Astronomia: Por que precisamos de ‘Star Trek’

Salvador Nogueira

“Star Trek” volta à televisão no momento em que o mundo mais precisa dela.

AUDACIOSAMENTE DE VOLTA
Peço licença ao leitor para falar mais de arte e de sonho que de ciência hoje. Nesta segunda-feira (25) estreia no Brasil, pela Netflix, “Star Trek: Discovery”. A série marca o aguardado retorno de “Jornada nas Estrelas” à televisão, e já não era sem tempo. O retrato do futuro que ela pinta jamais foi uma inspiração tão necessária.

HÁ UM FUTURO
A cultura ocidental sempre manteve um flerte com a noção de fim do mundo. Mas, francamente, a era das redes sociais e do “fake news” transformou a situação em namoro firme. Agora temos praticamente um boato de apocalipse por mês. “Star Trek” começa por mostrar que a humanidade tem um futuro e, pasme, ele é bom.

A RAZÃO IMPERA

Humanos do século 23 são guiados pela ciência e por uma ética secular, não por crenças e superstições. Não precisamos ir longe para saber que é uma boa ideia. A mortalidade infantil global entre os séculos 19 e 21 não caiu de 1 em 2 para 1 em 25 por acaso. Também não foi milagre. Foi ciência — vacinas e antibióticos. E pode melhorar ainda mais. Mas pode piorar também, com movimentos antivacinas e outras ações contra a ciência. Para baixo, todo santo ajuda.

DIVERSIDADE
Na Frota Estelar, não importa se você é árabe, se é negra, se é oriental, se é gay, se é azul, se é robô! A humanidade aprendeu que sua força vem não da pureza, mas da diversidade. Superamos nossos preconceitos. Ninguém no futuro de “Star Trek” defenderia veto sistemático a imigrantes com base em sua origem ou etnia. E, claro, haveria respeito à ciência quando ela diz que “reorientação sexual”, além de ser um eufemismo ofensivo, é simplesmente uma fraude.

NÃO SOMOS PEQUENOS
Ninguém em “Star Trek” acha que o fato de o Universo ser vasto e cheio de vida por todo lado faz de nós, humanos, menos especiais. Pelo contrário; é sermos parte desse vasto cosmos e podermos explorá-lo o que nos torna grandes. Pois cada nova descoberta nos remete a quem somos e nos ajuda a sondar a própria natureza humana.

BÔNUS TREKKER
O blog é de ciência, não de ficção, mas se você gosta de “Star Trek” e quer seguir acompanhando as novidades da franquia, sugiro que você visite o site Trek Brasilis, que eu e uma equipe mantemos já há 18 anos, e se inscreva no novíssimo canal do TB no YouTube (o vídeo da coluna hoje está hospedado nele).

A coluna “Astronomia” é publicada às segundas-feiras, na Folha Ilustrada.

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Comentários

  1. Olá Salvador,
    Li o post quando foi postado e fiquei empolgado com a série, deixei acumular u pouco mais de capitulos para começar a assistir.
    Estou no quinto episódio e posso dizer que muito decepcionado com a série.

    Tenho visto muito pouco de STAR TREK e muito de outras séries no roteiro, a cada vez mais estou menos esperançoso que isso vai mudar. Afinal agora virou uma série de guerra, antes era uma série de exploração com alguns episódios com conflitos.
    Até onde vi, o roteiro já apresenta várias falhas, algumas grandes até para a série clássica.
    Os efeitos realmente são bons, apesar de que em alguns momentos ficar parecendo desenho animado. Outro ponto positivo são as interpretações, há vários bons atores na série, especialmente comparando a serie clássica e a Next Generation, onde na primeira temporada havia algumas atuações horríveis. Vou tentar assistir até o final da temporada, mas provavelmente não continuo para a segunda.

    1. Tenho feito análises rigorosas de episódios no meu site trekker, o trekbrasilis.org. Então não vou discutir Discovery aqui nesse espaço. Mas sinta-se à vontade para passar lá e compartilhar sua opinião com outros trekkers.

  2. Roteiro fraco, diálogos sem graça (lembra até os diálogos de Power Rangers) principalmente quanto tentam explicar alguma questão “científica”. Gostei dos efeitos especiais, apesar de alguns exageros.
    The Expanse, também da Netflix, é bem melhor, possui um roteiro mais consistente, os personagens são mais bem trabalhados. Os efeitos especiais são ótimos também e, mesmo com algumas inconsistências, acho que retrata melhor a realidade do que em Star Trek. Apesar de que The Expanse se passa no nosso sistema solar enquanto Star Trek explora o universo, por isso ficar mais fácil descrever visualmente nosso sistema solar do que lugares ainda não visitados pela tecnologia humana.

    No fim, tudo é uma questão de gosto. Mas vale apena assistir e tirar sua própria conclusão.

    1. The Expanse é maravilhoso, mas claramente tem outra ideia — a de que a tecnologia não tornará o voo interestelar simples. De certa maneira, The Expanse retrata o que poderíamos fazer hoje se a Nasa tivesse orçamento ilimitado. Nesse sentido, Star Trek é mais visionário: mesmo depois de 50 anos, mostra coisas que ainda nem sabemos se dá para fazer, que dirá como.

    1. Eu acho que eles são ingênuos se pensam muito diferente disso. Estatísticas provam o que estou dizendo de forma incontestável, por mais que queiramos enumerar desvirtuamentos da ciência que tenham produzidos resultados maléficos. O mundo é muito melhor do que jamais foi graças à ciência. E desafio alguém a apresentar estatísticas que demonstrem o contrário.

  3. O terceiro episódio é o real início da Discovery, pelo menos, agora surgiu a nave com esse nome.

    Só lamentei o jeitão “dark” do episódio, com cenas horríveis de corpos mutilados. Outra coisa estranha foi o distanciamento do capitão em relação à tripulação. Pouca conversa, muito mistério. Estou com o pé atrás, talvez com o tempo eu me acostume, mas nas outras séries há mais camaradagem entre os personagens, aqui há muita desconfiança, até preconceito.

    1. É uma série com uma nova sensibilidade, para uma nova época. Para quem estava acostumado ao mamão com açúcar das séries anteriores, essa é diferente. Mas a diferença maior é no formato e não no espírito. Antigamente os personagens tinham de se manter estáveis episódio a episódio, assim como as relações entre eles. Vivia todo mundo “congelado” no tempo. A serialização de Discovery vai permitir vermos essas relações — antes estáticas no tempo — evoluírem. Então, realmente, começamos numa nave misteriosa e cheia de desconfiança. Vamos ver a confiança crescer aos poucos, e cheia de percalços pelo caminho — como é na vida real, e não numa série de episódios que podem ser vistos em qualquer ordem.

  4. Uma pegada de Trek : a audácia em fazer a diferença sem medo da morte. Mas não só isso, pois fosse assim, klingons estariam no mesmo patamar de humanos e vulcanos. A pitada de sal é fazer a diferença, mas pelo menos nessa saga, a vitória sempre coroa a uma audácia desenvolvida dentro dos limites da justiça.
    Existe uma legião de heróis por aí que agem com audácia em busca de justiça no anonimato. O policial que evita um assalto sob risco de morte quando estava de folga, um médico que deixa de dormir várias noites além de seus plantões por vidas, o professor que vai além de seu contracheque, por um aluno que lhe inspira um pedido de ajuda, o responsável por um sistema anti-misseis nucleares, que tem sanidade suficiente para deduzir que o disparo de um alarme pode ser uma pane e assim não apertar com afoiteza o botão do contra-ataque.. e por aí vai…
    Como em Trek, é possível que no mundo real, baste apenas um herói para resolver o estrago da deixa de muitos anti-heróis, e colocar as coisas no eixo, o que dá sempre uma esperança nesse mundo superlotado.
    Torço que sejam alguns deles, esses heróis que depositam sua energia vital em uma causa justa, que guiem a humanidade para ir audaciosamente onde nenhum homem jamais esteve.
    Se levarem no saco todos os outros valores de Trek, aí melhor ainda.
    Concordo, portanto com o artigo, precisamos da inspiração de Trek, principalmente para explorarmos as próximas fronteiras.

    1. Boa série de ficção científica. E só!
      Mas não é Star Trek. Não tem a utopia criada por Roddenbery. Não tem a beleza da Nova Geração, a genialidade de Enterprise, o carisma de DS9, ou especialmente o enredo e a inovação trazida pela série clássica.
      Klingons horríveis, um capitão anti-herói (quase um vilão), histórias previsíveis (estou rindo até agora sobre essa besteira do Voq), uma boa sacada sobre o motor de esporos (que vai ter que dar totalmente errado, pois não existe no futuro…), um engenheiro louco, uma protagonista que tenta ser vulcana, mas resolve as coisas no impulso (Surak se revirou no Monte Seleya kkkk). Meus agradecimentos aos produtores por criarem ao menos um personagem bom: Saru.
      Assim, em minha humilde opinião, pois acompanho Star Trek desde a década de 70, e adorei cada spin off, isso não é Jornada.
      Não adianta dizer que modernizou (Star Trek Galactica, Game Of Trek, etc.). Essa sopa de personagens e roteiros não é Jornada.
      Aprendi uma lição, pois vivia dizendo “melhor qualquer Star Trek passando na tela, que Star Trek alguma”. Paguei pela língua. Estava bem melhor sem isso!
      (minhas desculpas se alguém se ofender, mas é minha opinião de fã)

  5. Assisti os novos episódios de Star Trek, e achei fantástico! Mega produção como a franquia merece!
    Fiquei realmente empolgado com a nova série.

    **** Atenção Spoiler – não continue se não quiser ****

    É Game of Thrones fazendo escola! kkkk
    O que é aquilo, precisava fazer a limpa já no segundo episódio?
    Fiquei com o coração na mão, a mesma sensação de um episódio de GoT, sem dó de nós, pobres espectadores rsrsrs.

    Agora mais que nunca quero ver os próximos, se começou assim, o restante vai ser de matar! Desculpe o trocadilho 😉

    Vida longa e próspera!

  6. Um episódio recente da National Geographic, chamado’A vida em um milhão de anos’ faz uma interessante projeção da tecnologia para um futuro bem distante, talvez nunca alcançado pela humanidade tal como a conhecemos, e sim uma outra que surgisse das cinzas, seja aqui mesmo ou em algum outro local do universo. Em resumo, cria-se uma polêmica sobre as vantagens e desvantagens da imortalidade do ser humano, e se seremos apenas uma memória consciente digitalmente armazenada numa ‘nuvem’, sem corpo físico, onde espaçonaves e milhões ou bilhões de anos luz não seriam problema. Isto foi sequer imaginado em ‘Star Trek’

    1. Sim, Star Trek é essencialmente humanista, ou seja, ela defende que seremos quem somos no futuro. E abarca só os próximos dois a três séculos, não 1 milhão de anos. 😛

    2. Pelo seu comentário vc vai gostar do conto “A última pergunta” de Isaac Asimov. Tem um pouco disso lá, e o mais interessante, o conto é de 1956!

      É um conto muito famoso, e não tenho dúvida que Gene Roddenberry devia conhecer, mas os eventos acontecem num tempo muito, muito, muito distante do universo de Star Trek.

  7. Melhor série já lançada! Derruba muros e fronteiras. Diversidade e desafios
    Mensagem de futuro para os povos, nações, raças, crenças, religião, política sempre positiva.
    Inova desde 1º capítulo com conhecimento técnico científico universal(mesmo com erros).
    Não defende diretamente partidos políticos, religiões, indústria, mídia, poder econômico específico.
    Cria-se uma expectativa de melhora contínua, de sempre buscar mais.
    Mexe com a razão humana do desejo de crescimento do conhecimento humano.!
    Vida longa e próspera !

  8. O que mais me impressiona nos escritores de ficção científica não é a visão de futuro, mas a nítida percepção do presente – e de quanto suas atuações podem interferir neste presente. Nisso a franquia StarTrek da um show desde o início, colocando uma personagem mulher e negra na ponte, e que ainda protagonizou o primeiro beijo interracial da TV americana. FC dialoga com o presente, e bem.

  9. Salvador, dá seu e-mail pessoal pro Perna, para ele parar de poluir a seção de comentários com o ego dele.

  10. A quem interessar, meio off:

    Finalmente, encontrei um lugar pra se aprender matemática pra valer, sem deixar brechas no que você sabe e ainda por cima com uma tonelada de exercícios: a Khan Academy em inglês é muito completa. E de quebra treinam inglês!
    Mal posso esperar pra poder aprender matemática de nível superior!

    PS: se não fosse o blog, talvez eu nunca me inspirasse a vencer esse ‘monstro’ 😀

    1. Khan?! Este sujeito deu um monte de problemas em dois filmes e um episódio da série original. Monstrão mesmo!

  11. Este Post presta uma verdadeira homenagem a Nicolas Chauvin. De fato ele é todo Porco Chauvinista. Começando pelo comandante James T. Kirk que é americano, branco e chefe de todo mundo denotando o mais fino exemplo do imperialismo americano como dono do mundo, exatamente como o Trump diz hoje. O vice comandante é um Vulcano que quase não fala para não atrapalhar a supremacia do americano e reforçar que Terra não há páreo para eles. Também não há mulher na tripulação exceto a Ten. Uhura que já foi escolhida por preencher duas cotas ao mesmo tempo: A de raça negra e a de mulher. Sulu, Chekov e os demais são meros trabalhadores braçais com excesso de jornada de trabalho pois nunca foram vistos descansando. A ignorância de toda a tripulação é completa e digna de um P.I. (primário incompleto) pois tudo que precisam pedem a um computador. Ninguém sabe nada, só computador. Até o médico se resume sempre a apertar o botão de um aparelho. Nunca vi ele receitando um Melhoral que é melhor e não faz mal. Só sabe o aparelho mesmo. Não passa de um mero apertador de botão. O engenheiro de bordo então é uma pura ilusão. Nunca foi visto sequer com uma chave de fenda na mão ou a mão suja de graxa. E assim por diante. Por isso não consigo entender este encanto romântico sobre a série. E agora, foi reeditada exatamente para reforçar estes valores que descrevo aqui a pedido é claro do imperialismo americano hoje representando pelo Pato Donald Trump, que persegue a coitadinha da Coreia do Norte.

    1. Ô coitado, mal informado… É verdade que o capitão Kirk é americano, mas seu intérprete é canadense, e vimos um monte de almirantes e comodoros de outras etnias que eram hierarquicamente superiores a Kirk na Frota Estelar. Recomendo que veja “Court Martial”, da primeira temporada, que mostra o comodoro Stone, negro e oficial superior de Kirk.

      Sobre Sulu, você pode ficar logo no primeiro episódio exibido, “The Man Trap”, que mostra ele em descanso no laboratório de botânica, um de seus muitos hobbies (outro era esgrima, visto em “The Naked Time”). Chekov vemos descansar em geral pegando as menininhas, como se esperaria de um personagem com visual inspirado nos Beatles/Monkees nos anos 1960. E Uhura também é mostrada em descanso muitas vezes, em geral na sala de recreação demonstrando seus dotes musicais (confira “Charlie X” para uma demonstração em primeira mão).

      Sobre a formação técnica e acadêmica dos tripulantes da Enterprise, vimos que Sulu tinha formação em física e chegou a chefiar o departamento na Enterprise em “Where No Man Has Gone Before”. E o Dr. McCoy não confiava totalmente em seus instrumentos médicos. Em “This Side of Paradise”, ele obriga um colono a abrir a boca para que ele possa examinar sua amígdalas, dizendo que nenhum instrumento poderia substituir uma boa olhada. Em “Friday’s Child”, uma nativa fica impressionada em como ele consegue dizer — só com o toque na barriga, sem instrumentos — quanto falta para ela entrar em trabalho de parto. McCoy também desenvolve (e testa em si mesmo) uma vacina contra um vírus mortal em “Miri”, antes mesmo que os computadores da Enterprise pudessem confirmar o sucesso do trabalho.

      Então, talvez você não consiga entender o encanto com a série porque nunca a assistiu. Ou, se assistiu, já não lembra de nada. Pois nunca vi uma visão tão distorcida quanto a sua de um programa que o mundo inteiro reconhece — quem gosta e quem não gosta — que foi progressista e revolucionário na TV.

      1. E ele não cita a Nova Geração, com um capitão francês (ator shakespeariano inglês) e um chefe da Engenharia negro. Nem Deep Space 9, cujo capitão é afro-americano (mas, infelizmente, só namora afro-americanas). Nem Voyager, que tem uma mulher no comando…

        Esse Decio Bastos veio aqui apenas vomitar seus preconceitos antiamericanos sem sequer saber do que escreve. Lamentável!

      2. Caro SALVADOR , ao contrário do sr. Décio Bastos, considerei a sua leitura de STAR TREK, simplesmente brilhante.

        Eu já era fã incondicional da ficção científica , da série e, claro, da mensagem de igualdade inédita e, talvez, a mais antiga da televisão. Mas, repito, essa sua leitura, no vídeo acima, é brilhante.

        Grande abraço !!!

        Fernando César Ferrari , de
        BENTO GONÇALVES-RS

    2. Muito bom este post do Decio Bastos. É bem oportuno e bastante claro sobre a realidade dos acontecimentos. Fazia tempo que eu via algo tão bem escrito, com a clareza de um sol do meio dia. Posts assim só aumentam nosso conhecimento e nos prepara para notícias futura. Obrigado Décio.

    3. Xiii… mais um socialista-tupiniquim, mais um que se auto-declara intelectual da esquerda.

      Mas seja como for Star Trek deve te incomodar muito, é o sucesso do mundo capitalista passando a régua no fracassado mundo socialista, que aliás morreu no século 20.
      Te incomoda ver que pessoas ocupam espaço por merecimento, independente da origem, raça, cor ou espécie. É a meritocracia a todo vapor.
      Se quer algo, busque, lute, faça acontecer. Ficar esperando que o outro faça e te de graça não é coisa q se vê em Star Trek.

      O fato do capitão ser branco e americano, que diferença faz? Ele se esforçou para isso e conquistou o posto. Se fosse negro e angolano seria a mesma coisa, não faz diferença.

      Nunca viu ninguém descansando, só trabalhando e vc encara isso como um problema… Também nunca vi ninguém arrastando no chão por excesso de cansaço, ao contrário vejo muitos personagens indo além para fazer o melhor possível, sem ninguém pedir ou obrigar.

      E para piorar, sua visão de trabalhador braçal do século 19 só me faz crer que vc ainda se deixa levar pela propaganda socialista do começo do século passado, tem a mente turvada por uma visão míope do passado. Esse discurso fajuto não cola mais.

    4. Cara, você não assistiu a série. Não sabe o quê está falando. Bullshit.
      Viu um capítulo e tira como ideia toda! pobre crítico!

    5. É difícil não elogiar um Post do Décio. Mente rara e privilegiada, as escritas do Décio se assemelham mais a um mandamento do que uma opinião. Tenho certeza que a presença dele engrandece o MS não só em audiência mas também em sabedoria. Apareça sempre Décio.

    6. Esqueceu de dizer que o Sulu completa a cota LGBT, pelo menos nos filmes novos. Não lembro se na série original ele era LGBT, mas o ator é (ou era? morreu tanta gente).

        1. Obrigado Salvador, fiquei com preguiça de pesquisar. Que eu sei, RIP Scotty, Bones e Spock. E o novo Chekov claro, num acidente estúpido.

  12. Acabei de assistir aos dois primeiros episódios de ST: Discovery e fiquei pasmo. Muito bom, excelente. Espero, porém, que o seriado não seja apenas de guerra, mesmo que em todo ele esteja a Federação em guerra com os Klingons. Nas outras séries havia batalhas, mas não era uma condição exclusiva. Se forem só batalhas, então se repetirá o que aconteceu nos cinemas, apenas correria e explosões. Aí deixarei de acompanhar o seriado.

    Claro, vamos ter que nos acostumar com a nova aparência dos Klingons, mas eu me pergunto por qual motivo eles fizeram isso, se a aparência deles em STNG e DS9 já estava suficiente para a diferenciação das espécies?

    Dúvida, Salvador: o idioma klingon é o mesmo ou mudaram nisso, também?

    1. A primeira temporada vai explorar o arco da guerra com os klingons, mas em muitas circunstâncias só para empurrar a trama, e não em combate direto. Não será só bangue-bangue espacial, longe disso. Pode confiar no que estou dizendo, eu SEI. rs

      O visual dos klingons foi modificado, segundo os produtores, para criar variedade cultural entre eles e também aproveitar os últimos avanços em tecnologias de maquiagem, a fim de torná-los realmente alienígenas. Foi provavelmente a decisão mais controversa com os fãs antigos.

      Sobre o idioma, é o mesmo, e teve um esmero imenso entre os atores e a produção para preservá-lo. Há coaches de klingon para os atores.

    2. Foi bom vc falar nisso que foi o que me decepcionou nos novos filmes de Star Trek, onde deixaram de ser ficção com um pouco ação para se tornar ação desenfreados com pingos de ficção, mais próximo do universo Star Wars. Estou assistindo a Next Generation e é incrível como ela continua com roteiro atual, e ficou muito bela visualmente com os efeitos especiais atualizados.
      Agora é torcer para que a série tenha uma boa audiencia para continuar por um bom tempo.

  13. Não posso deixar de observar a patética e improvável visão do futuro que essa série apresenta. Desde a versão original, tem-se a impressão de que a tal “federação” é um oásis de felicidade, com todos trabalhando contentes numa harmonia de fazer inveja aos bailarinos do Bolshoi. E o mais ridículo é que toda essa alegria de viver é fruto de uma disciplina militar que, entre outras coisas, é usada para formar guerreiros e matadores. É nisso que dá deixar gente que só leu Asimov na vida fazer dramaturgia.

    1. Você confunde a Frota Estelar com a Federação. A Frota Estelar é o braço paramilitar e de exploração da Federação. É uma Nasa com hierarquia um pouco mais pesada e num universo hostil, essencialmente. E, como na Nasa, as pessoas que trabalham na exploração espacial no futuro são apaixonadas por seu trabalho e não se importam com as longas horas, porque acreditam estarem fazendo algo incrível. Mas não é verdade que na Frota Estelar todos sempre trabalham alegremente. Veja o piloto de Deep Space Nine, “Emissary”, para encontrar oficiais protagonistas, parte do elenco regular, designados para um posto que não desejavam e pensando até mesmo em pedir baixa. De novo, fala-se muito sem conhecimento de causa.

      Quanto ao ambiente civil na Federação, tivemos apenas alguns vislumbres na série, mas o pai do protagonista de Deep Space Nine, por exemplo, sabemos ter um restaurante em Nova Orleans. Como muitas pessoas que hoje em dia têm restaurantes em Nova Orleans…

    1. É um ateu mal informado este. Um bom ateu diria: “Não sabemos de onde veio o Universo, mas não é por isso que vamos inventar um criador. Porque se inventarmos qualquer coisa que veio antes do Universo também poderemos perguntar quem teria criado essa coisa, e terminaríamos com o mesmo problema de antes. Há algumas possibilidades para explicar a existência do Universo em termos probabilísticos, como uma flutuação quântica, que não exigiria um processo causal, mas não temos no momento como determinar se foi isso mesmo que aconteceu, de modo que a resposta mais honesta é ‘eu não sei’. Agora explique como você sabe que supostamente existe um Deus ou qualquer outra coisa desse tipo. E, se existe, quem o criou?”

    2. Embora a pergunta não tenha sido dirigida a mim, eu estou claramente apto a responde-la. A pergunta não passa de uma reles pegadinha de adolescente. Foi proposta por Dawkins há algum tempo e mostra cabalmente a pobreza da argumentação ateísta. A ideia de perguntar “quem criou Deus” é forçar um regresso infinito: um Deus 2 criou Deus, um Deus 3 criou o Deus 2, e assim por diante. Para escapar desse conjunto sem fim de Deuses, Dawkins conclui que Deus não existe.

      O próprio ato de fazer essa pergunta, mostra que o autor tem em mente um Deus que foi “criado”. Ora, Deus não pode ter sido criado por ninguém – porque, afinal, Ele é Deus, o Criador de tudo o que existe! Assim, tal pergunta é ridícula porque ela contraria a própria noção de Deus – um Ser Eterno que, obviamente, não pode estar sujeito às leis da física (que Ele mesmo criou) e que não foi “produzido”, uma vez que foi Ele quem produziu o Universo e suas leis.

      A pergunta é de uma infantilidade obtusa… 😛

      1. Mas Ele criou a si mesmo? Não. Ele simplesmente é, você me dirá. E aí você admite que algo pode simplesmente ser. E por que não o Universo simplesmente ser?

        1. Porque o Universo, como já demonstrou a Ciência, teve um começo – o (incorretamente) chamado Big Bang! Portanto, o Universo foi criado em um momento específico, ele é uma criação de Deus. Nada poderia estar mais de acordo com as escrituras sagradas.

          1. O Universo, ou pelo menos a atual instância do Universo, teve de fato um início. Mas por que o início implica um Criador? Pelo que sabemos, o próprio tempo pode ter surgido com o Universo. Ou seja, não havia um “antes” do início, e, portanto, você poderia dizer que o Universo simplesmente “é”.

          2. Você cai na mesma armadilha anterior: perguntar o que veio “antes”! A idéia de “tempo” é uma criação nossa, uma percepção que é fruto de nossas limitações físicas. Deus não precisa de tal noção, uma vez que foi Ele quem a criou.

          3. Não, quem começa perguntando o que veio antes são os religiosos, que partem do pressuposto de que é preciso um princípio ordenador para dar início ao Universo. Eu estou aberto à possibilidade de que não exista um princípio ordenador. É uma hipótese tão boa quanto a de que haja um, e não há como testar qual delas está correta. Ou seja, fica ao gosto do freguês.

          4. A Ciência só é possível porque o Universo possui uma ordem, o que implica a existência de um grande Ordenador. E isso apavora os ateus.

            Não posso resistir à tentação de narrar um fato que talvez você não conheça. Quando a idéia de que houve um “big bang” começou a ficar clara, muitos cientistas reagiram com indignação. Conta-se que o eminente astrofísico “Sir” Arthur Eddington considerava a idéia do começo do Universo repugnante, para ele, isso daria munição para os criacionistas…

            O irônico é que, quando a Ciência começou a ser desenvolvida, setores da Igreja a temiam porque ela parecia ameaçar a crença em Deus. O Big Bang produziu o efeito inverso: alguns cientistas o temiam porque poderia induzir a crença em Deus.

            Acho fantástico que as recentes descobertas da Ciência estejam tornando mais plausível a todos a idéia de Deus.

          5. Sim, eu conheço. Por isso acho graça quando religiosos contestam o Big Bang. O Big Bang é a melhor descoberta que a ciência poderia ter feito para os religiosos e muitos não percebem isso.

            Mas nada — nem o Big Bang — muda o fato de que o pensamento causal é um “vício” nosso, moldado pela nossa experiência “clássica” do mundo. Na mecânica quântica, a causalidade dá lugar à probabilidade, e com probabilidades você não precisa de um princípio ordenador.

          6. A teoria das probabilidades atingiu um nível de perfeição matemática impressionante e eu não me surpreenderia se a próxima (e devastadora) confirmação da existência de Deus viesse exatamente do desenvolvimento da física quântica. Aguardemos com ansiedade os próximos capítulos dessa maravilhosa história…

          7. Huhauahua, adoro como você distorce as coisas para dizer que a ciência confirmou coisas inconfirmáveis, como a existência (ou inexistência, para que os ateus também não se assanhem) de Deus. Da última vez era o cara que provou matematicamente que a evolução era impossível, e aí você vai ver e o trabalho do cara é confessamente *baseado* na evolução darwiniana. Você é uma piada em forma de crente, Apolinário…

          8. usa a ciência para demonstrar que o universo teve um começo, mas para tentar explicar como aconteceu este começo joga a ciência fora e apela para superstições e contos de fadas. ou seja, só se apoia nos argumentos que são os mais adequados para justificar sua ideia formatada e pré-concebida… tsc tsc…

  14. Mantenhamos o mimimi da questão de gênero longe da Enterprise, por favor. Há cientistas (os psicólogos pró terapias de reversão) que querem tentá-la em voluntários. Merecem respeito, ainda que divergentes em relação à maioria de seus pares. Spock e MacCoy apoiariam. E lembro que demorou muito até um klingon ser aceito na tripulação e na Federação. Na comandância de Kirk, na verdade, o que vi foi o justo extermínio de um bom par deles.

    1. Não merecem respeito porque já está demonstrado que terapias de reversão não funcionam; o cérebro dos homossexuais é diferente, e não tem como mudar isso. Até mesmo a entidade de classe dos psicólogos admite que terapia de reversão é fraude e que só causa sofrimento. Se psicólogos não respeitam as determinações do Conselho Federal de Psicologia, como podemos garantir que vão fazer qualquer tratamento ético, ainda mais na delicada condição “experimental”?

  15. “Na Frota Estelar, não importa se você é árabe, se é negra, se é oriental, se é gay, se é azul, se é robô!”

    Muito bem observado!!!! Eles estão aceitando até Klingons!!!! 😀

  16. A chamada no uol pra esta matéria dizia “vida longa e próspera”, mas “live long and prosper” nao é bem isso…
    Tive durante mais de 5 anos o Sr. Spok vigiando minhas deposiçoes desde seu poster tamanho natural na porta de dentro do banheiro, que levava a frase impressa. Sei do que falo! Hahaha

    Viva muito e prospere!

    1. Acho que é uma tecnicalidade de tradução. A rigor, ambos querem dizer exatamente a mesma coisa. Ao dizer “Vida longa e próspera”, o personagem obviamente está desejando a seu interlocutor uma vida longa e próspera, o que equivale a dizer “Viva muito e prospere”. Não me oponho a nenhuma das duas traduções.

      1. Claro Salvador, em toda traduçao tem que entrar algo de adaptaçao e o literal muitas vezes é chato. O importante na comunicaçao é o conteúdo mais que o continente!
        Abraço

      2. Eu gosto mais da segunda tradução: “Viva muito e prospere”. Neste caso me sinto propelido a buscar viver mais (longa vida ou mesmo vida intensa) e buscar a prosperidade através do meu esforço.

        A primeira tradução: “Vida longa e próspera”, me parece impessoal, é mais um desejo do outro que minha vida seja longa e próspera. É um bom desejo, mas vem do outro.

  17. Ñ podemos esquecer que no mundo Star Trek houve as guerras eugenicas no século XX, a terceira guerra mundial em 2063 somos nós que iríamos sofrer para obter este mundo perfeito!

  18. salva, estou querendo saber se a enterprise esta vindo com alguma inovacao tecnologica,? tipo um motor G.P. 1.0 MA GIROSCOPIO CAPACITIVO , movido a combustivel de plasma em ressonancia assincrona com frequecia UV-IR, e reatores eletrolitos de isotopos de hidrogenio , Aquelas injecoes de gases no espaco , deixa aquela nave com cara de Gordineprise.

    1. haaaaaaaahahahahahahah
      Na boa… tem que ter “intelecto” pra pensar em tanta imbecilidade.
      GP é quase gênio… pena que o que produz não serve pra nada.

    2. Gordineprise?! Gordini?! Porra, Gilberto, retrofuturismo unindo o design da década de 50 do século 20 e o século 22 agora? Uns 300 anos de diferença!

  19. quem assistiu Star Trek sabe, sim, que há “crenças” desde a série original, de vários tipos e matizes. E há “religião” também, é visto desde o início com os Vulcanos. E não, religião não é uma coisa “ruim” ou que “atrapalha” o desenvolvimento da humanidade. O FANATISMO é que atrapalha. Inclusive em alguns cientistas ( de todas as épocas ) que costumam se arvorar como “Guardiões da Verdade Absoluta”

    1. Sua comentário foi preciso, amigo. Porém, sabemos que no mundo bosta de hoje, falar coisas desse tipo não gera likes — frases e pensamentos modinhas geram likes.
      E querem que acreditemos num futuro “próspero” para a humanidade. #huehue

  20. Sou fã de Star Trek há cerca de 40 anos. Fui ao cinema assistir ao “The Motion Picture” (chamado injustamente às vezes de “The Motion Sickness”). No final dos anos 1980 tínhamos que “contrabandear” fitas VHS com episódios da Nova Geração e acho que foi só no início dos anos 1990 que a extinta TV Manchete apresentou as primeiras temporadas daquela série. Enfim, mas o que eu queria falar é que a minha bronca com o novo Star Trek (tanto os filmes do JJ Abrams quanto o Discovery) não é a questão de ter personagem gay, afinal seria muita ingenuidade acreditar que no século 23 teriam eliminado (no sentido de tratamento) o homossexualismo. Minha bronca é pelo fato de não terem seguido a linha de tempo da Série Original, que foi respeitada até a série Enterprise. O novo Star Trek (filmes + série) são um reboot e agora finalmente os produtores farão com ela o que gostariam de fazer sem precisar ouvir Gene Roddenberry e outros que ajudaram a construir essa mitologia. Finalmente, encerrando esse assunto… não aguento mais essa ladainha de Ciência x Religião, ou Progresso x Ignorância segundo alguns. Qualquer pessoa que tenha estudado História sabe que TODAS as grandes Civilizações do passado foram construídas a partir das religiões. Até a nossa Ocidental só existe porque foi o Cristianismo que trouxe Civilização ao continente europeu após o fim do Império Romano e à instalação da selvageria de grupos étnicos bárbaros. O ateísmo e essa idolatria doentia à Ciência veio no século 18, com o Iluminismo, que achava que tudo poderia ser explicado pela Mecânica de Newton. Ciência, senhores, é só uma ferramenta… ela não distingue o bom do ruim, a mesma física que nos permite conhecer o Universo também constrói bombas nucleares; Ciência não tem ética.

  21. Uma série de Star trek, chamada ENTERPRISE, mostra o inicio das viagens da primeira nave interestelar Enterprise, a NX01. No decorrer das temporadas e episódios esta série mostra que a humanidade passou cerca de 100 anos sendo “ajudada” pelos Vulcanos, o primeiro contato que ficou na terra para acompanhar a humanidade. Talvez precisemos que alguém nos ensine e encorage a mudar muitas coisas até eliminar nossas próprias barreiras. A conclusão interessante desta série é que no final os Vulcanos veem que apesar de estarem a nossa frente em evolução e tecnologia, podemos progredir mais rápido do que eles fizeram no seu passado.

    1. Gostaria de pensar que temos de nós mesmos nos salvarmos de nós mesmos, em vez de esperar os vulcanos. Aliás, os vulcanos só vieram porque viram que a gente ia sair de qualquer jeito. Aí decidiram que era uma boa ideia colocar a gente na coleira até estarmos prontos. rs

    2. acho que voce não assistiu direito ENTERPRISE, a série desmistifica os vulcanos como grandes amigos da humanidade e procuram reter a evolução da humanidade, que na série star trek é descrita de uma forma muito superficial e até em um filme mostra que os humanos não mudaram muito, pois o alto comando da frota planeja uma guerra com os klingons.

  22. Fala Salvador…ansioso pela nova série!

    Agora, como sempre queria fazer uma pergunta (ou talvez uma solicitação de post), já vi várias vezes aonde temos possibilidades de ter vida no nosso sistema, mas sempre com os prós e os contras…você conseguiria numa escala particular rs. elencar quais são os lugares com maior possibilidade de ter vida? Mais ou menos, se o dinheiro fosse seu, pra onde você mandaria a nave? Acho que um top 5, seria legal…
    Valeu e abraços

  23. Vida longa e próspera, grande mensageiro sideral, Sou um Treker juramentado, mas realmente a abordagem de Star Trek a dilemas humanos sempre foi inovadora e positivista. A primeira diretriz, de não interferência, é algo que a humanidade já devia ter aprendido para valer. O valor da ciência e do humanismo laico fizeram muito pela espécie humana. Mas parece que o homem quer chegar aonde jamais deveria voltar: a idade das trevas. “Scientia terminum amovere”, como diz o lema da faculdade onde me graduei e fiz meu doutorado ( Ciência ampliando horizontes), FMRP-USP

  24. Salvador, sou professora e trek rs, e muitas vezes pensei na diversidade do público da minha sala de aula, como sendo a federação estelar. Muitos de muitos lugares, culturas, religiões e opiniões e por experiência a melhor forma de se agregar todos esses valores, é no objetivo comum, a evolução! Tanto como cidadão global ou como um trabalhador global, estando o mais apto possível para se navegar em qualquer direção. Religião, futebol, politica partidária não entram em minhas aulas, alias sou professora de computação, quer algo mais evolutivo que dominar a máquina?! rs .. Como diria Robert Heinlein.. ” O pior inimigo do homem é o próprio homem”, portanto se chegar um ser das estrelas, ele não irá nos julgar pela sexualidade, crença ou se somos corinthianos, mas sim pelas nossas ações para com o todo!! E meu amigo, nessa matéria estamos reprovados, alguns de recuperação e poucos aprovados !! Inté.

    1. Pois é. Mas agradeço muito pelo seu trabalho e sua dedicação, na mais nobre das tarefas, que é levar esses valores e o conhecimento para a molecada aí fora. Quem sabe até o século 23 conseguimos aprovar a maioria? 🙂

  25. Que vocês acham de começarmos uma campanha “Trump e Kim no UFC”? Bota os dois dentro do octógono, algo do tipo dois homens entram, um homem sai.

    Os dois que se esbofeteiem até a morte em vez de levarem a morte a norte-coreanos, norte-americanos, sul-coreanos e japoneses…

      1. Torço para que você esteja certo. Usando a tua analogia, receio que a situação acabe chegando àquela onde os dois cachorros latem cada vez mais alto porque estão presos, até que a corda de ambos arrebenta e eles não têm mais alternativa a não ser o confronto…

        1. Pois é. É uma situação volátil, não há dúvida. Preocupa. Mas, por ora, tá todo mundo só parecendo criança mimada berrando na ONU. rs

          1. Receio que não. O ministro coreano hoje disse que o Trump ‘declarou guerra’ e que eles têm o direito de abater aviões americanos mesmo fora do território nortecoreano.

            Se isso acontecer, o jeito é torcer para que as baratas evoluam rápido.

          2. A Casa Branca já respondeu dizendo que não declarou guerra porra nenhuma. A piada continua. rs

          3. Eu sei, você sabe, o ocidente inteiro sabe que o Trump não declarou guerra. Mas o gordinho pode aproveitar a deixa pra dizer que está se defendendo.

          4. Só não esqueçamos que quem deu reatores nucleares para o tio do flango foram os Clinton… pro pai do tio do flango, no caso.

  26. Discordo da idéia de chamar religiões de ”crenças e superstições”, mas concordo com a idéia de uma ética baseada na ciência e não na religião.

    1. Não chamei religiões de “crenças e superstições”. Chamei “crenças e superstições” de “crenças e superstições”.

        1. Afora isso, o post é bem interessante. Confesso que ando defasado em matéria de ficção-científica, tenho que me atualizar.

          1. No Netflix você pode ver TODAS as séries de Jornada nas Estrelas 🙂

            E assista a Passageiros, um filme genial de ficção científica muito realista, possível de acontecer, que não resvala nem em fantasia nem em monstros alienígenas.

          2. “Passageiros” não está no Netflix, é da HBO. O DVD estava custando apenas 20 reais na Saraiva, onde o comprei.

        2. Qual é a controvérsia? Eu digo: “Humanos do século 23 são guiados pela ciência e por uma ética secular, não por crenças e superstições.” Não estou dizendo que exista ética em crenças e superstições. Estou dizendo que os humanos do século 23 em Star Trek são guiado pela ciência e por uma ética secular, e não por crenças e superstições.

          1. Não há controvérsia. Se você fez esse comentário é porque conhece alguma sociedade cuja ética se baseia em crenças e superstições. Eu perguntei qual, uma vez que você mesmo disse que não se referiu a religiões.

          2. Não, não é verdade. Eu disse que os humanos do século 23 não se baseiam em crenças e superstições para tomar decisões, e sim numa ética secular e na ciência. Não disse nada sobre que tipo de ética, se é que alguma, é usada por quem decide baseado em crenças e superstições. Você está criando uma falácia aí.

          3. Eu não ia mais responder naquela discussão lá, não para o resto da vida. 😛
            Não tenho nada contra ele, por sinal. Mas aquela discussão já tinha dado no saco. E a culpa é toda sua. Estamos de olho. 😛

          4. Exato, você não disse. Mas qual a razão do comentário?

            Você fez uma crítica velada às religiões e agora está negando tê-la feito.

            Não há problema em criticar religiões. (acho que) ninguém vai queimá-lo na fogueira ou entrar na sede da Folha metralhando todo mundo por conta disso. O pior que pode acontecer é passar a Eternidade sendo espetado com um tridente num ambiente um pouco quente.

          5. Não fiz crítica velada às religiões. Não menciono religiões no texto.
            Se você quiser minha opinião sobre religiões, é só perguntar.
            Mas não falo sobre isso no texto, e não adianta você querer fazer parecer que eu falo, porque eu não falo. rs

          6. Eu não odeio ninguém. Eu odeio o obscurantismo. Odeio a ignorância. Odeio a superstição perigosa. Odiei ler neste fim de semana como o Marcelo Rezende estava pagando R$ 50 mil por semana por pílulas de farinha que iam supostamente curá-lo de um câncer, e fico pasmo de saber que ele pôde cair nesse. Como ele, tem muitos. É isso que eu odeio. É contra isso que eu luto. Diariamente. Peremptoriamente.

          7. Não, você não fala. Por isso a crítica é velada, não é expressa.

            Mudando um pouco o foco, sugiro uma leitura interessante, ainda que vez por outra esteja permeada por fatores metafísicos: O Segredo Judaico de Resolução de Problemas, Nilton Bonder. (aqui: https://www.saraiva.com.br/o-segredo-judaico-de-resolucao-de-problemas-2-ed-2011-3649093.html)

            Ele aborda a questão do aparente do aparente, do oculto do aparente, do aparente do oculto e do oculto do oculto. Bem interessante.

            No caso, sua crítica às religioes no texto aparece (em letras garrafais e com marca-texto verde-limão) quando o texto é analisado sob a ótica do oculto do aparente. 😛

          8. Certo. Como não sei escrever em “oculto do aparente”, só português mesmo, considere a minha crítica às religiões involuntária, com a clarificação adicional que agora deixo mais uma vez de que EU NÃO ESTAVA CRITICANDO RELIGIÕES. Isso seria um “aparente do aparente”? Tou pegando o jeito?

          9. Isso seria um aparente do aparente. Está pegando o jeito. 🙂

            A recomendação do livro era a sério, vale a leitura.

          10. Falando em Marcelo Rezende, li um artigo interessante na Folha sobre estudos comparando tratamentos alternativos contra o câncer e tratamentos baseados na medicina científica. O índice de sobrevivência de tratamentos da medicina é bem maior do que os de tratamentos alternativos, exceto no caso de câncer de pâncreas, que é baixíssimo em ambos (9,02% na medicina e 8,6% nos alternativos), exatamente o tipo de câncer do Marcelo Rezende e do Steve Jobs. Ambos buscaram alternativas e não deu certo.

            O próprio artigo adverte que não é possível julgar a escolha feita pelo doente, pois o desespero para encontrar uma saída é que acaba levando a escolhas erradas. É necessário, do meu modo de ver, mais informação, para evitar que familiares e doentes não caiam em contos do vigário desse nível.

            Infelizmente, o analfabetismo científico e o apego a crenças e superstições são a tônica mundial.

          11. Exato. Eu não culpo o doente por seu desespero. Culpo quem oferece o tratamento alternativo, algumas vezes estorquindo o moribundo até o último centavo que puder.

          12. Concordo com vocês. O que eu não entendo é por que não usar OS DOIS métodos, se o cara acredita no alternativo?

          13. Muitas vezes o filho da puta que recomenda o alternativo também recomenda largar o tradicional. Sem falar que o tradicional causa um bocado de sofrimento também — não é batatinha quimioterapia e radioterapia, ainda que seja efetivo.

    2. Também fiquei com a mesma impressão. O cristianismo foi a base do desenvolvimento da sociedade. Desde o ano de 1902, nada menos que 70 Prêmios Nobel foram entregues a membros da Pontifícia Academia de Ciências do Vaticano.

    3. Mas a ética e a moral não derivam do saber científico. A afirmação “ética baseada na ciência” não faz sentido.

      1. Eu não falei que a ética é derivada do saber científico. Pelo contrário, especifiquei que os humanos em Star Trek “são guiados pela ciência e por uma ética secular”. Se são duas coisas, uma não está embutida na outra. No meu livro “Ciência Proibida” destaco justamente isso sobre a ciência, o fato de ela não ter ética embutida, e realço a importância de termos uma ética para o fazer científico, como para tudo mais. Mas ela tem de ser secular, ou seja, não pode ser baseada em crenças e superstições, mas sim em princípios.

        1. Salvador, referi-me ao comentário do Perna: “Discordo da idéia de chamar religiões de ”crenças e superstições”, mas concordo com a idéia de uma ética baseada na ciência e não na religião”.

          A ética não deriva do saber científico, como bem concordamos.

    4. Também não concordo que religiões sejam classificadas como “crenças e superstições”.

      Para mim, historias a respeito de cobrinhas falantes e homens de barro se encaixariam melhor na categoria de “contos de fada”…

  27. Considerando a história recente da humanidade, The Expanse está mais realista do que Star Trek, já que o primeiro trata de um novo mundo em Marte, que evolui, fica independente do colonizador (Terra) e depois fica uma paz frágil baseada no equilíbrio de forças destrutivas. Mas é daqui a 300 anos, então vai levar milhares de anos até evoluímos até Star Trek.
    O problema é que todos dois tem um sistema de comunicação instantânea, sem delay, que segundo Salvador é impossível, então ambos fogem da realidade 😀

    1. Expanse sem dúvida é mais realista (e não me lembro de comunicação instantânea em Expanse… tem mesmo?). Mas para a realidade, já basta a realidade. Precisamos de algo que nos aspire a ser melhores. Para sermos nós mesmos, não precisamos de mais nada. rs

    2. O futuro da humanidade é sombrio. A nossa incompetência no trato com o meio-ambiente vai tornar o nosso planeta inóspito até para as baratas, tornando a nossa existência pior do que jamais foi. Isso se não acontecer de algum lunático apertar o botão nuclear antes, abreviando todo o nosso sofrimento.

      1. Hmm, concordo que precisamos nos preocupar com o ambiente. Mas pior do que jamais foi? Acho difícil ter uma época pior do que uma em que, a cada duas crianças nascidas, uma morre, e a outra, se chegar à idade adulta, provavelmente vai morrer num conflito interpessoal violento ainda jovem.

        1. Acho que ele quis dizer que nossa existência SERIA pior do que jamais foi em caso de catástrofe nuclear. Ou “SERÁ”, considerando que ele é pessimista.

          1. Ah bom. Aí vamos ter de ver o tamanho da catástrofe. Mas acho que só fica pior que a pré-história se rolar extinção completa mesmo. rs

        2. Notemos que uma catástrofe nuclear global pode acelerar a Evolução!

          acho que Darwin deve estar torcendo pro pau comer.

          1. Acho que Darwin entendia o suficiente a evolução para saber que ela não tem direção — é simplesmente a sobrevivência do mais adaptado a um dado ambiente. Pode ser um humano, com uma biosfera robusta, pode ser uma bactéria subterrânea, se o ambiente for Marte. Ambos são igualmente “evoluídos”, do ponto de vista técnico.

        3. Por isso mesmo. Um mundo cheio de radiação nuclear vai gerar muito mais mutações do que elas naturalmente acontecem. O processo da evolução em si não vai ser alterado, apenas acelerado pela maior quantidade de desvios aleatórios.

          1. Muitas mutações são boas para extinção, não para evolução, porque aumentam o número de variações letais.

          2. Supondo que houvesse alguns deles. Dependendo do nível de radiação, a morte é em questão de dias, para todo mundo. rs

          3. Tens razão.

            Mudando o foco sobre evolução… esses tempos nasceu na China um bebê com 3 braços, sendo dois de um lado e um do outro. Todos fisiologicamente aptos. O bebê tinha motricidade em todos os três. Logo fizeram uma cirurgia e removeram o ”terceiro”.

            Mas vale a reflexão… Seria uma evolução? Imagina (em um regime totalitário, como a China) se eles treinassem o menino para utilizar sua função extra… como goleiro ou jogador de vôlei, por exemplo… ou lutador de MMA…

          4. Não, perna, um bebê de 3 braços não representa uma evolução porque esta não é uma característica que ele conseguiria propagar para seus descendentes… 😀

      2. Concordo com o Salvador. Vivemos numa era de ouro da humanidade, na qual a violência caiu barbaramente se comparada aos níveis da idade média e da antiguidade, assim como a morte por doenças.

        Ainda somos humanos – e, portanto, tendemos à violência – espero que cheguemos, um dia ao status de Jornada nas Estrelas. Pode ser utópico, mas é um objetivo a ser perseguido pelos homens e mulheres de boa vontade.

        1. “Pode ser utópico, mas é um objetivo a ser perseguido pelos homens e mulheres de boa vontade.”

          Daí Apolinário, sacou? 😛

          1. 🙂

            Apesar de ser muito fã de Star Trek e do futuro otimista que ele prevê, ele é contaminado pelos preconceitos atuais…

            Apesar de ter ocorrido na série Clássica (a do Kirk e do Spock), o primeiro beijo entre um branco e uma negra na TV americana, em Deep Space Nine um capitão de cor e na Voyager uma capitã mulher, reparei que o capitão Sisko (DS9) não namora para valer nenhuma mulher branca. Toda vez que ele fez par romântico foi com moças afro-americanas… Acho que Gene Rodemberry não iria querer que fosse desse jeito.

    3. A série mais realista, segundo nosso conhecimento cientifico e social, não podemos esquecer que não conhecemos sociedades alienigenas, sempre será a série Babylon 5 e relata a história humana mais ou menos da mesma época de Star Trek original, com Spock e Kirk, inclusive existe uma rebelião em marte que acabará por ser independente, intrigas sempre serão a ordem do dia, afinal se não fosse assim, porque os alienigenas que estamos fartos de saber que existem não aparecem declaradamente? acima das vontades e governos que operam em nosso mundo?

      1. Bem que eu gostaria que o Netflix colocasse a série Babylon 5 na grade… Não a assisti completa, gostei do que vi, apesar de achar Star Trek superior.

  28. A necessidade de Startrek é muito boa e bem lembrada neste Post.Lembranças assim sempre revivem o passado. Pena não se comentou nada sobre o episódio 6 onde Fox Mulder e Dana Scully combatem o Vigir.

    1. Eu só gostaria de saber se Star Trek discovery não é apenas mais um aproveitamento de uma boa idéia que os fãs tiveram e os detentores dos direitos autorais proibiram de fazer um filme sobre a guerra com os klingons, seria disparado o melhor filme e agora vão mais uma novelinha água com açucar da paramount, ao invés de uma batalha de proporções épicas que seria relatada em AXANAR.

      1. A Paramount não produz mais Star Trek na TV, só no cinema. E Axanar era uma produção de fã que me empolgava, mas vamos combinar que os direitos autorais nunca foram deles, né?

  29. Star Trek é a melhor materialização do sonho iluminista de esclarecimento humano por meio da razão (não é por acaso que Páris é a capital da federação). E com todas as limitações, o Iluminismo foi o que de melhor aconteceu na história humana. Outra série muito boa (mas esta bem pessimista) é Expanse, com elementos bem verossímeis da ocupação humana dos planetas do sistema solar. Nesse sentido, espero, em termos de utopia futura, que a Expanse seja apenas uma etapa para a concretização do mundo de Star Trek

    1. Desde o ano de 1902, nada menos que 70 Prêmios Nobel foram entregues a membros da Pontifícia Academia de Ciências do Vaticano.Isto é iluminar o mundo

    2. Mas só houve iluminismo porque houve renascimento antes.

      Não sei se me agrada muito a idéia iluminista de que o homem tem domínio sobre a ciência e a natureza… não por acaso, a idéia meio que ruiu quando um tal de Sigmund colocou o Homem no seu lugar dizendo algo do tipo “dominar a natureza? Tu não dominas nem a tua cabeça….”

      1. Lembrando que o tal Sigmund se mostrou mais errado que certo no final, né?
        Acho que o iluminismo é a melhor coisa que aconteceu, mas ele precisa ser temperado. Não é mais questão de “dominar” a natureza. É questão de conviver sabiamente com ela.

        1. Mais errado do que certo? De onde você tirou isso?

          As idéias de Freud nunca foram refutadas, muito pelo contrário. Hoje começam a aparecer as comprovações experimentais.

          Dê uma pesquisada sobre neuropsicanálise. 😉

          1. Ah para. Eu já escrevi sobre neuropsicanálise. Mas não, muitas das ideias dele estavam erradas. Acertou em alguma coisa (existência do inconsciente), errou em várias (papel dos sonhos, drive exclusivamente sexual, origem das neuroses), e, mais grave de tudo, errou no método: tratou suas especulações como religião, a ponto de expulsar o Jung da patotinha quando o ex-pupilo apareceu com hipóteses e ideias diferentes…

          2. Não, no papel dos sonhos ele não errou, nem na origem das neuroses. Na parte sexual, talvez.

            Quanto ao Jung (outro gênio), a ‘expulsão’ me parece ter sido muito mais um conflito de egos do que qualquer outra coisa.

          3. hahahaha
            De onde o Perna tira tanto tempo?!?!
            O Salva tudo bem… é o dono do blog, é o trabalho dele e tal…

            No entanto, ainda bem que tem gente com tempo pra isso! Assim alegra o dia com os comentários! hehe
            E os comentários do Perna ao menos podem ser compreendidos e tem uma linha de raciocínio que não fogem da realidade, mesmo que eu discorde dele na mesma proporção que o Salva.

            Boa pessoal!

  30. Não posso deixar de ver um fundo de verdade na convicção do Apolinário de que o ateísmo (ou o agnosticismo) é a visão majoritária em quase todas as produções atuais.
    Nem sou religioso (agnóstico) e não tô muito por dentro de Star Trek, mas os que vi, nunca presenciei, por exemplo, diversidade religiosa sendo tratada, talvez possa ser diferente agora, se estiver falando besteira, corrijam.
    No entanto, em quase todos filmes de ficção atuais o que vemos é frequentemente esse mundo idealizado. Imagine there’s no heaven & And no religion too. Just imagine…
    E não é curioso falar em diversidade e imaginar um mundo mais livre de religiões, quando sabemos, pela história, que a maioria esmagadora da humanidade sempre as curtiu e provavelmente sempre será assim?

    1. Bem, os klingons da casa de T’Kuvma na nova série são praticamente fanáticos religiosos. E vimos bastante religião em Star Trek. Os vulcanos tinham um misticismo todo especial, os bajorianos também, e todas as crenças conviviam perfeitamente no ambiente da Federação. Star Trek não é uma utopia ateísta. É uma utopia humanista. Você pode acreditar no que quiser, inclusive ser ateu, mas reconhecendo que sua crença é pessoal e não pode servir de base para decisões de políticas públicas. Essas precisam ser baseadas nos fatos objetivos, e não nas crenças subjetivas. Imagine se a Federação tivesse de escolher uma religião oficial e conformar todos os seus cidadãos à moralidade imposta por essa dada religião? Em vez disso, a única solução prática é uma moral e ética seculares, ou seja, que independam da religião. Não é difícil chegar a normas com que todos concordem (do tipo “não roubar” e “não matar”, que estão nos Dez Mandamentos, e “não estuprar”, que não está) e se pautar por elas. É o que já fazemos com as leis. O problema é quando um dado grupo religioso quer mexer na lei para impor sua visão particular aos outros — algo que ainda enfrentamos hoje no Brasil, mas não é problema na Federação do século 23.

        1. Eu certamente consultei mais de dez livros quando escrevi o livro “Jornada nas Estrelas – O Guia da Saga”, no ano passado. 😉

      1. Salvador, quanto à religião a primeira diretriz proibe interferencia em outras civilizações, isso já se trata nos primeiros episódios da nova geração, estive vendo alguns estes dias, mas as obras de ficção tem sim muita religião e poder junto com misticismo,a que mais trata disso, de longe e disparado se chama STARGATE, onde os deuses ERAM astronautas e em seus episódios até novas crenças apareciam.

    2. O cristianismo foi a base do desenvolvimento da sociedade. Desde o ano de 1902, nada menos que 70 Prêmios Nobel foram entregues a membros da Pontifícia Academia de Ciências do Vaticano.

      1. De quantos no total? Multiplicando 3 (física, medicina ou fisiologia, química) por 115 (anos entre 1902 e 2017), temos pelo menos 345 ganhadores — certamente foram mais, porque, embora em alguns anos não tenha havido premiação e alguns ganhadores tenham levado mais de uma vez, muitos prêmios foram divididos entre duplas e trios. Mas usando este como número base, vemos que menos de um quarto do total foi conquistado por membros da Pontifícia Academia de Ciências do Vaticano. Considerando que é uma instituição internacional que abarca toda a cristandade, não parece um número particularmente impressionante. Parece, na verdade, pequeno, em comparação com a população cristã, que podemos arredondar como um terço do total global.

        1. Lembrando apenas que nem todos com religião estão contabilizados. Acho que isto não importa para prêmios nobel. Mas feliz a religião onde a ciência não é algo proibido. E feliz da ciência onde a religião não é proibida.

        2. Caro Salvador, não esqueça de considerar também os próximos Nobel que serão entregues ao “terraplanistas” cristãos…..afinal, com o fim dessa conspiração absurda da Ciência dizendo que a terra é redonda, que a terra “não repousa sobre pilares” e que o Sol não se move ao redor dela, teremos fialmente a verdade premiada.
          Também sugiro que vc pare com essa coluna, pois como disse o grande pensador-líder Cristão americano Ken Han ..todos alienígenas irão para o inferno, pois não são descendentes de Adão, então vamos esquecer esse negócio de Ciência, e use seu tempo para rezar…..

  31. Faith Of The Heart, e que sejamos terráqueos e não vulcanos, embora pela história de star trekm a gente deve muito a eles.

  32. Salva. Não adianta tentar edulcorar a vida no mundo, pois enquanto a ciência progride e traz benefícios espetaculares, o homem traz à tona a verdadeira e intrínseca verdade de sua ação no mundo: egoísmo exarcebado (potencializado pelo sistema econômico vigente) e pela instintiva violência (vide Trump, Bolsonaro e quetais). O mais importante é nós estarmos na senda do autoconhecimento e em busca de nossa beleza interior e irradiarmos amorosidade e distinguirmo-nos do restante.

  33. Aaaaaaaahhhhhhh eu amei!!!! Acabei de assistir. O estranhamento com a nova aparência dos klingons se dissipou no momento em que eles começaram a falar em klingon! Eu adorei a nave Shenzhou, adorei a trama, e o dilema: Atirar primeiro ou não? Incrível, tudo muito oportuno, pois estamos vivenciando uma tensão no mundo atual entre os EUA e Coréia do Norte que pode acabar em guerra. Muito bom. Estou muito feliz com o início da série! Diálogos inteligentes, trama inteligente.

    1. Exato. Achei incrível a presciência, porque Trump nem estava eleito quando criaram essa trama! 🙂

  34. Salva,

    Toda a licença pra dar espaço de Star Trek por aqui! Além do mais, torço para um futuro assim :’)

  35. Belo post. Como o Brasil é carente de ciência! Como os brasileiros pensam pequeno! Incrível como as notícias de ciência são comentadas por religiosos e por gente que critica os gastos em tecnologia e são raros os comentários sobre a ciência em si. Triste a ignorância que impera por aqui. Uma série de ficção científica é sempre bem vinda para mentes abertas e curiosas. É um pequena luz no túnel.

    1. Acho que você errou no termo religioso, tenho religião, mas sou totalmente a favor da ciência, e também gosto de ficção cientifica, livros, sites,etc. E assim como muitos de vocês este blog também não gosto de alguns comentários de extremistas que não procuram um pouco de conhecimento(assim como ocorre em alguns sites de religião onde metidos cientistas extremistas querem opinar sem conhecer quase nada de religião).
      Nada impede um religioso ser um cientista, e nada impede um grande cientista ser um religioso. E fico tentando conseguir tirar e reconhecer a importância tanto da ciência quanto da religião.

      1. Não tenho nada contra religião, nem falei nada contra religião. Só falei que ela é uma guia pobre para decisões (exceto aquelas de foro pessoal, claro), porque não se pode impor a visão de uma religião sobre pessoas que não a seguem.

        1. Correto, a função da religião não deve ser esta: de ser um guia para decisões, os que usam desta forma tendem a virar fundamentalistas. A religião também não deve ser pra impor visão. Eu também não sou um teólogo, mas posso dizer apenas que tenho uma religião, tenho fé, e isto é bom pra mim, não me impede de ter conhecimentos científicos, ter amigos de outras religiões, sem religião e ateus. Religião e ciência são coisas boas que foram feitas para sermos melhores.

          1. Só tenho a acrescentar que podemos viver muito bem sem religião mas o mesmo não se pode dizer sobre viver sem ciência.

          2. Tenho até medo de responder e alguém dizer que estou falando “o oculto do aparente” ou algo do tipo. rs

    2. Caro “guilherme”, não posso me calar diante de um comentário tão obtuso e repleto de ignorância histórica como o seu. Saiba que a religião que você tanto despreza, foi a responsável por moldar toda a sociedade ocidental na qual você está inserido.

      A Bíblia tem 25 séculos de existência, é o livro mais influente de toda a história da raça humana. Os maiores pensadores de todos os tempos se debruçaram sobre o seu real significado e os seus episódios foram a inspiração para as mais belas obras de arte já produzidas pela cultura ocidental.

      Não existe uma única peça teatral, cinematográfica ou televisiva que não possua a sua influência. Até mesmo essa canhestra sci-fi, que você tanto admira, tem os seus pés fincados na Fé Cristã. Essa série de televisão, com sorte, vai durar umas três temporadas e entrar na fila do esquecimento coletivo. Mas não há a menor dúvida de que a maravilhosa Saga Bíblica vai resistir por mais 25 séculos, sobreviverá aos asteróides errantes, aos “trumps” e até a uma provável hecatombe nuclear. Nada pode destruir a Fé Católica.

      1. Você fala em 25 séculos como se fosse muita coisa. 100 gerações humanas. Desde os fósseis mais antigos de Homo sapiens, com 200 mil anos, houve 8.000 gerações humanas. Dessa perspectiva, a mitologia judaico-cristã tem uma longevidade bem modesta.

        1. Mais uma demonstração da sua importância. Mesmo com modesta longevidade, adquiriu uma notável influência em toda a nossa trajetória. Foi o propulsor de todo o desenvolvimento intelectual mais relevante da história humana

          1. Na minha opinião, teríamos avançado mais depressa se tivéssemos emendado a Antiguidade no Renascimento. Mas esse sou eu. rs

          2. Isso é impossível, porque não teria havido renascimento se não tivesse havido a idade das trevas.

            Ademais, japoneses, chineses, coreanos, mongóis, indígenas pré-colombianos e africanos sub-saarianos não tiveram suas culturas influenciadas pelo cristianismo ou por outra religião monoteísta, e nem por isso se desenvolveram mais ou mais rapidamente do que a Europa cristã, muito pelo contrário.

            Quando as civilizações entraram em contato, percebeu-se que as dominadas pelas religiões monoteístas tinham mais ciência e mais tecnologia do que as demais.

          3. Sim, o Renascimento foi a continuação da cultura helênica pós Idade Média. (Embora não seja fã do período, acho Idade das Trevas demais da conta. rs)
            Então não precisaria ter Renascimento se não tivesse uma Idade Média antes. Seria seamless. Mas tenho certeza de que não precisaríamos de 15 séculos para chegar à revolução copernicana.
            (E na verdade vimos nações se desenvolverem muito adiante da Ocidental durante a Idade Média. Veja os chineses, que tinham poderio naval muito maior que o europeu nos séculos 11, 12, e só não dominaram o mundo todo antes dos ocidentais porque entraram numa fase reclusa. Mas, em termos científicos e tecnológicos, estavam muito à frente. Mapeavam supernovas no século 11, enquanto a gente ainda estava discutindo o céu imutável de Aristóteles…)

          4. De fato, os chineses avançaram muito durante a (nossa) idade média. Mas só os chineses, vamos concordar.

            Então ou admitimos uma teoria non-sense e racista de que os brancos e amarelos teriam uma propensão maior a fazer ciência que as outras raças, ou admitimos que o maior domínio científico e tecnológico que eles apresentavam quando as civilizações entraram em contato se deve a fatores culturais. E se deve a fatores culturais, isso passa obrigatoriamente pela cultura judaico-cristã.

          5. Não sei se só os chineses. Lendo esses dias o “1499” do Reinaldo José Lopes, descobri o número de plantas domesticadas pelos indígenas brasileiros. É de abismar. Não por acaso muitos dos cultivares mais consumidos globalmente, como batata e milho, vieram da América pré-colombiana. A mesma coisa a tal terra preta de índio, que é superfértil e até hoje ninguém sabe direito como era feita. Tudo isso aí é tecnologia, é desenvolvimento. Só não era reconhecido pelos ocidentais como tal até muito pouco tempo. Então, é muito difícil cravar que os ocidentais eram a última bolacha do pacote. Como o Reinaldo fala na entrevista que fiz com ele, o principal fator para eles vencerem os índios aqui foi as doenças que eles trouxeram, e eles só tinham essas doenças porque tinham animais de grande porte para domesticar no Velho Mundo, enquanto os animais de grande porte do Novo Mundo foram todos extintos no fim da última Era do Gelo (por razões ainda não compreendidas), reduzindo drasticamente o que os indígenas poderiam ter em termos de animais domesticados — os principais vetores de doenças para humanos.

            Então, veja, é típico do etnocentrismo europeu achar que a cultura judaico-cristã é a última bolacha do pacote. Mas a realidade conta outra história.

          6. Salva, boa tarde. Seu pensamento é lógico e perfeitamente possível, mas gostaria de fazer uma observação: Há lógica que mostra que o suposto desenvolvimento mais avançado sem as religiões não passam de conjecturas. Falemos das duas maiores: O islã permitiu que um povo nômade se agrupasse em tribos, permitindo o surgimento das primeiras comunidades árabes que por sua vez tiveram suma importância nos primórdios da observação do céu e mais tarde nas grandes navegações. Por outro lado o papel de financiamento da igreja católica para que podemos chamar de primeiros cientistas é inegável. Dizer que sem essas duas religiões ou qualquer outra haveriam outros catalisadores é bastante plausível, mas ainda assim uma conjectura. Você pode alegar que aplicar esse raciocínio seria como legitimar as atrocidades do nazismo pelos avanços tecnológicos obtidos por eles e que ainda usamos no nosso dia a dia. Pois bem, no que tange ao papel histórico dos eventos/instituições nas conquistas e descobertas, a comparação não é indevida. Sem a Segunda Guerra e a Guerra Fria, qual seria a necessidade de projéteis continentais que foram a base dos foguetes de exploração espacial? Poderia ter outro catalisador? Sim, claro. Mas isso é apenas conjectura.

          7. Eu nunca disse que é possível o desenvolvimento de uma sociedade sofisticada, saindo do zero, sem religião. A religião foi um fator de coesão social muito importante. Unificou pequenos grupos em torno de um conjunto de valores que criava uma “irmandade” estendida. Não disputo isso. Mas veja que, para isso, qualquer religião serve — seu deus pode ser Rá, Alá, Jeová ou quem mais você quiser, e você pode até ter uma religião sem a figura de Deus, como o budismo, que também serve. Então, para o salto do modo de vida tribal e clânico para o modo de vida estatal, a religião cumpriu um papel fundamental. Mas não temos evidência nenhuma de que uma religião específica fosse melhor que outra nisso.

          8. Bom, considerando o útlimo post do Salva, com o qual concordo, acho que tenho que esclarecer que era isso o que eu queria dizer. Não estou postulando que a tradição judaico-cristã é uma construtora de tecnologias superior às demais, e sim que sociedades organizadas sob uma religião centralizada o são. No caso europeu, aconteceu de ser a judaico-cristã, mas poderia muito bem ter sido outra.

          9. Vou um pouquinho mais longe: sociedades organizadas sob uma religião centralizada foram melhores no passado, época em que o misticismo era o único caminho para unificação cultural. Não é mais o caso, e ainda bem, porque com uma civilização planetária (e somos hoje uma civilização planetária, goste-se ou não), temos de aprender a conviver com diferentes religiões, e não viver naquele campeonato eterno de qual é a certa.

          10. Fábio, “Moral é a tradução latina para a palavra grega original ética. Portanto, são sinônimos. Para a maioria, ética é o campo das normas de conduta, enquanto moral é a parte da filosofia que reflete sobre hábitos e costumes. Ambas são as duas coisas ao mesmo tempo, porque faz parte da reflexão sobre hábitos e costumes pensar sobre as normas que devem regrar esses hábitos e costumes.” (Luiz Felipe Pondé – Filosofia para Corajosos)

      2. Apolinário nada contra religião, nem faço questão de me meter nesse assunto. Veja os comentários sobre as noticias de ciência no G1 ou em outro site. Dá nojo como 90% dos comentários colocam o tema religião no assunto e não comentam nada que seja proveitoso do artigo ou da noticia científica em si. Infelizmente é fato. E você se ofendeu onde não tinha ofensa!
        Onde é ciência comenta-se ciência, onde é religião comenta-se religião. Só isso!

  36. Foi maravilhoso o texto que li na coluna de hoje,pois ser a favor da DIVERSIDADE,seja ela qual for,é lutar pelo fim de todos os preconceitos e intolerâncias que possam existir no planeta e,em particular,em nosso país.
    Parabéns,Salvador,tanto pelos seus textos anteriores(e vídeos e entrevistas)quanto pelo texto de hoje,pois com textos assim,faz do planeta um lugar mais agradável de se viver.
    Abraços para você,Salvador!

  37. Noto uma certa ingenuidade no post. Não vai ser uma série de tv (repaginada) que vai ajudar a induzir “bons” comportamentos na sociedade. Muito pelo contrário, a banalização do mal e a vulgaridade sempre foram a receita certa de sucesso para a arte cinematográfica. Também é inocente imaginar que temos hoje mais violência, mais racismo, mais perigo nuclear ou mais crenças exóticas do que no passado, por exemplo, nos anos 60 – quando Star Trek foi criada. O que ocorre é que a dinâmica das redes sociais hoje faz com que os fatos e as opiniões se multipliquem numa velocidade muito maior, mostrando uma realidade de posições que até então permaneciam ocultas.

    1. Acho que essa é uma longa discussão, com várias frentes abertas no seu comentário.

      Primeiro, o lance do “não vai ser uma série de TV”. Concordo que não vai ser “só” uma série de TV. E por isso mesmo estou escrevendo sobre o assunto. Acho que é uma série de TV, as pessoas que acreditam nos valores propagados por esta série de TV, e por outras séries de TV que propagem valores similares, e por outros livros e autores e escritores e jornalistas que propaguem valores similares, e assim por diante. Uma série de TV é um meio poderoso para viralizar conceitos. E nós estamos precisando ativar as redes de viralização do bem.

      O que nos leva a outro ponto que você citou — a situação inédita das redes sociais e do fake news. Acredito que exista, sim, uma representação de setores que antes não eram ouvidos, mas é mais que isso. Está claro, pelos mecanismos de viralização das redes sociais, que lixo e obscurantismo se espalham com muito mais facilidade que conteúdos sérios, científicos, equilibrados e racionais. O ser humano, na média, não é lá muito racional, e a irracionalidade encontrou um terreno fértil para prosperar nessa nova realidade em que todo mundo é replicador de conteúdo e bolhas ideológicas se criam ao redor das pessoas.

      Isso conduz a outra coisa que você disse: o “mais violência, racismo, perigo nuclear ou crenças exóticas nos anos 60”. Aquela época era bem diferente, e, claro, havia muita coisa ruim, mas não havia a imprevisibilidade que há hoje. O equilíbrio de forças na Guerra Fria funcionou mais ou menos bem por décadas (inclusive na delicadíssima Crise de Mísseis de Cuba, nos anos 1960) para impedir uma guerra nuclear. Hoje, com líderes que mais parecem cães raivosos, alimentando e alimentados por hordas de tietes digitais, em potenciais conflitos totalmente assimétricos, mas ainda assim nucleares, estamos mais perto de alguém puxar o gatilho do que durante a Guerra Fria. E o pior: vai ter gente batendo palmas quando isso acontecer. Ninguém batia palmas para guerra nuclear em tempos idos.

      Então, claro, as coisas são muito mais complexas e delicadas do que eu poderia tratar em 2.000 caracteres, o que pode, para você, soar como ingenuidade. Mas tudo que estou tentando dizer é: precisamos de mais séries que mostrem a humanidade como um empreendimento válido, e não como uma máquina de estragar mundo(s). Star Trek sempre esteve na vanguarda desse movimento, e estava há 12 anos fora da TV. É boa notícia que esteja voltando, especialmente agora.

  38. Concordo plenamente! Apesar de ser suspeito (sou fã de Star Trek), acho que está na hora de uma série que traga esperança. A moda atualmente é de séries “dark” ou distópicas…

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