Nasa decide enviar drone para Titã, lua de Saturno, em 2026
A Nasa anunciou nesta quinta-feira (27) que irá enviar um drone para Titã, a maior das luas de Saturno, em busca de sinais da química básica que dá origem à vida, sabidamente abundante por lá.
A missão Dragonfly foi escolhida após processo seletivo promovido pela agência espacial americana e será gerenciada pelo Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, em Maryland, nos EUA. É de lá também que é operada a missão New Horizons, que passou por Plutão e pelo objeto transnetuniano MU69. Ambas, por sinal, fazem parte da mesma série de missões da Nasa, a New Frontiers, destinada a projetos de custo médio, ao redor de US$ 1 bilhão.
Saturno, infelizmente, é longe para danar (dez vezes mais distante do Sol que a Terra), o que produzirá uma agonizante espera. A Dragonfly deve ser lançada em 2026 para chegar a seu destino somente em 2034.
Com oito rotores e uma fonte de energia de plutônio, a nave poderá voar em Titã graças a uma combinação especial de atmosfera densa (mais que a da Terra) e gravidade baixa (menor que a da Lua). A missão terá duração inicial de 2,7 anos terrestres, em que será possível explorar os diversos terrenos de Titã, uma lua rica em compostos orgânicos e feliz proprietária de um oceano de água líquida sob sua crosta congelada, mantida a cerca de -180 graus Celsius.
Espera-se que, ao longo da missão, a Dragonfly possa percorrer até 175 quilômetros. O Mensageiro Sideral não vê a hora de 2034 chegar.
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