Astronomia: A observação impossível de Einstein

Salvador Nogueira

Telescópio Hubble faz ‘observação impossível’ de Einstein e confirma teoria de evolução estelar.

A PEDIDO DE UM AMIGO
Em 1936, então já consagrado pela teoria da relatividade geral, Albert Einstein escreveu um curto artigo na revista “Science”, intitulado “Ação similar à de lente por uma estrela pelo desvio da luz no campo gravitacional”. Nele, o famoso físico descrevia como o alinhamento circunstancial de duas estrelas, com relação a nós, alteraria o caminho dos raios de luz do astro mais distante, produzindo um padrão de lente gravitacional ditado pelas equações da relatividade.

OBSERVAÇÃO IMPOSSÍVEL
Einstein, contudo, não tinha a menor esperança de ver tal observação realizada, principalmente por exigir um alinhamento muito preciso e, portanto, muito raro, e também por requerer incrível resolução dos telescópios. Ele conclui: “não há esperança de observar esse fenômeno diretamente”.

CORTA PARA 2013
Um grupo internacional de astrônomos, vasculhando cerca de 5.000 estrelas, encontrou uma que ia passar quase exatamente à frente de outra em março de 2014. Era uma anã branca — um cadáver estelar deixado pela morte de estrelas como o Sol após esgotar seu combustível — a meros 18 anos-luz daqui. Eles calcularam que o Telescópio Espacial Hubble, em princípio, podia observar o efeito de lente gravitacional descrito por Einstein.

TESTE DOS MODELOS
Uma das vantagens de obter sucesso na observação seria colocar à prova nossa compreensão teórica das anãs brancas. Se os modelos clássicos de evolução estelar estivessem certos, ela deveria ter 67% da massa do Sol. E a medida da lente gravitacional permitiria confrontar essa estimativa, já que a gravidade é proporcional à massa.

EINSTEIN TRIUNFA NOVAMENTE
Numa bateria de observações entre 2013 e 2015, os astrônomos conseguiram realizar a tal “observação impossível”. Apropriadamente, acabam de publicar seus resultados na “Science”, indicando a massa da estrela com incrível precisão: 67,5%, com margem de erro de 0,5%. Na mosca! Oitenta anos depois, os trabalhos de Einstein continuam a nos ajudar a desvendar os mistérios do Universo.

A coluna “Astronomia” é publicada às segundas-feiras, na Folha Ilustrada.

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Comentários

  1. Caríssimo Salvador Nogueira.
    Embora esse ‘imbroglio’ todo tenha acontecido cerca de cinco anos atrás, apenas agora os ecos dos tambores chegaram a nós.
    Nunca aceito de imediato quaisquer ‘verdades’ anunciadas pelos “jornais”, até nesse caso. Então, fui pesquisar. E encontrei muito material acerca dessa carta e seu conteúdo.
    Embora parte dele tenha sido traduzido conforme lemos nas notícias dos vários portais de internet, outras partes foram omitidas e/ou suas interpretações foram deturpadas.
    O site Harmonia Philosophica ( https://harmoniaphilosophica.wordpress.com/2012/10/01/einsteins-god-letter-a-translation-a-fool-the-truth/ ), em matéria de 1º de outubro de 2012, traz alguns esclarecimentos acerca dessa carta.
    Richard Dawkins, conhecidíssimo ateu, fez comentários ululantes acerca dessa “descoberta”, mas retirou do ar (do site que leva o nome de sua fundação) a página correspondente ( https://richarddawkins.net/news_articles/2012/8/15/albert-einstein-s-historic-1954-god-letter-handwritten-shortly-before-his-death ), assim que viu que o “caldo” (os cientistas gostam desse termo, não?) entornar.
    Não defendo nem A nem B. Apenas expus aquilo que encontrei acerca do assunto.

    1. Tem outras citações de Einstein com conteúdo similar. O homem não podia ser mais claro.

  2. Salvador,
    Uma dúvida quanto a notícia: ” astrônomos, vasculhando cerca de 5.000 estrelas, encontrou uma que (* ia passar) quase exatamente à frente de outra em março de 2014.” Poderia me explicar isso? No meu vago conhecimento, planetas se movem e passam por estrelas, como seria uma estrela passando por outra? Seria uma orbitando a outra ou algo do tipo?
    Obrigado!

    1. Todas as estrelas da galáxia, inclusive o Sol, orbitam ao redor do centro da Via Láctea. Suas posições relativas mudam umas com relação às outras com o tempo (além de ter aquelas que iram uma ao redor da outra em sistemas binários, claro).

  3. Salvador, considero quê em mais um século nosso avanço tecnológico vai poder filmar a fumaça de uma fogueira, em um exoplaneta vizinho. E a vida extraterreste? É questão de tempo??

    1. Bem, se a gente vai filma fogueira, podemos filmar as luzes noturnas de um mundo com uma civilização tecnológica. 😉

  4. Conclui que a máquina do tempo de fato existe. Einsten só conseguia prever tantas coisas 100 anos antes da ciência comprovar suas teorias por que ele fazia uso de sua máquina do tempo. Todos nós temos uma máquina dessas, mas nem sempre a usamos. Trata-se de nosso cérebro. Para Einsten espaço e tempo são a mesma coisa. Seu corpo pode está parado em um espaço-tempo, mas sua mente não. As ondas cerebrais são ondas de energia, o que significa que surgem quando algo está viajando na velocidade da luz ao quadrado, o que sem dúvida pode ir além do espaço-tempo que se encontra seu corpo. Assim, a mente pode visitar o futuro. É o que chamamos de raciocínio, fé, criatividade ou imaginação. (Elygardel pensador)

    1. Desculpe-me, mas nada pode viajar a velocidades maior do que a da luz… muito menos a uma velocidade igual ao quadrado da velocidade da luz.

    2. mesmo porque o quadrado de uma velocidade não é uma velocidade, e sim Joules por kilograma…

  5. Bom Dia Salvador.
    Tenho li algumas matérias e alguns cientistas (pelo menos dizem que são) sobre Tesla dizendo que o mesmo afirmou que a equação de Einstein (E=m²) está equivocada (Teoria da Relatividade).
    Eu sou totalmente leigo nesses assuntos.
    Pergunto-lhe. Isso realmente é verdade?
    Abraços

    1. Não sei, mas é possível. Pessoal de início não abraçou a relatividade. Mas hoje ela já foi confirmada além de qualquer dúvida razoável.

    2. A equação correta seria E=mc2 (massa vezes o quadrado da velocidade da luz), não E=m2

  6. Salvador…sou apenas um mero curioso no assunto, mas tenho uma dúvida, que espero que faça sentido…As distâncias no espaço tempo são medidas de acordo com a métrica de Minkowsky e não de acordo com a métrica euclidiana, de forma a não se violar a condição de causalidade… Isto é uma construção (modelo ) que justifica as constatações físicas que observamos (sendo assim uma mera conveniência matemática) ou vem a ser uma descoberta que fizemos onde as contatações físicas observáveis não passam de evidências ? em resumo, esta métrica é necessária ou uma mera conveniência ?

  7. Parabéns Salvador, parabéns a todos participantes, realmente a coluna fica muito especial com os comentários e respostas.

  8. Prezado Salvador: Parabéns por seu “blog”. Permita-me esclarecer uma curiosidade. Se a velocidade da luz é limite, o que significa o c x c na equação E=m.c2 ? Como se cogita o quadrado da velocidade da luz ???

    1. Einstein não te proibiu de multiplicar a velocidade da luz por ela mesma; ele só te proibiu de excedê-la. 🙂

    2. e como c^2=E/m, também podemos concluir que o quadrado da velocidade da luz é uma medida de quantos Joules existem num kilo de matéria… 😉

  9. Salvador, gosto muito de seus posts e comentários. Ainda não encontrei uma foto da Terra vista do espaço mais profundo, capturada por uma sonda ou astronauta. Você poderia me recomendar algum site? Abraço!

  10. A matéria publicada é excitante e muito bem apresentada. Você, Salvador, já prescinde elogios mas mesmo assim, parabéns. Também não resisti em dar uma olhadela nos comentários gerais. É bem divertido (às vezes). Queria participar opinando que as discussões sobre leis do universo e seu suposto legislador parecem mesmo buracos negros: tragam as pessoas para dentro dela e transformam tudo em nada, né ? Há uma força quase incontrolável tentando colocar valores humanos (e sociais e culturais) sobre aquilo que é autônomo. É como se indignar com um leão macho que mata os filhotes de seu antecessor para induzir as fêmeas a entrar no cio e começar tudo de novo. Ora o leão cumpre seu instinto e não tem crise de consciência com isso. Nós é que ficamos observando e tagarelando: que feio sr leão ! Que falta de modos ! E o leão lá…transando, nem aí com nada disso.

    1. Einstein não postulou essa teoria… sua especialidade era a física natural, nada de sobrenatural.

  11. Salvador. Gostaria de citar uma possível teoria do buraco negro completamente diferente da atual. Mas queria expor a alguém que estuda esse assunto a fundo. Como faço isso?

    1. Escreve um artigo científico e publica no arxiv, ou, de preferência, numa revista científica com peer review. Esse é o único jeito sério de expor uma teoria científica a alguém que estude isso.

  12. Salvador…sou apenas um mero curioso no assunto, mas tenho uma dúvida, que espero que faça sentido…As distâncias no espaço tempo são medidas de acordo com a métrica de Minkowsky e não de acordo com a métrica euclidiana, de forma a não se violar a condição de causalidade… Isto é uma construção (modelo ) que justifica as constatações físicas que observamos (sendo assim uma mera conveniência matemática) ou vem a ser uma descoberta que fizemos onde as contatações físicas observáveis não passam de evidências ? em resumo, esta métrica é necessária ou uma mera conveniência ?

    1. Acho que já respondi essa. Até onde sabemos, a métrica é necessária, pois se na relatividade restrita dava para fugir dela, na relatividade geral ela passa a ser a base de tudo — a relatividade geral é uma teoria geométrica.

    1. Sim, a técnica é a mesma. Mas o fenômeno em si foi descrito por Einstein em 1936! Ele se refere ao alinhamento de duas estrelas distantes. O Sol não vale. 😉

    2. Correto ! Excelente observação !
      O Brasil havia contribuído para a Teoria da Relatividade !
      Principalmente, o Museu construído em Sobral no Ceará.

    3. Não sei porque se precisou de tanto tempo e de um Telescópio no espaço para comprovar, se entendi bem, uma força da gravidade desviando a luz de uma estrela! Bastariam eles terem levantado a cabeça e olhado pro céu num dia em que o Sol estivesse se pondo (tipo 13h dos ponteiros do relogio) e a Lua Nascendo (tipo as 17h). Ja devo ter visto isso umas 200 vezes, mas ano passado uma na minha Cidade JF-MG, me estarreceu um pouco (principalmente pelos aparecimentos de teorias (de conspirações) de Terra Plana). Andando na rua olhando para a Lua e mentalmente colocando um eixo X no limite entre as areas iluminadas e a de sombra, e cravando o eixo Y no meio, depois pegando uma linha reta entre o Sol e a Origem dos Eixo X-Y, PASMEM, como eu fiquei no dia!!! O ANGULO entre Linha Sol – Lua (Linha direta dos raios) e o Eixo dos Y (linha que dizia como os raios de Sol batiam na Lua), davam de 25 a 30 graus!!! Ja comecei a pensar em outra Teoria: a de que o Sol tem um Irmão sempre oculto para nós. Mas, conversando com um sobrinho no Rio, mais Nerd que eu, ele me lembrou disso aí, da Força da gravidade da Terra desviando os Raios do Sol!!

      1. Você está muito confuso. Primeiro que Sol e Lua não estão sempre num ângulo de 180 graus com relação a um observador na Terra — isso só vale, e aproximadamente, para o dia da Lua cheia. Segundo que o que pode desviar um pouco (mas não 30 graus!) a luz do Sol ou da Lua no horizonte é refração atmosférica, não a gravidade. Terceiro que a gravidade da Terra é muito fraca para produzir curvatura perceptível nos raios de luz. Você precisa voltar ao princípio e entender a órbita da Lua ao redor da Terra, e da Terra ao redor do Sol.

        1. Companheiro quem está confuso é você! Não pedi para você analisar minha cabeça, você não é Psicologo! Cara, de Matemática e Geometria Espacial (3D), manjo um pouquinho! (se quiser mando os 2 Diplomas de Curso Superior e os 3 Mestrados (2 latus e 1 Strictus) nas áreas de Exatas!)! Tu não sabes é Português, tirastes Zero em Interpretação de Texto! Não falei em momento nenhum 180 Graus, se tivesse falado seria um dos Eclipses. Ficou subentendido que seria uma das Luas Crescente ou Nova. No caso desta observação minha, era Crescente em 50% do seu Ciclo! Um Observador na Terra olhando o Céu, teria a falsa impressão que essa imagem está em 2D, mais, para um bom entendedor, o angulo formado pela Reta Sol-Origem dos Eios X-Y na Lua, fazia com o Plano X-Y da Iluminação-Sombra na Lua um angulo em 3 Dimensões. Companheiro, meu susto foi esse, se em 2D esse angulo girava perto de uns 25 Graus, em 3D chegaria fácil aos 30 Graus. Cara, tudo que falastes, é do meu conhecimento, queria que você com base nas minhas Observações Reais, em vez de fazer papel da Santa Inquisição, fizesse uma Pós graduação (eu já estou velho, senão faria), para provar “O porquê” da Existência desse ângulo, porque os Raios do Sol estavam atingindo a Lua com esta “curvatura”, já que o angulo Terra – Lua – Sol estava caminhando para 90 Graus (i.e. a Terra estava quase lado a lado com a Lua) logo, eu já sabia, que a “refração” que dissestes não seria a causa desta curvatura (essa refração só seria vista depois da Terra e Lua, digamos em Marte), e a segunda explicação, como você disse (os estudiosos falam!) que a Força da gravidade seria insignificante para fazer a Luz se curvar nesta distancia da Terra (interessante que ela é forte o suficiente fazer o maior satélite natural e o segundo mais denso, do nosso Sistema Solar, orbitar em torno da Terra..). Explica isso!! Com relação aos movimentos dos astros, colocaram no Youtube, uma simulação, do movimento do Sol sendo seguido pela Terra e lua, no espaço: aquilo não fica nem próximo do movimento real! kkkkk!

          1. Cara, manda os diplomas aí, por favor. Faço questão. Mas quero os 2 de curso superior e os 3 mestrados, hein? Todos eles sobre matemática e geometria espacial. 😉

          2. Salva, mais um “frito” para a coleção.
            E os tais diplomas são irrelevantes pelo teor do comentário. Só seriam relevantes para avaliarmos a instituição e os professores que os emitiram.

            Salva, não esqueça de nos avisar quando o livro estiver a venda!
            Abraço!

          3. Ah sim, completamente irrelevante. Mas já que ele faz tanta questão de mostrá-los, faço questão de vê-los. rs
            E pode deixar que aviso sim! Estou ansioso!
            Abraço!

          4. ” Cara, de Matemática e Geometria Espacial (3D), manjo um pouquinho! ”

            Mas em astronomia é um zero à esquerda…

      2. É que você mentalmente colocou o sol e a lua à mesma distância de você, projetados numa abóbada imaginária muito distante (infinito ótico).

        Desconsiderou o fato da distância TERRA-SOL ser MUUUUITO SUPERIOR à distância TERRA-LUA. Um erro infantil de trigonometria que eu nunca poderia esperar que fosse cometido por alguém com dois diplomas e três mestrados no currículo… 🙁

  13. Tem um livro muito bom que questiona o nada e o tudo sob a perspectiva de vários pensadores! Chama-se “Por que o mundo existe”, de Jim Holt! Vale a pena ler! A própria definição pessoal dele do nada era se “um buraco negro finito de raio tendendo a zero”!

  14. Uma dúvida: se a viagem de um fóton na velocidade da luz, o tempo pára ao fóton nesta velocidade. Ou seja, para o fóton, ir para qq tempo seria instantâneo (para ele). Poderia se escolher isto? Podemos dizer que passado, presente e futuro fazem parte de um todo? Se isto é correto, tudo já está definido, em tese?

    1. Não, só quer dizer que, para o fóton, passado, presente e futuro não existem. Imagine que o tempo é uma quarta dimensão. O fóton só se desloca nas três dimensões espaciais, mas não se desloca na dimensão tempo, da mesma forma que você, em repouso, não se desloca nas três dimensões espaciais, mas se desloca o tempo todo na dimensão tempo. Espaço-tempo faz sentido; espaço e tempo não. 😉

      1. Desculpa, mas não é assim. Para passar de um referencial para outro, basta utilizar as transformações de Lorentz. No entanto, segundo elas, passar para um referencial viajando à velocidade da luz significa dividir por zero, ou seja, não faz sentido matemático. E claro, também não faz sentido físico. Veja, falar do referencial do fóton é o mesmo que falar que existe um referencial em que ele está em repouso. Mas isso contraria um dos fundamentos da relatividade, que afirma que o a luz viaja sempre na velocidade ‘c’ em todo e qualquer referencial inercial.

        1. As transformações de Lorentz dizem que O ESPAÇO contrai a zero à velocidade da luz. O espaço contrai a zero, e o tempo dilata ao infinito. Aí você não está dividindo por zero. Está dividindo zero por infinito. E tempo dilatado ao infinito, essencialmente, não anda. É como estar parado no tempo.

          1. Não quero utilizar argumentos de autoridade aqui, portanto, peço que confiem em min. Ou, como bons cientistas, pesquisem em livros técnicos sobre esse determinado ponto. Recomendo, por exemplo, o “Special relativity: from Einstein to Strings” da Patrícia e John Schwarz. Este livro é introdutório e relativamente tranquilo – o texto ajuda bastante a entender a física por detrás das equações. Enfim, afirmo mais uma vez que não é correto – ou melhor, preciso – interpretar como “dilatação infinita”, como vocês estão fazendo. De fato, quando infinitos aparecem em suas equações significa que elas estão fora de seu domínio de aplicabilidade, ponto. Ao tentar passar para um referencial inercial que tem uma velocidade relativa ao seu igual à ‘c’, o fator gama de Lorentz diverge – é infinito. O jeito correto de interpretar isso é que as equações não são válidas na situação que você as colocou, simples assim. Ou, em outra palavras, não é permitido atribuir ao fóton – via transf. de Lorentz – um referencial inercial e, consequentemente, não faz sentido em falar de quantidade física medidas no referencial do fóton: velocidade, espaço, tempo, etc. É assim que o “zero” matemático da contração espacial e o “infinito” matemático da ditalação temporal devem ser interpretados: como inconsistências.

            Vejam, essas inconsistências não aparece nas transformações de Galileu, advindas da Mecânica Clássica, no seguinte sentido. Utilizando-as, é possível você passar para um referencial inercial com uma velocidade relativa ao seu arbitrariamente alta. Através dessas transformações, é possível falar sobre o referencial inercial do fóton. No entanto, há um grande problema com isto: a relatividade galileana vai completamente de encontro com o que nos dizem as equações que governam os fenômenos eletromagnético e, consequentemente, a luz – a.k.a. uma grande coleção de fótons. As equações de Maxwell, como são conhecidas, nos diz que a luz é uma onda eletromagnética se propagando pelo espaço. Em outras palavras, a luz é uma variação no espaço e no tempo do campo eletromagnético que se propaga. A inconsistência entre as transf. de Galileu e as equações de Maxwell surge daí. A primeira diz que você atribuir um referencial ao fóton, ou seja, que existe um referencial onde a luz está em repouso, estática, sem variação do campo eletromagnético. Já a segunda, nos diz que a luz necessariamente É, em sua essência, uma variação do campo eletromagnético. Percebem agora o porque não podemos falar de referencial do fóton? Porque isto contradiz diretamente o que as equações de Maxwell nos dizem sobre o que É o fóton.

            Foi essa inconsistência entre a relatividade galileana e as equações de Maxwell que fez Einstein e outros abrirem os olhos. De fato, Hendrik Lorentz foi um dos primeiro a derivar as transformações entre referenciais que eram consistentes com o eletromagnetismo. Porém, ele não colocou fé nelas por causa das consequências físicas exóticas que elas implicavam: contração do espaço, dilatação do tempo, etc. Einstein acreditou na fisicalidade delas e foi além.

            Abraços à todos.

          2. Nem me lembro mais do foco da discussão (eu não vejo o contexto aqui “por dentro” da ferramenta dos comentários), mas concordo com você que faz pouco sentido tentar explicar o que um fóton “sente” a partir de equações que se quebram quando tentamos pensar a partir do referencial do fóton. Mas também é importante lembrar que estamos discutindo física, e não matemática.

            A conclusão lógica a que se chega ao pensar no fóton (que, lembremos, é partícula também, e não só onda, e pode ter lugar definido no espaço-tempo) viajando à velocidade da luz é que ele está parado no tempo. Se a matemática não fornece essa conclusão é porque não faz sentido para uma equação que tem tempo embutido trabalhar com um fenômeno que o tempo some — é como tirar uma das variáveis da equação e esperar que ela produza resultados compatíveis com a realidade física.

            Por isso, insisto: FISICAMENTE podemos deduzir — ou supor — que toda viagem, do ponto de vista do fóton, deve ser instantânea, embora a equação que sugere isso se quebre justamente à velocidade do fóton, por conta da incongruência que mencionei acima. (É mais ou menos como, na relatividade geral, falar de singularidades. O fato de que a equação se quebra NÃO SIGNIFICA que não exista alguma realidade física por trás das singularidades; significa que não temos a equação certa para descrevê-las, algo que talvez só possamos expressar matematicamente com uma teoria quântica da gravidade.)

            Nunca saberemos, claro, o que um fóton experimenta, pois só ele pode experimentá-lo. Isso tudo, para um lado ou para outro, não passa de uma especulação com base na lógica relativística, portanto.

            E, embora eu não acredite em argumentos de autoridade, seria interessante saber sua identidade. Você claramente manja do assunto. 😉

            Abraço!

        2. Vc pode usar a transformação a relativistica de velocidade somando c+c/1+c^2/C^2 =c. Então está errado este seu raciocínio. O fóton que acompanha outro esta sempre em movimento também e sem violar a relatividade. O que quero dizer é que o tempo não é nulo, mas o intervalo invariante total. O tempo contrai a zero para o fóton e o tempo se dilata pra um observador que tem v<c

          1. Corrigindo: espaço se contrairia no referencial do foton enquanto o tempo de vida é infinita, embora o fóton que se desintegre em outras pra servir como relógio como muon.

      2. Esta analogia que o fóton no vácuo não se propaga no tempo é didática, mas ilude o leigo, pois a luz formas ângulos de 45 graus em diagramas de espaço-tempo e a própria radiação se fundo sofreu alongamento do comprimento de onda com a expansão cósmica. Sofrer alterações na sua frequência implica que ela existe no tempo. O fato da dilatação do tempo ser infinita implica que não é possível pegar carona com o fóton se vc não é um fóton.

      3. Parabéns pelas explicações de um tema,que para mim que sou leigo passa a fazer um certo sentido(olha a relatividade ai’!) nas sua explicações!Deixa ver se entendi:então a luz so é visível (precisa de uma “coinciecia”,ou um sentido) no espaço -tempo que vivemos, por exemplo num buraco negro ou algo parecido(gravidade infinita) não tem luz!

      4. A luz e propaga com a velocidade c e o intervalo invariante é nulo, mesmo que ela percorra um tempo extremamente grande. O tempo existe para a luz. O que é nulo é o intervalo invariante ds^2=c^2dt^2 – dl^2. Assim, o cone de luz para eventos tipo luz tem inclinação de 45 graus e não é uma reta paralela ao eixo tempo. O que pode se dizer é que um outro referencial em movimento com velocidade igual a c percebe o eixo girado em relação ao referencial do primeiro raio de luz de tal forma que o ângulo novo parece que a luz fica paralela ao eixo tempo do primeiro referencial de raio de luz. Só um outro raio de luz pode perceber a luz parada no tempo. Assim, a dilatação do tempo não se aplica a luz pois não se divide qualquer intervalo de tempo por zero.

        1. Só corrigindo a última frase. A dilatação do tempo se aplica a luz para efeitos gravitacionais como desvio para vermelho ou quando se compara com referenciais em repouso ou velocidade menor do que c. Um fóton de luz ao tentar sair do buraco negro vai ter um desvio infinito para o vermelho, mas no referencial do fóton em queda livre, onde a gravidade se anula, a frequência não se altera até atingir a singularidade.

  15. fugindo um pouco do assunto mas, tratando do espaço do mesmo modo.
    Legal sua entrevista com o M pontes e o Bial, salvador. Bem descontraida e instrutiva

  16. Salvador: se um astronauta que estiver na Lua acender uma lanterna em direção à Terra e, no mesmo instante, um terráqueo também acender uma lanterna na mesma direção, sentido lua e, considerando-se a distância terra x lua de 1s luz, os dois feixes se “chocarão” após meio segundo. Velocidade relativa igual a 600.000 km/s entre as duas frentes de luz, já que a distância inicial era de 300.000 Km, e o choque (entre os fótons) se dará após meio segundo depois de ligadas as lanternas. Este raciocínio está correto? 300.000 km/s não seria um limite de velocidade?

    1. Veja lá.
      Do ponto de vista de quem está na Terra: a luz partiu a 300 mil km/s, e a luz chegou a 300 mil km/s. Nenhuma delas excedeu o limite de velocidade.
      Do ponto de vista de quem está na Lua: mesma coisa. Nenhuma delas excedeu o limite de velocidade.
      Agora, do ponto de vista do raio de luz que vai. Para ele, o tempo para — e se o tempo para, ele não tem velocidade. Se não tem, o raio que vem vai chegar nele a 300 mil km/s, e não a 600 mil km/s, como se haveria de pensar. E o mesmo vale para o raio vindo na direção oposta.
      O segredo da relatividade — e estamos aqui na relatividade restrita, não na geral — é que tempo se dilata e espaço se contrai para não permitir que a velocidade da luz no vácuo varie, conforme sugerido pelas equações de Maxwell.

      1. Salva, também é correto dizer que do ponto de vista do raio de luz – já que o tempo pára – qualquer viagem a qualquer distância se torna instantânea?

        1. Sim! Para um fóton vindo lá da radiação cósmica de fundo, viajando por 13,8 bilhões de anos, para ele, foi como se ele tivesse acabado de sair de lá e instantaneamente chegasse aqui.

          1. Os meus posts anteriores não são visualizados , embora pertinentes,mas vou escrever assim mesmo. Se o tempo não passase para um fóton, ele não seria afetado pela expansão cósmica. A luz existe em um universo material e as medidas de tempo dependem destes corpos para dizer as fronteiras. Um relógio de luz precisa de espelhos para fazer reflexão e etc

          2. Ele não se vê mudando com o tempo. O que muda para ele é o espaço. NÓS é que o vemos mudar com o tempo.

      1. Para se falar do tempo de um fóton vc precisa de outro fóton como referência que gera uma dilatação de tempo infinita. Na perspectiva do fóton, o espaço contrairia a zero e não haveria distância a percorrer. Mas a radiação de fundo reduziu a sua frequência com a expansão cósmica e isto reduz a sua energia, mesmo sem perder velocidade. E=hf.

        1. Então, tudo isso que você disse está certo. Mas ainda insisto que o tempo não passa para o fóton, pelo menos não com relação ao nosso referencial de tempo. (Se houvesse um referencial universal de tempo, talvez o tempo passasse para o fóton com relação a ele, mas isso contraria justamente o cerne da relatividade, que descarta qualquer referencial universal.) E é fácil constatar isso. Imagine um fóton que viajou de Proxima Centauri até aqui. Para nós, a viagem dele levou 4,2 anos. Sabendo que ele viaja a 300 mil km/s, calcule quanto tempo passou para ele, de acordo com a relatividade restrita. 😉

          1. O tempo passa para o fóton que é o tempo próprio medido no seu próprio referencial. O tempo dilatado é a nossa perspectiva e ambas são validas. O que não concordo é esta analogia da velocidade se distribuir pelo espaço de forma ser zero no tempo, a não ser no caso de dois fotons que se movem um relacao ao outro com v =c.

          2. Não consigo imaginar o que você quer dizer com “tempo próprio”, no caso do fóton. É como se ele tivesse uma dimensão temporal só dele…

  17. Já estamos convivendo com IA desde os anos 90, (primeiro nos games), e hoje cada vez mais há softwares inteligentes na internet, e nos celulares. Acredito que a IA vai ser introduzida sempre de forma paulatina e progressiva, em ordem que nos integremos a ela de forma natural (e ela a nós) criando interdependência. Embora não veja isso como positivo, particularmente não acredito que haja lado para a IA alcançar uma autonomia e independência em ordem de se autoafirmar e promover consequente revolta como vemos nos filmes do exterminador, pois esse nesse nível de radicalismo parece improvável face à integração progressiva, e ainda que uma consciência independente aflore da integração não apostaria numa fria consciência calculista mirada no extermínio humano, pois para isso ela teria que julgar superar e repugnar os referenciais experimentais com a raça e pensamentos humanos, notadamente porque nós a criaremos de forma integrativa (esse é o propósito), e ainda que haja bullying a via da sociabilização será evolutivamente mais atraente. Fato é que um computador pode processar matematicamente mais rápido que uma mente humana, e admitamos que uma consciência artifical passe dos estágios de superação e que se autoafirme como o Hal 9000 e queira fazer um depuramento étnico com relação aos homens por razões como as da série “aliens” ou as de 2001; nessa hipótese, um embate numa suposta autoafirmação ainda assim geraria um xadrez complexo para uma máquina; haveria análises de variáveis cuja ponderação por só um cérebro quântico produzido por milhares de anos de evolução e com instinto de sobrevivência não poderia ser subestimada (vide kasparov, Einstein era péssimo em matemática). E isso tamo falando de um cérebro, agora imagine a consciência humana coletiva trabalhando, a exemplo quando os europeus começaram a singrar pelos mares, acreditavam na terra plana, tinham medo de monstros, e que havia uma queda para a morte no “end” do quadrado do mundo, porém não se detinham por não saberem onde era o fim, de longe se deteriam a ir pro espaço por medo de uns raios cósmicos. Vai ser muito difícil para uma máquina ponderar corretamente em ordem de vencer.
    Enfim não temo uma revolta, acho que a IA será projetada para se imiscuir a nós em ordem de pegarmos atalhos nas máquinas para otimizarmos tarefas que levam “time” para que nosso cérebro faça, como cálculos, em ordem de atingirmos objetivos, mesmo que nossos cérebros paguem o preço da involução biologica para pegar as vantagens da integração. Finalizando, a extinção do que somos pode não ser na bala… pode ser pela própria simbiose evolutiva… e talentos como Einstein podem nunca mais surgir, pois os que surgirem podem não ser (totalmente) humanos…

  18. Não sei se seria o mesmo efeito, mas seria possível estarmos vendo uma mesma estrela em dois lugares diferentes no céu ? Imagine que em um ponto estamos vendo a imagem “de frente” da estrela, e em outro ponto, a imagem (luz) de outro lado dessa mesma estrela que foi desviado por “algumas estrelas” alterando seu caminho até a Terra. Seria possível ? Sempre me faço essa pergunta !!!!

  19. O pseudo genio que refuta a Deus é um pseudo intelectual com barro na sola dos pés.
    NÃO entenderam nada né? um dia entenderão…

    1. Uiuiui, você é que não entendeu nada, se acha que alguém refutou Deus. Deus é uma ideia irrefutável, por isso depende de fé. Não há como testar sua existência. 😉

      1. Salvador, eu te admiro, li um de seus livros, mas seus pensamentos estão limitados em relação a Deus. Eu questiono o tempo limitado ao início do Big Bang. O espaço tempo, para mim é infinito. As galáxias são sugadas por buracos negros enquanto se afastam do epicentro. Do nada, houve o Big Bang e todo o Universo visível irá para o fim em buracos negros para sempre? Não acredito… Acho mais plausível acreditar em múltiplos Big Bangs, causados pelo choque de imensos buracos negros. Uma concentração máxima, uma massa crítica de matéria e energia até nova explosão. Um tempo infinito para o passado e infinito para o futuro… Existe uma “coisa” que gerou tudo no Universo e que comanda tudo… são as leis da física e da matemática. Tudo foi feito por essas leis. São Eternas e Onipresentes. Se não existisse Deus, essas leis, criaram o homem consciente. Qual a dimensão do Infinito? Se supostos 14 bilhões de anos foram capazes de criar o homem consciente, que tipo de Inteligência poderia surgir em 10 elevado a n trilhões de anos? E isso é muito pequeno para o Infinito… Tem mais… Nas fórmulas de contração do tempo, se considerarmos os números complexos, seria plausível retornar ao passado. Outras dimensões possibilitam “poderes” especiais. Viagens no tempo possibilitam milagres e profecias. As profecias comprovam a existência de Deus. A promessa a Agar e um bilhão de muçulmanos. A história de Israel e Jerusalém. O cordeiro Rei dos reis e a missa do enterro de João Paulo II, a maior concentração de chefes de estado de toda a história da humanidade, no menor estado do mundo: o símbolo do crucificado sobre a pirâmide humana. Cordeiros, desde o quase sacrifício de Isaac, os primogênitos do Egito e o próprio Verbo que se faz carne e se entrega como cordeiro, e é Rei dos reis e Senhor dos senhores… Pense, Salvador… O Domo da Rocha, o estopim da Terceira Guerra Mundial, as Revelações que decodificam o Apocalipse e os demais profetas. As promessas a Abraão. Apocalipse: Dragão Vermelho=Comunismo. Besta Negra= maçonaria(Illuminati). Controle global-biochip-código de barras=marca da maçonaria. Anjos e Demônios = extraterrestres do bem e do mal. A Bíblia está codificada em metáforas(selos). Estamos no Fim dos Tempos. Estado Islâmico secando Rio Eufrates – Apocalipse 16. Guerra na Síria = Ezequiel 38. Destruição de Damasco = Isaías 17. Se a Coréia estourar uma bomba nuclear em Nova Iorque, teremos Apocalipse 18. A Bíblia descreve de modo codificado em suas profecias um Projeto de Deus muito estranho e muito louco. Como um jogo de xadrez, a paz em Israel trará a Paz ao mundo, ou não… Muçulmanos, judeus e cristãos terão que entrar em acordo em quem é Jesus, para quem Deus prometeu Israel e quem foi Maomé. Isso pode destruir ou salvar o mundo. Os judeus não ficarão para sempre no muro das lamentações. Pesquise Agar na Bíblia e verifique que esta encrenca em Israel foi criada por Deus… Eu acho que a humanidade chegará no limite da tragédia e terá que escolher entre o Bem e o Mal, ou se autodestruirá? E o Projeto de Deus é para nos salvar da auto destruição tecnológica nuclear?… Eu estou a muitos anos tentando entender isto. Você acha… Salvador… sinceramente… pense… acha que a Inteligência humana é o ápice da sofisticação de sistemas de sistemas de sistemas… de um Tempo Espaço Infinito? Não seria a suprema arrogância? A probabilidade de vida extraterrestre se o Espaço-Tempo é infinito é de 100% e a probabilidade de existir um Ser Imortal Infinitamente Inteligente é de 100% também se o Tempo é infinito para o passado… Faz sentido acreditar como um dogma de fé que o tempo começou a 14 bilhões de anos apenas e antes não havia nada? Nem espaço e nem tempo? Eu acho isto ridículo…

        1. Parágrafo, nem pensar? 😛
          (Na boa, podemos discutir Deus aqui até ficarmos de barbas longas, e não estaremos mais perto de um consenso, justamente por se tratar de tema subjetivo.)

        2. “Acho mais plausível acreditar em múltiplos Big Bangs, causados pelo choque de imensos buracos negros. ” Plausível??? Bom, já detectamos 3 destas colisões até agora, e pelo que sei nenhuma delas resultou num novo big bang… 😀

        3. “Qual a dimensão do Infinito?”
          A que você quiser. Se for uma reta infinita, tem dimensão 1. Um plano infinito tem dimensão 2, um espaço infinito, 3, e um hiperespaço infinito 4 ou mais. Fica ao gosto do freguês… Só não pode ser zero, pois aí seria um ponto, que não pode se tornar infinito de forma alguma…

          “Nas fórmulas de contração do tempo, se considerarmos os números complexos, seria plausível retornar ao passado.”
          Números complexos não existem, são apenas ferramentas matemáticas úteis para resolver certos tipos de problemas envolvendo oscilações, por exemplo.
          Nem mesmo números reais existem, ou mesmo os racionais, já que nada no universo é contínuo. Muito menos negativos. Os únicos números que possuem algum tipo de “existência” real são os inteiros positivos, que utilizamos desde os primórdios para contar… A propósito, ZERO também não existe (aliás, é usado EXATAMENTE para representar coisas que “não existem”)

          “As profecias comprovam a existência de Deus.”
          Pra mim comprovam a esquizofrenia dos profetas, que vivem “ouvindo vozes” por aí…

          “Muçulmanos, judeus e cristãos terão que entrar em acordo em quem é Jesus, para quem Deus prometeu Israel e quem foi Maomé.”
          Acho que budistas e hinduístas estão pouco se lixando pra estes problemas…

          o resto fiquei com preguiça de ler…

        4. Aldo, a Ciência não discute Deus, porque não há meio de provar ou de refutar sua existência. Acredita nele quem quer, não acredita quem não quer acreditar. As “provas” e “contraprovas” são totalmente subjetivas.

          Quanto ao Big Bang e aos 13,8 bilhões de anos de existência desse nosso Universo, isso é comprovável, mensurável. Quanto ao que havia antes do Big Bang, se existia algo, ou não, não é possível saber, não dá para verificar ou medir. A Ciência também não se aventura nesse tempo.

        1. Tomé eu não sei. Mas, se for cientista, sim, tem que ver. Nem que seja uma visão indireta, oblíqua, mas consistente com predições teóricas.

      2. É por isso que não entendo porque os cientistas, na sua maioria, são ateus. O cientista só acredita no que pode provar. Se não pode provar a inexistênciacde Deus, deveriam pelo menos ser agnósticos. A Bíblia inicia-se com uma singularidade: Fiat Lux! Física Moderna pura!

        1. Eles são em sua maioria ateus porque sabem o suficiente sobre o mundo natural para deduzir que não há evidência alguma da AÇÃO de Deus, o que é o equivalente prático (mas não filosófico) de Deus não existir. Então, para todos os efeitos práticos, Deus não existe. Por navalha de Occam, acabam dispensando a hipótese de Deus. Mas o mais importante é que TANTO FAZ se os cientistas são ateus ou não; a ciência em si é agnóstica, ela não afirma ou nega nada que não seja testável. 😉

          1. Entendo. Mas eu, do meu lado, apesar de ter estudado física, inclusive um pouco de física moderna, prefiro continuar acreditando no Criador do espaço-tempo:)

          2. Sem problemas. Você pode acreditar no que quiser. Só não pode tentar convencer outros de que a ciência sugere isso, porque não sugere (assim como não sugere o contrário, é bom que se diga). 😉

  20. Olá prof. Sallvador Nogueira, a partícula Bóson, foi também prevista por Albert Einstein? Ele já tinha também conhecimentos da formação do universo?

    1. Bósons são uma classe de partículas. O fóton, partícula de luz, é um bóson. E como Einstein foi o primeiro a propor que a luz é feita de partículas, sim, ele foi o primeiro a conceber um “bóson” (embora não tenha dado esse nome, que só viria muito mais tarde). Mas suponho que você esteja se referindo ao bóson de Higgs. Este só foi proposto na década de 1960. Einstein morreu em 1955.

      Sobre a formação do Universo, Einstein foi o primeiro cientista a escrever um artigo científico sobre o Universo inteiro com base na relatividade geral, em 1917. Nascia aí a cosmologia, que acabaria se consagrando com a teoria do Big Bang.

  21. Haa primeiro Questionar uma reportagem ;querendo destacar linha de pensamento fragia+ sem antes se perguntar a respota desse genio da epoca Que apenas chegou perto da APERGUNTA E?
    ( Quanto pesa o vento ? )
    Ninguem ate hoje descobrio
    Sabendo disso. E chegou de quanquer cientista dos dias de hoje ? Se aguem descobrir me ligue( 016 )994072680
    Quem sabe te revele !!!!!!

    1. Bem, vento na Terra é feito basicamente de O2 e N2. N2 tem peso molecular aproximadamente 28, e O2 tem peso molecular aproximadamente 32. Isso na prática quer dizer que um mol de O2 e N2 tem massa de 60 g. Lembrando que peso é igual a massa vezes gravidade, o peso de 1 mol de vento na Terra é de aproximadamente 60 N. Acertei? 😛

      1. Salva, bateu na trave. Tá bom que a pergunta é sem sentido… e o português então quase incompreensível … Bom, bateu na trave porque a proporção N2/O2 na atmosfera é 78/21…

      2. Salvador, peso e força são a mesma coisa. Kkkkkk! Serei massacrado! Vamos com calma. Peso é o “fenômeno” de uma massa colocada (sob ação) de um campo gravitacional. Força é o “fenômeno de uma massa animada de uma aceleração (aceleração sendo considerada aqui como campo). Portanto o “peso” do vento fica muito simplista e genérico. Valeria pensar de que velocidade o “tal” vento está animado, sob qual pressão ele está submetido (tanto a pressão dinâmica quanto a pressão estática), etc.. Sugiro que o leitor que fez a pergunta, considere os conceitos de peso, força, velocidade, quantidade de movimento e densidade.

        1. Força peso é aquela gerada pela gravidade. Força é um termo genérico. Mas a pergunta diz respeito ao peso. Peso é só gravidade. Mas, claro, você pode calcular a força do vento com a mesma informação que dei, a massa, sabendo sua aceleração horizontal.

      3. Vento não tem peso, as moléculas dos gases e de vapor d’água misturados no ar têm massa, só mensurável em repouso.

        Vento faz PRESSÃO sobre o material que esteja à sua frente e essa pressão depende de sua velocidade e da massa de suas partículas.

        1. Radoico, acho que vento tem peso, sim. Não tivesse peso, a gravidade não prenderia as moléculas em torno da Terra. Que força mantém a atmosfera sobre a superfície? Só consigo pensar na força peso.

          1. Mas Salvador, o que é “vento”? Vento é o movimento das moléculas na atmosfera, provocado pela diferença de temperatura entre as regiões do planeta. O ar tende a ir de um local com maior pressão para um local para menor pressão. As moléculas têm peso, e seu movimento não tem velocidade suficiente para elas serem lançadas ao espaço, escaparem da atração gravitacional terrestre.

            Então, não dá para falar em peso do vento, mas em pressão do ar em movimento, pressão do vento. Podemos falar em peso das moléculas de ar. 🙂

          2. Sim, nós estamos concordando. Vento tem peso (que está associado à massa do volume de ar que se desloca) e tem pressão, que diz respeito à força que ele exerce sobre objetos em repouso ao se deslocar. Mas ele perguntou peso, não pressão. rs

  22. Uma dúvida, não existem de ‘baciada’ imagens diretas de lentes gravitacionais? Ou são apenas as malditas “representações artísticas” da NASA e da ESA?

    1. Existem baciadas de imagens diretas de lentes gravitacionais produzidas por galáxias e aglomerados de galáxias. De uma estrela, sobre outra estrela, não.

  23. Salvador, lembra de “Contatos Imediatos de 3º Grau”? Então, o que você acha? Einstein era um ‘deles’, não?

    1. Lembro, gosto do filme, mas Einstein não foi escolhido para nada. Era só um cara muito, muito inteligente, muito, muito curioso, e pouco, pouco afeito a verdades pré-estabelecidas. 😉

  24. É inquestionável a genialidade, mas excluindo-se os artigos científicos, é muito difícil ler qualquer coisa a respeito de Einstein sem uma ponta de desconfiança. Como único exemplo, até durante a primeira grande guerra a teoria era conhecida como teoria de Einstein-Lorentz. Romantizaram e politizaram tanto a figura do gênio que é difícil a bibliografia desenviesada. Resta-nos compreender o ambiente que o cercava no ano mágico de 1905.

  25. Olá Salvador.
    Sabe me dizer se existem Estrelas solitárias vagando pelo espaço intergalático? (Fora dos aglomerados de galaxias?)
    Se existem, podemos medir a distorção da luz que passa por uma delas e comparar a massa estimada com a deformação ocasionada pela Lente Gravitacional?
    Explico: Existe a possibilidade de o Tecido Espacial ser mais elástico nas regiões menos afetadas pelas grandes massas, e consequentemente, menos elástico nas regiões onde se concentram grandes e muitos corpos celeste. Ou seja: Enquanto um corpo de determinada massa exerce determinada distorção no Tecido Espacial dentro de um Aglomerado, esse mesmo corpo exercerá uma distorção muito maior no Tecido Espacial quando se localizar fora de qualquer Aglomerado Galático.
    Sabe de alguma experiência neste sentido?
    Porque… se a trama do Tecido Espacial se comportar dessa maneira – perdendo ou ganhando elasticidade, de acordo com a proximidade ou não de grandes massas – então teríamos que rever a necessidade da Matéria Escura ser um componente essencial no cálculo do desvio da luz em proximidade à corpos celestes.
    Obrigado.

    1. Sim existem. Mas se não sabemos onde estão, difícil medir qualquer lente que elas possam produzir.
      Mas já vimos muitas lentes geradas por galáxias e aglomerados de galáxias, a bilhões de anos-luz. Então não, a relatividade geral se aplica a essas distâncias, até onde podemos dizer.

    1. O livro já está no prelo. Mas, de novo, volto a repetir: Einstein não acreditava num Deus pessoal. O “Deus” a que ele se refere não se aproxima da noção bíblica de Deus.

  26. Eu estou assistindo a série Genius, você já viu Salvador? É sobre a vida de Einstein.

    1. Estou adorando. Espero ansiosamente cada capítulo. Mas acho que o próximo será o último. Fantástica! Recomendo fortemente!

  27. é o primeiro efeito de lente gravitacional observado entre duas estrelas alinhadas, mas este fenômeno já foi observado antes contra fundos de galáxias bem distantes, não é mesmo? só não era algo que podia ser medido com precisão, como foi feito agora para determinar a massa da estrela mais próxima?

  28. Blz Salvador!

    Me surgiu uma dúvida, de ignorante no assunto, como saber a distância de uma estrela?

    1. Para estrelas mais próximas assim, paralaxe é o método mais eficaz. Usa-se a órbita da Terra em torno do Sol como uma régua. Mede-se a posição dela com relação a astros distantes num dia e novamente seis meses depois, quando a Terra está do outro lado do Sistema Solar. Com a pequena diferença de perspectiva, o resto é Pitágoras. 🙂

  29. A mesma coisa aconteceu com as ondas gravitacionais previstas por Einstein, ele não acreditava que um dia teríamos tecnologia para detecta-las, as quais foram detectadas 100 anos depois da previsão. Isso que chamo estar a frente de sua época, verdadeiramente.

  30. Fico imaginando alguém da galera envolvida nisso no bar:

    “Sabe aquilo que Einstein falou que era impossível? Eu fiz

    A gente faz o que pode, né? =)=)=)

    .”

    1. Ele havia comprovado a relatividade, sim, mas no paper de 1936 Einstein fala de duas estrelas aproximadamente alinhadas que não incluíssem o Sol.

  31. Todas as teorias matemáticas propostas por Einstein estão sendo confirmadas. Ondas gravitacionais, buracos negros , etc.. etc…. . Esse foi realmente um gênio da raça.

  32. Meio sumido pra comentar aqui Salvador, mas passando apenas pra dizer que continuo lendo tudo e fica mais um elogio… kkkk simples e bem explicado ! ótimo texto !

  33. Os grandes cientistas, partiam do princípio que o Universo é ordenado e, portanto, compreensível em termos racionais. Eles deduziram que se existiam “leis da natureza”, então deveria haver um “Grande Legislador”. Einstein, assim como Newton, tinha como ambição compreender a mente de Deus e essa foi uma das razões que o levaram a conceber esses resultados extraordinários.

    1. Todos eles têm de partir do princípio de que o Universo é compreensível pela razão — é o que Einstein chamava de “religiosidade cósmica”. Mas nada a ver com a noção de um arquiteto ou um Deus pessoal, que Einstein refutava como uma fantasia infantil.

      1. Descobertas científicas podem inspirar reverência em alguns cientistas. Albert Einstein admitiu: “As grandes mentes científicas em geral têm uma religiosidade própria. . . . A religiosidade assume a forma de fascínio pela harmonia da lei natural, a qual revela uma inteligência tão superior que, comparados com ela, todo o pensamento e ações sistemáticas dos seres humanos se tornam insignificantes.” No entanto isso não faz, necessariamente, que os cientistas acreditem no Criador, um Deus pessoal.

        1. Exato, ele pressupõe que a natureza é mais “inteligente” (entendida como “de algum modo compreensível pela razão”) do que os humanos, e temos de nos esforçar muito para entendê-la. Mas Einstein, repito, repudiava a ideia infantil de um Deus pessoal.

          1. Dá para ir mais longe ainda, né? A natureza só parece ordenada e compreensível em termos racionais exatamente porque, se fosse radicalmente diferente de como é, não teriam se desenvolvido aqui espécies racionais com capacidade de tentar compreendê-lo. Ou existem mesmo vários universos diferentes, alguns com configuração compatível com o desenvolvimento de vida e inteligência, mas a grande maioria totalmente incompatíveis com ela. Neste caso não deveria parecer tão surpreendente assim observarmos que nosso universo é perfeito e perfeitamente ajustado à vida. Ele não foi feito para nós, mas NÓS só pudemos aparecer por ele ser como é. Não observamos um universo com leis físicas diferentes das do nosso simplesmente porque nunca poderíamos existir em universos assim. Bom, só para deixar claro, não criei nada disso, só expliquei o Princípio Antrópico! 😀

          2. Acreditar numa “inteligência tão superior que, comparados com ela, todo o pensamento e ações sistemáticas dos seres humanos se tornam insignificantes” seja impessoal ou inanimada é contraditório pois o próprio fato de ser uma inteligência superior já O faz pessoal, pois nada que seja inanimado e impessoal pode ser considerado superior pois pela logica seria inferior!!!!! Pois o fato de sermos pessoal já nos faz diferente de toda a criação conhecida e nos coloca num patamar mais elevado, pois nossa inteligência é diferenciada dos demais, logico que tem que ser do ser humano para cima e não um “deus ameba” primeiro fala que evoluímos da ameba, agora se o ser mais inteligente for impessoal e inanimado seria o “deus ameba” cheio de inteligência porem sem vida própria.
            Parabéns cada dia alguns cientistas e intelectuais se superam, antes era a tese que tudo começou da ameba, agora tem o deus ameba. Não fala, não ouve, não vê e não enxerga mas é super inteligente!!!!!

          3. Discordo completamente. Veja: se considerarmos Deus como a natureza. Ela é inconsciente. Mas ela contém todas as nossas consciências. Quer coisa mais superior que esta, capaz de gerar incontáveis consciências, mesmo sem ser consciente? 🙂

          4. não adianta, Salvador. Se alguém der um deslize e colocar qualquer palavra que soe como “acredito em fadas” esse povo vai filosofar eternamente, e como Einstein já não está conosco para dar um grito nessa galera, vão colocando palavras na boca dele. O próximo da lista é o Stephen.

        2. Meus caros, tentar desqualificar as religiões e a existência de Deus usando essa alegoria ridícula que é um “Deus pessoal”, ou seja, um velhinho barbudo ou algo assim, é um argumento bem fraquinho. PENSEM GRANDE, ou seja, pensem filosoficamente, e respondam: qual o propósito disso tudo? Qual o sentido de uma bola “explodir” numa explosão que deu origem a partículas, átomos, moléculas, todos regidos por regras quase “fantásticas” de tão perfeitas? Regras que permitiram que tudo o que existe pudesse existir, a matéria complexa, as forças do Universo, a Vida. Tudo isso exixtirua sem um sentido, sem um propósito? Simplesmente existe porque uma “flutuação quântica” resolveu se auto-criar no meio do nada? Ora senhores, crer nisso é crer em algo muito mais absurdo do que crer que uma Inteligência muito superior, não um velhinho ou qualquer figura de forma humana, mas algo além da matéria e da energia, porque matéria e energia são criatura e não criador, criasse todas as regras e condições para que isso tudo existisse, e existisse com um propósito.

          1. Qual é o sentido de haver um sentido?
            (E veja, não estou questionando seu raciocínio; só apontando por maiêutica o pressuposto — nada garantido — de onde você parte, o de que as coisas precisam ter um sentido, ainda mais um apreensível pela inteligência humana.)

          2. Interessante Salvador logo vc fazer esta pergunta:Qual é o sentido de haver um sentido?
            Se as coisas não precisam ter sentido ou seja uma logica, uma ordem, uma organização, já não é ciência, pois se só aquilo que é fato e evidencia pode ser aceito, então Salvador vc já saiu do campo da ciência e entrou no campo da fé, crença pois saiu da explicação ou raciocino logico!!!!
            Interessante que quando alguém cita a palavra de Deus vc afirma que não tem sentido nenhum, até ironiza, mas agora pra vc comprovar sua teoria vale não ter sentido nenhum?????????????
            Meio confuso e parece não ter sentido o que vc diz!!!!!

            Qual a origem da vida, de onde viemos e para onde vamos!!!!!
            Não faz sentido algum fazer esta pergunta pois como vc mesmo afirmou: Qual é o sentido de haver sentido?

          3. Não, claro que não precisa ter um sentido para ser ciência. A mecânica quântica é probabilística, não é causal. É ciência — porque permite fazer predições e testes a partir da teoria –, mas não tem sentido algum, nem é causal. Tanto que o grande dilema filosófico da mecânica quântica é que ficam tentando entender qual é o sentido dela, como se o Universo fosse obrigado a fazer algum sentido para nós.

          4. As coisas simplesmente existem, o Universo existe, nós existimos. Não existe sentido para existirmos… Nós, humanos, é que criamos um sentido para a nossa vida – ou não criamos, isso é algo totalmente pessoal.

            A Natureza (o Universo e seus componentes) é totalmente indiferente ao seres vivos. O que a natureza pensa quando um filhote de passarinho cai de uma árvore e é comido vivo pelas formigas? Nada… Mamãe passarinho se desespera, as formigas festejam, a vida segue.

          5. “O Mensageiro”, seu raciocínio não esclarece muito. Se você acha que apenas a existência de um deus poderia “dar sentido” à criação do Universo, da vida e das forças do Universo, então eu gostaria de saber qual é o sentido da existência desse deus que dá sentido a tudo? Quem criou esse criador? E por que?

            Sua “causalidade” vai até um certo ponto e depois fica paralisada…

          6. “Não existe sentido para existirmos… Nós, humanos, é que criamos um sentido para a nossa vida – ou não criamos, isso é algo totalmente pessoal.” Interessante é ver como a resposta é tendenciosa por causa de convicções que não são cientificas mas pessoais, “não existe sentido para existirmos” era nesse exato momento que o Salvador usa aquela frase, “calma é muito cedo para batermos o martelo e ter tanta certeza assim” á não ser que vc seja um dos ateus intolerantes que acreditam cegamente em anotações de cientistas gnósticos que deliravam e eram intolerantes com os religiosos de sua época, que falaram opiniões pessoais e sem comprovação cientifica nenhuma, apenas achismo e filosofia cética!!!!!!!

            Se esta frase vale para os Criacionistas, porque não vale para os ateus de plantão!!!!!

            A “natureza é totalmente indiferente”, que estranho o indiferente pois a maioria dos cientistas que apoiam a teoria da evolução não concordaria com esta frase tbm, pois a natureza é sempre tendenciosa para a preservação da vida, adaptação do organismo, o abeate favorável para continuação da vida, até a vida trabalha para corresponder a natureza, como as abelhas por exemplo. Difícil dizer que a natureza é indiferente a vida criada pois a vida interfere na natureza, os animais que espalham as sementes das arvores, pássaros e macacos, uma interação muito grande.
            É mais para justificar a rejeição do ser superior pessoal vale tudo, até passar por cima de algumas convicções próprias!!!!!!

          7. Cleber, a Teoria da Evolução não diz que a natureza tem tendências, ela apenas diz que a vida prossegue e evolui conforme os organismos se adaptam ao meio ambiente. Este meio ambiente, que é a natureza, não decide, não julga nem seleciona de fato. São os seres vivos que continuam vivos ou perecem nela.

        1. Um ser consciente, que seja de algum modo uma pessoa. Você pode interpretar a própria natureza como Deus, fine. Mas Deus não é um velhinho de barba, nem um cara que pensa, se arrepende, constrói e reconstrói, tem uma consciência ou algo do tipo.

          1. Isso pode ser afirmado categoricamente? Isto é, a “crença” na não existência de um ser maior consciente não é apenas uma crença? Construída principalmente no fato da sua existência não ser provável nem comprovável hj? E sendo virtualmente possível não seria de fato apenas uma hipótese improvável? Como foi há 1.000 anos a hipótese de q a terra era “redonda”? Não é possível q daqui a 1.000 anos o ser humano olhe para o nosso tempo, assim como fazemos hj em relação ao passado, e diga: “Como eram tolos… mas é compreensível, é o q a tecnologia da época permitia q enxergassem…”? Enfim… até mesmo as “verdades” cientificas sucumbem ao tempo… mas nem por isso nós, arrogantemente, deixamos de proferi-las.

          2. Já tivemos essa discussão. É uma crença de que não há no que crer. Tá bom assim? rs

      2. Concordo com vc Salvador, até por que o objeto de estudo de Einstein era a relatividade e nunca foi provar a existência ou inexistência de Deus.

    2. não sei de onde vem esta ideia de que as “leis físicas” precisam ser decretadas por alguém… talvez tenha sido uma escolha infeliz de palavras, né? leis físicas não têm nada a ver com leis humanas. quem sabe elas pudessem ser chamadas de “constatações físicas”, não é? não ficaria tão bonito, mas evitaria confusões deste tipo.

      1. O Apolinário está fazendo apologia de Deus, David. Mas você tem razão, as leis naturais não são ações burocráticas, são consequências da forma do mundo. Prescindem de um legislador.

        1. Se são leis, são causa, não consequência. A forma do mundo é a consequência dessas leis – o que leva inevitavelmente à questão da existência de um Legislador. Einstein acreditava, e postulou, o princípio da invariância – o universo é governado por leis onipresentes, fortemente simétricas, que permeiam toda a existência. Nesse aspecto, não é infantil crer assim. Aliás, a crença em um Autor supremo é a explicação mais simples e mais elegante para essas leis tão extraordinárias.

          1. O problema é que Einstein descobriu, a duras penas, que Deus joga dados. (Ou seja, as leis do Universo, em seu estado mais fundamental, não são causais, são probabilísticas.)

          2. E quem criou Deus? Se ele não precisa de causa anterior, qual o motivo do universo precisar? Onde tá a simplicidade e a elegância nisso? Isso tem mais a ver com a nossa necessidade de colocar uma alfa em tudo e ter uma falsa sensação de controle do caos da natureza.

          3. Exato, Paulo. Ou admitimos que TUDO necessita de uma causa ou então aceitemos a ideia de que o Universo prescinde de uma causa. O que não podemos é empregar a “causalidade” apenas quando desejamos…

          4. “E quem criou Deus?” Parece obvio a resposta porem ai vai, antes de fazer a pergunta de quem criou Deus deve-se levar em consideração alguns fatores que seguem uma logica bíblica pois é lá que fala-se muito sobre Deus, quando os criacionistas se referem á Universo, á planetas, ao planeta Terra, ao ser humano, á animais, natureza, a prótons, a átomos, enfim á qualquer coisa estamos nos referindo as coisas criadas ou criaturas, ou seja tudo que se refere á criatura deriva de Seu Criador. Isto é uma logica!!!!!
            Porem ao nos referirmos á Deus, não nos referimos á natureza de uma criatura mas á natureza de um Criador, ou seja NÃO se aplica a mesma lógica que se aplica á criatura, pois existem alguns atributos que só Deus tem é peculiar ao Criador, nada no Universo tem. Primeiro: Deus é Eterno ou seja sempre existiu, segundo: Deus é imutável é o mesmo desde sempre, não se aperfeiçoa, não adquire mais conhecimento, sempre foi o que É.
            Em miúdos é uma é a logica da natureza da criatura e de tudo que é criado, outra coisa e muito diferente é a logica da natureza do Criador!!!!!!!!
            Fácil de entender porem difícil de assimilar para alguns, até entendo!!!!!!! kkkkkkkkk

          5. Cleber, o que você afirma, “Deus é Eterno ou seja sempre existiu, segundo: Deus é imutável é o mesmo desde sempre, não se aperfeiçoa, não adquire mais conhecimento, sempre foi o que É.”, não passa de uma DEFINIÇÃO, sem provas, sem lógica. Depende exclusivamente de crença de quem a escreveu ou a lê.

            Continua válida a pergunta: se para tudo tem que haver um criador, quem criou o criador?

          6. “DEFINIÇÃO, sem provas, sem lógica.”
            Não concordo com sua afirmação de ser sem logica pois independente de vc não acreditar nas provas, testemunhas que relatam experiências com Deus e Sua palavra, o que é um direito seu, porem existe uma logica sim.
            Natureza divina não se dimensiona pela logica da natureza da criatura, isto por mais que vc não aceite, é uma logica!!!!! É coerente, é uma explicação, tem começo, meio e fim!!!
            Tem mais lógica do que uma explosão do nada, existir do nada e vamos para o nada!!!!! Parabéns pelas suas provas e logicas bem elaboradas!!!!!! kkkkkkk

        2. Não é um beco sem saída afirmar categoricamente que não é preciso um legislador, já que é impossível saber o que tinha nesse ‘antes de tudo’?

      2. A frase do Apolinário referindo-se a Deus, também ao meu ver, pode ser interpretada como uma metáfora da religiosidade da fé em Deus, para atingir a plena compreensão das leis da natureza ou do Universo. É claro, que se todas as pessoas tivessem a mesma mente de Eintein, poderia pular essa frase, e entrar imediatamente no estado de erudição, expondo seus princícipos revelados a todos, como se estivessem no altar, não afirmando, mas reafirmando as leis fundamentais da natureza. Na verdade, a natureza não interpreta nada do que existe. A vida existe em simultaneidade com o Universo, e nós somos os protagonistas e descrevemos as leis que regem o Universo, que é exatamente as leis da natureza. Eintein com seu brilhante conhecimento atravéz da física, estabeleceu a teoria da relatividade, e muitos outros com exatidão há quase cem anos, e que estão sendo comprovados hoje com instrumentos de observações mais modernos.

    3. Vou apenas citar algumas frases de Einstein. Para mim, elas são eloquentes.

      1) “Sem religião, a ciência é manca; sem ciência, a religião é cega.”

      2) “O que realmente me interessa é saber se Deus poderia ter criado o mundo de um jeito diferente; em outras palavras, se a exigência da simplicidade lógica admite alguma margem de liberdade”

      3) “Deus não joga dados. A natureza esconde seus segredos por causa de sua elevação essencial, mas não por meio de ardis”

      4) “Quero saber como Deus criou este mundo. Não estou interessado neste ou naquele fenômeno, no espectro deste ou daquele momento. Quero conhecer os pensamentos divinos, o resto é detalhe”

      1. Tem esta, maravilhosa, de 1954, que não deixa dúvida. Anote aí.
        “A palavra Deus para mim nada mais é que a expressão e o produto de fraquezas humanas, a Bíblia uma coleção de lendas honradas, mas ainda assim primitivas, que são mesmo assim bem infantis. Nenhuma interpretação, não importa quão sutil, pode (para mim) mudar isto.”

      2. Mas a que eu mais gosto é desta citação aqui:

        “Eu nunca disse a maior parte das citações que atribuem a mim na internet…”
        [Albert Einstein]

      3. Observo que as minhas citações foram extraídas do maravilhoso livro de Abraham Pais: “Sutil é o Senhor – a ciência e a vida de Albert Einstein”.

        Uma bela obra escrita por alguém que conviveu com Einstein entre 1946 e 1955.

        1. Eu tirei minha citação de uma carta do próprio Einstein, que conhecia melhor seu próprio pensamento que muitos de seus amigos. 😛

          Você, em compensação, tirou uma frase dele fora de contexto, aquela da ciência cega. Veja aqui o contexto:

          “Now, even though the realms of religion and science in themselves are clearly marked off from each other, nevertheless there exist between the two strong reciprocal relationships and dependencies. Though religion may be that which determines the goal, it has, nevertheless, learned from science, in the broadest sense, what means will contribute to the attainment of the goals it has set up. But science can only be created by those who are thoroughly imbued with the aspiration toward truth and understanding. This source of feeling, however, springs from the sphere of religion. To this there also belongs the faith in the possibility that the regulations valid for the world of existence are rational, that is, comprehensible to reason. I cannot conceive of a genuine scientist without that profound faith. The situation may be expressed by an image: science without religion is lame, religion without science is blind.”

          Se quiser mais sobre o pensamento de Einstein sobre ciência e religião, recomendo a leitura completa deste material: http://www.sacred-texts.com/aor/einstein/einsci.htm

    4. O evangelho de Cristo […] é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê: primeiro do judeu, e também do grego.
      Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá pela fé.
      (Romanos 1:16,17)
      Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade pela injustiça.
      Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou.
      Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua própria divindade, se entendem e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;
      Porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.
      Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.
      Romanos 1:18-22.
      Apolinário, não perca tempo com esses perdidos. Não devemos lançar nossas pérolas aos porcos, para não suceder que eles as pisoteiem, e voltando, queiram nos ferir. A condenação desses é certa. Aliás, já estão condenados.

      1. Que bom! Entre passar a eternidade com você e suas lendas ou com Einstein e o Salva, fico com os últimos!

  34. Salvador. Tecer loas ao Einstein é lugar comum, pois super gênio. Mas nessa “diáspora” científica a comunidade de ciências crê que ele seja o maior de todos , mesmo considerando que os antecessores pavimentaram um grande caminho, particularmente Newton?

    1. A briga é boa, e é difícil comparar dados os contextos diferentes. Mas o meu favorito pessoal é Einstein.

      1. Leonardo Da Vinci, Galileu Galilei… Assim como Newton, Einstein estava sobre ombros de gigantes. A Humanidade é que é genial, pois sua sabedoria é o conjunto da sabedoria de todos esses.

        Ainda não sabemos quem será o gênio maior do século 21, mas ele terá mais recursos, mais conhecimentos básicos e mais tecnologia para suas pesquisas do que Einstein teve e não será por isso que vai ser maior que Einstein ou todos os outros anteriores a ele. 🙂

      2. Newton talvez supere Einstein. Até hj em qualquer projeto de Engenharia usa-se Física Newtoniana. A beleza do Cálculo Integral é coisa de maluco. 330 anos depois ainda estudamos o homem em vários ramos da Física. Mas Einstein é outro Titã. Os dois sem dúvida estão no mesmo patamar.

  35. Muito boa a matéria e o texto, como sempre, Salvador. Só achei o título um tanto incorreto, pois essa descoberta de Einstein, ainda nos anos 30, refere-se à teoria da relatividade, como a massa de um corpo pode alterar o caminho da luz no espaço; não tem nada a ver com evolução estelar.

    1. Veja, que a massa de um corpo pode alterar o caminho da luz é relatividade, e foi demonstrada em 1919. Mas o importante desse estudo não é confirmar — pela enésima vez — a relatividade. O importante é que, SABENDO QUE A RELATIVIDADE ESTÁ CERTA, pudemos calcular a massa da anã branca e com isso confirmar nossa compreensão de como anãs brancas se formam. É isso.

  36. Acho muito interessante este assunto, embora seja leigo . Fica assim uma pergunta: Se a estrela observada está a 18 anos-luz da Terra significa que o fenômeno observado pelos astrônomos ocorreu 18 anos atrás e não exatamente em março de 2014 ??

    1. Sim. Aconteceu 18 anos antes, mas a “notícia” só chegou 18 anos depois. 😛

  37. Gostaria de saber mais sobre o assunto. Como é ou foi calculado que a massa da anã branca seria 67% da massa do sol que ela já foi?

    1. Não 67% da massa original dela, a massa dela seria de 67% da massa do nosso Sol. A estimativa foi feita com base no espectro da estrela, sua temperatura e o que se esperaria de sua composição. E agora foi confirmada pela medição direta da massa, via lente gravitacional.

  38. hum…uma pergunta de um leigo: Se a massa das anas brancas são sempre 67% das do sol, parte-se do princípio que todas tem a mesma composição? pois eu imagino que se tivessem diferentes composições deveriam ter diferentes massas…faz sentido Salvador? Então “todos as estrelas terão o mesmo fim”?

    1. Não, não são todas. Essa em particular. Eles estimam com base nas propriedades dela e no que supõem ser sua composição e estrutura, com base nos modelos de evolução estelar. Mas cada anã branca tem um tamanho. E se passa de 1,4 massa solar (limite de Chandrasekhar) entra em colapso.

  39. Einstein até poderia imaginar que haveria um telescópio potente como o Hubble um dia.
    O que seria mais difícil imaginar, é que haveria computadores que poderiam calcular as rotas de todas estrelas visíveis para encontrar duas que passassem uma na frente da outra.

  40. Incrível como o intelecto de um único homem tem influído tão positiviamente, ressalto – na história da ciência. Mais de 60 anos depois da sua morte e mais de 100 da publicação da Teoria da Relatividade (nossaaaaa, ela já é centenária!), volta e meia o nome dele aparece em alguma manchete. Formidável.

  41. Eu amo a astronomia!
    Adorei a entrevista com o físico Marcelo Gleiser no “Conexão Sideral”.Que venham mais boas entrevistas como aquela.
    Abraços para você,Salvador!

  42. A partir desse supernovo sucesso da observação impossível, é possível concluir que Einstein não prega prego sem estopa, nem dá ponto sem nó? Também podemos dizer que, desde 1879, o alemão em questão tem chutado o tomate do pau da barraca das Exatas, sem pisar na bola multiversal?

    1. Ele teve uma boa dose de erros, de quase acertos, e de quase erros. Mais no meu próximo livro, em breve… hehehe

      1. Obviamente após essa resposta você deu um nó em meu neurônio esquerdo. Um quase acerto seria um erro? Seria um quase erro um acerto? Eram os Einstein deuses astronautas? Você está escondendo o jogo? Teria sido Einstein capaz de absolutamente tudo, inclusive errar? Essas questões serão desveladas em seu próximo (e já muito aguardado) cosmolivro?

        1. Um quase erro foi a constante cosmológica. Ela tinha uma razão de ser (a energia escura), mas ele não sabia disso.
          Um quase acerto foi o emaranhamento de partículas. Einstein o apresentou alegando ser absurdo, uma prova de que a mecânica quântica devia estar errada e essa “ação fantasmagórica à distância” violava a causalidade. E, no entanto, o emaranhamento é real.
          Einstein chegou a concluir que ondas gravitacionais eram impossíveis, até que lhe apontassem um erro em seu manuscrito e ele refizesse os cálculos, chegando à conclusão oposta! Um erro que virou acerto!
          O homem era genial, mas não infalível. O preço de ser revolucionário, de apostar em ideias novas, de empurrar as fronteiras do conhecimento, e também errar mais que os outros. Mas, mesmo quando errava, ele era genial. 🙂

  43. Esse raciocínio foi verificado há muitos anos num eclipse solar. Entretanto, pelo brilho, não consigo imaginar como se pode distinguir duas estrelas uma da outra.

    1. Pode-se distinguir uma da outra justamente porque a da frente encurva a luz da de trás. E parece que o pessoal não está entendendo. O resultado não é importante para provar a relatividade, que já estava provada desde 1919 e sobreviveu, desde então, a testes mais rigorosos que esse. O resultado é importante por usar uma propriedade da relatividade para testar nossa compreensão da evolução das estrelas. 😉

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