Astronomia: A verdade sobre a tecnologia de voo espacial ultrarrápido da Nasa

Salvador Nogueira

Conheça a verdade sobre a nova tecnologia da Nasa que permitiria ir a Marte em três dias.

O EXPRESSO MARCIANO
Enquanto russos e europeus precisam de sete meses para levar sua mais nova missão não-tripulada até a órbita de Marte, um grupo de cientistas bancado pela Nasa tem batido bumbo dizendo que seria possível realizar a mesma viagem em apenas três dias. Será?

SEM FREIO
É verdade. Mas o segredinho que o líder do projeto, Philip Lubin, não menciona é que não temos ideia de como puxar o freio da nave, uma vez que ela chegasse lá. A sonda estaria destinada a fazer um sobrevoo rápido ou, pior, se esborrachar contra a superfície. Em outras palavras: má ideia.

INTERESTELAR
Certo, então é só um estilingue espacial suicida? Longe disso. Essa é uma tecnologia que permitiria algo muito mais incrível do que ir a Marte, algo até então tido por muitos cientistas como impossível: viagens que cubram rapidamente o vasto espaço entre as estrelas.

O VIZINHO
Imagine ir até Alfa Centauri, o sistema estelar mais próximo. Ele está a uns 4 anos-luz daqui, o que significa dizer que a coisa mais rápida que existe — a luz — faria o trajeto em quatro anos. Com propulsão convencional, uma nave levaria 80 mil anos. Mas, com o projeto DEEP-IN, ela poderia chegar lá em duas décadas.

COMO FUNCIONA
O sistema envolve a construção de um conjunto de lasers na órbita da Terra, apontado na direção da nave _muito leve, e equipada com uma vela, como a dos veleiros solares. Então, a pressão exercida por essa fonte de “luz concentrada” fará o papel de um supersol, empurrando a sonda a até um quarto da velocidade da luz.

O QUE ESTAMOS ESPERANDO?
O maior problema é o tamanho do conjunto de lasers. Ele pode ser montado aos poucos em órbita, mas, para uma missão até Alfa Centauri, seria preciso que ele formasse um quadrado com 10 km de lado — cem vezes maior que a Estação Espacial Internacional. Portanto, não espere que a Nasa vá embarcar nessa tão já.

A coluna “Astronomia” é publicada às segundas-feiras, na Folha Ilustrada.

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Comentários

  1. RÁPIDO E RASTEIRO. SÓ HÁ UMA FORMA DE VIAJAR DE FORMA RÁPIDA, E SERÁ QUANDO SE CONSEGUIREM DOMINAR AS DOBRAS ESTELARES. FORA ISSO, É TUDO BESTEIRA, PERDA DE TEMPO FICAR AQUI SONHANDO. BOA SORTE A TODOS SONHADORES.

    1. Nossa, mais outro candidato ao Prêmio Nobel!!!! Impressionante como tem gente entendida aqui, que já sabe tanto mais que os cientistas que estão há décadas debruçados sobre o assunto… Fico impressionado como o Brasil não consegue sequer alugar a base de Alcântara ou botar um satélite em órbita com tantos entendidos dando sopa!!!!! ahahaha

  2. Ok, vencido o baita problema dos efeitos da aceleração/desaceleração sobre a tripulação, sobra o “velho-novo” desafio de descobrir como proteger os astronautas da mortal radiação cósmica além do cinturão de Van Allen, o mesmo problema que inviabilizou o projeto Orion, para o deleite dos negacionistas da alunissagem das missões Apolo. Quanto se investirá em medições confiáveis sobre eventos inteiramente imprevisíveis no espaço crivado de partículas invisíveis atravessando a nave a velocidades incrívelmente altas?

  3. Salvador, como conseguir sair do sistema solar interior à velocidades tão absurdas, sem se espatifar com os cometas adormecidos da nuvem de Oort? Cinco anos até este ponto seriam suficientes pra traçar uma trajetória segura?

  4. E SE CRUZAR COM UM ASTEROIDE, OU METEORITO. ESSES CORPOS NÃO TEM ORBITA CERTA. PODERIA HAVER UMA COLISÃO SEM CONDIÇÕES DE PUXAR O FREIO A TEMPO.

    1. Ah, mas aí é uma sonda muito pé-frio, né? Porque a velocidade reduz o risco de colisão, não aumenta.

  5. É viável aplicar o conceito em mini satélites em missões dentro do sistema solar?
    Não existe nenhuma forma de construir o sistema de laser na Terra, em região de grande altitude e minimizar a perda na atmosfera?

  6. O fato é que muitas coisas que hoje em dia são possíveis, no passado eram impossíveis, não me admiro que em um futuro não tão próximo o homem consiga sim alcançar as estrelas, se nós não extinguirmos a raça humana antes!

  7. salvador,

    sua didática e paciência — seja com leigos, curiosos “sinceros” (que honestamente querem saber mais sobre o assunto), trolls ou pseudoexperts — são impressionantes. aprendo muito contigo.

  8. Este conceito não é novo… o problemas dele são: a desaceleração(uma missão tripulada tem que pousar suavemente e voltar para a Terra), para voltar de Marte, devem existir canhões laser na orbita de Marte também, um ser humano aguentaria tamanha velocidade?

    1. O que é nova é a tecnologia de laser que torna isso possível. No Rumo ao Infinito, meu livro de 2005, já falava de coisas assim, mas os negos precisavam colocar lentes gigantes no espaço para focar o laser depois de uma dada distância.

  9. Bom dia, Salvador. Muito se fala das possibilidades teóricas e tecnológicas para uma viagem tripulada a Marte, mas pouco vejo tratarem de uma questão que sempre pula aos olhos de quem assiste a filmes do gênero: a gravidade simulada por meio da força centrífuga. Já que alternativas a ela são por ora impraticáveis, como aceleração constante ou “manipulação de grávitons”, existe, de fato, algum esforço sério para o desenvolvimento de tal construto? Quais seriam suas implicações? Ou tudo não passa disso mesmo, coisa de filme? Gostaria que você, em uma oportunidade, lançasse fótons sobre o tema. Parabéns pelo blog.

    1. Não é difícil fazer isso, só caro. Provavelmente não usarão para a viagem a Marte, uma vez que os tempos de exposição a microgravidade devem ser de 6 meses em cada pernada da viagem. (Astronautas acabam de passar um ano inteiro flutuando na ISS e estão bem de saúde.) Abraço!

  10. Salvador, essa idéia da vela impulsionada por fótons é velha. Não há novidade nenhuma nisso. Os problemas de geração de energia para acelerar uma quantidade de matéria que tivesse utilidade prática, envolvendo pelo menos câmeras, com sistemas de telecomunicações, continuam imensos. Frear, então: impossível ! A menos que a nave fosse enviada diretamente para uma estrela supergigante, onde a luz da própria estrela, mais o vento estelar, talvez conseguissem frear a nave. Ainda assim teríamos uma janela útil muito pequena, se é que teríamos alguma. Mas como idéia, ela é ótima para pesquisar. Que sigam as pesquisas !

  11. Bem legal. Penso que para a desaceleração precisaríamos colocar este laser também no destino, atuando como força contrária na vela espacial.
    Parabéns pelo site, sempre acompanho.

    1. Complementando o comentário, teríamos uma espécie de estações intergaláticas. E será que um sistema de lentes também não poderiam direcionar o laser no sentido contrário, desacelerando a vela espacial?

  12. Achei muito interessante. Se pensarmos em sondas, pode ser uma ótima. Imagina que incrível investigar de perto outras estrelas? É um sonho, mas se repassarem 2% do orçamento em defesa para a Nasa, projetos assim podem sair do papel.

  13. Salvador, como construiríamos esse mega laser? Além do tamanho (10 km lado a lado), teríamos que produzir grande quantidade de energia, de forma continua e interrupta, a energia solar seria suficiente?

    Penso que a Lua é um bom ponto de partida, poderíamos construir essa mega estrutura com recursos existentes na Lua, assim seria maís fácil lança-las para o espaço devido a baixa gravidade. Teríamos que desenvolver robôs mineradores inteligentes, impressoras 3D para ferramente por lá.

    Ademais, essa velas solares seriam construídas com que material? Qual o tamanho dela? Imagino que seja algo descomunal.

    O princípio parece viável, a tenologia em tese existe… mas sabemos como construir tais coisas devido a escala exigida. Isso me lembra um pouco o elevador espacial, que apenas em tese também é possível.

    1. Ele seria feito de forma modular. Os caras têm um projeto-rascunho. O módulo é feito para caber no SLS. E sugerem que podem ir escalando aos poucos o tamanho, permitindo missões cada vez mais longe e mais rápido. (Alfa Centauri seria, tipo, a glória suprema. Mas podemos dar uma olhadinha no planeta 9, se ele estiver lá mesmo, com menos módulos.) E o bacana é que o custo do laser seria altíssimo, mas, uma vez instalado, ele seria amortizando lançando um monte de espaçonaves…

  14. Excelente matéria. O que para muitos hoje é loucura, no futuro será tecnologia defasada. Parabéns Salvador.

  15. Com uma velocidade dessa aí não tem sequer como planejar um desvio de meteoros vindos de direção vertical ou mesmo em linha reta da aeronave.

  16. Acho que o caminho seria a manipulação do tempo e espaço, ao invés de tentar alcançar velocidades absurdas, deveriam criar bombas de vácuo, ou algo assim, que causassem ondas, ou choques de ondas gravitacionais e “surfar” nesse atalho de tempo.

  17. Salvador, a 25% da velocidade da luz não haveria alteração de massa? Como imaginar instrumentos confeccionados para trabalhar no estado físico normal tendo sua massa alterada? E o corpo humano, como reagiria a essa alteração?

    1. Haveria, mas pouca. O corpo humano, vamos deixar pra próxima, mas em tese não seria um problema também, se você acelerar de mansinho. rs

  18. um absurdo, a nasa fala um monte de abobrinha que não põe em prática. nem retorno a lua e montar uma base lá não fazem quanto mais ir a marte. a nasa não é uma instituição confiável.
    muito mentirosa.

  19. Se desacelerar é o problema, porque não usar este sistema mas não acelerar tanto?? ao invés de chegarem em 3 dias, que cheguem em 1 mês, ja é 6 meses a menos de espera em relação a tecnologia usada.

  20. Inexequível, inaplicável, impossível, fantasioso. Ainda ficaremos por aqui pelo menos por mais 30 anos. Marte impossível para humanos agora . Pronto, falei !!!

  21. Blz, se tudo der certo poderíamos tirar a dúvida que temos se há realmente algum planeta no Sistema de Alfa Centauri.
    Duro seria esperar alguns anos para receber uma foto.

  22. Isso não é ciência, é mera ficção. E como tal, não precisa se basear em projetos com cálculos técnicos, como por exemplo quanto seria a energia gerada para produzir tal feixe de laser, nem em previsão orçamentária. Aliás, o únuco orçamento que tal “grupo de cientistas BANCADO pela NASA” deve ter pensado é o de seu próprio sustento. Pois é, alimentando a esperança de semi-analfabetos em Matemática eles preservam seus polpudos salários, usados para produzir delírios como este. A exploração espacial é alimentada por sonhos, sem dúvida, mas só é factivel com investimentos “pés-no-chão”.
    Talvez esse grupo de cientistas seja o mesmo que deu consultoria para o Ridley Scot, para os tremendos chutes que se viu nas telas.

  23. tecnologia ET, o certo é q já tem naves ao estilo e tecnologia ET só estão esperando o momento certo para uso.

  24. Salvador, mudando levemente de assunto… há algum objetivo específico para uma viagem tripulada a Marte? Há algo que não possa ser obtido pelas viagens não tripuladas?

    1. Muitos objetivos, o principal estabelecer uma presença humana em outro planeta. Isso não pode ser feito por robôs. 😉

  25. Meu caro, não sou cientista, muito menos físico mas sou um homem de inteligência aguçada. Sempre admirei cientistas por pensarem além do seu tempo e se debruçarem por vários anos impiedosos sobre formulas matemáticas e buscarem a comprovação experimental de suas hipóteses.

    Seu comentário está a anos luz atrás do que já se tem hoje. Eu sei, eu compreendo que você não consegue voar fora da caixa, afinal você é um cientista e somente trabalharia sobre fatos, dados e evidencias objetivas.

    Mas deixe-me te dizer, a Nasa é uma agência civil. Lá, no pais sede dessa organização, o segredo é tão profundamente levado a sério, que o seu colega cientista, que você almoça com ele, jamais te revelaria nada do projeto onde ele está. Alguns que revelaram, pagaram com a vida, as vezes um acidentezinho qualquer como seu carro cair no Rio Potomac ou que pena mas ele se suicidou. Razões para isto, muitas!

    Há uma diferença entre o que a NASA faz e o que o Complexo Industrial Militar faz. E, se você quer ver a ciência de seus sonhos terá que sair do convencionalismo, pensar fora da caixa, comunicar-se com muita gente complicada, olhar, parar e perceber o encadeamento de fatos históricos, andar pela arqueologia, pela ciência genética, pelo o que se faz no JPL, ver quem são os pares industriais, olhar o orçamento e ver as destinações de verbas para pesquisas e projetos, que no primeiro momento podem se apresentar-se como fantásticos mas, em uma pesquisa profunda começam a tomar forma de realidades que a maioria de nós não conhecemos.

    Quanto ao tema eu diria que a sua apreciação está atrasada. Ponha mais lenha nessa fogueira ou continue a publicar matérias que ja estão ultrapassadas. A própria NASA, não publica o que está acontecendo. Quando ela diz que poderemos chegar a marte em 7,5 meses é por que ela já esta chegando a marte nesse tempo ha pelo menos 10 anos.

    Não adianta consultar seus pares convencionais. Essa viagem tem outros pares não convencionais.

    1. Se ninguém fala nada, como você sabe dos “pares não convencionais”. A incongruência está no seu próprio relato. rs

      1. Como eu havia dito, são inúmeros exemplares da fauna. Temos aqui um Homo spectaculosus. E um tanto modesto, dada sua “inteligência aguçada” e sua capacidade de pensar “fora da caixa” (uau! que inteligente, inovador e criativo!)

  26. O mundo não pode ficar parado sem as pesquisas, caso o homem não se sentisse incomodado, estaria vivendo nas cavernas até hoje. Quanto a tecnologia usada, é claro que alguns países como Estados Unidos estarão sempre na frente, sempre foi assim e sempre será.

  27. enquanto não inventarem um sistema antigravitacional (que consequentemente deve ter seu criador de campo gravitacional dentro da nave que fará essa viagem). não haverá solução possível para viagens interplanetárias ou interestelares…
    Propulsão nuclear…. duvido… pergunta: onde guardar/levar tanto combustível necessário para ida e volta daqui a Alfa Centauri….. se for somente de ida, e como sera feita a comunicacao com a base na Terra para saber se houve algum problema ou nao…….
    O tema precisa ser mais desenvolvido…acho que os cientistas precisam ler mais ficcao cientifica para terem mais ideias a partir das ^solucoes^ encontradas pelos escritores…

  28. Acho engraçado como as pessoas se preocupam com o que a NASA gasta nos projetos espaciais. O valor destinado para saúde, alimentação e bem estar no mundo todo é mais do que suficiente. O problema fica no “como” esse valor é usado (ou embolsado).
    Não economizem nas caravelas pois nosso mundo precisa crescer outra vez.
    Parabéns Salvador.

  29. O homem jamais deve esquecer que tudo, absolutamente tudo só acontece com a permissão do criador do universo: “Deus”. Que Ele possa iluminar a mente dos cientistas e permitir o progresso da ciência em nome do bem estar geral da humanidade. Quem imagina estar acima de Deus, desconhece a própria origem e caminha para uma perigosa ingratidão que o remeterá ao fracasso.

  30. Projeto interessante,mas ainda embrionário, fico torcendo que seu desenvolvimento colha bons frutos, mas me entristece ver pessoas mau caráter que vivem da propaganda da defesa de quem não trabalha , não estuda e gasta toda sua vida no culto a miséria no consumo de drogas e no incentivo a prostituição e a sistemática dependência de programas como o bolsa esmola,,, digo família, pessoas essas para quem , qualquer fato resultante de estudo e esforço será considerado um crime ideológico…

  31. Salvador o laser poderia ser refletido por espelhos ? Os lasers gerados na Terra alcançam a nave até Marte ? Caso as respostas fossem afirmativas para as duas perguntas, e a possibilidade de desaceleração citada seria um laser em Marte (reposicionando a vela da nave), não seria possível imaginar que um espelho posicionado na nave de modo a refletir em direção contrária aos lasers da terra causaria uma desaceleração ? Mesmo se o espelho “assimilasse” parte da energia , mas ainda refletisse uma grande parte isso poderia funcionar ?

    1. Acho uma boa ideia, mas não sei se funcionaria. O laser na outra ponta com certeza.

  32. Se esses lasers se voltassem para a Terra, poderiam causar algum dano? (Ando vendo filmes demais rs)

  33. Há um “problema” MUITO interessante nesse tipo de projeto…que afeta praticamente todas as áreas da tecnologia….um dos colegas comentou aqui – e muito bem – que uma nave com esse tipo de propulsão logo alcançaria as Voyager lançadas há muitos e muito anos. Então pensemos: Já há pesquisas em andamento sobre saltos quânticos (teletransporte), dobras espaciais (distorções dimensionais) etc. O bósom de Higgs foi detectado há pouco tempo, e abre até a possibilidade (ainda bem remota, certo) de um campo de cancelamento de inércia, o que possibilitaria uma nave com aceleração instantânea. Assim, no TEMPO em que se leva para desenvolver um projeto e construir uma tecnologia para tornar realidade algo como esses lasers, é bem possível que surja outra tecnologia muito mais eficiente ainda. Um exemplo prosaico de nossos tempos: O fax. Surgiu, dominou mas praticamente desapareceu (tornou-se obsoleto) em poucos anos. Vemos isso em inúmeras outras áreas também. Então é muito possível que ainda que se construam esses lasers, e as velas comecem a navegar, após 5 ou 10 anos, alguém desenvolva um tipo de motor tão mais veloz, ou até uma tecnologia de teletransporte, que tornará tudo isso obsoleto. Imaginem uma nave-vela sendo enviada às estrelas, com astronautas a bordo, e que ao chegar ao destino, 30 anos após a partida, já encontrasse lá uma colônia humana estabelecida por astronautas que partiram 25 anos depois deles, mas que completaram a mesma viagem em apenas 6 meses numa nave de inércia zero. A lógica nos diria então que viagens muito demoradas não valerão a pena, e que seria melhor esperar que as tecnologias envolvidas amadurecessem até conseguirmos resultados que não envolvam sacrifícios excessivos em custos ou às tripulações.

    1. Professor, concordo que algumas tecnologias desaparecem rapidamente, mas outras perduram por muito tempo (por exemplo, motor a combustão). IMHO, acho que não dá para determinar a priori qual já nasce morta, não?

      Não evoluir algo por esse motivo poderia significar o abandono de uma grande inovação, decorrente de uma tecnologia cuja avaliação inicial poderia indicar o mero descarte… enquanto o fax reinou, quantos projetos foram trocados entre cientistas? Qual porção das novas tecnologias não foi “faxiada” em tempo de desenvolvimento?

      1. Perfeito seu comentário, mc, concordo plenamente, é muito difícil avaliar de antemão qual a melhor alternativa sim. Apenas acho que em CERTAS situações especiais seria melhor evitar uma corrida tecnológica às cegas. Veja o caso do (maldito) petróleo e do motor à explosão usado até hoje. O carro elétrico antecede o carro à gasolina, saiu na frente e foi comercializado na frente (por diversos motivos). O resultado? Provavelmente a PIOR opção tecnológica que podíamos ter feito – o (maldito) petróleo, polui incrivelmente, é caro, exige uma monstruosidade tecnológica para ser explorado, refinado, transportado e ainda de quebra, alimenta guerras. A eletricidade, é muito mais limpa, infinita, e pode ser gerada em praticamente qualquer país. SE há 1 século tivéssemos escolhido o motor elétrico ao invés do motor a explosão, teríamos evitado sofrimentos indizíveis pelos quais tivemos e ainda teremos que passar (A II Guerra Mundial foi definida e motivada em parte pelo domínio das reservas de petróleo). Outro exemplo bastante interessante é o SETI, um desperdício incrível de tempo e dinheiro, uma monumental instalação obviamente fadada ao insucesso. Já no caso em tela, formas de propulsão ou mesmo deslocamento, se há alternativas mais eficientes sendo desenvolvidas, precisamos escolher sabiamente (claro que é um processo complexo e sujeito a erros) em qual tecnologias investiremos tempo e dinheiro para não enveredarmos por caminhos ineficientes ou que possam tornar-se obsoletos no tempo que levaremos para torná-los realidade. Pode ser que 10 anos de pesquisas de outros métodos em Terra poderão produzir melhores avanços por uma fração do custo em tentar montar essa propulsão a laser em órbita. Caberia aos cientistas analisarem friamente e racionalmente a melhor opção, mas quando verbas “astronômicas” estão em jogo…complica. Abraço!

  34. bom dia !

    Acho possível a desaceleração gradativa ou radical da mesma forma de aceleração, O porque não gastar mas tempo desacelerando do que acelerando, EX: se a viajem da terra a marte se tem o tempo de 4/4. Se gastarmos 1/4 desse tempo acelerando teremos 3/4 para desacelerar e opções de pouso ou de alteração de emergência na rota programada.

    Deste 3/4 de desaceleração poderá ser trabalhado para redução de tempo se gastando 2/3 da sobra do tempo.

    Conclui que pensamos sempre no impulso e não na queda ou no impacto. Quanto maior tempo ou distancia do impulso menor o tempo ou distancia de impacto.
    Se o impulso for de maior densidade e menor distancia o impacto sera de maior densidade porem maior distancia para se trabalhar este impacto.

  35. Bom dia Salvador,

    Tenho algumas dúvidas, como o projeto pretende alimentar esse dispositivo que emitiria o laser para movimentar a sonda? Seria preciso uma grande quantidade de energia para criar o laser concentrado?

    Abraços, parabéns pelo trabalho!

  36. Entendo que os raios lasers por mais concentrados que sejam, os feixes sofrem dispersão com a distância, verdade? Portanto a energia idem. Então como manter energia a distâncias astronômicas de vários ano-luz?

  37. Salvador, uma pergunta: se podenos colocar lasers para empurrar, também podemos colocar lasers ao contrário para frear? Se sim, não seria esse um projeto de longa data… Criando um propulsor na Terra e um frenador em Marte?

  38. Salvador, meu caro, adoro quando tem “post” seu no Uol. De longe é o que tem mais comentários. Uns ótimos, outros nem tanto, porém divertidíssimo ler todos. Cabe a nós, ávidos leitores, separar o joio do trigo.
    Ah, uma pérola aquele comentário do cidadão pedindo para tirar a crase da palavra ultrarrápido.
    Valhamedeus!

  39. Considerando uma viagem dentro da galáxia, para outro sistema solar, o que faríamos com uma sonda sem capacidade de freiar ou contornar obstáculos, em relação à debris, asteróides…no meio do caminho?

  40. Os americanos, para variar, estão atrasados.Os russos detêm tecnologia que faria essa viagem em 42 horas…..

    1. Ah-hã. E no entanto nunca pousaram nada que funcionasse em Marte até hoje. Adoro os russos, mas eles não são mais a última bolacha do pacote faz um bom tempo.

  41. Já vi um documentário que falava, entre outras coisas, desta idéia…A possibilidade de ir aos planetas do nosso sistema solar em poucos dias (se chegaria em Marte em 3 dias, creio que em uma semana estaria em Júpiter, em um mês no máximo estaríamos em Plutão) seria muito proveitosa não só para a ciência, mas para a humanidade. Uma nave com uma “vela” tão grande também poderia ser um cargueiro, trazendo para terra enormes recursos minerais e de combustível (metano, por exemplo). Mas eu penso que essa idéia embora interessante seria uma solução transitória…Acredito que novas descobertas da astrofísica permitiram outras soluções, inclusive mais rápidas…

  42. A NASA tem varias frentes trabalhando nisso, o mais viável e mais secreto e distante é o do físico Harold White e sua equipe, recentemente anunciaram que estavam trabalhando no desenvolvimento de um motor de dobra capaz de viajar mais rápido do que a luz.
    O projeto é inspirado em uma equação formulada pelo físico Miguel Alcubierre em 1994, e pode, eventualmente, resultar em um motor que poderia transportar uma nave espacial para a estrela mais próxima de nós em questão de semanas – sem violar a lei da relatividade de Einstein. Não é para a nossa geração ver sera segredo militar até depois de pronto..

  43. Deveriam se espelhar nos avistamentos Ovnis que os militares e cientistas fazem . Eu também já vi , como há filmagens , o movimento em zigue zague parece ser o mais comum para gerar e freiar energia. Hoje é engraçado o que digo , mas no futuro talvez algo comum .

    1. O problema é que o princípio de funcionamento é desconhecido. Aí fica difícil fazer engenharia reversa, mesmo supondo que os avistamentos sejam mesmo naves extraterrestres.

  44. Salvador, bom dia!

    hahaha… Apenas um comentário. Tenho apenas 25 anos, mas vendo notícias como essa e outras que você já postou aqui sobre as naves do Elon Musk, que irão nos permitir realizar exploração economicamente viável dos recursos do Universo… sinto ao mesmo tempo feliz por fazer parte dessa época pioneira, mas ao mesmo tempo triste, por saber que talvez não consiga ver esse tempo das explorações chegando… só me resta torcer para que nos próximos 20 anos algum material realmente valioso seja descoberto para que decidam acelerar essa coisa… hahaha… Parabéns pelo trabalho Salvador!

    1. Calma, as coisas estão evoluindo exponencialmente. Antes eu achava que não veria a primeira sonda interestelar. Agora já não sei. E vai ter muita coisa bacana entre lá e cá. Stay tuned!

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