Inpe diz que operação do Amazônia-1 está normal

Após uma noite de desencontros e “silêncio de rádio”, o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) fez uma manifestação pública nesta quarta-feira (3), indicando que está tudo sob controle com o primeiro satélite de imageamento 100% brasileiro, o Amazônia-1. Durante passagens por sobre estações de rastreamento independentes na Itália e nos EUA, na terça-feira, a intermitência do sinal sugeria uma possível rotação anômala.

Em entrevista à TV Vanguarda, afiliada da Globo em São José dos Campos (SP), o diretor do instituto, Clezio di Nardin, afirmou não haver problemas com a espaçonave. “Não é fato que ele está descontrolado. O lançamento do satélite foi um sucesso. Não há registro de qualquer intercorrência.”

Ainda de acordo com ele, o satélite passa por uma fase de qualificação, como é comum com todos os novos satélites. “Estamos testando todos os subsistemas do satélite. Bateria, painéis, câmera, liga e desliga, inclusive umas manobrazinhas para colocar ele na órbita precisa dele. Essa fase inicial leva até o dia 15 de março, aí teremos a primeira imagem definitiva, oficial do Inpe.”

Mensageiro Sideral apurou, em contato com envolvidos no projeto que preferem não se identificar, que o satélite foi de fato injetado em órbita com velocidade de rotação mais alta do que o esperado, mas, segundo essas mesmas fontes, já foi estabilizado. Lançado no último domingo (28) por um foguete indiano PSLV, o Amazônia-1 é o primeiro a usar a Plataforma Multimissão desenvolvida pelo Inpe para baratear o custo de futuras espaçonaves. O satélite custou, entre fabricação e lançamento, R$ 380 milhões, fruto de um trabalho de 13 anos.

Seguimos na torcida para que o Amazônia-1 e o Inpe tenham sucesso nesta importante empreitada espacial.

Siga o Mensageiro Sideral no FacebookTwitterInstagram e YouTube