AO VIVO: Sonda Cassini mergulha em Saturno

Salvador Nogueira

Depois de 20 anos no espaço e 13 anos revelando todos os segredos de Saturno, a missão Cassini chega ao seu final — produzindo dados científicos até o último segundo. A espaçonave mergulhou na atmosfera do segundo maior planeta do Sistema Solar e colheu informações sobre sua composição até se desintegrar como uma bola de fogo no céu saturnino. Acompanhe a transmissão ao vivo do Mensageiro Sideral, com imagens do controle da missão em Pasadena, nos EUA, e comentários do astrônomo Cassio Barbosa e do engenheiro aeroespacial Lucas Fonseca.

ÚLTIMAS ATUALIZAÇÕES

2h08 – A Cassini cruza a região da órbita da lua Encélado, já avançando para o domínio dos anéis de Saturno, rumo ao seu mergulho final.

4h14 – A espaçonave começa um rolamento de cinco minutos para apontar o seu espectrômetro de massa e íons na direção do mergulho, para que ele possa medir a composição da atmosfera. Sua operação passa agora a transmitir os pacotes de dados em tempo real, a modestos 3,4 Kbytes por segundo.

4h22 – A Cassini já cruzou a distância orbital do anel F, o mais externo dos anéis principais de Saturno.

5h45 – A sonda segue em contato permanente com a Terra desde que enviou suas últimas imagens, ontem.

7h00 Começando nosso feed de vídeo ao vivo (no player acima).

7h31 – Segundo as predições dos cientistas, nessa hora a Cassini começou a entrar na atmosfera de Saturno, a mais de 110 mil km/h. O ar ainda é muito rarefeito a essa altitude — mais ou menos a mesma densidade que se encontra, na Terra, na região orbital da Estação Espacial Internacional, a cerca de 400 km do chão. É quase nada, mas para a Cassini, a essa velocidade, é o suficiente para ela brigar com o arrasto para manter sua antena apontada para a Terra.

7h32 – Pelas estimativas, a Cassini já deve ter perdido a briga e sua antena não está mais apontada para a Terra. Esse é o fim de sua missão. Mas só saberemos em 83 minutos — tempo que os sinais de rádio dela levam para chegar à Terra, vindos de Saturno.

8h55 – SINAL CORTADO. Acabou a missão Cassini, tornando-se uma estrela cadente no céu de Saturno.

 

A MISSÃO

Lançada em 1997, a Cassini chegou a Saturno em 2004, onde foi responsável por incríveis descobertas, como a existência de oceanos de água líquida no interior das luas Titã e Encélado. Enquanto a primeira representa um ambiente muito similar ao que a Terra tinha quando a vida surgiu por aqui, a segunda tem fissuras em sua superfície que permitem que jatos de água escapem para o espaço. Ao atravessar essas plumas, a espaçonave confirmou que o ambiente do oceano de Encélado tem todas as condições para a existência de vida microbiana similar à encontrada no fundo dos oceanos terrestres.

A missão, que teve seu planejamento iniciado em 1982, consumiu US$ 3,9 bilhões e envolveu três agências espaciais: a americana Nasa, a europeia ESA e a italiana ASI. Um dos grandes destaques da missão foi o módulo europeu Huygens, que se desprendeu da Cassini e pousou em Titã em janeiro de 2005, tornando-se a primeira espaçonave a realizar um pouso numa lua que não fosse a da Terra.

Originalmente programada para durar só até 2008, a Cassini teve duas extensões de sua missão, que permitiram monitorar mudanças em Saturno conforme ele ia do inverno no hemisfério Norte para o verão (o planeta tem estações, como a Terra, mas elas se desenrolam muito mais lentamente, já que ele leva 29 anos para completar uma volta ao redor do Sol).

Agora, a missão tem de acabar porque não há mais combustível para manobrá-la. Deixá-la em órbita ameaçaria as luas potencialmente habitáveis, Titã e Encélado, de contaminação acidental de bactérias terrestres que possam ter sobrevivido a bordo da Cassini. Para evitar qualquer risco, decidiu-se por uma estratégia que foi batizada de Grand Finale — uma sequência de 22 órbitas que colocariam a Cassini entre Saturno e seus anéis.

A última órbita termina nesta sexta-feira (15). Existe alguma incerteza nos cálculos, mas a expectativa dos cientistas é que ela inicie a entrada na atmosfera de Saturno por volta das 7h31 (de Brasília) e perca a capacidade de manter sua antena apontada para a Terra apenas um minuto depois, mergulhando a uma velocidade superior a 110 mil km/h.

Os sinais, contudo, levam 83 minutos para viajar — à velocidade da luz — até as antenas gigantes da Deep Space Network em Camberra, na Austrália, onde serão captadas. Portanto, a Terra só ouvirá o silêncio que se seguirá à perda da Cassini por volta das 8h55.

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Comentários

    1. As imagens finais da sonda já foram divulgadas. Mas a Cassini não estava fazendo imagens no mergulho.

  1. A sonda Cassini foi destruída para evitar contaminação as luas Titã e Encélado, porém o módulo europeu Huygens, que se desprendeu da Cassini e pousou em Titã. Este módulo não pode significar contaminação também?

    1. O módulo foi descontaminado mais cuidadosamente. Mas, sim, o risco de contaminação não é zero. Mas pelo menos foi um pouso suave na superfície, e não há bactérias terrestres capazes de viver na superfície de Titã. O problema é maior com Encélado e seu oceano de água líquida em comunicação com o exterior.

    1. Acho seu comentário desproporcional chamando os terraplanistas de ignorantes. Justo você que tem o sobrenome “Carmo”. Imaginou se fosse “Agitado.”? Se carmo é assim, Jesus que me abane. Que falta de respeito feia. Eu por exemplo, moro num lugar onde tem uma planície tão grande que num raio de 20 Km não se vê nem um cupinzeiro de tão plano que é. Do meu ponto de vista, de nada adianta a terra ser redonda que a parte que vejo é sempre plana. Assim seu gerardo calmo, sigamos cada um com sua crença que tem coisa muito pior por aqui neste pais.

      1. Então o máximo que vc pode dizer é que seu quintal é plano. Sua visão é limitada e ignora o resto do planeta. Como se diz quando uma pessoa não conhece algo? Que ela é ignorante no assunto. Não é ofensa, é uma forma de dizer.
        E os terraplanistas não conhecem nada além daquilo que querem ver, e tiram conclusões baseado na limitação deles. Quem ignora fatos são comumente chamados de ignorantes.

      2. Se um dia aparecer alguém que afirma categoricamente que o número pi tem o valor de 3 nesta dimensão, então devo respeitar quem pensa assim e quer fazer propaganda disto na internet, fazendo outros ignorantes a praticamente lutar por algo que nem merece consideração? Quem difunde ignorância só piora as coisas neste mundo que já está bem ruim e não merece o mínimo respeito para suas crendices idiotas, que são inúteis e partem de um analfabetismo científico gigantesco que é explorado por aproveitadores de toda a espécie.

        Agora só faltava esta, os idiotas quem exigir respeito pelas suas opiniões imbecis! Já é a segunda vez que isto me acontece nestas últimas semanas.

        1. Se é a segunda vez, significa que o Sr. não está tendo a devida ponderação para tratar de assuntos diversos. Seja mais Carmo. Faça uma pausa na escrita sobre esses assuntos. Fique uns meses sem escrever. Enquanto descansa, você pode escrever sobre layout de calcinhas masculinas adicionando o elemento cor para obter um número maior de variação. Que lhe parece esta boa ideia?

          1. Então, Ricardo Valente, sua coragem para escrever desaforos é bem grande somente quando você está bem protegido pela Internet, não é? Se você se doeu pelo que eu escrevi, então está explicado porque você mencionou “calcinha masculina”: você ficou revoltadinho porque chamei uns idiotas colegas seus pelo exato adjetivo que eles merecem ser chamados e tirou a sua própria calcinha pela cabeça, não é?

      3. Tomei um susto ao abrir a sessão de Ciência da Folha e ver “Quem são e o que pensam os terraplanistas” 😛

    2. É evidente que a terra é plana! Por isto ela é chamada de “planeta”. Se fosse redonda, seria chamada de “redondeta” (esta é velha, mas como ninguém postou ainda resolvi postar)

    3. Leram a matéria?

      Muito engraçada, os caras são comediantes! citam até Matrix – sim o filme- como prova irrefutável da terra plana.

  2. Essa narrativa final da Cassini foi muito deprê, parece um parente que faleceu 🙁 …. Parabéns pela matéria .

  3. Off, mas não tão off assim: E em relação a Juno orbitando Júpiter, há alguma possibilidade do controle da missão reduzir o período da órbita?

  4. A Cassini se foi, mas deixou conosco seu encanto e alegria. Essa geração é privilegiada de ter visto um acontecimento deste, fruto da competência humana e do conhecimento científico que se acumulou desde os antigos que levantaram os dedos pela primeira vez para contar estrelas.
    Tudo isso foi abrilhantado e bem clarificado pelo nosso Mestre Salvador, que de forma sempre alegre e entusiasmada, se dedicou a descrever tudo com um vigor juvenil, colocando um pedaço dele em cada post que fazia sobre ela. Para a Cassini reservamos um espaço eterno nos nossos corações e para o Salvador, enviamos uma grande e barulhenta salva de palmas por tudo que fez com os melhores agradecimentos possíveis. Salva, muito obrigado.

  5. David,
    Está parecendo que eu te devo um livro do Salvador, mas para sermos justos, aguardaremos um pouco, pois pode ser publicada informação oficial com maior precisão da medida!
    E a propósito você ainda me deve a continuação do Teletransporte.

  6. Realmente um final épico!!!
    E acompanhado com nosso narrador oficial Salvador melhor e mais rico ainda a experiência! Parabéns Salvador.

    Salvador, como você disse, há bastante tempo você é jornalista de ciências. Você nunca tentou ou pensou em trabalhar (ou já foi convidado para algo) na Nasa em algum momento da sua carreira ou pretende?

    Abraços!

    1. Eu queria ser astronauta quando criança. Foi o limite do meu sonho de trabalhar na Nasa. Depois virei jornalista, a coisa pegou outro caminho. Mas estou feliz com as minhas escolhas. E acho que o Brasil precisa mais de mim que os EUA. Sou mais útil aqui.

      1. Ah com certeza você é mais útil aqui…se você estivesse na Nasa nesse momento, como seria tão divertido aprender ciências sem o Salvador “salvando” (péssimo trocadilho eu sei) a internet de tantas coisas inúteis? rsrs

        Quem dera que aprender ciência aqui no Brasil fosse levado mais a sério e mais divertido pras novas gerações pra termos mais “Salvadorzinhos” no futuro.

        Abraços!!

  7. Salva,
    A NASA divulgou o tempo certo decorrido entre o inicio dos disparos dos propulsores da Cassini e a perda do contato?
    Se você já falou no vídeo “Sorry” meu áudio está muito ruim e eu não percebi.

    1. Não, não falei. O que eles disseram é que ela durou cerca de 30 segundos mais que o previsto, com a perda de sinal às 8h55min46s. Mas o Earl Maize deu a entender também que ela entrou na atmosfera um cadinho mais tarde. Então, tudo que podemos dizer é “cerca de 90 segundos”.

  8. Realmente emocionante. É admirável o empenho dos cientistas, técnicos, engenheiros, enfim, de todos os homens e mulheres que dedicaram boa parte de suas vidas para garantir o sucesso dessa histórica missão. Um magnífico exemplo daquilo que a humanidade possui de melhor – sua inteligência, determinação, organização e sede de conhecimento. Humildemente, parabenizo a todos os envolvidos.

  9. Me lembrei da última cena de Blade runner, quando o replicante fala com detetive vivido por Harrison Ford..- Eu vi coisas no espaço que vocês humanos jamais sonhariam em ver…. Explosões, super novas… Imagine quantas coisas spirit “também viu”….

  10. A demora de 83 minutos para chegada do sinal à Terra só exemplifica o quanto estamos atrasados e lerdos em termos de comunicação de exploração espacial. Imagino que se a Cassini tivesse quebrado a cara em um asteroide sorrateiro, só estaríamos terminado de enviar a correção de rota uma hora e meia depois. Ainda assim, uma rota errada só seria possível de ser corrigida quase três horas depois. Neste tempo a Inês é morta E olha que Saturno é logo aqui na esquina do quarteirão. Imagine então uma pobre sonda lá em Tau Ceti. Enquanto não for dominada uma técnica de comunicação on line “real time” e desenvolvido equipamentos com tal aptidão devemos abandonar a pesquisa espacial e cuidar de coisas mais a altura do nosso nariz tais como velocidade do Metrô, do Ônibus Penha-Lapa, diâmetro da Praça da Sé etc.

    1. Sendo realista, não existe meio de ter comunicação em tempo real. Por isso precisamos de (1) IA e (2) exploração humana distante.

    2. Não estamos atrasados, é uma limitação física: as ondas eletromagnéticas se deslocam a 300 mil km por segundo no vácuo e não é possível acelerar isso.

      Só em ficção científica, como em Jornada nas Estrelas existe “comunicação pelo hiperespaço”. É só imaginação. Bonita, mas impossível.

      1. Gente… Como impossível?
        Ninguém aqui jamais ouviu falar de partículas entrelaçadas que interagem instantaneamente independente da distância.
        A comunicação em tempo real será uma realidade em menos de 20 anos.

        1. Há um engano comum nisso. De fato, elas podem interagir instantaneamente independentemente da distância. Contudo, para a informação ser “lida”, é preciso ter um canal “convencional” (limitado pela velocidade da luz) para que parte dos parâmetros essenciais à leitura seja comunicada entre os comunicadores. É um esquema ótimo para comunicação inviolável — as partículas emaranhadas não podem ser copiadas, então só quem as tem pode ter a informação –, mas não serve para comunicação acima da velocidade da luz.

          1. Deixa ver se entendi.
            Tenho quatro partículas entrelaçadas. Duas estão comigo aqui na Terra e outras duas meu astronauta leva para Marte. A primeira está numa caixinha vermelha e seu par marciano também. A segunda está numa caixinha amarela e seu par marciano idem.
            Quando estimulo a partícula da caixinha vermelha estou dizendo para meu astronauta lá em Marte: Ande.
            Quando estimulo a partícula da caixinha amarela estou dizendo para meu astronauta: Pare.
            Não! Não entendi.
            As partículas não se comunicam instantaneamente? Independente da distância entre elas?
            Então onde está a necessidade de um canal “convencional” (limitado pela velocidade da luz) para que parte dos parâmetros essenciais à leitura seja comunicada entre os comunicadores.
            Basta o cara olhar qual caixinha está piscando.
            Perdí alguma coisa?

          2. As partículas não se comunicam. Se você interagir com uma delas, define o estado da outra e aí o vínculo entre elas é cortado. Ou seja, para cada bit quântico você vai ter de enviar uma partícula. Seria um bocado de caixinhas para transportar. E mais: como há incerteza sobre o que você fez com a sua ponta, o cara na outra ponta só vai saber que você disse “ande” se você enviar, por um canal convencional, como interpretar o estado da partícula de acordo com a sua manipulação original. E mesmo que vocês combinem de antemão o que vai ser feito, o astronauta vai ter de saber quando olhar a partícula, porque se ele olhar antes de você mexer na sua, é você que vai interferir com a dele. Enfim, emaranhamento é complicado, mas está claro que, apesar de a interação ser instantânea, ela não pode ser usada para comunicação instantânea entre pessoas. Não reclame comigo, reclame com o Universo. 😛

          3. Salva, essa é uma questão interessante e já fiquei imaginando comunicadores usando entrelaçamento.
            Não vejo necessidade de um canal convencional. Vamos imaginar duas particulas entrelaçadas, uma fica na Terra e outra vai dentro de uma nave. Vamos usar uma pequena regra: quando a particula virar para a esquerda assumimos o valor 0, a direita o valo 1.
            O mecanismo de leitura são independentes, cada um tem o seu. Se eu giro a particula aqui na Terra ela vai girar na nave, o leitor na nave vai identificar e ter o 0 ou 1 lá, e o processo inverso também. Sendo assim podemos manter a comunicação entre os dois lados independente da distância.

            Não tenho a mínima ideia se isso funciona na prática, nem mesmo sei se é possível mater o entrelaçamento indefinidamente, não conheço a física quântica em detalhes.

            Mas é uma dedução simples e lógica (e um pouco romântica rsrsrs), até aqui não vi nada impeditivo devido à velocidade da luz.

          4. Você não vê, mas os cientistas veem. Porque você só pode emaranhar pares de propriedades específicas. E só dá para interpretar a informação se você souber como ela foi emaranhada na outra ponta, e essa informação só pode ser enviada por meios convencionais.

            (Uma coisa que é difícil de entender é que, se não fosse esse o caso, e informações pudessem ser transmitidas instantaneamente, isso violaria a causalidade. Explico isso no meu próximo livro.)

        2. Esta comunicação “instantânea” só seria possível dobrando o espaço-tempo sobre ele mesmo. E ainda assim não estaríamos, a rigor, conseguindo velocidades de transmissão maiores que a velocidade da luz: só estaríamos oferecendo um atalho pra informação percorrer um caminho menor até a gente…

          Bom, mas quando conseguirmos fazer isto não vamos mais precisar enviar sondas para estes lugares que queremos estudar, né? Poderemos ir pessoalmente… 🙂

    3. Dado o limite físico da velocidade da luz, estou certo de que a programação da nave considera todos os obstáculos conhecidos. E à velocidade que ela viaja, seria improvável fazer grandes desvios em poucos minutos, mesmo que ela tivesse capacidade de detectar e desviar-se autonomamente de obstáculos imprevistos .

      1. Discordo Denis. Tudo depende da distância em que a nave detecta os obstáculos imprevistos. Nossas naves estão longe de viajarem à velocidade da Luz. E um sistema sofisticado de radar, cujos sinais, esses sim, viajando `a velocidade da Luz, poderiam indicar um grau de desvio para a correção da rota, desviando-se assim do obstáculo fatal.
        Sabendo-se que: Quanto mais distante a nave estiver do obstáculo, menor será o desvio necessário. Sendo o oposto, correlativamente correto.

    4. Hoje, a tecnologia mais comum e eficaz que usamos para comunicação, são ondas, que se propagam por todos os lados. Existem estudos que podem ser utilizados por laser, mas não é para hoje, nem amanhã. É para o futuro, com instrumentação mais avancada, eficaz e direcionada, sem perder o foco. A tendência do futuro está caminhando para esse lado, muito antes da partículas emaranhadas que requer aparelho ultra sensível.

  11. Esta sonda teve um projeto muito bem executado, resultando em um equipamento durável e eficiente no seu máximo. Uma construção incrível que mostra do que somos capazes. Fico imaginando o que mais podemos fazer nos próximos anos com todo esse conhecimento. Antes, o céu era o limite, agora o limite foi empurrado um pouco mais para cima…

  12. Não vejo a hora das missões in loco para Encélado e Europa. Falando em Europa, a Huygens foi a primeira sonda européia enviada (de carona) para o Sistema Solar Exterior? Existe algum degrau extra de dificuldade técnica ou é só por decisão da ESA de focar mais nos planetas rochosos?

  13. Espetacular essa sonda, mostra como foi um sucesso sua montagem, e gerou uma monstruosa quantidade de conhecimento, agora no fim da missão no seu mergulho final em direção a Saturno entra para a eternidade e para os livros científicos. Que venham outras máquinas maravilhosas para explorar o ainda super inexplorado Sistema Solar.

    Bravo Cassini!

  14. Raramente vemos imagens originais dessas sondas, ficando o orgasmo dos admiradores ao sabor da imaginação dos artistas em computação gráfica. Exoplanetas, então nem se fala. Por que não exibir somente imagens originais?

    1. Mostramos um monte de imagens originais da sonda na live, explicamos por que são PB, qual é o lance dos filtros. Onde você estava?

      1. Exatamente imagens de baixa resolução, não muito diferentes do que se pode ver com um bom telescópio

        1. é, e parece que vc tem uma preguiça incompreensível de clicar e ir mais fundo nas coisas, né? não te passou pela cabeça que estas imagens são previews clicáveis, que você pode abrir para ler um texto mais detalhado sobre ela e baixar a versão na resolução original? tsc tsc, aprende a navegar na web primeiro antes de usar a internet…

        2. ah, e por favor, nos diga que telescópio é este que nos permite enxergar saturno com esta nitidez!!! :-O

  15. Caro Salvador!
    Há previsão de quando teremos informação/análise sobre os dados colhidos pela gloriosa Cassini nesta derradeira parte da sua última (e grandiosa) missão.
    Grato.

  16. Muitas dúvidas minhas já foram explicadas acima .

    Entretanto , gostaria de saber qual o tipo de combustível utilizado ao longo dos 20 anos da Cassini.

    Muito obrigado .

  17. “…a Terra só ouvirá o silêncio…”. Poético, emocionante. Salvador, vc está cada vez melhor!

  18. Humano são folgados, primeiramente quando dizem aqui na terra, nosso planeta, onde nosso? Só porque se habita. Lembrem-se estamos aqui como hóspedes q alugaram, e hóspedes ingratos. Segundo, mergulhou a sonda em Saturno kkk, seria interessante algum extra terrestre destruir seus equipamentos na terra também

    1. A sonda se desintegrou completamente num planeta gigante gasoso. Zero problema de contaminação. Aliás, foi para não contaminar mundos contamináveis que fez isso. O que você traveste de barbárie foi civilidade. 😉

      1. Em Titan me parece que não há evidências de prováveis vidas alienígenas. Por isso o módulo pode ser pousado. Confirma Salvador ? Parabéns grande.

        1. Não, Titã é um lugar promissor. Mas é o que eu falei, a superfície é inabitável para bactérias terrestres. Só o oceano interno, talvez, seja habitável para formas de vida terrestres.

        2. em muito lugar li a informação incorreta de que a Huygens “aterrissou” em Titan. Acho que o termo está errado, né?
          O correto não seria dizer que a Huygens “atitanissou”??? 😀

          1. Eu uso pousou para não entrar nessa discussão. Mas aterrissar parece estar certo também. Vamos e venhamos, aterrissar pode remeter tanto à Terra quanto a qualquer terreno. 🙂

    2. eu não me lembro de ter pago aluguel alguma vez pra ficar aqui no planeta. e vocês?

    3. Tanto esforço da ciência para investigar a origem da vida, que, se contaminar outros lugares habitáveis do nosso Sistema Solar, seria uma ingenuidade total!

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