Astronomia: O enigma da Estrela de Tabby

Salvador Nogueira

Estrela da ‘megaestrutura alienígena’ volta a piscar e mobiliza astrônomos no mundo todo.

CORRE-CORRE
O último fim de semana foi marcado por cenas chocantes de astronomia explícita. Cientistas profissionais e amadores correram a apontar seus telescópios para a famosa Estrela de Tabby, sigla KIC 8462852. Localizada a 1.500 anos-luz da Terra, ela subitamente voltou a “piscar”.

ATIROU NO QUE VIU
O comportamento bizarro do astro já havia sido identificado em 2015, por um grupo de ciência cidadã chamado Planet Hunters. Recrutados pela internet, eles analisavam dados do satélite Kepler em busca de planetas. Mas o que encontraram em KIC 8462852 foi diferente: um padrão de variação de brilho totalmente bizarro.

ACERTOU NO QUE NÃO VIU
A descoberta teve a liderança de Tabetha Boyajian, da Universidade Yale, e justificou o apelido dado ao astro: “Estrela de Tabby”. Mas, entre o público, o mais comum foi chamá-la de “estrela da megaestrutura alienígena”. Isso porque a hipótese mais radical para explicar a variação irregular de brilho era a de que uma civilização extraterrestre estivesse construindo ali uma esfera de Dyson.

ET NA JOGADA?
Originalmente proposta pelo físico Freeman Dyson em 1960, uma megaestrutura como essa iria gradualmente envolvendo a estrela, para permitir a captação por uma sociedade avançada de até 100% da energia emitida. É uma hipótese intrigante, mas, convenhamos, não muito provável.

O MAIS PROVÁVEL
De saída, os astrônomos cogitaram também uma explicação mais trivial, como uma chuva de cometas mergulhando na direção da estrela. E, em 2017, um grupo nos EUA sugeriu que o fenômeno poderia ser explicado pelo engolimento de um planeta pela estrela.

O QUE VEM AÍ
O teste das hipóteses, contudo, requer mais observações. E por isso os astrônomos ficaram em polvorosa na sexta, quando o Instituto de Astrofísica das Canárias disparou o alerta: a estrela está de novo a se apagar e reduziu seu brilho em 2%. Quem teve chance apontou seu telescópio para lá, na esperança de fazer a observação crucial que finalmente desvendará o mistério.

A coluna “Astronomia” é publicada às segundas-feiras, na Folha Ilustrada.

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Comentários

  1. Acompanho sua coluna sempre e acho muito interessante.
    Realmente uma das poucas maneiras de alcançar alguma explicação é monitorar a estrela…observação em astronomia é como o exame clinico para nós médicos…sempre fundamental!

    Alguma vez vc publicou algo a respeito de telescópios para amadores como eu? Gostaria muito de saber o que comprar!

    Continue assim e nao de bola para os ignorantes e fanáticos anti ciência!

      1. Muito obrigado!

        Serviu mesmo. Comprarei um Telescópio refrator primeiro, ate familiarizar-me com o céu…e depois um refletor.

        Um abço!

          1. Opa. Epa. Fui eu que fiz o comentário acima. O velho bug que troca o nome do comentador…

  2. Dentre as inúmeras possibilidades do que esse objeto pode vir a ser, estão esquecendo de considerar simplesmente que o mesmo se trate de algo novo, nunca antes identificado no campo da astrofísica. Tal como aconteceu quando descobriram a existência do quasar.

  3. Meninos, bom dia!
    Eu ando muito preocupada com o aumento geométrico de meus cabelos brancos; tá igualzinho a proliferação das minhocas na Amazônia.
    A pergunta que não quer calar: como voltar a melanina de meus cabelos?

    1. Só pintando. Você pinta como eu…
      Salvador, desculpe não resisti 🙂 modere-me por favor.

      1. ô Eu……aprendi mais uma. Achava que melanina era só na pele. O blog do Salvador é cultura sempre! 🙂

    2. Só teremos revolução no Brasil no dia em que proibirem as mulheres de pintarem os cabelos brancos. Elas mesmas vão liderar a revolta.

  4. Gente, boa tarde, sei que estou fugindo do assunto, das observações das estrelas e constelações, mas e a tal da teria (???) da terra plana, e a nossa pequenez dentro do nosso torrão de terra e água, somente podendo observar os tais de astros, sem saber o que muito pode ser verdade ou não……seria interessante figurar uma matéria a respeito da terra plana, visto fortes evidencias a respeito, uma delas a curvatura, aonde os cálculos divulgados não batem, rsrsrsrs……fica a sugestão, para questionar as terias vigentes, e dar alarde a nossas constatações atreladas aos nossos sentidos…..como falei, fica a sugestao. Obrigado.

    1. Terra plana é uma bizarrice surreal, superada há 2.300 com Eratóstenes. Mas, se você não acredita, explique um eclipse lunar num modelo de Terra plana. Boa sorte.

      1. A Terra é um setor? Ou uma semi-esfera?
        Hum provavelmente “setor” não é a palavra certa.

        ps- Salvador certamente tem alguma energia cósmica rolando, estou postando esse comentário ouvindo Hemispheres (Rush).

      2. Pior que eles dão uma explicação. Obviamente tão bizarra quanto a própria “teoria” da Terra plana.

        “O eclipse solar é causado pela Lua cruzando a rota circular do Sol, e o lunar é causado por 2 astros que circulam juntamente acima do plano, chamados de Rahu e Ketu na mitologia. Um causa o eclipse lunar normal, outro causa a Lua de sangue. Não existem nomes científicos para esses astros porque são ocultados do público devido a sua natureza sobrenatural e só podem ser observados através de telescópios específicos e restritos ao público, como o telescópio L.U.C.I.F.E.R.. É assim que conseguem prever os eclipses lunares.”

        1. Então, falou astros invisíveis e sobrenaturais, acabou a discussão para mim.

    2. Tudo besteira. E essa bosta não deve nem ser chamado de TEORIA, pois não se trata de conhecimento sistemático, fundamentado em observações empíricas e/ou postulados racionais, voltado para a formulação de leis e categorias gerais que permitam a ordenação, a classificação minuciosa e, eventualmente, a transformação dos fatos e das realidades da natureza.

      Quem “acredita” na Terra plana tem a cabeça oca.

      1. Acho que seria uma boa desenvolverem uma teoria da cabeça plana pra esses casos hehehe

        1. Quem acredita na Terra plana o faz por motivos religiosos.

          Quem acredita na Terra plana o faz por motivos de estupidez, ignorância e analfabetismo.

    3. ah…tá ….Terra plana….incrível como tem gente que acredita em terra plana….vai ver se estou na esquina

    4. A teoria da terra plana trata-se da parte do estudo da topografia que cuida no nivelamento do solo antes da construção. Por nada, abraços posteriores.

    5. tal teoria tem uma enorme correlação com outra bem parecida, a da “cabeça-oca”…

  5. De Salvador para Salvador. Gostaria de conversar a respeito de uma descoberta arqueoastronômica muito interessante. Como podemos entrara em contato para enviar-lhe o trabalho completo?

    1. Eu tive uma namoradinha com esse sobrenome Dal Molin, há zilhões de anos… saudades dela 😛

  6. Salvador o James Webb vai poder ajudar a saber sobre esse tipo de fenômeno ou não é a “praia” dele esse caso da estrela de Tabby?

    1. Acho que pode eventualmente produzir alguma observação, mas o mais importante aí é o monitoramento constante, que ele não poderá fazer.

  7. Olá, Salvador.
    No caso de ser um planeta gigante sendo engolido pela estrela não haveria alguma alteração na composição dela, detectável pela análise do espectro da luz? Ou em comparação à massa da estrela qualquer alteração ainda seria irrisória?

    1. Deveríamos esperar uma contaminação, mas como não temos um espectro do “antes”, não temos como identificar as diferenças do “depois”.

      1. Uma pena, achei que por já ser observada com atenção houvesse esse tipo de registro.

  8. O pior de tudo é que este blog vinculado a folha de São Paulo não é nada democrático.
    E somente comentários cujo o interlocutor tem respostas nos rascunhas são liberados.
    Lamentável ver isso até quando o assunto se trata de razões interdimensionais.
    Pode deletar não me preocupo!

    1. Não é verdade. Não deletei nada. Só não fico 24h aqui aprovando comentários.

  9. Me recordei agora de uma citação no filme Contato, a “Navalha de Occan”: Se duas ou mais hipóteses explicam o mesmo fenômeno, a mais simples é a mais provável. Mais provável (aparentemente): corpos celestes ou mega fragmentos em rota contra a estrela.

      1. Quero ver o que vão fazer com a data limite em 2020… rs

        Vão mudar a data pra 2029, como sempre fazem, uai.

      2. O mundo vai mudar a partir de 2019, mas não vai ser uma mudança catastrófica, e sim mudanças sutis pensada por nossos guias. Bem que podiam adiantar uns 2 anos…

        1. Mas não era para a virada do ano 1000? Depois 2000? Depois não virou 2012 por causa do calendário dos maias? Agora 2019? Essa gente “de luz” parece que está com a pilha fraca.

    1. Eles quem? Os ETs que gostam de pão de queijo e pousaram em “Vardjaina”, digo Varginha?

  10. Quanto astro físico e especialista por aqui nos famosos comentários, eu gosto assim
    kkkkkkkkkkkkkkk
    esses k são lágrimas

    1. Piores são aqueles acéfalos que enchem os comentários com letras “k”. Dizem que a quantidade de letras k em um comentário é inversamente proporcional ao QI de quem comentou. E você acaba de comprovar. 😉

  11. Ihhh Salva….tá na primeira da UOL….deve inflar de comentários de pseudo ufólogos, crentes e malucos de toda ordem….kkkkkk

      1. eu quando preciso tirar o atraso costumo ir na Boate Azul…. mas cada um com suas preferências.

  12. Caros TERRESTRES, longa vida a todos!
    Na estrela de vcs, chamada de SOL, de vez em quando acontece explosões de energia que chega a assustar estudiosos. O conhecimento de vcs sobre o UNIVERSO ainda esta dando os primeiros passos, concordam comigo? Existe uma manifestação no planeta de vcs chamado de vulcão que fica adormecido por algum tempo e de uma hora para outra explode. Não é? Então imaginem vcs uma estrela que só consegue ser vista por seus “grandes olhos” quando existe uma manifestação de explosão da sua energia interior e que após volta a ficar adormecida como seus vulcões… Interessante não acham ?
    Um forte Dedo Luminoso do ET de VG.

  13. A esfera de Dyson é algo proposto por um cientista que tem (ou deve ter) muita imaginação e provavelmente conhecimento de física e astronomia, mas pouco ou nenhum conhecimento de economia, que é a ciência que estuda a ESCASSEZ. Uma megaestrutura como essa precisaria de uma quantidade gigantesca, inimaginável de matéria prima para envolver um sistema solar para além da órbita do planeta onde habitariam tais alienígenas, e obviamente nenhum planeta teria essa quantidade gigantesca de matéria prima. Além, é claro, da mão de obra, que também está sujeita às leis da economia que tratam da escassez. Por mais avançados que fossem, e pudessem colocar robôs para construir a megaestrutura, quantos bilhões de robôs seriam necessários? A matéria prima para construir robôs também é escassa e um planeta ou mesmo os planetas de um sistema solar provavelmente não dariam conta de tanta matéria prima.

    1. Dyson pensou nisso, fazendo cálculos de quantidade de matéria. Ela não viria do planeta obviamente. Mas na prática a massa necessária seria à equivalente de um planeta, para envolver a estrela inteira. Não é para o nosso bico. Contudo, nada impede que seja uma esfera “vazada” com várias plataformas gigantes individuais, cada uma em sua órbita. Talvez dispostas em um “anel”.

      1. Bem, um anel não é uma esfera. E com certeza demandaria bem menos matéria prima que uma esfera, mas ainda assim gigantesca, pois não é “simplesmente” envolver a estrela, e sim envolver o sistema solar, além da órbita do planeta habitável.

        1. Sim, mas a ideia é que uma civilização fosse construindo uma esfera aos poucos, desenvolvendo um anel, depois outro, depois outro…

  14. Bom dia Salvador!! Como acompanho teu blog há algum tempo, percebi uma dúvida que postou outro seguidor sobre uma ou duas estrelas bem baixo no horizonte e com essas luzes estranhas sempre alternando de verde, azul e vermelha. O mais estranho é como acompanho já vi elas no sul durante alguns meses e depois norte!! Achei muito estranho, e oque poderia ser?

  15. Bom dia! Não seria uma forma de comunicação por intermitência luminosa, colocando-se este tipo de objeto na frente do caminho da Luz?

  16. Participo de um grupo de matemáticos nos EUA. Não temos telescópios, trabalhamos com equações matemáticas. Trabalhamos com física, química e biologia também.
    A evolução do ser humano é incrível. Mas com saltos. Ficamos anos caçando … “Perdemos” muito tempo em cavernas. Mas de 100 anos para cá houve um salto nas ciências. Considerando o tempo de vida do sol, estaremos absurdamente desenvolvidos em mais 100 anos. E talvez em 1000 anos, já não estaremos apenas na terra.
    O duro é que para tudo isto acontecer foram bilhões de anos numa sopa molecular. Onde estão outras vidas inteligente ? Elas já deveriam ter dado sinal…. seriam apenas nós 1.000 anos na frente…. que fossem 10.000 anos na nossa frente. Isto é nada perto de 14 bilhões de anos. Mas…. temos algo que complica isto: o universo está em expansão. Corremos contra o tempo. Sds querido Salvador

    1. Ah, mas a expansão não afeta o Universo local. A Via Láctea ainda estará aqui, sem grandes mudanças, por bilhões de anos.

    2. Ricardo,

      Supor que a aquisição de conhecimento é linear e previsível pode ser um grande erro. Afirmar que se em 100 anos alcançamos um desenvolvimento espetacular (o que é verdade) e que portanto em 1000 anos estaremos extraordinariamente mais desenvolvidos, pode não ser tão verdade. O conhecimento atual, em minha opinião, vem de uma bolha desenvolvimentista que por sua vez vem do desenvolvimento de instrumentos cada vez mais sofisticados. Mas os motivos deste forte desenvolvimento estão se exaurindo. Vivemos a revolução da era eletrônica que começou quando Thomas Edson descobriu o “efeito Edson”. Teoricamente quando desenvolveu-se o transistor na década de 50 já seria possível prever aparelhos como os Smartphones. De lá para cá pouco conhecimento realmente novo foi agregado ao que já se conhecia. Levamos sim quase 70 anos para extrair daquela primeira invenção (o transistor) tudo que ele podia oferecer. Mas, ou se inventa algo totalmente novo ou ficaremos patinando por um bom tempo. Insisto que podem existir barreiras reais intransponíveis para chegar neste grande desenvolvimento representado pelas viagens interestelares ou instalação da alma humana em máquinas.

  17. Talvez o sinal contenha alguma informação, algum tipo de numeração oculta? Alguma sequência numérica? Uma civilização avançada pode ter a capacidade de barrar a luz de uma estrela apenas para se fazer presente, como um sinal de fumaça. O estudo das linhas espectrais poderia indicar a queda de um planeta suficientemente grande a ponto de alterar seu brilho, denunciando a criação de elementos mais pesados na taxa indicada. Uma estrela é algo suficientemente grande e emite luz em todas as direções e pode estar servindo de farol? Seria uma hipótese interessante.

    1. Não tem jeito de comunicação. É muito irregular e ineficiente. Alguém querendo se comunicar mandaria rádio ou laser. Mais prático e menos ambíguo.

      1. Salvador, acho que a idéia do Henrique faz mais sentido do que parece à primeira vista.

        A primeira coisa que pensamos é: uma civilização que tem tecnologia para bloquear a luz de sua estrela tem tecnologia para mandar laser, rádio etc. Correto.

        Mas imagine eles se perguntando: será que as OUTRAS civilizações têm tecnologia para captar o laser, rádio, etc? Na dúvida, por que não tentar uma forma de comunicação inequívoca e fácil de ser captada – a simples visão?

        Eu não descartaria essa hipótese.

  18. Que porcaria de matéria…
    A estrela está a 1.500 anos luz da terra e vcs achando que essa variação de luz é ocasionada por uma civilização mega desenvolvida…
    Hahahahaha… só para rir mesmo!!!
    É claro que essa variação é causada por alguma coisa que está nessa “pequeníssima” distância entre a Terra e essa estrela…
    Imagine vc numa estrada totalmente reta e plana (mas é claro que isso é impossível, pq a superficie da terra nao é plana, mas enfim, a estrada é reta e plana por uns 10 km) a noite, dirigindo seu carro, com os faróis ligados vc vê que há outro carro vindo em sua direção, também com os faróis ligados.
    Vcs estão a 10 km de distancia um do outro…
    Quando, de repente, um veado saltitante resolve a travessar a pista quase raspando no carro que vc estava observando até então…
    O que vc vai perceber?
    Vc vai perceber que o farol do carro oposto deu uma piscada como se tivesse sido ligado e desligado bem rápido, só que não… foi um veado saltitante que passou pela frente dele…
    Get it?

    1. O seu raciocínio está perfeito. Só tem uma falha. A piscada aconteceu diversas vezes, em intervalos irregulares. Então você teria de concluir que ou você está transitando numa área de muitos veados, o que sabemos não é verdade (ou veríamos as mesmas piscadas em outras estrelas), ou estamos falando de algo — veados talvez — que esteja em órbita dessa estrela (de modo a não afetar as demais). Aí passamos à próxima pergunta: o que estaria em órbita dessa estrela? As quedas de brilho — de até 20% — são incompatíveis com um planeta. Além disso, as variações são aperiódicas, não obedecem a um padrão orbital claro. Poderia ser alguma coisa espiralando para a estrela e bloqueando a luz com um extenso invólucro de gás e poeira, como os cometas? Poderia. Poderia ser um planeta sendo destruído e obscurecendo a estrela em intervalos regulares, de novo, com um grande invólucro de poeira. Poderia. Poderia ser algo colocado em órbita da estrela que bloqueia a luz de uma forma não obviamente periódica? Poderia. Estamos nessa etapa agora. Descobrir qual das alternativas — se é que alguma delas — é a correta.

      1. Imagine um veado passando bem mais perto de nós e bem na frente da estrela de forma que o tamanho angular do veado fique equivalente a 20% do tamanho angular da estrela. Realmente existem muitas explicações possíveis. A menos provável é uma Esfera de Dyson.

        Mas Salvador, o bom é saber que seu blog atrai especialistas que sabem a resposta para tudo.

        1. O problema é que um veado que tenha 20% do tamanho angular da estrela deve estar muito mais próximo de nós do que dela, o que inviabilizaria múltiplas passagens à frente dela. Só se for um veadão maior que Júpiter em órbita ao redor dela. rs

          1. Entre um veado do tamanho de Júpiter e a esfera de Dyson vou ficar com a segunda alternativa….

          2. “um veado saltitante resolve a travessar a pista quase raspando no carro ”

            Ai, meu nome é Guilherme, mas todo mundo me chama de Tabby!!

  19. Em se tratando de vida alienígena … Levando-se em consideração que o universo existe há cerca de 14 bilhões de anos (sem considerar sua expansão). Levando-se em consideração que a raça humana “começou” a se desenvolver há (digamos) 100 anos – pois há 200 anos atras nada de tão maravilhoso foi “inventado”, como exploração espacial e desenvolvimento de tecnologias. Podemos dizer que 100 anos, ou mesmo que fossem 100.000 ou até 1.000.000 de anos é “nada” perto de 14 bilhões. Logicamente a evolução biológica de uma molécula até uma célula que produz ATP e até uma vida inteligente e desenvolvida demandam tempo, isto num ambiente favorável para que esta evolução biológica aconteça. Bem, considerando tudo isto, “provavelmente” vida inteligente e mais avançada que a nossa já existiria em centenas de locais no universo. E certamente muitas civilizações destas já estariam curiosas em nos observar e já teriam feito. Mas por que não nos dão sinal de vida ? Velocidade da luz é algo inatingível, mais do que provado por Einstein, mas digamos 1/10 da velocidade seria razoável. Então sondas poderiam estar circulando pelo universo. Vimos alguma por aqui ? Detectamos alguma via infra vermelho ? Tudo leva a crer que por mais provável que possa existir, parece que a vida extra terrestre é algo não tão simples. A evolução do homem é simples, é algo fácil de ocorrer. Mas as condições para que uma molécula se torne em um ser pensante, aí que está o problema.
    Resumindo, não podemos afirmar que não existe vida alienígena … mas, se existisse, haveriam indícios. É uma questão simplesmente matemática.

    1. Estamos falando em mandar sondas minúsculas ao espaço interestelar. E se as sondas alienígenas são todas baseadas em nanotecnologia? Você não as veria mesmo que a Terra estivesse cheia delas… Só para citar um exemplo de que falamos que não vimos nada sem realmente sabermos o que estamos procurando e qual seria o tamanho da agulha, num palheiro que já sabemos ser inimaginavelmente enorme.

  20. É muito complexo dizer que sim ou não. O tempo nos dirá. Ou pelo menos se ainda temos tempo para esperar.

  21. Caro Salvador, não poderia ser uma nuvem de gases escuros e densos passando ciclicamente pela estrela? Talvez orbitando…

    1. Sim, mas de onde veio essa nuvem? A desintegração de um objeto do próprio sistema — talvez cometas, talvez um planeta — é a hipótese mais provável.

  22. Bom dia Salvador.
    Meu nome é Paulo Crozariol, sou psicólogo e trabalho e vivo aqui na cidade de Taubaté SP. É a primeira vez que participo por aqui.
    Ontem pensando nessa estrela me ocorreu que talvez a forma mais eficaz de sinalizar minha existência nos espaços absurdamente imensos deste universo seria desenvolver uma tecnologia que me permitisse alterar o brilho de meu sol natal. Pensei então que eu poderia usar esta alternância de brilho como forma de comunicação que seria facilmente percebida por entes conscientes em outros mundos e que fossem curiosos em observar estrelas.
    Seria uma comunicação fácil de ser percebida mesmo por seres em início de cultura tecnológica como a nossa. E seria uma mensagem simples quase um código Morse interestelar. Talvez haja um padrão não linear e cíclico na alternância do brilho dessa estrela.
    Obrigado pela atenção.

    1. Paulo, parece simples, mas não é. Barrar 20% da radiação solar não é trivial. Você precisaria de algo muito maior que Júpiter. Muito mais fácil para sinalizar sua existência enviar um sinal de rádio omnidirecional.

      Obrigado por participar da conversa! Abraço!

      1. E se a Esfera de Dyson já está lá, formada por zilhões de células fotossensíveis de poucas dezenas de metros orbitando a estrela? A um comando central, todas mudam de posição para deixar passar mais/menos luz e transmitir o código.

        Não é tão difícil assim não (pra uma civilização nível 2 ou 3 naquela escala lá que você falou).

  23. Pode ser vários carros dando sinal de luz alta, vai que deu um acidente e a ambulância está chegando, tudo é possível.

  24. Juro que tento entender o que vocês falam mas, como sou da área de Humanas, é impossível. E digo isso sem sacanagem nem ironia. Realmente admiro seu conhecimento.

  25. Gostaria de compartilhar uma tese com você Salvador, e com o Leitores.
    Vejo que aqui se discute muito sobre vida alienígena, outros povos. A quem acredite em Deus e quem (como o autor) ache que o “livrinho escrito por camponeses” à 2.000 anos é apenas uma obra fictícia.
    Não, a idéia não é discutir religião, mesmo porque fé não se discute. Aceita-se ou não aceita-se.
    Imaginemos que exista vida extra terrestre, e quando falamos vida temo que levar em consideração que possa ser até uma vida unicelular, bem primitiva. Partindo do ponto de vista científico, que a vida na terra pode ter viajado pelo cosmos até chegar aqui evoluir para como conhecemos hoje, porque não pode acontecer o caminho inverso: daqui a vida ter ido para outro planeta, sistema, galáxia, universo ou algo que o valha.
    Chegaríamos a conclusão de que não somos os únicos e todos (se é que existem) teriam vindo de nós.
    E antes que alguém diga “é, mas eles são mais evoluidos que nós”, isso não cola. Se tempo de exitência mostrasse evolução quem estaria tentando ir para Marte seria uma Procarionte.

    1. Essa é uma ideia discutida — tanto a ida quanto a volta. É a chamada panspermia. Mas não há mecanismo conhecido que pudesse levar a vida da Terra sequer ao sistema estelar mais próximo, que dirá a 1.500 anos-luz de distância. Sobretudo não no tempo necessário, uma vez que a vida na Terra tem “só” 4 bilhões de anos, e o Universo tem 13,8 bilhões.

      Hoje em dia, a panspermia é estudada de forma mais concreta em termos interplanetários — vida indo da Terra a Marte, ou de Marte à Terra. São escalas de distância em que esporos bacterianos poderiam sobreviver durante o tempo de viagem, no interior de meteoritos.

  26. “megaestrutura alienígena”
    Eu fico feliz por chamar gente pro blog do Salvador, mas a forma com que o UOL faz a chamada da matéria é, na melhor das intenções, incompleta.
    Depois vem pessoas com escrita sugestiva de esquizofrenia aqui e a gente nao sabe o pq.

    Mantenha o bom trabalho, Salva! O blog é supimpa.

    1. Guilherme, só para não deixar na conta do UOL, essa foi a expressão que eu usei no subtítulo aqui, e na venda para eles. É assim que a estrela ficou conhecida. Se chamasse só de “Tabby”, ninguém ia lembra o caso. Abraço!

    1. Eu provavelmente também. Mas vai saber o que um microscópio poderá encontrar em Europa, a lua de Júpiter, em mais uma década… rs

  27. Você somente colocou megaestrutura alienígena somente para para trazer audiência pro seu texto!
    Na verdade as coisas que você sempre diz sobre alienígenas, ou vida inteligente, são para provocar discussões sobre o tema.Aliás você ganha dinheiro com isso né? Você fez um livro também somente para dar audiência, e na verdade não acredita nesse assunto. Quer dar uma de cientista, mas na verdade é jornalista.
    Humilhou o José Ademar Gevaerd, mas na verdade ele entende mais de ciência do que você!

    1. Hehehe, achei engraçado o final do seu comentário.
      Eu usei “megaestrutura alienígena” porque foi assim que a estrela ficou famosa. Mas sempre coloquei essa como a hipótese menos provável e, se você for ver o meu primeiro texto a respeito (está linkado na coluna), eu nem menciono essa possibilidade no título. Claro que outros veículos de comunicação não tiveram o mesmo pudor, e aí a fama da estrela estava feita. Se divulgasse só como “Estrela de Tabby”, ninguém saberia do que estou falando.
      Mas sim, minha atitude cautelosa me faz divergir do Gevaerd, que vê um desenho em plantação e fala em aliens. 😛

    2. Humilhou o José Ademar Gevaerd, mas na verdade ele entende mais de ciência do que você!

      Qual ciência? Ufologia que não é, porque segundo ELE MESMO, ufologia não é ciência. Tóin.

  28. Bom Dia a todos.
    Perdoem a ignorância deste leigo mas, se a distância dessa estrela na qual foram observadas essas variações é de 1.500 anos-luz isto significa que essas distorções observadas (distorções observadas pelos telescópios espaciais) já ocorreram há , no mínimo, 1.500 anos atrás. Estou certo?

  29. Será que não entenderam que esta “piscada” aconteceu há 1500 anos, uma vez que a estrela está a 1500 anos luz da Terra?

    1. Acho que todas as pessoas razoavelmente informadas sobre este assunto entendem isso. Mas que diferença faz? Para nós, é como se fosse agora. Estamos estudando o fenômeno agora, e ele vai se desenrolar para nós, como se fosse em tempo real, agora. Essa é uma tecnicalidade que não muda os fatos. Se isso desqualificasse qualquer coisa, a astronomia seria uma ciência proibida. Até mesmo a Lua, quando a vemos no céu, na verdade é a imagem dela de 1,3 segundos atrás e não de agora…

  30. Nós temos um telescópio capaz de enxergar a distância de 14.191.200.000.000.000km????

    1. Opa, temos sim. Tudo depende de quanta luz o objeto emite. Podemos enxergar galáxias inteiras, que brilham como bilhões de sóis, a distâncias muito maiores que essa!

  31. A raça humana perecerá sem que antes consiga se libertar do estado de loucura que se lhe abate toda vez que tenta se aprofundar sobre temas relativos ao universo.
    Somos apenas um sonho advindo do inexplicável. .
    Ah! os sonhos também sonham, sim!
    Para que esses sonhos se extingam em relativa paz, prudente seria não procurar desvendar o universo.
    Aos sonhos, ele (universo) é extremamente.perigoso..

    1. Discordo totalmente. Acho que sonhar é essencial e aprender é essencial. Questão de sobrevivência, até. Sem olhar para o céu, a agricultura teria sido uma impossibilidade, para começo de conversa. 😉

  32. Bom dia Salvador,

    Sou totalmente ignorante mas um verdadeiro curioso e apaixonado por astronomia.
    Desculpa pela pergunta idiota: Se olhamos para o universo a longínquas distâncias como seria essa estrela de Tabby (1.500 anos luz de distância) vemos um “retrato do passado” já que muitas estrelas já nem existem mais, como observar algo que já aconteceu há muito tempo e em uma velocidade de mudança tão rápida em relação ao tempo do universo?
    Não sei se ficou entendível…

    1. Na relação da velocidade de mudança quero dizer que se um “tempo” atrás a estrela estava apagada e voltou a emitir luz e demora 1.500 anos para a sua luz chegar na terra ou com os telescópios avançados a visualização é no mesmo momento que acontece o fato?

      1. O atraso é proporcional à distância, sempre, pouco importando o telescópios. Nesse caso, vemos a coisa que aconteceu há 1.500 anos.

  33. Desde que o Alf saiu da TV é bom ficar de olho, ninguém sabe o que ele está fazendo

  34. Se está a 1500 anos luz da terra, então brilhou ha 1500 anos atrás, mas só é visível agora.

  35. Salvador

    Qual o tamanho do detrito ou cometa para provocar 2% de redução de brilho? E 20%?
    Descartar uma civilização mais avançada é típico de uma civilização mais atrasada que não consegue antecipar o que a acumulação de conhecimento poderá produzir em milhões de anos. A nossa história é de 5 mil anos apenas.

    1. 2% é um bloqueio do naipe um planeta do tamanho de Júpiter. 20% é… completamente desconhecido. Daí o mistério. 😉

      1. Só que o trânsito de um planeta como Júpiter seria regular e qualquer um com mais massa seria ainda menor em diâmetro. Se tivesse massa para “acender” seria claramente detectável como um sistema binário e mais uma vez haveria a regularidade. Nuvens moleculares transitando entre nós e a estrela nesses 1500 anos luz de distância proporcionariam a irregularidade mas causariam o fenômeno em outras estrelas e irradiariam sendo portanto detectáveis. Certamente não podemos concluir a estrutura alienígena com os dados que temos mas seria interessante discutir suas formas possíveis, mesmo como hipótese, para aumentarmos nosso arsenal de possibilidades para análises futuras.

  36. Prezado Salvador e demais, saudações.
    Gostaria de antemão deixar claro que nada entendo do assunto, mas sou apaixonado pelas estrelas e leio sempre sobre o tema (embora continue sem entender). Por isto aproveito para agradecer pelas verdadeiras aulas desta página e também para emitir uma singela opinião sobre algo nada a ver com as estrelas, mas tudo a ver com o brilho das ideias: confesso ter ficado impressionado positivamente com o alto nível de debate entre Salvador e o Sr. Gilberto Pessagno. Me pareceu dois irmãos discutindo na mesa de jantar. Até me simpatizei com a aparente loucura do indigitado rapaz, Salvador.
    Dê uma chance a ele.

  37. Bom dia: Temos que pensar, que tudo e dodos os seres precisão de energia para sobreviver.Acredito que outros seres diferentes dos humanos com outro tipo de necessidade de energia, em caso de evolução bem maior as que necessita de energia solar,estes podem estar testando o que de interessante tem em nosso energia e com isso fazendo estes experimentos.
    Devemos pensar que pode existir energias oposta a que conhecemos as quais também pode estar fazendo com que daqui da terra enxerquemos oscilações nesta estrela mais na verdade são sombras de outras energias sendo testada. Bom seria analisar outras estrelas próximas.

  38. Sugiro aos amigos a leitura da obra do Chico Xavier, “A Caminho da Luz” escrito em 1938.
    Nela contém informações para deixar qualquer um que goste desse assunto ao menos intrigado.
    Ele relata a formação de nosso planeta, etc… na visão científica/espírita.
    É genial.
    Grande Abraço

    1. Pena que esteja tudo errado, mas tudo bem, você é livre pra acreditar no que quiser.

  39. Uai, peraí.
    Se a tal estrela está ha 1.500 anos-luz, significa dizer que a tal piscadela desse fim de semana aconteceu a mil e quinhentos anos, mais ou menos. Por que uma coisa que aconteceu há tanto tempo pode ser tão importante agora, se milhões de outros eventos (ainda ignorados) ja aconteceram nesse interregno?

    1. Porque esses eventos de 1.500 anos atrás são os que podemos estudar AGORA. Os demais, que aconteceram depois, estudaremos pelos próximos 1.500 anos. 😉

  40. Hei, voces não sabem, o cara ai em cima falou de salários, no meu caso, o nosso além de escalonado, vai ser de 1% ao mês, começando a pagar em outubro/2017. Que voces acham disso, tem planeta que ganha de nós?! Acho difícil.
    Obrigado

  41. A solução para o “mistério”, provavelmente terá como complemento à resposta: “ahhh…por que não pensamos nisso antes?”.rsrs. Poderiamos considerar a hipótese de ser um fenômeno totalmente novo, mas de causas naturais? Uma coisa é observarmos e medirmos um corpo celeste à distância que medimos do local atual;outra coisa, seria medir/observar através de sonda (algo improvável a se fazer a um corpo à distância de 1500 anos-luz, nos dias e com tecnologia atual)…como exemplo, tínhamos suposições bem diferentes sobre planetas no nosso próprio Sistema (Marte ou Plutão), que estão apenas a 20 min e 6 horas luz respectivamente, até os observarmos através das imagens fornecidas pelas sondas ou hovers. penso que, não poderia ser o fenômeno uma causa natural,inerente ao próprio sistema onde a estrela se insere, ou instrinseco a sua própria natureza?Poderia ela estar se alimentado de massa ou poeira resultante do final da fase protoplanetária, sendo que a diminuição do brilho não seria na verdade, a volta da estrela ao seu estado “pós-fagocitório”?ainda, não poderia ser um padrão de comportamento novo da própria estrela, diferente de tudo que vimos até agora? (tipo, essa estrela jovem é do tipo que ejeta grandes massas coronais de tempos em, e justamente para a direção oposta do campo de observação/detecção dos instrumentos atuais?)

    1. Sem dúvida que causas naturais são muitíssimo mais prováveis. E adoro o “por que não pensamos nisso antes?”. A natureza é sempre mais criativa que a gente, por isso cabe observá-la com atenção e reverência, e assim aprender com ela. 😉

  42. Provável objetos passado entre a estrela e a terra que sejam indetectáveis, 1500 anos luz é muita distancia e coisas podem estar interferindo neste caminho até a terra, objetos errantes ou fora da orbita desta estrela. Dobra do espaço devido objeto supermassivo? quem sabe.

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