O planeta anão mais distante do Sol
Seria mais um planeta anão nos confins do Sistema Solar para fazer companhia a Plutão, Éris, Makemake e outros tantos que devem existir por lá, não fosse um detalhe: ele é o objeto mais distante já descoberto a girar em torno do Sol.
Por ora, seu nome oficial é apenas um código: 2012 VP113. Ele foi encontrado por Chadwick Trujillo, do Observatório Gemini, e Scott Sheppard, da Instituição Carnegie em Washington, que publicaram a descoberta na edição de hoje da revista científica “Nature”.
Apelidado carinhosamente de “Biden” (sobrenome do vice-presidente dos EUA, inspirado pelo VP!), o objeto teve sua órbita determinada pela dupla de astrônomos. Em seu ponto mais próximo, o 2012 VP113 fica a 80 unidades astronômicas do Sol (1 UA é o equivalente à distância média Terra-Sol, cerca de 150 milhões de km). Em compensação, no ponto mais distante, ele vai até 452 UA.
Só para efeito de comparação, Netuno — o último planeta oficialmente reconhecido — está a meras 30 UA do Sol. Isso faz do 2012 VP113, apesar de seus estimados 450 km de diâmetro, um objeto especial. Ele parece ser um membro de uma população de objetos na chamada região interna da nuvem de Oort.
Nominho, né? Culpa de Jan Hendrik Oort, o astrônomo holandês que primeiro sugeriu, em 1950, a existência de uma bolha de objetos remanescentes da formação do Sistema Solar, de onde se originam os cometas de longo período que vemos vez por outra se aventurando pelas redondezas do Sol. (O falecido cometa Ison entra nessa lista.)
A maior parte da nuvem de Oort, que em tese se estende a até um ano-luz de distância do Sol (cerca de 63 mil UA), está tão longe de nós que há pouca esperança de enxergarmos seus objetos diretamente. Somente os que estão na região mais interna, como o 2012 VP113, podem em tese ser detectados. E, mesmo assim, só quando eles estão perto de sua aproximação máxima do Sol.
Somente um outro objeto nessa condição foi encontrado até hoje. Ele é chamado de Sedna e foi achado em 2003 (seu ponto de aproximação máxima fica a 76 UA do Sol, um pouco menos do que o do novo objeto). A escassez de descobertas do tipo nos últimos 11 anos, apesar de todos os esforços, mostra como é complicado achar alguma coisa nessa região distante e fria. De lá, o Sol aparece como mais uma estrela, só ligeiramente mais brilhante que as demais.
ESTRANHA COINCIDÊNCIA
Com base apenas nesses dois objetos, os cientistas se veem em dificuldades para compreender como se forma a população da região interna da nuvem de Oort. Esses dois astros possuem certas peculiaridades orbitais que dão pistas do que pode ter acontecido. No momento, existem três hipóteses possíveis.
Uma é que, nos primórdios da formação do Sistema Solar, um planeta tenha sido arremessado para fora dele e, na passagem rumo ao espaço interestelar, tenha perturbado as órbitas de objetos como o Sedna e o 2012 VP113.
Outra é que esses objetos tenham sido perturbados por estrelas próximas que nasceram no mesmo aglomerado que o Sol. É bem possível que tenhamos tido numerosos vizinhos no berçário estelar que deu origem ao Sistema Solar. (Já falamos sobre os nascedouros das estrelas aqui.)
Uma terceira é que exista um nono planeta, talvez do porte de uma superterra, com até 10 vezes o tamanho da Terra. (Antes que os nibirutas se animem, para produzir esse efeito, o planeta precisaria ter uma órbita que o manteria sempre na nuvem de Oort, não uma trajetória oval que o trouxesse periodicamente para dentro do sistema.)
Uma pesquisa recente feita com o satélite Wise, da Nasa, não encontrou nada, descartando as hipóteses de planetas gigantes gasosos, anãs marrons ou anãs vermelhas nessa região. Mas talvez um astro menor ainda possa existir (embora o Mensageiro Sideral não aposte suas fichas nisso).
De toda forma, somente encontrando mais objetos na região interna da nuvem de Oort e estudando cuidadosamente suas órbitas será possível discriminar entre as três hipóteses.
Salvador, já acharam indício de “Nuvens de Oort” em outras estrelas? Se a nossa tem, outras milhões, ou bilhões, devem ter. Grato.
Radoico, não que eu saiba. Já acharam indícios de cinturões como o de Kuiper, mas algo como a nuvem de Oort creio que não. Contudo, há de se lembrar que a nuvem de Oort é muito dispersa.
OFF: Divirtam-se com os vídeos
http://gizmodo.uol.com.br/videos-impressionantes-hubble/
Lindão, apesar de ser somente simulação.
“especialmente com os vídeos em 3D criados usando imagens e dados reais.”
Pode ser simulação, mas conforme o texto diz, foram usadas imagens e dados reais na confecção dos mesmos.
😉
Os confins do sistema solar estão movimentados! Ontem também anunciaram a descoberta de dois anéis em torno de um asteroide (Chariklo). E os anéis foram apelidados de Oiapoque e Chuí pelo brasileiro (Felipe Braga-Ribas) que foi o autor principal do relatório que os descreveu!
http://www.cbc.ca/m/touch/news/story/1.2587266
Verdade Fábio, tudo indica que essa região esta cheia de planetas anões. A dificuldade em descobrir esses astros, é que para ele ser avistado somente quando estiver em seu periélio.
Deu no History Channel uma vez : Existem mais planetas que grãos de areia na Terra !!!
Essa pescaria sideral de achar planetas sempre vai existir dada nossa curiosidade por outros mundos.Mesmo com nossa tecnologia ainda somos pequenos grãos de areia no imenso universo.
E Nibiru..existe ou não ?
Não!
Claro que não. Assim como o Parmera nunca ganhou um Mundial.
Salvador primeiramente parabéns pelo blog. Simplesmente muito bom. Mas tenho uma duvida, a gravidade do Sol é suficiente pra “segurar” objetos tão longe em sua orbita?
Depende da velocidade com que transitam. Nesses casos, sim. 😉
otima essa esplicacão
se a órbita dos planetóides está sendo perturbada, deve existir algo maior por lá.
nobirutas, não é o seu planeta fantasia, mesmo que tenha sido expulso da parte mais interna do sistema solar, o que não parece ser o caso, este planeta NÃO teve chance de desenvolver vida, porque:
>foi nos primórdios do nascimento do sistema, quando até as bactérias tinham dificuldade de se manter vivas;
>os planetas estariam ainda muito quentes e a água em suas superfícies estariam evaporadas, nem mesmo planetas distantes do sol conseguiriam manter a água líquida por muito tempo: ou estaria em forma de vapor, ou congelaria rapidamente;
>as chuvas de meteoros e cometas era constante matando e destruindo tudo;
>poderia haver ainda colisões com planetóides que aniquilavam qualquer traço de vida.
ao contrário de hoje, a própria Terra demorou para estabilizar o suficiente para abrigar vida e a própria iniciação de organismos simples dependem da fortíssima agitação do passado da Terra.
em outras palavras, a química para formar a vida é abundante, todos os estudos apontam para isso, mas depende de sorte para que um planeta tenha todos os parâmetros que permitam estabilizar a vida tempo o bastante para se desenvolver.
e sim, NÃO EXISTEM DEUSES ou um deus, nem tribo de alienígenas que venham aqui para gerar uma humanidade, somente quem NUNCA estudou química acredita em milagres mentirosos. Eu aviso: NÃO bebam mais água sanitária, não matará tua sede!
outra coisa: no filme prometheus a ideia dos aliens que “fertilizam” a Terra vem do desejo deles em se tornar dominantes, proprietários das criaturas, como um rei com seus súditos. A ideia é boa, mas não passa de fantasia, então, não bebam água sanitária para matar a sede, ela não serve para isso!
se estudar em laboratório perceberão que não há uma direção divina na natureza, o que acontece é um processo de reação química natural onde os compostos, ao se misturar, provocam reações diversas. Quando temos compostos em frascos separados, nada acontece, mas se agitarmos os frascos para que respinguem um no outro, temos as reações, a mesma coisa acontece ao planetas, então, hoje, se a Terra fosse esterelizada matando até mesmo a menor das bactérias e vírus, a vida seria mais difícil de acontecer porque toda a agitação atual é bem mais modesta que no passado durante a formação do planeta.
o universo não depende de um deus para ser o que é.
Falou Faraó!
A ciência não está preocupada em saber quem fez o universo, mas sim como ele funciona. Por isso ela está evoluindo rapidamente. Quem sabe no futuro ela passe a se preocupar também com essa dúvida?
Dê tempo ao tempo.
Salvador Nogueira, me surgiu uma dúvida ao ler essa matéria: até que ponto a influência gravitacional do sol é suficientemente forte para ter a presença de objetos em sua órbita?
Isso depende da velocidade em que eles trafegam. As Voyagers estão de saída do Sistema Solar porque sua velocidade é alta demais para o Sol puxá-las de volta…
o homem nao esta conseguindo nem encontrar um avião que caiu no proprio planeta e fica anunciando descoberta de planetas todos os dias.
Estude mais e entenderá suas dúvidas.
Para encontrar planetas precisa desenvolver tecnologia, e olha que só que legal : foi o desenvolvimento de tecnologia que permitiu colocar satélites em órbita com câmeras tirando do oceano e achar o que sobrou do avião.
Ainda acha inutil procurar planetas ?
Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa.
E você, apesar de as vezes não achar a chave do seu carro, ainda assim sabe onde fica o Polo Norte.
Planeta terra é so este que vivemos o resto de todos esses planetas rochozos, gazosos, anas, etc são restos da construção do nosso planeta que ainda estão subindo honde iriam colocar tantos entulhos exemplos as rochas da profundeza dos mares e todo o relevo da terra é iso que existe nese universo tão grande exemplo quando termina um predio o que sobra entulhos.
Oia Sarvado, quem sabi que quando eles lanca o Telescopi Webb nos nao consegui di inxerga essas pedra no cinturao di Oort, nu ispectro infra vermeio? Ou intao quando u ESO construi o E-ELT nu Chile? Eita mundao veio…Inte mais legar q di inxerga essas pedra , vai se di faze as analize ispectral das atimosfera dos exo-praneta pra modo di acha traco dus elemento organicu.
🙂
Este é um “Caipirês” autêntico.
“De lá, o Sol aparece como mais uma estrela”, nossa e eu pensando que o sol era uma estrela, kkkkkkkkkkkkkk
O Sol é. Mas decerto não se parece com as outras, visto da Terra.
Você entendeu? Então é o que basta.
Olá Salvador Nogueira, vendo a concepção artística do Sol visto deste planeta distante, gostaria de saber se é possível ver as estrelas mais próximas com os telescópios óticos mais potentes, ou apenas seu brilho.
Só as maiores se resolvem como um disco. Betelgeuse, uma gigante vermelha, por exemplo. A maioria contudo permenece sendo um ponto de luz, mesmo ao telescópio.
I mesmu assim ixiste controversia i vareiacao nus resurtado.
eita cabra bão sô!
Pô, Salvador, você é malvado! Já cortou o barato dos nibirutas antes mesmo de começar! Isso já é bullying, hein!
🙂
Muito loco isso
Acredito que ao longo dos anos novas tecnologias vão derrubar velhos paradigmas sobre o Universo como um tudo, mas a minha expectativa se alinha ao comentário do nobre colega Samuel – creio eu que teremos novas descobertas sobre o que acontece no “nosso quintal – *(leia-se Sistema Solar) Sou apenas mais um apaixonado sem conhecimentos tecnicos e profundo a respeito…
Obrigado, José. Pelo desenrolar da carruagem, pelas notícias que o Salvador vem trazendo, tenho esperança que ele trará ainda ao nosso conhecimento muitas surpresas sobre o cosmos, até maiores que a descoberta de um objeto maior na nuvem de Oort. Vamos acompanhar! Valeu!
Salvador, como sempre um ótimo texto, mas como sempre também, uma dúvida minha. Este local onde ele foi descoberto não seria a região do disco disperso, entre os KBOs e a nuvem de Oort?
É isso. Imaginavam que fosse completamente vazia, mas o fato de haver objetos como o Sedna e o VP113 nela estão levando os cientistas a chamarem-na de “inner Oort cloud”, que traduzi como região interna da nuvem de Oort.
Não conhecia este trocadilho “nibirutas”, muito bom, vou utilizá-lo. A região da nuvem de Oort ainda pode guardar muitas surpresas. Há tempos se especulam coisas como um planeta X ou uma companheira do Sol (Nêmesis, etc..). O nosso sistema solar é mesmo muito dinâmico, os exoplanetas até agora encontrados, parecem fazer parte de sistemas menos complexos, embora, devamos levar em conta a dificuldade de observação destes. Fiquei impressionado com o tamanho deste novo objeto (450km) nem sei se é suficiente para considerá-lo um planeta-anão, pois objetos com menos de 800km de diâmetro, ao que se sabe, não tem força gravitacional suficiente para torná-lo esférico.
Jayro veja a recente descoberta de Chariklo por uma equipe liderada por um astrônomo do Observatório Nacional do RJ, que é um asteroide com cerca de 250 km de diâmetro e possui dois anéis como os nossos planetas gigantes. Sem gravidade? Sem anéis.
Fantastico! não conhecia, espero poder tirar minhas duvidas a partir de agora.
Salvador, me tire uma dúvida. A New Horizons poderá ajudar no estudo da nuvem de Oort?
Não. No máximo, no cinturão de Kuiper. A nuvem de Oort é tão dispersa que, mesmo que a New Horizons seguisse operando até chegar lá, precisaria de muita sorte para topar com algum objeto.
Então como a detectamos?
Esses ” cientistas “….haa, esses ” cientistas ” !.
Cara, eu queria provar desta cachaça um dia…
Quando quiser amigo. E você, qual sua opinião?
Em relação a órbita excêntrica desses dois objetos, fico com a primeira opção. Um quinto planeta gigante é a teoria que melhor se encaixa na formação atual do sistema solar. Massssss….
Não consigo concordar com os cientistas que colocam a heliopausa como a fronteira do sistema solar, sendo que temos planetas anões (também não concordo) além da heliopausa. Deffinitivamente não consigo concordar.
Agora Planeta Anão. Plutão, por exemplo: Plutão não conseguiu limpar sua órbita e por isso não é considerado planeta. Se a Terra estivesse no lugar de Júpiter também não teria limpado sua órbita. Muito menos no lugar de Plutão. E aí, o que seriamos? Planeta Anão? E se Júpiter fosse a nossa casa, qual seria a classificação da Terra? Uma sobrevivente de perseidas?
Só porque a Terra nasceu em bairro nobre e Plutão na periferia, não me parece uma classificação justa! E em questão de tamanho também não! Conseguimos colocar mil Terras dentro de Júpiter mais não conseguimos colocar mil Plutões dentro da Terra.
Ja que a Terra é o ponto de partida para definir classificações planetárias, que pelo menos elas sejam mais justas.
Para finalizar minha opinião em defesa dos Planetas Anões:
Para mim, a Voyager não saiu do sistema solar e o sistema solar tem mais de oito planetas. 🙂
Abraxxxx…
Rodrigo, são somente e tão somente definições, Plutão não ficou magoado. Tão arbitrário quanto o lava rápido definir qual carro é p/m/g para cobrar de acordo.
Sei disso Mochileiro, só acho definições demais!
Mas até ai o telescópio WISE da NASA já teria detectado alguma coisa. Ou não?
esta página é um saco !!!
Seu comentário também.
Tamos juntos. kkkk
Facil… procura outra e some daqui.
Vá ver o BBB e não encha o saco da gente, mala sem alça.
Se é um saco porque entrou aqui então????
Enquanto isso, aqui debaixo de nosso nariz ninguém consegue localizar o avião que caiu no mar… e ainda temos que acreditar nesta historinha de planetas há milhões de anos luz da Terra.
Quanta hipocrisia!
Acredite se quiser. Se não quiser, azar o teu.
😉
Isto não é hipocrisia, você confundiu coisas totalmente diferentes, numa comparação sem sentido. O avião desaparecido cortou todas as comunicações com o mundo antes de desaparecer e ninguém sabe onde ele caiu de fato, pois ninguém o estava vigiando depois dele sumir dos radares e antes de tentarem localiza-lo com os satélites. Já com planetas distantes (não se descobriu nenhum planeta distante milhões de anos-luz como você escreveu, foram no máximo alguns milhares), se sabe onde procurar pois estão sempre em torno de alguma estrela e usando espectrômetros muito sensíveis, pode se “ver” a variação da luz da estrela e as linhas de absorção no espectro dela, inferindo que isto seja causado pela passagem de algum planeta entre nós e a estrela. No caso do planeta do artigo do Salvador, ele orbita o Sol e é mais difícil de achar (muito mais difícil do que o avião inclusive) pois a observação dele tem que ser pela fraca luz direta que ele reflete do Sol. Não há hipocrisia em lugar nenhum aqui.
—
O “bicho homem” é um animalzinho realmente complicado.
Não conseguimos saber nem o que existe aqui embaixo do nosso nariz, a meras distâncias de 10 horas-luz, e nos metemos a discutir a possivel ou não habitalidade de planetas a centenas ou milhares de anos-luz.
Pode parecer um contrassenso, mas é essa uma das inúmeras características que nos diferenciam dos “outros” animais: temos presente, passado e futuro.
Abstraimos. E podemos projetar as nossas abstrações para as dimensões mais “improváveis”.
Haja poesia. Haja ficção… E haja pesquisa.
—
Élcio se você assistiu ao filme “2001 Uma Odisseia no Espaço” talvez se lembre das primeiras cenas onde um hominídeo pega um pedaço de osso e fica pensando nas utilidades; ele dá uma “ossada” (como paulada) na cabeça de um semelhante seu e o mata. Talvez tenha sido o primeiro homicídio, mas efetuou o primeiro teste de uma arma que serviria para caçar. Então o “bicho homem” é um animalzinho realmente complicado, mas que ao longo de milhares de anos se desenvolveu como nenhum outro. Ainda que convivamos com problemas oriundas das diferenças, se olharmos para trás veremos que já superamos em muitas áreas do conhecimento, por exemplo, o papel higiênico. Se temos problemas regionais em infra estruturas são pelos descasos dos governos e não pela falta do conhecimento.
Tetsuo, do papel higiênico ainda necessitamos… ao menos a maioria…
bom dia ! essas buscas, estão ocorrendo somente no plano da eclíptica ? acredito que há outro planeta ou estrela anã vermelha, com órbita excêntrica e inclinada, que faz parte, do nosso sistema solar !
Nelson, o satélite Wise, mencionado no texto, descartou essa hipótese.
Salvador, se pudéssemos olhar para um átomo de qualquer elemento teríamos o núcleo envolto por camadas de elétrons; fazendo uma analogia com o nosso sistema planetário, o quê impediria de um corpo ainda desconhecido orbitar o Sol fora do “disco plano” virtual onde orbitam quase todos os corpos? Assim como Urano tem seu eixo fora dos padrões dos demais planetas, não caberia uma hipótese para atender o balanço gravitacional de todo o Sistema Solar onde coubesse mais um planeta?
Sem querer quebrar a sua primazia na divulgação, foi noticiado nas mídias a descoberta do asteroide Chariklo como o primeiro objeto “não planeta” com anéis descoberto até agora no sistema solar e a melhor notícia, descoberto por brasileiros liderado pelo Felipe Braga Ribas, pós-doutorando do Observatório Nacional (ON), no Rio de Janeiro. Grande notícia.
Tetsuo, escrevi sobre o Chariklo no jornal hoje. O link para o texto online publiquei na página do Mensageiro no Facebook! 😉
Ô Salva, coloca os links das matérias do jornal aqui no Blog também, em algum cantinho. Eu (e garanto que outros leitores tem o mesmo problema) não consigo acessar o FB (e nem tenho mais perfil lá), e gostaria de poder acompanhar as matérias do jornal também..
Abs
Juro que estou procurando uma forma bacana de fazer isso. 😉
Por que não escrever CLARICO?
Se existe a correspondência deste nome, que é de uma ninfa da mitologia grega, em português, por que não fazê-lo?
Então, adotemos todos os nomes em inglês (Earth, Moon, Mars, Uranus, Pluto etc.) ou, melhor ainda, nos originais latinos ou gregos!
PS: Este blog é o melhor que tem em astronomia!
Ops!
Clariclo!!!
Rsrsrsrsrs!
CARICLO!
Edson, você tem toda razão. Em menção futura, será a versão aportuguesada. Abraço!
Seria interessante mencionar que Sedna tem uma orbita mais bizarra ainda. Ele fica uns 1000 UA distante do sol. Tem um app que tem o sistema solar em 3D e fico facinado com o quao distante é sua localizacao. Diante disso, o acho mais facinante que Biden…
Pra constar: o app do ipad chama-se Solar Walk. Recomendo (apenas em ingles)
Em vez de ficar gastando tantos milhoes pra descobrir mais planetas e tantas coisas sem tanta importancia, deveriam cuidar mais do nosso aqui e usar esse dinheiro pra matar a fome de tantas pessoas que nao tem nem o que comer, MARANATA ( ORA VEM SENHOR JESUS)
Nem só de pão vive o homem. Conhece essa frase? 🙂
Vish, Senhor Jesus vem mais não. Já era. Mó-rreu.
Que tal as igrejas evangélicas começarem a “matar a fome de tantas pessoas que nao tem nem o que comer”, tanto dizímo indo para a conta corrente de pastores picaretas e igrejas mais picaretas ainda e a galera passando fome.
Boa.
Excelente, RicardoR. O grande problema é que muitos que fazem este tipo de comentário aqui, já estão com o cérebro lavado ou querem lavar o cérebro da gente e ficam batendo nesta tecla como se entendessem de alguma coisa que presta desta vida. Não entendem de absolutamente nada e ainda querem dar pitacos em assuntos que não entendem.
A resposta do RicardoR responde as suas dúvidas.
O pedir mais cedo tem grana sobrando, mansões, empresas, rede de TV,bilhões em dinheiro fornecido pelos otários, digo crentalhos. Se ele quisesse, era só comprar tudo em cestas básicas e dar o dinheiro para famílias pobres manterem seus filhos na escola pelo menos até os 17 anos… Mas o pastor só fica no descarrego ostentação nas emissoras de TV
Nossa! que novidade, descobrem mais uma célula da criação de Deus; mais não descobrem o CRIADOR. Lamentável…
No livro “o 12º planeta” de Zacharia Sitchin, ele conta uma história que fala de um grande planeta que existiu outrora no sistema solar, cuja população, considerada “Deuses” pelos terráqueos, deu origem as civilizações terrestres. Esse planeta foi destruído ao invadir a órbita dos planetas do sistema solar, o que formou os cinturões de asteróides, algumas luas de alguns planetas, e as núvens de Oort. Pelo que me lembro, é isso.
Nibirutas. hehehe
As distâncias atuais das naves voyagers estão mais perto ou mais longe do que este novo planeta anão (2012 VP 113) em sua órbita mais longinqua ?
Se a resposta for não, então as naves voyagers ainda não saíram da órbita do sol ?
abç
As Voyagers estão em velocidade superior à necessária para escapar do Sol, mas ainda mais perto.
Boa pergunta a sua: Se as naves estão mais perto do que estes planetas logo a notícia de que saíram do Sistema Solar não procede e deve ser revista em artigos e noticiários de TV pois se este planeta esta dentro do Sistema Solar e as naves estão mais perto do que ele as naves não deixaram o Sistema Solar. Muito boa a sua observação.
Roger, o critério para dizer que a Voyager está no espaço interestelar tem a ver com a influência do Sol. Ela já está numa região em que a radiação solar não predomina sobre a de outras estrelas. Nada tem a ver com a presença de objetos mais distantes orbitando o Sol. Até porque, a rigor, a força gravitacional nunca chega a zero. Mesmo do outro lado do Universo existe influência gravitacional do Sol — só que ela é desprezível, apesar de estar lá.
Já passou da hora do homem enviar algum instrumento para observar e vigiar a nuvem Oort, uma vez que já se sabe que a maioria dos cometas saem de lá, seria interessante manter ela vigiada, em parte é claro, para nossa própria proteção futura. Acredito que iremos descobrir muitas coisas interessantes por lá ainda.
que legal logo logo o homem vai achar um planeta habitavel
Gostaria de saber se é verdade que os planetas que avistamos até agora estão todos na nossa galáxia,ou seja, ainda não vimos planetas de outras galáxias vizinhas. Obrigado.
Todos que vimos estão em nossa galáxia. Mas já encontramos planetas numa estrela cuja trajetória indica que ela veio de fora da galáxia. Então sabemos que há planetas em outras galáxias também.
Todos ,Antônio, e de estrelas próximas ao nosso sol. Ainda não dispomos de tecnologias para avistarmos nem mesmo estrelas mais distantes dentro de nossa propria galaxia.
Corrigindo:Planetas de estrelas distantes do nosso sol, mas ainda dentro da nossa galáxia.
Até onde eu sei…. até mesmo se tratando de estrelas…só vemos as que estão em nossa galaxia.
A cada descoberta aumenta geometricamente nossas dúvidas. Os astrônomos não vão ficar sem emprego….
Sua matemática ta bem ruim… Se mais dúvidas surgem a principio precisamos de mais pessoas para resolverem…
foi o que ele disse…
Embora pela aquela matéria ventilada aqui há algum tempo, ficaram descartadas as chances de estrelas ou gigantes gasosos, espero ainda sair surpresa boa do estudo dessa nuvem. O Hubble enxerga diretamente no máximo a -30, e a extensão é vasta. Os próximos equipamentos com certeza vão jogar mais luz nessa área, literalmente. Não só encontrar um objeto com 10 vezes o tamanho da terra seria legal, mas também, o entendimento da dinâmica e da formação do arranjo, principalmente para uma previsibilidade de deslocamento de cometas para dentro do sistema solar.
Vamo que vamos. Cada dia que passa o homem vai vendo aumentar a sua insignificância no universo.
Fantástica descoberta, a concepção artística muito bacana, faz imaginarmos quando o homem possuir tecnologia o suficiente para sair de seu sistema solar e ir vendo sua estrela mãe ficando cada vez menor até se tornar um minúsculo pingo na imensidão do espaço.
Um Pálido Ponto de Luz – obra de Carl Sagan.
Preferia que ele fosse um halley da vida, do que um planeta anão, quanto desperdício de gelo…
Adorei o NIBIRUTAS.. HUA HUA HUA r$r$R$R$R$R$
Que felicidade hein, descobriu os nibirutas.
Fica confirmado que o WISE não descobriu tudo.