Experimento de grãos de poeira espacial produz em laboratório molécula ligada à origem da vida
Um grupo de pesquisadores na França simulou em laboratório os pequenos cristais de gelo e poeira envolvidos no processo de formação de planetas. E qual não foi a surpresa deles ao descobrir que, expostos à radiação ultravioleta do Sol, esses pequenos fragmentos passam por reações químicas que produzem diversos componentes orgânicos — dentre eles, a principal peça da molécula que, apontam os cientistas, pode ter dado origem à vida.
Dando nome aos bois: a irradiação dos cristaizinhos contendo água (H2O), metanol (CH3OH) e amônia (NH3) com ultravioleta gerou um monte de compostos, dentre eles a cobiçada ribose. Ela é a peça central da molécula conhecida pela sigla RNA — o “primo pobre” do muito mais famoso DNA que pode ser muito bem ter sido o marco zero da evolução biológica.
O resultado, obtido pelo grupo de Cornelia Meinert, da Universidade de Nice, e que acaba de ser publicado no periódico científico americano “Science”, é surpreendente, pois a síntese de ribose a partir de uma química prebiótica (ou seja, que envolve compostos simples, existentes na natureza sem a presença de vida) tem se mostrado um osso duro de roer para os pesquisadores que tentam fazer isso (a ponto de alguns deles sugerirem que Marte seria um ambiente mais propício à sua síntese do que a Terra primitiva!). O novo experimento mostra que na verdade pode ser bem fácil gerar a tal molécula, se você partir da simulação de um ambiente espacial, em vez de tentar criar essas moléculas diretamente num oceano terrestre.
QUASE LÁ
É um passo muito importante, sem dúvida, mas ainda não encerra de vez a discussão, pois a ribose é só uma parte do RNA. Para fazer a molécula completa, ainda faltaria conectar a ela um grupo fosfato (que é, por si mesmo, relativamente simples, composto por um átomo de fósforo rodeado por quatro de oxigênio) e uma base nitrogenada. Experimento semelhante realizado no ano passado pelo pessoal do Centro Ames de Pesquisa, da Nasa, mostrou que um ambiente espacial também propicia a formação das bases nitrogenadas — cada base corresponde a uma letrinha química no código do RNA (e do DNA), as famosas C, G, A e U (ou T, para o DNA).
Ou seja, estamos muito perto de entender como uma molécula de RNA completa pode se formar de maneira completamente natural. Agora talvez seja bom lembrar por que diabos RNA é tão importante nessa história, se hoje, na bioquímica da vida, ele acabou sendo relegado ao papel de coadjuvante (ainda muito importante, verdade, mas parte do “elenco de apoio” mesmo assim).
Vamos lá: a vida como a conhecemos, das bactérias ao ser humano, têm duas bases moleculares essenciais: uma é a do DNA, que armazena as receitas para a fabricação de proteínas, e outra são as proteínas, que realizam basicamente todo o resto, da estrutura ao metabolismo, passando por dar uma mãozinha importante na replicação do DNA — mecanismo que permite a reprodução e a perpetuação da vida.
Certo, você deve ter notado que temos aí um dilema clássico de “ovo ou galinha”: se as proteínas dependem das receitas no DNA para serem criadas, como elas podem ter ajudado a replicação do DNA? Inversamente, se o DNA precisa de ajuda de proteínas para ser sintetizado, como ele pode ter surgido sem elas?
A resposta para tudo pode estar no RNA. Hoje, sua principal função é de “leva e traz” celular: ele pega a informação que está no DNA, copia e leva até os ribossomos, onde ela será “lida” e usada para formar proteínas. Mas, no passado, ele pode ter sido o protagonista. Isso porque ele não guarda informação genética tão bem quanto o DNA, mas ainda assim guarda (tanto que vários vírus não têm DNA, têm só RNA). E ele também não é tão bom em ações de metabolismo, mas quebra um galhão como dublê de proteína. Ou seja, num passado remoto, o RNA sozinho pode ter feito o papel que hoje cabe aos dois pilares especializados de moléculas biológicas. Tudo pode muito bem ter começado num “mundo de RNA”, sugerem os cientistas.
Sabemos que uma molécula de RNA com cerca de cem bases (letrinhas genéticas) já tem propriedades relativamente eficazes de promover sua auto-replicação, condição essencial para você considerá-la “viva” (há várias definições, mas a mais simples e funcional sugere que é vida tudo que se multiplica e transmite informação genética à geração seguinte num mecanismo de replicação passível de falhas, dando margem à evolução).
Ou seja, uma vez que você fabrica RNA num ambiente em que bases são combinadas aleatoriamente, ao acaso, cedo ou tarde você vai chegar numa combinação que realiza auto-replicação. A partir dessa etapa, a seleção natural entra em cena: as versões que se replicam melhor deixam mais descendentes e predominam sobre as que não se replicam. O processo entra numa esteira de rápido aperfeiçoamento, que eventualmente conduz ao surgimento do DNA e das proteínas como moléculas especializadas. Num “piscar de olhos” geológico, a vida unicelular aparece.
POR ETAPAS
Não dispomos de milhões de anos para realizar um experimento só que percorra essa rota de ponta a ponta, partindo dos grãos de poeira na formação do Sistema Solar até o primeiro ser vivo unicelular com DNA e proteínas. Mas os cientistas estão realizando demonstrações cada vez mais convincentes de cada uma das etapas. A formação da ribose, demonstrada agora, seguramente é uma das etapas iniciais, e mais desafiadoras, dessa longa jornada — isso se não for a primeirona. (Há hipóteses alternativas para a origem da vida que não começam no RNA, mas em moléculas alternativas, como TNA. Mas, curiosamente, o mesmo experimento francês também produziu precursores do TNA, o que mostra que a química prebiótica tinha um arsenal bem rico com que trabalhar, produzido a partir de reações simples e fáceis de reproduzir em laboratório.)
Além disso, a demonstração de que os primeiros passos para a vida são dados ainda no processo de formação planetária, em um ambiente espacial, ajuda a explicar uma série de observações, como a detecção de importantes compostos orgânicos presentes no cometa Churyumov-Gerasimenko feita pelo módulo de pouso Philae, que pousou nele em 2014. Os cometas, como se sabe, estão entre os mais primitivos objetos do Sistema Solar — basicamente os pedregulhos gelados que restaram da formação dos planetas, 4,6 bilhões de anos atrás.
O resultado também ajuda a desfazer o paradoxo entre o fato de que todas as evidências paleontológicas indicam que a vida na Terra começou nos oceanos e a dificuldade de sintetizar RNA num meio aquoso. Se pelo menos parte dessa química, como a ribose, veio pronta do espaço, e apenas foi semeada no oceano primitivo terrestre, o problema desaparece.
Por fim, o trabalho vislumbra entender por que a vida surgiu e tomou conta do nosso planeta rapidamente, assim que as condições se mostraram propícias, por volta de 4 bilhões de anos atrás. Se a química precursora da vida já estava em andamento no Sistema Solar durante a própria formação da Terra, ela constantemente seria trazida ao nosso mundo por meteoritos, martelando de forma insistente até que “a bola entrasse”, para usar uma expressão futebolística.
Ainda existem muitos mistérios a serem desvendados, claro. Os detalhes por vezes não estão claros. Mas já não é mais mera suposição imaginar que a vida seja um processo que, ao menos em seus estágios iniciais, tem tudo para ser extremamente comum em todo o Universo. Afinal, as mesmas reações químicas que aconteceram em grãos de poeira e gelo durante a formação do Sistema Solar (e agora foram simuladas em laboratório) devem acontecer em todos os discos protoplanetários ao redor de outras estrelas. Lembra aquela Terra flagrada se formando na semana passada? Então. Isso deve estar rolando lá agora.
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A ideia do RNA como uma molécula primordial é interessante, pois ela pode sevir como “molde” tanto para cadeias proteicas (sequências de aminoácidos) quanto para cadeias de nucleotídeos (DNA). E muitas das cadeias proteicas curtas (polipeptídeos) podem ter ação catalisadora, isto é, podem funcionar como enzimas, facilitando determinados agrupamentos e dificultando outros.
Por isso é muito mais fácil pensar nela como facilitadora da origem da vida do que as outras moléculas que caracterizam os seres vivos.
Visitar essas páginas sempre é duplamente agradável. Primeiro, óbvio, pelos textos claros, objetivos e atualizados. Salvador sempre dá show em divulgação científica.
Mas também não posso deixar de citar que os comentários, suas réplicas, tréplicas e manifestações tétricas são um espetáculo à parte. Principalmente com a ironia refinada e nem sempre sutil de Salvador e outros frequentadores.
As manifestações críticas de alguns criacionistas é fato normal, posto que em geral, extremistas tendem mesmo a buscar aquilo que contraria suas Verdades reveladas e cheias de dogmatismo.
Qualquer que seja a denominação religiosa sempre existirão esses que por conta da maior exposição deturpam a imagem de toda uma comunidade. No Brasil são os cristãos, principalmente evangélicos neopentecostais. No Oriente médio e Europa, os extremistas muçulmanos, na irlanda o bicho pega entre católicos e protestantes, na Índia o pau come entre muçulmanos e hindus e por ai vai.
O fanatismo nada constrói, a ignorância gera preconceito e tudo isso junto leva à crueldade.
Para um fanático religioso, o Deus que nos criou como irmãos é o mesmo que pede que nós matemos aqueles que desrepeitam suas leis, sejam elas o absurdo que forem. Se esse Deus todo poderoso quisesse mesmo isso iria mandar humanos fazer seu trabalho sujo?
Da mesma maneira esse Deus dá ao homem a inteligência, mas o impede de usá-la a não ser que seja para contemplar Sua obra. Lembrando que Esse é aquele Deus que criou o Eden e pos no MEIO deste jardim uma árvore da qual o fruto não poderia ser comido… Esse Deus de Amor e Bondade, pai amoroso dá a seus filhos presentes que eles nao podem usar. Realmente é de um sadismo que deixaria Satanás embasbacado.
Mas o fanático nao ve isso diz que os designios de Deus estão além da compreensão humana e de novo temos um deus sacana que mesmo sabendo que o Homem nao pode compreende-lo exige isso dele, ao invés Dele agir dentro da compreensão humana que ele mesmo criou.
Quem tem filhos sabe do que falo. Nós adultos que devemos compreender as limitações de compreensão da criança e nao exiger delas que entendam as coisas a partir de nosso nível.
Ate onde sei, a Ciência é a unica forma de entendermos a Natureza de maneira lógica e sem recorrer ao sobrenatural para explicar seus fenômenos. Isso inviabiliza a ideia de um Deus criador? Não, em absoluto. E nem é esse objetivo da Ciência, que por sinal é incapaz de negar que Ele existe, posto que a inexistência de provas não é prova da inexistência.
Cabe à Ciência investigar o que pode com os métodos que conhece e assim construir o Conhecimento.
bom texto!
Leio os comentaristas científicos e me espanto com a quantidade de “teorias” que explicam as motivações dos criacionistas e com aquelas, decorrentes, que explicam como deus deveria ser. para ser crido por eles.”Eu entendo que se existe um Deus, nada deve agredi-lo mais do que o fanatismo e ignorância” e “Eu quero acreditar num Deus qualquer (ou pelo menos nas sua bondade)” são exemplos singelos dos postulados dos amantes da ciência (ou deveria dizer adoradores?), que circulam por aqui.
Mas não são só os crentes na verdade exclusiva da ciência que encontramos aqui. Existem também os pensadores: “Penso que divulgadores científicos, pesquisadores e afins são os novos Paladinos da Luz…” (as reticências já vem com o pensamento. Deve ser para criar um clima científico).
Pois bem, Salvador, tenho pouco interesse nessas elevadas indagações. Tenho, isto sim, muito interesse na sua coluna. Você é muito bom no que você faz. Quando conheci seu blog li absolutamente todos os posts com enorme prazer. Sou-lhe grato por isso. Confesso que poucas vezes leio os comentários já que a maioria, com todo o respeito, discute pouco o seu texto concentrando-se em profundas questões ontológicas (as vezes até odontológicas!).
Não quero me fazer de superior a quem quer que seja. Na realidade já li alguns comentários muito bons, mas é difícil encontrá-los.
E daí? Você deve estar se perguntando – se é que chegou até aqui – o que é que o cara quer?
Quero propor a você que considere a possibilidade de não abdicar do seu papel de divulgador científico na análise dos comentários. Que você comece a “descascar” aqueles mais incoerentes mostrando que estão desbordando de uma discussão minimamente lógica. Não acho, evidentemente, que você deva ser “neutro” nas suas respostas. Nenhum de nós é neutro. E nem devemos ser. Apenas acho possível você adotar uma posição mais pedagógica mostrando que a discussão racional, científica, não se confunde com briga de torcida.
Lembro que se é verdade que a ciência produziu gênios, as indagações filosóficas e teológicas também produziram um ou outro pensador de referência. Inclusive para a ciência.
Você, mais do que ninguém, sabe que o rigor científico, não cai do céu. Não pode ser substituído por achismos. É fruto de muito esforço sério.
Pouco tempo atrás comentei, meio inconformado, essa questão, Retomo agora esperando ser mais claro.
Abraço.
Nunca vi tanto ódio escrito por pessoas que por acreditar num Deus só deveriam espalhar mensagens positivas… Eu quero acreditar num Deus qualquer (ou pelo menos nas sua bondade), mas quero também investigar, pelo caminho da ciência, como as coisas acontecem (a vida, o big bang, etc). Pra isto conto com profissionais sérios como o Salvador pra nos informar das descobertas dos cientistas pelo mundo afora.
Salvador, parabéns pelo excelente trabalho, tenho aprendido muito toda vez que leio alguma reportagem sua.
Eu entendo que se existe um Deus, nada deve agredi-lo mais do que o fanatismo e ignorância. Essas sao as armas dos pérfidos quw defraudam a Humanidade. Espalhar a ignorância principalmente por meio da religião e dogmatismo sempre foi a ferramenta mais eficiente para dominar as massas. Nao à toa que estes também são os meios usados por líderes políticos safados, desde a época em que os reis eram os representantes de Deus na Terra…
No fim é pobre do capeta quem leva a culpa…
Penso que divulgadores científicos, pesquisadores e afins são os novos Paladinos da Luz…
Abraços
Deste já, fico feliz por não precisar mais viajar para as distantes montanhas do Himalaia só para me encontrar com um velho e sábio monge tibetano para indagá-lo sobre a origem da vida. Risos.
Incrível.
Sabe Salvador, eu sempre estive convicto de as moléculas orgânicas mais simples presentes na natureza de certa se arranjam para criar algo que chamamos de vida. Todavia, confesso que nunca achei a teoria da sopa primordial muito satisfatória (eh, culinária não é meu forte. Risos) .
Como as moléculas orgânicas ali presentes poderiam ter dado origem a algo tão complexo quanto um DNA ou mesmo um RNA? Os experimentos realizados em laboratório demonstraram que a teoria era insuficiente, mesmo que descargas elétricas fossem aplicadas no sopão, elas não teriam o condão de originar algo mais complexo.
Era mais ou menos como se um violento tornado passe bem no meio a um ferro velho e mesclasse várias peças e sucatas e como produto final produzisse um carro novinho.
A sopa primordial até explica bem como as moléculas orgânicas podem se formar, mas não explicam o DNA e o RNA.
Mas finalmente temos um luz sobre o tema. Temos agora o primeiro indício direto de como uma molécula auto replicante, que é a base da vida aqui na Terra se formou. 🙂
Essa explicação não é só convincente, mas eleva a equação Drake um novo patamar. A constatação de que a radiação ultravioleta aplicada a poeira espacial, num ambiente espacial, pode sim originar diversos compostos orgânicos, dentre eles o RNA, tornou a teoria da panspermia em um fato científico.
Quantos cometas, meteoritos se precipitaram na Terra ou em Marte quando o sistema solar ainda era jovem? Toda a água que preenche os oceanos da Terra veio do espaço em cometas e meteoros.
De repente o universo se tornou um lugar muito mais amigável e propício ao surgimento da vida do que era a cinco minutos atrás antes de eu começar a ler o seu artigo.
Os processos que originaram a vida devem ser até corriqueiros. Aonde houver possibilidade de vida, ainda que mínima, ela deverá existir. Não importa se ela surgiu e foi extinta tempos depois. Aliás, a vida deve surgir e se extinguir várias vezes no universo o tempo todo até que finalmente ela consiga se firmar num ambiente mais favorável e estável.
Doutro norte, estaria me equivocando se eu deduzir que o RNA é uma espécie de pré-DNA? Ou que o DNA surgiu a partir do RNA? Alguém pode me responder essa? Obrigado. 🙂
um violento tornado passasse bem no meio*
A ideia é essa. O DNA é o RNA 2.0.
Antes de ler qualquer um dos 306 comentários anteriores, Salvador, gostaria de lhe dar os parabéns pela matéria! Espetacular o feito desses cientistas e a sua didática em explicar porque isso é importante!
Quanto ao TNA, procurei e achei duas definições, uma em português e outra em inglês:
http://www.lqes.iqm.unicamp.br/canal_cientifico/lqes_news/lqes_news_cit/lqes_news_2003/lqes_news_novidades_287.html
https://en.wikipedia.org/wiki/Threose_nucleic_acid
Caraca Salva!
Eu sinto cheiro de desespero nesses comentários criacionistas. Eles sabem que seu barco está afundando, mas não tem a humildade de reconhecerem o erro e deixar o barco naufragar. E também é muito curioso percebermos que o que é pregado (o amor, a paz, o perdão, o livre arbítrio, a humildade, etc) é exatamente o oposto ao que se torna ação. Orwelliano. Hipócrita.
Resta-nos a não nos comprazermos em desabonarmos tais figuras, ao contrário! Entristeçamo-nos, pois não deveria-se ter prazer em constatar que indivíduos ainda estejam presos na escuridão da ignorância.
Ah, Bruno Tetz, ficam aqui minhas saudações pra ti!
Abração!
🙂
Salvador, saindo um pouco do tiroteio criacionista inconformado, soube que descobriram ou estão perto de desvendar totalmente a origem dos pulsos rápidos de onda de rádio que você citou numa postagem anterior?
Não, na verdade, está rolando uma controvérsia, porque tem gente contestando a identificação da galáxia de origem de um deles. Ainda estamos bem no escuro com relação a esses pulsos.
Esqueci de passar o link onde eu li isto:
https://www.cfa.harvard.edu/news/2016-10
É isso. Eles estão dizendo que o afterglow não era um afterglow. 😛
Eu fico contente a cada passo que a ciência dá na direção de provar que a vida foi gerada pela natureza, e não por um Deus todo poderoso. Mas não importa quanto a ciência prove, até mesmo criando uma “vida” em laboratório. Os criacionistas irão refutar sempre, já houve até alguns dizerem que os Dinossauros não existiram, mas enfim. Respeito quem acredita em Deus, mas prefiro a ciência.
Também não entendo a razão dos religiosos, falando de nós como seres de alta complexidade, quase semideuses, quando na verdade somos um organismo bastante falho, feito de forma “improvisada”…
Deus fez um serviços bem ruim hein…arquiteto de segunda.
Eu que me queixava de não ter sapatos, encontrei um homem que não tinha pés. É melhor ouvir besteira que se surdo, é melhor enxergar a mediocridade que ser cego.
Está usando muitas frases prontas, precisa mudar os livros de auto ajuda. Melhore o conhecimento. Está no fim os argumentos copiados.
RAF – quem tá usando frases prontas?
O Wadão como diz o Salvador.
Edinaldo, o Oswaldo. Esta estória do sapato….é velha.
e de fato, você é um exemplo acabado dessa imperfeição humana….
quem fez o teu cérebro tava de porre…kkkkk
JR,
Na sua afirmação, quem fez o Edinaldo estava de porre.
Ocorre que, sua religião prega que Edinaldo é filho de Deus.
Logo Deus bebe.
Então, Ele é imperfeito e viciado.
E você ainda O segue?
Sou mais o Monstro do Espaguete Voador.
não, é acéfalo.
Oswaldinho…pelo visto tu me adora também né? kkkkk
Cara, o aparelho excretor é o mesmo reprodutor…usamos a mesma via para respirar, comer e vomitar…quanta perfeição…
Pera ai….Sei que tem gente que usa o aparelho excretor em desacordo com o manual do usuário. Mas mesmo assim ele não vira reprodutor.
Cara, esse Salvador é muito phoda mesmo!
Conta aí, Salva Qual o seu segredo pra manter tanta gente ao mesmo te odiando e te seguindo religiosamente no blog? Apolinário, JR., Oswaldo e as mesmas figurinhas de sempre, impressionante como não largam o osso!
São tantas emoções hehehe…
Hehe, podicrer. Não tinha pensado nisso. 😛
Deve ser algum tipo de masoquismo, só pode.
Ou talvez a necessidade de “ser ouvido”. É um fenômeno bem comum. Sigo o Instagram da NASA (@nasa), eles têm mais de 10 MILHÕES de seguidores. E em TODAS as imagens que eles postam, sempre tem mais de 1000 comentários, vários deles “fake”, “NASA lies”, “photoshoped”, “the earth is flat” ou “wake up sheeple”…
Tipo, se você não acredita ou não gosta do conteúdo, PRA QUE SEGUE?
Tipo “Ninguém se importa com sua existência medíocre (e isso vale para esses que você citou), muito menos pro que você acha ou deixa de achar.”
Acho que nem Freud explica.
Vasculhando os blogs de divulgação científica na Internet se vê um monte de caras como estes que apareceram por aqui dizendo estas mesmas coisas, parece que combinaram o discurso e partiram para o ataque ou foram doutrinados por alguém e divulgam esta doutrina cegamente sem se perguntar se tudo o que escrevem ou dizem é verdade. No YouTube então, tem vídeos destes sujeitos aos montes, um desfile interminável de baboseiras indigestas pseudocientíficas que já deveriam estar esquecidas há muitos séculos, mas voltaram para assombrar a inteligência atual.
Ou dia eu mesmo comentei num vídeo de um sujeito da turma da Terra Plana que o que ele acredita agora já era desacreditado pelos antigos gregos há 2300 anos atrás e só alguns sujeitos bem ignorantes cientificamente é que volta e meia aparecem dizendo que a Terra é plana. Sabem o que ele disse? Que o conhecimento de gente que não tinham condições de saber o que diziam não podia ser levado a sério e portanto não era verdade, mas o conhecimento vindo da Bíblia era verdadeiro e quem duvidasse iria para o inferno. Só para constar, ele me chamava de ateu seguidor de Darwin, e ficou fazendo o terrorismo idiota dos fanáticos bíblicos tentando me convencer das suas imensas baboseiras. Tive pena deste sujeito, mas pensei bem e escrevi que a frase “todo fanático é idiota” não tem exceções.
Penso isso sobre os fanáticos de ambos os lados.
Não existem “fanáticos de ambos os lados”, fanáticos são o que são, seres desprovidos de razão e que querem impor sua falta de razão a todo mundo pelos motivos mais bestas possíveis e ai de quem ficar na frente deles ou pelo menos discordar deles na Internet. Penso que alguns deles são casos de internação psiquiátrica urgente. Mas os fanáticos que atacam o blog do Salvador são de outra natureza, eles são a “frente de ataque” aos blogs de ciência ou de divulgação científica. Entram em todas as discussões somente para tentar “ganhá-las” pelo cansaço ou usando “frases de efeito” que só tem efeito nos mais jovens ou nos mais desinformados que são o público alvo deles. Eles ficam satisfeitos quando são eles que terminam uma discussão que eles mesmos criaram como se dissessem a todos que leem os comentários: “Viram, eu ganhei a discussão, minha posição é a vencedora. Não acredite nas bobagens divulgadas pelo dono do blog, venham para o meu lado”. Resta saber se isto faz mesmo algum efeito nas pessoas. Talvez com a insistência até faça, eu já vi casos na vida real acontecerem, mas….
Mas este negócio de “ambos” também não existe, existem sim pessoas com várias opiniões diferentes, só os radicais e fanáticos é que simplificam tudo acreditando numa dicotomia meio cínica, apelando para o maniqueismo e pregando a desunião de várias formas. A situação atual do nosso país é um grande caso disto. Os fanáticos são a massa de manobra de gente muito mal intencionada, pois como eu escrevi são desprovidos de razão e acreditam nas piores baboseiras que batem com as suas próprias crenças sem questionar nada. Se você achar algum cientísta fanático pelo seu campo de pesquisas, pode saber que ele está a serviço de alguém muito poderoso que as financia. Não garanto nada se ele for fanático por algum time de futebol.
O fanatismo inconsciente de vários cientistas é tentar provar que Deus não existe. Isso se vê de forma direta um subliminar em vários estudos.
O fanatismo inconsciente de vários religiosos é tentar provar que a ciência está errada.
A ciência nada diz sobre Deus. Ache aí UM estudo que sugira que Deus não existe.
Inversamente, é muito fácil achar textos de fundamentalistas religiosos dizendo que certos fatos científicos estão errados. Você mesmo está fazendo isso aqui reiteradamente.
Salvador, ele se referiu a cientistas, não à Ciência.
É a necessidade de saber o tamanho das besteiras que vem com as antas aplaudindo.
Se liga, Zelão!
excuse me, c´est dans la nature humaine.
Zelão poliglota! Agora vai! 🙂
Em nenhum momento manifestei “ódio” a quem quer que seja. Uma das vantagens da minha formação Cristã é o desenvolvimento da compreensão da realidade e das mudanças no mundo, ao contrário dos partidários de outras seitas que permanecem fiéis à intolerância.
É. Torquemada que o diga. Cristão da gema ele também. 😛
Já comentei sobre o tema aqui no seu blog, mas parece que não fui compreendido. Os inquisidores são representantes de uma época turbulenta. Foram um mal necessário para que a ordem Cristã triunfasse em todo o mundo. Os exemplos de intolerância que testemunhamos no islamismo atualmente, nos mostram que a escolha foi correta…
deixa ele Apô, queria ver ele viver lá no Iraque…..ahahahah
O que tem a ver inquisidores com o islamismo diretamente?
Se fossem os Cruzados aí haveria maia sentido a correlação, MAS… Historicamente falando, foram justamente as invasões dos Cruzados, por ordem papal, que colocaram lenha na fogueira (desculpe o trocadilho) entre cristãos, muçulmanos e judeus.
Curiosamente, as três religiões derivam do mesmo patriarca, Abraão.
Como cristão que voce se denomina, aceitar que atos covardes, cruéis e violentos como a Inquisição foram “um mal necessário” denota raciocínio torpe tal qual os extremistas muçulmanos que voce crítica. Jesus Cristo, ate onde sei, jamais defendeu a idéia de transmitir sua mensagem com violência e imposições.
Se se raciocínio – chamemos assim – estiver correto sob ponto de vista de divulgação religiosa, no futuro aparecerá um muçulmano moderado dizendo que o extremismo foi im mal necessário para consolidar o Islã.
O diferenciaria ele de você?
Não precisa responder à pergunta pois ela e retórica.
o seu pobre argumento tem um “delay” de, pelo menos, 500 anos…o islamismo não mudou, enquanto o cristianismo sim………………
Mas o islamismo é uns 500 anos mais novo que o cristianismo. Dê tempo a ele. Eles estão onde o cristianismo estava 500 anos atrás. 😉
opa! sendo mais velho, deveria evoluir mais depressa não????????????????????
assim, o islamismo é uma zerda e o cristianismo mais precoce VIVA!!!!!!!!!!!!!!!
Não, o islamismo é mais NOVO. E você acabou de cometer um crime ao agredir uma religião.
ops!!!!!! (correction)
opa! sendo mais NOVO, deveria evoluir mais depressa não?????????????????????
assim o islamismo é uma zerda e o cristianismo mais precoce…….VIVA!!!!!!!!!!!!!!!
PS: não tenho medo de fanáticos fuziladores que se ofendem até com caricaturas de maomé…
Não vejo por que mais novo implica evoluir mais rápido. Se esse fosse o caso, os raelianos e cientologistas deveriam estar muito adiante dos cristão a essa altura. 😛
Que bobagem! Não sabe do assunto, não escreve.
Ôpa! Aqui sou obrigado a concordar. Você, de fato, sempre manteve um comportamento, digamos, cristão. Confesso que houve uma ou outra carteirada, mas no geral você, Apolinário, realmente se comporta de maneira digna e não parte para a doutrina raivosa de vários por aqui.
Nesse quesito, ponto pra vc, meu caro!
Ponto para Apô, que bobagem. Ele não sabe de história, falar que os Inquisidores são de uma época turbulenta e….mal necessário…. mostra um desconhecimento primário da história e demonstra um conhecimento superficial de livros e informações de 3ª categoria. Vai estudar a Religião e História mais um pouco Apô!!! Você não sabe nada da Religião que defende. Entre em um curso melhor. Não pode defender o que não domina. Ah, seu discípulo JR, não sabe sequer que a religião muçulmana veio centenas de anos após a Cristã….pobrezinho..mais um para voltar para os cursos… ainda quer defender…oquê? Não tem argumentação, não domina o Verbo..
Fascinante. Esse mecanismo de formação espacial das moléculas básicas da vida que depois semeiam planetas que, por sua vez, tenham condições propícias para o seu desenvolvimento, me faz imaginar que possíveis formas de vida alienígenas talvez sejam muito parecidas com as encontradas aqui em nosso planeta… Talvez extraterrestres inteligentes de orelhas pontudas e testas enrugadas não sejam apenas fruto do baixo orçamento dos filmes de ficção científica, hehehe.
Salvador, muito boa notícia para a ciência. Você concorda que, pela simplicidade do processo e abundânca dos reagentes envolvidos, podemos afirmar que a evolução da organização da matéria no universo seguirá sempre para o surgimeto da vida, que é o trivial?
Há algum tempo as evidências têm apontado na direção de que pelo menos os ingredientes elementares são absolutamente comuns. Resta saber se as condições que levam esses ingredientes a seguirem adiante são igualmente comuns. Temos a chance de testar isso já nas próximas décadas, aqui no Sistema Solar. Se essa hipótese estiver correta, deve haver vida no oceano de Europa, a lua de Júpiter, e pelo menos sinais de vida pregressa em Marte. O bacana da ciência é isso! Ela testa suas hipóteses! Não diz que é de um jeito porque é, e pronto, acabou. 😉
Lembrando aquela estimativa de que é bem provável que haja uma infinidade de planetas por aí, é também possível que haja uma infinidade de ambientes que permitam a sequência. De tudo que já podemos observar até hoje, o máximo desta evolução é o cérbro humano, é a matéria tomamano consciência de si mesma. E graças aos cérebros curiosos dos pesquisadores vamos ampliando esta consciência e o conhecimento do mundo. É fantástico viver nesta nossa época e poder saber destas coisas todas. Obrigado por ser um grande divulgador destes trabalhos. abs.
Valeu!
Amigos criacionistas e afins da religião cristã.
Porque não vão com esse papinho lá para o oriente, assim ao menos mudam o público, e não serão mais “ofendidos” por quem gosta de ciência, mas sim, por quem tem outra religião. O deus aqui não vale nada por lá…e aí?
Mais um que foi cegado pela posição radical dos religiosos.
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Reproduzindo:
Por que os cientistas não se limitam a estudar as maravilhas da natureza e divulgar sobriamente em vez de ficar tentando provar algo que nunca conseguirão provar, dada a infinidade de coisas que a ciência humana jamais conseguirá entender. Me parece que a razão disso foi a tentativa frustrada da religião Mãe das Aberrações, ter tentado calar os cientistas na idade média, o que fez com que eles inconscientemente adotassem essa postura defensiva-agressiva. Um exemplo disso está no livro The Grand Design de Stephen Hawking, onde logo no princípio ele conta a história da perseguição religiosa sofrida pelos cientistas na idade média. O interessante é que no ponto auge da teoria, no princípio de tudo, quando tudo não passava de um ponto infinitesimal, algo espontâneo, sem explicação (seria mágico?) aconteceu.
Por outro lado os “religiosos” de plantão ficam tentando inutilmente desqualificar as descobertas da ciência, em grande parte pela falta de humildade com a qual a ciência se posiciona mas também em parte por seu religiosismo cego que acaba provocando ainda mais a posição defensiva agressiva dos cientistas.
Deus se manifestou aos homens e lhes disse Ele é O Criador e que sem fé é impossível agradá-lo. Algumas dessas manifestações, Suas orientações para nossas vidas e as mazelas da natureza humana estão descritas nos livros da Bíblia. Acredite quem quiser.
A ciência faz algumas descobertas e as completa com algumas teorias. Acredite quem quiser.
A Bíblia não é um livro de ciências, a não ser para os religiosos radicais feridos pelas teorias dos cientistas radicais… A ciência não é um meio para provar que Deus não existe, a não ser para os cientista radicais feridos pela religião dos radicais que são feridos pelas teorias radicais dos cientistas radicais….
A ciência não tenta provar e nem desaprovar deus, me parece que com o avanço da ciência, deus é que vai ficando encurralado…
“Por outro lado os “religiosos” de plantão ficam tentando inutilmente desqualificar as descobertas da ciência” só tentam, para não perderem o poder que conseguiram lá atrás no neolítico.
Nesse caso o pato seria “Tudo é fruto do acaso” mas a natureza mostra que há inteligência nesse acaso.
Não tem nada a ver com acaso o pato. Você é que não entendeu nada. Mas eu já expliquei. Não entendeu porque não quer entender.
Não se preocupe, eu entendi e concordo com a outra interpretação, mas entendo tua limitação para entender outro ponto de vista.
Peço desculpas desde já pela minha mente limitada, ó sábio!
Finalmente um pouco de humildade disfarçada com ironia.
Não, foi só ironia mesmo. 😛
eu já sabia kkkk
O que quero dizer é que o pato pode ser qualquer posição radical que você queira defender.
O pato não é radical. O pato é um pato. Ele é uma figura. Pouco importa a “radicalidade” da figura. O que importa é que a figura da caixa não bate com o quebra-cabeça.
Você usou a ilustração para dizer que o outro não consegue enxergar a tua verdade, sendo que o outro também possui a sua verdade e pode usar a mesma ilustração.
Você AINDA não entendeu. Não é a verdade de um ou de outro. O quebra-cabeça é “A” verdade. A caixa é “a verdade pré-concebida”. Quando as duas não batem, você tem que largar o preconceito, não a realidade.
Às vezes um pato é só um pato…
Outras vezes é um coelho também:
http://wp.production.patheos.com/blogs/exploringourmatrix/files/2014/11/rabbit-god-duck-god.png
Eu, jogando lenha na fogueira
inquisidorado blog.Nice Eu!!! kkkkkk
O pré-conceito de um é a anti-verdade do outro e vice-versa.
Renne, por favor, leia:
http://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2014/05/26/cinco-provas-da-evolucao-das-especies/
Blá Blá Blá de um lado, Blá Blá Blá de outro, resultando em Blá Blá Blá Blá Blá Blá. Um nunca convencerá o outro. Por que não respeitam opiniões opostas?
O deus de um é a ciência limitada e o deus de outro é a religião humana e cheia de falhas.
http://wp.production.patheos.com/blogs/exploringourmatrix/files/2014/11/rabbit-god-duck-god.png
Desculpe pela repetição. Fiz no work e postei duas vezes sem querer.
word
Ótima matéria. Descoberta Fantástica.
Quanto a discução religiosa que ela remete, acho que sempre haverá espaço para supor uma exitência divina. Afinal, não seria um “dedo de Deus” está indução para formação da ribose a partir da radiação ultravioleta?
Enfim, acho que dá para curtir e acreditar na ciência sem perder o lado “mistico” da vida.
Quem criou Deus? Se ele pode começar a existir do nada, porque a vida tem que ter sido construída por alguém e não a partir de suas propriedades naturais?
“quem criou Deus?”. Resposta: a pergunta não faz sentido. Deus não poderia ser criado por algo ou alguém pois foi Ele quem criou tudo o que existe, ou ainda, foi Ele quem criou todas as Regras para o funcionamento do Universo. Deus é um Ser que não está sujeito involuntariamente ao tempo, Ele é onipotente e eterno. Deus é infinito e, de alguma forma, presente em todos os acontecimentos do mundo. Ele não poderia ter sido criado por ninguém, uma vez que foi Ele quem criou o ato de criar!
Apô, você é um gênio.
Urrrrgh….
Seria interessante encontrar estes compostos em outros satélites no sistema solar. Talvez desse pistas de como estes compostos surgiram na Terra e o que faltou para não termos encontrado vida ainda nos outros planetas. Das amostras estudadas até hoje nada parecido foi achado? Qual a estabilidade deles em relação ao calor ou outros eventos cósmicos?
Detesto estragar a euforia daqueles que vibram ao descobrir que um dos elementos para a formação da vida surgiu ao sabor dos raios UV. Ingenuamente, essas pessoas concluem então que toda a cadeia de eventos que produziu o complexo ser humano será também obtida de maneira similar. Isso é mais do que uma leviandade, é uma completa estultice. Fico triste em saber que este blog, que muito admiro, tenha abraçado essas obtusas concepções. Vou apenas citar uma frase, de um renomado cientista, que questiona tal empreitada:
“But the other part of it is that we don’t actually know what life is at all. We’re good at studying it and so forth, but we don’t understand how it coheres, how it shows extraordinary homeostasis. Clearly it’s a physical and chemical system, but it’s one that works in an arrangement which would leave any engineer green with envy”
Não, Apolinário, você não entendeu. Boa parte dessa “cadeia de eventos” já foi replicada em laboratório. Essa é só mais uma pecinha pra tirar do seu checklist, que deve ter cada vez menos itens “ticados”.
A anedota do pato que foi postada aqui possui dois significados:
1- A natureza mostra que existe uma inteligência infinita por trás de tudo e alguns ficam tentando provar que tudo é um acaso.
2- A ciência tenta explicar os fenômenos físicos, químicos e biológicos que existem por trás de tudo mas alguns preferem acreditar que tudo foi um passe de mágica.
Por que os cientistas não se limitam a estudar as maravilhas da natureza e divulgar sobriamente em vez de ficar tentando provar algo que nunca conseguirão provar, dada a infinidade de coisas que a ciência humana jamais conseguirá entender. Me parece que a razão disso foi a tentativa frustrada da religião Mãe das Aberrações, ter tentado calar os cientistas na idade média, o que fez com que eles inconscientemente adotassem essa postura defensiva-agressiva. Um exemplo disso está no livro The Grand Design de Stephen Hawking, onde logo no princípio ele conta a história da perseguição religiosa sofrida pelos cientistas na idade média. O interessante é que no ponto auge da teoria, no princípio de tudo, quando tudo não passava de um ponto infinitesimal, algo espontâneo, sem explicação (seria mágico?) aconteceu.
Por outro lado os “religiosos” de plantão ficam tentando inutilmente desqualificar as descobertas da ciência, em grande parte pela falta de humildade com a qual a ciência se posiciona mas também em parte por seu religiosismo cego que acaba provocando ainda mais a posição defensiva agressiva dos cientistas.
Deus se manifestou aos homens e lhes disse Ele é O Criador e que sem fé é impossível agradá-lo. Algumas dessas manifestações, Suas orientações para nossas vidas e as mazelas da natureza humana estão descritas nos livros da Bíblia. Acredite quem quiser.
A ciência faz algumas descobertas e as completa com algumas teorias. Acredite quem quiser.
A Bíblia não é um livro de ciências, a não ser para os religiosos radicais feridos pelas teorias dos cientistas radicais… A ciência não é um meio para provar que Deus não existe, a não ser para os cientista radicais feridos pela religião dos radicais que são feridos pelas teorias radicais dos cientistas radicais….
Desejo paz a todos.
Saudações.
Gostaria apenas de adicionar que sou apaixonado pela ciência, mas sou contrário a posições radicais que tomam suposições como verdade absoluta.
Para um apaixonada pela ciência, você segue muito pouco a cartilha do método científico. Só sabe falar de acaso…
Parece que você não leu o próprio texto “entender como uma molécula de RNA completa pode se formar de maneira completamente natural”
Que tem?
Difícil hein! Que tem é que como eu disse, a ciência fica se preocupando em provar que as coisas acontecem de forma natural, ao acaso, espontânea, apenas para atacar os religiosos radicais, em vez de se ater aos fatos e às descobertas.
“Para um apaixonadA”. Humm! Seria uma mensagem subliminar?
sim, a mensagem que esse A no lugar do O chamaria a atenção da primeira bicha que lesse.
Sem brigar, crianças!
🙂
Interessante a pesquisa certamente. Mas a comunidade cientifica adora fazer alarde, é apenas uma ribose, está muito muito longe de ser vida! Transcrição, replicação síntese proteica, falta muito para se conseguir isso em laboratório.
Não, não falta muito. Veja que de ribose para RNA falta pouco, e RNA com cem bases já mostrou propriedade de replicação. Não precisa fazer síntese proteica para estar vivo. Basta se replicar, transmitindo informação genética.
Abiogênese = improvável, biogênese = provável, ambas “ao pé da letra”. O questionamento agora seria o seguinte: como enveredar-se pelo improvável? Como transformar algo inanimado em vivente? Qual seria a probabilidade de comprovação de vida se formando no espaço? Nenhuma. Qual a possibilidade de “eu” acreditar nisso? Nenhuma. Vaidade, ó vaidade, tudo é vaidade. Seria tão fácil, racional, pacificador, indiscutível, acreditarmos no criacionismo: em Deus, O Grande Arquiteto do Universo.
Essa matéria não foi chute, foi um “sem pulo”, pegou “na veia”, que força, meu.
Golaço, né? 😛
Creio que não falta o principal: a bola.
Salva! Vc tinha prometido não responder ao Wadinho…
Wadinho, tomarei emprestado sua afirmação de que seria mais fácil e pacífico acreditar em um criador. Esse é exatamente o mal das religiões. A simples hipótese de que não exista nada além da vida como conhecemos amedronta imensamente o homem. As pessoas querem ser lembradas, se acham importantes demais para simplesmente desaparecerem e dar lugar a outras gerações. Então, criam essa fantasia de um cara superior, cuja existência é impossível de ser provada (e por favor, nem tente nesse espaço!), que para mim apenas é uma compensação à luz da passagem efêmera que temos por aqui. Enfim, a religião me parece apenas um engodo, uma tentativa de criar a concretude para alguém que não aceita que vai, simplesmente, sumir em um tempo curtíssimo na escala universal. E veja bem: historicamente, a religião é apenas um artifício de alguns para sobreporem suas vontades sobre uma massa de pessoas. Um mero mecanismo de controle. Tome qualquer uma das religiões e veja como é bem assim: a própria fé exigida por elas é a crença cega.
(desculpem-me: o texto ficou longo)
É, eu esqueci. Mas você tem razão. Voltarei ao silêncio.
Se abiogênese é improvável, então ferrou. Porque, mesmo seguindo na linha criacionista, temos de presumir que Deus NÃO É uma forma biológica. Ou é? É feito de carne e osso, compostos orgânicos, tem DNA, se replica? Em não sendo, temos vida sendo formada por não-vida. Abiogênese portanto. Ou seja, o criacionismo defende a abiogênese, só que de origem sobrenatural. Já a ciência defende a mesma abiogênese, só que de origem natural. Agora, diga-me você o que é mais provável: o natural (com todas as reações químicas que conhecemos, pré e pós-vida?) ou o sobrenatural (do qual não há uma evidência sequer)?
Vou responder seguindo a linha de raciocínio do queridão: “Seria tão fácil, racional, pacificador, indiscutível, acreditarmos no criacionismo: em Deus, O Grande Arquiteto do Universo”.
Agora devolvo a pergunta: Você, Salva, que acredita no método científico, gostaria sempre de contar com a resposta mais fácil, pronta e pacificada, para todas as dúvidas da humanidade?
Se a ciência sempre seguisse o caminho mais fácil, é provável que Giordanos, Galileus, Copérnicos e Keplers nem tivessem aparecido ainda. Estaríamos ensinando às crianças o geocentrismo e a fazer contas em ábacos.
Mas, como vemos, até hoje há quem goste do pronto, do fácil, do simples…
Bem, primeiro gostaria de ressalvar que o método científico não exige que acreditemos ou não nele. Funciona. Já está fartamente demonstrado. Então, se alguém “não acredita” no método científico, precisa repensar seus conceitos. O que dá para dizer — e eu digo com todas as letras — é que o método científico tem seus limites, ou seja, ele está restrito ao natural e ao observável.
Pois bem, respondendo à pergunta, sim, eu acho que temos de buscar a resposta mais fácil. Mas a resposta mais fácil que EXPLIQUE a contento TODAS as observações. Se a resposta renega as observações, não serve. E certamente respostas prontas não podem se prestar a explicar as observações, uma vez que não foram submetidas a elas para que se verificasse sua precisão e seu domínio de aplicabilidade. Sobre a noção de respostas “pacificadas”, eu também não abraçaria. O contraditório é elemento essencial ao funcionamento da ciência. É preciso ter quem discorde, contanto que não o faça renegando os fatos naturais estabelecidos, caso contrário não temos a menor esperança de futuros avanços.
Concordo, porém, ainda usando a figura dos coelhinhos, olhar a caixa e dizer que é um pato (e acreditar nisso até o fim, independente das observações de quem está procurando evidências se é pato mesmo ou não) é uma afirmação muito mais fácil e pronta do que qualquer outra resposta do tipo “não é pato”. Mesmo que as observações já estejam afundando as chances de ser pato… para tais personas não importa…
A figura dos coelhinhos é composta por 7 passagens, com nosso grau de desenvolvimento e tecnologia eu diria (chutaria, como alguns preferem) que estamos vivenciando a transição do terceiro para o quarto quadro…
Salvador, sinto contradizê-lo e é bem fácil te explicar. Sua mente parte de falsos silogismos por isso sua dificuldade de entender. Deus é aquele que é, não serve de modelo para nada, Ele sim modela tudo, Deus não possui adjetivos mesmo no superlativo, é a Único que não teve princípio, nem terá fim, enfim, nossa mente não consegue nem mesmo esboçar qualquer explicação nem lógica, nem científica, nem racional, quanto mais, comprovações laboratoriais, mas por outro lado, dentro da simplicidade, temos tudo aos nosso olhos.
Perfeito, Zelão. Já que Deus escapa a descrições racionais, por que diabos (pun intended!) ele é citado tanto por você num blog de ciência, que busca explicações RACIONAIS, NATURAIS, para os fenômenos? Se você já desistiu de entender tudo e quis colocar a etiqueta DEUS nos fenômenos, isso é problema seu. Vai fundo. Eu não tenho nada com isso. E a ciência nem pode, nem vai fazer isso. Então, não perca mais o seu tempo martelando o mesmo prego. Já entendemos que você acha que Deus explica tudo. É uma ideia bem simplória, mas eu respeito. Não é preciso ser gênio para entender o que você pensa. Só não fique impondo isso aos outros, porque, como você mesmo disse, é algo que desafia qualquer descrição racional. Aqui estamos para falar de coisas racionais. A sua fé é problema seu, não diz respeito a mais ninguém.
Concordo com sua lógica e pactuo com ela. O único ponto é o seguinte: o princípio. A partir daí o que foi feito caminha sozinho sem sopros divinos, pois é perfeito..Ele é constantemente citado em blogs científicos pelo início e não pelo andar da carruagem.
Ok, então deixe a carruagem andar sem ficar emperrando…
Se todo este barulho que você(s) fazem é só para pontuar o princípio, que ótimo, já entendemos, não precisa(m) repetir mais…
Vocês me lembram a Sony contando a saga do homem-aranha… já recomeçaram umas 3 vezes… só para pontuar o princípio… daqui a pouco, lá vem eles de novo… vem uma aranhinha… pica o Peter… e blá blá blá…
Olá Salvador!
Tenho percebido que ao perder sua paciencia vc responde ao Gil. Ele não é um contraditório, sempre útil no esquema, tese-antitese-sintese. A função dele, como já foi mencionado acima é espalhar sua própria confusão íntima, cansar e se puder, te converter.
O trabalho dele é converter, o seu, divulgar. Não entre na dele, seu jogo é outro.
Há milhões deles por aí…
Ele podia falar alguma coisa diferente, só para variar. 😛
Monte de Mi Mi Mi dizendo que não existiu evolução, que a teoria é apenas teoria (risos) como se isto não fosse algo. Já estudaram um pouquinho para saber o que é necessário para uma teoria ser considerada no meio científico?
Designer inteligente é meuzovo, pq raios o Gasparzão, criador de tudo, fez a porra da barata voar??? kkkk
Se bem entendi a anedota do pato, a natureza mostra que existe uma inteligência infinita por trás de tudo e alguns ficam tentando provar que tudo é um acaso. É isso mesmo?
Não. Releia. 😛
Reler a anedota ou a interpretação dada?
A anedota, claro. A anedota sugere que, por mais evidências que se apresente sobre um determinado assunto (a figura que vai se formando no quebra-cabeça), algumas pessoas se recusam a aceitá-las em favor de uma visão pré-estabelecida antes que o fenômeno fosse investigado (a figura na caixa). Nem fala diretamente sobre a vida ou uma ou outra fé. Fala sobre o problema do dogmatismo e das visões pré-concebidas que contrariam os fatos. Mais ou menos como o governo negar sua própria corrupção, mesmo com todos os fatos às claras, só porque ainda não houve uma condenação na Justiça (o quebra-cabeça ainda não foi montado por inteiro).
Essa é sem dúvida uma interpretação. A outra é que a natureza mostra que existe uma inteligência por trás da beleza de tudo que existe e que muitos preferem ignorar.
Não, essa outra interpretação não é viável, porque o que faz o papel da natureza aí é a figura, que podia ser qualquer uma, inclusive uma abstrata, que não demonstre inteligência alguma em sua confecção (se trocarmos o ursinho Pooh por qualquer outra imagem, não muda nada a mensagem). Isso é você tentando forçar uma barra.
Muitas vezes me pergunto o que é jornalista. Ai eu leio a coluna do Salvador e tenho a resposta. Um trabalho cientifico exposto para o publico em geral, de maneira clara e simples e numa linguagem coloquial. Parabéns Salvador pelo trabalho que esta fazendo.
Valeu, Joel! 🙂