O sistema planetário mais bizarro já visto

É o sistema planetário mais estranho já encontrado. No centro, uma estrela um pouco maior do que o Sol. Na periferia, duas estrelas menores, orbitando uma em torno da outra, enquanto também avançam juntas numa dança com a estrela maior. E, entre a estrela central e a binária, um mundo similar a Júpiter — onde, aliás, os astrônomos sempre pensaram que, pela teoria, não deveria haver planeta algum.

É tudo tão esquisito que os cientistas precisaram ver para crer — e isso resultou na primeira descoberta de um exoplaneta feita pelo instrumento Sphere, uma nova câmera especialmente projetada para fotografar diretamente o brilho sutil desses astros sem luz própria, em meio ao clarão de suas estrelas-mãe. A pesquisa, que tem como primeiro autor Kevin Wagner, da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, foi publicada online nesta quinta-feira (7) na revista “Science”.

O Sphere está instalado no VLT (Very Large Telescope) do ESO (Observatório Europeu do Sul), no Chile. E a descoberta foi feita em torno do trio de estrelas conhecido pela sigla HD 131399, localizadas a 320 anos-luz da Terra, na constelação do Centauro.

Imagem do Sphere mostra o planeta HD 131399Ab, o mais tênue dos objetos. Acima, a estrela principal e mais brilhante; abaixo, o par de estrelas menores. (Crédito: ESO)
Imagem do Sphere mostra o planeta HD 131399Ab, o mais tênue dos objetos. Acima, a estrela principal e mais brilhante; abaixo, o par de estrelas menores. (Crédito: ESO)

CONFIGURAÇÃO BIZARRA
A rigor, os astrônomos não esperavam encontrar nada parecido com isso, pois elas parecem contrariar o esquema padrão de formação planetária. A variação gravitacional do sistema é tão grande, com uma estrela maior no centro e outras menores na periferia, que havia a convicção de que o ambiente seria instável para planetas na posição em que esse gigante gasoso foi encontrado.

E, no entanto, ele está lá. Cálculos realizados pelos astrônomos sugerem que existe, sim, a possibilidade de ele ser estável onde ele está _mas a essa altura não dá para dizer com certeza que esse seja mesmo o caso. Até porque o sistema é bastante jovem, com “apenas” 16 milhões de anos. Pode parecer muito, mas é um piscar de olhos em termos do tempo de vida das estrelas, usualmente medido na escala dos bilhões de anos. O Sol e seus planetas (Terra inclusa) têm 4,6 bilhões de anos, por exemplo.

O segredo da descoberta consiste exatamente na juventude do sistema: embora ele já esteja totalmente formado (não há sinais de disco de poeira em torno de nenhuma das estrelas), o calor de formação do planeta gigante ainda é grande o suficiente para que ele possa ser detectado pelo Sphere. Estima-se que sua temperatura superficial esteja em torno dos 577 graus Celsius e ele tenha aproximadamente quatro vezes a massa de Júpiter.

De acordo com os pesquisadores, a detecção desse sistema bizarro mostra que a natureza é de fato muito mais criativa na confecção de sistemas planetários do que julgávamos possível. A essa altura, existe uma boa chance de que o planeta HD 131399Ab esteja numa órbita estável. Mas a variação de gravidade no sistema é tão grande que ele não obedeceria às leis de Kepler, que descrevem com exatidão movimentos planetários como os do Sistema Solar, que envolvem uma única estrela.

Gráfico mostra os movimentos das estrelas e do planeta; uma dança gravitacional complexa, que tornaria muito difícil o planeta existir de maneira estável por longos períodos (Crédito: ESO)
Gráfico mostra os movimentos das estrelas e do planeta; uma dança gravitacional complexa, que tornaria muito difícil o planeta existir de maneira estável por longos períodos (Crédito: ESO)

PERGUNTAS E RESPOSTAS
Diante do mistério, não está claro também qual é a origem desse planeta. Ele provavelmente não se formou onde está hoje. Uma das alternativas é que ele tenha se formado mais perto da estrela principal, mas também não se descarta que ele tenha se originado ao redor do par binário e depois tenha sido “roubado” pela estrela maior.

Os astrônomos estimam que ele leve cerca de 550 anos para completar uma volta inteira em torno de seu sol principal, mas ainda há bastante incerteza nisso — é improvável, mas pode até ser que ele esteja sendo neste momento ejetado do sistema!

De toda forma, sua posição parece estranha, 16 vezes mais afastada da estrela principal do que o nosso Júpiter está do Sol.

Se por um lado a observação direta dificulta estimar coisas como o período orbital, por outro lado a captação de luz emanada do planeta permite a análise de sua composição. Os cientistas conseguiram detectar tanto metano quanto vapor d’água na atmosfera desse “superjúpiter”.

Futuras observações devem ajudar a determinar se ele está mesmo numa órbita estável e onde exatamente ele pode ter nascido.

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Comentários

  1. Prezados,

    Do que eu me recorde, essa é a primeira vez que vejo ou escuto falar de uma imagem real de um exoplaneta. Refiro-me àquela imagem do SPHERE. É isso mesmo? Não seria essa ‘a’ notícia?
    Obrigado

  2. Cassia Eller e Caverna do Dragão já previam mundos com mais de um sol.
    “….Quando o segundo sol chegar…..para realinhar as órbitas dos planetas…..”

  3. No caso do nosso sistema, giramos em torno do sol! No caso deste sistema, o eixo gravitacional seria o planeta? Gostei do seu texto e da sua dedicação Salvador, poucos respondem aos post, e tentam explicar! Parabens!

  4. Quem aventou que exista um padrão no Universo? Não seria mais sensato a possibilidade de termos eventos mais comuns, até onde chegamos, pois ainda não sabemos, com certeza, nem do nosso sistema solar. Não seria uma possibilidade de diminuirmos os “big kick”?

      1. voce mesmo se referiu a esquema padrão, talvez baseado nas teorias existentes, que pouco a pouco são desmontadas.

        1. Padrão porque durante a maior parte do tempo tivemos de nos contentar com um exemplo — o do Sistema Solar. Ele naturalmente nos ditou um padrão. Agora estamos vendo que não podemos nos prender a ele, usando MODELOS diferentes (que abarcam mais variações, assim como a gravidade newtoniana abarcava mais casos que as leis de Kepler). Mas a teoria continua a mesma — acreção de planetesimais e ação da gravidade. Se tem alguma coisa que os exoplanetas confirmam, é exatamente isso! E note que era uma questão em aberto até recentemente. Havia quem dizia que o Sistema Solar era único, uma bizarrice cósmico. Na verdade, agora vemos que o Sistema Solar é o que tem de mais feijão com arroz no Universo — uma boa validação do princípio copernicano. 😉

          1. Na verdade, agora vemos que o Sistema Solar é o que tem de mais feijão com arroz no Universo

            i.e. não somos nem um pouco especiais. Deal with it.

    1. Uma respostinha para estes “imbecis Vavadianos” que adoram tirar sarro do fato da(s) ciência(s) estar(em) sempre em constante evolução e o que falta ha estes crentes: Humildade em reconhecer que nada sabe e não sentem-se envergonhados com isto.
      ________________

      Ignorância Basta

      Suzana Herculano-Houzel

      “Meu colega Stuart Firestein, neurocientista da Universidade Columbia, em Nova York, escreveu um livrinho delicioso chamado “Ignorance”, no qual argumenta que a ciência não é movida a conhecimento, e sim a ignorância.

      Concordo plenamente. Stuart nos lembra que o renascimento começou justamente quando o homem aceitou que os dogmas religiosos não explicavam tudo (na verdade, não explicam nada), reconheceu sua ignorância sobre como as coisas funcionavam – e resolveu investigar.”

      http://www1.folha.uol.com.br/colunas/suzanaherculanohouzel/2016/06/1778925-ignorancia-basta.shtml

      1. O grande problema é que você e seguidores abusam dessa ignorância e fazem disso sua ciência de procura, partindo dos mais esdrúxulos pressupostos, quando o inteligível seria, no caso do desconhecimento, partirmos de pontos concretos, mesmo que arcaicos, mas definidos, abandonando hipóteses não passíveis de comprovações nem na milésima geração.

        1. Oswaldo, a ciência não deve ter preconceito contra hipóteses, exceto por um: ela deve ser testável, verificável com experimentos e observações. Só saberemos algo sobre coisas como vida extraterrestre se ousarmos formular hipóteses sobre ela e então testá-las. Presumir que o tema não merece investigação só irá limitar nossa chance de aprender.

  5. Olá Salvador! Não sou estudiosa apenas admiro muito esta parte da Ciência que é o estudo do espaço. (Admirável!) E sempre olho seus posts e adoro a forma como você explica e mais faz sentir uma entendida do assunto rsrsrsrsrs, mas vejamos a minha dúvida. Você poderia dizer que o planeta ser muito quente seria mesmo por sua atual formação ou pelo fato dele passar digamos que uma boa parte entre os três sóis sei lá? (Estou perguntando porque 550 anos em torno de sua estrela orbital a outra, metade dela entre as outras estrelas também né? – olhando no gráfico). Abçs

    1. Gracy, é pela formação mesmo. Embora ele esteja entre três sóis, ele está muito longe de todos eles. Quando o calor de formação se dissipar, será um mundo beeem gelado. 😉

  6. Prezado,

    Foi possível detectar se existe algum satélite orbitando ao redor do planeta citado?

    1. Não. Aliás, ainda não detectamos satélites fora do Sistema Solar, embora obviamente eles devam existir aos montes.

  7. Salvador,
    Júpiter, com um “pouco” mais de massa também não seria mais um sol. Nesse caso como ficaria o equilíbrio gravitacional no nosso sistema?

    1. Um pouco bastante, tipo 70 vezes mais massa. O sistema provavelmente seria menos estável.

  8. Acho que essa configuração planetária está presente na atualidade por se tratar de uma formação muito recente em termos planetários. Acredito que os astrônomos descobrirão que esses astros estão moldando algo mais estável e que no presente momento se comportam como um desarranjo que convergirá a um sistema planetário convencional. Será essa ideia pertinente, Salvador?

    1. Elias, acho que convencional esse negócio aí nunca vai ser. O que pode acontecer é se tornar instável, e o planeta se desgarrar ou trombar com algum dos sóis.

  9. Salvador, bom dia!

    Uma pergunta de leigo: Se essas estrelas periféricas parecem tão próximas na foto, devido a toda a força gravitacional de uma estrela, porque será que elas não se encostam, se fundem? Será devido ao movimento das mesmas, como se elas girassem absurdamente rápido para não se “grudarem”?

    Obrigado e um abraço! Show de bola a transmissão de vocês ao vivo sobre a sonda Juno. Acompanhei até onde consegui!!!

    Leonardo.

    1. Leonardo, elas não se grudam pelo mesmo motivo que a Juno chegou a Júpiter — a combinação da velocidade inicial com a gravidade faz com que ambas caiam na direção da outra eternamente sem nunca se tocarem. (A rigor, se estiverem muito, muito próximas, podem coalescer, mas não é o caso aí, em que a distância entre elas equivale mais ou menos à distância Sol-Saturno.) Abraço!

  10. Uma conclusão óbvia – que eu já sabia – : Não sabemos nada do universo e ainda ficam pensando que a Terra é o centro dele. Pior ainda, imaginando que é o único lugar do universo que possui vida inteligente!

    1. Olha ai, Grande Salvador, este texto da sua “colega”, a Suzana, que fala sobre estes “imbecis” que adoram tirar sarro do fato da(s) ciência(s) estar(em) sempre em constante evolução e o que falta ha estes crentes: Humildade em reconhecer que nada sabe e não sentem-se envergonhados com isto.
      ________________

      Ignorância Basta

      Suzana Herculano-Houzel

      “Meu colega Stuart Firestein, neurocientista da Universidade Columbia, em Nova York, escreveu um livrinho delicioso chamado “Ignorance”, no qual argumenta que a ciência não é movida a conhecimento, e sim a ignorância.

      Concordo plenamente. Stuart nos lembra que o renascimento começou justamente quando o homem aceitou que os dogmas religiosos não explicavam tudo (na verdade, não explicam nada), reconheceu sua ignorância sobre como as coisas funcionavam – e resolveu investigar.”

      http://www1.folha.uol.com.br/colunas/suzanaherculanohouzel/2016/06/1778925-ignorancia-basta.shtml

  11. Porque tentar buscar tantos mistérios no infinito?. O sentido da vida está aqui.
    Vamos admirar e sonhar com esse infinito, primeiramente destruindo o PT.

    1. Osvaldo, já que você é tão obtuso, vou te mostrar um textinho bastante fácil de entender (eu sei que vc não consegue entender muita coisa, mas vale a tentativa):

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      “Meu colega Stuart Firestein, neurocientista da Universidade Columbia, em Nova York, escreveu um livrinho delicioso chamado “Ignorance”, no qual argumenta que a ciência não é movida a conhecimento, e sim a ignorância.

      Concordo plenamente. Stuart nos lembra que o renascimento começou justamente quando o homem aceitou que os dogmas religiosos não explicavam tudo (na verdade, não explicam nada), reconheceu sua ignorância sobre como as coisas funcionavam – e resolveu investigar.”

      http://www1.folha.uol.com.br/colunas/suzanaherculanohouzel/2016/06/1778925-ignorancia-basta.shtml

  12. Ajudaria bastante se identificasse os objetos nominalmente na imagem, não ficou muito claro se o ponto luminoso central é o exoplaneta ou uma das estrelas binárias.

    1. Tinha uma imagem “marcada”, mas não consegui baixar na hora, aí fui com ela mesmo. Mas o ponto central é o planeta.

      1. Caraca hein, Salvador, este pessoal tem uma preguiça enorme em ler o texto e depois vem aqui falar besteira!!!

        Primeiro, o artigo tem 3 imagens. A segunda e a terceira tem legendas (que os imbeis não conseguem entender, hauahuahua)

        A primeira, no alto da página, não tem legenda, mas se alguém leu o texto e NÃO é analfabeto funcional (que nem o…) dá para saber quem é quem.

      2. Muito obrigado. Uma maravilha que já tenhamos instrumentos com tamanho poder de resolução óptica. Abraço.

  13. Agora só falta acharem um sistema planetário tal qual o de “O Cair da Noite” de Asimov. Que ficou mais plausível, ficou! Hahahah

  14. Pois é, será que levam a sério a SUA opinião? A minha nãooo.
    Escrevi o livro DE OLHO NA TERRA, trilíngue, com 12 edições esgotadas e com publicação na Amazon.com em modo digital para o mundo todo. NINGUÉM levou a sério, nem eu!

    1. “Esta é uma obra de ficção fantástica do imaginário do autor Celito Medeiros.

      É possível que nem tudo neste livro seja mera ficção, afinal, bate bem fundo…
      A narrativa é começada na AMAZÔNIA LEGAL, Estado do Mato Grosso,
      perdido na floresta amazônica, faminto e sem direção certa, o personagem
      na busca de alimento, encontra muito mais do que poderia imaginar.

      Uma espaçonave de pesquisa do ecossistema, com seres desta Galáxia, Sistema
      Solar e Confederação de Planetas, liderados pela Patrulha Galáctica, estacionada
      em uma clareira em plena selva amazônica, faz tremer, mas a curiosidade é maior.

      Surge uma bela oportunidade de voar para as estrelas!
      O desfecho deste encontro ‘casual’, com cautela, mas acima de tudo coragem,
      abre uma nova perspectiva para esta humanidade e, quem sabe, uma outra história…

      Refeito do susto e confiante nos extraterrestres, percebendo serem de fato amigos,
      parte para uma aventura a convite da tripulação. Primeiro a nave mãe e em seguida,
      vislumbrado ao perceber que não estamos sozinhos neste universo, ao contrário,
      somos bem poucos se comparados aos que este personagem pode contemplar.

      Você pode fazer parte desta aventura. Embarque a bordo e boa viagem!”

      Realmente, complicado levar a sério….

    2. Celito, fora o seu livro e o texto que escreveu, tem evidência do ocorrido. Provas. Uma única foto que seja(sem estar fora de foco, é claro). Te deram algum presente por ter sido “o cara”.
      Um pedaço, que seja, de roupa espacial. NÃO! 7 Bilhões de Humanos, vc foi escolhido e não tem uma PROVA e ainda quer ser levado a sério!!!!
      Que pena, daí vc acordou e viu que tudo não passou de devaneio.
      Um sonho de uma noite de verão.

      1. Pô Ralf, vc foi foda.

        O bananinha de pijamas nem vai aparecer por aqui tão cedo.

        Percebeu que por aqui não tem idiotas (tirando alguns Vavadianos)

        1. Rsrsrs. Se quem comprou o livro, “sabe ler”: jogou fora! Dá pra acender fogueira de S.João.
          Abs,Xangô.

    3. Amazônia Legal???? “intindi”, viagem de Ayuasca misturada com Jurema!!!

      Outra coisa, vc é muuuuuuuiiiiiiito mentiroso!!! Vejam TODOS na própria página da amazom, que o bostinha está na PRIMEIRA edição, ainda, hauhauahauhauahu

      Outro detalhe que ele não comenta é que ele “vende” tanto, porque o livro é GRÁTIS!!! (dá pra competir com ele, Salvador. Também quero seus livros “de grátis”, hahaha)

      Detalhes do produto

      Tamanho do arquivo: 387 KB
      Número de páginas: 151 páginas
      Editora: Celito Medeiros;
      Edição: 1 (9 de dezembro de 2012) <<=======================================
      Vendido por: Amazon Servicos de Varejo do Brasil Ltda
      Idioma: Português
      ASIN: B00AM1H2E4

  15. Adorei ler todos comentários e respostas, muito edificante. Sou formado em engenharia civil e sempre me interessei pela astronomia agora ainda mais. Fico muito feliz em ver que ainda existem no nosso país, pessoas tão inteligentes, educadissimas que sabem se portar e respeitar as diversas opiniões e duvidas mesmo sendo alguns assuntos abstratos. Salvador vou começar a ler mais sobre esses assuntos e seus livros.

  16. Os defensores da Teoria Final que explica tudo devem ficar confusos . Não há uma teoria final como demonstra esta descoberta . Gosto muito de ler tuas publicações . Parabéns Salvador .

    1. Valeu, Gilson! Mas isso, claro, não tem nada a ver com o lance da “teoria final”. 😉

  17. Acho que o pessoal aqui está precisando estudar um pouco de teoria dos jogos de John nash, até a lei gravitacional segue um sistema de equilíbrio entre corpos….

  18. Acho que o pessoal aqui está precisando estudar um pouco de teoria dos jogos de John nash. Até mesmo a lei gravitacional segue um sistema de equilíbrio, só basta ter conhecimento suficiente em física para enxergar…

    1. Pô Xandão, vc vai ganhar o prêmio Nobel, pois vc é a única pessoa no mundo que sabe isto que você escreveu.

      Nem o próprio Nash sequer chegou a aventar isto. Nem nenhum dos mais laureados cerebros do mundo nunca pensaram/falaram isto.

      Vc é um gênio

      #SQN

  19. E se pensou ver tudo. Aqueles que acham poder encontrar a teoria de tudo , uma explicação final ficam sem respostas .

  20. Salvador, se essa Estrela tem apenas 16anos vc não acha pouco provável q esse superJúpiter tenha origem nessa Estrela maior, será q ele não órbita uma outra estrela.

    1. 16 milhões de anos, não 16 anos. Uma coisa que os astrônomos se certificaram é que o planeta acompanha o sistema de estrelas no céu. Então não é um objeto de fundo, ele está ligado a esse sistema aí.

  21. Além de comemorar a incrível descoberta… acho ótimo não ter aparecido até agora nenhum fundamentalista religioso para exaltar a “perfeição” da criação… e imagino que no futuro mais distante, quando tivermos (netos) mapeado milhões ou bilhões de estrelas de nossa galáxia, serão percebidos sistemas estelares ainda mais complexos do que este…

  22. Boa noite salvador!
    Possivelmente se já estamos conseguindo ver esse “jupitão” veremos logo logo os planetas menores talvez, não? Nesse sistema?

    1. A tecnologia ainda é fronteiriça para planetas muito menores — esse, aliás, foi um dos menores já observados diretamente. 😛

  23. PREVEJO QUE EXISTE A POSSIBILIDADE DE O PLANETA SE CHOCAR COM AS ESTRELAS POIS ELAS PASSAM PELA MESMA ÓRBITA QUE O PLANETA. DARIA UM A BAITA EXPLOSÃO. E NÃO ACHO TÃO ESTRANHO ASSIM. O UNIVERSO É IMENSO COM MUITOS MEISTÉRIOS

    1. Pervejo???

      Meistérios?????????

      Além de linguista, ela é uma excelente astrofísica, pois simplesmente olhando um desenho (não é foto, não) esquemático ela já consegue dizer até a hora da trombada!!

      hahahahh

  24. Salvador, já que está acordado, vamos lá.
    Que surpreendente a postagem dos 5 segredos da NASA….., que resposta incrível de seus leitores. Você tinha ideia que havia tantos seguidores acompanhando este Blog?
    Fiquei muito contente por reconhecerem teu trabalho.
    Outra surpresa, sumiram os Nibirutas, Crentes, Fanáticos e afins. rsrs.
    Com toda sinceridade, parabéns. Foi demais as manifestações dos leitores.

    1. Raf, fiquei meio atordoado, no melhor sentido. Uau. Como é bom sentir calor humano e bons sentimentos como aqueles. Ainda mais na internet, que é normalmente recheada só com as piores intenções e os piores instintos humanos. 🙂

  25. Lei de Keppler? kakakakakakaka.Olha só até onde vai a arrogância humana.Só rindo mesmo.

    1. Não é Keppler. É Kepler. E não foi o Kepler que colocou esse nome nela, claro. Foram outros, para homenageá-la. E olha só a sua arrogância, um humano querendo fazer pouco de outros humanos… 😛

    2. Ô titã, o que vc fez de importante na sua insignificante trajetória de vida até agora.
      Nada!!! ….Puxa, vai…se esforça…NADA!!!… te dou mais um tempo….NADA!!!
      Ahahahah. e vem falar do Kepler.
      Se atenha a sua insignificância de reles mortal.
      Nossa…continua…NADA importante. Engraçado, não. NADA!!!!!!!

  26. O interessante que li, na adolescência uma obra de FC “Os três sóis de Amara”; um planeta que não tinha noite, por ser banhado de luz por três estrelas. A Obra é pre- Voyager.

    1. Isaac Asimov escreveu uma história espetacular sobre um planeta com dois sóis que só se punham simultaneamente a cada 10 mil anos, “O Cair da Noite” (Nightfall). Ele imaginou o que ocorreria a uma civilização que não conhecia a noite, apenas ouviu lendas milenares e fragmentadas sobre algo como “estrelas”, no momento em que a noite realmente surgisse…

  27. Boa noite Salvador.
    Ter a massa 4x maior que Júpiter não significa ter um tamanho na mesma proporção? Afinal, qual o tamanho desse gigante?
    Estando a uma distância da estrela principal 16x maior do que Júpiter do Sol, então essa distância seria várias vezes a distância de Plutão do Sol? Isso resultaria em uma força de atração muito tênue entre os dois?
    Pela foto, a distância do gigante para as binárias parece ser muito maior do que a distância dele para a estrela principal, resultando numa atração quase nula, portanto, não entendo o porquê de tanta perplexidade. Desculpa Salvador, apesar do encantamento pela astronomia, sou leigo no assunto.

    1. 16x a de Júpiter é 2x a de Plutão. Sim, força mais tênue, órbita mais lenta (550 anos), tudo nos conformes.
      Sobre o tamanho, não cresce na mesma proporção. Com o aumento da massa, aumenta a gravidade e, com isso, a densidade.
      Por fim, as órbitas não são síncronas. Então ora o planeta está de um lado e as três estrelas do outro, ora o planeta está entre o par e a maior delas.
      E não se preocupe, continue se encantando e vamos em frente! Abraço!

    2. Bruno. Boa pergunta. Em ciências, vivemos pelas dúvidas mais que pelas respostas. Sua visão ainda limitada ressalta sua coragem e interesse. Continue questionando.

    3. Junte um quilo de chumbo e um quilo de algodão (algodão fofinho, não amassado 🙂 ), ou um quilo de isopor. O tamanho certamente será diferente mas a massa é a mesma.

  28. Vamos ter de quebrar novos paradigmas. O que pretendem fazer daqui para frente?
    Parece que as Leis Físicas que conhecemos, não são suficientes para explicar esta descoberta.
    Não obedece as Leis de Kepler, devido á variação da Gravidade em relação aos vários corpos!
    Então, … o que a Comunidade Científica faz numa situação como esta?

    1. Ei, pera. Ele super obedece às leis da física. A questão é que as leis da física ficam bem difíceis nessa hora. Lembre-se que, mesmo na gravidade newtoniana, que é uma versão simplificada da gravidade einsteiniana, só existe solução exata para problemas de dois corpos. Ou seja, se você quer calcular a interação gravitacional entre três corpos ou mais, você só pode fazer aproximações — o que explica a necessidade de os cientistas analisarem a estabilidade de sistemas planetários com simulações. Seria impossível prever o desfecho de antemão. E isso com a versão simples da gravidade, newtoniana. A mais complicada, a de Einstein, é tão complicada que nem é usada, salvo em casos extremos, quando a newtoniana não se aplica. As leis de Kepler, por outro lado, são uma versão “beta” da gravitação newtoniana — só se aplicam aos sistemas mais simples. É natural que a órbita desse planeta aí seja não-kepleriana. Ele não está quebrando as leis da física, está as seguindo à risca!

      1. Boa, entendi. Não rompe com tudo. Fica tudo muito mais complicado mas, há com estudar e explicar. Grato. Não analisei por este parâmetro.

      1. Pensei na possibilidade de uma órbita planetária perpendicular ao “baile entre as estrelas”, formando um triângulo orbital, ao invés de um simples disco. o planeta não seria tão afetado nessa possibilidade, já que no momento em que estivesse entre as estrelas, estaria, também, ao sul ou ao norte do disco orbital, levando-se em conta o tempo gasto para uma volta inteira em torno do sol principal. A ideia parece meio confusa, mas a possibilidade da existência de tal sistema também é. (nada mais do que suposições).

        1. É, não seria a coisa preferencial, porque planetas se formam orientados pela rotação de sua estrela-mãe, mas coisas mais estranhas já aconteceram. rs

    2. Como respondeu o Salvador, este sistema obedece e muito as leis de gravitação, mas não é possível resolve-lo da mesma maneira que se resolveu o nosso Sistema Solar pois no caso ele contém no mínimo três massas muito maiores do que as massas de outros corpos que porventura estiverem naquela região do espaço, fora o planeta gigante que está orbitando a estrela maior. As equações são complicadas, qualquer perturbação nas soluções levam a resultados diferentes do observado, o que obriga qualquer um que estude tal sistema a fazer medidas mais precisas e por um tempo mais longo das posições e velocidades dos corpos para que qualquer simulação com tal sistema seja coerente.
      Mesmo com o nosso Sistema isto já acontece, mas como nele não há outra massa muito maior do que qualquer uma das outras, podemos fazer aproximações sem apelar para cálculos numéricos, mas se quisermos mais precisão como aquela necessária para que simulações por períodos muito longos não sejam totalmente incorretas, somente fazendo os cálculos e incluindo muitas perturbações nos movimentos, equações aproximadas servem apenas como referência a partir de um determinado estado e num determinado instante do sistema todo.

      1. Geraldo, um desafio novo. Por isso que ainda há muito a aprender, conhecer.
        Surpresas por todo lado. Astronomia é maravilhoso. Abs.

  29. Salvador, pare e medite!

    Só temos 3 ciências (matemática, física e químicas e suas derivações) que nos permitem sondar alguns segredos do universo.

    Não estaria na hora de surgir a “Mãe de Todas as Ciências”?

    kkkkk!, … viajei, .. mas é que, só com essas três ferramentas, está difícil romper esses abismos espaciais. Os desafios de Colombo, Cabral e Vasco da gama é cafezinho diante da imensidão do cosmos. abs.

      1. Que é regida principalmente pelas leis da física até chegar nos buracos negros. A partir desses pontos, nada mais funciona.
        Assim sendo, insisto, precisamos ir em busca da “Mãe de todas as ciências” de forma célere.

      2. Falta de conhecimento mais abrangente dá nisso. Mas tudo bem, vou explicar. A mãe de todas as ciências já é conhecida há muito tempo. A filosofia já é a considerada há séculos como a mãe de todas as ciências. Quando o pensamento racional surgiu, em meio aos gregos do período arcaico, não havia distinção de cientista e filósofo. Matemáticos, geógrafos, historiadores, astrônomos ou físicos eram na verdade pensadores, amantes do conhecimento. É apenas no Renascimento e no Iluminismo que as ciências se separam da filosofia. Ambas são formas de pensamento racional, conhecimento construído a partir da razão, não pela crença ou pela prática, mas sim a partir de questionamentos. “Filos” significa amor e “sofia” sabedoria. Filosofia é o amor pela sabedoria, seja em qual área for. Mas a pergunta do Nyco e a resposta do prezado Salvador Nogueira foram boas para se fazer uma constatação: que há sim algo maior que o Universo. O ego do Salvador Nogueira, ao achar que só porque é astrônomo, a ciência dele tem que ser a mãe de todas as outras.

        1. Olha, não sei se foi falta de conhecimento seu, mas não precisa postar três vezes o mesmo comentário. Basta uma. 😉

      3. A ciencia mae ja existe sim e chama-se Biologia. A razao dela ser a principal e muito obvia, sem vida nao ha possibilidade de inteligencia e sem inteligencia nao ha possibilidade de haverem ciencias. Por definicao: “Biologia é o estudo da vida. Trata do conhecimento sobre nós mesmos e sobre o mundo do qual fazemos parte e no qual atuamos. É uma palavra formada pelos termos gregos “bios” (vida) e “logos” (estudo) cujo significado literal é “estudo da vida”. É uma ciência natural que estuda a origem e as características dos seres vivos e suas interações com o ambiente.” Logo, todas as outras sao decorrencia dela.

        1. Baseado na definicao, basta considerarmos nosso planeta a “cidade” em que vivemos, nosso sistema solar o “estado”, nossa galaxia o “pais” e nosso Universo o mundo que habitamos. Fica claro que fisica e quimica ajudam na descricao de fenomenos naturais observados por nos em nosso estudo sobre a vida, sendo a matematica a linguagem adotada (criada) para que a compreensao de tais fenomenos possa ser feita de modo padronizado. A astronomia possui equivalencia a macrogeografia e macrohistoria, ambas parte de uma macrobiologia, utilizando-se, tambem, das “ferramentas” fisica e quimica, e da linguagem matematica para explicar o nosso mundo (universo). Todas as ciencias “filhas” nos ajudam a explicar as perguntas petreas da Biologia, “quem somos, como somos, de onde viemos, onde estamos, para onde vamos e por que existimos?” Tanto no macro, quanto no micro, tudo deriva destas questoes biologicas.

        2. Nossa, essa é a primeira vez que ouço tentarem colocar a biologia na raiz das ciências. Permita-me discordar. Se isso fosse verdade, não haveria ciência para ser feita em planetas sem vida, por exemplo. 😛

        3. O amigo erra no seguinte: as explicações da Biologia são obtidas da Bioquímica, que se origina na Química, que é explicada pela Física, que surgiu pela Astronomia, junto com a Filosofia.

    1. Concordo, Astronomia é a mãe de todas 🙂

      Mas meditando um pouco, a física é a ciência para qual todas as outras se convergem e a matemática é a linguagem da física.
      Por exemplo, a essência dos fenômenos Biológicos acabam sendo explicado pela química, por sua vez os fenômenos Químicos acabam sendo explicado pela Física, tudo isso usando a Matemática.

      1. É verdade que existe essa hierarquia lógica, e o que evidencia a astronomia como mãe de todas é que ela usa tudo ao mesmo tempo e agora. 😉

        1. Se a astronomia é a convergência de várias outras ciências, então, me parece mais lógico que ela seja a filha de todas as ciências… a filha caçula, inclusive…

          1. Não, ela é a mais antiga. Há registros de observação do céu que antecedem quaisquer outros registros científicos.

        2. “A matemática, que ensina o homem a ser simples e modesto, é a base de todas as ciências e de todas as artes.” Malba Tahan

        3. Me parece mais então como uma ciência filha, já que ela herda a propriedade das anteriores

          1. Não, ela evoca as demais. Todas lhe dão suporte, ou seja, ela antecede. Como de fato, em registros históricos, ela antecede. Mapas do céu são mais antigos que qualquer outro registro de investigação científica de que se tenha notícia. 😉

        4. Bom, eu discordo e se for pra escolher uma ciência como a mãe de todas, eu conisdero a matemática, pois é através dela que tudo que temos hoje pode ser descoberto e inventado. Sem a matemática, ainda estaríamos como nômades coletores.

        5. Falta de conhecimento mais abrangente dá nisso. Mas tudo bem, vou explicar. A mãe de todas as ciências já é conhecida há muito tempo. A filosofia já é a considerada há séculos como a mãe de todas as ciências. Quando o pensamento racional surgiu, em meio aos gregos do período arcaico, não havia distinção de cientista e filósofo. Matemáticos, geógrafos, historiadores, astrônomos ou físicos eram na verdade pensadores, amantes do conhecimento. É apenas no Renascimento e no Iluminismo que as ciências se separam da filosofia. Ambas são formas de pensamento racional, conhecimento construído a partir da razão, não pela crença ou pela prática, mas sim a partir de questionamentos. “Filos” significa amor e “sofia” sabedoria. Filosofia é o amor pela sabedoria, seja em qual área for. Mas a pergunta do Nyco e a resposta do prezado Salvador Nogueira foram boas para se fazer uma constatação: que há sim algo maior que o Universo. O ego do Salvador Nogueira, ao achar que só porque é astrônomo, a ciência dele tem que ser a mãe de todas as outras. Mas apaguem tudo que foi falado durante séculos sobre a filosofia ser a mãe de todas as ciências. Isso era antes de surgir Salvador Nogueira. Se ele diz que é a astronomia, passa a ser a astronomia. O que ele diz é lei.

        6. Só para botar lenha na fogueira!!!
          Na justiça a mãe da verdade não é o réu que está sendo julgado, mas sim os métodos que esclarecem o delito, a astronomia apenas apresenta os eventos para serem explicados.

        7. Fora que foi o estudo dos astros que levou à Física e às outras ciências… E às não-ciências (o misticismo e as religiões), na busca por respostas desesperadas quando não se sabia as respostas. 🙂

      2. Falta de conhecimento mais abrangente dá nisso. Mas tudo bem, vou explicar. A mãe de todas as ciências já é conhecida há muito tempo. A filosofia já é a considerada há séculos como a mãe de todas as ciências. Quando o pensamento racional surgiu, em meio aos gregos do período arcaico, não havia distinção de cientista e filósofo. Matemáticos, geógrafos, historiadores, astrônomos ou físicos eram na verdade pensadores, amantes do conhecimento. É apenas no Renascimento e no Iluminismo que as ciências se separam da filosofia. Ambas são formas de pensamento racional, conhecimento construído a partir da razão, não pela crença ou pela prática, mas sim a partir de questionamentos. “Filos” significa amor e “sofia” sabedoria. Filosofia é o amor pela sabedoria, seja em qual área for. Mas a pergunta do Nyco e a resposta do prezado Salvador Nogueira foram boas para se fazer uma constatação: que há sim algo maior que o Universo. O ego do Salvador Nogueira, ao achar que só porque é astrônomo, a ciência dele tem que ser a mãe de todas as outras. Mas apaguem tudo que foi falado durante séculos sobre a filosofia ser a mãe de todas as ciências. Isso era antes de surgir Salvador Nogueira. Se ele diz que é a astronomia, passa a ser a astronomia. O que ele diz é lei.

        1. A filosofia não é uma ciência, por definição. Sem dúvida que a formalização do método científico nasceu da filosofia (pela qual tenho grande admiração; minha mãe se formou em filosofia!), mas estávamos discutindo hierarquia entre as ciências. Se resolvermos incluir disciplinas não-científicas, vira bagunça. E eu não sou astrônomo, sou jornalista. É meio consensual que a astronomia é a mais antiga das ciências, porque há registros muito, muito antigos de observação astronômica, que antecedem mesmo a invenção da agricultura. Não conheço nenhum filósofo de 35 mil anos atrás, mas há registros astronômicos (ainda que controversos) dessa época. 😉

          1. Stonehenge! Você pensou bem, Salvador, há controvérsias, mas o consenso é que Stonehenge era um observatório astronômico com uso prático: permitia a previsão das estações do ano, ajudando na agricultura.

          2. Ops, falei bobagem, Stonehenge é de 3.000 anos A.C., é bem mais “moderna” do que a sua citação. A agricultura surgiu há cerca de 10 mil anos, também é mais “moderna”. :-).

          3. Sim, menciono uns tabletes que parecem ter a constelação de Órion e a marcação de semanas de uma gravidez humana, que têm 32 mil anos.

          4. Este Marfim, com datação de 32,5 mil anos, encontrado em 1979, pequena lasca de presa de Mamute, em uma Caverna no Vale do Ach na região alemâ do Danúbio, pelo pesquisador alemão Michael Rappenglueck.
            Contém esta informação citada pelo Salvador. Aparece a Constelação de Órion(três Marias) e Cartas Astronômicas pintadas nas paredes da caverna Pré-histórica.

    2. Kkk, esse negócio de “mãe de todas as ciencias” é filosofia de botequim de aluno do 1o Período. Talvez o tio da aula tenha falado isso e as crianças ficaram encantadas.

      Se a Física ou Matemática forem mesmo isso, é esperado que a partir delas você consiga derivar as Teorias Biológicas, correto? Portanto, peço para o autor opinar sobre as hipóteses que tentam explicar a diversidade da Amazônia: Refúgios ou Soerguimento dos Andes? Qual a melhor estratégia para a conservação dos ambientes? SLOSS? Pode explanar sobre Distúrbio Intermediário? Ele aumenta ou não a diversidade (em termos de Índice de Shannon)?

      Obrigado.

      1. Concordo que cada ciência abarca um domínio, mas também está claro que não existe biologia sem evolução, e não existe evolução sem a compreensão da biologia molecular, e a biologia molecular não pode ser compreendida sem a química, que por sua vez não para em pé sem a física. Então, por mais que existam domínios restritos para cada uma das ciências (a neurociência não precisa da mecânica quântica, por exemplo), elas formam uma cadeia contínua que tem na base a física. Por isso brinco — e é brincadeira mesmo, essa não é uma discussão para ser levada a sério, como você mesmo disse — que a astronomia é a mãe de todas. É a única que reconhece que precisamos de tudo ao mesmo tempo, porque seu objeto de interesse é o próprio Universo! 🙂

        (Viu como não teve censura? Hehehe)

    3. A mãe de todas as ciências é a filosofia, que fez o ser humano indagar sobre ele e seu mundo.

    4. Muito divertido as defesas para “A Mãe de todas as Ciências”.
      Não parem, gostei de todas. ahahahaha
      Este é um verdadeiro Blog de Ciência, os outros são café pequeno.
      Salvador, acho que este tema merece um POST.
      Vai sair faísca, nos comentários. rsrs

        1. Bom, teve bola na caçapa de todo lado. rsrs
          Apareceram ótimas defesas de várias ciências e outras nem tanto.
          Muito bom.
          Turma não parem, não deixa o Salvador ganhar. rsrs

          1. Quem ganha são os leitores — inclusive eu — pelo debate. Não tem competição. É um debate entre pessoas inteligentes. 😉

    5. Para acabar com as picuinhas, considero a Matemática, a Física, a Biologia, a Astronomia e todas as outras disciplinas apenas como divisões acadêmicas do saber.

      Na Psicologia existe o conceito de “Gestalt” que diz:

      “Não se pode ter conhecimento do todo por meio de suas partes, pois o todo é outro, que não apenas a soma de suas partes”

      Utilizando minha “Licença Poética” extrapolo este conceito para a definição da mãe de todas as ciências, que chamo de CIÊNCIA com letras maiúsculas, “Gestaltica” por definição, portanto, eu a defino como a completa síntese de todo o saber.

      A MÃE DE TODAS AS CIÊNCIAS CHAMA-SE SOMENTE: “CIÊNCIA”

      1. Amigos, mais uma para a Lista,.mais uma bola na caçapa.
        A ordem dos fatores da Ciência(Matemática, Física, Química, Biologia, Astronomia, Filosofia,..etc)
        Não altera o resultado final:
        – “A Ciência do Conhecimento”. A Mãe de todas as Ciências.

  30. 320 anos luz?
    Isso não nos pertence nem daqui a mil anos.
    Por supuesto, las pesquisas no se pueden quedar.

    1. Eu não entendo essa mania de querer ir a todos os lugares do Universo. O fato de não podermos ir às vezes é parte do fascínio. 😉

      1. Na realida é a frustação de não podermos ir que nos faz resignar-se a se fascinar apenas em observar :(.

        1. Eu não fico frustrado de não poder ir a esse sistema. Tem tanto lugar para ir antes… 😉

  31. Salvador, sobre os planetas “abandonados” trafegando pela escuridão da galáxia, sem sistema estelar, simplesmente “boiando” no vácuo: É possível que o Sistema Solar seja a qualquer momento surpreendido em ter que “abrigar” algum planeta errante que cruze seu caminho, ou que possa ainda zicar com tudo? Abraço!

    1. Possível é. Só não é muito provável. Ou já teria acontecido nos últimos 4,6 bilhões de anos. 😉

      1. E quem pode provar que isso já não ocorreu veja o cinturão de asteroides grande numero de rochas orbitando

      2. Mas talvez já exista essa possibilidade. Alguns planetas-anões da órbita exterior, com órbita muito elíptica e com certas características despertam a desconfiança que foram captadados pela gravidade do sol, sem terem se formado com o material de formação solar. Ou estou falando besteira?

      3. Se capturarmos um planeta desses no nosso sistema solar, poderíamos chama-lo de Ninbiru,e dizer que os incas-venusianos vivem lá! Não é impossível, só é MUITO improvável rs

      4. Salvador, conforme lido nesse mesmo incrível (e crível) blog, o tal do nono planeta do Sistema Solar pode ter sido “adotado” dessa forma que o samuel descreve, não? Ou seja, mesmo não sendo muito provável podemos estar diante dessa possibilidade. Abraço.

    2. Eu defendo que planetas não se desgarram, mas são ‘roubados’. Nada está solto, tudo está interligado pela gravidade. Como uma bóia no oceano, aparentemente a ezmo, tendem a seguir as correntes marítimas

      1. Eles podem ser roubados ou podem ser expulsos. A gravidade permite as duas coisas.

  32. Quando pensamos entender um pouquinho, vem uma nova descoberta dessas e bagunça td de novo rsrs….. Vivemos em uma época muito especial. Parabéns por mais um excelente texto Salvador.

    1. O Universo não é só mais criativo do que imaginamos; é mais criativo do que podemos imaginar! 🙂

  33. Salvador. É possível que, em vez de estar sendo ejetado do sistema este planeta tenha vindo de um outro e está indo de encontro a estrela maior? obrigado.

    1. A essa altura, quase tudo é possível. Mas o mais provável é que o planeta esteja numa órbita estável ao redor da estrela maior.

  34. Muito bonito e interessante, e chego a pensar em uma molécula, em que os núcleos teriam alcançado um equilíbrio entre as forças e chegaram a uma estabilidade maior do que se estivessem separados.

  35. Boa noite Salvador,

    A estrela maior e as binários estão na mesma orbita? Já que possuem o mesmo centro gravitacionais acontecer de elas se chocaram caso a velocidade orbital de uma delas ser maior?

  36. Seria possível, dado essa configuração desse sistema, o planeta em questão descrever uma órbita em forma do 8, ora em torno da estrela principal, ora em torno das binárias, em função da “guerra gravitacional” das estrelas? Pode isso Salvador?

    1. Acho bem complicado. Pode até acontecer por algumas voltas, mas dificilmente seria estável.

  37. Olá Salvador! Talvez esteja inconscientemente impregnado, pensando nas futuras descobertas jovia-nas. Escapou!

    1. Foi ignorância mesmo. Eu até atentei para a raiz “jove” da palavra quando escrevi (e pensei em Júpiter), mas realmente achava que jovial podia ser usado como sinônimo de jovem. Mas fico feliz por ter errado. Agora aprendi o certo. 😉

      1. Salvador,

        Jove é o outro nome de Zeus, conforme se lê na Odisseia em várias passagens; que é Júpiter, na mitologia “emprestada” pelos romanos. E segundo a definição encontrada em Dictionary.com para jovial: “Medieval Latin joviālis of Jupiter (the planet, supposed to exert a happy influence), equivalent to Latin jovi- (see Jovian )”. Até quando vc erra, vc acerta!

        Abraços joviais

        1. Heheh, eu errei mesmo, galera. Acontece. Erros são uma consequência natural da carga de trabalho. E não sei se é essa a impressão que vocês têm aí do outro lado da tela, mas daqui posso dizer que eu tenho trabalhado feito um camelo. 😛

  38. E esse sistema e tantos outros dignos de nota são só os vizinhos próximos que conseguimos observar, onde os planetas encontrados possuem as condições necessárias para serem encontrados (plano orbital, temperatura…). Quantas maravilhas não devem existir lá fora e nem fazemos ideia!

  39. Salvador, veja você que mesmo os astrônomos ainda conhecem muito pouco diante da imensidão do Universo. Com as novas tecnologias e outras que ainda vão surgirem muita coisa nova e surpreendente ainda tomaremos conhecimento nesta década, inclusive o contato com seres extraterrestres cuja comunicação está batendo a nossa porta à todo momento , mas não sabemos como capta-la e descodifica-la.
    Fernando Queiroz Mello

    1. Claro que eles conhecem pouco! E essa é a graça! Ainda há muito a descobrir.
      A diferença entre os astrônomos e os que se apegam a especulações não-científicas sobre vida extraterrestre é o que o primeiro grupo admite que conhece pouco. O segundo grupo diz que conhece muito e que só os astrônomos conhecem pouco. Há de se desconfiar de quem sempre diz saber demais. 😉

  40. Deixa eu ver se entendi: temos um sistema binário de estrelas, sendo que orbitando a maior delas existe um planeta gigante (4x maior que júpiter) cuja órbita é bem maior que a distância entre as órbitas das estrelas. É isto mesmo? UAU!!

    1. Não, não é isso. Você tem uma estrela maior e duas menores, sendo que as duas menores giram ao redor de um centro de gravidade própria entre elas e também giram em torno do centro de gravidade conjunto com a maior. E, em torno da maior, entre ela e as duas menores, você tem um planeta gigante com 4 vezes a massa de Júpiter. É ainda mais estranho do que o que você descreveu. Veja a terceira figura do post. 😉

      1. Ah, agora olhei direito a figura: podemos dizer que a estrela maior forma um sistema binário com duas estrelas que formam, entre elas, um sistema binário menor, e além disso um planeta gigante orbita a estrela maior. PUTZ, que loucura!! :-O

          1. Este simulador está com um pequeno problema: ele nunca deve se iniciar antes de termos colocado todas as posições e velocidades das massas constituintes do sistema. Iniciando antes, o resultado final dos cálculos podem diferir muito até para um mesmo valor inicial de todas as variáveis envolvidas. Se a simulação se inicia com massas faltando, as outras massas vão se mover e ao colocar uma outra, a perturbação sobre o sistema vai depender do intervalo de tempo em que isto acontece, invalidando os resultados. Uma boa simulação permite introduzirmos todas as posições e velocidades de todas as massas antes de inicia-la.

  41. Cuidado: lá no sexto parágrafo, o autor diz que “o segredo da descoberta consiste exatamente na jovialidade do sistema”. Vale pontuar que jovialidade *não* é sinônimo de juventude, que parece a palavra que o autor queria usar. E como exatamente seria um sistema estelar jovial, é um pouco difícil de imaginar…

    1. Tiago, você está absolutamente correto. Usei jovial como jovem, e errei. Acabo de consultar o Houaiss e descobri que jovial é alegre, não jovem. Corrigindo. 😉

  42. 16 milhões de anos, não é um tempinho muito curto para a formação desse sistema, não?
    Com esse tempo, o que falar então das forças gravitacionais envolvidas?

    1. Não, não é. Semana passada mesmo estava falando de planetas gigantes formados com 3 milhões de anos… 😉

  43. E será que esse exoplaneta, não seria uma estrela falhada (anã marrom)? Se é um Júpiter, com massa 4x maior, não seria possivel?

    1. Por definição, anã marrom tem que ter pelo menos 13 vezes a massa de Júpiter. Tecnicamente, portanto, esse aí é classificado como planeta. Mas note que não há uma divisão clara de populações entre planetas gigantes mais avantajados e estrelas anãs marrons. A escolha de 13 massas de Júpiter se baseia na capacidade de realizar alguma fusão nuclear residual, coisa que as anãs marrons têm, e os planetas não.

  44. Salvador, boa tarde!

    Como se explica o fato deste planeta, apesar de estar 16 vezes mais afastado da estrela principal do que Júpiter em relação ao Sol, ser tão quente (ou ainda, tão mais quente que Júpiter)? A interação dele com as demais estrelas do sistema não me parece tão relevante como o faz com a estrela principal, pelo que entendi da ilustração.

    Abs!

  45. Caro Salvador, teremos muitas surpresas no futuro com esse novo sensor!

    1. Assim espero. Ele cobre uma outra faixa de descoberta, que é dos planetas gigantes e mais distantes da estrela. Complementa assim as outras técnicas. E já começa a revelar surpresas! 🙂

  46. É caro Salvador, a cada desenvolvimento ao qual a nossa ciência vai caminhando com novos equipamentos com novas técnicas de observação, provavelmente muitos paradigmas serão quebrados, pois Universo no qual estamos é imensuravelmente grande, e a cada descoberta nos faz sentirmos cada vez mais pequenos. Sinto que exponencialmente vamos vislumbrar cada vez mais eventos como este ao longo de um futuro não tão distante.

  47. Parabéns!

    Cada dia mais admiro seu trabalho meu caro Salvador!

    Um efusivo abraço.

    Dr. Haroldo.

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