Como a humanidade visitou a Lua há 48 anos?

No dia 20 de julho de 1969, exatos 48 anos atrás, pela primeira vez uma espaçonave tripulada pousava na superfície da Lua. Apenas algumas horas após a alunissagem, Neil Armstrong e Buzz Aldrin se tornariam os primeiros humanos a caminhar sobre outro corpo celeste. Estava provado que a humanidade podia mesmo visitar outros mundos e não estava limitada a seu planeta de origem.

Após a Apollo 11, outras cinco missões tripuladas realizariam pousos na Lua, entre 1969 e 1972. Depois disso, contudo, ninguém mais voltou lá. Como esta jornada incrível foi acontecer e por que não se repetiu até hoje? Seria assunto para um livro inteiro, mas não temos todo esse tempo agora. Então, em comemoração ao 48° aniversário da histórica missão, o Mensageiro Sideral traz apenas um (longo) resumo da ópera.

No mais novo episódio de CONEXÃO SIDERAL, Buzz Aldrin relembra momentos da jornada. E, logo após o vídeo, confira a incrível história de como humanos pela primeira vez deixaram nosso planeta para fazer a viagem até a Lua. E, para os bravos guerreiros que chegarem até o final do texto, algumas respostas para perguntas comuns sobre as famosas missões que, sim, real e indiscutivelmente aconteceram.

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A IDEIA (1961)

No começo da década de 1960, os Estados Unidos estavam num duelo global pela supremacia geopolítica contra a União Soviética. Um dos aspectos essenciais dessa disputa consistia em provar superioridade tecnológica, e a conquista do espaço se tornaria uma bandeira crucial. No começo, os EUA estavam tomando uma lavada. O primeiro satélite artificial (Sputnik 1, 1957), o primeiro animal no espaço (Laika, no Sputnik 2, em 1957) e o primeiro homem em órbita (Yuri Gagarin, na missão Vostok 1, em 1961) foram todos russos. O presidente americano John F. Kennedy havia sido eleito justamente após o efeito Sputnik, acusando os EUA de estarem atrás dos russos em tecnologia de foguetes e mísseis. Quando a lavada parecia não ter fim, ele se reuniu com a chefia da recém-fundada Nasa para discutir que projeto de longo prazo estaria suficientemente distante e fosse tão desafiador que permitisse aos americanos chegarem à frente dos russos. A sugestão foi o envio de astronautas à Lua.

O CAMINHO TECNOLÓGICO (1962-1967)

Hoje, essa história não é contada com frequência, o que deixa a impressão de que a missão Apollo 11 nasceu do nada em 1969, como se tirada da cartola. Isso até pode encorajar pessoas a pensarem que ela foi uma fraude ou de algum modo não aconteceu como se conta. Mas qualquer um que resolva pesquisar a trajetória completa do programa espacial americano — e soviético — não terá dúvidas de sua veracidade.

Quando Wernher von Braun e sua equipe começaram a trabalhar nos planos para ir à Lua, ainda em 1961, enumeraram todas as tecnologias requeridas para ir até o solo lunar e voltar, com um plano adequado para executá-las. Seria preciso demonstrar que humanos poderiam trabalhar no espaço, dentro e fora de suas espaçonaves, que era possível se encontrar com uma outra espaçonave em órbita, acoplar-se a ela e manobrar de forma bem-sucedida para trocar de órbita e realizar a viagem da Terra à Lua.

Cada uma dessas etapas teria de ser completada antes que se chegasse a uma missão lunar completa, e para isso se prestaram os projetos Mercury e Gemini. As pequenas cápsulas Mercury, que voaram entre 1961 e 1963, só abrigavam um astronauta e, ao longo de seis missões, demonstraram que humanos podiam trabalhar bem a bordo de suas espaçonaves.

Os russos fizeram o mesmo com suas missões Vostok, que ainda tinham grande vantagem tecnológica sobre as Mercury. Os russos pretendiam concorrer pela conquista da Lua e para isso iniciaram também a formulação de seus planos. Mas só chegaram aos elementos do design, o projeto secreto L3-N1, dois anos depois dos americanos, em 1963. Nas pranchetas, graças ao arrojo de Kennedy em lançar e aprovar rapidamente um projeto de grande magnitude, eles já não tinham mais a dianteira. Mas, na realidade, pareceram manter vantagem até 1965, quando o cosmonauta Alexei Leonov realizou a primeira caminhada espacial da história, com a nave Voskhod 2.

Imagem da primeira caminhada espacial da história, feita por Alexei Leonov em 1965 (Crédito: FAI)

Contudo, a Voskhod, que era só uma versão mais caprichada da Vostok, não havia sido pensada com o desafio lunar em vista e tinha uma série de limitações. Nesse sentido, era bem diferente das cápsulas Gemini americanas, que foram projetadas justamente para dar suporte ao Projeto Apollo de conquista lunar.

Voando entre 1965 e 1966, as Geminis levavam dois astronautas em cada missão e testaram todas as tecnologias requeridas para a chegada à Lua. Além de equiparar a capacidade soviética de realizar caminhadas espaciais, as Geminis, ao longo de dez voos tripulados, foram as primeiras a realizar encontros, manobras de aproximação e acoplamento, além de voos de duração similar à requerida para a ida à Lua — mas tudo em órbita terrestre.

Em paralelo, todos os sistemas para o projeto Apollo estavam sendo desenvolvidos — dentre eles o foguete Saturn V. Os russos tinham seu próprio foguetão, o N1, e a espaçonave L3 era basicamente um módulo de pouso lunar acoplado a uma versão do que viríamos a conhecer como as naves Soyuz. A corrida entre os dois países estava em ritmo acelerado, mas só os russos realmente sabiam disso — os planos soviéticos eram mantidos em segredo na época, e as únicas pistas que os americanos tinham deles eram fotografias tiradas por satélite das plataformas de lançamento russas.

Não por acaso, essa época de pesquisa e desenvolvimento intensa foi a que consumiu mais dinheiro. O ano em que a Nasa gastou mais foi 1966, em que o orçamento chegou perto de 5% do total gasto pelo governo americano em todos os setores — uma fábula. Em dólares de hoje, seria algo como 45 bilhões. A Nasa de hoje, claro, gasta bem menos — cerca de US$ 19 bilhões por ano, correspondente a menos de 0,5% do orçamento total americano –, e isso ajuda a explicar por que o sucesso da Apollo jamais foi replicado.

E, claro, para os conspiracionistas, não custa lembrar que daria para fazer uma fraude por muito menos que US$ 45 bilhões. Mas esse não foi o único custo pago para a chegada à Lua. Houve vidas em risco também.

OS ERROS (1967)

Russos e americanos estavam numa corrida frenética. Não havia prêmio para o segundo colocado. Isso naturalmente seria a receita perfeita para uma tragédia. E ela aconteceu — dos dois lados.

Em 1967, os americanos já tinham uma suave dianteira sobre os russos e foram os primeiros a testar uma cápsula Apollo. O voo inaugural estava sendo preparado, e testes em solo estavam sendo conduzidos, quando, em 27 de janeiro, um incêndio acidental incinerou seus três tripulantes: Gus Grissom, Ed White e Roger Chaffee. Um escândalo — um acidente fatal com uma cápsula em solo. A Nasa teria de fazer uma investigação e repensar diversos sistemas para sua espaçonave lunar. Era a deixa que os russos precisavam para recuperar a frente.

Mas… eles estavam sob a mesma pressão que os americanos, com o agravante adicional de terem perdido seu projetista-chefe, o brilhante Sergei Korolev, em 1966. Um acidente do lado soviético era só questão de tempo — e nem foi muito tempo. A Soyuz 1 teria o mesmo destino da Apollo 1. Ela chegou a ir ao espaço, em 23 de abril de 1967, e ia testar a capacidade russa de encontro e acoplagem, mas uma série de falhas levaram ao fim trágico da missão — o para-quedas da cápsula falhou, e seu único ocupante, Vladimir Komarov, foi morto após ser esmagado contra o solo.

Os russos também teriam atrasos com seu foguete N1, o que acabou devolvendo a dianteira aos americanos.

A CORRIDA PARA A LUA (1968-1969)

Mais de um ano depois do acidente da Apollo 1, a Nasa estava pronta para retomar os voos tripulados. Após uma série de missões automatizadas para testar os sistemas e o foguete Saturn V, em 11 de outubro de 1968 voaria a Apollo 7, que levaria o módulo de comando — a cápsula que abrigaria os astronautas no espaço — até a órbita terrestre, num voo de 11 dias.

Os russos seguiam no encalço, e a Soyuz 3, primeira missão tripulada soviética após o acidente de Komarov, voaria em 26 de outubro.

Os americanos ainda estavam sob risco de perder. E nunca esse perigo se manifestou de forma tão intensa como quando chegaram notícias da Zond 5, uma espaçonave soviética que levou os primeiros tripulantes a um voo circunlunar — duas tartarugas, além de um punhado de bactérias –, em setembro de 1968. Foi a primeira espaçonave a ir até as imediações da Lua e retornar para um pouso na Terra. E um voo realmente tripulado podia vir a seguir; com efeito, hoje sabemos que Alexei Leonov estava escalado para estar nele.

Cinturões de Van Allen? Para essas tartarugas da sonda russa Zond 5, não foram problema! (Crédito: Reprodução)

Os americanos não tinham planos de ir até a órbita lunar antes de 1969. A ideia era testar primeiro o módulo lunar em órbita terrestre, e só depois ir à Lua. Mas o avanço dos russos obrigou a uma mudança de planos, levando a Apollo 8 — sem módulo lunar, só com módulo de comando — a ser a primeira missão destinada a ir à órbita lunar. Ela foi lançada em dezembro de 1968, e Frank Borman, Jim Lovell e William Anders se tornaram os primeiros humanos a entrar em órbita lunar, dando dez voltas ao redor da Lua, antes de retornarem em segurança à Terra.

A Zond 6 russa, levando mais uma vez só animais, não teve sucesso e se espatifou na reentrada. Os problemas se dissipavam de um lado e se acumulavam de outro. Àquela altura, os americanos já tinham confiança de ir à órbita lunar com astronautas. Faltava testar o módulo lunar e efetuar o pouso. A Apollo 9 testou os trajes espaciais lunares e o módulo lunar em órbita da Terra, e a Apollo 10 — segunda missão a ir à Lua — fez um ensaio geral: tudo foi realizado para um pouso, exceto sua conclusão. O módulo lunar foi levado a 15 km do solo e depois retornou, deixando apenas um “detalhe de Parreira” para a Apollo 11 — a alunissagem.

Àquela altura, o Saturn V já havia se provado como confiável para as missões — o mais potente foguete já projetado.

O foguete N1 russo, que levaria cosmonautas à Lua se ao menos conseguisse fazer um lançamento bem-sucedido. (Crédito: Reprodução)

Em compensação, os russos comiam o pão que o Tio Sam amassou com o foguete N1. Seu desenvolvimento havia começado quase quatro anos após o Saturn V, seu projetista-chefe estava morto, e o projeto tinha menos recursos do que os necessários. Seu primeiro voo-teste aconteceria em 21 de fevereiro de 1969 e duraria menos de três minutos. Fracasso. Outra tentativa seria feita a menos de 20 dias da vitória americana, no dia 3 de julho. Explodiu.

Em 16 de julho de 1969, o Saturn V levando Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins, a bordo da Apollo 11, estava pronto para partir.

APOLLO 11 (16-24 de julho de 1969)

Às 10h32 de Brasília, 9h32 de Cabo Canaveral, o Saturn V decolou, levando o trio de astronautas e a Apollo 11 até uma órbita terrestre baixa. Após uma volta e meia ao redor da Terra, o terceiro estágio do foguete, ainda acoplado à nave, disparou por 5 minutos e 48 segundos, colocando a Apollo 11 numa órbita translunar — a caminho da Lua.

O lançamento do Saturn V, peça essencial para a vitória americana com o projeto Apollo (Crédito: Nasa)

Por medida de segurança, a trajetória calculada era de “retorno livre”. Se algo desse errado no caminho, a nave faria um oito ao redor da Lua e retornaria para a Terra sozinha, só pela força da gravidade.

Uma vez na rota translunar, era preciso separar a nave do foguete. O módulo de comando e serviço (batizado pelos astronautas de Columbia) se desacoplava, virava em 180 graus e se encaixava ao módulo lunar, que estava preso ao terceiro estágio do foguete, protegido por quatro painéis que se soltavam. (Um deles, inclusive, é provavelmente o tal “óvni” que dizem que Buzz Aldrin viu a caminho da Lua — ele comenta isso na entrevista acima!)

Após a “extração” do módulo lunar, o terceiro estágio do Saturn V era manobrado para entrar numa órbita solar e não “incomodar” posteriormente.

A pedido dos astronautas, não houve experimentos a realizar na jornada de três dias e meio até a Lua — todos queriam estar concentrados para a fase crucial e inédita da missão. Salvo por dois ajustes de curso no caminho, o principal trabalho era se preparar para pousar na Lua.

Em 18 de julho, Armstrong e Aldrin colocaram pela primeira vez seus trajes espaciais lunares e testaram também os sistemas do módulo lunar.

Em 19 de julho, iniciou-se a manobra de inserção orbital lunar. Um disparo do motor do módulo de serviço por 357,5 segundos colocou a nave numa órbita elíptica, e um segundo disparo de 17 segundos circularizou a órbita com altitude em torno de 110 km.

Em 20 de julho, checagem final do módulo lunar Eagle e, 100 horas e 12 minutos após a partida da Terra (4 dias, 4 horas e 12 minutos), ele se desacoplou do módulo de comando Columbia. Na descida, Armstrong e Aldrin; em órbita lunar, ficaria Collins.

O módulo lunar disparou seu motor para frear e, com isso, acentuar sua descida até a Lua com a ajuda da gravidade lunar. Até aí, tudo exatamente como executado na missão de ensaio, Apollo 10.

A etapa final da descida, contudo, seria bastante tensa. Após novas manobras e o uso do motor de descida para um pouso controlado, Armstrong e Aldrin notaram que o terreno sob a nave estava passando alguns segundos antes do esperado — eles pousariam além do sítio de pouso originalmente planejado.

Para ajudar, o limitado sistema de computador da nave estava sobrecarregado por dados e disparando um alerta de falha constante. Armstrong teve de controlar a descida final para evitar terreno pedregoso e consumiu 40 segundos a mais de combustível do que o previsto — e menos de 30 segundos antes do limite de consumo estabelecido para o pouso.

E então, após alguns segundos de silêncio que pareceram uma eternidade no Centro de Controle, vieram as palavras de Armstrong: “Houston, Base Traquilidade aqui… o Eagle pousou.”

Às 17h17 de Brasília (16h17 em Cabo Canaveral), com o pouso bem-sucedido, começava um período de atividades de pouco mais de 21 horas em solo lunar — mas, claro, de todo esse tempo, a maior parte gasta dentro do módulo mesmo. À superfície da Lua, Neil Armstrong só desceu pouco mais de quatro horas após a alunissagem, às 23h39 (de Brasília). O astronauta abriu a escotilha e vagarosamente desceu à superfície, ativando a câmera para a transmissão ao vivo para a Terra enquanto estava na escada do módulo. Às 23h56 (de Brasília), colocou sua bota esquerda sobre o solo lunar. “Um pequeno passo para um homem, um grande salto para a humanidade.”

Edwin Aldrin na Lua, em 20 de julho de 1969. Armstrong aparece no reflexo do capacete. (Crédito: Nasa)

Cerca de 20 minutos depois, Aldrin se juntava a ele no solo. Eles colheriam amostras, instalariam um pacote de experimentos em solo e deixariam na Lua também medalhas comemorativas em homenagem àqueles que deram suas vidas pela conquista da Lua — não só o trio da Apollo 1, mas também Komarov, que morreu em 1967 na Soyuz 1, e Yuri Gagarin, que morreu num acidente de avião em 1968. A corrida era entre americanos e soviéticos, mas, uma vez vencida por alguém, a vitória era de toda a humanidade. Também foram levadas mensagens de boa-fé de 73 líderes mundiais e um broche com um ramo de oliveira, um símbolo de paz.

Aldrin foi o primeiro a retornar ao módulo lunar, seguido por Armstrong cerca de 40 minutos depois. No total, as atividades extra-veiculares duraram pouco mais de duas horas e meia.

De volta ao módulo lunar, um período de descanso de sete horas, antes da decolagem. O módulo foi construído em duas partes — a de descenso e a de ascensão, com a primeira servindo de plataforma de lançamento para a segunda.

Mesmo depois do pouso bem-sucedido, ainda havia tensão para a manobra. O presidente americano Richard Nixon já tinha até um discurso preparado por um assessor para o caso de haver fracasso na decolagem da Lua: “Esses bravos homens, Neil Armstrong e Edwin Aldrin, sabem que não há esperança em sua recuperação. Mas eles também sabem que há esperança para a humanidade em seu sacrifício.”

Felizmente não foi preciso ler diante do mundo a funesta mensagem. A decolagem se deu no dia 21 de julho, seguida pela acoplagem do módulo de ascensão com o Columbia, que àquela altura já havia dado 25 voltas ao redor da Lua.

Com amostras e astronautas transferidos ao módulo de comando, o módulo de ascensão é descartado, para cair no solo lunar, e o motor do módulo de serviço é acionado para colocar a nave no rumo de volta para a Terra. Em 24 de julho, o módulo de comando se desprendeu do de serviço e reentrou na atmosfera terrestre com a ajuda de para-quedas, sendo recuperado no Oceano Pacífico. Fim da maior aventura já empreendida por seres humanos. Começo de uma série de incursões lunares.

APOGEU E QUEDA DA ERA APOLLO (1969-1975)

A Apollo 11 provou que era possível ir à Lua, e as missões seguintes provariam que seria possível fazer mais — e que o perigo ainda estava à espreita.

A Apollo 12, que voou ainda em 1969, demonstrou a capacidade de pouso de precisão, descendo próximo ao veículo não-tripulado Surveyor 3. Os astronautas trouxeram de volta a câmera da sonda, para que a Nasa estudasse os efeitos do ambiente lunar sobre ela após alguns anos.

A Apollo 13, em 1970, devia pousar, mas um acidente no meio do caminho quase levou à morte dos astronautas. O que os salvou foi o uso do módulo lunar como um “bote salva-vidas” e uma trajetória de retorno livre, a exemplo daquela adotada cautelosamente no lançamento da Apollo 11.

A Apollo 14, em 1971, fez o que a Apollo 13 não conseguiu, e a 15 deu um salto qualitativo, com um módulo lunar atualizado e um jipe lunar dobrável, para dar maior alcance aos astronautas na exploração. Apollo 16 e 17, em 1972, também tiveram seus jipes, mas as missões lunares já não capturavam mais o interesse do público como antes.

Harrison Schmitt estava visitando paisagens como esta com o Lunar Roving Vehicle da Apollo 17, mas o público nem ligava mais. (Crédito: Nasa)

A corrida espacial chegava ao fim, a um custo extraordinário, e as missões Apollo 18, 19 e 20, embora planejadas, acabaram canceladas. A última espaçonave Apollo foi usada em 1975 para selar a paz entre americanos e soviéticos no espaço, num encontro em órbita com uma espaçonave Soyuz.

Depois disso, a Nasa foi comandada a buscar meios de reduzir o custo de acesso ao espaço, e o resultado foram os ônibus espaciais, que voaram entre 1981 e 2011. Os russos envidaram seus esforços para desenvolver estações espaciais, como a Mir, e os dois programas se encontraram em definitivo com a queda da União Soviética e a formação do consórcio de construção da Estação Espacial Internacional, liderado por russos e americanos em parceria.

Agora, com inovações tecnológicas e a aposentadoria dos ônibus espaciais, a Nasa fala novamente em voltar à Lua e talvez ir a Marte. Certamente, desta vez não será uma corrida, e sim um projeto de cooperação internacional, nos moldes da estação espacial. Mas os próximos capítulos certamente nos remeterão àquela era em que duas nações disputaram freneticamente a hegemonia no espaço e, com isso, catalisaram o que parecia impossível apenas uma década antes — levar humanos à Lua e trazê-los de volta em segurança.

PERGUNTAS QUE INSISTEM EM NÃO CALAR

1- Se realmente os americanos foram à Lua entre 1968 e 1972, por que jamais retornaram?

A principal razão é o custo. Com o fim da corrida espacial, não havia motivação suficiente para gastar o que seria necessário para manter ou expandir o Projeto Apollo. Na verdade, o grande projeto seguinte adotado pelos americanos foi o dos ônibus espaciais, justamente na esperança de reduzir o custo das missões espaciais. Não deu certo, os ônibus, apesar de reutilizáveis, se mostraram caros demais, e por isso nunca sobrou dinheiro para sequer tentar uma volta à Lua – até agora. Recentes evoluções da tecnologia, como os foguetes reutilizáveis (e baratos) da SpaceX de Elon Musk, e novas diretrizes estratégicas, como a aposentadoria dos ônibus espaciais, humanos brevemente estarão de volta à órbita lunar. Certamente isso acontecerá antes de 2025.

2- Quem filmou a descida de Neil Armstrong à superfície, se ninguém estava lá antes de sua chegada?

A câmera de TV era instalada do lado de fora do módulo lunar e era posicionada e ativada pelo astronauta na descida pela escada. Depois que ela foi ativada e controle da missão confirmou a recepção das imagens, Armstrong recebeu a autorização para descer os últimos degraus da escada e marcar sua bota no solo lunar.

3- E as inconsistências nas imagens, que mostram a bandeira tremulando, sombras não paralelas e penumbra sem atmosfera?

Essas ditas “inconsistências” na verdade são totalmente consistentes com a realidade lunar. Uma observação atenta das imagens mostra que a bandeira não tremula realmente, mas apenas balança respondendo à vibração do mastro conforme os astronautas a fincam no solo. As sombras são tão paralelas quanto possível num terreno irregular e acidentado. Qualquer observação de sombras sob o Sol, na Terra, mostrará que elas não se mostram paralelas sobre um terreno que não é plano. E é falsa a ideia de que as regiões não iluminadas diretamente pelo Sol deveriam ser completamente escuras na Lua. A questão da penumbra não tem nada a ver com a presença ou não da atmosfera, mas sim com a presença de fontes secundárias de luz. Quaisquer objetos que refletissem luz – como a superfície da Lua ou mesmo as roupas brancas dos astronautas – serviriam para iluminar parcialmente o ambiente na sombra.

4- E aquele papo de a Nasa ter perdido as imagens da missão Apollo 11?

Há um grande exagero nessa “perda”. As missões foram registradas com câmeras de filme fotográfico de altíssima qualidade, e nenhum dos vídeos ou fotografias obtidos assim foi perdido. A única coisa que a Nasa, por acidente, apagou foi a fita magnética que estava gravando o sinal original de TV recebido da Lua para a transmissão ao vivo. Uma estupidez, mas nada chocante, levando em conta que essas imagens já tinham baixa qualidade mesmo na versão original e se prestavam somente para exibição ao vivo. Ainda assim, a agência espacial americana fez grande esforço para “remasterizar” esse material, a partir de incontáveis cópias disponíveis em vários arquivos de TV espalhados pelo mundo, de forma que não há um segundo sequer da missão que não tenha seu vídeo hoje disponível.

5- E a entrevista do Stanley Kubrick no YouTube dizendo que ele filmou a missão Apollo 11 num estúdio?

Essa é uma das coisas mais bizarras da era “fake news”. O sujeito não se parece com Stanley Kubrick, não fala como Stanley Kubrick, mas tem gente que acredita que seja Stanley Kubrick. O mais engraçado é que no YouTube mesmo você pode encontrar trechos cortados dessa “entrevista” em que o diretor indica ao ator/“Kubrick” o que dizer e como se comportar para a câmera. É o nível de desonestidade típico dos negacionistas contumazes dos pousos lunares.

6- Os cinturões de Van Allen impediriam qualquer missão além da órbita da Terra! Por isso, as missões são falsas!

OK, vá dizer isso às tartarugas russas que viajaram na Zond 5 soviética e deram a volta na Lua em 1968! Na verdade, James Van Allen (e não Van Halen, pelamordezeus) era cientista envolvido com o primeiro satélite artificial da Nasa, o Explorer 1! Ele foi o responsável, em 1958, pela descoberta dos cinturões de radiação gerados pela interação do vento solar com o campo magnético da Terra, que já eram relativamente bem caracterizados na época das missões Apollo. Elas foram projetadas para reduzir ao mínimo a exposição dos astronautas aos cinturões, escolhendo o melhor ângulo para saída da Terra e fazendo a travessia rapidamente. Com efeito, medições foram feitas da exposição dos astronautas à radiação durante as missões e ficou constatado que nenhum deles chegou a sofrer exposições elevadas. (E temos de lembrar que a Estação Espacial Internacional rotineiramente cruza o mais baixo dos cinturões quando sobrevoa a Anomalia Magnética do Atlântico Sul, uma região em que a radiação deles atinge altitude menor, por razões ainda pouco compreendidas. Ninguém morre de envenenamento radioativo lá.)

7- E o jipe? Como podia caber o jipe grandão no módulo lunar?

O jipe só compôs as missões Apollo 15, 16 e 17. Ele era dobrável e ia numa área de armazenamento do lado de fora do módulo lunar. Os astronautas treinaram na Terra para retirá-lo e desdobrá-lo, e há vídeos tanto do treinamento em solo como da retirada do jipe na Lua. Não é um mistério que resista a uma simples busca de boa-fé no Google.

8- Quem podia filmar a decolagem do módulo lunar se ninguém ficava na Lua?

As decolagens só foram filmadas nas missões Apollo 15, 16 e 17, e o segredo para isso era o jipe, que tinha uma câmera, bateria e uma antena para comunicação com a Terra. Assim, a câmera podia ser controlada remotamente para acompanhar a subida do módulo de ascensão, e as imagens podiam ser enviadas para nós. O difícil era sincronizar o apontamento, por conta do atraso de mais de um segundo entre o comando ser transmitido daqui e chegar até lá. Ou seja, o controlador tinha de ordenar o movimento mais de um segundo antes para a gravação dar certo. E esse sucesso de sincronização só veio com a Apollo 17, num vídeo incrível que mostra o módulo subindo, subindo e subindo, bem mais que o teto de qualquer estúdio de Hollywood.

9- Mas se havia esse atraso nas comunicações, como seria de se esperar, como podem os astronautas conversarem em tempo real com o controle da missão?

Não podem, e não conversam. Há um atraso de alguns segundos entre perguntas e repostas, que pode ser notado com clareza nos áudios originais da Nasa. Às vezes, pelo atraso, eles falam uns por cima dos outros! Evidentemente, para apresentações em programas de TV, muitas vezes o silêncio é cortado para ganhar tempo e dar dinamismo à narrativa. Mas quem viu ao vivo sabe que havia atraso entre as falas. (Confira aqui uma recriação em tempo real do pouso da Apollo 11, que mostra isso!)

10- Por que os astronautas parecem caminhar como se fosse um vídeo exibido em câmera lenta?

A Lua tem gravidade que é um sexto da terrestre, o que exigiu adaptação dos astronautas para caminharem com mais eficiência por lá. Isso resulta nos movimentos observados. Não pense, contudo, que foi só glamour. Conforme as missões foram se sucedendo e os exploradores foram ganhando confiança, começaram a tentar movimentos mais casuais e não raro levaram capotes incríveis em solo lunar (como este da Apollo 16). Para se levantar, tinham de fazer manobras impensáveis – que nenhum truque de câmera lenta poderia reproduzir.

11- Por que não há uma cratera sob o módulo lunar, uma vez que seu motor-foguete foi usado para o pouso?

Os pés do módulo lunar tinham uma haste de quase 2 metros que sinalizava a proximidade com o solo para o desligamento do motor. Assim que ela tocasse o chão, uma luz de contato se acendia na cabine, e o motor era desligado. O último metro e meio de descida era feito em queda livre, com motor desligado. Ou seja, não houve grande exposição do solo à exaustão da tubeira. E o efeito foi ainda mais reduzido pelo fato de o módulo estar realizando um deslocamento horizontal até o momento do pouso.

12- E por que os pés do módulo lunar não afundaram mais no solo, considerando que ele desceu em queda livre o último metro e meio?

Cair na Terra é seis vezes mais agressivo do que cair na Lua. O incremento de velocidade pela gravidade lá era bem pequeno, e o módulo lunar em si pesava um sexto na Lua do que na Terra. Tudo isso contribui para não haver grande afundamento — apenas alguns centímetros — dos pés. Isso sem falar que as hastes de contato se colocavam por baixo dos pés no pouso, reduzindo ainda mais o quanto eles seriam capazes de afundar. (Repare no tamanho da haste e em como ela ficava sob o pé do módulo na foto que abre este texto!)

13- E as estrelas, por que não há estrelas nas fotos?

As câmeras fotográficas estavam reguladas para registrar os detalhes da superfície lunar, não as estrelas. Embora o céu seja escuro pela falta de atmosfera, é preciso lembrar que era dia na Lua, e o solo lunar brilhava vivamente refletindo a luz solar. Mais ainda os trajes brancos dos astronautas. A luz das estrelas era comparativamente muito mais fraca, e só registraria nas câmeras se o filme fosse exposto por muito mais tempo — e aí todas as imagens do solo lunar pareceriam ser um brancão estourado e indistinto. Confira o vídeo a seguir para entender melhor o que se passa.

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Comentários

    1. Olha, os dois casos têm mais ou menos a mesma quantidade de provas. Por que você acha os dois tão diferentes, não sei… 😛

  1. Cara, essas suas respostas para algumas perguntas são um pouco contraditórias. 1º as câmeras para gerar imagens precisam de luz forte artificiais, pode aí ter a explicações das sombras, não é bem provável naquela época ter câmeras automáticas pra filmarem sozinhas, e sim, precisando de alguém e as câmeras eram muito grandes, já o sinal de transmissão? Se hoje em dia tem lugares que o sinal é péssimo em muito pontos da terra, imagine o sinal transmitido da lua? Se hoje em dia os sinais de rádio da NASA ainda tem falhas nas transmissões, na minha opinião impossível naquela época terem transmissões de imagens e audios tão claros com qualidade como foram mostrados.
    Como você pode dá essas respostas a essas possíveis perguntas sobre aquela época?

    1. Alain, não há nada de contraditório. Câmeras fazem ótimas imagens com a luz do Sol. você usa flash de dia? Naquela época também não precisava. Quanto ao sinal, use uma parabólica de 40 metros e veja se o sinal do satélite é ruim. E a qualidade das transmissões lunares, diferentemente do que você diz, era bem ruim, como esperado. Você confunde o material que eles trouxeram e revelaram depois (filme fotográfico) com as transmissões de TV ao vivo. Enfim, se você for pesquisar nas fontes originais — coisa que nenhum conspiraciotário faz –, vai descobrir que não há inconsistências.

  2. Ainda bem que não tem espaço para isso, mas porque não voltaram à Lua mesmo ???
    Será que o “pacto” de voltarem somente depois de 50 anos será cumprido ???

  3. O homem realmente pisou na Lua em 1969, mas é preciso ser muito ignorante no assunto para não crer nisso.

  4. Incrivel. Para cada evidencia uma desculpa bem argumentada parecendo que tudo isso é verdade. A melhor desculpa é sobre o custo da viagem. Esse cara deveria ganhar um premio pelas inverdades que disse. Eu vi ao vivo na TV em 1968. Imagens borradas que nem crianças acreditavam na época. Agora um pseudo jornalista falando bobagens, deveria ir trabalhar em Brasília. SÓ MAIS UMA PERGUNTINHA QUE NÃO QUER CALAR: E os chineses foram à lua? eles puderam bancar o ALTO custo? http://www.youtube.com/watch?v=FiLh6sEAySU

    1. Os chineses já mandaram orbitadores e jipes à Lua. Fotografaram os artefatos da Apollo, inclusive. 😉

    2. E os chineses foram à lua?

      Não pessoalmente.

      eles puderam bancar o ALTO custo?

      Sondas e satélites são MUITO mais baratas para enviar até lá, especialmente porque não precisa trazê-los de volta.

  5. PENSO QUE ESSA E MAIS ABSURDA FRAUDE DA HUMANIDADE, OS EUA , E OUTROS NUNCA PISARAM LA ……… TENHO UMA FILHA DE 16 ANOS , QUE ESTUDA AQUI NOS EUA, E OS ALUNOS COMO ELA NA SUA GRANDE MAIORIA, NAO ACREDITA NESSA HISTORINHA DE MANIPULACAO ECONOMICA E ” SUPREMACIA ” PARA ALIENAR O GADO MUNDIAL, PESQUISEM SOBRE TERRA PLANA , O PROPRIO SIMBOLO DA ONU , JA MOSTRA PRO GADO E O GADO NAO ENXERGA, CONSPIRACAO PARA ALIENAR O GADO PRA MAIS FACIL MANIPULA LO.

  6. Ninguem nunca pisou na Lua. Explicado? Nao existiu e ainda nao existe tecnologia pra isso. Nao estou dizendo que nunca haverá essa viagem, falo do passado e do presente.

    1. Ninguem nunca pisou na Lua. Explicado? Nao existiu e ainda nao existe tecnologia pra isso.

      É? E qual tecnologia é essa? Explique!

  7. Nessa época a guerra fria era intensa ( USA E UNIÃO SOVIÉTICA ) , era muito bom para ser verdade , dois anos atrás foi comemorado como façanha dos astronautas saindo da nave para consertar a mesma , foi uma comemoração intensa , isso é de estranhar pois foi uma coisa normal , pois estávamos no quintal da Terra !!!

    Agora ir a Lua , em 1969 !!! Com que tecnologia ?

    Outra pergunta !! Porque ninguém se habilitou ou teve a audácia de voltar novamente , se um dia foram ????

  8. Nosso Abnegado Salvador, bom dia.

    Parabéns! Texto extenso e, como sempre, muito explicativo e bem escrito.

    E com o plus-a-mais, provando que pessoas inteligentes realmente têm senso de humor: “detalhe de Parreira” foi genial.

    Obrigado. Já começou bem meu dia.

  9. Reportagem perfeita…. que comecem as teorias idiotas de conspiração de pseudo entendedores de porra nenhuma.

  10. Faz muito tempo que não leio uma matéria tão cheia de detalhes, completa e interessante. Parabéns e obrigado.

  11. Vc acredita em tudo que a NASA diz Salva. Desse jeito voce age como um juiz que aceita o depoimento do criminoso sem examinar os fatos. Ouse questionar!! Vc é cientista? Ouse questionar os métodos e as explicações da NASA. Há um video oficial da NASA em que o engenheiro Kelly Smith descreve a criação da nova geração de foguetes – Orion. No video ele descreve o desafio de passar pelo Van Allen e a radiação que pode comprometer os sistemas de navegação, computadores e outros eletronicos a bordo. Há outros 6 vídeos da NASA nos quais os “astronuts” celebram o fato de que eles vao estar indo além do lower orbit, quando esse feito já foi “conquistado” em 1969. Mas isso vai servir de evidência pra vc se vc quer continuar tomando o “kool-aid”?

    1. Não sou cientista, sou jornalista, mas isso não muda nada. E ótimo você citar o vídeo da Orion, porque mostra a desonestidade dos conspiraciotários. Claro que os componentes eletrônicos da Orion precisam ser testados no cinturão! Os da Apollo também! E outra: acredite se quiser, mas a eletrônica de hoje, por ser muito mais miniaturizada, é mais sensível à radiação dos cinturões que a antiga! Um único próton batendo num circuito integrado hoje pode produzir um erro de dados. Naquela época, um próton batendo numa válvula fazia pouca diferença! Então, não é questão de consumir só o que diz a Nasa. É questão de entender a ciência. Entender o que são os cinturões. Entender os riscos associados. Entender que qualquer novo veículo precisa ser testado independentemente. Se fizerem um novo modelo de carro ou avião, não precisariam testar porque já testaram outros modelos antes? Faz sentido isso?

      1. “Não sou cientista, sou jornalista, mas isso não muda nada”… Realmente, isso não muda nada! Parabéns pela tentativa na comparação…. Jornalista é muito mais entendido do que ciêntistas!… Ahã, tô sabendo.

        1. Tá, e ainda assim ninguém sequer tentou refutar os argumentos do post. Vai tentar ou vai continuar criando espantalhos?

    2. Uai, mas você duvida da NASA ou acredita na NASA? Precisa se decidir!!! Só acredita no que -supostamente – corrobora seu viés de observação, e duvida no resto? Pode isso, Arnaldo?

  12. Nunca ninguém foi a lua porque isso foi uma farsa por isso ninguém mais foi não tem como ir

  13. Prezado Salvador, meus parabéns pelo excelente trabalho que vem realizando nesse canal. Tenho uma pergunta: – Porque na imagem do filme original do homem pousando na lua, tem uma qualidade infinitamente inferior aos filmes da decada de 50? Inclusive a imagem tem uma qualidade inferior a filmes de Charlie Chaplin. Num momento desses, certamente não economizariam para mostrar ao mundo essa façanha.

    1. Porque a transmissão ao vivo foi feita com câmeras de TV, não com câmeras de filme fotográfico. Mas eles registraram a missão em filme fotográfico, que foi revelado quando os astronautas voltaram à Terra. Embora o filme fosse de 16 mm (no cinema costumava-se usar 35 mm, mas o tamanho era proibitivo para levar à Lua), a resolução é melhor que o Full HD atual, e as imagens são melhores que as do filme do Chaplin — e coloridas! 😉

  14. Titulo da materia : “Como visitamos a Lua a 48 anos e porque nunca mais voltamos lá”.

    Texto no primeiro paragrafo: “Como esta jornada incrível foi acontecer e por que não se repetiu até hoje? Seria assunto para um livro inteiro, mas não temos todo esse tempo agora”

    Acho que precisam mudar o título se a materia nao cobre o que ele chama…..

    1. A matéria cobre exatamente isso. Disse que não temos tempo para um livro inteiro, e por isso as respostas seriam resumidas. Mas estão todas lá. 😉

  15. Vamos ser francos e diretos. Sabemos que muito desta má vontade em relação aos americanos se deve a razões de ordem político-ideológicas, que acaba se refletindo mesmo em assunto que seja de ciências exatas.
    Pois bem…já que os rivais dos americanos de então, os soviéticos, não chegaram à Lua, por outro lado, os rivais de hoje, os chineses, parecem estar no rumo da Lua. Que tal, então, quando os chineses estiverem a caminho de lá, que os americanos não peçam aos chineses que esses deem uma ‘passadinha’ no Mar da Tranquilidade para atestar que a bandeira americana e a placa comemorativa do feito ainda estão lá? 😉

    1. Os chineses já declararam ter fotografado os artefatos da Apollo com um orbitador lunar. 😉

  16. Como será possível num futuro viagens espaciais se as distâncias no universo são enormes…

  17. Belo resumo! Se tudo der certo até o fim do ano voltaremos a colocar um objeto no solo lunar com a competição do Google Lunar XPrize… E com streaming em tempo real em alta definição!

  18. Eu me lembro muito desta notícia em 1969. “Homem pisava na lua”, era um marco que fica eternamente para a nossa História. Com seis anos que tinha na época, eu sentia uma admiração por estes homens que pisaram na lua pela primeira vez.
    Quase meio século se passaram, mais a lembrança ainda é muito nova…

  19. Se tem tantas dúvidas, pq não vão lá de novo e registram tudo em 4k. Esta “estória” esta mal contada…

    1. Aí é que está. Eles não têm dúvidas. Só os idiotas e conspiraciotários têm dúvidas. E não vale a pena gastar dinheiro com eles.

    2. pq não vão lá de novo e registram tudo em 4k

      De que adianta? Idiotas irão continuar afirmando que é farsa, que é mentira, que é CGI, e, como sempre, sem provar.

  20. Nossa consegui ler tudo haha parabéns Salvador por essa excelente, e explicativa, matéria!

  21. Meu amigo, o negacionismo tornou-se ideologia, virou dogma! Mesmo que um deles seja levado à lua, vendo e registrando tudo, ainda assim vai afirmar que foi tudo fruto de realidade virtual e hipnose.

  22. Nossa, que alento essa coluna! Inteligência, bom humor e assuntos super relevantes e interessantes. Você começa a ler e não consegue parar, parece um livro.
    Parabéns ao Salvador Nogueira e ao UOL!

  23. Salvador, creio que o principal fato de não voltarem na Lua foi a falta de interesse e o alto custo. A partir da ultima Apolo deram como missão encerrada. O que é de admirar é que muitas pessoas não acreditam que até hoje que o homem foi até a Lua. Se todos tivessem noção de que a distancia da Lua, ida e volta daria para percorrer com um carro de bom motor eu creio que mudariam de opinião. Existem questionamentos mais intrigantes sobre as viagens a Lua, como por exemplo, que Amstrong disse que toda missão foi acompanhada por objetos desconhecidos. Isto a Nasa nunca explicou.

    1. Veja a entrevista do Buzz. Ele fala sobre isso e sobre o que era. A explicação é trivial. 😉

  24. Hoje se tem mais tecnologia e no entanto não temos mais viagens espaciais.

    1. Como não temos? Desde 2000 não se passou um dia sem que houvesse astronautas na Estação Espacial Internacional…

  25. Nunca fomos para a lua, procure os videos e vera mil falhas nas imagens, ate vento tremulando bandeira. Sendo que supostamente nao existe vento la.

  26. O mais estranho que eu acho é o horizonte lunar, me dá impressão que a lua é do tamanho de um quarteirão, você ver os dois horizontes (ver o outro horizonte no capacete do astronauta), muito próximos, é um Studio de hollywood ?

    1. O mais estranho que eu acho é o horizonte lunar, me dá impressão que a lua é do tamanho de um quarteirão, você ver os dois horizontes (ver o outro horizonte no capacete do astronauta), muito próximos, é um Studio de hollywood ?

      O que é estranho é entrar aqui e comentar sem nem ler o texto! Isso é estranho! E quanto ao horizonte, PARECE próximo porque não há referencial. Aqui na Terra temos objetos, prédios, cidades, estradas. Lá não, parece tudo muito perto porque não há com o que comparar. Mas só parece. 😉

    1. É mesmo? Eu já fui ao Cazaquistão, mas não estou morando lá. E é bem menos inóspito que a Lua…

  27. Como eles passaram pelo cinturão de Van Allen. Me expliquem!
    Até a mentirosa nasa já adimite que nunca passou pelo cinturão.
    Acordem!!!!
    Vc são enganados.

    1. Até a mentirosa nasa já adimite que nunca passou pelo cinturão.

      Ué, mas se a NASA é mentirosa, você acredita nisso que eles falaram? Que contraditório!

  28. kkkkk coisa dos estaduzunidos enganar o povo como os politicos
    la na lua o espaço é escuro mesmo d dia e entao mesmo d dia nao tem como ver o sol entao nao tem como tirar foto da terra nem do sol kkkkkkkkkkk

    1. kkkkk coisa dos estaduzunidos enganar o povo como os politicos
      la na lua o espaço é escuro mesmo d dia e entao mesmo d dia nao tem como ver o sol entao nao tem como tirar foto da terra nem do sol kkkkkkkkkkk

      Nada disso que você falou faz sentido. Tente de novo, mas antes saia da internet e frequente uma escola.

  29. “Certamente isso acontecerá antes de 2025 (a nova viagem a Lua).” Gostei dessa informação, não ponho a mão no fogo que foi nem que não foi.

  30. Os caras tinham que ter bolas de aço pra ir pro espaço naquela época…. Armstrong era muito técnico e sangue frio… por isso q foi escolhido como comandante da 11.

    1. Sim! A ejeção dele no módulo lunar de teste em solo, pouco antes de explodir, é épica. E a missão Gemini dele foi incrível. Sujeito impressionante.

  31. Deus, tornou a sabedoria do homem em loucura ta escrito na bíblia. Como castigo, pela a rebeldia do homem contra DEUS. Eles receberam este castigo

    1. Dizem muitas coisas. Agora, PROVAR, não provam. Não acredite em tudo que dizem sem provas.

  32. Meu avô já falecido sempre disse que nunca o homem pisou na lua. Foi tudo encenação dos E.U.A. . E hoje eu quase acredito que ele tinha razão. É por isso que nunca mais em 48 anos o homem voltou a lua.

  33. Porque, nunca foram lá não passa de uma farca, é impossível do ser humano, ir ao sol ou a lua, não passa de uma mera vontade aliança a vaidade, h mano.

  34. Ótimo post, como sempre. E parabéns aos bravos astronautas que se sentavam no topo de uma bomba de três milhões de toneladas e percorriam milhares de km em ambiente hostil para completarem tamanha façanha da humanidade.

    E o Conexão Sideral foi a cereja do bolo!

    Agora…

    Let the chororô dos conspiracionistários begin!

  35. Chupa, soviéticos!
    Mas pera…
    Mas como é que eles entraram na Lua se ela é redonda e não tem porta?

    1. Fácil. Como ela é feita de queijo, só levaram um maçarico e cavaram um buraco! Aproveitaram pra fazer um fondue também.

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