‘Semana da Lua’ terá eventos, anúncios e até lançamentos
Em meio às comemorações dos 50 anos da Apollo 11, esta promete ser a semana da Lua. Nesta segunda (15), o administrador da Nasa, James Bridenstine, falará sobre os planos para missões tripuladas à Lua e a Marte. Há grande movimentação dentro da agência, com substituição de lideranças no programa tripulado, o que cria certo suspense.
Por ora, segue de pé (e sem verba), a ideia de colocar novas pegadas na Lua com o programa Artemis, em 2024. Mas há rumores de que um anúncio, talvez até com a participação de Donald Trump, aconteça no dia 19, um dia antes do 50º aniversário das andanças de Neil Armstrong e Buzz Aldrin pelo Mar da Tranquilidade. A agência americana planeja uma série de ações para celebrar o feito de 1969.
Na terça (16), a SpaceX pretende testar um protótipo de nave que poderá levar humanos à Lua e à Marte. Será apenas uma decolagem, com voo de 20 metros, e um pouso, mas trata-se de marco importante no desenvolvimento do veículo, que deve se tornar operacional em 2021.
A Nasa, por sua vez, está planejando uma série de ações para celebrar, culminando com um evento especial na sexta (19), a ser transmitido ao vivo em seu site (htts://www.nasa.gov).
No sábado (20), haverá eventos no mundo inteiro, inclusive no Brasil. Para quem está no Rio, o Museu do Amanhã promove o evento A Humanidade da Lua, com a exibição de dois episódios da série produzida para o programa Sem Fronteiras, do canal GloboNews, e um debate, com o astrônomo Gustavo Porto de Mello e o engenheiro Lucas Fonseca (mais em
museudoamanha.org.br).
Em São Paulo, o Planetário do Ibirapuera realiza uma sessão especial no sábado e outra no domingo, voltada para os 50 anos da Apollo 11
(bit.ly/30xnSP3).
Por fim, em algum ponto dos próximos dias a agência espacial indiana deve lançar sua segunda missão lunar não tripulada. Era para ter acontecido no domingo (14). A Chandrayaan 2 partiria do Centro Espacial Satish Dhawan, embarcada no foguete GSLV Mk.3, o mais potente daquele país, em seu quarto voo. Um problema de última hora menos de uma hora antes do lançamento, contudo, levou a um adiamento.
A missão é ambiciosa: inclui orbitador, módulo de pouso e jipe robótico, com a ambição de realizar um pouso próximo ao polo Sul lunar. Se tudo correr bem, a sonda deve atingir a órbita da Lua perto de 5 de agosto e conduzir um pouso dali a praticamente um mês, em 6 de setembro.
De saída, ela será colocada numa órbita elíptica ao redor da Terra, com apogeu de 40.000 km. A ideia é elevar o apogeu até intersectar com a Lua, dez vezes mais distante. Se a alunissagem for bem-sucedida, a Índia será o quarto país a realizar a façanha (depois de Rússia, EUA e China).
BÔNUS
Confira esta série de vídeos que o Mensageiro Sideral está publicando no YouTube sobre a conquista da Lua.
Esta coluna é publicada às segundas-feiras, na Folha Corrida.
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