Como a humanidade visitou a Lua há 48 anos?

No dia 20 de julho de 1969, exatos 48 anos atrás, pela primeira vez uma espaçonave tripulada pousava na superfície da Lua. Apenas algumas horas após a alunissagem, Neil Armstrong e Buzz Aldrin se tornariam os primeiros humanos a caminhar sobre outro corpo celeste. Estava provado que a humanidade podia mesmo visitar outros mundos e não estava limitada a seu planeta de origem.

Após a Apollo 11, outras cinco missões tripuladas realizariam pousos na Lua, entre 1969 e 1972. Depois disso, contudo, ninguém mais voltou lá. Como esta jornada incrível foi acontecer e por que não se repetiu até hoje? Seria assunto para um livro inteiro, mas não temos todo esse tempo agora. Então, em comemoração ao 48° aniversário da histórica missão, o Mensageiro Sideral traz apenas um (longo) resumo da ópera.

No mais novo episódio de CONEXÃO SIDERAL, Buzz Aldrin relembra momentos da jornada. E, logo após o vídeo, confira a incrível história de como humanos pela primeira vez deixaram nosso planeta para fazer a viagem até a Lua. E, para os bravos guerreiros que chegarem até o final do texto, algumas respostas para perguntas comuns sobre as famosas missões que, sim, real e indiscutivelmente aconteceram.

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A IDEIA (1961)

No começo da década de 1960, os Estados Unidos estavam num duelo global pela supremacia geopolítica contra a União Soviética. Um dos aspectos essenciais dessa disputa consistia em provar superioridade tecnológica, e a conquista do espaço se tornaria uma bandeira crucial. No começo, os EUA estavam tomando uma lavada. O primeiro satélite artificial (Sputnik 1, 1957), o primeiro animal no espaço (Laika, no Sputnik 2, em 1957) e o primeiro homem em órbita (Yuri Gagarin, na missão Vostok 1, em 1961) foram todos russos. O presidente americano John F. Kennedy havia sido eleito justamente após o efeito Sputnik, acusando os EUA de estarem atrás dos russos em tecnologia de foguetes e mísseis. Quando a lavada parecia não ter fim, ele se reuniu com a chefia da recém-fundada Nasa para discutir que projeto de longo prazo estaria suficientemente distante e fosse tão desafiador que permitisse aos americanos chegarem à frente dos russos. A sugestão foi o envio de astronautas à Lua.

O CAMINHO TECNOLÓGICO (1962-1967)

Hoje, essa história não é contada com frequência, o que deixa a impressão de que a missão Apollo 11 nasceu do nada em 1969, como se tirada da cartola. Isso até pode encorajar pessoas a pensarem que ela foi uma fraude ou de algum modo não aconteceu como se conta. Mas qualquer um que resolva pesquisar a trajetória completa do programa espacial americano — e soviético — não terá dúvidas de sua veracidade.

Quando Wernher von Braun e sua equipe começaram a trabalhar nos planos para ir à Lua, ainda em 1961, enumeraram todas as tecnologias requeridas para ir até o solo lunar e voltar, com um plano adequado para executá-las. Seria preciso demonstrar que humanos poderiam trabalhar no espaço, dentro e fora de suas espaçonaves, que era possível se encontrar com uma outra espaçonave em órbita, acoplar-se a ela e manobrar de forma bem-sucedida para trocar de órbita e realizar a viagem da Terra à Lua.

Cada uma dessas etapas teria de ser completada antes que se chegasse a uma missão lunar completa, e para isso se prestaram os projetos Mercury e Gemini. As pequenas cápsulas Mercury, que voaram entre 1961 e 1963, só abrigavam um astronauta e, ao longo de seis missões, demonstraram que humanos podiam trabalhar bem a bordo de suas espaçonaves.

Os russos fizeram o mesmo com suas missões Vostok, que ainda tinham grande vantagem tecnológica sobre as Mercury. Os russos pretendiam concorrer pela conquista da Lua e para isso iniciaram também a formulação de seus planos. Mas só chegaram aos elementos do design, o projeto secreto L3-N1, dois anos depois dos americanos, em 1963. Nas pranchetas, graças ao arrojo de Kennedy em lançar e aprovar rapidamente um projeto de grande magnitude, eles já não tinham mais a dianteira. Mas, na realidade, pareceram manter vantagem até 1965, quando o cosmonauta Alexei Leonov realizou a primeira caminhada espacial da história, com a nave Voskhod 2.

Imagem da primeira caminhada espacial da história, feita por Alexei Leonov em 1965 (Crédito: FAI)

Contudo, a Voskhod, que era só uma versão mais caprichada da Vostok, não havia sido pensada com o desafio lunar em vista e tinha uma série de limitações. Nesse sentido, era bem diferente das cápsulas Gemini americanas, que foram projetadas justamente para dar suporte ao Projeto Apollo de conquista lunar.

Voando entre 1965 e 1966, as Geminis levavam dois astronautas em cada missão e testaram todas as tecnologias requeridas para a chegada à Lua. Além de equiparar a capacidade soviética de realizar caminhadas espaciais, as Geminis, ao longo de dez voos tripulados, foram as primeiras a realizar encontros, manobras de aproximação e acoplamento, além de voos de duração similar à requerida para a ida à Lua — mas tudo em órbita terrestre.

Em paralelo, todos os sistemas para o projeto Apollo estavam sendo desenvolvidos — dentre eles o foguete Saturn V. Os russos tinham seu próprio foguetão, o N1, e a espaçonave L3 era basicamente um módulo de pouso lunar acoplado a uma versão do que viríamos a conhecer como as naves Soyuz. A corrida entre os dois países estava em ritmo acelerado, mas só os russos realmente sabiam disso — os planos soviéticos eram mantidos em segredo na época, e as únicas pistas que os americanos tinham deles eram fotografias tiradas por satélite das plataformas de lançamento russas.

Não por acaso, essa época de pesquisa e desenvolvimento intensa foi a que consumiu mais dinheiro. O ano em que a Nasa gastou mais foi 1966, em que o orçamento chegou perto de 5% do total gasto pelo governo americano em todos os setores — uma fábula. Em dólares de hoje, seria algo como 45 bilhões. A Nasa de hoje, claro, gasta bem menos — cerca de US$ 19 bilhões por ano, correspondente a menos de 0,5% do orçamento total americano –, e isso ajuda a explicar por que o sucesso da Apollo jamais foi replicado.

E, claro, para os conspiracionistas, não custa lembrar que daria para fazer uma fraude por muito menos que US$ 45 bilhões. Mas esse não foi o único custo pago para a chegada à Lua. Houve vidas em risco também.

OS ERROS (1967)

Russos e americanos estavam numa corrida frenética. Não havia prêmio para o segundo colocado. Isso naturalmente seria a receita perfeita para uma tragédia. E ela aconteceu — dos dois lados.

Em 1967, os americanos já tinham uma suave dianteira sobre os russos e foram os primeiros a testar uma cápsula Apollo. O voo inaugural estava sendo preparado, e testes em solo estavam sendo conduzidos, quando, em 27 de janeiro, um incêndio acidental incinerou seus três tripulantes: Gus Grissom, Ed White e Roger Chaffee. Um escândalo — um acidente fatal com uma cápsula em solo. A Nasa teria de fazer uma investigação e repensar diversos sistemas para sua espaçonave lunar. Era a deixa que os russos precisavam para recuperar a frente.

Mas… eles estavam sob a mesma pressão que os americanos, com o agravante adicional de terem perdido seu projetista-chefe, o brilhante Sergei Korolev, em 1966. Um acidente do lado soviético era só questão de tempo — e nem foi muito tempo. A Soyuz 1 teria o mesmo destino da Apollo 1. Ela chegou a ir ao espaço, em 23 de abril de 1967, e ia testar a capacidade russa de encontro e acoplagem, mas uma série de falhas levaram ao fim trágico da missão — o para-quedas da cápsula falhou, e seu único ocupante, Vladimir Komarov, foi morto após ser esmagado contra o solo.

Os russos também teriam atrasos com seu foguete N1, o que acabou devolvendo a dianteira aos americanos.

A CORRIDA PARA A LUA (1968-1969)

Mais de um ano depois do acidente da Apollo 1, a Nasa estava pronta para retomar os voos tripulados. Após uma série de missões automatizadas para testar os sistemas e o foguete Saturn V, em 11 de outubro de 1968 voaria a Apollo 7, que levaria o módulo de comando — a cápsula que abrigaria os astronautas no espaço — até a órbita terrestre, num voo de 11 dias.

Os russos seguiam no encalço, e a Soyuz 3, primeira missão tripulada soviética após o acidente de Komarov, voaria em 26 de outubro.

Os americanos ainda estavam sob risco de perder. E nunca esse perigo se manifestou de forma tão intensa como quando chegaram notícias da Zond 5, uma espaçonave soviética que levou os primeiros tripulantes a um voo circunlunar — duas tartarugas, além de um punhado de bactérias –, em setembro de 1968. Foi a primeira espaçonave a ir até as imediações da Lua e retornar para um pouso na Terra. E um voo realmente tripulado podia vir a seguir; com efeito, hoje sabemos que Alexei Leonov estava escalado para estar nele.

Cinturões de Van Allen? Para essas tartarugas da sonda russa Zond 5, não foram problema! (Crédito: Reprodução)

Os americanos não tinham planos de ir até a órbita lunar antes de 1969. A ideia era testar primeiro o módulo lunar em órbita terrestre, e só depois ir à Lua. Mas o avanço dos russos obrigou a uma mudança de planos, levando a Apollo 8 — sem módulo lunar, só com módulo de comando — a ser a primeira missão destinada a ir à órbita lunar. Ela foi lançada em dezembro de 1968, e Frank Borman, Jim Lovell e William Anders se tornaram os primeiros humanos a entrar em órbita lunar, dando dez voltas ao redor da Lua, antes de retornarem em segurança à Terra.

A Zond 6 russa, levando mais uma vez só animais, não teve sucesso e se espatifou na reentrada. Os problemas se dissipavam de um lado e se acumulavam de outro. Àquela altura, os americanos já tinham confiança de ir à órbita lunar com astronautas. Faltava testar o módulo lunar e efetuar o pouso. A Apollo 9 testou os trajes espaciais lunares e o módulo lunar em órbita da Terra, e a Apollo 10 — segunda missão a ir à Lua — fez um ensaio geral: tudo foi realizado para um pouso, exceto sua conclusão. O módulo lunar foi levado a 15 km do solo e depois retornou, deixando apenas um “detalhe de Parreira” para a Apollo 11 — a alunissagem.

Àquela altura, o Saturn V já havia se provado como confiável para as missões — o mais potente foguete já projetado.

O foguete N1 russo, que levaria cosmonautas à Lua se ao menos conseguisse fazer um lançamento bem-sucedido. (Crédito: Reprodução)

Em compensação, os russos comiam o pão que o Tio Sam amassou com o foguete N1. Seu desenvolvimento havia começado quase quatro anos após o Saturn V, seu projetista-chefe estava morto, e o projeto tinha menos recursos do que os necessários. Seu primeiro voo-teste aconteceria em 21 de fevereiro de 1969 e duraria menos de três minutos. Fracasso. Outra tentativa seria feita a menos de 20 dias da vitória americana, no dia 3 de julho. Explodiu.

Em 16 de julho de 1969, o Saturn V levando Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins, a bordo da Apollo 11, estava pronto para partir.

APOLLO 11 (16-24 de julho de 1969)

Às 10h32 de Brasília, 9h32 de Cabo Canaveral, o Saturn V decolou, levando o trio de astronautas e a Apollo 11 até uma órbita terrestre baixa. Após uma volta e meia ao redor da Terra, o terceiro estágio do foguete, ainda acoplado à nave, disparou por 5 minutos e 48 segundos, colocando a Apollo 11 numa órbita translunar — a caminho da Lua.

O lançamento do Saturn V, peça essencial para a vitória americana com o projeto Apollo (Crédito: Nasa)

Por medida de segurança, a trajetória calculada era de “retorno livre”. Se algo desse errado no caminho, a nave faria um oito ao redor da Lua e retornaria para a Terra sozinha, só pela força da gravidade.

Uma vez na rota translunar, era preciso separar a nave do foguete. O módulo de comando e serviço (batizado pelos astronautas de Columbia) se desacoplava, virava em 180 graus e se encaixava ao módulo lunar, que estava preso ao terceiro estágio do foguete, protegido por quatro painéis que se soltavam. (Um deles, inclusive, é provavelmente o tal “óvni” que dizem que Buzz Aldrin viu a caminho da Lua — ele comenta isso na entrevista acima!)

Após a “extração” do módulo lunar, o terceiro estágio do Saturn V era manobrado para entrar numa órbita solar e não “incomodar” posteriormente.

A pedido dos astronautas, não houve experimentos a realizar na jornada de três dias e meio até a Lua — todos queriam estar concentrados para a fase crucial e inédita da missão. Salvo por dois ajustes de curso no caminho, o principal trabalho era se preparar para pousar na Lua.

Em 18 de julho, Armstrong e Aldrin colocaram pela primeira vez seus trajes espaciais lunares e testaram também os sistemas do módulo lunar.

Em 19 de julho, iniciou-se a manobra de inserção orbital lunar. Um disparo do motor do módulo de serviço por 357,5 segundos colocou a nave numa órbita elíptica, e um segundo disparo de 17 segundos circularizou a órbita com altitude em torno de 110 km.

Em 20 de julho, checagem final do módulo lunar Eagle e, 100 horas e 12 minutos após a partida da Terra (4 dias, 4 horas e 12 minutos), ele se desacoplou do módulo de comando Columbia. Na descida, Armstrong e Aldrin; em órbita lunar, ficaria Collins.

O módulo lunar disparou seu motor para frear e, com isso, acentuar sua descida até a Lua com a ajuda da gravidade lunar. Até aí, tudo exatamente como executado na missão de ensaio, Apollo 10.

A etapa final da descida, contudo, seria bastante tensa. Após novas manobras e o uso do motor de descida para um pouso controlado, Armstrong e Aldrin notaram que o terreno sob a nave estava passando alguns segundos antes do esperado — eles pousariam além do sítio de pouso originalmente planejado.

Para ajudar, o limitado sistema de computador da nave estava sobrecarregado por dados e disparando um alerta de falha constante. Armstrong teve de controlar a descida final para evitar terreno pedregoso e consumiu 40 segundos a mais de combustível do que o previsto — e menos de 30 segundos antes do limite de consumo estabelecido para o pouso.

E então, após alguns segundos de silêncio que pareceram uma eternidade no Centro de Controle, vieram as palavras de Armstrong: “Houston, Base Traquilidade aqui… o Eagle pousou.”

Às 17h17 de Brasília (16h17 em Cabo Canaveral), com o pouso bem-sucedido, começava um período de atividades de pouco mais de 21 horas em solo lunar — mas, claro, de todo esse tempo, a maior parte gasta dentro do módulo mesmo. À superfície da Lua, Neil Armstrong só desceu pouco mais de quatro horas após a alunissagem, às 23h39 (de Brasília). O astronauta abriu a escotilha e vagarosamente desceu à superfície, ativando a câmera para a transmissão ao vivo para a Terra enquanto estava na escada do módulo. Às 23h56 (de Brasília), colocou sua bota esquerda sobre o solo lunar. “Um pequeno passo para um homem, um grande salto para a humanidade.”

Edwin Aldrin na Lua, em 20 de julho de 1969. Armstrong aparece no reflexo do capacete. (Crédito: Nasa)

Cerca de 20 minutos depois, Aldrin se juntava a ele no solo. Eles colheriam amostras, instalariam um pacote de experimentos em solo e deixariam na Lua também medalhas comemorativas em homenagem àqueles que deram suas vidas pela conquista da Lua — não só o trio da Apollo 1, mas também Komarov, que morreu em 1967 na Soyuz 1, e Yuri Gagarin, que morreu num acidente de avião em 1968. A corrida era entre americanos e soviéticos, mas, uma vez vencida por alguém, a vitória era de toda a humanidade. Também foram levadas mensagens de boa-fé de 73 líderes mundiais e um broche com um ramo de oliveira, um símbolo de paz.

Aldrin foi o primeiro a retornar ao módulo lunar, seguido por Armstrong cerca de 40 minutos depois. No total, as atividades extra-veiculares duraram pouco mais de duas horas e meia.

De volta ao módulo lunar, um período de descanso de sete horas, antes da decolagem. O módulo foi construído em duas partes — a de descenso e a de ascensão, com a primeira servindo de plataforma de lançamento para a segunda.

Mesmo depois do pouso bem-sucedido, ainda havia tensão para a manobra. O presidente americano Richard Nixon já tinha até um discurso preparado por um assessor para o caso de haver fracasso na decolagem da Lua: “Esses bravos homens, Neil Armstrong e Edwin Aldrin, sabem que não há esperança em sua recuperação. Mas eles também sabem que há esperança para a humanidade em seu sacrifício.”

Felizmente não foi preciso ler diante do mundo a funesta mensagem. A decolagem se deu no dia 21 de julho, seguida pela acoplagem do módulo de ascensão com o Columbia, que àquela altura já havia dado 25 voltas ao redor da Lua.

Com amostras e astronautas transferidos ao módulo de comando, o módulo de ascensão é descartado, para cair no solo lunar, e o motor do módulo de serviço é acionado para colocar a nave no rumo de volta para a Terra. Em 24 de julho, o módulo de comando se desprendeu do de serviço e reentrou na atmosfera terrestre com a ajuda de para-quedas, sendo recuperado no Oceano Pacífico. Fim da maior aventura já empreendida por seres humanos. Começo de uma série de incursões lunares.

APOGEU E QUEDA DA ERA APOLLO (1969-1975)

A Apollo 11 provou que era possível ir à Lua, e as missões seguintes provariam que seria possível fazer mais — e que o perigo ainda estava à espreita.

A Apollo 12, que voou ainda em 1969, demonstrou a capacidade de pouso de precisão, descendo próximo ao veículo não-tripulado Surveyor 3. Os astronautas trouxeram de volta a câmera da sonda, para que a Nasa estudasse os efeitos do ambiente lunar sobre ela após alguns anos.

A Apollo 13, em 1970, devia pousar, mas um acidente no meio do caminho quase levou à morte dos astronautas. O que os salvou foi o uso do módulo lunar como um “bote salva-vidas” e uma trajetória de retorno livre, a exemplo daquela adotada cautelosamente no lançamento da Apollo 11.

A Apollo 14, em 1971, fez o que a Apollo 13 não conseguiu, e a 15 deu um salto qualitativo, com um módulo lunar atualizado e um jipe lunar dobrável, para dar maior alcance aos astronautas na exploração. Apollo 16 e 17, em 1972, também tiveram seus jipes, mas as missões lunares já não capturavam mais o interesse do público como antes.

Harrison Schmitt estava visitando paisagens como esta com o Lunar Roving Vehicle da Apollo 17, mas o público nem ligava mais. (Crédito: Nasa)

A corrida espacial chegava ao fim, a um custo extraordinário, e as missões Apollo 18, 19 e 20, embora planejadas, acabaram canceladas. A última espaçonave Apollo foi usada em 1975 para selar a paz entre americanos e soviéticos no espaço, num encontro em órbita com uma espaçonave Soyuz.

Depois disso, a Nasa foi comandada a buscar meios de reduzir o custo de acesso ao espaço, e o resultado foram os ônibus espaciais, que voaram entre 1981 e 2011. Os russos envidaram seus esforços para desenvolver estações espaciais, como a Mir, e os dois programas se encontraram em definitivo com a queda da União Soviética e a formação do consórcio de construção da Estação Espacial Internacional, liderado por russos e americanos em parceria.

Agora, com inovações tecnológicas e a aposentadoria dos ônibus espaciais, a Nasa fala novamente em voltar à Lua e talvez ir a Marte. Certamente, desta vez não será uma corrida, e sim um projeto de cooperação internacional, nos moldes da estação espacial. Mas os próximos capítulos certamente nos remeterão àquela era em que duas nações disputaram freneticamente a hegemonia no espaço e, com isso, catalisaram o que parecia impossível apenas uma década antes — levar humanos à Lua e trazê-los de volta em segurança.

PERGUNTAS QUE INSISTEM EM NÃO CALAR

1- Se realmente os americanos foram à Lua entre 1968 e 1972, por que jamais retornaram?

A principal razão é o custo. Com o fim da corrida espacial, não havia motivação suficiente para gastar o que seria necessário para manter ou expandir o Projeto Apollo. Na verdade, o grande projeto seguinte adotado pelos americanos foi o dos ônibus espaciais, justamente na esperança de reduzir o custo das missões espaciais. Não deu certo, os ônibus, apesar de reutilizáveis, se mostraram caros demais, e por isso nunca sobrou dinheiro para sequer tentar uma volta à Lua – até agora. Recentes evoluções da tecnologia, como os foguetes reutilizáveis (e baratos) da SpaceX de Elon Musk, e novas diretrizes estratégicas, como a aposentadoria dos ônibus espaciais, humanos brevemente estarão de volta à órbita lunar. Certamente isso acontecerá antes de 2025.

2- Quem filmou a descida de Neil Armstrong à superfície, se ninguém estava lá antes de sua chegada?

A câmera de TV era instalada do lado de fora do módulo lunar e era posicionada e ativada pelo astronauta na descida pela escada. Depois que ela foi ativada e controle da missão confirmou a recepção das imagens, Armstrong recebeu a autorização para descer os últimos degraus da escada e marcar sua bota no solo lunar.

3- E as inconsistências nas imagens, que mostram a bandeira tremulando, sombras não paralelas e penumbra sem atmosfera?

Essas ditas “inconsistências” na verdade são totalmente consistentes com a realidade lunar. Uma observação atenta das imagens mostra que a bandeira não tremula realmente, mas apenas balança respondendo à vibração do mastro conforme os astronautas a fincam no solo. As sombras são tão paralelas quanto possível num terreno irregular e acidentado. Qualquer observação de sombras sob o Sol, na Terra, mostrará que elas não se mostram paralelas sobre um terreno que não é plano. E é falsa a ideia de que as regiões não iluminadas diretamente pelo Sol deveriam ser completamente escuras na Lua. A questão da penumbra não tem nada a ver com a presença ou não da atmosfera, mas sim com a presença de fontes secundárias de luz. Quaisquer objetos que refletissem luz – como a superfície da Lua ou mesmo as roupas brancas dos astronautas – serviriam para iluminar parcialmente o ambiente na sombra.

4- E aquele papo de a Nasa ter perdido as imagens da missão Apollo 11?

Há um grande exagero nessa “perda”. As missões foram registradas com câmeras de filme fotográfico de altíssima qualidade, e nenhum dos vídeos ou fotografias obtidos assim foi perdido. A única coisa que a Nasa, por acidente, apagou foi a fita magnética que estava gravando o sinal original de TV recebido da Lua para a transmissão ao vivo. Uma estupidez, mas nada chocante, levando em conta que essas imagens já tinham baixa qualidade mesmo na versão original e se prestavam somente para exibição ao vivo. Ainda assim, a agência espacial americana fez grande esforço para “remasterizar” esse material, a partir de incontáveis cópias disponíveis em vários arquivos de TV espalhados pelo mundo, de forma que não há um segundo sequer da missão que não tenha seu vídeo hoje disponível.

5- E a entrevista do Stanley Kubrick no YouTube dizendo que ele filmou a missão Apollo 11 num estúdio?

Essa é uma das coisas mais bizarras da era “fake news”. O sujeito não se parece com Stanley Kubrick, não fala como Stanley Kubrick, mas tem gente que acredita que seja Stanley Kubrick. O mais engraçado é que no YouTube mesmo você pode encontrar trechos cortados dessa “entrevista” em que o diretor indica ao ator/“Kubrick” o que dizer e como se comportar para a câmera. É o nível de desonestidade típico dos negacionistas contumazes dos pousos lunares.

6- Os cinturões de Van Allen impediriam qualquer missão além da órbita da Terra! Por isso, as missões são falsas!

OK, vá dizer isso às tartarugas russas que viajaram na Zond 5 soviética e deram a volta na Lua em 1968! Na verdade, James Van Allen (e não Van Halen, pelamordezeus) era cientista envolvido com o primeiro satélite artificial da Nasa, o Explorer 1! Ele foi o responsável, em 1958, pela descoberta dos cinturões de radiação gerados pela interação do vento solar com o campo magnético da Terra, que já eram relativamente bem caracterizados na época das missões Apollo. Elas foram projetadas para reduzir ao mínimo a exposição dos astronautas aos cinturões, escolhendo o melhor ângulo para saída da Terra e fazendo a travessia rapidamente. Com efeito, medições foram feitas da exposição dos astronautas à radiação durante as missões e ficou constatado que nenhum deles chegou a sofrer exposições elevadas. (E temos de lembrar que a Estação Espacial Internacional rotineiramente cruza o mais baixo dos cinturões quando sobrevoa a Anomalia Magnética do Atlântico Sul, uma região em que a radiação deles atinge altitude menor, por razões ainda pouco compreendidas. Ninguém morre de envenenamento radioativo lá.)

7- E o jipe? Como podia caber o jipe grandão no módulo lunar?

O jipe só compôs as missões Apollo 15, 16 e 17. Ele era dobrável e ia numa área de armazenamento do lado de fora do módulo lunar. Os astronautas treinaram na Terra para retirá-lo e desdobrá-lo, e há vídeos tanto do treinamento em solo como da retirada do jipe na Lua. Não é um mistério que resista a uma simples busca de boa-fé no Google.

8- Quem podia filmar a decolagem do módulo lunar se ninguém ficava na Lua?

As decolagens só foram filmadas nas missões Apollo 15, 16 e 17, e o segredo para isso era o jipe, que tinha uma câmera, bateria e uma antena para comunicação com a Terra. Assim, a câmera podia ser controlada remotamente para acompanhar a subida do módulo de ascensão, e as imagens podiam ser enviadas para nós. O difícil era sincronizar o apontamento, por conta do atraso de mais de um segundo entre o comando ser transmitido daqui e chegar até lá. Ou seja, o controlador tinha de ordenar o movimento mais de um segundo antes para a gravação dar certo. E esse sucesso de sincronização só veio com a Apollo 17, num vídeo incrível que mostra o módulo subindo, subindo e subindo, bem mais que o teto de qualquer estúdio de Hollywood.

9- Mas se havia esse atraso nas comunicações, como seria de se esperar, como podem os astronautas conversarem em tempo real com o controle da missão?

Não podem, e não conversam. Há um atraso de alguns segundos entre perguntas e repostas, que pode ser notado com clareza nos áudios originais da Nasa. Às vezes, pelo atraso, eles falam uns por cima dos outros! Evidentemente, para apresentações em programas de TV, muitas vezes o silêncio é cortado para ganhar tempo e dar dinamismo à narrativa. Mas quem viu ao vivo sabe que havia atraso entre as falas. (Confira aqui uma recriação em tempo real do pouso da Apollo 11, que mostra isso!)

10- Por que os astronautas parecem caminhar como se fosse um vídeo exibido em câmera lenta?

A Lua tem gravidade que é um sexto da terrestre, o que exigiu adaptação dos astronautas para caminharem com mais eficiência por lá. Isso resulta nos movimentos observados. Não pense, contudo, que foi só glamour. Conforme as missões foram se sucedendo e os exploradores foram ganhando confiança, começaram a tentar movimentos mais casuais e não raro levaram capotes incríveis em solo lunar (como este da Apollo 16). Para se levantar, tinham de fazer manobras impensáveis – que nenhum truque de câmera lenta poderia reproduzir.

11- Por que não há uma cratera sob o módulo lunar, uma vez que seu motor-foguete foi usado para o pouso?

Os pés do módulo lunar tinham uma haste de quase 2 metros que sinalizava a proximidade com o solo para o desligamento do motor. Assim que ela tocasse o chão, uma luz de contato se acendia na cabine, e o motor era desligado. O último metro e meio de descida era feito em queda livre, com motor desligado. Ou seja, não houve grande exposição do solo à exaustão da tubeira. E o efeito foi ainda mais reduzido pelo fato de o módulo estar realizando um deslocamento horizontal até o momento do pouso.

12- E por que os pés do módulo lunar não afundaram mais no solo, considerando que ele desceu em queda livre o último metro e meio?

Cair na Terra é seis vezes mais agressivo do que cair na Lua. O incremento de velocidade pela gravidade lá era bem pequeno, e o módulo lunar em si pesava um sexto na Lua do que na Terra. Tudo isso contribui para não haver grande afundamento — apenas alguns centímetros — dos pés. Isso sem falar que as hastes de contato se colocavam por baixo dos pés no pouso, reduzindo ainda mais o quanto eles seriam capazes de afundar. (Repare no tamanho da haste e em como ela ficava sob o pé do módulo na foto que abre este texto!)

13- E as estrelas, por que não há estrelas nas fotos?

As câmeras fotográficas estavam reguladas para registrar os detalhes da superfície lunar, não as estrelas. Embora o céu seja escuro pela falta de atmosfera, é preciso lembrar que era dia na Lua, e o solo lunar brilhava vivamente refletindo a luz solar. Mais ainda os trajes brancos dos astronautas. A luz das estrelas era comparativamente muito mais fraca, e só registraria nas câmeras se o filme fosse exposto por muito mais tempo — e aí todas as imagens do solo lunar pareceriam ser um brancão estourado e indistinto. Confira o vídeo a seguir para entender melhor o que se passa.

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Comentários

  1. Sempre que alguém diz não acreditar que o homem foi a lua eu recomendo esse seu texto.
    É mais fácil você acreditar que tudo é uma grande mentira quando não se tem noção do IMENSO trabalho envolvido, dinheiro gasto nesse projeto e até vidas perdidas. É mais fácil acreditar que não é verdade quando não se entende o contexto, o momento histórico em que se passou tudo isso.
    Então acredito que esse belo resumo seja capaz de mudar algumas opiniões. Para melhor!
    Obrigado por isso!

  2. – Caro Salvador, parabéns duplamente. Primeiro pelo precioso texto com rigor histórico e contextual. Segundo pela infinita paciência com os leigos, os idiotas, os conspiracionistas e todos com problemas educacionais vários.
    – A educação e a instrução no Brasil regrediu as época das cavernas e foi mais retraída ainda
    com as ”noções religiosas” apregoadas hoje. Estamos vivendo uma era de desinformação total.
    – Textos como o seu mantem acesa chama do conhecimento, em meios as trevas culturais de hoje. De novo parabéns.

  3. Sem dúvida, a foto do cara pisando na lua pode-se dizer que foi o primeiro selfie. Imaginem esse “ajuste” de camera externa para filmar o cara descendo na escada do módulo. Tem muita conversa pra boi dormir nessa estória.

    1. Não tem foto do cara pisando na Lua. Tem vídeo, de uma câmera de TV presa no pé do módulo.
      Tem muita conversa para boi dormir mesmo. E normalmente quem cai na conversa para boi dormir é quem nunca pesquisou a fundo sobre o assunto. Fica a dica. 😉

  4. Salvador,
    Quando estiver mais calmo e tiver um tempinho responde minhas perguntas.
    dia 20/07/2017 1:47 pm

  5. Se com tecnologia de 50 anos atrás fosse possível ir à lua, descer lá com segurança, voltar para um módulo em órbita e retornar tranquilamente à terra e ainda levando três astronautas e suas bagagens de mão, hoje certamente até a Tanzânia teria uma base na lua.

    1. Você parte da falsa premissa de que existe uma rota pré-definida de progresso e de avanço para comunidades humanas. Não existe.
      Não custa lembrar que até hoje existem tribos de caçadores-coletores no mundo, que não praticam sequer a agricultura, uma inovação de 13 mil anos de idade.

    2. Se com tecnologia de 50 anos atrás fosse possível um avião supersônico voar com segurança, decolar e pousar tranquilamente e ainda levando centenas de passageiros e suas bagagens de mão, hoje certamente até a GOL teria um avião desses.

      Ops…

  6. hehehehe, se pensarmos bem, Aldrin teve uma oportunidade inestimável de ter sido o primeiro homem FOTOGRAFADO NA LUA!!! Pois armstrong, apesar de ter sido o primeiro a pisar nosso satélite, não tinha ninguém lá ainda para fotografar o grande feito! 🙂

    1. tô só brincando, gente!! óbvio que armstrong não perdeu a oportunidade de registrar sua própria primeira pegada! 🙂

      1. A foto “clássica” da pegada é do pé do Buzz. Não há registro individual de pegadas do Aldrin, se não me engano, David.

        1. A foto clássica da pegada é do Buzz, de fato. Não me lembro de o Armstrong ter registrado sua pegada.

  7. ” A corrida era entre americanos e soviéticos, mas, uma vez vencida por alguém, a vitória era de toda a humanidade. Também foram levadas mensagens de boa-fé de 73 líderes mundiais e um broche com um ramo de oliveira, um símbolo de paz.”

    Bem, acho que isto causaria uma boa impressão em eventuais alienígenas que futuramente viessem a analisar nossas marcas arqueológicas que deixamos em nosso satélite. 🙂

  8. Excelente matéria…tão boa que poderia ser até maior kkkkk

    Abraço!

  9. Salvador, você não respondeu a minha pergunta no meu comentário:
    “…os chineses tem condições de irem à lua?”
    Se não for possível uma resposta rápida, fica a dica para um novo texto no seu blog: OS PROGRAMAS ESPACIAIS DE OUTROS PAÍSES ALÉM DA RÚSSIA/URSS E ESTADOS UNIDOS, E AS POSSIBILIDADES DE EXITO DOS MESMOS

    1. Os chineses têm todas as condições de irem à Lua. Aliás, acho que respondi isso já. Eles vão lançar uma missão robótica de retorno de amostras entre o fim deste ano e o ano que vem, e seu próximo rover robótico será o primeiro pouso — por qualquer nação — no lado afastado da Lua. Eles também estão desenvolvendo tecnologias para levar astronautas até lá, mas o foco principal no momento para o programa tripulado é o desenvolvimento de uma estação espacial própria em órbita terrestre. Viagens de astronautas chineses à Lua são esperadas para daqui a uma década, mais ou menos.

      1. Os chineses “ainda” estão desenvolvendo tecnologia para enviar astronautas a lua…nossa! Os americanos já possuíam a quase 50 anos atrás…impressionante!!Sa

        1. E olhe que os americanos hoje ainda gastam mais com espaço que os chineses. E gastam um décimo do que gastavam nos anos 60 para ter ido à Lua. Ir à Lua não é tão difícil quanto é caro. 😉

  10. Eu assisti esse feito histórico e até hoje vibro com essa conquista humanitária e agradeço a Deus por ter me proporcionando vida e alegria para saudar estes seres humanizados e um pouco misteriosos como deuses do espáço é hoje até o Brasil ta mbem teu o seu candidato a Deuses.

  11. Salvador, revendo agora os planos da nasa de 1963 é que me toquei agora: onde estão os vários LEMs das missões? Caíram na Lua? Se perderam no espaço? Ou continuam orbitando nosso satélite?

    E os vários componentes intermediários? Os estágios do foguete, o módulo de transporte, etc… Estão até hoje vagando perdidos no espaço? Se sim, imagino que no futuro serão “tesouros arqueológicos” caçados por muitos aventureiros! 😀

    1. Os módulos de ascensão do LEM (que acabou virando LM, porque o nome Lunar Excursion Module dava a impressão de que os astronautas iam fazer passeios na Lua a um custo de bilhões de dólares) caíram na Lua, e os terceiros estágios do Saturn V estão por aí, em órbitas heliocêntricas. Os demais estágios caíram de volta na Terra após o lançamento. E os módulos de comando, claro, viraram peças de museu! O da Apollo 14 tá lá no Kennedy Space Center, que eu vi! 🙂

      1. Eu tbm, estou em Miami hoje, dia 21 estive no KSC inclusive fiz o passeio Cape Canaveral Early Space Tour… Simplesmente fascinante, visitar lugares onde homens fizeram história na corrida espacial

        1. KSC é imperdível para quem passa por aí e é fã de exploração espacial! 🙂

        1. Tive a oportunidade de ver um lançamento no KSC, foi uma das coisas mais emocionantes que já presenciei.
          Antes de visitar é melhor dar uma olhada na agenda de lançamentos para tentar ir nesse dia!

        2. Eu vi a Charlie Brown (CM da Apollo 10) no Museum of Science em Londres. A Columbia (11) tá no Air and Space Museum, em DC. Minha esposa foi e fotografou pra mim. 😀

  12. Olhando para essa foto do módulo lunar. Vendo aquelas emendas amarrotadas, aquele monte de papel de alumínio que parece dobrado pela D. Maria, rebitado por algum Sr. John Joaquim, lanterneiro de alguma esquina americana. Não entra na minha cabeça, apesar da pouca gravidade um Monofoguete conseguir subir em linha reta, mesmo com pouca gravidade, sem compensação de desvio, e pior! sem levantar poeira! Bom, ou o lobby deve ser grande ou as pessoas ditas inteligentes da atualidade estão com escamas nos olhos!

    1. Olhando para o comentário de um suposto “engenheiro”, recheado de falácias, sarcasmo e suposições sem a apresentação de um cálculo, evidência ou argumentos coerentes para corroborar as afirmações, só posso afirmar que as faculdades hoje em dia estão formando qualquer um que pague, mesmo que não aprenda absolutamente merda nenhuma. E ainda usa termos do arco da velha, como “escamas nos olhos”…

      Bom, mas já que você se dispôs a “levantar a lebre” (já que hoje é dia dos termos anciãos), me responda se for capaz…

      – De que forma as emendas amarrotadas, “papel alumínio”, rebites feitos por lanterneiros teriam alguma influência no lançamento do módulo?
      – Qual o motivo de um monofoguete não poder subir em linha reta? Que tipo de “compensação de desvio” deveria existir? Por quê?
      – O quanto de poeira deveria ser levantado? De que forma você acha que a poeira deveria se comportar?

      Já que você é um engenheiro não é pago pelos lobbystas, nem tem escamas nos olhos, deve poder responder com propriedade a todos os meus questionamentos! Por favor, o faça, aguardo ansiosamente pelas respostas!

      1. Dando um pitaco a mais sobre monofoguetes e uma ascensão em linha reta, não há impedimento, ainda mais na Lua. Monofoguetes decolam da Terra e podem perfeitamente subir em linha reta (compensando desvios causados pela atmosfera, que a Lua não tem) usando tubeiras móveis.

    2. Engenheiro que não acredita que o homem foi à Lua apesar de todas as provas e evidências e prefere aceitar crendices pseudo-científicas deveria ter o CREA cassado. Por favor, vá estudar sobre astronáutica, não é preciso muito, basta ler o post do Salvador e se aprofundar um pouco mais, em 1h vc se atualiza. Por favor, não envergonhe a classe!

  13. Salvador, parabéns pelo post!

    Vc fez um belo resumo de uma extensa história (que ficaria apertada dentro de uma biblioteca).

    Salvador, na correria do dia a dia, confesso q fica difícil estudar assuntos tão extensos e tão interessantes, porém, eh sempre bom poder contar com a leitura de seus artigos.
    Te vejo como um farol a iluminar o caminho de pessoas q estão a procurar mais sobre o vasto mundo q a ciência tem a nos mostrar.

    Para o nível de ignorância q nossa sociedade se encontra, inclusive eu, seus artigos são de grandissíssimo valor!

    Se me permite apenas uma crítica, se limite a iluminar as mentes carentes de conhecimento. Não perca tempo respondendo a provocação de tanto imbecil.

    Às pessoas ignorantes (e estupidas) que não possuem inteligência além do Google, deixo aqui, um texto bíblico q diz a seu respeito:


    A sabedoria clama em voz alta nas ruas, ergue a voz nas praças públicas;
    nas esquinas das ruas barulhentas ela clama, nas portas da cidade faz o seu discurso:
    “Até quando vocês, ignorantes, irão contentar-se com a sua ignorância? Vocês, zombadores, até quando terão prazer na zombaria? E vocês, tolos, até quando desprezarão o conhecimento?”

    Provérbios 1 20-22

  14. Pergunta sobre algo (pra mim) muito interessante: as missões Apollo ajudaram de alguma forma a desvendar o mistério da existência da Lua? A teoria do planeta Theia ficou mais/menos aceita depois das Apollo?

    1. A propósito, parabéns e obrigado pelo post. Foi um dos mais prazerosos de ler desde que acompanho o blog.

  15. Excelente texto Salvador!

    Gostaria de fazer uma pergunta. Ao ler o seu texto, fiquei meio ressabiado com a dificuldade que temos até hoje em desenvolver um módulo de propulsão para retornarmos da superfície de Marte, em uma possível missão tripulada àquele planeta.

    Em 69 conseguimos fazer o retorno do módulo lunar da superfície da lua até o módulo de comando, mas até hoje não temos uma solução parecida para retornarmos do “planeta vermelho”?

    Pelo que li até hoje, essa é justamente uma das grandes problemáticas em realizarmos uma missão tripulada desse porte. Ou estou equivocado?

    Mais uma vez parabéns e obrigado!

    1. A gravidade de Marte é muito maior (0,4 da Terra, contra 0,18 da Lua), e tem a atmosfera ainda por cima, além do fato da distância entre os dois planetas ser 100 vezes maior. É bem mais complicado. Mas nada intransponível.

  16. O que me intriga nestas fotos tiradas é a curvatura do horizonte, parece que a Lua é um rochedo de 10km e não 3 mil e 474. deve ser um problema das maquinas fotográficas antigas.
    Só mais uma pulga para os que não creem na missão espacial de levar homem ida e volta a superfície lunar, já que em outras missões eles passaram perto mas não desceram.

    um abração,
    Motta Moura

    1. O que me intriga nestas fotos tiradas é a curvatura do horizonte, parece que a Lua é um rochedo de 10km e não 3 mil e 474. deve ser um problema das maquinas fotográficas antigas.

      Muitas vezes é o ângulo da foto. Veja esta, por exemplo, da Apollo 17:

      https://static.thisdayinaviation.com/wp-content/uploads/tdia//2012/12/Apollo-17-crater.jpg

      Note que é possível ver o horizonte bem distante. Outra coisa que atrapalha a nossa percepção é a ausência de pontos de referência. Aqui na Terra temos prédios, estradas, montanhas verdejantes, vários features de relevo facilmente distinguíveis que não dão a impressão da distância. Na Lua não. É tudo praticamente da mesma cor, sem prédios, sem árvores, sem nada. Então parece que o horizonte está próximo, quando na verdade não está. E obviamente,
      ao ver uma imagem em duas dimensões (fotografia) a sensação de profundidade se perde,
      aumentando a impressão do horizonte estar próximo.

      Só mais uma pulga para os que não creem na missão espacial de levar homem ida e volta a superfície lunar, já que em outras missões eles passaram perto mas não desceram.

      No total foram 9 missões tripuladas, apenas 3 sobrevoaram sem pouso. Todas as outras missões, antes e depois das Apollo, foram não tripuladas (ao menos não por humanos).

  17. Mais uma vez um excelente texto!!!

    Sempre explicando coisas novas!!

    Eu “só” tenho 3 dúvidas (hoje) em relação a Lua.

    1. Dentro no nosso sistema solar a nossa lua é a maior, em relação a massa da terra vs massa da lua, correto? Em outros sistemas também continua sendo a maior?

    2. Tem alguma explicação para as crateras da Lua serem diferentes das crateras aqui na terra, logicamente ambas sendo antigidas por cometas similares?

    3. Existe eclipse solar parcial? Ou sempre que há um eclipse solar sempre a lua fica totalmente na frente do sol?

    Obrigado Salvador e parabéns pelo Post.

    1. 1. Não descobrimos ainda nenhuma exolua, então não podemos palpitar sobre outros sistemas. Em tese, luas como a nossa se formam por impactos, do mesmo jeito que nasceu o sistema Plutão-Caronte. Então a frequência de sistemas similares ao Terra-Lua está ligada à frequência de impactos do tipo. Como no Sistema Solar temos dois casos (de Plutão-Caronte é ainda mais acentuado), talvez não seja tão improvável. Mas a estatística é muito pequena para tirar conclusões.

      2. As crateras da Terra e da Lua nascem iguais. A diferença é que as da Terra são erodidas com o tempo, e muitas crateras pequenas, que se formam na Lua, não se formam na Terra porque a atmosfera impede a colisão.

      3. Ô se existe. Eclipses solares só são totais numa estreita faixa do globo, e na maior parte da região de onde são visíveis são parciais. É possível também ter um eclipse que, na Terra, é só parcial, se a linha de sombra da Lua correr por fora da Terra e apenas a faixa parcial recair sobre o planeta. E, claro, quando a faixa da sombra, mesmo parcial, cai toda fora do nosso planeta, temos só uma Lua nova…

      Abs!

      1. Absurdo total se pensar que o homem não foi a Lua! Os fatos estão ai e foram amplamente provados e discutidos, divulgados, e até fiscalizados por outros países concorrentes como a União Soviética por exemplo! O homem foi a Lula vai a Marte e nós já estamos ultrapassando todos os projetos de ficção científicas existentes até agora.

  18. Salvador, seu texto é ótimo. Aprendi muito com ele Vc é uma luz nessa escuridão de textos horríveis, mal escritos e desinformados do UOL.

  19. Citando o texto:

    (E temos de lembrar que a Estação Espacial Internacional rotineiramente cruza o mais baixo dos cinturões quando sobrevoa a Anomalia Magnética do Atlântico Sul, uma região em que a radiação deles atinge altitude menor, por razões ainda pouco compreendidas. Ninguém morre de envenenamento radioativo lá.)

    Gostaria de lembrá-los que a Estação Espacial Internacional (ISS) passará pela Anomalia Magnética do Atlântico Sul hoje (21/07) no fim da tarde, em outras palavras, vai passar por sobre o nosso Brasil.

    Aqui em Curitiba, estará visível à partir das 18:07 no sudoeste até às 18:13 se “pondo” à nordeste com magnitude -1,1, portanto, visível a olho nu.

    Pela trajetória da ISS, aparentemente vai dar pra ver no Brasil inteiro

    Ontem ela esteve visível também, e pude contemplar, pois o tempo estava limpo 😀

    Quem estiver interessado e quiser mais detalhes, recomendo o app para celular “ISS Detector” ou acessar https://spotthestation.nasa.gov/

    1. Pois é. Sugiro a observação particularmente a terraplanistas, que depois podem vir explicar como a ISS, inegavelmente passando por suas cabeças, pode orbitar uma Terra plana… rs

      1. Na cabeça oca dos Terraplana a ISS não existe, é um drone, ou um holograma, ou um balão (eles ainda não decidiram).

  20. Essa reportagem é ótima, pois traz detalhes interessantes do processo todo. Muito obrigado . Mesmo assim inútil para convencer os descrentes. Para quem não quer entender, formiga é o mesmo que elefante, não importam os fatos. A ciência envolvida nessa aventura está além da capacidade de entendimento de muitos. Nem perca seu tempo respondendo a comentário de descrentes. Descrer na ciência também é uma religião e as pessoas raramente mudam de fé.

  21. Salvador,

    Tirei o chapéu para o post. Pela primeira vez, vejo na internet um texto tão completo e abrangente quanto a essa questão, desde, o projeto inicial, seus motivos, atropelos, acidentes e as consequências.

    Todas as dúvidas foram dirimidas.

    Parabéns, ao Mensageiro Sideral.

    Abraços!

  22. Foi a primeira vez que fiquei tardona da noite acordada para ver. Emocionate quando ele pisou na luz…em preto e branco!

  23. Excelente texto, Salvador. Como sempre, informação passada com leveza e precisão.
    Sempre me interessei pelo tema da astronáutica e, especialmente, pelas missões Apollo. Não tinha conhecimento das homenagens prestadas na missão Apollo 11 aos astronautas mortos no longo caminho da conquista lunar e isso me comoveu bastante, principalmente pela lembrança aos cosmonautas soviéticos que também perderam a vida no processo. Esse tipo de gesto nos mostra a grandeza da alma humana, na maioria das vezes embotada por interesses e motivações bem menos nobres.
    Valeu!

  24. Pobres de nos !!! Nada sabemos desse mar infinito chamado Universo ! Quando penso que o universo e´infinito, consigo imaginar a terra como um grao de areia, sem querer exagerar. Se podemos ver a terra como um grao de areia, tento imaginar como somos pequenos. Somos menores que os atomos, somos seres proporcionalmente microscopicos, com seus carroes, suas mansoes, dinheiro, poder….kkkkkkkkkkkkkkkk. Poderiamos ao menos ser melhores e mais felizes se nao fossemos animais ” racionais “, pois a desgraça do homem anda de maos dadas com sua racionalidade, sua individualidade, sua ganancia e a sua velha mania de achar que aquilo que e certo para si, tem que ser certo para os outros tambem. Em breve havera a 3 Guerra, algo inevitavel ….talvez ai o homem comece a entender o quanto se desviou do caminho correto.

    1. Talvez o homem tenha ‘nascido no caminho errado’ e esteja se acertando aos poucos…

      Já vamos a 17 anos do séc. XXI e nenhuma grande guerra ainda. Nesta época o séc. XX via o milhões de mortos no auge da (primeira) guerra mundial…. o séc XIX via um maluco tentando (e até então quiçá conseguindo) conquistar o mundo…

      tenhamos fé.

  25. É impressionante que ainda existam ignorantes que duvidam das viagens à Lua, a falta de cultura é visível nestas pessoas.

  26. Salvador, responde uma dúvida minha sobre uma verdade ocultada pelos illuminati-maçônico-alien da nova ordem mundial?

    Como sabemos, na verdade a Terra é plana. E sendo plana, por que não temos pacotes turísticos para as grandes cascatas do fim do mundo?

  27. “When we left Earth : the NASA missions” – grande documentário e que explica com detalhes as origens, o desenvolvimento das missões espaciais desde o projeto Mercury até os ônibus espaciais. É fantástico e acaba com essa estupidez de achar que do nada paramos na Lua. Ou vão dizer que foi o Netflix que filmou ?

  28. Salvador, acho que com tantas asneiras para responder, você não viu minha pergunta. Não acha que se alguém realmente sério, cientista, engenheiro, técnico, astronauta, astrônomos, tivesse prova de que a viagem da Apolo foi uma fraude, não colocaria a boca no mundo faturando milhões em livros, palestras, etc?

    1. Achei que fosse uma pergunta retórica. Óbvio que, se houvesse como provar que o homem não foi à Lua, já teria sido feito. Não seria difícil para a União Soviética, por exemplo, mandar uma de suas missões robóticas posteriores à Apollo 11 especificamente para fotografar o sítio de pouso e demonstrar uma fraude. A URSS mandou diversas sondas à Lua após 1969. Mas não fez isso. Por quê? Porque eles SABIAM que era tudo verdade.

      O mais triste, na minha opinião, é que essas manias conspiracionistas nos roubam de nossa humanidade — da crença fundamental de que podemos e devemos ambicionar fazer coisas grandes, ir sempre mais longe. Os humanos, como espécie, tiveram uma vitória incrível em 1969. Pela primeira vez em 4 bilhões de anos de vida na Terra, uma espécie se ergueu acima do horizonte para visitar, de propósito, outro corpo celeste. É uma mudança imensa na história da vida na Terra, não só uma disputa infantil entre americanos e soviéticos. E, por conta de vieses ideológicos, tem gente que nega à humanidade o direito à grandeza, descartando a maior aventura de exploração que já empreendemos. Diminui a todos nós. É triste.

      1. Este segundo parágrafo (“o mais triste…..”) merece aplausos. Concordo com você, existem ‘n’ razões pelas quais as manias conspiracionistas são lamentáveis, mas essa é, filosoficamente, a mais bela de todas.

      2. Absurdo total se pensar que o homem não foi a Lua! Os fatos estão ai e foram amplamente provados e discutidos, divulgados, e até fiscalizados por outros países concorrentes como a União Soviética por exemplo! O homem foi a Lula vai a Marte e nós já estamos ultrapassando todos os projetos de ficção científicas existentes até agora.

  29. Parabéns Salvador pela qualidade da matéria. Parabéns Adriano, faço meu o seu comentário.
    Contra a ignorância, não tem remédio; porque intrinsecamente ela se recusa a aprender. Abç.

  30. Foi a primeira vez que todos os posts de uma reportagem. Achei muito divertido o modo como as pessoas se degladiam verbalmente. Isso diz muito de como estamos a Anos-Luz de apreender uma maneira decente de entrar num debate ampliando o conhecimento.

    O Mensageiro Sideral fez um excelente trabalho. Apenas uma dica: perca a paciencia, mas nao tente fazer as pessoas acreditarem nas evidencias do que voce mostra nas reportagens. Isso exige tempo exposto a outros conhecimentos e por vezes muito gente nao esta disposta a estudar, nao vale a pena insistir. Xingar, pra mim, nao uma boa politica.

    1. Regina,

      Vou defender o Salvador. Não sei se você acompanha o blog a muito tempo mas vem de longe esta profusão de comentários sem noção, principalmente quando se discute se o homem foi a Lua ou quando o debate é criacionismo x evolucionismo. E muitas vezes os comentários são ofensivos. Esta nossa mania de buscar o sempre politicamente correto ou que devemos filtrar as respostas , nos mantendo numa postura mais educada, muitas vezes é uma posição injusta. Muito carinha sem noção vem aqui simplesmente para denegrir o excelente trabalho do Salvador. E irrita bastante aqueles que criam teorias próprias para refutar cada argumento apresentado aqui. Na verdade a internet é um meio em que, infelizmente, muitos de nossos conceitos de civilidade não se aplicam.

      1. Concordo, não costumo comentar muito, mas sempre estou lendo os comentários. Tem muita gente que além de não ter respeito quando argumenta, usa de trocadilhos pra ofender.
        Não sei se nesse post ou em outro estavam havia uma pessoa com o nome de “salvador de galinhas”.
        Salvador não se de ao trabalho de converter os trolls, melhor nem dar assunto assim vc não se aborrece.
        Um abraço excelente texto

        1. Pois é. Além da paciência infinita, me cobram sangue de barata.
          Isso sem falar de comentários abertamente preconceituosos, às vezes racistas, e puramente ofensivos, sem conteúdo, que ficam só por aqui, não aparecem para vocês, mas naturalmente vão minando a minha paciência e alimentando minha indignação.

  31. E ainda ninguem explicou como estao indo pra Marte sem ter nenhum treinamento na Lua que fica aqui do lado… 3….2…1 (na falta de argumentos ataquem)… E lembrando mais uma vez: se alguem perguntar quem falou que o pouso na Lua foi mentira: pode falar que fui eu, viu?

    1. Falar, qualquer um fala. Agora, PROVAR, até agora ninguém conseguiu. Vai tentar ou vai continuar “falando”?

  32. A parte mais “legalzinha” desse “pouso” na Lua e’ o modulo lunar sem poeira na sapata (landing pad)… sem cratera nenhuma embaixo feita pelos foguetes propulsores quando desceu…. Ninguem merece… Chega a ser ridiculo. Mas vamos continuar no papel de robozinhos repetidores do que o Tio Sam manda a gente dizer… Ne’, pessoal?

    1. A ausência de cratera foi explicada no texto. Você não leu? Por que isso não me surpreende? E a ausência de poeira sobre os pés do módulo é explicada pelo mesmo motivo. Um objeto caindo com motor desligado não levantaria muita poeira. E a que levantasse, pela ausência de atmosfera e de correntes de ar, seria necessariamente levada para longe do módulo, não para perto dele.

    2. A parte mais “legalzinha” desse “pouso” na Lua e’ o modulo lunar sem poeira na sapata (landing pad)… sem cratera nenhuma embaixo feita pelos foguetes propulsores quando desceu….

      Por quê você acha que deveria ter poeira nos pés do módulo? E cratera? De que tamanho e profundidade acha que deveria ser?

      Ninguem merece…

      Ninguém merece ler as merdas que vc escreve.

      Mas vamos continuar no papel de robozinhos repetidores do que o Tio Sam manda a gente dizer… Ne’, pessoal?

      Mas vamos continuar no papel de robozinhos repetidores do que o Bill Kaysing manda a gente dizer… Né, pessoal? Ou vai me dizer que você pensou nessa da poeira, da cratera, sozinho?

  33. Salve Salvador!
    Mais um artigo sensacional! Muito bom mesmo! Obrigado!
    Sempre fico boquiaberto com sua paciência ao responder esses ‘lunáticos’, cientistas ao avesso que priorizam as suas crenças em detrimento da observação e da pesquisa. Daí essas esquisitices da farsa lunar, da terra plana, da vacina que causa autismo, do socialismo que não morreu, JFK e tantas outras… Déficit intelectual? Afinal pensar dá trabalho…
    Pra estimular a sua paciência: Você encontra inúmeros relatos na literatura espírita séria que existem “MULTIDÕES” de gente que morreu e ainda acredita estar encarnada! E não adianta demonstrar, usar a razão, fazê-los raciocinar por conta própria e a alguns até fornecer provas irrefutáveis. Não acreditam e pronto. Tem até cidade deles!
    Mais uma vez obrigado!

  34. Salvador.

    Seu texto foi fantástico como sempre. Seu blog sozinho vale a assinatura deste jornal, mas sinto uma certa melancolia de ver um assunto histórico tão interessante ser tratado como se fosse uma guerra santa.

  35. Peço às superpotências para que acelerem suas pesquisas espaciais para reduzir os custos de ir à Lua e que montem bases lunares. E que comecem uma disputa política e militar pela Lua. Venerável Mestre Rabolu diz que o primeiro sinal do final desse planeta é a Lua ser disputada. Profeta Daniel diz que no final dos tempos, a Ciência avançará muito. Não basta apenas fé ou crença. Quero que a minha fé ou crença seja confrontada com a realidade. Se nesse confronto, a realidade mostrar a verdade da minha crença, minha fé é reforçada; se for o contrário, minha fé fica abalada. Hercólubus só virá depois de ocorrer essa disputa.

    1. as pessoas no auge do império romano também achavam que a ciência estava muito avançada… e “primeiro sinal do final do planeta” você está sendo otimista, esses sinais poderiam ter sido indicados por inúmeros outros motivos muito antes da nossa época
      seria legal seu mestre Rabolu dar alguma previsão exata pra provar que sabe de alguma coisa mesmo

  36. Salvador, teu nome é paciência. Zilhares de imbecis bobinhos iludidos. E que chamam os americanos de “estadunidenses”. Devem comungar mandioca e milho, fazer o quê…

    Mas permita-me filosofar um pouco… as guerras (frias ou não!) acabam por nos darem avanços tecnológicos. Veja a máquina de Turing na Segunda Guerra: o berço da computação montado por antecessores geniais como Charles Babbage ali foi montado.

    Ao mesmo tempo que a guerra fria deu esse impulso na astronáutica, pelo mesmo motivo nascia em 1962 a semente do que viria a ser um tal TCP/IP, que foi a base de uma rede de defesa descentralizada, fundamental para responder a um ataque atômico. Nascia então a base da internet, que 30 anos depois explodiria.

    Internet que permite que os imbecis bobinhos estejam aqui teclando asneiras.

    1. “o berço da computação montado por antecessores geniais como Charles Babbage ali foi montado”

      Repeti o ‘montado’; falha minha. Mas acho que ficou a ideia. Sorry!

    2. Pois é. Mas precisamos encontrar uma força motriz melhor que a guerra para a inovação. Ciência, anyone? 🙂

  37. Salvador… os seus posts sao sempre um tiro no próprio pé… As pessoas estão acordando para a verdade. E a verdade é que o homem nunca foi a lua… e nem irá.

    1. Tá mais pra tiro no saco com os burraldinos que vem aqui vomitar ódio… 😛

    2. A verdade é que você é um idiota, e continuará sendo um idiota. E, pelos comentários idiotas, está parecendo um idiota Terraplanostra (que é um pleonasmo). Então XÔ pombo, vá arrulhar em outros blogs. Pruuu… Pruuu…

  38. “Good job”, caro Salvador!

    Lembro-me que, em 20 de julho de 1969, estudante do 2º ano Científico, fiquei “pregado” durante horas na frente da televisão(ainda em preto e branco!), para testemunhar aquele feito histórico. De fato, um grande passo da Humanidade!

    Legal a tua entrevista com o “Buzz” Aldrin! Minha bola de cristal nada mística(hehehe…) prevê que irás longe!

    Vi jornalismo científico de alta qualidade na tua matéria e comentários!

    Vida longa, man!

  39. O curioso que pouca ou nenhuma atenção foi dada as rochas lunares trazidas pelo projeto Apolo. Li por aí que as rochas lunares contêm uma pequena quantidade a mais de isótopos de oxigênio-17 do que as rochas da Terra, fazendo delas as mais antigas do sistema solar. Esta diferença não está completamente estabelecida. Sempre achei que as análises das rochas trariam excelente descobertas, mas parece que nada deu ou as descobertas não foram significantes. Também parecem ser guardadas em câmara de vácuo como segredos de estado, catalogas por missão identificando assim o local de extração. Ou pior ainda, tomara que não tenha sido classificada como algo sem importância.

    1. Você anda lendo as fontes erradas. Toneladas de pesquisas foram feitas com rochas lunares. Eu mesmo, que comecei a cobrir ciência em 2000, mais de 30 anos após as missões, já escrevi mais de uma dezena de reportagens baseadas em estudos novos com as rochas lunares. Imagino que a quantidade tenha sido maior nos anos 70, 80 e 90.

      1. Talvez você pudesse fazer a gentileza de fazer um resumo de poucas linhas aqui no blog mesmo destacando as principais descobertas sobre elas.
        Obrigado

        1. Caríssimo, em vez disso dei uma busca rápida no site da Folha com links que remetem a pesquisas feitas só entre 2010 e o presente baseadas em rochas lunares. Essas, claro, foram apenas as que tiveram mais visibilidade. Mas decerto há muitos outros papers, mesmo limitando-se a esse período.

          http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2014/06/1472790-pesquisa-confirma-formacao-da-lua-a-partir-de-colisao.shtml
          http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2013/05/1276213-analise-de-rochas-lunares-aponta-que-agua-da-lua-e-da-terra-tem-origem-comum.shtml
          http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1169391-agua-presente-em-cristais-da-lua-tem-origem-no-vento-solar-diz-estudo.shtml
          http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2011/08/961773-lua-pode-ser-200-milhoes-de-anos-mais-jovem-do-que-o-estimado.shtml
          http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2010/08/779083-lua-pode-ser-seca-sugere-estudo-com-medicao-de-cloro.shtml

          Note que nem todos eles parecem contar a mesma história sobre a Lua — na verdade, o que eles mais contam é que nosso satélite tem uma histórica rica, complexa, e que não pode ser completamente revelada nem mesmo com os 400 kg de rochas trazidos pelas Apollo. Provavelmente precisaremos de mais rochas, e mais estudos, para que um quadro completamente coerente comece a se formar.

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