Causa da morte: asfixia marciana
Você está entre os recrutas para uma viagem só de ida para Marte, num plano agressivo de colonização do planeta vermelho marcado para começar em 2025? Não? Sorte sua. Um novo estudo independente realizado nos Estados Unidos concluiu que, na melhor das hipóteses, sua morte aconteceria aproximadamente 68 dias após o pouso, por falta de oxigênio no módulo de habitação. Simples assim.
E esse é só um dos problemas que a análise, feita por um grupo do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), encontrou no plano da fundação holandesa Mars One, organização sem fins lucrativos cujo objetivo é iniciar a ocupação humana de Marte na próxima década.
Liderada pelo empresário holandês Bas Lansdorp, a iniciativa fez bastante barulho no ano passado, ao conseguir 200 mil recrutas vindos de todas as partes do mundo para a viagem sem volta. A equipe está aos poucos reduzindo esse número (em maio eram apenas 705) até definir os quatro primeiros viajantes. Em paralelo, a Mars One deseja criar um programa de televisão no formato “reality show” como meio para financiar o caríssimo projeto.
Um dos principais resultados do estudo do MIT, liderado por Olivier de Weck e apresentado no começo de outubro durante o Congresso Internacional de Astronáutica, foi mostrar que o custo será maior do que a Mars One originalmente projetava. A ideia é usar como base as cápsulas e o foguete de alta capacidade em desenvolvimento pela empresa americana SpaceX. A cápsula Dragon está sendo criada para ser um veículo capaz de conduzir astronautas até a Estação Espacial Internacional, mas em tese ela pode servir, de forma adaptada, como módulo de habitação em Marte. E a SpaceX também está desenvolvendo o lançador Falcon Heavy, que poderia colocar a cápsula numa rota para o planeta vermelho.
Só que para montar toda a infraestrutura de solo para a primeira tripulação, o grupo do MIT estima que sejam necessários 15 lançamentos do Falcon Heavy, a um custo de US$ 4,5 bilhões. Não vai ser fácil levantar essa grana, mesmo com publicidade de TV e patrocinadores.
O grupo de Weck também destaca que a afirmação da Mars One de que é possível desenvolver o projeto sem nenhuma tecnologia nova é falsa. Seria preciso, no mínimo, desenvolver um sistema capaz de retirar oxigênio em excesso do ar, uma tecnologia que até já existe, mas jamais foi desenvolvida para aplicação no espaço.
QUANDO MAIS É MENOS
Ei, peraí? Tirar oxigênio do ar? Mas o pessoal não ia morrer de asfixia no dia 68, por falta de oxigênio? Pois é. Veja como são paradoxais essas coisas.
Uma das premissas da Mars One é que, para manter a colônia sustentável por longos períodos, os alimentos para os colonizadores deveriam ser todos cultivados em Marte. Para isso, estufas infláveis seriam acopladas às cápsulas Dragon e permitiriam a criação de modestas plantações. O que é muito bom, porque, afinal, plantas produzem oxigênio e o pessoal lá vai precisar respirar, não é?
É e não é. Por um lado, ter uma fonte de oxigênio é essencial, mas a produção dele precisa ser controlada com exatidão. O que o estudo do MIT mostrou é que, para plantar o suficiente para alimentar a tripulação, a quantidade de oxigênio gerada é maior do que a necessária. Com o tempo, a pressão parcial de oxigênio iria aumentar, subindo a 26%. Na Terra (e no modelo ideal da Mars One), essa pressão é mantida em 20%, com 80% do ar composto por nitrogênio.
O sistema faria a compensação automática disso, primeiro ventilando para fora parte da atmosfera (jogando fora igualmente oxigênio e nitrogênio, uma vez que o dispositivo não faria distinção entre um e outro) e depois restituindo a pressão normal com a injeção de nitrogênio puro, a partir de um tanque de armazenamento.
Acontece que, se você fizer isso de novo, de novo e de novo, no dia 68, o seu estoque de nitrogênio acaba. E aí, na próxima ventilada da atmosfera para compensar o aumento de O2, a pressão seria reduzida de tal modo que levaria os astronautas à asfixia, por falta de oxigênio. Não bom.
A discussão é interessante porque leva ao aperfeiçoamento do modelo. Não há nada fundamentalmente incorrigível no plano da Mars One (fora a evidente falta de grana), e para o problema do oxigênio o grupo do MIT sugere o abandono da produção de alimentos em Marte, com a comida toda sendo enviada da Terra. O oxigênio para a respiração, por sua vez, poderia ser produzido de forma mais controlada por meios artificiais, como por dispositivos como o que o jipe da Nasa levará a Marte em 2020 para testar.
A equipe do MIT também afirma que o projeto é agressivo demais, e que o acréscimo de quatro tripulantes a cada dois anos dificulta a manutenção da infraestrutura. Eles apontam que, só para manter tudo funcionando durante 130 meses, 62% de tudo que for mandado da Terra para Marte terá de ser peças sobressalentes para os equipamentos.
Apesar do debate propositivo, Bas Lansdorp não gostou nada das críticas. Ele aponta que as conclusões do estudo estão erradas e que isso é resultado da falta de tempo para que a equipe da Mars One sanasse as dúvidas dos estudantes do MIT, combinada à falta de experiência deles. “Há muitos problemas entre hoje e o pouso de humanos em Marte, mas a remoção de oxigênio certamente não é um deles”, alfinetou.
A COLONIZAÇÃO DE MARTE
O século 21 promete ser o momento em que tentaremos pela primeira vez nos tornar uma civilização multiplanetária — seja pela colonização da Lua (um foco chinês) ou de Marte (como no plano da Mars One). Então, se vamos conseguir, não sei. Mas a tendência é que, até 2100, tenhamos feito ao menos uma tentativa.
Tendo dito isso, acho o plano da Mars One não-confiável. Apesar de todo o oba-oba em torno da iniciativa, pouco de concreto foi realizado. E o relógio está correndo. O projeto terá o primeiro teste de fogo em 2018, quando promete lançar uma missão de pouso não-tripulada assim como um satélite em torno de Marte. O módulo de pouso será baseado na Phoenix, missão bem-sucedida da Nasa. Mas será que vai sair do papel? Eles tentaram levantar modestos US$ 400 mil para o projeto, via doações públicas, mas a campanha terminou em fevereiro deste ano com uma arrecadação de apenas US$ 313 mil.
Seguindo o plano, que fica mais mirabolante a cada novo marco, em 2020 seria lançado um jipe robótico para Marte, e em 2022 partiriam as primeiras missões de carga, com as partes do complexo de habitação. Em 2023, o sistema, montado de forma automatizada, estaria pronto, e em 2024 partiria a primeira tripulação, para chegar lá em 2025. A cada dois anos partiria mais uma leva de colonos, expandindo a infraestrutura em Marte.
Lembrando que a Nasa, que conta com recursos bem mais generosos do governo americano (embora aquém de suas próprias ambições), pretende levar uma tripulação a Marte somente no final da década de 2030. Será que a Mars One pode triunfar sobre os programas governamentais? Eu não acredito.
Ainda assim, acho que a iniciativa faz um grande favor à humanidade em lembrá-la de que não é preciso se apegar às velhas ideias. O ser humano pode se tornar uma criatura multiplanetária, se assim o desejar. E essa realidade está mais próxima do que imaginamos. Tudo começa com o sonho.
O maior desafio a ser vencido é conseguir chegar vivo lá. Não creio que o corpo humano resista a uma viagem assim.
Salvador.
Como esses tripulantes que farão uma viajem somente de ida à Marte sobreviverão a radiação solar? Não acredito que a intenção seja ficar em cárcere privado.
Na superfície de Marte, a radiação é menor que no espaço. Mas ainda assim perigosa. As “saídas” deveriam ser bastante limitadas.
Lí alguns comentários uns fantasiosos, outros utópicos.
A minha conclusão, sem rodeios ou teorias visionárias, Vcs. naum acham q,a mentalidade humana que, com toda reverencia da natureza, naum poderia simplesmente, resolver todos os problemas que enfrentamos aki na terra para, depois se arvorar em conhecer o desconhecido?
Claro Leal. Lembre-se que a natureza é tudo – aqui e no Universo. E nós, também somos a natureza. Está em nós. Reside em nós. Em certo ponto, só precisamos no alinhar com a natureza – que faz parte ne nós. Ciência e filosofia, juntas. Pedro,
Caros amigos. Li os contras e os prós e ninguém tocou em um fato: a curiosidade humana, aquela despertada quando nossos ancestrais olharam as estrelas e desejavam saber o que seriam. As doenças estão sendo pesquisas a seu tempo, as questões climáticas formam outro grupo e a da conquista do espaço outra. Nada de concentrar a atenção em só elemento, o que representaria atraso inegável. Além do mais, sabemos que o nosso sol tem um tempo limitado de vida e precisamos, caso queiramos sobreviver como raça, dar no pé daqui antes do tempo de seu tempo de vida. As pesquisas e projetos hora em andamento (o tempo urge) quanto a conquista da Lua (pelos chineses) e de Marte (pela NASA) se complementam e nos trazem o conhecimento e o caminho para resolvermos os impasses. Não é tudo isso simplesmente fascinante? E há outro aspecto: a devastação e a alteração do clima do planeta poderá tornar a Terra inabitável antes mesmo da hecatombe colar. Não devemos esquecer de que estamos apenas começando a aprender os segredos do Universo. Senão de engano, estamos em meros 3%, li em um artigo recente. Então, estamos dentro de um conjunto de caminhos, ruins e bons, para o conhecimento. Seria interessante que lessem um romance chamado City, ainda não editado (inexplicavelmente) no Brasil, mas editado em Portugal (Coleção Argonauta) com o título de CIDADES MORTAS. É a maior obra da ficção-científica literária, de autoria do grande Clifford D. Simak (já falecido e ainda não descoberto por Hollywood), cujo único concorrente próximo é CRÔNICAS MARCAIANAS, de Ray Bradbury. Leiam e entendam porque precisamos sair daqui e porque a nossa generosidade como seres humanos pode propiciar uma boa herança para a Terra. O enredo? Trata de saudade, homens e cães. Leiam e se enterneçam – filosoficamente. Obrigado Salvador, pela excepcional matéria e a respectiva deflagração da reflexão. Abraço, Pedro.
Mais uma vez podemos afirmar:
O HOMEM NUNCA FOI A LUA !!!
Só que não. 🙂
Prove.
No caso, sem receber suprimento de ar da Terra, eles não morreriam durante a vigem de ida?
Quem é que vem aqui em baixo ler alguma coisa. Esse blog é uma piada de mau gosto!
Enquanto os babacas ficam procurando novidades afora, a terra vai apodrecendo. IMBECÍS!!!!!
Obrigado pela audiência e por vir até aqui embaixo comentar! 🙂
Eu acho que não devemos ir a outros planetas,porque onde o homem pisa,destrói,contamina,etc e etc
Muito legal esse negócio de querer colonizar Marte, mas porque essas empresas não pegam todo esse dinheiro e investem em pesquisas para a cura da Aids, do câncer, do Ebola? Ou simplesmente no combate a fome? Creio que temos muitos problemas para resolvermos no nosso planeta antes de querermos resolver problemas nos planetas alheios…
Ellen, elas estão focadas em encontrar uma saída para a sobrevivência humana caso as outras, dedicadas a conter epidemias e guerras, falhem.
Não seria mais fácil começar esterilizando os pobres e os marginais??? (Os “ricos” que se sentirem discriminados serão muito bem-vindos!). É muito mais barato, prático, EFETIVO e essas tecnologias já existem há anos. Quem for contra, por favor vá bater continência no túmulo de Hitler, além de visitar um presídio e uma FEBEM (o nome mudou, mas continua a mesma treva).
Eu sou contra esterilização compulsória, em qualquer circunstância. Acho impossível construir uma sociedade justa sem respeito total à liberdade individual.
engraçado..não seria mais razoável conservar o velho e bom planeta Terra???
…não conseguem nem sequer explorar toda a profundidade dos Oceanos e querem ir para Marte !!! é por isso que os aliens não falam conosco…
kkkk, boa
amei akakakakakakakka OS ALIENS NOS ACHAM BURROS DEMAIS AINDA, insetos pra eles
so acho que esse pessoal deveria gastar todo esse dinheiro, para recuperar o nosso planeta dos danos ambientais. em vez de ficar tentando povoar um planeta que nao tem nada a nos oferecer, a nao ser despesas
Em minha opinião, são as empresas estatais com medo de perder a corrida espacial para as privadas, será que os organizadores do Mars One não tem nenhum cientista que pudesse esclarecer estes fatos para eles já no início? Será que os organizadores do projeto seriam tão estúpidos de dar a cara a tapa para o mundo para ver sua obra destruída em menos de 3 meses? Os americanos estão atrasados em requisitos espaciais, os indianos já tem sonda em Marte, os chineses pretendem montar base na Lua em 2020 e por isso estão fazendo estes alardes, estão com medo do projeto Mars One dar certo, e ser uma pessoa por iniciativa privada ser o primeiro a colocar um ser humano em Marte.
Primeiro comentário útil postado aqui. Parabéns.
“Os americanos estão atrasados em requisitos espaciais”???????
Os americanos tem sondas, satélites e rovers em Marte desde a década de 70!
Sabe de nada, inocente.
Perdoe-me a ignorância, mas gostaria de saber de alguém como é que se processa propulsão de um bólido no vácuo celeste, ou seja, como corrigir rota de uma nave, ou mesmo pousá-la em solos de corpos celestes, se eles não têm uma atmosfera que consagre resistência para efeitos de reação propulsiva?
Marco, você joga um jato de exaustão para um lado, a nave vai para o lado oposto. Aí está a ação-reação.
Salvador Nogueira, esse jato de exaustão não tem que encontrar uma resistência para impulsionar o corpo emissor? Como encontrar essa resistência que falo no vácuo do espaço?
Não, não tem. Esse é um erro comum. O NY Times ridicularizou o cientista de foguetes Robert Goddard com base nesse argumento e publicou uma errata bem-humorada em 1969, quando o homem chegou à Lua.
Já existe tecnologia para levar espaçonaves a velocidade da luz ou próxima?
Não, ainda não.
e ai caro amigo eu lembra de mim??? discutimos em um outro assunto o que tu acha sobre isso???
Salvador, sem o conhecimento técnico-científico que a maioria dos entusiastas aqui demostram, eu pergunto: Não seria mais viável, montar uma base bem estruturada na Lua, enfrentando algumas e sérias dificuldades semelhantes a de Marte? Uma vez vencida esta etapa (e que etapa!), dar o arranque final para Marte com menas gravidade a vencer e mais combustível p/ a volta?. Outra pergunta: Seria possível uma estação interplanetária entre a Terra e Marte orbitando o Sol? Se a resposta for sim, quantas vantagens ganharíamos, com estoque de suprimentos, combustíveis, oxigênio e condições de socorros emergenciais etc?
Gilberto, Lua e Marte ofereceriam desafios diferentes. A Lua tem menos em termos de uso local de recursos, mas em compensação está mais perto. Eu sinceramente acho que deveríamos começar pela Lua. Quanto a termos uma estação entre a Terra e Marte, não seria vantagem, pois teríamos de esperar abrir a janela de lançamento para ir até ela e depois nova janela para ir a Marte.
” com menas gravidade”?! Meu Deus!
MarsOne… please. E a ÍNDIA?. Ninguém fala? é capaz da missão indiana, com custo de um décimo do valor, chegar primeiro. Outra Coisa: colonizar Marte é a maior estupidez humana fora da Terra. A não ser que os Jipes tenham mandado valiosas Informações ás agências. Jogar dólares espaço afora é melhor investir em mais Estações Espaciais.
Olhaí nos posts anteriores. Bati bastante bumbo para a Índia!
Ainda acho que seria melhor começar pela Lua,mais perto, mais conhecido, é ali no quintal, da pra vir passar o natal em casa
😀
Salvador,
Existe algum projeto realista de terraformação de Marte?
Existem ideias. Projeto firme, com custo e prazo, não.
Para mim não vejo a ideia de colonização de marte como impeditiva, mas o problema é a velocidade do desenvolvimento de engenharia e tecnologia para tal façanha.
Para mim, a velocidade que se desenvolve este projeto está tão devagar que para que realmente haja êxito, somente o concluirão no século XXII.
Querem fazer isso para a próxima década? O projeto precisa acelerar.
Problema na qualidade do ar, falta de água… Porque eles não testam em São Paulo?
Boa ideia! kkkk
Apesar de ver com bons olhos o engajamento entusiasmado dos postulantes só lamento a precariedade no planejamento das condições de segurança a longo prazo. A meu ver este “movimento colonial” só poderia existir após a construção de uma base sustentável com garantias de evacuação na circunstâncias de acidentes ou descontroles que inviabilizem a existência humana por lá.
Não vi nenhuma idéia para a implementação clara de projetos-piloto de testes para a sobrevivência a serem realizados em habitats isolados na Antártida (como foi a proposta de um escritor de FC – Kim Stanley Robinson) ou no fundo do mar (esta poderia carregar como bônus o fomento da exploração dessa outra vasta fronteira rica em recursos e mais acessível – o que já teria um grande apelo econômico imediato).
Como está atualmente, a proposta é apenas uma forma sofisticada de suicídio, agregada a uma possibilidade de evanescentes famas póstumas para os pioneiros de uma atividade que pode se estender facilmente por centenas ou milhares de anos.
Eu penso igualzinho você
É meu amigo, mas a proposta para quem se candidatou foi clara e objetiva, uma vez lá, não teria volta. Só a partir de outras furas missões que começariam a ter volta, mas os primeiros a pisar em Marte morreriam por lá. Isto foi contratual quando se fizeram as inscrições.
Diante de toda a dificuldade, a grande pergunta é:
Vale a pena?
Se depender de mim, a resposta é sim!
Salvador, se os chineses começarem realmente um programa de colonização lunar, isso não forçaria a NASA a fazer o mesmo, para não ficar atrás, mais ou menos como foi no início da corrida espacial?
Talvez. Teremos de ver acontecer. 🙂
Eu acho que uma coisa é colocar um satélite em órbita, outra coisa é levar um homem em órbita.
Uma coisa mais difícil que as hipóteses anteriores é levar um satélite em órbita na lua, outra coisa ainda mais é levar um homem à lua.
Uma coisa é dizer que vai construir um sistema habitável e levar homens à lua, outra coisa é fazer tudo isso…
Não digo que é impossível, mas acho que chineses não estão no pé de fazer isso tão cedo. Exigem passos tecnológicos que não acredito que chineses dominam.
Como diz o sábio ditado… Uma coisa é uma coisa… Outra coisa é outra coisa…
Eu acho mesmo apenas implicância de pessoas que adoram o estado e desprezam a iniciativa privada, fruto apenas da doutrinação mar/xis/ta… Mas o Mars One irá triunfá e irão calar a boca dos es/quer/do/sos de uma vez.
Oi, tudo bem, como tava o G1? Pq não volta pra lá? Obrigado.
A colonização trará alguma coisa que pode financia-la, tal como algum minério ou conhecimento técnico ou científico novo que pode ser patenteado? Se não trouxer, o projeto não se paga e deixa de ser viável. Fazer “vaquinha”, publicidade, campanhas de TV para tais coisas tem um alcance limitado se não houver algum jeito de se financiar. Por este motivo se houver colonização em Marte, ela teria que se tornar política de estado com o objetivo claro de financiamento através de mineração e desenvolvimento de novas tecnologias, gastando o mínimo das verbas daqui.
Eu acho mesmo apenas implicância de pessoas que adoram o estado e desprezam a iniciativa privada, fruto apenas da doutrinação marxista… Mas o Mars One irá triunfá e irão calar a boca dos esquerdosos de uma vez.
Salvador, gostaria de saber se existe algum estudo sobre viagem interestelar na linha do que eu vou descrever abaixo e se para você isso faz algum sentido lógico. O foco do meu raciocínio é baseado no fato da distância ser relativa. Para exemplificar, vamos supor que um dinossauro é capaz de percorrer uma longa distância (distância X) em um período Y. Com a mesma tecnologia disponível (ou seja, nenhuma), seria impossível para um ácaro percorrer tal distância X, independente do tempo que este ácaro dispor. Logo, o planeta Terra pode parecer injustamente grande para um ácaro com desejo de dar a volta ao mundo em um período sabático. Aplicando isso para o universo, a distância entre as estrelas é muito grande para os humanos e “injustamente grande” se comparada à nossa curiosidade e busca por conhecimento. Mas e se a nossa civilização for do tamanho de ácaros no universo? Colocando isso em perspectiva… O nosso sol é 700x menor do que a estrela Betelgeuse (poderia ser qualquer outra estrela, mas decidi levar para o extremo para ficar mais fácil de entender). Se mantivermos essa escala de 700x, poderíamos supor que poderia existir por aí um planeta orbitando uma estrela similar à Betelgeuse com 700x o tamanho da Terra. Nesse planeta, os habitantes poderiam ter 700x a altura de um humano de 1,80m, ou 1.3km de altura. Isso seroa o equivalente a esse habitante se deitar com os pés em São Paulo e a cabeça dele estar em Assunção no Paraguai. A espaçonave desse habitante, dispondo de tecnologia similar à nossa, percorreria 700x mais distância que a nossa no mesmo período de tempo. Isso deixaria uma viagem da Terra à Marte viável em menos de 1 dia para esse habitante. Dito isso, será que nós humanos, assim como o ácaro viajante, simplesmente nascemos pequenos demais para as nossas pretensões cósmicas e precisaremos de muita tecnologia para compensar essa desvantagem? Será que as viagens estelares são mais simples do que imaginamos, se tivéssemos o tamanho correto para tal?
Flavio, primeiro não sabemos como criaturas tão grandes iriam se sustentar. Lembre-se de que os dinossauros morreram porque eram grandes demais para a escassez de alimentos decorrente do impacto do asteroide. Pode-se imaginar que criaturas tão maiores seriam insustentáveis. Mas, ainda que não o fossem, elas vão esbarrar na velocidade da luz. O único jeito de viajar num tempo razoável entre as estrelas, independentemente do tamanho, é chegar a uma fração da velocidade da luz. E, para isso, é melhor ser pequeno (mais fácil acelerar) do que ser grande. Note que aceleramos prótons individuais a 99,99% da velocidade da luz em aceleradores de partículas.
Você já se deparou com algum trabalho publicado nessa linha?
Sobre tamanho de animais? Já vi algumas coisas estruturais, inclusive envolvendo dinossauros — o fato de terem ossos ocos para suportar o próprio peso sem contribuir muito para ele. Também especula-se que o tamanho seja limitado pelo percentual de oxigênio na atmosfera. Na época dos dinossauros, tinha mais.
Salvador, tenho um receito de fazer perguntas “idiotas”, mas aí seguem as minhas dúvidas… Eu, como mero curioso da Astronomia, pois minha profissão é Ciências Humanas (Medicina), já tive a mesma dúvida do Flávio. Não digo em relação a velocidade da luz, pois é fixa e traria a estas civilizações, seja de qual tamanho for, limitações de locomoção semelhantes as nossas, talvez maiores, como você mesmo colocou. Mas… em relação ao tamanho e forma de seres alienígenas, sim, tenho dúvidas semelhantes ao Flávio. Pensamos em tudo em relação a escala terrestre, e ao volume e massa dos seres que habitam este planeta em relação ao nosso Sol e a Terra. Mas… e se em planetas maiores, com maior gravidade, maior pressão atmosférica, maior ou meno concentração de oxigênio, seres se adaptaram a gravidade e atmosfera de lá? O volume corporal não seria adaptado ao volume do planeta e a disponibilidade de alimento? A mesma coisa em relação a massa muscular necessária para a movimentação (levando-se em conta que disporiam de estrutura orgânica semelhante a nossa, pois até algo neste sentido poderia ser diferente). Seres na Terra movem-se com maior dificuldade em relação ao tamanho aqui na Terra, mas em outro planeta com tamanho maior, o volume também poderia variar em relação a massa e gravidade do planeta com alguma adaptação. Os seres seriam maiores ou menores em relação a Terra, mas em relação ao outro planeta teriam as dimensões ideais para a vida nas condições “de lá”. Outra dúvida que tenho: o Universo é plano como um disco, e obedeceria a forma da maioria das galáxias (elípticas ou discos achatados) e a expansão do Universo se daria como uma onda na superfície de um lago, ou seria como uma bola se expandindo? Já vi os dois modelos, embora a maioria cite a bexiga em expansão. Ultima dúvida: quando se calcula a idade do Universo, leva-se em conta a galáxia ou estrela mais distante conhecida? Neste cálculo leva-se em conta que ela (a última galáxia ou estrela conhecida) poderia estar na parede oposta da “bexiga”, e o centro do Universo, que estaria no meio da “bexiga”, seria o ponto de convergência que levaria ao cálculo da idade do Universo? E como saber onde a Terra e a nossa Galáxia estaria situada em relação a esta “bexiga” em expansão? Muitas dúvidas para talvez pouco espaço de resposta… Rsrsrs… Valeu pela atenção dispensada : )
Ricardo, começando pelo fim, o Universo é plano, mas plano em três dimensões. A ideia de um disco não corresponde a ele. Sobre escala, sim, seres vivos podem existir nas mais variadas escalas, mas até onde podemos compreender, há limites. Para os efeitos sugeridos, seria preciso seres vivos absurdamente maiores que nós ou que os maiores seres terrestres. Você tem de ter fontes de energia pra acompanhar. E isso não é trivial.
Eu ficaria mais entusiasmado com o projeto se houvesse um jeito de buscar os pioneiros em caso de problemas…
Cultivar alimento exige não só atmosfera adequada, mas solo adequado. Como fariam depois de um tempo, para renovar o “solo” para novas plantações?
O envio constante de alimento e suprimentos daqui para lá torna o custo da colônia, sem trocadilhos, estratosférico, os terráqueos teriam que sustentar essas pessoas lá, mas, com as crises cíclicas por que passamos, quem garante a continuidade de suprimentos?
Maluquice isso. Querem tentar fazer na realidade o que seria uma boa idéia para um livro de ficção científica.
Bom ponto Radoico! Imagina se a empresa que enviou os colonos entra em processo de falência??? Quem assumiria a responsabilidade por tais colonos?? Isso deveria estar bem claro desde o princípio! Ou então os voluntários estarão sendo totalmente negligentes com a própria vida…. Principalmente pq esse projeto envolve cifras colossais, com grande recorrência e sem fonte de financiamento clara…
Asfixia marciana?! Douglas Quaid (Arnold Schwarzenegger) em Total Recall (O Vingador do Futuro). Dói muito.
Concordo que o projeto Mars One parece inviável, principalmente pelo volume de investimentos necessários. Mas as coisas estão mudando rapidamente em termos de exploração espacial. Há 15 anos era impensável a iniciativa privada participando de forma tão ativa e competente dos programas espaciais. E justamente a SpaceX está mudando esta visão. Acho mesmo que o trunfo da Mars One é iniciar uma discussão que vai se aprofundar nos próximos anos e forçar as agências governamentais a pensar com seriedade no assunto. Se a Mars One superar as desconfianças e resolver as questões técnicas (que acho mesmo serem menores) eles podem até ser mesmo o primeiro empreendimento de colonização definitiva do espaço.
Acho que antes de pensarem na maluquice de enviar gente a Marte, deveriam tentar algo parecido com o que os russos fizeram na Lua: uma missão não tripulada que colete amostras e volte para Terra. Acho que algumas missões desse tipo em Marte, quiçá também em alguns satélites de planetas jovianos, além de proporcionar um grande avanço dos conhecimentos, com certeza haveria também de “puxar” o desenvolvimento tecnológico o suficiente para viabilizar uma viagem tripulada a Marte, com o mínimo exigido pelo bom senso que é o planejamento de ida e volta. Sobre a viabilidade econômica dessa hipótese, observe que eu não disse que os tripulantes humanos precisam pisar em Marte ainda no século XXI, nem mesmo no XXII. A pressa é uma das maiores fontes das maluquices do homem hodierno.
José, a proposta da SpaceX para a Red Dragon é justamente o uso numa missão de retorno de amostras, para o começo da próxima década. 😉
O corpo celeste mais próximo da zona habitável é a Lua, portanto, acho o projeto chinês passível de conclusão favorável, pelo simples motivo que o asiáticos conseguem fazer mais com menos recursos.
Talvez as “ilhas siderais” que citei noutro post possam ser criadas num projeto semelhante.
Todas as descobertas da antiguidades tinham como ponto de referencias a conquista de novas terras e sua consequente exploração financeira.
Isto posto, seria interessante perguntar porque conquistar Marte? Montar uma base permanente traria quais vantagens financeiras?
Talvez a vantagem não fosse financeira, talvez, ter a humanidade vivendo em algum outro ponto seja a única garantia de que não sejamos extintos por algum evento cataclísmico de proporções planetárias.
O interesse financeiro está diretamente ligado ao interesse por sobrevivência. Mais recursos = maior probabilidade de perpetuar os genes.
O interesse natural dos humanos em possibilitar a migração para outro planeta é justamente por causa da certeza de que um dia a Terra será inabitável.
Toda ajuda e sugestão ao Mars One deve ser bem-vinda, quando bem intencionada. Será que esse estudo foi ou quer apenas desmoralizar o projeto? A proposta de uma missão civil a Marte é inovadora e está envolvendo muita gente séria, eles não estão de brincadeira. Não vejo problema em ajustes ou atrasos, mas penso que a iniciativa deve ser encorajada, pois muita gente já morreu de forma estúpida (é só lembrar do prêmio Darwin) ou pior, prejudicando muita gente. Morrer na tentativa (cuidadosa, frise-se) de tornar a humanidade uma civilização multiplanetária seria uma honra.
Amaury, concordo contigo em linhas gerais, mas acho a Mars One inviável economicamente. Tão louvável quanto inviável. E não acredito nas más intenções do trabalho. Ele é um exercício que ajuda a encontrar problemas, e foi apresentado num congresso científico. Não foi um boato solto na internet ou algo do tipo. Os membros da equipe têm se mostrado entusiasmados com a repercussão do trabalho e se sentem felizes de ver tanta gente interessada na colonização de Marte.
Legal, Salvador! Sendo assim, então a peteca está na quadra de Lansdorp & Cia. Ltda…
É isso aí. 🙂
Bom dia Salvador!
A matéria é bastante emocionante e ao mesmo tempo intrigante; a primeira porque a espécie humana parece sempre disposta a investir a própria vida em busca de respostas e a segunda, porque o meio ambiente conta muito afinal, o que fazemos na Terra sem nunca termos sido treinados, num ambiente de ar rarefeito e caro certamente teremos a aprender a respirar não mais que o estritamente necessário.
Não quero fornecer bases para conspiracionistas ou àqueles que são por motivos diversos, contra as realizações da NASA, mas poderíamos pensar que politicamente não interessa a NASA (governo) e às universidades americanas, que um grupo fora de suas áreas de influências tivesse êxitos que empanassem suas realizações afinal, o Sputnik foi um verdadeiro “tapa na cara” para os americanos que até hoje não foi esquecido afinal, a primazia do lançamento do primeiro satélite a gente nunca esquece. Sem sombra de dúvidas que os USA possuam mais tecnologias, indústrias preparadas, logística global e um grande capital humano capacitado, mas a empresa em questão é holandesa e o histórico daquele povo também é admirável. Imagine um todo poderoso Vladimir Putin oferecendo uma parceria com os recursos financeiros e tecnologia espacial russa para “renovar” o “tapa na cara” em resposta as sanções americanas e europeias ao evento na Ucrânia ou ainda pior, uma união russo-chinesa?
Se, ocorrerão enormes falhas com mortes ainda assim valerá a pena afinal, lá pelos anos 1940 no projeto Manhattan os americanos assistiam as explosões atômicas para verem os gigantescos cogumelos e muitos morreram para que possamos viajar de avião com relativa segurança. O triste é como dezenas de milhares de brasileiros morrem.
Sputnik, Laika, Gagarin… os americanos estavam sendo goleados, até que viraram o jogo definitivamente com o projeto Apollo.
Esta tal viagem à Marte não passa de uma farsa, é incrível como encontraram tanta gente pra acreditar num projeto tão inviável, um verdadeiro engana trouxa.
Por ora. Num futuro não muito distante, certeza que chegaremos lá como chegamos na Lua.
Claro que um dia chegaremos à Marte mas no momento temos uma farsa com esta Mars One, pura enganação, acho terrível este tipo de enganação com as pessoas que deram dinheiro pra este tipo de coisa, vimos constantemente todo tipo de enrolação pra tirar dinheiro das pessoas…
Parafraseando o Salvador, ali no comentário dele:
E não acredito nas más intenções do trabalho. Ele é um exercício que ajuda a encontrar problemas, e foi apresentado num congresso científico. Não foi um boato solto na internet ou algo do tipo. Os membros da equipe têm se mostrado entusiasmados com a repercussão do trabalho e se sentem felizes de ver tanta gente interessada na colonização de Marte.
Não seja tão cético quanto às intenções. Por incrível que pareça existem pessoas sérias no mundo. Veja a maioria dos projetos do Kickstarter, por exemplo.
Não acredito numa vírgula do tal Mars One, não apostaria um centavo neles, não tenho dúvida de que se trata de farsa.
Ok, é seu direito.
Me perdoem se as perguntas são absurdas. Coisas como solidão, falta de sexo, espaço físico para liberdade de movimentos e etc. São consideradas e estudadas num projeto desses? Leva-se tudo em conta no que se refere ao fator humano?
Eles pretendem fazer expedições simuladas em terra para ver como os humanos reagem. E des confio que eles não esperam que os humanos que forem fiquem anos sem sexo…
Pois eu fico e nem estou em Marte!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk … Ah não, eu não vi esse comentário aqui! Chorei de rir! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk … Boa!
Saver, também acho essa história marketing demais e ciência de menos. Mas é bastante salutar levantar debates sobre o tema, já que a Nasa (entidade bem mais confiável do que esses holandeses malucos) planeja mesmo uma tripulação humana em Marte para 2030 (1969 again!). Dois pitacos:
1- Não seria mais interessante, em se pensando em colonização, tentar transformar previamente o ambiente a ser colonizado a fim de que este se torne menos inóspito? Já li a respeito de transformações climáticas em Marte a partir de interações artificiais em sua atmosfera e penso que seria o caminho menos difícil, apesar de isso não inviabilizar uma visitinha de reconhecimento de solo, como a que a Nasa quer fazer.
2- Penso que a Nasa deve, desde já, preocupar-se em elaborar a frase de impacto que entrará para a história quando o primeiro pé humano tocar, ainda que protegido por uma bota, o solo marciano. Sim, porque superar o mítico “pequeno passo para um homem mas um gigantesco passo para a humanidade” é tarefa para Ferreira Goulart & cia. Vou incorporar o Shakespeare aqui e depois mando o resultado.
Amplexos!
Salvador, a atmosfera marciana contém uma pequena porção de Nitrogênio (2,7%), correto? Será possível criar um equipamento que extraísse esse nitrogênio do ar? Imaginemos que para compensar o excesso de O2, seja ventilado o ar para uma câmara separada, extrai-se o Nitrogênio deste ar (ou extrai-se o Oxigênio e joga fora, sobra o Nitrogênio) que será armazenado para repor a pressão nas câmaras anteriores.
Ou seja, ao invés de simplesmente jogar o ar diretamente na atmosfera, coloca-se numa câmara que irá filtrar o Oxigênio do Nitrogênio e joga-se na atmosfera apenas o Oxigênio. Eventuais perdas de Nitrogênio poderiam ser extraídas da atmosfera.
Pode parecer difícil, mas a ideia não é válida?
abs,
Talvez seja possível. Mas é algo ainda a ser desenvolvido. E isso resulta em aumento de custo.
Não poderiam simplesmente produzir MENOS alimentos em Marte? Se entendi bem só analizaram duas opções: Com e sem produção de alimentos. E se produzissem menos? E se adicionassem pequenos animais que consomem oxigênio?
Quanto mais biologia você introduz no sistema, mais difícil fica de controlar. Veja o fracasso da Biosfera 2…
Já pensou se toda grana que os humanos gastam com armamentos e segurança fosse usada para essas aventuras?! A vida seria ainda mais interessante.
Pois é, se usassem tudo o que gastam em armamentos acho que poderíamos ir para Marte o ano que vem e teria um troco para enviar uma sonda pra verificar o oceano líquido em Europa.
Adenilson o bicho homem não conseguiu coexistir sequer um dia com seus semelhantes sem agressões ou mortes, portanto, colocações como as suas são verdadeiras utopias que sonhamos serem possíveis; veja em todas as semanas os torcedores dos times de futebol isto para não falar de criminosos ou ainda, imagine que um líder político de nossos países vizinhos façam quaisquer atos agressivos e logo teremos um “nacionalismo” pegando em armas. Não existe até os dias atuais incentivos para o desenvolvimento da tecnologia melhor que a guerra.
Preocupante ver o Lansdorp desqualificando um estudo dessa forma…
Eles não poderiam fazer um módulo só de floresta, que tivesse uma produção mais modesta de oxigênio? Ou, então, um meio de fixar esse oxigênio em excesso no solo, por meio de alguma oxidação??
Esse plano chinês de colonizar a Lua tem maiores informações disponíveis em inglês?
Valeuuuu!!!
Rafael, escrevi outro dia sobre a simulação de base lunar chinesa…
http://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2014/07/02/chineses-a-caminho-da-lua/
Valeu, Tu!
Infelizmente, a humanidade não sobreviverá a tempo de ter condições de ‘emigrar’ para outro ponto do universo. A degradação do meio ambiente e o esgotamento de nossos recursos naturais estão inviabilizando a nossa sobrevivência muito antes de que possamos sair daqui. Talvez seja justamente isso que deve ter acontecido em outros pontos supostamente habitáveis mas que agora são apenas um lugar desolado
Muito interessante a matéria! Só fiquei com uma duvida, se o cultivo de plantas para gerar oxigênio em Marte seria inviável pelo O2 produzido, como a compensação e feita aqui na terra?
Outra coisa que talvez fosso uma solução, porém não sei se realmente funciona pois vi isso em um filme de ficção, é a construção dessa estufa em um subterrâneo com luz artificial onde a profundidade talvez realizasse algum tipo de compensação entre a perda de O2 e nitrogênio, gerando uma atmosfera artificial.
É vamos pra frente!!!
Gabriel, a Terra é um sistema muito, muito grande. Pequenas variações causam pouco desequilíbrio imediato a ela. No caso da base marciana, estamos falando de uns poucos metros cúbicos de atmosfera. Qualquer variação de quantidade tem um efeito brutal.
Olá Salvador um bom dia, sobre sua matéria destaco o final dela: (Ainda assim, acho que a iniciativa faz um grande favor à humanidade em lembrá-la de que não é preciso se apegar às velhas ideias. O ser humano pode se tornar uma criatura multi-planetária, se assim o desejar. E essa realidade está mais próxima do que imaginamos. Tudo começa com o sonho”.
Agora em minha opinião acredito que o governo Americano não esta contente com estas iniciativas privadas, lembremo-nos que a Índia colocou uma sonda no Planeta Vermelho a um custo baixíssimo se comparado com a América do Norte, acredito que o Mars One irá conseguir seu objetivo, pois creio que a tecnologia que temos não precisa-se esperar final da década de 2030 para pisar em Marte. Valeu pela matéria.
Discordo!
Eu não acho fácil fazer uma cápsula que caibam pessoas, suprimentos e muito, mais muito combustível mesmo para fazer este objeto ganhar velocidade de escape, estabilizar e depois desacelerar para “cair” na órbita de Marte. Mas até ai tudo bem, porque o projeto da Curiosity conseguiu esta proeza.
Depois ainda este objeto deve descer em um planeta que quase não tem atmosfera de maneira que a velocidade seja reduzida sem que haja uma desaceleração que mate toda tripulação. Lembre-se aqui que as estruturas da nave devem estar na metade da sua capacidade porque existe a viagem de volta, portanto seria uma nave com estruturas 2x maiores que do Curiosity.
Depois fazer com que este mesmo módulo que queimou boa parte do combustível ainda tenha reserva para decolar novamente atingindo a velocidade de escape de, sei lá, pelo menos uns 8000 km/h do solo marciano. Lembre-se como sai um foguete na terra… Como vai decolar lá em Marte, um “resto do foguete” que já está todo “queimado” e “judiado” pela queda quando fez a entrada em Marte… Impossível? De forma nenhuma. Mas estamos aprendendo ainda… A engenharia está no pé de pousar grandes estruturas suavemente, mas não decolar e voltar.
Minha opinião que sim, temos tecnologia para ir a marte mas não para ir e voltar e muito menos ir levando tripulação e voltar, e muito menos ainda, ir levar tripulação pousar, decolar e voltar de Marte.
Vale lembrar que, no atual status, o Mars One é uma viagem só de ida (e isto está bem claro na descrição do programa).
Certo!
Mas ai que está o cerne da discussão. Existem hiatos na discussão do projeto como muitos já disseram: Em caso de problemas? Quem vai ir buscá-los? Vão todos morrer?
Exemplo: Eles conseguem pousar com sucesso mas descobrem que há problemas no módulo de vida a ponto que devem abortar a missão. Apenas uma hipótese. O que eles vão fazer?
Sem ter total domínio da engenharia de viagem interplanetária, passa ser mais um suicídio que um projeto propriamente dito.
Estou certo que para o primeiro foguete partir para Marte todas estas questões estarão resolvidas com certeza. Não tenho dúvida da capacidade das instituições envolvidas. Mas dizer que hoje temos estas respostas. Eu não acredito.
Estamos ainda aprendendo. O Salvador pode me ajudar: Existe uma missão da Nasa que prevê o retorno de material marciano para a Terra. Não sei se é a Phoenix ou a próxima missão ainda. Isso será um grande avanço. Mas hoje, esta tecnologia é só teoria.
Enquanto todo o ciclo não for dominado, eu tenho certeza que nenhum humano irá para Marte. Não pelo menos pelos EUA nem a Europa. Se for, talvez um Chines ou Russo “cobaionauta”.
Somewhere, existe o objetivo de fazer o retorno de amostras, mas nenhum plano concreto com data firmada.