Índia testa sua cápsula espacial

Salvador Nogueira

E você que achou que a Índia ia sossegar depois de ter colocado com sucesso em setembro uma sonda em órbita de Marte. Na madrugada desta quinta-feira (18), os indianos lançaram com sucesso o protótipo de um foguete de alta capacidade. A bordo, uma cápsula que no futuro servirá para levar astronautas ao espaço.

Protótipo do GSLV Mark III voa com sucesso na Índia (Crédito: Isro)
Protótipo do GSLV Mark III voa com sucesso na Índia (Crédito: Isro)

Ainda há um longo caminho pela frente. Mas o sucesso do voo do foguete GSLV Mk-III já abre caminho para que a Índia desenvolva sua própria tecnologia para lançamento de pesados satélites de telecomunicações, com até quatro toneladas.

A versão final do foguete ainda pende pelo desenvolvimento de um motor criogênico, mas os elementos testados no voo de hoje funcionaram perfeitamente — inclusive o veículo destinado a carregar humanos ao espaço, algo considerado como um bônus para o teste.

“O módulo de tripulação pousou como esperado na baía de Bengala”, informou K. Radhakrishnan, diretor da Isro (agência espacial indiana), antes de receber uma salva de palmas dos presentes no centro de controle.

SUBORBITAL
Nesse modelo de teste, o foguete não atingiu a velocidade necessária para instalar a cápsula em órbita. O objetivo era realizar um voo suborbital a uma altitude de 126 km, para observar o desempenho do lançador e a reentrada bem-sucedida da cápsula, trazida à água por para-quedas.

A cápsula indiana para voo tripulado, com capacidade para dois astronautas.
A cápsula indiana para voo tripulado, com capacidade para dois astronautas. (Crédito: Isro)

A essa altura, está claro que a Índia tem mais um lançador bem encaminhado, o maior já desenvolvido pelo país, e está no caminho para se tornar o quarto país do mundo capaz de transportar humanos à órbita terrestre por seus próprios meios, embora isso ainda possa levar uma década para chegar a termo. Até agora, só Rússia (1961), Estados Unidos (1962) e China (2003) chegaram lá.

Aí sempre tem um que diz: “com tanta fome, tanta miséria, tantos problemas, é uma vergonha a Índia investir em tecnologia espacial”. A esses, não custa lembrar que os indianos não perdem dinheiro com isso. Eles ganham dinheiro. Só para 2015, os indianos já comercializaram serviços de lançamento para cinco satélites, três do Reino Unido e dois da Indonésia.

É esse tipo de visão que as pessoas não costumam ter aqui no Brasil. Noves fora aspectos de soberania, elas se esquecem de que a civilização moderna é 100% dependente de satélites artificiais. E, se o seu país não é capaz de lançá-los, seu governo há de pagar a outro para fazer isso. Alternativamente, se sua nação está no rol dos que detêm a tecnologia, você poderá ganhar dinheiro lançando satélites de outras nações e aí reinvesti-lo em suas prioridades locais: educação, saúde, programas sociais de moradia, distribuição de renda e por aí vai.

O Brasil tem no Centro de Lançamento de Alcântara (MA), por sua proximidade da linha do Equador, o melhor sítio do mundo para o envio de satélites de telecomunicações. Pergunte quanta grana até agora isso nos rendeu. Enquanto isso, os indianos já desenvolveram vários foguetes lançadores e realizaram missões não-tripuladas à Lua e a Marte. Quando eles começaram seu programa? 1962. E nós? 1961. Fica a dica.

Acompanhe o Mensageiro Sideral no Facebook e no Twitter

Comentários

  1. Acho que tem um erro ou eu não tô lendo direito, não entendi a parte que começa com Noves?

    “É esse tipo de visão que as pessoas não costumam ter aqui no Brasil. Noves fora aspectos de soberania, elas se esquecem de que a civilização moderna é 100% dependente de satélites artificiais.”

    1. “Noves fora” é expressão de jogo de baralho. Quer dizer, “sem contar”. Ou seja, mesmo que não fosse importante desenvolver lançadores por questão de soberania (ter acesso independente ao espaço), seria importante porque a civilização é dependente de satélites (ou seja, há um mercado aí que não vai sumir).

      1. Também é expressão da nossa aritmética, usada na esquecida “prova dos nove” para verificar se não houve erro numa soma. 🙂

  2. Salvador, você já tinha lido?
    darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2014/12/18/treplica-dos-defensores-do-design-inteligente/

    Sei que você talvez possa não ter interesse em rebater os argumentos dos defensores do DI ali apresentados, mas com certeza seria muito esclarecedor para nós seus leitores quem sabe um post seu falando sobre cada argumento, derrubando um a um, a exemplo da afirmação de que a complexidade irredutível é fato

    como vc é fera nesse assunto fica aqui a sugestão 🙂

      1. Questões como essa, Existe tanta controvérsia assim na TE? Procede isso que eles dizem??? OMG!

        “Há, portanto, uma ignorância (pragmática ou vera?) da literatura especializada, a qual demonstra o status quo de falência epistêmica da TE demandando assim sua profunda revisão, ou substituição. As diversas controvérsias existentes na teoria evolutiva deveriam então ser apresentadas aos nossos alunos, mas não são. “

    1. Fabio, eu acabei de ver isso e fiquei tão indignado a ponto de fazer uma provocação ao Reinaldo, meu grande amigo. Ele se escondeu por trás do capuz mágico da “imparcialidade jornalística” e publicou isso aí sem fazer uma desconstruçãozinha sequer? É de chorar.

      1. Eu li alguns posts desse blog, mas é muito ruim, o cara está lá para fazer propaganda religiosa dizendo-se “neutro”. Não leio mais.

      2. O blog de teu amigo era muito bom mas virou igreja de fanáticos (pleonasmo) e agora só tem posts religiosos sobre personagens imaginários e discussoes inuteis. Lamentável

      3. Prezado Salvador,

        Que desconstrução você gostaria de ver? Eu muito elogio está rara “imparcialidade” no meio noticioso. Reinaldo Lopes já vinha discutindo esse tema e já fizera antes algumas colocações e, sabiamente, desta vez, ele apenas cedeu espaço a uma corrente pensadora contrária a TE, que, apesar de toda a fama e aprovação nos meios científico e leigo, não é ainda uma lei, mas uma teoria, e isto porque ainda possui muitas lacunas e não foi capaz de explicar totalmente o surgimento das espécies modernas e nem como elas evoluiram de espécies primitivas (no sentido de primeira, que veio antes, que dá origem/deriva outras).

        1. Julgar tudo o que não seja TE como “desonestidade intelectual” me lembra a “queima de livros” nos tempos da Inquisição. É necessário argumentar!

          1. Jose, ignorar as evidências para descartar uma explicação por motivação ideológica ou religiosa é desonestidade intelectual. O fato de ser a teoria da evolução é secundário. Qualquer outro atropelamento de uma teoria (como os inquisidores que você cita fizeram com o heliocentrismo, por exemplo) a despeito de fartas evidências favoráveis é desonestidade intelectual. A evolução, repito, é um FATO. Negar fatos é desonesto, não importa o quanto você queira distorcer o discurso.

          2. Salvador,
            posso concluir que em nenhum ponto do futuro a teoria da evolução será desbancada ou sofrerá sérias reviravoltas devido a novas descobertas?

          3. Pode. Sem medo. Ela pode ser aprimorada, alguns mecanismos paralelos à seleção natural (como fenômenos epigenéticos) podem explicar certas nuances, mas a base é sólida. Esperar que descartemos a evolução é meio que esperar que as leis de Newton parem de funcionar só porque descobrimos um entendimento mais profundo da gravidade com Einstein…

  3. Ao invés de continuar investindo nos lançadores nacionais (VLS e Programa Cruzeiro do Sul), nosso “querido” governo torrou quase 1 bilhão de reais com aquele trambolho tóxico ucraniano, o foguete Cyclone-4. E agora tão dizendo por aí que vai tudo por água abaixo, principalmente por causa da crise na Ucrânia. Imaginem se esse dinheiro tivesse sido investido nos nossos lançadores, poderíamos estar em situação bem melhor.

    O Motor L15 (combustível líquido) foi cancelado por falta de dinheiro. O L75 está atrasado e nem podemos efetuar os testes a quente no Brasil porque não temos um banco de testes adequado. Teremos que testá-lo na Alemanha.

    É uma mistura de incompetência e má vontade tremendas.

  4. A colocação final do blogueiro despreza muitos fatos importantes. Por exemplo, qual a porcentagem de miseráveis na Índia? 15,5% dos indianos não vive mais de 40 anos, uma de cada três pessoas não sabem ler e 47% das crianças estão desnutridos. Quantos tem acesso ao saneamento básico? 41,6% dos indianos vivem com menos de US$ 1,25 por dia. A agricultura ocupa dois terços da população, mas só gera 17,8% do PIB. Na Índia há 645 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza, quantidade superior à soma de todos os países da África subsaariana.

    Por fim, acho melhor viver no Brasil, com todos nossos problemas, do que na Índia onde mulheres ainda sofrem estupro coletivo e a sociedade é ainda no sistema de castas – uma grande demonstração de atraso na organização política – e pior ainda, vizinho de países envolvidos com terrorismo internacional. Dá pra imaginar o cenário né?

    E ainda no campo aeroespacial, o Brasil tem a EMBRAER, dando lucro, criando tecnologia e competindo com as gigantes do ramo no planeta. Não é pouca coisa.

    O Brasil deu mais certo que a Índia, no meu entender.

      1. A pergunta não é essa. Pode menos no quê? A sociedade brasileira fez a sua escolha, pela Democracia e pela prosperidade da população – ainda incipiente é verdade, mas é uma meta! Considero que isso tem muito mais valor do que colocar um bólido em órbita. É minha opinião.

        1. Você está enganado. A sociedade brasileira não escolheu nada disso. A diferença é que a Índia tem 5 vezes mais gente. Queria ver o nosso Brasilzão com uma população de 1 bilhão que maravilha seria… 😛
          Você está criando uma falsa dicotomia entre investimento espacial e prosperidade populacional. É falácia. Não custa lembrar que o programa indiano não é mais avançado que o europeu ou o americano. E na Europa e nos EUA vive-se melhor do que aqui. A francesa Arianespace domina o mercado de lançamento de satélites. E não vejo nenhum francês dizendo que deviam investir esse dinheiro em outra coisa. Muito ao contrário. Parte da prosperidade europeia está ligada à indústria de alta tecnologia, na qual se insere a espacial.

          1. Que você teime em defender o seu ponto de vista, eu até posso entender. Mas não mude os números. Cerca de 40% dos indianos estão abaixo da linha da pobreza. Isso é um fato. No Brasil são cerca de 5,5% da população vivendo nessa condição. E outra, comparar o Brasil com países europeus, que possuem séculos de civilização e que praticamente criaram a Ciência e a indústria aeroespacial, é covardia hein?

          2. Pensa um pouco: 40% da população indiana está abaixo da linha de pobreza? Então quer dizer que já há 600 milhões de pessoas (três vezes a população brasileira) ACIMA da linha de pobreza?

            O que quero dizer com isso: o Brasil é, sim, um país melhor para se viver que a Índia. Embora esteja muito longe de ser qualquer maravilha. O que está errado é você achar que o Brasil é um país melhor para se viver que a Índia porque não investe no espaço. Como se a grana pequena que a Índia investe no espaço (e note, recupera acima do que investe, ou seja, lucra) fosse o motivo pelo qual 40% da população está abaixo da linha de pobreza. O Brasil poderia ser um país muito melhor se investisse no espaço, da mesma forma que a Índia se torna um país menos ruim para se viver por conta disso. É aí que está a sua falácia.

          3. Não vou me alongar, mas deixo um recado. No Brasil, a população faz escolhas sim, porque temos voto direto. Para o bem ou para o mal o povo decide baseado naquilo que a classe política é capaz de fornecer. Diferentemente da Índia com seu sistema de castas. Um abraço!

          4. Zeno, não disse que o brasileiro não faz escolhas. Digo que ele não escolheu essa política de descarte do programa espacial. O brasileiro médio nem sabe que o Brasil tem um programa espacial, então como pode ter escolhido o que fazer com ele? E outra: o atual governo gasta bastante com o programa espacial. Meio bilhão de reais por ano. Se você descobrir onde, depois você me conta e a gente publicar por aqui. Abraço!

    1. Me permitam dar uma opinião nessa interessante discussão. Acho que o Salvador tem razão quando diz que um estímulo maior ao programa espacial brasileiro não tornaria nosso país mais pobre. Por outro lado, o Zeno também não afirmou que a pobreza na Índia se deve aos investimentos em ciência aeroespacial. Eu acho que o Zeno é alguém ligado às ciências sociais, ele também está certo quando diz que a população brasileira escolhe, prefere tal coisa ao invés de outra, pois essa é a PRINCIPAL leitura de uma eleição – combate à pobreza, à corrupção, à fome…Basta ver as últimas eleições e conferir.

      1. Desculpe-me, mas as últimas eleições não são parâmetro. Ficamos em cerca de 50% apoiando o governo e 50% contra e a campanha eleitoral foi baseada em mentiras, manipulações e pelo ato de esconder os verdadeiros dados da economia e situação do país que contrariavam a campanha do governo.

        O fato é que o investimento em tecnologia e exploração espacial NÃO É desperdício. O que o Brasil investe em tecnologia espacial é menos da metade do que se rouba na Petrobrás, sem contar a Caixa, BB, Eletrobrás e todas as outras estatais, fora as prefeituras, governos estaduais e federal…

        Falta discernimento, competência e honestidade aos nossos políticos para que tenhamos um país realmente melhor, mais justo e mais sábio.

    2. Apenas deixando claro que a índia também é uma democracia – a maior do mundo. Pode ser imperfeita, mas a nossa também é…

    3. Será que as pessoas não veem que desenvolver indústria de alta tecnologia (no caso, a aeroespacial), além de gerar receita, também estimula o capital humano? Já pensou em quantos indianos envolvidos com esses projetos subiram de vida ou foram estimulados a buscar conhecimento?

    4. é mesmo? Vamos ver como o Brasil se saiu daqui há 5000 anos. Diferença de tempo de existência daquela civilização para essa. Sem contar os 1000 anos de exploração, dominação e repetitivos esforços para tentar derrubar e ridicularizar uma Cultura deveras superior, daqueles que a exploraram, tipo, os nossos antepassados portugas. Sem contar o holocausto criado e imposto pelos imperialistas ingleses ( bem antes do holocausto Nazista). Mais esta: O valor gasto no programa espacial deles é uma miséria comparado ao gasto aqui. Qual a diferença? Nível mental superior! Então, é melhor estudar e refletir um pouco antes de sair falando merda!!!

  5. Além do que foi dito sobre as vantagens mais imediatas advindas do comércio do lançamento de cargas espaciais, podemos também citar algo de importância mais fundamental. O imenso ganho em desenvolvimento de tecnologia alavancado pelo investimento no programa espacial. Esse ganho se reflete em todas as áreas e trás benefícios a longo prazo para todo o país. As áreas de medicina, engenharia, produção, segurança nos transportes, eficiência no uso de energia e outras, são grandemente beneficiadas, trazendo ganhos para toda a sociedade. Não há como conseguirmos todo esse progresso observado nas grandes nações sem os investimentos nas “locomotivas” tecnológicas, como é o caso do programa espacial.

  6. Pois é, Salvador!

    Também acho que poderíamos ser potência espacial por todos os quesitos que preenchemos (geografia, bons cientistas, insumos fartos, etc).

    O que eu precisaria pra convencer o cara da Coyote Rockets (v. vídeos abaixo, inclusive um testando um baita propulsor) a empreender comigo?

    Ele tem a tecnologia e eu, a vontade de vencer!

    Que tipos de licenças, alvarás, etc, uma empresa privada precisa para poder explorar o espaço no Brasil??

    Abraços cósmicos!

    1. Rafael, boa pergunta. Acho que isso não está regulamentado no Brasil. Mesmo nos EUA, rolou uma discussão sobre quem fiscalizaria atividades espaciais comerciais por lá…

      1. De todo modo, acho mais fácil o crime organizado financiar um projeto privado de foguete do que o governo brasileiro sequer autorizá-lo.

        Aqui no Brasil é mais fácil ser Maluf…

        Em tese, uma empresa aeroespacial, então, não precisaria mais autorizações do que um fabricante de aeronaves.

        Falo isso do ponto de vista empresarial e jurídico.

  7. Enquanto isso aqui no Brasil, um país que tinha tudo para estar muito à frente da Ìndia, teoricamente um país com menos infra-estrutura, mas que são mais inteligentes e ousados.Aqui o que se vê são essas roubalheiras do petrolão, cartel do metrô em sp, essa corrupção que só atrasa o país, muita conivência, omissão, impunidade, juízes acima do bem e do mal, mas ainda bem que tem alguns exemplos bons, poucos mas temos!Apesar de tudo!

  8. Prezado Salvador, você falou a respeito do Centro de Lançamento de Alcântara, lembrando-se que ouço falar que quanto mais próximo da Linha do Equador mais viável, mais competitivo se torna um centro de lançamento. Ocorre que Alcântara apesar da grande proximidade não se encontra exatamente na Linha do Equador. Curiosamente, o Brasil tem parte de seu território dentro dessa linha imaginária, dentro de uma capital, inclusive, Macapá. Não seria melhor o país ter investido ou investir na construção de uma base de lançamento na área dessa cidade? A infra-estrutura, os benefícios a ser realizados dentro de uma área já densamente povoada (dentro dos parâmetros daquela região) não resultariam em muito mais benefícios e vantagens para uma população maior e para o país que talvez viesse a ter um centro de lançamento de vantagens comparativas insuperáveis no mundo?

    1. João, são vários os critérios. É preciso estar perto do mar, a geografia local precisa favorecer a criação e expansão do sítio, é preciso ter controle sobre o território. Por tudo isso, acho que Alcântara foi bem escolhida.

  9. O que me chamou muita atenção foi a base de lançamento,com uma visão bem atraente.Normalmente elas estão sempre muito longe digo vendo-as por foto e vídeo.Economicamente,concordo com a folha e entendo que se este tipo de investimento não trouxesse status e principalmente retorno,possivelmente não fariam.

  10. Olá, Salvador. Mas o que, então nos impede até agora de não termos um programa espacial condizente com nosso país? Vontade política? falta de dinheiro? ou falta de vontade mesmo?
    Um abraço.

  11. Mas, em 2003, quando morreram aqueles 21 técnicos em Alcantara, 2003, o nosso querido “Guia Genial dos Povos Operários”, o “Herói Máximo da Classe Trabalhadora”, “O Redentor do Nordeste Profundo”, “O Lampião Pós-Moderno”, “A Bostomorfose Ambulante”, fez um discurso emocionado (descaradamente copiado do famoso discurso do Kennedy sobre o desafio da conquista da Lua) que até pareceu ser verdade. Como de hábito, promoteu, bravateou, iludiou e ….nada aconteceu.

    1. Ô Seu Kreisso….Duzentos milhôes de habitantes honestos (incluindo você), mais de oito presidentes desde 1961, mais de 12 legislaturas (cada uma com mais de 500 deputados e senadores), milhares de emepresários altruístas e você responsabiliza apenas um. Sua opinião é mais um produto das “organizações tabajara”.

      1. Ele não está responsabilizando apenas um. Ele está dizendo, com razão, que esse um prometeu e não cumpriu, como sempre. Quanto à Dilma, nem promessas ela faz, nem programa de governo tem.

      2. Ô Pimpão, na verdade não é que o nosso querido e verdadeiramente amado cefalópode é o único culpado do insucesso do programa espacial brasileiro, mas o Molusco foi o único que abriu a boca de demagogia e ficou nisso. No fundo, com tudo o que estamos vendo é que, se não correu a sacolinha de doações, não tem porque investir. Taí a Petrobrás que não deixa a gente mentir.

  12. Suborbitar o nosso planeta creio não ser tão importante, o mais importante é o teste da cápsula para o translado de humanos a Marte para fins explorativos biológicos, pois no futuro, acredito que daqui a Marte seria como ir de São Paulo a Tóquio, seria uma rota de auto fluxo de propulsão a velocidade luz! Abordando um pouco mais, a procura de sinais de bio extra planetária, és mui conveniente, pois o egoísta mesmo é aquele que pensa que está só no universo de uma vez que o Universo és mui infinito e acredito que as nossas sondas já tenha explorado apenas uns 10% de nosso Universo e em questões teológicas acreditar que Deus fez proporcionou vida somente em um ponto do universo como o nosso Planeta que é considerado um pingo de algum “i” considerando a imensidão do Universo é acreditar em um Deus débil e fraco.
    A vida está por todo o Universo e mui logo descobriremos como os antigos humanos descobriram a nossa América de uma vez que pensavam ser os únicos.
    Ruy Gonçalves da Silva
    Doutorando em Epistemologia e História da Ciência.
    Rondonia Brasil

  13. Parabéns pela coluna!
    Sou leitor de seus artigos, que sempre apresentam a ciência de forma simples com bom humor.
    Boas festas e Feliz Ano Novo!

  14. O Brasil é um pais sem visão, extremamente imediatista. Não investimos pesado em educação de qualidade, ciência e tecnologia, enquanto isso vamos ficando cada vês mais para traz em relação aos países que realmente contam no senário mundial.

  15. Na Índia, China, Rússia e Estados Unidos não se desperdiça recursos públicos com planos assistenciais dotados de finalidades eleitoreiras. Esses países visam o desenvolvimento e não a perpetuação de um partido político “bolivariano” no poder através de práticas corruptas.

  16. Sim, O Brasil tem o Centro de lançamento de Alcântara (MA), nós infelizmente não ganhamos dinheiro com isso mas, a população tem o básico do básico, banheiro com latrinas e água boa para consumo, coisa que por lá (Índia) e em muitas regiões da Índia o povo não tem.

    1. Menos de 50% da população brasileira tem saneamento básico… Lá eles não têm latrinas porque não é o costume deles. A cultura hindu é muito “travada” para inovaçõe. Seus deuses atrapalham mais que ajudam a mudar a mentalidade do povo.

      1. verdade, lá existem as chamadas “castas” que separam, basicamente, pobres de ricos. Na Índia o rico costuma ser bem rico e o pobre bastante pobre por conta das ideologias religiosas, coisa que se esforçam muito para ser implantada por aqui tanto pelo povo brasileiro quanto pelos políticos, esses últimos apenas refletem a vontade do povo brasileiro.

        o Brasil é muito semelhante à Índia quando se trata de investimento sócio-tecnológico, ou seja, educação. Mas por lá cada vez mais jovens da classe mais miserável estão tendo acesso à educação e quem antes tinha como futuro apenas passar fome e ter diarreia está tendo a oportunidade de se formar como Engenheiro.

        Por aqui a CORRUPÇÃO e a religiosidade XIITA dos INFERNOS é o máximo dos máximos.

        E não pensem que os casos de corrupção que aparecem nos jornais é por força de uma honestidade latente no coração dos denunciantes, foi vacilo dos corruptos, apenas.

  17. Na verdade tanto o programa espacial indiano, quanto o brasileiro, eram plataformas para o desenvolvimento de um míssil balístico. Como o Brasil aderiu ao TNP ficou arrefecido o interesse no desenvolvimento de um ‘foguete’ espacial. A Índia, no entanto, não faz parte do TNP e sempre demonstrou interesse na construção de um arsenal nuclear. A bem da verdade, o Brasil deveria focar mais no desenvolvimento de satélites e não de foguetes. Deveríamos, inclusive, cancelar o program do ‘foguete’. O Brasil não é uma potência, como alguns ufanistas dizem, mas uma potência de médio porte, com pouca projeção regional.

    1. Discordo totalmente. Ter acesso independente ao espaço é questão de soberania. E acho míope a decisão de pagar a estrangeiros para lançar nossos satélites.

      1. pagar para estrangeiro fazer vai levar ao mesmo problema que temos com o trigo. Na época de Delfim Neto foi decido por esse gênio comedor de capim que seria mais barato comprar trigo argentino do que continuar a investir na melhoria das sementes nacionais. Mas, como o trigo é muito usado em vários alimentos o consumo aumentou muito e hoje dependemos exageradamente do trigo importado e quando ocorre aumento no preço do câmbio do dólar isso afeta até mesmo o pãozinho de cada dia. O nosso ÚNICO infortúnio é não saber o motivo desse “fenômeno” acontecer: sobe o dólar, sobe junto o pãozinho do zé.

  18. Infelizmente, por falta de visão da importância de um programa espacial (abordada em seu artigo), o país não conseguiu, por meios próprios, colocar nem um parafuso em órbita. Mas a perda de vidas humanas, infelizmente, já tem um saldo muito triste.

  19. Acho muito bom o homem buscar conhecimento, a pesquisa espacial é importante para a humanidade. Porém, na minha opinião, como exemplo em uma família, antes de comprar um carro novo devemos ter condições do básico como, alimento, roupa, moradia.

  20. Ótimo texto do autor. Principalmente o que está escrito nos parágrafos 7º, 8º e 9º que é a realidade nua e crua do nosso país.

  21. mas lembre-se, que o os FDp dos americanos sabotaram nosso programa e morreram milhares de cientistas, gerações de pesquisadores. Se tem algum culpado nisso é o EUA – espionagem e vão fazer o mesmo com a petrobrás – é o capitalismo selvagem

    1. O que está acabando com a Petrobrás é essa mentalidade de que o PT é Brasil e tudo que é do Brasil pertence ao PT.

      Lula e Dilma não governam para os brasileiros, governam para eles mesmos.

    1. BRINCadeira….ou BRICadeira?

      Barasil, Rússia, ìndia, Napoquistão (Ôps) e China. È Bricadeira hem……

  22. Faltou aquela também: “Tanta tecnologia pra mandar foguetes mas não conseguem nem achar um avião que caiu no mar”.

    kkk

    E você comentou sobre esse lançamento durante a semana, mas nem estava sabendo. Sensacional. Os indianos estão de parabéns, não merecem Palmas, merecem o Tocantins inteiro!

    😀

    1. É que agora parece que acharam o avião. Acho que foi de tanto perguntarem, foram achar lá no fundo do mar, só pra pararem de encher o saco! Hehehe

  23. Sábias palavras Salvador.

    Pra nossa sorte, especialmente sua, a Astronomia esta muito movimentada ultimamente, fazendo com que as noticias sejam quase que diárias. =D

    1. A Astronomia e a Exploração Espacial está sempre muito movimentada, é que antes não tínhamos a sorte de ter o Mensageiro Sideral mostrando isso. 🙂

  24. Salvador,

    A exceção dos países europeus que estão inseridos na OTAN, existe algum país com programa espacial digno de nota que não possua arsenal nuclear?

    Acredita que exista alguma correlação quanto à isso?

    1. Japão é uma exceção. Mas claro que há uma correlação. Se você tem a bomba, precisa do míssil pra lançá-la…

      1. Salvador, aproveitando que vc citou o Japão, lembrei do post sobre o elevador para o espaço quando assisti ao filme
        “Space.Pirate.Captain.Harlock.2013” lá pelo 14º minuto.

        O criador do desenho não se aventurou a mostrá-lo funcionando.
        Ruy Ney
        Brasília

  25. O Brasil não consegue enxergar e menos ainda estimular a tecnologia. Aqui bom negocio é ser politico, ganhar/roub@r e dane-se o restante.

  26. É Salvador… Complementando seu texto com o filósofo Ralph Waldo Emerson:
    “There is no knowledge that is not power” (não há conhecimento que não seja poder)

  27. E detalhe: 35 anos atrás o Brasil trouxe cerca de 30 cientistas espaciais da Índia aqui para o Inpe, para que queimássemos etapas no nosso desenvolvimento aeroespacial. Só que… sem investimento e gestão os caras estão se aposentando e o nosso programa espacial deu em (quase) nada…

    1. não adianta importar cientistas quando eles não estão dispostos a compartilhar o conhecimento que possuem. Essa importação de cérebros não funciona quando o mecanismo não busca disseminar o conhecimento, afinal, o aprendizado é algo lento e visa ir além da manutenção e atingir novos horizontes, novas descobertas.

      já conheci muitos professores estrangeiros, inclusive um indiano, e não queriam saber de ensinar qualquer coisa mesmo sendo professores universitários pagos com dinheiro do povo, estão lá de enfeite recebendo salário e fazendo pouco caso com os estudantes que buscam conhecimento. Enfim, sempre forçam o estudante a encontrar a solução do zero e por conta própria, obrigam a redescobrir a roda.

      mas não se preocupem, há um esforço muito grande para que a corrupção e os corruptos não sejam mais detectados, enfim, não veremos mais reportagens sobre o tema “corrupção” vez que nossos orgulhosos corruptos estão se aprimorando para não deixar vestígios.

  28. A gente vê que ocorre na Índia no aspecto social, ainda assim olham para a frente. O Brasil está estacionado mesmo.

    Eu original, só “postarei” agora em 2015. Me diga, você vai passar o Natal sozinho? Sim, você odeia religiosos, religião e bibliostras não é mesmo? Ou irá comemorar o Sol Invictus? Todos os teus parentes são ateus/pagãos não é mesmo? Ou irá desejar “Feliz Natal” para algum deles? Que sinuca de bico hein? Vá lá sem medo nesta pseudo-religiosa data. Liberte-se com a informação abaixo:

    http://solascriptura-tt.org/SeparacaoEclesiastFundament/NatalFestaPaga-Ferraz.htm

    Mas continue firme ae no Blog, pois apesar de tudo, quando em sanidade, vc o enriquece; quando em loucura nos alegra;

    Abraço Salvador.

    1. Se me permite a sugestão, quem não tem adoração por Jesus pode celebrar o Natal como um símbolo do cultivo do bem e do altruísmo entre os humanos. Ninguém precisa acreditar na lenda para ver seu valor educativo. Abraço e boas festas!

      1. Pois é, concordo. Mas sinceramente eu mesmo nem ligo pra Natal e todas essas outras datas comemorativas comerciais (dia disso, dia daquilo, bla bla bla), que servem apenas pra encher o cu dos lojistas de dinheiro. Mal comemoro o meu aniversário.

        😉

      1. Você é um cara amassada de bosta mesmo.

        Mas é isso ae…. foda-se o Natal e Eu, num gostou pega no meu.

        1. E você é um sem palavra:

          “Eu original, só “postarei” agora em 2015.”

          Voltou por quê? Não consegue nem cumprir promessas.. Tsc tsc

          E a quem interessar possa, eu não sou esse de baixo aí que mandou um ser imaginário abençoar a todos.

          “Que o Monstro de Espaguete Voador abençoe a todos”

          Agora sim. Esse sou eu!

    2. Eu sou ateu e comemoro o Natal como um dia de confraternização com a família e amigos.

      E não podemos esquecer que essa época do ano é festejada há 5 mil anos, pois dia 22 de dezembro é o Solstício de Inverno na Europa – o dia mais longo do ano.

      Os romanos festejavam o dia 25 de dezembro como o Dia da Vitória, confraternizando e trocando presentes. Constantino, no final do século 4 D.C., é que definiu esse dia como o do nascimento de Jesus. Definição arbitrária e proposital para ajudar a cristianizar o Império.

    3. Também fui indagado porque fui assistir a paixão de cristo em Fazenda Nova-PE, respondi que gosto de teatro…..

      1. Aliás, não foi numa apresentação dessas que um ator morreu enforcado durante a encenação? Pois é, “Deus é fiel”…

  29. Salvador, bom dia!
    O nosso problema, não só com relação às pesquisas e desenvolvimento nesta área, mas em quase todas as áreas que necessitam de iniciativa pública, é que nossos governantes não tem interesse pois os resultados destes investimentos só poderão ser sentidos décadas depois, quando não serão os mesmos governantes que estarão no poder. Então pra que investir hoje e meu adversário político (inimigo, na visão deles) colher os frutos?
    É igual na questão do esgoto sanitário: pra que investir, se ninguém vai ver o manilhamento? Melhor inaugurar hospital (sem equipamentos e médicos) ou escola (sem carteiras e quadro negro), porque o prédio pintado de verde-amarelo todo mundo vê, e ainda dá pra colocar um outdoor com a propaganda do político que fez a “obra”.
    Triste, mas é nossa realidade!

    abs,

  30. Para quem não sabe, India, China e Brasil, iniciaram seus programas espaciais quase simultaneamente… Diante de tantos fatos e de tantos descasos e falta de seriedade e planejamento, corrupção, etc…Não precisi falar mais nada!!

  31. Os nossos pesquisadores estão apenas
    atrás de salários polpudos,algum status e
    aposentadoria tranquila,outros 50 anos se
    passarão e não conseguirão colocar um
    único satélite na órbita,o nosso programa
    espacial é perda de dinheiro e tempo,para
    conseguir é necessário muita gana e
    conhecimento real.

  32. Enquanto isso, na terra Tupiniquim, ninguém sabe de nada, ninguém viu nada, e os partidos e políticos cada vez mais enchem os bolsos. Mas enfim, um dia, quem sabe daqui algumas gerações, o Brasil se torne realmente um país. Como sempre, bela reportagem Salvador. Abraço.

  33. Há tempos, os Vimanas voavam nos céus da Índia…Sem contar, Salvador, que é um país que fornece uma mão de obra altamente qualificada e requisitada na ciência computacional

  34. Enquanto isso no Brasil, as únicas coisas que sobem são os salários dos políticos, do judiciário, a corrupção, o dólar e a inflação. Por aqui, nosso foguete explode no chão.

  35. Bom dia Salvador!

    É parabenizar o governo da Índia! Há poucos dias li que a Índia estará iniciando um projeto de construção de dez usinas nucleares com a colaboração da Rússia afinal, desenvolvimento demanda quantidades gigantescas de energia. Não conheço a índia e tampouco a China, mas tudo nos leva a crer que nos próximos cinco ou dez anos a Índia estará na posição ocupada pela China nos dias atuais e reduzindo gradualmente as diferenças. O que é fantástico é o curto tempo demandado por estes dois países para seus desenvolvimentos econômicos e tecnológicos; como faço todas as manutenções em minha casa, sem que me desse conta, adquiri conjuntos de ferramentas Made in China e Índia e com muita tristeza vejo desaparecer do nosso mercado as marcas brasileiras. Pobre Belíndia.

  36. Enquanto por aqui embora sejamos comparados à Índia em termos de Países subdesenvolvidos não alcançamos nada de realmente tecnológico graças aos incompetentes e aos golpistas que nos governaram.

  37. Admiro a Índia pelas evoluções, não apenas tecnológicas, mas também pela sua capacidade de produção cultural. Não fico muito surpreso com o sucesso. E de fato, estão de parabéns. Espero, de verdade, ainda em vida, poder apreciar todos os desenvolvimentos e alcances humanos na empreitada sideral. Com certeza, o mensageiro tem sido o principal aguçador da curiosidade. Parabéns!

    1. Não… O que falta é investimento: verbas para contratar e treinar mais engenheiros e técnicos espaciais, verba para comprar os materiais necessários e os equipamentos de pesquisa.

  38. Pelo amor dos Antigos, não? Esse papo de “mas eles são tão pobres, porque gastar dinheiro com isso” é uma das maiores tolices que já vi. Muito bem colocado pelo senhor Salvador o FATO de que eles ganham dinheiro com isso… E ainda se fosse somente lançando satélites para outros países… Eles ganham em MUITAS áreas, podendo desenvolver sua propria tecnologia, desenvolver capital humano e cientifico, investir em universidades, melhorando cultura de modo geral, onde podem haver vários cursos, além das obvias engenharias e fisica (que, mesmo estas, acabam formando profissionais para diversas áreas, não só Astronáutica) e gerar empregos.

    A India, Brasil, Africa do Sul, entre tantos países tem sim muito a desenvolver a nivel social. Mas o mundo no qual vivemos não permite acomodar-se e deixar de investir em tecnologia. Somos cobrados hoje pelo que não investimos no social no passado. Seremos cobrados no futuro pelo que não investimos no tecnologico (o que não fará que deixem de cobrar pelo social, o que mostra o caminho dificil que temos pela frente!). Mas se deixarem de roubar dinheiro publico, de dar jeitinhos, de pagar salarios ridiculos para politicos e juizes, etc, NINGUEM vai sentir falta disso. Mais mastigado para quem não entender o jogo de palavras: o melhor é deixar de investir em tecnologia ou passar a gastar o que temos de modo mais racional e sem desperdicios/roubalheira????

    PS: Por favor, chega desses comentarios sobre siglas A ou B da politica nacional… Sejam democraticos, odeiem a todos os partidos politicos igualmente.

  39. Prezado Salvador
    Concordo em tudo com você,exceto numa coisa:a ideia de que simplesmente “investindo” na Educação,a coisa se resolverá.O Brasil até que investe.Mas há uma pedra no caminho: a pouca disposição de nosso povo em geral para aprender,encarar o esforço que implica em aprender.Já tive alunos asiáticos em sala de aula de ensino médio.De início nem falavam o português.Mas em coisa de meses,um ano se tanto já sabiam falar razoavelmente e em ciências exatas nunca faziam má figura.Eles dão duro,no duro.Contrastando,colegas brasileiros,em escolas privadas ou públicas,só querem passar e sempre de olho nas possibilidades de colar,copiar trabalhos dos mais esforçados e tudo o mais.Afora a indisciplina e a falta de modos.Um casal de irmãos, indonésios,me é inesquecível.Dias atrás um professor de faculdade me falou da seriedade de uma aluna de país árabe,que tirou 6,5 numa prova de 7 pontos,em literatura luso-brasileira.Mas como?! Pegam nos livros para valer.Estudantes vietnamitas que vieram para os EUA após a guerra,também fizeram bonito.Mais ou menos a mesma coisa: o “diferencial” é que estudam à beça e com os pais “na cola”. Então,meu caro,não basta despejar dinheiro.É preciso de reformar mentalidades.E aí quem dá a dica sou eu:em escolas públicas,pelo menos várias delas,há melhor clima que nas particulares.Mas a carga horária e condições de estudo (ambiente em casa p.ex.) não são dignos de atenção.Estou aposentado,mas se tivesse de voltar a dar aulas, gostaria de voltar ao ensino público, se renovado e melhorado.Material humano é bem melhor.Escolas particulares,nunca.Mas mesmo na escola pública alguns vícios de classe média e burguesia precisam ser combatidos.
    Sem isto,Salvador, não formaremos um grupo expressivo de cérebros para tocar um bom programa espacial,entre outras coisas.

    1. tocou em um ponto importante sem perceber: o APOIO dos PAIS conta MUITO !!!

      abandonei a Física porque meus pais não me deram apoio algum, nunca. Estudei nas piores das piores escolas com professores que só queriam falar de greve e das razões deles para o movimento ou criticavam os alunos afirmando que esse ou aquele não conseguiria nada de bom no futuro. Qualidade em ensinar somente dois ou três e a cada dia os melhores iam embora.

      quando ganhei um cheque por conta de uma medalha e uma posição na disputa de uma olimpíada local de matemática, meu pai pegou o dinheiro e foi para o prostíbulo. Detalhe: meu pai acredita em Deus e se acha o todo certinho, tanto que não acredita em fósseis de dinossauros, por exemplo. Educação para ele é perda de tempo e só soube me criticar, principalmente quando terminei o ensino médio e fui lutar na universidade pública com uma mão na frente e outra atrás.

      amigo, falta vergonha na cara da sociedade para valorizar a educação e cobrar de professores que vão para a fila do contra-cheque receber o salário. Já vi professor que ganha mal se esforçar para educar e outros que ganham no mínimo R$ 7.000,00 líquido darem aula de bosta e vivem reclamando que isso é pouco, mas saiba que se somar o salário dos pais de seus pupilos com certeza não chega nesse valor que mencionei.

      eu jamais trataria um filho meu como a desgraça de pai que tive me tratou, e para o INFERNO o Deus Capeta dele junto.

  40. Bom dia Salvador. Onde erramos?? Por que não estamos em estágio parecido?? É uma pena, chega a ser melancólico. Dá até inveja!!!!
    Aliás, em que pé está nosso programa espacial??
    saudações

    1. Temos desenvolvimentos de satélites no Inpe, a parte do programa que anda, ainda que devagar. Em lançadores, tá tudo parado.

  41. Bom dia, Salvador. Complementando seu último parágrafo, usarei um trecho do hino nacional: o Brasil está “deitado eternamente em berço esplêndido”…

Comments are closed.