudança de cor. Mas ainda é preciso estudar mais a questão, e nesse sentido o “Grand Finale” veio a bem a calhar: em órbitas que fazem sobrevoos rasantes do planeta, a sonda conseguiu obter as imagens mais próximas já feitas do hexágono e do vórtice azul que reside em seu centro.

Na boa, são de tirar o fôlego. E tenha em mente que a Cassini é uma espaçonave que decolou em 1997, ou seja, isso é tecnologia de ponta da Nasa dos anos 1990. Nada mau.

A Cassini registra o polo norte novamente às 4h36 (UT) do dia 26 de abril. (Crédito: JPL-Caltech/Nasa/Salvador Nogueira)

E O QUE TEM DE RUIM?
Claro, não podíamos encerrar sem antes dar alguma coisa para os reclamões reclamarem, não é? Sempre tem alguma coisa. E, no caso, a má notícia é que as imagens colhidas pela Cassini em seu momento de máxima, máxima aproximação — a cerca de 3.000 km do topo das nuvens — serão PB raiz mesmo, e não esse PB nutella que podemos transformar em uma imagem colorida por processamento.

Entenda o problema: quando a sonda cola em Saturno, está viajando a inimagináveis 124 mil km/h. É cerca de cinco vezes mais rápido que um satélite em órbita da Terra, e 130 vezes mais rápido que um avião de passageiros. Aí tem dois desafios: o primeiro é que a perspectiva muda muito depressa para a espaçonave. Entre a câmera bater a primeira e a segunda foto, com filtros diferentes, a sonda já está sobre um pedaço diferente do planeta. E tem o segundo — e fatal — desafio: o tempo de exposição da câmera, ou seja, o quanto você a deixa aberta para receber as partículas de luz, precisa ser muito curto. Se não for assim, a imagem sairá um borrão puro. E, se o tempo for curto, vai entrar pouca luz na câmera. E se você começar a colocar filtros, escolhendo quais fótons você quer e quais não quer, é capaz de ficar sem nenhum.

Por tudo isso, as observações feitas em aproximação máxima serão colhidas no modo “sem filtro”, deixando todo e qualquer fóton que queira aparecer na foto entrar na câmera. E aí é PB mesmo, sem choro nem vela.

Se você, como eu, acha que esse é um pequeno preço a se pagar por uma missão como a Cassini, fique ligado. Os próximos meses devem trazer muito mais. Na primeira passagem do Grand Finale, a Nasa constatou que a quantidade de partículas dos anéis na região por onde transitou a sonda é bem mais baixa do que o esperado — eles chamaram a região de “o grande vazio”. E essa é uma ótima notícia. Significa que, para o sobrevoo desta terça-feira (2), a Cassini não precisará viajar usando a antena como escudo, o que permitirá maior flexibilidade para observações.

E assim vamos seguindo, enquanto nos encaminhamos para a agridoce conclusão da missão, em 15 de setembro.

Imagem da Cassini no dia 29, já bem mais afastada de Saturno em sua órbita elíptica. (Crédito: JPL-Caltech/Nasa/Salvador Nogueira)

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Comentários

  1. Legal, Salva

    Poxa, bem que a Cassini poderia fazer seu Grand Finale entrando nesse redemoinho no polo norte de Saturno. Seria sensacional.

    1. É, mas nem poderia descer tirando fotos, então não seria grande vantagem…

  2. Uma pergunta ao Salvador: Saturno e Júpiter não tem um núcleo sólido, ainda que minúsculo? Pergunta idiota, mas se jogar uma poderosa bomba de hidrogênio de uns 1.000 Megatons em suas profundezas, não acenderiam a fornalha estelar desses gigantes gaosos?

    1. Talvez tenham sim um núcleo rochoso. Pelo que sabemos de formação planetária, deveriam ter. Mas é difícil chamá-lo de “sólido”. Sei lá em que estado estariam os silicatos à pressão brutal do centro do planeta.

      Sobre “acender” os planetas, não. Falta-lhes massa para produzirem fusão nuclear de forma sustentada.

      1. Mas até que é uma questão interessante. Um estudo da década de 70 https://e-reports-ext.llnl.gov/pdf/177765.pdf considerava o risco considerável, caso 1% da água dos oceanos da Terra fosse água pesada (com deutério, no lugar de hidrogênio).
        Nada impediria que Júpiter tenha alguma camada de deutério perdida no meio do caminho para o núcleo. Caso isso fosse verdade, caso fosse possível enviar algo tão fundo, planeta adentro… talvez não fosse tão impossível assim… mas não transformar Júpiter em uma estrela, mas sim em uma bomba termonuclear colossal.

        1. Acho bem difícil. A convecção deve movimentar a atmosfera, e em tese deutério deveria se concentrar nas camadas mais profundas, onde é mais difícil atingir com uma bomba.

          1. Mas todo esse hidrogênio (ou parte dele) em alta pressão não ‘explodiria’ junto com a bomba? Não falo de explosão nuclear por fusão, mas explosão comum, como um balão de hidrogênio explodiria na Terra se sofresse ignição….

            Júpiter se pareceria com uma anã-marrom por alguns segundos (minutos, anos, milênios), talvez?

          2. Entendo. As bombas gerariam no máximo então uma onda de choque que se espalharia na região próxima…. no máximo mais uma tempestade na atmosfera.

      2. Em função da diversidade de composição das luas que cercam os planetas gasosos, não seria de se imaginar que em sua composição eles devem ter uma variedade enorme de compostos, como água, hidrocarbonetos e rochas, além de gases??? E tendo esta composição não seria óbvio de se imaginar que o núcleo teria obrigatoriamente esta composição sólido/fluída a que se refere???

        1. Se os planetas gigantes se formaram como se pressupõe, por acreção de planetesimais, sim, haveria material rochoso suficiente para formar um núcleo. Se os planetas gigantes se formaram, por outro lado, por colapso gravitacional local da nuvem de gás que deu também origem ao Sol, aí não. Por isso justamente é importante detectarmos um núcleo rochoso. Permitirá confirmar nosso principal modelo de formação de planetas. (Nas simulações, colapso gravitacional local só funcionaria para planetas formados bem mais longe do Sol do que as posições de Júpiter e Saturno, mas, sacomé, é sempre bom ter confirmação observacional; a natureza sempre dá um jeito de nos surpreender.)

          1. Seria possível (por que não?) um mesmo sistema estelar ter planetas formados por um e por outro método?

            Talvez o (suposto) Planeta 9 seja resultado de colapso gravitacional enquanto nosso querido quarteto de grandões tenha surgido por acresção?

          2. Seria possível. Mas a massa do planeta 9 estimada por Brown e Batygin não enseja isso. E se fosse uma massa muito maior, já teria sido descoberto pelo Wise. O mais provável é que tenha sido um embrião de Netuno que foi ejetado para fora do sistema logo no começo.

      3. Salvador, boa tarde.
        Numa hipóteses de nossos 4 gigantes gasosos se unissem, poderíamos ver nascer um sistema binário?

        1. Não. Nem juntando todos você teria massa suficiente para uma estrela. Trappist-1, por exemplo, que é uma estrelinha no limite do que se considera uma estrela (versus uma anã marrom), tem 100 vezes mais massa que Júpiter.

          1. Mesmo uma anã-marrom tem uns 15 júpiteres de massa. E o resto do sistema solar inteiro (exceto claro o Sol) somado não chega a meio Júpiter.

  3. Caro Salvador. Gostaria de saber o que são essas centenas de “manchas” claras e disformes que aparecem na primeira foto. Seriam as rochas dos anéis? Ou elas fazem parte da superfície do planeta? Grato.

    1. Nuvens! O planeta, a rigor, não tem uma superfície sólida, é uma imensa bola de gás. Se você colocasse Saturno numa piscina, ele flutuaria. É menos denso que água! 🙂

      1. Queria que falasse mais a respeito da superficie do planeta. Nao tem chão? um cara pisando lá estaria pisando numa nuvem ou em terra com muito gás em volta?

        1. Não tem chão como nós o definimos, ou seja, uma mudança clara de fase entre o ar e a superfície. Lá o ar vai ficando mais denso, mais denso, mais denso, conforme você desce, até ir ficando líquido, líquido, depois líquido metálico e depois um núcleo de silicatos sob altíssima pressão (que não saberia nem dizer se seria líquido ou sólido).

        1. Não, a gravidade é alta. A densidade é baixa. Mas se o volume for enorme, mesmo com densidade baixa, você teria massa alta, e portanto, gravidade alta. 😉

  4. Salvador Nogueira,

    Sua aplicação para fazer uma boa matéria é impressionante! Em tempo nos quais dão mais valor para jornalismo dinâmico e sem profundidade, você aprende a usar Photoshop para a matéria e ainda dá a dica para os leitores. Não tenho ideia de como devo expressar em palavras o tamanho do cumprimento que quero passar a você.

    Dito isso, gostaria de saber de você o seguinte: na primeira imagem do artigo, o ‘hexágono azul’ parece não estar no mesmo plano que o restante da superfície do planeta. Fiquei pensando se não é possível que a temperatura naquela região seja baixa o suficiente para que os gases no polo tenham se solidificado. (imagine… um pouso em Saturno… rsrsrs). Você sabe se é possível?

    1. Rafael, é difícil julgar profundidade nessas imagens 2D. Aparências enganam nosso cérebro, e muito, sobretudo em mundos alienígenas. Além disso, pequenos desalinhamentos entre as fotos dos três filtros podem criar uma sensação de camadas que não é real. Eu desconfio até (mas não aposto) que o polo seja mais alto, e não mais baixo, porque o azul deve vir do espalhamento de luz na atmosfera. Tendo dito isso, não, não há como imaginarmos a solidificação do gás na atmosfera de Saturno. Ele é gasoso até uma grande profundidade, depois se torna líquido, pela pressão, e depois metálico, indo até um potencial núcleo de silicatos sob ultrapressão. Vamos ter de viver sem pousos por lá. Mas um balão na atmosfera, quem sabe? 🙂

        1. Hidrogênio é mais leve que deutério e que trítio, versões do hidrogênio com um e dois nêutrons no núcleo.

  5. Não seriam fotos em escala de cinza? Até onde sei, a menos que as imagens sejam feitas como para impressão (antiga) de jornais, onde as imagens são formadas por pontos binários, mas que dão a impressão de estarem em escala de cinza (dithered gray-scale image), para ter noção de tons ou intensidade de cor, por exemplo, a combinação de níveis binários não geraria essa sua imagem com tons suaves que você gerou, mas imagens com cores “puras”, onde um pixel contém somente valores 0’s ou 1’s ([1 0 0], [0 1 0] ou [0 0 1]).

    1. Sim, sendo mais preciso, seria escalas de cinza, o que normalmente se entende como fotos em preto e branco mesmo.

  6. Mais um artigo espetacular. E vc simplifica tudo o que pode parecer inacessível para nós, leigos, com maestria. Parabéns!

  7. Salve Salva.
    E Juno, nunca mais ouvi falar sobre ela, sobre suas pesquisas e suas fotos….Simplesmente o assunto morreu. Tem alguma novidade?

    abçs

    1. Continua produzindo resultados, naquele ritmo lento de uma vez a cada 53 dias, e a promessa dos primeiros estudos científicos publicados em algumas semanas. 😉

  8. É incrível, como os americanos conseguem enrolar a maior parte da população com suas fakes photos digitalizadas!!! Acorda gente burra, não estão vendo que tudo isso e falso!!!! E por isso que maçons, illuminates e outras seitas, que regem toda essa farsa, acham os seres humanos inferiores e inaptos. Com total razão, a maioria acreditam até em papai noel… imagina se não iriam acreditar em fotos! Tem gente que ainda questiona, o que eles NASA ganha com isso!!!??? Ganha Bilhõe$ do contribuinte americano e o do resto do mundo que queira participar das ditas pesquisas… moral da história, o jeito certo de arrancar dinheiro do povo sem ser questionado! Eles enchem o ku de dinheiro, e vez ou outra mostra meia dúzia de fotos digitalizada pra enganar a massa que eles acham inferiores mentalmente!!! O pior e que eles estão certos, mentalmente a maioria dos seres humanas são fracos!!!

    1. Você podia pelo menos aprender português para expressar melhor sua crença em lendas urbanas, né? 😛

      1. Não vale a pena responder a esse tipo de criatura não, Salvador. São pessoas doentes.

    2. KKKKKKKKK Engraçadão sua teoria. Cara continua nesse mundinho que quem sabe você consegue provar que a terra é plana e o sol é quadrado. Está assistindo muito Arquivo X. rsrsrs

      1. Teoria? Esse monte de bosta que ele postou não pode nem ser considerado hipótese. Não passam de devaneios analfabetos de ignorantes preguiçosos que acham que “pesquisar” é ver vídeos pseudocientíficos no Youtube.

        Bando de pombos cagões preguiçosos, que nem se dão ao trabalho de ler um livro ou frequentar o colégio, e adoram ver vídeos onde outros “pensam” por eles.

        Mal sabem o básico da alfabetização, desconhecem até nosso próprio idioma, e querem opinar.

        Que morram todos depenados. Virem “chulasco”.

        XÔ FLANGO!

          1. Esse a natureza marca. Viram que ele teve de detonar um míssil no meio do voo porque notaram que ele, sem querer, ia cair na Rússia? rs

    3. Hahahaha ! É muito engraçado ver esses tipos de comentários. Só pode ser de uma pessoa que não teve oportunidade ou não quis estudar. Olha aquilo que não entende e diz que é mentira. Parece ser da época da inquisição da igreja, quando Galileu Galilei disse que a terra não era o centro do universo. E condenaram o cientista injustamente.

      Você acha mesmo que se as pesquisas da NASA fossem mentiras, ninguém teria denunciado? Acha mesmo que a Rússia não ia adorar provar a “farsa” da NASA?

    4. Você está certo. A NASA mente , não existe foguetes , nem satélites , na verdade não existe nem internet. Este site aqui nem existe. A verdade é que você se drogou e acha que está comentando em um web site … Mas você é um homem da caverna desenhando no chão. A propósito um homem muito esperto.
      Quando inventarem a internet de verdade aconselho você pesquisar sobre os discos da xuxa de trás para frente , este tema é sua cara.
      De nada pelos esclarecimentos.

    5. Para mim, esse foi um dos piores comentários que já li até agora! Têm até palavrão a ponto de conseguir despistar o AntiSpam!

    6. Os incapazes sempre vão duvidar da capacidade alheia. Um pouco de inveja, um pouco de despeito, um pouco de ódio e toneladas de ignorância explicam o que eles são e o que sentem. No fundo são uns coitados.

  9. Salvador, qual a quantidade de força e energia potencial do evento?
    A quantidade da aceleração da gravidade e velocidade prevista no espaço e ao adentrar na atmosfera saturniana?
    Qual o peso da sonda satélite(massa),(X) multiplicando a aceleração da gravidade de saturno, e o espaço percorrido, para ver qual a velocidade final , força e energia implícita na manobra, antes da entrada, na entrada e estagio final?
    caso se chocasse com algo solido!
    Dai Ainda somando a explosão dos dispositivos atômicos(baterias) etc…
    Queria saber a quantidade de energia que esta manobra toda armazena e pode liberar?
    Eles divulgaram algo sobre estes tipos de dados?

    1. A 124 mil km/h qualquer coisa com que você se choque vai parecer sólida — mesmo uma atmosfera rarefeita. 😛

  10. Tenho 80 anos… quando criança, me encantava com Júlio Verne e com os quadrinhos de Buck Rogers, Brick Bradford e Flash Gordon. Aquela ficção – que parecia uma fantasia inatingível – já foi ultrapassada há décadas, e minha tristeza de velho é saber que não estarei presente para ver o que acontecerá nos próximos 20-50 anos… mas enquanto isso, continuo me maravilhando com as conquistas técnicas e científicas diárias da humanidade, mesmo que essa humanidade ainda esteja ‘amarrada’ por peias de obscurantismo. Imagine onde estaríamos se não tivéssemos esse freio que os fanáticos religiosos teimam em acionar, irracionalmente!

  11. O que seria este outro ponto mais acima azul bem parecido com o do hexagon central?

  12. IMAGENS FEITAS NO PHOTOSHOP..E O POVO AINDA ACREDITA..NESSES “CIENTISTAS ” FAZEM TUDO PARA MANTEREM SEUS EMPREGOS..DINHEIRO DO CONTRIBUINTE JOGADO FORA..KKK.

    1. Caps Lock e a tecla k travados aí. Melhor dar uma olhada no teclado. 😉

      1. O uso de “Caps Lock e a tecla k” em excesso é característica de mentes limitadas.

    2. E o fiscal do dinheiro alheio chegou!

      Já pagou o dízimo para os pastores da Seita do Penico Emborcado, pombo cagão?

      1. Uêpaa! Quem entende de seitas religiosas com nomes engraçados sou eu! O Moronismo e uma religião que já nasceu com seitas, todas com nomes engraçados.

  13. Salvador, primeiro, parabéns pela matéria. Pergunto: já se tem alguma teoria para explicar o que é este hexágono?

    1. Já se mostrou em laboratório que certos padrões de fluxo giratório em fluidos podem produzir esse padrão hexagonal. Dos formatos não comuns (ou seja não-circulares), o hexagonal é o mais comum. Mas já viram também octogonal e triangular (em laboratório). Na atmosfera de um planeta, só temos esse exemplo de Saturno de um fenômeno semelhante.

      1. Sou de todos a mais leiga, mas achei tudo muito interessante. Observei na minha casa que a água que sai da torneirinha do meu pote de água, sai toda facetada. Sera que é isso que você mencionou a respeito dos fluxos líquidos?

        1. Acho que não. Aí deve ter a ver com a forma da torneira, talvez? Difícil dizer sem ver do que você está falando. Mas basicamente experimentos mostram que um diferencial de pressão num fluxo giratório de fluidos pode levar ao padrão hexagonal.

  14. Por que a Cassini teve que passar entre os anéis e o planeta para fotografá-lo de perto? Ela não poderia tangenciar o planeta logo acima ou logo abaixo dos anéis, numa trajetória paralela aos mesmos?
    Desculpe se a pergunta for alguma idiotice, meus conhecimentos de astronomia são aqueles de um leigo comum.

    1. Sanzio, a Cassini está em órbita de Saturno, o que significa dizer que ela descreve elipses em torno dele que têm o centro de Saturno como um de seus focos. Uma manobra do tipo que você descreve não seria impossível, mas exigiria uma mudança de velocidade bem além das capacidades da missão. Ela era fácil de fazer com a Rosetta no cometa, porque a gravidade do cometa era fraquinha. Mas em Saturno, segundo maior planeta do Sistema Solar, bem mais complicado…

  15. Sua coluna é para mim, uma das melhores que já ví. Assunto de interêsse, com uma linguagem incrível. O que atrapalha são alguns comentários de pessoas sem cultura, sem conhecimentos que deixam aqui comentários absurdos.
    Outra coia É a mania de algumas pessoas quererem ligar ciência com religião. Sào dois paramêtros completamente distintos nada a ver um com o outro..
    Parabens pela magnífica planificaçãpque voce nos oferece.

  16. Por favor, você poderia responder uma dúvida: a poeira e o gelo de que são compostos os anéis alinham-se no plano perpendicular ao eixo magnético de Saturno?

    1. Sim, ao eixo magnético e de rotação, que estão alinhados em Saturno, diferentemente de na Terra.

  17. Grande Salvador.. sempre nos presenteando com imagens e notícias incríveis.
    Baseado nas imagens e pesquisas que serão realizadas agora, no Gran Finale, dará pra cravar se existe uma centro rochoso no nosso lindo planeta gasoso?
    Abraço.

    1. Boa pergunta. Não sei se os resultados serão similares aos da Juno em Júpiter, que foi projetada para isso.

  18. Belíssimas imagens de um mundo encantador e instigante.
    Salvador,
    Quando a Cassini iniciar o “Grand Finale”, até a onde ela pode enviar as fotos, antes de se chocar com o gigante?
    Abraços!

    1. No mergulho final ela não vai produzir fotos, porque os arquivos seriam pesados demais pra transmitir em tempo real. Ela vai colher dados da composição da atmosfera com o espectrômetro de massa.

  19. Nosso querido mensageiro nos presenteia não apenas com informações direta do assunto, ele vai além.A explicação sobre fotografia e o trabalho de você mesmo dar cores a essa foto. Salvador você é muito fera! Obrigado pela “iluminação”.

  20. Grande Salvador (no sentido figurado). Como “astrônomo amador” de coração, não perco uma coluna sua. Vc está de parabéns quando, mostra o complexo de maneira fácil (sinto até vergonha, como engenheiro eletrônico de não saber que as fotos são tiradas em P&B). Quanto aos comentários, infelizmente, a maioria confunde Ciência com Religião, que são tão coesas e unidas, como água com azeite.
    Continue assim, pois a maior virtude não é saber, mas ensinar.

    1. Pois é. O que me irrita não é quem não sabe. Normal. Eu mesmo não sabia processar as fotos até anteontem. O que irrita é quem não sabe querer vaticinar e criticar…

  21. Por falar em Saturno, o que aconteceu com as sondas Voyager 1 e 2? Faz uns três ou quatro anos que não se fala mais delas em canais do gênero…..

    1. Estão trabalhando, colhendo informações sobre o ambiente de plasma dos confins do Sistema Solar.

  22. Nossa Salvador, primeiro parabéns cara! É incrível como é “saboroso” ler esses seus textos, a riquesa de detalhes para um leigo e apaixonado por astronomia como eu é algo sensacional!

    Segundo, quando vejo isso, meu, é incrível pensar que a coisa de 50, 60 anos atrás nós ainda estavamos inventando o computador, é incrível ver a maravilha que um satélite com computação “básica” pode fazer, imagina na era dos computadores quanticos e com inteligência artificial!! Sinceramente, só torço para que nós, o quanto antes possível, como espécie, consigamos vencer barreiras de distância que a velocidade da luz nos impõe, através da descoberto de como manipular buracos de minhocas ou como as do projeto Breakthrough starshot!!

    A única tristeza, tenho que admitir, é essa depressão que sinto por já estar “velho” aos meus 26 anos, para conseguir acompanhar essas futuras descobertas que descrevo acima!! hahaha…bem que podia ter nascido uns 300 anos no futuro!!!

    Parabéns Salvador!! grande abraço!

    1. Luiz, entendo o sentimento, mas acho a época atual maravilhosa. Talvez seja a geração que fará a confirmação da vocação espacial da humanidade! Não é pouca coisa, e o que fizermos agora certamente moldará o futuro!

  23. Estou acompanhando todas as reportagens e estou fascinado com tanta descoberta da espaçonave CASSINI. Gostaria de receber mais informações e ficar mais bem informado sobre essas descobertas e acompanha-las, até dia 15 de Setembro Grand Finale.

    Obrigado

    1. Carlos, eu pretendo escrever bastante sobre ela daqui para o final, assim como fazer uma retrospectiva do que já foi. Mas, se quiser, visite o site da própria sonda, ultracompleto, em saturn.jpl.nasa.gov.

  24. Adorei o texto, finalmente um texto que rompe a ignorância que se vê nos comentários às vezes. 😀

  25. Excelente trabalho Salvador!!… é incrível a capacidade da Nasa.. na década de 90 os caras mandam sondas para Saturno, e nós ainda pecamos com o básico.. investimento em educação dá resultado!..

    1. Aqui alguns grupos de poder político têm como meta manter as pessoas sem escola, pobres recebendo bolsa família, para … se alcançarem o poder e se manterem nele. É mais fácil enganar e iludir pessoas sem escola e com assistencialismo. Dá milhões de votos.

  26. Salvador, você é nota dez! É difícil achar uma explicação sobre esse assunto, colocada de forma tão acessível, pra bastante gente entender. Parabéns.
    Mudando de assunto, queria entender também da dificuldade em se transmitir os dados (fotos, videos, texto) pelo espaço. Velocidade de transmissão, métodos e tecnologias, etc.

    1. A transmissão se dá por rádio, ou seja, ondas eletromagnéticas. Elas viajam à velocidade da luz. Para vir de Saturno até a Terra, se não me engano, leva pouco menos de duas horas (só dividir 1,5 bilhão por 300 mil para saber o tempo médio, em segundos). A taxa de dados, contudo, depende da relação sinal/ruído, ou seja, de quantos bits conseguimos “ouvir” direito e quantos ouvimos errado na transmissão. Isso depende basicamente da potência do sinal e do tamanho das antenas de transmissão e recepção, em contraste com a distância. O sinal é enviado pela Cassini com sua antena principal, com 4 metros de diâmetro, e é recebido pelas antenas da Deep Space Network, de dezenas de metros e distribuídas entre Austrália, Espanha e EUA. O resultado de tudo isso é uma conexão relativamente lenta, para os padrões de internet atuais, mas suficiente. A Voyager 1, por exemplo, lá dos cafundós do Sistema Solar, está transmitindo a modorrentos 159 bytes/s. Já a Dawn, em Ceres, está mandando dados a 62,5 kb/s. A Cassini agora está fazendo suas observações, mas não está transmitindo. Você pode acompanhar quem está mandando sinais a todo momento no site da Deep Space Network, em https://deepspace.jpl.nasa.gov/dsnnow/.

      1. Salvador, escavando um pouco mais nesse assunto, essa taxa tão reduzida por conta da distância e ruído já considera que os dados utilizáveis serão realmente recebidos? Ou pode acontecer que mesmo os dados úteis sejam recebidos com erro. Nesse caso existe uma retransmissão dos dados ou eles se perdem pra sempre? Resumindo a pergunta, estou tentando fazer uma analogia com a transmissão tcp ou udp rs.

        1. Eu entendi a sua pergunta. Acredito que eles já calculem, com base na relação sinal-ruído, uma taxa “segura” de transmissão, com algum checksum nos pacotes, para não terem de “rebaixar” muita coisa. Até porque a comunicação entre sonda e solo leva mais de hora. Mas não sei detalhes desses protocolos.

  27. Estou maravilhado com as imagens e com tudo o que esta incrível missão nos proporcionou até agora. Sem dúvida, trata-se de uma das mais bem-sucedidas missões espaciais não-tripuladas de todos os tempos. Uma justa homenagem ao nome de Giovanni Cassini, um dos grandes matemáticos medievais produzidos pelos excelentes colégios jesuítas e que, posteriormente, foi professor de astronomia na Universidade de Bolonha, berço de grandes pensadores e teólogos.

    1. Medieval não, né? Nascido em 1625, Jean-Dominique Cassini (ou Giovanni Domenico, como queira) já faz parte da Idade Moderna, pós-Renascimento. 😉

  28. Gostei dos créditos: JPL-Caltech/Nasa/Salvador Nogueira. Você é o cara! Parabéns Salvador.

  29. Ninguém tinha feito isso antes com essas fotos? Parabéns! Ficaram lindas, da uma vontade incontrolável de cair lá no meio daquele azul do pólo.

    1. Olha, é possível que outros tenham feito por aí, afinal, tem muita gente que curte fazer processamento de fotos da Nasa. Só sei que a própria Nasa ainda não soltou nada (o processamento deles certamente envolve mais que alinhar as fotos e juntar RGB, deve também limpar ruído de raios cósmicos e balancear as fotos, algo que não fiz). 😉

  30. As imagens são muito bonitas e o projeto em si é um grande desafio. Sinal de que temos capacidade para muito mais. Tomara que possamos aplicar toda essa inteligência e capacidade para resolver os problemas “aqui em casa” também.

    1. O engraçado é que, ao fazer missões assim, estamos resolvendo as coisas aqui. Câmeras digitais foram durante muitos anos bem limitadas, mas ainda assim continuaram a ser desenvolvidas e melhoradas porque eram úteis em espaçonaves, que não podiam se dar ao luxo de usar uma câmera analógica e depois trazer o filme para a Terra para ser revelado. O resultado desse processo são as atuais câmeras digitais, que não só cabem no seu bolso e podem ser usadas para tirar selfies e fotos da família, mas também são úteis, por exemplo, para segurança — um dos problemas que temos para resolver aqui!

    1. Dá para não misturar uma coisa apartidária como ciência com essas discussões políticas rasteiras brasileiras?

  31. Amigo,
    Sua informação sobre como uma câmera funciona é completamente errada.
    A maioria das câmeras, inclusive de celular, não tiram 3 fotos coisa nenhuma.
    Existem uma matriz colorida em cima do sensor, chamada matriz de Bayer, ela tem pixels alternados nas cores verde, vermelho e azul.
    Depois de feita uma unica foto, essa matriz é interpolada para tentar obter as cores no padrão RGB.

    1. A marriz de Bayer faz com que sejam tiradas efetivamente 3 fotos, depois recombinadas em RGB. A diferença é que os filtros estão interpolados, aí você pode tirar as 3 fotos de uma vez. Pelo menos é assim que entendo. Editei o texto para refletir o fato de que, nas câmeras digitais convencionais, as 3 fotos PB são tiradas simultaneamente para gerar a RGB.

        1. Sim, mas o Salvador diz isso sem ser rude enquanto o Vangelis parece um cachorro ladrando no portão. Desnecessário.

  32. Além de nos fazer entender sempre um pouco mais a realidade, a a ciência ainda nos bonifica com beleza.

  33. Slavador, o que seriam aquelas múltiplas formações arredondadas em torno do vórtice, que lembram pedras no fundo de um rio?

  34. Salvador tua coluna como já disse aqui a algum tempo atrás é um deleite, muito legal abraço, Luis.

  35. Sem comentários, o melhor artigo sobre o Grand Finale (na verdade, os melhores sobre astronomia), muito didático como sempre.

    A cada mergulho da Cassini são alguns momentos sem respirar.

    Parabéns pelo tratamento das imagens.

  36. É uma pena que o grande difusor da astronomia Carl Sagan não esteja entre nós para ver estas maravilhas que nos são mostradas nos dias atuais.

    Simplesmente espetacular, sensacional, maravilhosas estas imagens.

  37. Aqueles que creem coisas maiores ainda farão, simplesmente impensável para a grande maioria dos seres vivos. Somente, mentes muito abertas e prontas para recepcionar ideias, para muito inconcebíveis poderiam chegar até aqui. Naturalmente os que creem irão bem mais longe e assim caminha humanidade, nem bem resolveram seus problemas mais simples por aqui, mortalidade infantil, fome, miséria, poluição, epidemias, desemprego, não sabem se quer, o que fazerem com lixo que geram, aqui na sua base, mas já são capazes de habitar o espaço, de onde viemos e onde chegaremos? Eis a questão, se soubéssemos e o destino, fosse um Paraíso, haveria um corrida do ouro, para onde todos gostariam de se mudarem. Caso o destino reservado ao nosso futuro seja catastrófico, o que é bem mais provável, então certamente, que todos partiriam para usufruir o máximo desenfreadamente, acelerando mais ainda a chegada do seu final. Somente por isso, ainda há um certo equilíbrio por aqui no Planeta Terra, caso contrário tudo já estaria perdido, vamos dar um pequeno passo de cada vez, para tentarmos um voo seguro no futuro bem próximo.

  38. Olá Salvador, só um esclarecimento. Vc está correto ao afirmar que os sensores digitais fotográficos são monocromáticos, porém as câmeras comuns normalmente não batem 3 fotos pra obter a cor. Há duas situações mais comuns: (1) câmeras com 3 sensores dedicados ao RGB que recebem imagens decompostas por um prisma [comum em câmeras de vídeo antigas com sensores pequenos], ou (2) câmeras com sensores cujas fotocélulas recebem filtros RGB distintos individuais, organizados segundo o famoso padrão Bayer.

    O segundo cenário é hoje quase universal, mas é potencialmente ruim para fotografia em astronomia porque causa micro-imprecisões em detalhes que são minimizados pelo processamento matemático. É comum que esse processamento, por exemplo, elimine estrelas em uma foto de céu, considerando que um ponto de luz que afete uma dada fotocélula mas não suas vizinhas deve ser um erro ou ruído.

    1. Acabei de mudar o texto, por conta de outro comentário, para refletir o fato de que as 3 fotos PB nas câmeras digitais são tiradas simultaneamente. Obrigado pelas informações adicionais, sempre enriquecedoras! É por isso que eu adoro essa interação aqui nos comentários. Nada como ter leitores inteligentes! 🙂

  39. Gostei muito das descrições dos detalhes da missão Cassini, das fotos e ainda mais das explicações sobre a composição dessas fotos e a razão de as mais nítidas serem PB.

  40. Não, Salvador, os sensores das máquinas fotográficas não são em preto e branco. São uma matriz de pontos coloridos arranjados em mosaico. Dentro da máquina, um software faz o “demosaicing”. A Sigma tem um sensor chamado “Foveon” que tem os pixels “empilhados”, com uma resolução de cor superior e custo idem. Mas nada impede que as câmaras usadas nas sondas sejam como você falou, mesmo porque os objetos são “estáticos” e vários filtros para comprimentos de onda invisíveis a olho nu são normalmente aplicados.

    1. Lorenzo, essas matrizes são três conjuntos de pixels sensores monocromáticos, logo, são sim 3 fotos em PB, combinadas numa colorida. A única diferença — e mudei o texto para refletir isso — é que na câmera digital convencional as 3 fotos são tiradas simultaneamente e então combinadas matematicamente numa única imagem colorida.

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