O paradoxo da água líquida no passado de Marte
Marte está tentando desesperadamente nos contar uma história de seu passado, e nós não estamos entendendo nada. Veja só o paradoxo identificado pelo jipe Curiosity: embora seus instrumentos indiquem que, na cratera onde ele pousou, já existiu um vasto lago há 3,5 bilhões de anos, eles também sugerem que a atmosfera na época não tinha dióxido de carbono suficiente para preservar o calor do Sol e manter a água em estado líquido. O resultado aparentemente contraditório figura em artigo publicado nesta segunda-feira (6) nos “Proceedings of the National Academy of Sciences” (PNAS).
Que o lago existiu é incontroverso, a julgar pela presença de minerais em sedimentos que só podem ser formados com a presença de água em estado líquido. Medições também feitas pelo Curiosity indicam inclusive que suas condições gerais seriam habitáveis, ou seja, organismos vivos terrestres poderiam viver lá com facilidade. Mas calma lá.
A estabilidade desse lago, como as evidências parecem sugerir, teria exigido uma atmosfera muito mais densa que a atual, por dois motivos. Primeiro porque um efeito estufa adicional seria necessário para manter o planeta acima da temperatura de congelamento da água, e segundo porque, na atmosfera rarefeita de hoje, mesmo acima de 0 grau Celsius a água é instável e passa direto de gelo a gás.
O principal componente da atual atmosfera marciana é o dióxido de carbono, o popular CO2, um famoso gás-estufa. Mas hoje o ar de Marte é extremamente rarefeito, com uma pressão atmosférica que é um centésimo da terrestre, e o CO2 está presente numa quantidade tão pequena que nem chega perto de produzir um efeito estufa capaz de manter água em estado líquido por períodos significativos de tempo.
Para solucionar o problema, os cientistas sempre evocaram a presença de uma quantidade bem maior de dióxido de carbono no passado do planeta, capaz de mantê-lo em condições habitáveis, mesmo sob um Sol que, no passado remoto, tinha um brilho 30% menor que o atual. Mas, se esse fosse o caso, o leito do lago investigado pelo Curiosity estaria permeado por grandes quantidades de carbonatos, resultado do contato direto com uma atmosfera rica em CO2.
Não foi isso, contudo, que o instrumento CheMin (Química e Mineralogia) do jipe detectou. Desde que desceu na cratera Gale, em 2011, ele foi incapaz de detectar quaisquer sinais de carbonatos. Eles podem estar lá, claro, mas numa quantidade abaixo do nível de detecção do instrumento. E, isso, por sua vez, implica uma quantidade ridiculamente baixa de dióxido de carbono na atmosfera do passado — incompatível com a necessária para manter Marte aquecido há 3,5 bilhões de anos.
Em resumo: os mesmos instrumentos do Curiosity que indicam que havia um lago ali também sugerem que a atmosfera, pelo menos no que diz respeito a dióxido de carbono, era insuficiente para preservar sua existência.
Falta alguma peça no quebra-cabeça. Os pesquisadores sugerem que talvez o lago estivesse em estado líquido sob uma capa de gelo (em um Marte já frio), ou que talvez houvesse outro componente gasoso na atmosfera capaz de fornecer o efeito estufa requerido. Mas, por ora, teremos de conviver com o mistério.
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Posso estar sendo muito simplista mas essas “conclusões” que eles tiram não são baseadas em muita pouca informação?
Explico: vamos tomar como exemplo a Terra HOJE, todos sabemos que dependendo da região analisada (desertos, florestas, oceanos, etc.) os sedimentos encontrados podem variar bastante, e mesmo assim os geólogos só conseguiram tirar conclusões satisfatórias do nosso passado analisando CENTENAS de regiões profundamente, utilizando às vezes maquinário pesado para escavar, analisar os terrenos, etc.
O que quero dizer é: como se pode tirar conclusões a respeito das “origens” de OUTRO PLANETA usando como base meia duzia de rovers, sendo que somente o último tem capacidade de extração/análise (mini laboratório)? Concorda que voltando ao exemplo da Terra, se você imaginar que entrou numa máquina do tempo, saltou para daqui 1 milhão de anos e analisar somente 10 cm do terreno (não acredito que a Curiosity vá muito além disso) onde é hoje o Saara você terá apenas um fragmento que conta a real história do planeta?
Jackson, você está desprezando todo o treinamento que os geólogos já tiveram na Terra para interpretar essas informações. O Curiosity está no momento na encosta do monte Sharp, onde há diversas camadas de sedimentos. Sabemos da Terra como se formam esses sedimentos e como eles revelam o passado do planeta. Além disso, os métodos de datação de rochas são bem consistentes e se aplicam aos dois planetas.
Que paciência tem o Sr. Salvador Nogueira, parabéns! Espero que tenha comigo, a existência do verdadeiro estado sólido da água não explicaria esse paradoxo? Ou seja, algo parecido a “água em pó” presente na atmosfera! Exemplo Silicato Cálcico Hidratado: 3 CaO-2SiO2-3 H2O.
Não. Os minerais encontrados só se formam com água líquida.
Marte poderia ter tido uma atmosfera composta por gases cianetos semelhantes aos gases das caudas dos cometas?
Nunca ouvi falar na ideia…
Se uma das teorias para a origem da água é que ela teria vindo dos cometas, talvez de alguma forma os gases da atmosfera de Marte também possam ter tido a mesma origem.
A propósito tem alguma informação sobre a análise da água do cometa feita pela sonda Roseta. A última nota que vi aqui dizia que a água do cometa era com o isótopo deutério e isso inviabilizava a teoria para a origem da água na Terra. E se tem notícia se a água de Marte é ou não com deutério?
É uma ideia, mas a essa altura devemos presumir que a água de Marte, a exemplo da da Terra, nasceu com ele, e não foi trazida depois por cometas…
De toda forma ainda persiste o desconhecimento sobre a origem da água no universo e a descoberta da Roseta, se confirmada, complicou ainda mais a situação. Agora são duas águas diferentes. Também resta saber se a atmosfera de cianeto é capaz de provocar um efeito estufa semelhante ao CO2.
Agradeço por seus artigos esclarecedores e instigantes.
Oi, Marilda. Na verdade, não existe mistério sobre a água do Universo. Hidrogênio é o átomo mais abundante do Universo, e oxigênio é o terceiro mais abundante. Já observamos a assinatura espectroscópica de água em nuvens geradoras de estrelas (nebulosas), então sabemos que tem água a dar com pau lá fora. A dúvida principal era como a água veio parar na Terra, porque, embora na nuvem primordial que formou o Sol e os planetas houvesse água, nas regiões mais próximas da estrela, onde a Terra nasceu, os modelos de formação sugeriam que a água fosse toda destruída pela radiação solar e quebrada em hidrogênio e oxigênio. Hoje já sabemos que não é bem o caso e que moléculas de água conseguem se preservar no interior de grãos de poeira, de forma que a Terra já nasceu com muita água — e isso explica por que há mais água no manto terrestre, em meio ao magma, do que nos oceanos, na superfície!
Agora, claro, a água se acumulava com muito mais facilidade nas regiões mais externas do sistema, além da órbita de Marte, onde ela se comportava como rocha sólida. Por isso temos luas inteiras feitas de gelo de água no Sistema Solar exterior, e não no Sistema Solar interior! Essa diferença na ação da radiação solar explica assinaturas isotópicas diferentes. A água do cometa da Rosetta tem a assinatura de um corpo que se formou mais afastado do Sol. Já a Terra, assim como a maioria dos asteroides, têm água com uma assinatura que indica uma formação mais interna. É mais ou menos assim que se entende a coisa no momento.
Claro, ainda há muitos detalhes a compreender, e podemos nos surpreender ao estudarmos mais cometas. Mas, por ora, é isso.
Obrigado pelas mensagens interessantes e claramente bem informadas! Saber que há HCN em cometas não é para qualquer um. 😉
Não se estaria esquecendo que o principal gás do efeito estufa é o valor de água?
Pois é, Beto. Marte devia estar numa fase intensa de perda de água, o que significa muito vapor d’água na atmosfera. Mas suponho que isso já entrasse na conta dos modelos atmosféricos marcianos que pediam mais CO2, de forma que vamos precisar de um modelo melhor de todo modo. Os autores dizem, no paper:
“Our PCO2 estimates are orders of magnitude above those based on thermodynamic stability of magnetite with respect to siderite (Fig. 1), but remain well below the 1000s mbar CO2 levels required by the most optimistic climate simulations to keep the average temperature of early Mars above 273 K for long periods (33); for example, Ramirez et al. (34) model clement conditions at 1.3 bars CO2, with 20% H2 as an additional greenhouse gas.”
Suponho que esse H2 do modelo do grupo de Ramirez seja justamente um subproduto da quebra de H2O pelo UV na atmosfera. E é um bocado de H2 aí.
Concordo com o Victor. Apesar dos grandes avanços nos equipamentos dos rovers e das sondas orbitadoras, acho que respostas mais contundentes somente quando o primeiro astronauta pousar em Marte. Abraços, Salvador.
Obrigado pelo apoio moral! 🙂
Salvador
Uma questão lembrando um pouco o caso de Ceres especificadamente a cratera Occator que tudo indica era um lago confinado, foi encontrado sais como perclorato no fundo destas crateras em Marte? será que poderia ser isto , a presença de sais para manter a água liquida tanto tempo mesmo sendo a pressa atmosférica insuficiente?
Sem dúvida sais tiveram um papel, principalmente no fim da fase molhada de Marte. Mas ainda assim a conta não fecha.
É possível, e até provável, que à época da existência desse lago, a órbita de Marte em torno do Sol fosse diferente, as distâncias relativas entre eles também. Isso recoloca inteiramente a questão.
Salve Salva, certa vez li sobre Marte não ter um campo magnético como o da Terra. Creio que li aqui mesmo. Pois bem, Marte não tem campo magnético hoje; mas, provavelmente o teve há bilhões de anos atrás. Em uma vez tendo existido este campo magnético em Marte, seria possível o mesmo ter auxiliado o planeta vermelho possuir uma atmosfera mais densa e quente permitindo a existência de água líquida e do lago? Depois o planeta esfriou, perdeu o campo magnético e tchau atmosfera e lagos de água marciana…
Sim, a ideia é essa. Mas o modelo mostra que 3,5 bilhões de anos atrás havia bem menos CO2 do que o necessário para o lago estar lá — e estava lá. rs
De uma coisa eu tenho certeza, ja houve vida em algum momento em marte, mas algo aconteceu que tornaram as condições insuficientes para vida. Existem tantas possibilidades, ja pararam para pensar que talvez possamos ter vindo de lá? parece ficção mas é possível, nossa história é muito mal contada, ainda existem muitos mistérios a ser desvendados no nosso próprio planeta, mas , acredito que quando formo a marte alguns deles serão entendidos.
Acho que já deu né? Não sei se quem assina esta coluna é um colunista ou um oportunista.
Obrigado pela audiência! 🙂
Quanto ódio neste coraçãozinho! Poderia explicar o motivo?
Meu caro, sabe-se que o próprio vapor d’água é um gás muito mais preponderante para o efeito estufa do que o próprio CO2, os cientistas que pesquisam estes dados chegaram a considerar que a própria água, com seu vapor, pudesse provocar o efeito estufa que elevasse a temperatura da atmosfera a um nível que possibilitasse a existência de água líquida e portanto do lago em questão?
Seria possível ter existido no passado distante atividade geotérmica neste lago? Ou mesmo com calor do interior do planeta seria necessário condições atmosféricas favoráveis para manter o lago em estado líquido?
Talvez, mas a atmosfera rarefeita ainda seria um problema.
Salvador,
Há 3,5 bilhões de anos, a própria superfície do planeta devia ser mais quente, ou não? Considerando a idade do sistema solar, é de se presumir que os planetas ainda estavam se resfriando mas com muita atividade vulcânica.
Mais ou menos. Marte, que é menor, já devia estar bem, bem resfriado a essa altura.
Mensageiro, mudando um pouco de tema, no final do ano passado li que os chineses estavam testando o emdrive, alguma novidade por parte dos chineses?
Nada. Até isso é um rumor a essa altura — um rumor interessante, mas rumor mesmo assim. rs
Vamos esperar para ver se desse mato sai algum coelho. Esse motorzim tá muito misterioso!
Salvador, os dois elementos rochosos que circundam Marte poderiam esclarecem algo sobre esse passado? Poderiam ser os restos da colisão que deixou Marte sem atmosfera, sem água, sem oxigênio…..
Não vejo relação, até por que não houve um evento rápido, catastrófico…
Se tudo que foi relatado estiver correto, indica que houve a presença de água com composição um pouco parecida com a dos oceanos no Planeta Terra, em termos de sais, ou seja, baixíssima concentração de carbonatos, e estes oceanos foram absorvidos, formando lençóis freáticos, semelhantes á aquíferos, existentes no Planeta Terra, e os gases de efeito estufa, mencionados, não seriam, somente o CO2, mas, principalmente, vapor d´agua, que se projetou, totalmente, para o solo em forma de chuva, que formou rios que, também, foram parar nos lençois freáticos, formando verdadeiros mares subterrâneos.
Poderia ter havido, durante um momento, uma poeira de partículas suspensa na atmosfera marciana de sorte a promover esse efeito estufa? Ou seja, uma camada de poeira que reteria o calor em Marte, mantendo a água em estado líquido para, posteriormente, com a lenta sedimentação dessa poeira, a água desaparecesse?
Por ter uma atmosfera muito rarefeita, Marte reuniria condições de manter partículas suspensas durante um bom período. E o que poderia causar essa condição seria um choque com algum meteoro.
Poeira bloqueia o Sol e esfria, não esquenta…
Um vulcão poderia ter sido fonte de calor durante um período?
Não havia vulcanismo próximo associado, e a principal ação de vulcanismo à distância seria emitir CO2 na atmosfera…
Salvador, não sei o que houve com meu comentário a cerca do artigo de hoje, mas eu acho que deu algum pau. Então, farei um resumão: Precisamos mandar alguém a marte! (basicamente foi isso).
Só assim desvendaremos muitos dos mistério, sinto que as sondas e os roovers estão no seu limite.
Acho que aprovei esse aí… deve estar aí.
Vi sim, tá lá embaixo. Desculpe pela falha. 🙂
Só para registro, gostei de sua reportagem. Parabéns! Salvador Nogueira.
Valeu!
Realmente, bem acima da média do UOL, mostrando que jornalismo digital não é baseado ”kibadas” de sites gringos com google tradutor e ctrl+c ctrl+v.
🙂
E o lago não poderia ser formado por outro tipo de líquido, que não seja o H2O?
Não, só H2O formaria certos minerais e só H2O existia na concentração suficiente em Marte…
pelo amor de Deus, essas informações de vocês da UOL já são uma merda, muito mal escritas e ainda por cima tem que assinar esta porcaria!!!! vocês vão ficar sem ninguém pra ler essas merdas de reportagens deste jeito.
Obrigado pela audiência!
Buda estava conversando com seus alunos embaixo de uma linda árvore quando, de repente, apareceu um jovem bêbado desafiando o mestre para uma briga.
Para surpresa geral o mestre aceitou. Abriu-se uma roda, Buda de um lado, o jovem do outro. Antes de partir para cima do mestre, o jovem bêbado começou a jogar terra na cara de Buda. Esse não se mexeu.
Então, o jovem começou a cuspir na direção do rosto de Buda, e novamente este nada fez. Restava usar as palavras: o jovem xingou Buda de coisas horrorosas, e este também nada fez. Por uma hora inteira tudo se repetiu: terra no rosto, cusparadas e xingamentos. O jovem, não suportando a passividade do mestre, foi embora gritando e morrendo de ódio.
Os alunos, espantados, aproximaram-se de Buda e disseram:
_ Quanta humilhação, mestre! Ele lhe jogou terra no rosto, cuspiu, xingou e o senhor não fez nada!
Buda se limpou e disse com serenidade:
_ Aluno, quando alguém vai à sua casa levando um presente e vocês não aceitam, com quem fica o presente?
_ Com quem o levou – disse um dos alunos.
_ Então, ouçam e aprendam: quando alguém joga em você ódio, raiva e veneno e vocês não aceitam nada disso, com quem ficam esses sentimentos?
Aquelas palavras calaram fundo na alma dos alunos. (in, As 14 Pérolas Budistas)
MORAL DA HISTÓRIA: DESDE A CHINA ANTIGA EXISTEM OS HATERS
Boa história e boa moral! 🙂
Victor, sua iniciativa em apoiar Salvador Nogueira e nobre, pois a agressividade do leitor Rogerio e demonstracao clara da ignorancia dele. Tanto que, para a leitura do conteudo publicado por Salvador Nogueira (Mensageiro Sideral), o qual eu acompanho ha alguns anos, nao e necessaria a assinatura do UOL, pois e gratuito. Logo, o “burro em questao, alem de reclamar da cenoura, nao sabe pra onde dar o coice”. Deveria desferi-lo em sua propria cara. Porem, gostaria de fazer uma breve observacao na sua “moral da Historia”: Desde a China antiga? Siddhartha Gautama (Shakyamuni Buddha), nasceu no Nepal, viveu e morreu na India. Entao, a China e os chineses nada tem a ver com a parabola do odio descrita por Buddha, assim como Salavdor nada tem a ver com a reclamacao do Rogerio por pagar o UOL. Ele deveria reclamar aonde o conteudo e restrito a assinantes. Fora isso, sua iniciativa e louvavel e Salvador, como sempre, nos prima com materia para os que gostam de usar a “massa cinzenta”, ao inves daqueles que preferem “inverter o peristaltismo”. Parabens a ambos e obrigado Salvador Nogueira.
Davi, deixando claro: acredito que o pessoal desbloqueie o conteúdo quando ele é chamado no UOL. Aí o acesso é livre. Mas quando se chega a ele por outro caminho, aí há a restrição da Folha, que deixa ler 10 textos de graça por mês, com cadastro. Depois disso, só assinando (Folha ou UOL).
Foi ignorância minha, como deu para perceber não conheço a história sobre vida do Buda em si.
Fiz uma associação livre muito porque lembrei dos pagodes, as estátuas chinesas milenares e acreditei que ele tivesse vivido por lá, mas temos o Nepal, Índia, Japão, Coreia, indonésia e tantos outros países que abraçaram o budismo.
Nada justifica o meu erro. Mas fico grato por me ensinar.
Se me permitir, vou refazer a brincadeira: Existem hatters desde a antiguidade, seja no Nepal ou na Índia.
A propósito, conheci essa história através de uma monja brasileira muito simpática que vem colocado vídeos no YouTube contando os seus ensinamentos, canal que descobri recentemente.
Vou deixar o link para canal dela.
https://youtu.be/yMcpGHQFUUs
“inverter o peristaltismo” foi ótimo…vou anotar para usar contra hatters, conspiracionistas, terraplanostras, negacionistas e afins…rsrsrs
Como este é um blog científico, vale lembrar que Buda viveu na antiga Índia, não na China. =D
Ah, mas ele estava em turnê durante essa história. Buda in Concert! 🙂
Amigo, acho que você errou o blog do seu comentário. Verifica aí, vai!
Valeu pelo apoio!
kkkkk surtou. Pelo jeito nunca leu nada escrito pelo Salvador, inclusive esta matéria.
Rogério, e de que forma Deus poderia te ajudar com este seu problema?
Assinando para você? Aplicando corretores ortográficos divinos?
caro mensageiro. talvez tenhamos dois caminhos a seguir nessa empreitada, que por si só já nos traz uma informação valiosíssima: essa cratera pertenceu à um aquífero, que por tectonia do planeta sofreu um soerguimento, o que explicaria a presença de água liquida, mas a ausência de carbonetos no leito – a teoria da camada de gelo não me parece viável, já que teríamos trocas e depósitos da atmosfera, ou: um elemento catalisador em excesso na atmosfera – como o argonio ou o nitrogênio – podem ter mantido a pressão necessária para a água se liquefazer. de qualquer forma é preciso olhar de forma diferente da que conhecemos nossa estrutura planetária
O problema, Matheus, é que a situação dessa cratera é similar à de muitos outros lugares em Marte. Tanto o jipe Spirit quanto o Opportunity também confirmaram presença de água líquida no passado marciano…
Ou talvez o lago fosse mantido de forma artificial pelos alienigenas e por isso, jamais saberemos
Que alienígenas?
O lago pode ter sido mantido de forma artificial por uma antiga civilização existente em Marte………
Não há evidência de que houve vida complexa em Marte.
e deviam ser tão avançados que antes de deixarem o planeta conseguiram apagar todo e qualquer vestígios de sua passagem, para nos fazer pensar que nunca estiveram lá, kkkkkk
Estão assistindo Alienígenas do Passado demais…
Grande Salvador
Parabéns pelo artigo, muito dez mesmo.
Gostaria de receber a newslleter.
Favor incuir meu e-mail na sua lista.
Obrigado.
Manaus – AM
Valdison, taí uma ideia: talvez eu devesse criar uma newsletter. No momento não tenho uma…
Olá Salvador, me prontifico a te ajudar nessa empreitada. Também sou jornalista e hoje em dia na empresa que trabalho enviamos uma newsletter semanal para um mailing de mais de 10 mil contatos. Posso colaborar com você nessa questão para divulgarmos esse tema tão encantador. Se interessar me procure. Abraços
Ps.: minha ideia é somente colaborar mesmo, não vendo essa tecnologia, nem vivo disso. ok
Tiago, obrigado pela oferta. Qualquer coisa te falo! Abraço!
Por favor, crie mesmo: é uma excelente maneira de não t/lermos comentários.
Bem, os comentários são uma parte importante da experiência aqui…
Marte continua um mistério para a raça humana. O ser humano começara a desvendar este paradoxo quando houver uma missão tripulada a marte.
Você não acredita nisso não é? Esse papo de 3,5 bilhões de anos. Examinar daqui e dar esses chutes, é conversa fiada. Sem prova alguma. Na melhor das hipóteses, teoria sem qualquer evidência concreta.
Não examinamos daqui. Examinamos de lá. O jipe está lá.
Antonio, com que embasamento você afirma que esse assunto não passa de conversa fiada? Se você não entende de geologia, de astronomia, por que você acha que isso tudo é apenas um achismo?
Ola Salvador, a hipótese de os carbonatos terem sido realizados no passado e posterior decomposição também foram cogitados? a química que envolveria esse processo caberia nesta analise?
Segundo eles, não, porque o jipe é capaz de escavar os sedimentos — e lá dentro os carbonatos deveriam ter sido preservados…
Gostei.
Quiçá todo CO2 necessário para o efeito estufa em Marte, possa seguir do nosso Planeta Terra num futuro próximo. Uma ponte de Dióxido de Carbono…
Muito bom esse artigo, obrigada pela informação UOL.
É muita polêmica de uma só vez. Penso que tem muita gente não interessada em uma missão tripulada à Marte. Na minha opinião basta olhar as fotos. O que vemos? Um grande deserto, não é isso? E nos desertos não existe vida? Não existe água? Penso que ninguém sabe nada, ou sabem e não querem dizer. Acredito que as Vikings tenham realmente encontrado vida em 1976 e a NASA esconde até hoje, embora vozes conceituadas de cientistas da própria agência se tentam fazer serem ouvidas. Inclusive cientistas da própria missão que não se cansam de afirmar que os experimentos realizados confirmaram sim a presença de vida no planeta vermelho. O ceticismo exacerbado nunca se prestou no auxílio da ciência. É a história de São Tomé.
São Tomé mandou bem, na minha modesta opinião. E a Nasa afirma que está em busca de vida em Marte. Que sentido faria esconder uma descoberta quando anunciá-la garantiria financiamento farto pelas próximas décadas?
Tem gente que vê conspiração em tudo. Deve ser fruto de uma vidinha sem graça e que só tem algum sentido quando a pessoa se julga dona de uma “verdade” que pouca gente conhece. Ainda bem que não sou você.
Hoje sonhei que via óvnis… quando acordei,fiquei tão chateado que era apenas sonho….
Somente o Hidrogênio e o Oxigênio são gases que podem se tornar líquidos ????
Não, todo gás, a uma temperatura suficientemente fria, pode virar líquido. Mas somente H2O produz os minerais observados no solo de Marte…
Incrível como falta a comunidade cientifica, e em muitos grupos de pesquisas aparentemente “sérios”: pessoas com visão mais holística e aberta, pessoas com noções mais solidas de estatística, pessoas desarmadas de pré-conceitos e imbecilidades termodinâmicas como de que o “ente magico” chamado acaso pode analisar, organizar, decidir e evoluir…..do nada!!
No meio jornalistico então…Deus do Ceus…quanta ignorância e partidarismo para fazer a tela aceitar tudo(antes era o papel que era uma latrina de falsos cientistas ou como os chamo CIENTOLOUQUISTAS).
Eu, um reles bacharel em química sei que uma “foto” analítica de qualquer amostra nada ou quase nada pode revelar, com precisão exigida por uma ciência mais séria, do que a amostra tenha passado. São infinitos os cenários do que possa ter ocorrido!! São grandes as possibilidades de erros de amostragem, analiticos, etc..
Lendo o artigo, e sem perder muito tempo com uma pseudo lagoa marciana ja que ainda temos tantos problemas científicos não resolvidos e mais urgentes a melhorar a vida aqui na terra, sugiro a possibilidade, Se os estudos mineralográficos forem confiaveis que:
a- A origem de tal Lago pode muito bem ser fruto de uma queda de algum corpo celeste provido de quantidade de água suficiente para, em curto espaço de tempo, e em condições de confinamento, gerasse as especies cristalinas que estão confundindo a todos.
b- As estruturas que possivelmente indicam presença de água para sua formação, podem ser “alienigenas” a Marte, vindas junto com o Mensageiro Sideral que formou a depressão do lago.
c- Nosso conhecimento atual em formação de cristais que estão gerando o paradoxo seja insuficiente, crendo nós reles mortais que só em fase aquosa eles se formariam….Quanta presunção de nossos cientistas(cintolouquistas por opção) e os “jornalistas” macacobras em acreditarem que a comunidade cientifica ja dominou e esgotou todas as formas ou processos possíveis de tais cristais se formarem….KKK
Enquanto a ciência for desprovida de uma mente aberta e cônscia de que quase nada sabe ainda, continuarão a ser publicados papers(ou agora telas) que para nada mais prestam que apenas gerar pseudo fama efemera; clics nos sites (valorizando seus anúncios); livros cientolouquistas para incautos e ignorantes sustentar os ISHPERRTOS.
Parabéns! o mais sensato dos comentários.
Adoro os artigos do Mensageiro Sideral! Sempre escritos impecavelmente, de forma divertida e ao mesmo tempo com muita seriedade e comprometimento com a verdade.
Valeu!
Talvez eu esteja falando besteira, mas não chegaram a pensar que o calor para manter a água em estado liquido poderia estar vindo do núcleo de marte?
O problema é que uma atmosfera rarefeita não permitiria água líquida nem com calor suficiente vindo do interior de Marte… tem alguma peça faltando.
Estes assuntos é de meu interesse, Astrofísica, Astrobiologia, Astronáutica….
Português não, né?!
Se jogássemos ogivas nucleares em Marte, poderíamos produzir um efeito estufa artificial para iniciar um processo de terrificação?
O Musk teve essa ideia. Detonar as ogivas não em Marte, mas sobre os polos de Marte, e assim sublimar o CO2 e a água contidos nas calotas polares, aumentando a densidade da atmosfera e o efeito estufa.
E, em teoria, isso seria possível? Essa atmosfera mais densa, caso desse certo o experimento, não se perderia novamente?
Sim, se perderia, mas a um ritmo lento. Alguns milhões de anos bastam para nós, não? Pense que o ser humano está na Terra há apenas 200 mil anos para efeito de comparação… 😉
Salvador, sou formado em Física pela USP. Lembro de muitas disciplinas que me ensinaram a lidar com instrumentos para fazer experimentos el laboratório. Dentre as disciplinas, eu guardo muito bem as aulas de Química. Lá eram feitas análises e procedimentos para identificarmos propriedades de substâncias por meio de reações e tínhamos um grande aparato de instrumento para nosso aprendizado. Percebi, com o tempo, que tudo aquilo tinha muitos problemas. Apesar de muito bom ele sofria do fator humano na manipulação dos produtos e, com isso, os resultados pareciam ser mascarados. Depois entendi que as aulas não eram feitas para lidar com essas falhas de manipulação, mas sim com a instrumentalização. O que os professores queriam era ensinar a seus alunos que procedimentos de laboratório exigiria um rigor técnico absurdo e que erros nos resultados eram inevitáveis devido a forma como estávamos trabalhando.
Ao ler seu artigo eu lembrei das minhas aulas de Química e de como era difícil chegar a resultados que já sabíamos de antemão o que deveria ser encontrado. Fico perplexo de como os Cientistas desses projetos especiais conseguem levar um verdadeiro laboratório de pesquisa em Química para outro planeta, fazer as manipulações e chegar a conclusões tão detalhadas. Acredito que o investimento nessas técnicas vai levar o ser humano a uma condição excepcional, já que se podemos manipular isso tudo lá, tão distante, o que não faríamos aqui na Terra! Acho também que chegamos a um impasse sobre as conclusões apresentadas ao analisar os dados dos experimentos. Parece que precisamos de mais um etapa no processo. Talvez a solução é o envio de seres humanos para lá, já que robôs possuem limitações muito amplas para lidar com a instrumentação que está ao alcance.
Acho extremamente importante seu depoimento. As pessoas não têm noção de como é difícil obter um experimento “limpo”.
Olá Elias! Ainda não tive estas disciplinas de química. Em que semestre elas são oferecidas? As aulas são lá na química mesmo, e são práticas (laboratórios)?
Não sei se elas ainda são obrigatórias no currículo novo, mas se forem oferecidas, mesmo que optativas, eu adoraria fazê-las! 🙂
Bom, talvez os cientistas tenham se deparado com uma falta de resposta pelo seguinte. É sabido que essa conversa de CO2 ser considerado um gás responsável pelo efeito estufa (que nem sequer existe), dá umas pesquisadas melhor no assunto pra saber do que eu tô falando. E não, não é teoria da conspiração.
Diante desse dilema criado pelos mesmo ”cientistas” muitos dos quais fazem pesquisas para favorecer empresas A B ou C de diversos seguimentos, muitas inclusive que lucram absurdamente com a farsa do aquecimento global, agora estão perdido na própria mentira que criaram por outros colegas e por si mesmos: Inventar uma teoria que permite explicar que existiu água em marte, mesmo com o CO2 ou voltar atrás e dizer que o tempo todo, essa história de CO2 ser um vilão (precisa falar isso pras plantas, para elas não usarem mais o CO2 para fazer fotossintese hehe). E voltar atras nessa questão (mentirosa) faria com que muitas empresas perdessem bilhões de dolares, uma vez que existem bilhões de idiotas facilmente manipuláveis que realmente acreditam nessa mentirada toda de aquecimento globo, CO2 nocivo entre outras centenas de mentiras que são tomadas como verdade. E isso é uma vergonha para as pessoas que vivem hoje em dia na Terra. Pois tem todas as condições de saber sobre as verdades que as rodeiam no mundo, mas não as conhecem pq acham que internet se resume a facebook, twitter, youtube e xvideos. Forte abraço.
Dá uma pesquisada melhor em Vênus. 😉
“precisa falar isso pras plantas, para elas não usarem mais o CO2 para fazer fotossintese hehe”
bom, isso se conseguirmos manter uma quantidade boa de plantas para fazer a fotossíntese do C02 excedente, né? mas parece que estamos indo na direção contrária…
Alguém aventou a possibilidade de que o lago não fosse formado por água mas sim por outro líquido ? Ou que a água contivesse algum componente que a tornasse estável em uma condição de baixa pressão atmosférica ?
Parece que o parodoxo leva a questiona a composição da água.
Era água. A questão é: como era água?
A questão é que os cientistas, por teoria, partem de uma premissa que eles consideram concreta, uma verdade irrevogável que existiu água, e tentam a partir dessa premissa dar explicações. E se não existiu?
Os cientistas não conseguem explicar nem coisas que aconteceram no nosso próprio quintal! A construção das pirâmides do Egito que ocorreram há cerca de 4 mil anos é um exemplo típico.
Como então explicar fatos ocorridos há bilhões de anos? E mais um detalhe: teorias são teorias. Provas são outros quinhentos…
A evidência de água em Marte é conclusiva. E não há mistério sobre a construção das pirâmides do Egito. Excesso de History Channel detected. 😛
Nós só conseguiremos desvendar muito dos mistérios de Marte no dia em que nós humanos de fato pousarmos lá. Poderemos levar a exploração a um outro nível. Escavar em grandes profundidades e infinitos novos estudos, muito mais aprofundados e detalhados. Começo a pensar que estamos chegando ao limite do que os jipes robóticos e as sondas podem nos oferecer, seus instrumentos são limitados. E embora existam novas missões e sondas a caminho de Marte, o que nos dará dados preciosos sobre o nosso planeta interior do Sistema Solar favorito (depois da Terra, óbvio rsrs) vejo que a necessidade do homem em ir até Marte se torna cada vez mais maior.
Se a água contida em Marte tivesse uma concentração de sais muito maior que a dos mares da Terra poderia ter contribuído (mesmo que parcialmente) para manter a água em estado líquido… a questão é até onde a crioscopia poderia estar envolvida neste processo… É um desafio imenso para os cientistas analisar toda uma infinidade de variáveis a mais de 55 milhões de quilômetros de casa.
Muito bom o blog Salvador… já acompanho teu trabalho a anos. Abco
Valeu, Claudemir!
O que é essa estrutura em 2:10, no canto superior esquerdo próximo a uma elevação? Parece um torre.
Pareidolia.
Não vejo nada.
Acho que minha pareidolia não está muito bem calibrada… 😀
É uma torre da Embratel que a naza esqueceu de apgar das fotos. #nazamenteee
É possível que fosse uma atmosfera de oxigênio ou isso já é descartado?
Marte de fato deve ter tido bastante oxigênio no passado. Mas ele não é um bom gás-estufa.
Salvador, seria possível a existência de algum outro gás, como um gás nobre, que não deixasse traços químicos mas tivesse a capacidade de efeito estufa??? Existe alguma substância que atenda esses dois critérios???
Não que eu saiba, até porque tem uma questão de abundância…
Não vejo nada de contraditório nisso, apenas informações insuficientes, i e, o conhecimento humano sobre esse planeta ainda não é suficiente para se chegar a conclusões finais. Ao longo de séculos de construção do pensamento científico, a ciência tem plena consciência de que informações sensacionalistas não podem fazer parte de seu comportamento.
Neste caso a informação não é sensacionalista. Há um paradoxo que será resolvido no futuro próximo quando mais informações forem recebidas ou quando equipamentos forem enviados a Marte com este propósito. É a mesma, no sentido, de como se mantém o equilíbrio da atmosfera de Plutão.
A peça que falta é a mesma que quando nos deparamos com paradoxos semelhantes na terra, em relação à formação do carvão, e a datação de matéria.
O erro esta em responder tudo com “algumas centenas bilhões de anos”
O Universo tem 13,8 bilhões de anos. Você tem lido as fontes erradas. 😉
17 anos atrás o universo tinha 12 bilhões de anos (diziam os livros de ciência do ensino médio).
Hoje já são 13,8!!! Como o universo envelhece rápido heim!
Quando o próprio Edwin Hubble fez seus primeiros cálculos, na década de 1930, superestimou a velocidade da expansão e, por consequência, estimou que o Universo tinha apenas 2 ou 3 bilhões de anos! O cálculo da idade do Universo, naturalmente, foi se refinando com o passar das décadas desde a descoberta da expansão cósmica. Mas o livro didático que você usou já estava desatualizado naquela época. Na verdade, 17 anos atrás, em 25 de maio de 1999, a Nasa realizou uma coletiva anunciando que a idade do Universo estava ao redor de 14 bilhões de anos. Isso, com base em observações do Telescópio Espacial Hubble. Os valores mais aceitos hoje para a idade cósmica vêm da combinação de várias medidas, entre elas o satélite Planck, que, combinadas todas, dão um valor de 13,799 bilhões de anos, com margem de erro de 21 milhões de anos.
Claro, esse cálculo da idade do Universo depende de termos entendido bem sua evolução. Se entendemos algo errado, o modelo usado para calculá-la não serve, e aí podemos ter outra idade. Por isso, é bom não levar muito a ferro e fogo a exatidão. Por outro lado, se não entendemos tudo perfeitamente, ainda assim temos modelos que reproduzem com incrível precisão as observações atuais, o que nos leva a crer que dificilmente a idade vai fugir muito dessa faixa dos 14 bilhões de anos, mesmo com grandes modificações.
Uma pesquisa que tem implicações diretas para esse cálculo foi reportada aqui há pouco tempo: http://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2017/01/27/lentes-gravitacionais-sugerem-que-o-universo-esta-se-expandindo-mais-rapido-que-o-esperado/
DE LONGE O GÁS MAIS RESPONSAVEL PELO EFEITO ESTUFA É O VAPÔR DE AGUA ….ele é que nao existia em quantidade suficiente …
Parem com esse discurso falso de CO2 . Ele pouca importancia tem nesse efeito . Corresponde apenas a 0,04% da nossa atmosfera ! E o ser humano conteibui apenas com 3% desse total!
Em Marte ele responde por muito mais que 0,04% da atmosfera e presume-se que no passado também. Não misture negacionismo da mudança climática à conversa. Não vai ajudar.
Salvador, adoro seus posts e este artigo é incrível! Parabéns.
Discordo completamente do colega que escreveu este comentário acima, pela sua forma. Mas discordo de você também quando dogmatiza a questão da relação do CO2 livre na atmosfera com a temperatura do Planeta (marte ou terra) ligando imediatamente ao negacionismo do aquecimento global e encerrando o debate sem uma contra argumentação técnica.
Sem querer me enquadrar de forma dogmática e misturar a questão do aquecimento global (que é obviamente um fato aqui na terra nos dias de hoje) com o paradoxo de marte, objetivo do seu post, mas pela natureza da questão já o fazendo, existe sim razoabilidade cientifica para questionar se o CO2 é de fato um gás de efeito estufa e o principal responsável por este aquecimento.
Há dados mostrando que o aumento de CO2 historicamente pode ocorrer após o aquecimento global, e portanto seria uma consequência e não uma causa do mesmo.
(https://www.newscientist.com/article/dn11659-climate-myths-ice-cores-show-co2-increases-lag-behind-temperature-rises-disproving-the-link-to-global-warming/)
E caso isto seja um fato (ainda a ser comprovado, mas com dados sólidos para esta comprovação) pode estar aí a resolução do paradoxo motivo deste belo artigo.
E para finalizar, já que foi citado a questão do aquecimento global:
1. Os dados são claros e não há o que questionar sobre isso.
2. Também não há o que questionar sobre a necessidade de tecnologias limpas consumo eficiente por múltiplas razões (financeiras, sociais, éticas e humanas),
3. Mas para citar mais algumas fontes que questionam o CO2 como gás de efeito estufa, para que eu não seja incluso no rótulo de “negacionista” (que me parece mais uma coisa social do que científica rotular as pessoas assim e não deixar espaço para debate embasado em dados…), anexo alguns vídeos que por sua vez levam a pesquisadores e suas argumentações e dados sobre se o CO2 é realmente um gás de efeito estufa.
Os títulos dos vídeos são sensacionalistas obviamente, mas neles os respectivos cientistas não são negacionistas do aquecimento global, simplesmente questionam com dados se o CO2 é o causador):
https://www.youtube.com/watch?v=TCy_UOjEir0
https://www.youtube.com/watch?v=gWT-EWKIR3M
https://www.youtube.com/watch?v=NYLDDnrNlo4
https://www.youtube.com/watch?v=BpBnJq19R60
https://www.youtube.com/watch?v=jAWbRWlSlpk
Obviamente Salvador, não espero que você tome qualquer posição em relação a isto, ou que venha fazer posts sobre isto, pois fugiria ao escopo do seu blog, e também entraria em uma área de controvérsia que hoje realmente beira o dogmatismo de ambas as partes. Mas como pesquisa pessoal e privada, pode ser interessante a abertura para a dialética dos dados e argumentos.
Um grande abraço e continue nos presenteando com seus artigos!
Alla, para estudos climáticos que se estendem por milhares ou, às vezes, até milhões de anos, os cientistas lançam mão dos chamados proxies — são pistas indiretas que indicam temperatura e composição da atmosfera, como núcleos de gelo e anéis em árvores. São referências importantes, mas são indiretos, de forma que é preciso tomar cuidado com conclusões que os envolvam. Por isso, não acho que possamos cravar com tanta convicção o que rolou em épocas que antecedem em muito os últimos cem anos.
Em compensação, no momento atual, o aumento de CO2 (medido de forma consistente e direta) não antecedeu o aquecimento (de novo, medido de forma consistente e direta). Mais que isso: não há outro fator conhecido que se correlacione com o aumento de temperatura E os modelos climáticos (simulações ultrasofisticadas do sistema atmosfera-oceano global) indicam uma relação clara de causa e efeito. A essa altura, é conclusivo para 98% dos climatologistas. Considerando o que está em jogo, para efeito de políticas públicas, deveríamos tratar esse 98% como 100%.
Agora, veja: me opus a trazer essa discussão para o post porque não é cabido para os propósitos do assunto em pauta. Sabemos que o CO2 tem uma certa capacidade de armazenar o calor (isso foi testado em laboratório), de modo que não precisamos discutir a situação atual da Terra para afirmar que Marte precisaria de mais CO2 do que o medido para se manter aquecido há 3,5 bilhões de anos. Ponto.
Abraço!
😉