Supercivilizações subiram no telhado

Salvador Nogueira

O silêncio cósmico acaba de ficar um pouquinho mais ensurdecedor. Um novo estudo mais detalhado de uma amostra de galáxias com uma assinatura estranha de infravermelho, antes cogitada como possível fruto de imensas obras empreendidas por supercivilizações alienígenas, sugere que essa emissão tem causas naturais. Na prática, isso quer dizer que supercivilizações desse tipo muito provavelmente não existem em lugar algum do Universo.

Concepção artística de uma supercivilização encapsulando uma estrela para colher sua energia (Crédito: Astron)
Concepção artística de uma supercivilização encapsulando uma estrela para colher sua energia (Crédito: Astron)

O leitor habitual do Mensageiro Sideral há de se lembrar do frisson que causou o estudo publicado no ano passado, em que, de uma amostra de 100 mil galáxias, foram detectadas 50 que tinham um excesso de emissão no infravermelho médio, possivelmente explicável pela existência de uma supercivilização capaz de consumir pelo menos 50% do total de energia irradiado pela galáxia.

O trabalho fez parte do levantamento G-HAT, que se baseou em dados colhidos pelo satélite Wise da Nasa. “A ideia por trás da nossa pesquisa é que, se uma galáxia inteira tivesse sido colonizada por uma civilização espacial avançada, a energia produzida pelas tecnologias daquela civilização seria detectável em comprimentos de onda do infravermelho médio — exatamente a radiação que o satélite Wise foi projetado para detectar, para outros propósitos astronômicos”, disse, na ocasião, Jason Wright, astrônomo da Universidade Estadual da Pensilvânia e criador do projeto.

O burburinho todo, na ocasião, foi pelo fato de o trabalho original ter encontrado cerca de 50 galáxias com níveis incomumente altos de radiação no infravermelho médio. Os pesquisadores já esperavam topar com uma resposta natural para o fenômeno, mas para isso seria preciso fazer uma investigação mais a fundo delas.

E foi isso exatamente o que realizou agora Michael Garrett, do Instituto para Radioastronomia da Holanda. Em um novo artigo, aceito para publicação na revista científica “Astronomy and Astrophysics”, o pesquisador procedeu com uma análise dos 92 alvos mais promissores da pesquisa G-HAT, por meio de observações em rádio.

Em princípio, o excesso de infravermelho médio poderia ser resultado de civilizações tão obcecadas pelo consumo de energia que chegavam a encapsular a maior parte das estrelas de sua própria galáxia em invólucros capazes de absorver toda a radiação — as chamadas esferas de Dyson, concebidas pelo físico britânico Freeman Dyson –, e então, dissipar parte disso para fora na forma de calor.

A constatação do trabalho, no entanto, é de que o excesso de radiação no infravermelho médio pode ser mais bem explicado pela presença de poeira aquecida em regiões de intensa formação estelar. É o que corroboram as observações feitas em rádio dessas mesmas galáxias. Na prática, isso quer dizer que civilizações que evoluem para consumir a maior parte da energia produzida em sua galáxia muito provavelmente não existem.

QUEM TEVE ESSA IDEIA?
Em 1964, o astrofísico russo Nikolai Kardashev propôs que civilizações avançadas pudessem ser classificadas de acordo com seu nível de consumo de energia. As de tipo I seriam aquelas que usufruem do equivalente energético da radiação que chega a seu planeta emanada de seu sol. As de tipo II teriam à sua disposição a energia equivalente à produção toal de sua estrela (ou seja, poderiam construir uma única esfera Dyson e ficar confinadas em seu próprio sistema planetário e adjacências). Finalmente, as de tipo III teriam energia compatível com a produção em escala galáctica.

A nossa, no momento, nem chegou ainda ao tipo I (mas estamos quase lá, e calcula-se que, a continuarmos no atual caminho, chegaremos nisso até o final deste século). Já o projeto G-HAT buscava sinais de civilização do tipo III ou, na pior das hipóteses, numa posição intermediária entre as de tipo II e III.

Nem todas as galáxias promissoras da pesquisa original do G-HAT foram estudadas em suficiente detalhe no novo trabalho, mas, das nove mais esquisitas e compatíveis com uma supercivilização, pelo menos três delas têm propriedades que podem ser razoavelmente bem explicadas por interpretações astrofísicas. “As outras não foram estudadas em nenhum detalhe maior, e merecem mais observação”, diz Garrett, ressalvando que é bem provável que explicações convencionais também se encaixem bem nelas. “Partindo das propriedades de conjunto da amostra do G-HAT, concluo que civilizações de Kardashev do tipo III são ou muito raras ou não existem no Universo local.”

Isso desanima? Não deveria. É uma boa notícia, na verdade. Em primeiro lugar, é uma evidência forte de que na Via Láctea também não há uma supercivilização que um belo dia possa querer encapsular o Sol para atender às suas crescentes demandas energéticas. Ufa!

Mais importante, contudo, é a demonstração que o trabalho dá de como a pesquisa SETI (sigla para Busca por Inteligência Extraterrestre) segue o rigor científico que esperamos dela. Propõe-se uma hipótese verificável — no caso, civilizações avançadíssimas poderiam produzir sinais mensuráveis por conta de sua tecnologia — e testa-se com observações e possíveis explicações. Sem dogmatismo. A natureza irá responder. Nesse caso, ela respondeu negativamente, e o fato de conseguirmos determinar que civilizações do tipo III não são uma coisa comum — e muito possivelmente nem existem — é um resultado importantíssimo.

No mínimo, essas pesquisas dão uma pista do que serão provavelmente nossas limitações máximas como civilização. E nos obrigam a pensar como civilizações como a nossa evoluem — ou se extinguem –, sem nunca chegar a um tipo III “clássico”, por assim dizer. (Acabo de publicar um novo livro que sugere que o fim da civilização humana, caso não tenhamos mais sabedoria durante o século 21, pode estar na próxima esquina. Vai saber se não é isso que acontece a todas as civilizações antes que atinjam o tipo III?)

“Estamos sem uma parte importante do quebra-cabeça”, diz Garrett, tentando ser mais otimista. “Talvez civilizações avançadas sejam tão eficientes energeticamente que produzam muito pouco calor de dissipação — nosso entendimento atual da física torna isso uma coisa difícil. O que é importante é continuar procurando as assinaturas de inteligência extraterrestre até que entendamos completamente o que está acontecendo.”

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Comentários

  1. Seila viu… Bem capaz de existir outras civilizações mais “avançadas” ou não, em relação a nós…
    Mas esse lance da esfera de Dyson, eu acho improvável… Se pra nós ja parece difícil, caro e egoísta. Não creio q uma civilização AVANÇADA, iria fazer uso de “força bruta” para “dominar” uma estrela, ou melhor, a energia q tal, produz.
    Talvez hoje, na sociedade q vivemos, isso fosse muito lucrativo, olhando o “produto final”.
    E compatível com tudo que vemos na terra… – Ganancia, desigualdade, monopólio, trabalho escravo… E um FODA SE bem grande pro amanhã! pra nossos recursos naturais… –
    Acredito, q como mencionado no artigo, sociedades GANANCIOSAS como a nossa, chegaram a extinção antes de atingir o nível I. Assim como nós estamos fazendo… Se a “inteligencia e compreensão humana perante ao universo, evoluiu muito nos últimos 100 anos. O q dizer da “desEvolução” acelerada nos últimos 50 anos? Que é o Aquecimento global, poluição de rios, mares, desmatamento etc e tal… Se a terra pequenina, evoluiu como nunca nos últimos 100 anos, o q será em 500? E lógico, como toda ação, trás uma reação… E a “desEvolução”, como estará?… Quem será q chega na frente nessa corrida LOUCA???? E fora da nossa “casinha chamada de terra, { assim, nasce um buraco negro, excesso de energia, leva ao colapso} Ou como diz mainha, tudo q é demais, da errado! – E o q mais amamos, tbn pode nos cegar… “

  2. Ora, vamos dizer que aí do lado, a 1000 anos luz de distância alguém nos olha, e pode neste exato momento estar comentando que esse planeta tem tudo para apresentar algo diferente. Vão ter que esperar 900 anos para verem que alguma coisa aconteceu (e mesmo assim, se receberem ondas eletromagnéticas de algum programa de TV vão pensar que não deu muito certo…). Não creio que podemos afirmar de forma contundente algo como a última frase do primeiro parágrafo. Mas foi aberta a discussão e isso é muito bom.

    1. Como consciência viva (humana) e inerente as condições da atmosfera terrestre, fazemos uso deste conhecimento para criar estruturas que possibilitem o desenvolvimento de seu estado de presença e, de posse deste conhecimento, criam diversas tecnologias que favoreceu o aperfeiçoamento desta consciência – energia cognitiva (a inteligência inerente ao estado de cinscuencia), resultante da absorção de toda frequência de luz irradiava por nossa estrela central, auxiliada por todas as outras, presentes nesta galaxia.

      Essa consciência teria, então, tão rápido possível, atingido a velocidade da luz, fazendo com que todas as cores se unissem em uma só inteligência, viva – um corpo de luz que, consciente de si mesmo, observa o mundo à sua volta.
      Quanto mais tecnologias são criadas, mas desta energia (infravermelha) radiante é absorvida e/ou emitida pelo planeta que as desenvolveram. De outra forma, pode-se dizer que o espectro de absorção no infravermelho tem origem quando a radiação eletromagnética incidente tem um componente com freqüência correspondente a uma transição entre dois níveis vibracionais, e então, dissipar parte disso para fora na forma de calor.
      Ou seja, sem a incidência do espectro de luz do sistema solar e as demais estrelas de nossa galáxia, não existiria tecnologias e essas, uma vez em atividade, continua absorvendo desta energia para continuar funcionando e se desenvolvendo. Por isso ela (a tecnologia) é, sim, um dado associado a percepção do estado de consciência de uma determinada civilização em relação ao nível de habilidade e utilização da energia solar radiante, à sua disposiçao, sabendo, é claro, que toda tecnologia tende a auxiliar a consciência observadora, que é vivificada em seu planeta, na conquista e domínio do conhecimento de si mesmo.
      Uma esfera de Dyson é uma megaestrutura hipotética originalmente descrita por Freeman Dyson, a qual orbitaria uma estrela de modo a rodeá-la completamente, capturando toda ou maior parte de sua energia emitida.
      Penso ser uma esfera dysom, a órbita que qualquer planeta, assim como o nosso, terra, faz ao redor de sua estrela e neste roteiro faz o caminho por meio do qual absorve, dele, toda energia associada a órbita onde está confinada e, dela, encapsula o Sol para atender às suas crescentes demandas energéticas.
      Talvez civilizações como a nossa, não são tão avançadas ao ponto de fazer uso de toda tecnologia, não mais, tão somente, para a frequência do espectro de luz visível e sermos tão eficientes energeticamente que, mesmo produzindo tanta tecnologias, muito pouco calor é dissipado, pois sua consciência visa o desenvolvimento do conhecimento de si mesmo, em unicidade.
      O calor que é produzido e dissipada é o “calor humano”.

  3. Eu acho um exagero conceber civilizações que demandem tanta energia quanto a disponível em uma galaxia. Lá pelos anos 60 podia ser até uma ideia interessante. Mas hoje me parece pouco realista. Entre as de tipo II e III existem as civilizações que conseguem captar a energia de sua estrela e das estrelas vizinhas. Já é um baita salto tecnológico.

  4. “civilizações tão obcecadas pelo consumo de energia que chegavam a encapsular a maior parte das estrelas de sua própria galáxia em invólucros capazes de absorver toda a radiação”. Fala sério. É MUITO delírio.

    1. Sempre achei meio absurda a ideia. Mas é o Freeman Dyson! É um sujeito mais esperto que eu. Convém respeitar. Basta uma lida nos jornais do século 19 para ver como um veículo voador mais pesado que o ar também já foi absurdo, para não falar numa viagem à Lua. E, no entanto… o lance é não subestimar o tempo. Somos tecnológicos pra valer há pouco mais de um século. O que milênios em ritmo exponencial não tornarão possível? Esse é o tipo de exercício que o Dyson faz…

  5. Sr. Salvador, boa tarde!

    Se aproxima o eclipse total da Super Lua e, além de reforçar nossa sugestão de pauta para suas próximas postagens, informamos que fizemos uma compilação dos grupos, clubes de Astronomia, observatórios e planetários que farão observações públicas do eclipse.

    Já são mais de 70 entidades de 50 municípios, em quase todos os estados brasileiros. Uma listagem completa de Norte a Sul do Brasil:

    http://supereclipse2015.blogspot.com/

    Aqueles dos seus leitores que fazem parte de grupo, clube, projeto, observatório ou planetário, montem sua atividade e nos informe através da página acima.

    Mais uma vez obrigado.

  6. As probabilidades de contato com uma supercivilização, ou até mesmo a simples detecção de qualquer civilização parecem ser muito pequenas. Quase zero, em minha opinião.
    Como temos apenas a Terra como objeto de estudo, vejamos:
    a)Idade do universo: 13,7 bilhões de anos
    B)Idade da tecnologia capaz de “ouvir” sinais de rádio emitidos em 1/10 de galáxia: 50 anos.

    B / A = 0,00000000365, ou 3,65 x 10(-9)

    C) 3,65 x 10(-9)

    Possibilidade de “detecção”, encontro, ou a simples coexistência no tempo: C x C = 3,65 x 10(-18)

    D) 3,65 x 10(-18)

    Possibilidade de detecção intragaláctica no tempo e no espaço: D / 10 = 3,65 x 10(-19).

    A evolução parece progredir em saltos. Há míseros 5 milhões de anos atrás, não existia vida inteligente aqui na terra.

    Embora nos últimos 100 anos tenhamos tido uma imensa evolução tecnológica, ela também parece evoluir aos saltos, por ex.: Qual foi a enorme diferença tecnológica entre os anos 9.000 e 10.000 A.C ?

    Passaram-se mil anos, e até onde sabemos, praticamente nada aconteceu.

    Nada impede que cheguemos a algum degrau que leve milênios para ser transposto por nós, como por exemplo a geração controlada de energia usando a fusão nuclear.

    Sem esse tipo de geração de energia, ficaremos milênios sem sair de nosso sistema solar. Até mesmo sem conseguir emitir sinais de nossa existência para a galáxia mais próxima.

    Sou pessimista em relação à detecção de supercivilizações pela baixíssima probabilidade de elas existirem, ou até mesmo coexistirem no tempo e no espaço.

    Caro Wemerson, não acredito que a terra tenha recebido nenhuma visita de seres inteligentes extra-terrestres. Concordo com o Salvador que existe a possibilidade teórica. Apenas não acredito que tenha acontecido, e por isso nem consigo mobilizar-me e unir-me aos ufólogos para uma busca.

  7. Caro Salvador, considerando que cercado 85% da matéria do universo está em forma de matéria e energia escura, pode-se especular que nosso universo seja maior e mais complexo do que podemos ver. Imagino se as verdadeiras supercivilizações não atuam em outro nível, explorando dimensões às quais ainda não temos acesso, como postula a teoria das cordas e a teoria quântica.

    1. Salvador, em certas ocasiões questiono, em outras dou a minha opinião e em outras até brinco com os assuntos em pauta, quando os vejo como parte de sonhos e irrealidades humanas, mas sempre analisando o contexto em confronto com a lógica. Tornei-me a algum tempo leitor de sua página e realmente gosto muito, principalmente de sua paciência e disponibilidade, aliadas ao “tirar de letra”. Então, como seu contato com o pessoal é mais antigo, e são assuntos científicos, fica a pergunta: Usam os comentários como brincadeiras, muitos são claros, ou, realmente, acreditam no que escrevem? Parece que alguns acreditam.

      1. Não faço ideia, Oswaldo. Quero acreditar que a maioria — inclusive você — fala o que pensa. Mas a gente nunca sabe. De toda forma, uma coisa que a gente aprende — ou deveria aprender — desde a escola é que não existe ideia idiota e que estaremos todos melhor se encorajarmos as pessoas a pensarem fora da caixinha, sem, claro, nunca perder de vista o pensamento racional e a lógica.

      2. Oswaldo, ousar pensar diferente é a base para muitas inovações tecnológicas, descobertas científicas, novas teorias ou uma simples e mundana nova forma de ganhar dinheiro. Quem tem medo de pensar diferente é medíocre. Exercite sua criatividade, Oswaldo, quem sabe você deixe de ser tão mala sem alça e sem rodinhas.

  8. Esse tipo de assunto é de interesse de todos, instiga a curiosidade e chama a atenção de qualquer um. Deveria postar mais assuntos inerentes ao tema. Bomba demais!!!!!!!!!!!

  9. Acho que somos a civilização mais avançada das intermediações. O universo é descomunal e imensurável em tamanho, portanto, é de bom modo, que saibamos esperar e prescrutar ainda mais as suas entranhas. O tempo dirá se estamos sozinhos ou não. Tenho quase que certeza, que detectaremos vestígios de civilizações, ainda neste século. Carl Sagan, você corrobora com essa opinião? Ou estou sendo muito otimista?

    1. O Salvador tem indicado – e eu concordo com ele – que é questão de poucas décadas para detectarmos vida fora da Terra, mas vida inteligente é outra coisa…

  10. Salvador, Se formos pela lógica do Aníbal, Leonardo da Vinci tinha contatos extraterrestres… Einstein também… E tantos outros gênios que existiram e existem na humanidade. A grande questão desse estudo é que ele se contradiz. Como procurar por uma supercivilização pelo seu consumo de energia, uma vez que a tendência é, cada vez mais ter o consumo eficiente? Por outro lado, será que estamos interpretando esse estudo de forma correta? Uma vez que uma civilização ocupa uma galáxia inteira, dada a gigantesca escala de que se trata uma galáxia, não seria, por mais eficiente que seja, esse consumo tão grande a ponto de ser registrado através do cosmos pelas suas emissões de infravermelho, radiação ou qualquer outro tipo de emissão rastreável que seja? Pensem antes de defender suas teorias ou pontos de vista cegamente, afinal o conhecimento vem de questionamentos que levam a respostas…

  11. A essa altura, já devíamos estar pelo menos saindo do sistema, no encalço de mundos habitáveis, previamente detectados, ao menos a poucos parsecs daqui, em ordem de colonizá-los, e sendo bonzinho, no mínimo dos mínimos, já colonizado marte. JFK conseguiu colocar homens na lua em 10 anos após o início da exploração espacial; se o foco não tivesse sido perdido, todos os desafios técnicos estariam superados após 56 anos de exploração, para no mínimo já termos colonizados mundos próximos e estarmos partindo para outras estrelas.

    1. só complementando o comentário: acho que os estudos remotos são importantes, mas as partes relativas às conquistas humanas também o são, e foram abandonadas. No começo da exploração espacial, ambos eram feitos com importância isonômica, agora as expedições humanas ficaram de lado. lamentável.

    2. Concordo… A questão é que tudo exige esforço e no caso da época de JFK havia motivações alheias à Ciência para que a Lua fosse “conquistada” pelos americanos antes dos soviéticos. Vencida essa corrida, o interesse esmaeceu.

      Ainda há genuíno interesse científico na exploração espacial, e alguma motivação extra por parte da China, que quer enviar astronautas à Lua para ombrear-se com os americanos. Se isso acontecer, a corrida recomeça, tendo Marte como destino…

      A vaidade humana, seja individual ou dos povos, ainda dirige a humanidade… Para o bem e para o mal.

      1. Defendo a exploração humana não por uma questão científica exclusiva, tampouco acho que ela tem lastro na disputa de vaidade política. A exploração humana deve ser retomada para que não se perca a herança de conquista e coragem que nos diferenciou evolutivamente de todos os animais e hoje é “nossa assinatura biológica”. É esse fator, a exploração, que fez nossos cérebros crescerem e é esse fator que fez de nossa espécie a dona do mundo. Veja as baleias, eram seres terrestres que evoluíram para o mar, hoje sobrevivem, miseravelmente, se esquivando de navios pesqueiros e gaivotas que teimam em arrancar nacos de gorduras de suas costas quando precisam arcar com a deficiência de adaptação total ao ambiente marinho para respirar. As baleias provavelmente preferiram o comodismo e conforto das águas do que severos desafios que as forçavam a evoluir em terra. Mesma coisa com os pandas, que se renderam a uma dieta pobre em bambu que estava ali disponível em quantidade, quando projetados para serem carnívoros caçadores. Sua reprodução, devido à dieta e o tempo que lhe toma para promovê-la, é dificílima, e está quase extinto na natureza devido a esse fator. Vejam os conquistadores por outro lado, abstraindo os humanos. Os leões, estão no topo de sua cadeia alimentar. Preço a pagar por isso: o desafio da luta diária entre viver ou morrer. Porém assim como águias e Tubarões chegaram nesse ponto dominaram e pararam. O que será deles acaso os humanos não os queiram mais? O mesmo que aconteceria conosco num final menos feliz do filme independence day. Os humanos não devem, portanto, ter medo de morrer na exploração. A conquista espacial pode lançar novos desafios e também novos “insigths” na humanidade, idéias que não teríamos aqui, fazendo com que evoluamos como espécie mas ainda assim mantenhamos uma identidade “humana” cujo liame seria justamente o impulso inicial que nos propeliria pelo espaço. Uma ocupação de um planeta por exemplo pode sujeitar os indivíduos que lá se arriscaram a permanecer com risco de morte a ter que enfrentar e contornar desafios que os mesmos não enfrentariam na terra, e assim podem surgir idéias que não surgiriam na terra, inclusive para a própria exploração espacial. Quando tudo estiver dominado, bora para outras bandas (NôMADES). Em síntese nossa herança humana de conquista é um dos elementos de nossa identidade como gênero e seria mantida acaso a impulsão de conquistador fosse retomada, independentemente de evolução ocorrer ou não para nós (embora com a exploração isso fatalmente ocorreria). É melhor levar para o túmulo essa identidade desafiando o infinito do que no comodismo de um mundo cada vez mais estragado. Seria uma marca profunda em nosso DNA levada às profundezas do cosmos. Se ficarmos do jeito que estamos principalmente com esse planeta se degradando pelos outros problemas, logo nos tornaremos pandas… Isso é se os ETs não chegarem primeiro…

  12. Para mim, não há nenhuma surpresa na descoberta. Já vinha comentando isso há tempos aqui no blog. A idéia de “supercivilizações” não resiste sequer a uma análise de lógica elementar: se tais civilizações existissem, elas seriam virtualmente imortais e então já teriam dominado parte significativa do Universo e seus rastros seriam fácilmente detectáveis. Mas, pelo contrário, só existe o silêncio cósmico…

    Não dá para acreditar que tais seres iriam ficar quietinhos no seu canto, contando estrelas…

    1. Eu concordo com você que supercivilizações nos moldes de Kardashev — ou seja, que consomem a energia inteira da galáxia — são ideias para lá de malucas. Contudo, acho possível uma civilização simplesmente ocupar boa parte da galáxia e consumir a energia localmente como se fosse uma civilização de tipo I. Aliás, até mesmo você, que não acredita em extraterrestres, há de convir que a humanidade, caso sobreviva à sua adolescência tecnológica, pode facilmente se converter numa civilização galáctica desse tipo que descrevo…

    2. Mas e se eles alcançaram um estágio tão avançado em sua civilização que eles além de gastarem pouca energia nas suas atividades, sabem quantas civilizações com vida inteligente há em sua redondeza e sabem qual os efeitos que o contato entre civilizações tão diferentes em vários aspectos fazem na vida destas civilizações, principalmente naquelas que ainda acreditam em seres superiores criadores e que não suportariam que o ser que eles tanto idealizaram não passa de um delírio da infância da sua própria civilização? Um dos efeitos óbvios disto é: Guerra entre os crentes, reacionários e teimosos e os que deixaram de crer, um pouco mais racionais.

      Mas também acredito que eles também sabem que existem consequências mais sutis de haver um contato entre civilizações tão diferentes. Podemos ter nós mesmos um vislumbre disto ao estudar o que aconteceu quando os europeus aportaram na América e fizeram contato com os índios.

      1. Eu acho que o principal problema da detecção de super civilizações ou mesmo até de civilizações no mesmo nível da terrestre é a falta de rastros. Acho que supercivilizações já teriam sido detectadas ou vindo até aqui.

  13. Nossa civilização tem apenas alguns séculos de avanço tecnológico suficiente para começarmos a pesquisar o universo, quer dizer, estamos engatinhando ainda. Seria muito prematuro, então, definir como inexistente ou não baseados numa pressuposição de uma civilização num futuro longínquo. Na minha opinião, não temos dados suficientes, neste imenso quebra cabeças, para afirmarmos certas coisas. Como será nossa civilização tecnologicamente daqui há 200 anos? Temos uma leve ideia, mas na verdade não sabemos. O que teremos descoberto sobre o universo neste período? Então, eu não acho que isto seja definitivo. Existem variáveis que possam existir não sabemos. Como disse o Salvador, somos uma civilização tipo 0, então como podemos definir uma tipo III? Ainda falta muita estrada para termos uma vaga ideia do universo. Minha opinião.

  14. Boa noite, Salvador.
    Há aproximadamente um ano que venho acompanhando o seu trabalho, e tornei-me fã dos seus escritos.
    Gostaria de saber se existe algum site onde posso adquirir os seus livros, pois aqui em Itabuna (sul da Bahia) tem pouquíssimas livrarias e não encontrei seus livros em nenhuma delas, nem sei se tão cedo chega por aqui.

    Obrigada.

    Muito sucesso para você!

  15. Eu creio que dentre tantos bilhões de galáxias, trilhões de sistemas planetários, a nossa Terra é apenas mais um grãozinho nesse Universo. E penso que existem vida em milhares de outros planetas. Só penso que nunca poderemos manter contatos, já que as distâncias são estratosféricas e absolutamente intransponíveis. Também não creio que americanos ou quem quer seja tenha pisado na Lua. A coisa é muito fantasiosa para uma época em que não havias computadores com um bilionésimo da capacidade das máquinas aatauais.

  16. Salvador pinturas rupestres e achados arqueológicos assim como construções etc não seriam sinais de civilização extraterrestres que um dia estiveram por aqui ou são apenas conspirações desinteligentes como você disse na minha opinião você tem tomado um caminho mais conservador mas como você mesmo disse em um outro programa de tv que prefere ir na linha da ciência da NASA mas ela a NASA e o tio Sam EUA negam tudo e sabem de fatos jamais vão ser revelados você disse que não existe nada de artificial na lua mas quando os astronautas tiveram lá algo de muito estranho foi visto….
    E os ufologos e contatados eles estariam fazendo conspiração desinteligente também …
    Conheço ufologos muito sérios que confirmam construções artificiais na lua sim quem estaria equivocado você ou eles ?

    1. Ricardo, a questão é simples. O sujeito vai lá e, 10 mil anos atrás, faz um desenho na parede. Aí podemos achar que ele viu um astronauta alienígena e desenhou. Ou podemos achar que ele simplesmente é criativo, como humanos que se prestam a fazer pinturas costumam ser. Certo, as duas hipóteses são possíveis. Mas como testar qual delas está correta? Ah, não dá para testar? Então nunca saberemos. Logo, estamos perdendo tempo com isso.

      Como disse no meu livro “Extraterrestres”, não vejo nada particularmente absurdo em achar que a Terra foi visitada no passado por extraterrestres. Pode ser que tenha acontecido. Mas nunca saberemos. Então, para mim, não serve. Não faz avançar o nosso conhecimento.

      O mesmo podemos dizer da ufologia. Não há sequer método confiável para separar casos genuinamente intrigantes de fraude.

      Sobre construções artificiais na Lua, posso te GARANTIR que eles estão equivocados. E é justamente essas “confirmações” estapafúrdias que fazem a gente questionar até os ufólogos ditos “muito sérios”.

      Conspirações são lindas no papel, mas não costumam resistir muito tempo na prática. Veja o caso da espionagem digital dos EUA… uma coisa muito mais séria do que construções na Lua, algo que de fato impacta no dia a dia das pessoas… e não conseguiram esconder.

      1. Mas os arqueólogos normalmente dispõem de várias evidências como o estilo das gravuras/pinturas/esculturas do povo em questão, contexto histórico, textos, etc. Portanto, se não podemos “testar” essas duas hipóteses, podemos ao menos atribuir probabilidades a cada uma. Dou um exemplo de um caso: aqueles famosos hieróglifos egípcios representando um helicóptero, uma lancha, uma nave… foi mostrado recentemente que eram apenas o resultado de reaproveitamento da pedra para novas inscrições, e isso mais uma dose de degradação gerou as famosas figuras… então, ao final podemos descartar uma das hipóteses. E isso pode ser feito na maioria dos casos.

        1. Claro! Uma das funções da arqueologia é essa mesmo, verificar hipóteses com base na cultura material de um povo antigo! Mas nunca afastaremos por definitivo a hipótese de visitação extraterrestre. E por isso as pessoas continuam discutindo isso…

          1. A única confirmação possível da visita de extraterrestres será o encontro de fósseis acompanhados de materiais de origem tecnológica muito avançada para a época.

            De repente, acham, mas até lá, aguardemos.

      2. Salvador, creio que você se engana redondamente nessa questão do “método dos ufólogos”. Há, sim, muita metodologia na ufologia para se separar o que é legítimo do que são fraudes, um vez que o estudo dos óvnis é composto, em sua essência principal e que mostra resultados, por cientistas.
        Não vou repetir a velha ladainha que já disse várias vezes aqui, mas fica, mais uma vez, a dica para que os astrônomos, sobretudo os mais ligados ao materialismo cientificista, leiam mais sobre ufologia antes de tecerem seus comentários. Caso contrário, estarão cometendo um dos maiores erros do cartesianismo, que é o preconceito.
        Como dica momentânea, para se dirimir dúvidas a respeito do “método”, leiam a monografia de graduação de do antropólogo João Francisco Schramm, em: http://bdm.unb.br/bitstream/10483/2093/1/2011_JoaoFranciscoSchramm.pdf.
        Essa monografia é ótima para abrir as mentes, inclusive para esclarecer o que já postei aqui, a respeito do que está por trás do SETI e as peripécias nada éticas de Carl Sagan, para esconder os discos voadores e lançar um projeto que não deu, e nem nunca vai dar em nada, se o objetivo é manter contato efetivo com civilizações avançadas, mas na verdade serve apenas como cortina de fumaça para enganar os leigos.
        A monografia do João é de simples leitura, tem só 69 páginas e, embora possa conter pequenos enganos, em sua essência está perfeita.
        Se os caros astrônomos leigos em ufologia ainda continuarem céticos com a quantidade e a qualidade das informações ali contidas, que em nossa opinião montam um arcabouço de provas suficientes para, pelo menos, mudarem o rumo da prosa, em outra ocasião poderemos postar a tese de doutorado do Rafael Almeida, que tem 610 páginas e é muito mais completa.
        Abraços.
        F.A.R.

        1. Se você acha que Carl Sagan fez parte de alguma conspiração para ACOBERTAR ETs, eu me sinto incapaz de argumentar.

        2. Se OVNIs continuam “NI” (Não Identificados), nada se pode concluir sobre eles, só especular. Isso não é Ciência.

    2. Desculpe amigo, mas baseado em que esses ufólogos sérios confirmam sobre a existência de construções na Lua? De onde vem a informação séria desses ufólogos? Dos sites de conspiração desinteligentes da internet?

      Vamos fazer uma análise muito simples: a NASA tem milhares de pessoas trabalhando lá, são milhares de pessoas que dependem da boa vontade do governo americano em manter seus projetos em andamento, são milhares de pessoas muito sérias que buscam de todas as formas justificarem seu emprego.

      Então imagine que essas pessoas sabem que existem estruturas extraterrestres na Lua, mas essas pessoas preferem esconder essa informação e dizer q na Lua só tem pedras e que por causa disso missões para lá não são muito viáveis ou interessantes.

      Agora pense o contrário, realmente descobriram estruturas na Lua! Fantástico! Vai chover dinheiro em cima da NASA para ir lá e estudar essas estruturas incríveis. Imagina o ganho da humanidade, ou melhor, imagina o ganho de quem chegar lá primeiro!

      Os USA então é um país bobo, mesmo tendo feito a maior descoberta da humanidade ele vai deixar de lado, e dar a chance para uma China, Russia ou sei lá quem ir lá e dar uma rasteira neles. E todos nós sabemos que de bobo eles não tem nada.

      Vamos ser sérios…

      1. Nem sim, nem não, muito pelo contrário. Mas se fosse eu o descobridor de evidências de construções na Lua esconderia isso até de mamãe. Iria pesquisar sozinho e muito discretamente. Abriria muitas frentes para desviar a atenção e mandaria meus militares mandarem bala em pesquisas secretas. Yo no creo en teorias conspiratorias, pero que las hay, las hay.

        1. Bom… mas vamos ser realistas.

          Uma pesquisa desse nível de complexidade exigiria a participação de milhares de pessoas nos projetos. Muitas mães iriam ficar sabendo 🙂

  17. Pobre de quem acredita nessa baboseira de “supercivilização” …kkkkkkk
    Mais uma prova de isso é lorota….

    1. Bom, tem gente que acredita em seres invisíveis superpoderosos mas que ninguém nunca viu nem sentiu, só ouve falar… nem consegue provar. Veja só, existem idiotas de tudo quanto é estirpe!

      KKKK

      1. É, não temos provas de nada. Mas temos um civilização tecnológica de 150 anos. Celulares têm 15 anos. OK. Pode existir civilizações com 10.000 anos tecnológicos. Ou 750.000 anos. O que fizemos em 150 anos comparado com o que podemos fazer 750.000 é assombroso. Por que não as achamos? Talvez porque tenhamos apenas 150 anos tecnológicos e um cérebro de 1,5kg.

        1. O desenvolvimento tecnológico atual é fruto do conhecimento adquirido nos últimos 200 anos. Pode ser que o próximo salto de conhecimento, que faça realmente diferença, leve alguns milhares de anos para acontecer. Não dá para prever como estaremos em 750.000 anos.

  18. Mas a dúvida que não quer calar….
    seria o Bruno Traetz o EU?

    Eu, Charles, particularmente acredito que não, pois não mandou ninguém morrer e se matar…. mas a gera uma dúvida….
    hahahahha

    1. Não é Eu não. Eu tô atrapalhado hj, não tô conseguindo postar nada, só respondi pro Edinaldo.

      😛

    2. kkkkkk excelente…

      Não somos a mesma pessoa, porém confesso que em meus comentários, em certos momentos, senti que meu senso de humor estava semelhante…

  19. O DONO DA COLUNA AQUI VIVE DESCONSIDERANDO VIDA INTELIGENTE EM OUTROS PLANETAS. MAS ESTÁ TOTALMENTE ERRADO, NÃO SEI SE POR IGNORÂNCIA OU MA FÉ: PARA OS LEITORES RECOMENDO IR AO YOUTUBE E PESQUISAR PROJETO CAMELOT E PROJETO AVALON, IRÃO SE SURPREENDER COM A REALIDADE…

    1. Eu não desconsidero vida inteligente em outros planetas. Desconsidero apenas teorias da conspiração desinteligentes. 😛

      1. Eu também não gosto de teorias conspiratórias. Mas… os EUA fecharam o Blue Book sem justificar nada. Existe um livro, o Livro Vermelho dos Discos Voadores (que não se perca pelo nome) que pesquisou relatos na França, principalmente, e com isenção. Há, no mínimo, coisas curiosas no ar, “além dos aviões de carreira”. Não sei o quê, mas há. E há vídeos com declarações de astronautas e cosmonautas também com relatos sobre coisas estranhas. Repito: yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay.

        1. Sim, casos estranhos, há mesmo. Aos montes. Meu argumento é que nada conseguimos descobrir sobre eles. São mistérios permanentes, uma vez que não se pode reproduzir o fenômeno nem recriá-lo em laboratório para investigação. E eu não quero precisar acreditar para saber se existe vida fora da Terra. Por isso privilegio o caminho da ciência e fico mais empolgado com bactérias em Marte (que seriam irrefutáveis) do que com aparições de espaçonaves alienígenas (que podem muito bem ser outra coisa).

          1. Concordo. Ciência é Ciência. E só saberemos de discos voadores o dia que um deles cair no Anhangabaú ou em Times Square, pra todo mundo ver. Antes disso é tudo especulação. Nada científica.

        2. Algum OVNI virou OVI (Objeto Voador Identificado)? Não? Então não se sabe o que o que são, qualquer conclusão é “chute”.

    2. kkkkkk…. Vc só pode estar brincando com a “realidade” desses projetos.
      Até minha irmã de 8 anos deu rizada ao ouvir tanta bobeira.
      Sem mais comentários…

    3. Meu avô fazia parte da FAB, e uma vez em uma conversa informal com um militar americano ja na reserva, ficou sabendo que OVNIS são produção terraquea, tecnologia americana, ainda não foi divulgada pois esta tecnologia não usa propulsão que necessita de algo muito valioso em nosso planeta “petroleo” A comercialização de petroleo no mundo é feita somente em dollars e foi assim que os americanos se enriqueceram tanto. Então enquanto o combustivel fossil não acabar em nosso planeta, não vão divulgar este sistema de propulsão novo.

      1. Duro é apresentar evidências disso. Entre os militares mesmo há os que acreditam na origem extraterrestre dos óvnis e os que não acreditam. Acreditar não é suficiente; falar não é suficiente. É preciso provar.

  20. Salvador, acredito que a resposta à grande pergunta (“estamos sós?”) virá quando resolvermos melhor questões da.. arqueologia. Bem, pelo menos é isto que se sugere no livro Archaeology, Anthropology, and Interstellar Communication, da NASA, que você inclusive indicou aqui no blog um tempo atrás.

    Muito provavelmente, estejamos procurando de modo errado. Possivelmente, fatos que hoje passam desapercebidos sejam, mais tarde, tidos como indícios de civilizações. Com toda certeza, nosso raso entendimento da natureza ainda não é capaz de entender a manifestação das formas alienígenas.

    1. Na verdade, o livro não sugere isso. O livro mostra como lições de arqueologia e da antropologia (ou seja, do estudo de culturas humanas ANTIGAS) podem nos ajudar a pensar em meios de compreender e interpretar mensagens enviadas por civilizações extraterrestres por rádio, por SETI convencional. Eu inclusive disse isso quando mencionei o livro. Abraço!

    1. Valeu Edinaldo por postar de novo o link, esses dias tava procurando esse post e não encontrava.

      😉

  21. O Universo é imenso, recursos naturais são o que não faltam nele e nem concordo muito que uma civilização mais avançada que a nossa consuma mais energia que nós, pois se olharmos o consumo de energia da nossa própria espécie a tendência é de consumir menos a cada novo desenvolvimento e com mais eficiência energética, coisa que esquecemos um pouco nas considerações sobre civilizações extraterrestres. Querer detectar supercivilizações do modo que fizeram esbarra na estatística (ruídos de fundo causados por variações naturais), no desconhecimento do que seria uma tecnologia realmente avançada que fizesse mais consumindo menos energia e no número de seres inteligentes que pudessem fazer alguma diferença na emissão energética detectada. Penso que para detectar “supercivilizações” teriam que detectar emissões e absorções energéticas exóticas de fato, não aqueles produzidas por processos naturais, mas que vem de lugares improváveis e com um padrão diferente do que encontramos geralmente e para isto é preciso um pouco mais de desenvolvimento dos detectores e da análise dos dados colhidos. Querer detectar vida inteligente somente ouvindo ondas de rádio ou emissões de infravermelho pode ser infrutífero, pois elas podem ser tão fracas e perdidas no meio de tantas emissões semelhantes, mas naturais, que ainda não temos condições de detecta-las com certeza. Eu começaria a detectar emissões causadas por explosões nucleares artificiais dos elementos transurânicos. As explosões nucleares desde o teste de Trinity, talvez até as emissões do reator de nuclear de Chicago e mais anteriormente ainda, as experiências com elementos radioativos naturais conduzidos na virada do século 19 para o 20, podem ter produzidas emissões que os cientistas não entendiam totalmente na época, mas para uma civilização avançada com capacidade de detecção e análise seriam estranhas para vir de um processo natural. Emissões que acontecem até hoje e com a tendência a aumentarem e não diminuírem tal como acontece com as emissões em outras faixas do espectro.

      1. Estava acordado com insônia devido ao problemas do dia a dia. E eu escrevo muito rápido quando a ideia já estava na minha cabeça, demorei muito pouco para expô-la no comentário. Mas minha proposta não é insensata, pois qual lugar deste Universo houveram explosões nucleares de elementos pesados que foram tão frequentes tal como as que aconteceram aqui? Um civilização extraterrestre avançada o suficiente poderia detectar subprodutos destas explosões que fossem inexplicáveis que ocorressem de maneira natural, o que levariam-lhes a concluir que há alguma vida inteligente na Terra. Pode ser que alguns destes subprodutos nem nós temos as condições de detectar ainda, pois nos falta conhecimento ou tecnologia. Detectar ondas de rádio ou emissões de infravermelho em excesso ou faltantes, não seriam bons métodos para descobrir civilizações extraterrestres que estivessem muito longe de nós porque ainda não temos precisão suficiente nos instrumentos para detectar evidências de supercivilizações. Mas a coisa muda se a civilização estiver mais perto e estiver no mesmo nível de desenvolvimento que nos.

  22. E mais uma vez um assunto bom e interessante como o de civilizações inteligentes gera uma repercussão arrogante por parte de quem pouco entende

  23. Uma questão de interpretação. O fenômeno da radiação captada tem grandes chances de ser produzido naturalmente, mas não se esgotou a hipótese de que, faticamente, o produtor real da radiação observada não seja definitivamente artificial. Embora seja o menos provável, não seria de todo ruim ainda colocar o benefício da dúvida.

  24. GRANDE SALVADOR, boa tarde.
    Sou leitor assíduo de suas materiais. Em uma de suas publicações citou o nome de seu último livro, o qual, me perdoa, não me lembro. Assim, peço que me informe

  25. Olá Salvador! Estranho basear ser consumo de energia numa Galaxia muito distante, a ponto de mudar a emissão de Infravermelho, nessa Galaxia. Ora, se existe vida seria em planetas de alguma estrela e não propriamente de atingir o consumo em uma galaxia inteira!

  26. Como comentei na matéria do ano passado (o qual você excluiu) e repetindo, esse estudo no sense já nasceu errado.

    Mais incrível é um cientista jogar isso e a sociedade científica ir atrás do pensamento, que uma supercivilização não saberia utilisar 100% de sua energia (sem perda), além da possibilidade de terem encontrado outras fontes naturais ainda desconhecidas por nós que podem ser muito mais eficazes e limpas.

    Se depender desse estudo para afirmar sobre a vida em algum lugar lá fora, continuaremos a ser esse mísero planetinha em um infinito de dark matter.

    Tesla e Einstein devem ser revirar em seus túmulos..

  27. Creio que estamos na situação semelhante do cupinzeiro às margens de uma rodovia movimentada. Eles vem a estrada e os carros se movimentando, porém, para eles, é indiferente. Afinal, o nível de compreensão é inexistente para terem ciência do que ocorre em sua vizinhança. Agora, se tivermos a “sorte” de sermos os únicos seres complexos desta galáxia, então teríamos analisar se passamos ou não do Grande Filtro, particularmente se tal filtro realmente existe por força do processo evolutivo, acho que estamos ferrado, pois a humanidade está em rota de colisão com a sua própria extinção.

  28. Há uma contradição na ideia de classificação, tendo em vista que a busca na área de energia, da qual sou especialista e mestrando, busca a eficiência e a eficácia. A idéia é usar equipamentos com cada vez menor consumo. Exemplos LED e OLEDs.

  29. Pessoal, aqui há espaço somente para comentário s,
    livros é somente nas editoras.
    Desculpe Salvador, falei por você.

  30. Não existe vida inteligente em outro planeta. Vão buscar isso a vida inteira sem êxito. Os dinossauros não viveram a 160 milhões de anos, eles conviveram junto com humanos no passado, mas reportagens como essa não mostram isso. Vemos um montão de mentiras todos os dias e acreditamos. O nosso planeta é bastante rico em vida e muitas ainda não descobertas. Melhor coisa seria buscar vida aqui mesmo e soluções para melhorar a vida.

    1. A maior prova de que EXISTE vida INTELIGENTE fora da Terra é o fato – indiscutível- de eles não se comunicarem conosco!

    2. Amigo, se não existe vida inteligente em outros planetas, de onde vieram os egipcios com excelentes conhecimentos grafados nas pirâmides?

      1. O conhecimento dos egípcios foi desenvolvido pelos egípcios. Alienígenas não participaram.

      2. Se for por essa lógica Leonardo da Vinci tinha contatos extraterrestres… Einstein também… E tantos outros gênios que existiram e existem na humanidade. A grande questão desse estudo é que ele se contradiz. Como procurar por uma supercivilização pelo seu consumo de energia, uma vez que a tendência é, cada vez mais ter o consumo eficiente? Por outro lado, será que estamos interpretando esse estudo de forma correta? Uma vez que uma civilização ocupa uma galáxia inteira, dada a gigantesca escala de que se trata uma galáxia, não seria, por mais eficiente que seja, esse consumo tão grande a ponto de ser registrado através do cosmos pelas suas emissões de infravermelho, radiação ou qualquer outro tipo de emissão rastreável que seja? Pensem antes de defender suas teorias ou pontos de vista cegamente, afinal o conhecimento vem de questionamentos que levam a respostas…

    3. Cara só posso perguntar uma coisa para esse indivíduo,
      De que planeta viestes ????
      Pior que esta besta, creio acredite mesmo nisto !!!!

    4. Amigo, não havia humanos na época dos dinossauros… Estude um pouco sobre a época e verá isso. Os fósseis de primatas datam de muitos milhões de anos após a extinção dos grandes dinossauros.

  31. É não ter mais nenhum problema nessa terra e muito dinheiro para patrocinar coisa como essas. Olhem para onde vivem primeiro, ou não vai sobrar nada para ir à lugar algum…………….

    1. Luiz Momi
      Para cobrar isso dos outros, presumo que você esteja economizando o que pode e dando a quem precisa. Estou certo?

    2. Você só está usando este computador agora por que vários cientistas malucos, de diversas gerações, sem ter o que fazer, gastaram tempo e dinheiro em atividades não filantrópicas sem aparentemente nenhuma aplicação prática.
      Não condene uma ideia antes de ela nascer.

  32. Boa tarde Salvador. Espero que não, mas se a evolução de outros planetas for como a da terra, infelizmente nenhuma civilização vai chegar ao tipo II. Nem chegamos ao tipo I e já estamos bem próximo do colapso. Ainda bem que para cada caso uma saída diferente. Abraços Stilpen.

  33. Acho que a idéia seria ao contrario, quanto mais avancada a civilização mais avançada a tecnologia e menor o consumo dela.

  34. As distâncias astronômicas contam muito! Se hoje existem civilizações avançadas no universo, só veríamos estas emissões de energia somente daqui un milhões de anos. Só sabemos que existe vida lá fora por causa dos UFOs, que de alguma forma venceram estas distâncias imensuráveis.

  35. Ué e não sabiam tudo que existia???? Isso ai só prova que o repórter tradutor de textos quebrou a cara novamente, kkkkkkkkkk

  36. Quanta bobagem, encapsular estrelas não valeria o esforço nem os materiais, caso isso fosse possível.

    1. É porque não existem países se matando, fome, pobreza, ladrões armados de revolver e de caneta também, estamos vivendo uma utopia de besteirol e pessoas que não enxergam além do seu próprio umbigo.
      Quero o Nobel da ciência………………. e garanto que tem trouxa que patrocina essa merd……. toda.

  37. Civilizações megalomaníacas por consumir energia e replicar em escala astronômica o que fazemos hoje na terra, como se nosso modo de vida e nossos objetivos fossem lugar comum no universo inteiro.

    1. Pelo tamanho do Universo pode ser que tenha surgido alguma civilização tão doida quanto a nossa e tenha resolvido fazer tudo isso aí.

      Sabe lá…

  38. Porque as pessoas sempre que falam em vida fora da Terra, sempre imaginam seres inteligentes com alta tecnologia? As pessoas se esquecem de olhar para nosso próprio planeta, depois de alguns bilhões de anos e milhares ou milhões de espécies que já passaram por ela e perceber que somente 1 única espécie desenvolveu inteligência, nosso planeta é e sempre foi rico em vida, mas nunca foi rico em vida inteligente, os dinossauros dominaram a Terra por 160 milhões de anos e nunca desenvolveram inteligência, porquê?, o que é preciso para uma espécie desenvolver inteligência criativa? Portanto acho que se existe vida selvagem fora da Terra já seria raríssimo, vida inteligente então, mega ultra raro e talvez nunca nos encontraremos, pra mim o Universo é estéril e hostil por natureza, e talvez a Terra realmente tenha sido um acidente cósmico único.

    1. Quem disse que os dinossauros não eram inteligentes? Sobreviveram sossegados por 150 milhões de anos e só acabaram por causa do danado do meteoro que caiu na terra do Chaves. Nós temos 10.000 anos e vamos acabar já, já. Quem são os inteligentes? rá rá

      1. Nós temos uns 200 mil anos já, e se contarmos “mamíferos de grande porte” do mesmo jeito que contamos “dinossauros”, genericamente, já temos 65 milhões de anos na bagagem. Evolução não é sobre uma ou outra espécie. Evolução é a teimosia da vida. 🙂

        1. Foi piada. Acredito que podemos chegar, como já disse, aos 750.000 anos. Com juízo. E, ok, a vida tem sido perpetuada neste planeta por muito, muito tempo. Mas tecnologicamente, não acha que estamos no pré primário? Estamos usando lousa de giz, banquinhos coloridos e lápis de cor para entender o Cosmos. É o caminho, sem dúvida. Mas falta muito até a pós-graduação…

          1. Eu acho, mas acho que a pós-graduação está logo ali, por conta da evolução exponencial do conhecimento e da tecnologia. Não precisaremos de 750 mil anos para chegar lá. Podemos bater no teto em mais uns séculos…

          2. Levando em conta que temos 8 bilhões em um planeta que mal cabem 4 bilhões e crescendo e levando em conta noticias como a que li hoje sobre um decréscimo de 40% nos estoques de peixes dos oceanos duvido muito que a humanidade chegue sequer aos 10.000 anos persistindo as coisas do jeito que estão.

  39. Não acredito, nem desacredito, penso que somos ainda muito prematuros no que diz respeito ao UNIVERSO e toda a sua complexidade.

    Deixemos a imaginação trabalhar junto com o aprendizado, e via o Dr. Spock.

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